Chapter Text
“Então o lobo pensou consigo; que criatura meiga e inocente, que refeição suculenta.”
Nick estava tendo um dia estranho. Primeiro começou com ele enxergando coisas estranhas e agora sua tia foi atacada. No hospital, ele esperava ela melhorar, mas não queria preocupar Juliette e sabia que precisava ir.
Antes de partir, ele ouviu sua tia murmurar "Queria ter mais tempo para te explicar, te educar e te preparar pra isso, mas você vai ter que fazer isso sozinho. Caçe aqueles que mataram seus pais e principalmente, se proteja. Tem um homem como nós, que pode nos ajudar...procure pela floricultura e biblioteca de Corvere."
E quando sua situação piorou, ela se interrompeu, mas Nick tinha uma boa memória e até uma curiosidade gigantesca. Essa floricultura tinha uma biblioteca particular que nem o próprio Nicholas tinha acesso, mas agora ele precisava ir até lá. Assim que saiu, Hank ofereceu suas condolências e disse: "Qualquer coisa que precisar é só chamar, cara."
Sorrindo, ele acenou.
Nick chegou na floricultura, mas agora o aroma era diferente, as flores pareciam mais intensas e algumas até pareciam ser mais coloridas que outras. Ele se aproximou de uma rosa exótica que possuíam pétalas de duas cores, vermelhas e amarelas. "Tome cuidado, essa é um sonífero." ele saltou com a voz carregada de sotaque francês do homem ao seu lado. Quando ele se virou para o florista, presenciou novamente aquela mudança estranha, mas era nos olhos. Nicholas nunca viu olhos violetas e tampouco olhos violetas com pupilas que possuíam formato de uma lua minguante.
O florista sorriu. "Primeira vez vendo alguém como você, senhor Burckhardt?" ele gesticulou para si mesmo. "Prazer, Maven Corvere" então, os olhos antes violetas, agora voltaram a um estado de heterocromia, ficando lilás de um lado, azul do outro. Aquilo era quase inédito de ver.
"Você sabe quem sou eu." não era uma pergunta.
"Sua tia passou aqui avisando que era sua hora. Sinto muito pelo o que aconteceu, aliás." Maven se virou para ajustar os vasos de flores e observou o balcão. "Eu irei te treinar e ajudar no que precisar, você já entrou no trailer?" ele perguntou.
Nicholas assentiu. Foi a primeira coisa que ele fez à pedido de sua tia, quando ele mostrou suas dúvidas à Maven em relação a como parar, ele balançou a cabeça.
"Não tem como parar, detetive Burkhardt. Você não pode parar de respirar, assim como não pode parar de ser um grimm...pelo menos não por escolha própria. Aqui." ele entregou uma chave à Nick e apontou para a porta na frente dele. "Se os livros da senhora Kessler não ajudar, pode vir à biblioteca." Maven sorriu amigavelmente. "Será sempre bem vindo."
Nicholas suspirou e olhou para a janela, mas antes que pudesse falar algo, recebeu um chamado.
Ele procurou por vestígios do homem que sequestrou a menininha, mas sem sucesso. Nick jurava que podia sentir ele por perto, ouvindo a voz de sua tia ecoando em sua mente. Quando se aproximou de volta à estrada, ele viu um homem fazendo aquilo novamente. Um rosto mais animalesco, monstruoso, parecia mais como um lobo. Quando os dois se encararam e isso aconteceu, ele pareceu assustado o suficiente para Nick achar suspeito. Assim que o capturou, ele rosnou: "Onde ela está!?"
O homem na sua frente parecia extremamente assustado para falar algo mas logo a polícia chegou e os separaram. Enquanto vasculhavam a casa toda, não havia encontrado nada e isso apenas rendeu uma advertência de Hank e um pouco de constrangimento para Nicholas.
Mas ele voltou na noite seguinte, sendo atacado gratuitamente por aquele homem, que se desculpou pelo susto e o convidou para entrar. "Você tá pagando o conserto dessa janela."
Bufando, Nick entra e começa ser analisado pelo homem, que se dizia ser um blutbad chamado Monroe. Ele balançou a cabeça, negando mais uma vez ter sequestrado a menina.
"Por favor, pelo menos me ajude encontrar o outro blutbad!" ele viu Monroe parecer ponderar isso e suspirou alto.
"Escuta, só vou te levar até um certo ponto. Se eu ficar muito perto dele, pode ser que eu acabe ficando do seu lado, do dele ou..." ele ficou pálido. "ou atacar a menina."
E assim, os dois seguiram caminho pela parte da floresta, evitando a ponte para evitar barulhos. Conforme eles seguiam caminho, Nick se preocupava com o estado daquela garotinha. Quando chegaram, Monroe se afastou rapidamente e sobrou para o detetive Burckhardt ir atrás dele sozinho. Ele chegou na casa do homem e ligou para Hank e esperou, quando seu amigo e parceiro chegou, eles investigaram o carteiro que apesar de não ter visto nada de diferente, ele sentia que tinha algo errado na atmosfera daquela cabana.
Quando a investigação acabou, Hank parecia frustrado e irritado, e saiu da cabana mas Nick congelou na porta e disse; "Você ouviu isso?"
O cantarolar de “Sweet dreams” também parecia ecoar na cabeça de Hank, que olhou em direção a casa e ambos entraram nela. Nick e Hank procuraram pelo homem, mas a escuridão não dava nenhuma pista de onde ele poderia ter ido. Um barulho estranho vinha abaixo no chão, chamando atenção dos dois policiais mas antes que Nick pudesse chegar até a origem do som, ele foi atacado pelo blutbad, que o arremessou pela janela.
Talvez ele esteja ficando um pouco irritado com essa abordagem. O monstro que o atacou travou uma luta no chão, até Hank o salvar com tiros nas costas daquele homem, que morreu.
"Achei a menina, ligue para a central." Hank murmurou e Nick fez exatamente isso.
Mais tarde, ele voltou para o hospital, checando como tia Marrie estava. Ela parecia bem até, e ele começou a murmurar: "Eu simplesmente preciso de você agora...eu não tenho rumo para ir." uma mulher loira entrou no quarto com uma seringa e um líquido verde. "Você!?" ele exclamou ao ver a mesma mulher de mais cedo, que o encarou surpresa mas injetou aquele líquido nele.
Quando ele caiu no chão, a última coisa que viu foi o rosto daquela mulher se transformando.
Quando voltou a floricultura, Nicholas contou como foi sua noite. Maven parecia um pouco preocupado e balançou a cabeça. "Isso que ela te deu é um mapa."
Ele gesticulou para a chave e encarou Nick com um olhar sério. "Nunca perca isso e nem deixa ninguém pegar, nem mesmo eu."
Mais tarde, ele deixou um fardo de cerveja na porta de Monroe, com uma sacola de dinheiro que continha o suficiente para pagar o conserto da janela.