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Obscuros - Stray Kids

Summary:

Onde, em meio ao luxo e brilho de Gangnam, em Seoul, um submundo oculto floresce, onde a máfia e o crime dominam. À medida que os conflitos da família principal daquele submundo com outras organizações criminosas se intensificam, Hwang Kija, líder da maior máfia coreana, recorre a medidas extremas: contratar Lee Felix, um assassino profissional australiano, para proteger seu legado e trazer de volta seu filho rebelde, Hyunjin.

Felix, ao chegar na Coreia, é imerso em um mundo de alianças frágeis e sentimentos conflitantes, conhecendo os sete membros-chave da história. Unidos por seus objetivos comuns, mas divididos por ambições e traições, as famílias enfrentam inimigos externos e internos.

Enquanto romances inesperados surgem e rivalidades antigas ressurgem, a tensão culmina em uma guerra intensa que ameaça destruir tudo pelo que lutaram.

Em meio a festas luxuosas e negócios sombrios, cada um deve decidir até onde está disposto a ir para proteger aqueles que ama.

Notes:

Estou com esse projeto há algum tempo, e estou me empenhando para deixá-lo o melhor possível. Espero que gostem do meu trabalho!

Chapter 1: Piloto

Chapter Text

Felix nunca quis morrer.

 

Em um casarão afastado em Melbourne, Austrália, um homem era acolhido pelas mesmas paredes que o viram crescer, e uma estranha sensação de vazio tomava conta de seu peito ao pensar que nunca mais retornaria.

Se preparava para deixar de vez aquela casa, abandonando todo o seu passado e suas memórias.

Checou seu celular uma última vez em busca de ligações, mas não havia nada. Talvez esperasse algo como uma emergência, algo que surgisse, dizendo que ele não precisava mais ir. Qualquer coisa.

Estava nervoso, e ao escutar a voz apática e dura de seu motorista o chamar, sentiu um arrepio desconfiado em sua nuca.

— Sr. Lee, precisamos ir. — A voz abafada surgiu após três leves batidas na porta.

Olhando pela janela e desejando não ter que fazer aquilo, Lee Felix se encontrava com as malas prontas, em seu quarto agora vazio. Observava cada canto do lugar, se despedindo silenciosamente de tudo o que havia vivido ali.

Ao sair pela porta, apenas o farol distante do carro iluminava o caminho. Já era tarde da noite e todos estavam dormindo, mas ele podia ouvir com clareza todas as palavras e abraços de adeus que receberia.

Odiava despedidas, e internamente agradecia por não ter ninguém ali.

Andando pelos corredores por uma última vez, Felix tentava não pensar muito para não acabar se arrependendo de ter aceitado aquele trabalho. E agora estava pronto para entrar naquele carro e deixar aquele lugar, sem olhar para trás.

— Yongbok! Espera!

A voz de Olivia surgiu rápida e desesperada atrás dele, e antes que pudesse virar para encarar sua irmã, foi preso em um abraço aflito. O choro da menina foi abafado em suas costas, e era justamente por isso que odiava despedidas.

— Como você tem coragem de ir sem se despedir? — Soluçou Olivia.

— … Nos falamos ontem à noite.

— Não é a mesma coisa! Já pensou por quanto tempo vai ficar lá? Não é pouco!

Felix tentava não se emocionar, mas ver os olhos inchados e molhados de sua irmã mais nova estava acabando com ele. Era seu dever proteger suas irmãs, mas também não podia passar mais um dia sequer naquela casa.

— Eu não vou ficar lá para sempre, e não vou morrer. — Tentou tranquilizá-la, mas definitivamente não era bom nisso.

— Mesmo assim, é muito perigoso, Yongbok. Você nunca se envolveu com esse tipo de trabalho… A Rachel-

— A Rachel não fala comigo desde que aceitei esse trabalho. Parece que esqueceu que foi Henry quem me pediu para aceitar.

— Só… Só não…

Com medo e preocupada com seu irmão, Olivia Lee tentava encontrar as palavras certas para dizer um adeus dolorido. Seus olhos queimavam de tanto chorar, suas mãos tremiam e não queriam soltar Felix. A sensação de que algo ruim poderia acontecer parecia ainda mais presente.

E ele sabia exatamente o que ela estava pensando. Não podia demonstrar que também tinha medo, tinha que ser forte por ela, e por todas as pessoas que contavam com ele, não podia ter medo.

— Eu sei. Acredite em mim, eu ficaria se pudesse. Não foi escolha minha aceitar isso, mas também não era como se eu pudesse ignorar o que Henry me pediu.

— Me promete que volta…

— Sempre volto, sabe disso. — Sorriu singelo, se desvencilhando do abraço de sua irmã.

— Te amo!

Felix não respondeu, apenas acenou e continuou andando. Antes de entrar no carro, olhou para trás uma vez, percebendo nas sombras entre dois pilares da casa, a silhueta de sua irmã mais velha, Rachel. Buscou seus olhos uma última vez, mas não teve tempo de encontrá-los.

Sabia que veria ambas novamente, podia ligar para Olivia todas as noites, mas não deixava de ser doloroso separar-se delas daquela maneira. Como se o adeus fosse para sempre. Mas não seria.

 

Contratado novamente como assassino profissional, Felix não conseguia prender sua mente a um único pensamento, e sua mente vagava de um lado para o outro, durante todo o caminho de casa ao momento em que entrou naquele avião. Mal prestando atenção em algo a sua volta, tentando encontrar uma razão para estar fazendo aquilo.

Fazia um mês desde a morte de seu mentor, seu pai adotivo: Henry. E fazia uma semana desde a ligação que o obrigava a tomar aquele voo exaustivo até Seoul, onde passaria um bom tempo longe de sua família.

Nada parecia real, nem mesmo a voz com tom de rádio do piloto, logo ao fecharem as portas:

— Senhores passageiros, sejam bem vindos ao voo número 354B, partindo do Aeroporto Internacional de Melbourne, com destino ao Aeroporto Internacional de Incheon. Nosso tempo de voo é de aproximadamente 13 horas. Por favor, apertem os cintos de segurança em caso de turbulência, também pedimos para que todos os aparelhos eletrônicos pessoais sejam desligados. Obrigado por escolher a Qantas Airline. Tenham um bom voo.

Não sabia o que esperar daquele lugar, não deveria ter medo, era apenas mais um trabalho. Mas alguma coisa o incomodava desde aquele momento.

 

[…]

 

Durante todas aquelas horas preso dentro daquele avião, Felix não conseguiu fechar os olhos e descansar. Encarando de maneira desinteressada a tela da pequena televisão na frente de seu assento. Rolou pelo catálogo de filmes durante um bom tempo, mas não achou nada que matasse seu tédio.

Por outro lado, teve tempo de sobra para colocar todos os seus pensamentos em ordem. Não estava com medo, por que estaria? Era apenas um mau pressentimento que não parecia passar.

A imagem constante de suas irmãs era o que mais o atormentava, mas se quisesse voltar logo para casa, teria que parar de pensar nisso e focar somente em seu trabalho.

As duas últimas cansativas horas foram preenchidas com Felix observando as nuvens pela janela, e lentamente, começando a notar o mar e os prédios que surgiam no limite do horizonte. Estava finalmente chegando.

— Atenção senhores passageiros, em instantes estaremos pousando no Aeroporto de Incheon. Mantenham os encostos das poltronas na vertical e suas mesas fechadas e travadas. — Mais uma vez, a voz agora exausta do piloto surgiu no avião.

Não demorou muito para que o impacto das rodas na pista fosse sentido, e Felix continuava a olhar o lado de fora, notando de canto de olho, os outros passageiros saindo, alguns com apoios e almofadas ao redor do pescoço, com suas bagagens. Exaustos demais para conversar sobre qualquer coisa desinteressante.

Logo no primeiro passo que deu para fora daquele avião, percebeu a diferença gritante que teria que enfrentar entre Melbourne e Seoul. Havia saído de um inverno rigoroso, para um verão abafado. E por isso, logo atraiu muitos olhares ao andar pelo aeroporto com aquela quantidade exagerada de roupas que estava usando.

Tudo era diferente, mais do que imaginava, olhava ao redor sem saber o que fazer ou para onde poderia ir, seu celular não tinha carga e seu cérebro estava cansado demais para pedir alguma informação.

Mas não foi tão difícil se encontrar, já que, logo ao sair da área de desembarque, avistou ao longe um homem confuso olhando confuso para os lados, segurando uma pequena placa que dizia “Feliz”.

— É sério isso? — Reprovou, andando em direção ao homem.

Se livrando de algumas roupas em excesso que usava, Felix logo chegou ao lado do homem que o aguardava. Um rapaz com feições jovens e cabelo exageradamente arrumado com gel, mas vestindo roupas casuais.

Ele pareceu se assustar ao notar o Lee parado em frente a ele.

— Ah! Hello, foreigner! — Disse com dificuldade, com orgulho de suas palavras — I’m here to take you to the car.

— Onde está ele? — Perguntou com indiferença ao homem, que pareceu surpreso em ouvi-lo falar seu idioma.

Envergonhado e confuso, o rapaz apenas se curvou levemente e virou as costas, indo na direção da saída do aeroporto sem dizer outra palavra. Felix o seguiu frustrado por não obter sua resposta.

— O carro ali na frente vai te levar daqui até a mansão.

— Meu nome é Felix.

Ao apontar para a placa com seu nome, talvez o tom frio e desdenhoso de sua voz não combinasse com o rosto caloroso e angelical que carregava.

Mas seria meio estranho um assassino andar distribuindo sorrisos por onde andasse.

Um genérico SUV preto o aguardava logo na saída, as janelas escuras e espessas impediam que visse qualquer coisa do lado de dentro, o motor já ligado. Com o corpo tenso, abriu a porta traseira e entrou no carro com desconfiança.

Talvez estivesse esperando um brutamontes careca e cheio de tatuagens e cicatrizes amedrontadoras, como os da Yakuza, mas, na verdade, se deparou com um homem que aparentava ser da sua idade.

Os cabelos loiros afastados dos olhos, o rosto definido e bem cuidado, com uma blusa social branca abraçada por um colete preto abotoado e perfeitamente alinhado. Um homem bonito com um olhar amigável, mas forte.

Seus olhos se encontraram pelo retrovisor.

— Então você é o famoso Lee Yongbok?

— Meu nome é Felix.

— Certo, certo. — Sorriu. — Felix, então. Meu nome é Christopher, Christopher Bang. Já ouvi muito sobre você.

A surpresa do Lee não parou somente na aparência do homem, e sim no sotaque australiano que o mesmo carregava. Não imaginava encontrar alguém de casa ali, especialmente tão cedo.

— Onde está Kija? — Perguntou seriamente, ainda desconfiado.

— Meu chefe não conseguiu vir agora, vai encontrar com ele assim que chegarmos lá. Já garanti que alguém cuidasse de suas bagagens, e seu dormitório já está pronto.

Apenas deu de ombros e começou a observar as ruas passando pela janela. Incheon sendo banhada pelo sol de meio-dia, os carros passando insignificantes e as pessoas andando pela cidade.

Aquela parte, voltada para turistas e para a população rica, era bonita e bem cuidada, limpa e respeitada. Onde não parecia correr nenhum tipo de mal ou ameaça aos cidadãos coreanos. Mas a chegada de Felix fora a chave para trazer à tona o pior que havia escondido em toda a sociedade.

No volante, Christopher não se surpreendeu que seu passageiro não era de falar muito, quase nenhum era. Um dos assassinos de aluguel mais almejado, realmente não era de seu feitio compartilhar histórias de infância com um estranho.

Mas não custava tentar quebrar esse silêncio.

— Seu nome corre muito por aqui, por todos os lugares, na verdade.

— É, já me disseram isso. — Felix respondeu sem dar importância.

— Fiquei surpreso quando ouvi que estava vindo trabalhar para a família, quando Kija me disse que vinha da Austrália, quase não acreditei.

Felix continuava desinteressado, apenas respondendo superficialmente, e isso apenas aumentava a curiosidade e audácia de Christopher em conhecer o tão famoso assassino que todos temiam tanto.

Kija não o teria contratado se não fosse realmente bom.

— Sabe, estou ansioso para ver seu trabalho.

— Acredita em mim, não está. — Riu pelo nariz, abrindo um sorriso amargo.

— Estou! Bem, se é tão bom quanto dizem… Nunca perdeu um alvo sequer, é impressionante. Fiquei sabendo que também nunca trabalhou para a máfia.

O tom de desafio na voz de Christopher foi o suficiente para finalmente chamar a atenção de Felix, que tirou os olhos da janela para olhar para Chris.

— Eu nunca deixo algum trabalho por fazer, pode ter certeza disso.

— É o que vamos ver, garanto que esse não será tão fácil quanto você pensa. — Christopher sorriu.

O silêncio retornou após a breve conversa dos dois. Algo em Felix despertava uma curiosidade em Chris, e queria descobrir o que era.

E Yongbok sentiu brevemente que talvez não precisaria ficar sozinho durante todo o tempo em que ficaria na Coreia. Mas isso logo passou.

Ele amava um desafio. E Christopher adorou desafiá-lo.

Não demorou muito para que começassem a se afastar da cidade comum e entrassem em vizinhanças mais afastadas, os prédios e lojas deram lugar para os sítios e mansões; para os bosques e casarões de ricassos excêntricos. Estavam chegando.

Felix se perguntava o que o esperava quando chegasse. No fundo, só queria saber quem precisava matar para acabar logo com aquele trabalho, e voltar para casa com suas irmãs. Mas algo o dizia que não seria tão simples.

— É aqui. Não se assuste se tiver muita gente nos esperando, todos querem te conhecer. — Christopher o olhou por cima do ombro.

Não entendo o que tem de tão interessante em um assassino de aluguel, que todos queiram me conhecer. Cacete.” O Lee pensou.

Uma alta cerca viva deixava visível apenas o topo de um telhado, e à sua frente, um portão preto deslizava nos trilhos e revelava um caminho de cascalho que os levava a uma grande entrada.

Um jardim extenso que rodeava o casarão era tampado pelas inúmeras pessoas que se enfineiravam para tentar espiar pelo vidro fumê da janela, cochichando e fofocando sobre a sua presença ali. A maioria com uniformes, ternos e aventais de cozinha.

Christopher parou na entrada, onde mais pessoas aguardavam por eles e saiu do carro, entregando a chave a outro homem. Antes que Felix pudesse sair, uma mulher abriu a porta para ele e o instruiu a descer.

— Aqui, Felix. — Chris chamou-o.

Estava por algum motivo, tenso. Em todos os seus trabalhos anteriores, nunca teve uma recepção ao nada do tipo. Apenas recebia um nome e uma foto de quem deveria matar, e por isso ficou ainda mais desconfiado.

Mais uma vez, pessoas enfileiradas aguardavam por ele e Christopher, mas essas não cochichavam ou usavam aventais. Os rostos sérios de homens e mulheres permaneciam imóveis, e olhos perfurantes o encaravam. Agora, suas presenças tinham peso.

— Esses são os mais importantes da casa — Chris tomou a palavra. — Tem mais lá dentro, Kija pediu para que estivessem aqui.

Felix não se deixou intimidar por ninguém, e apenas manteve sua postura intocável e concordou.

— 이 용복? — Uma mulher com uma atmosfera leve, usando um longo vestido florido, surgiu pela grande porta de vidro.[Lee Yongbok?]

— Felix, meu nome é Felix. — Respondeu respeitosamente.

Pela primeira vez notou uma leve reação das pessoas que estavam ao seu redor, espantados com sua presença e voz.

— Felix, que bom que chegou. Estávamos te esperando.

— Esta é Yun-Hee, esposa de Kija — Christopher apresentou.

A senhora deu um sorriso singelo enquanto se curvou lentamente, apontando para dentro da casa.

— Venham comigo. O resto, podem voltar para seus postos, ele não é um animal em exposição, oras. — Ordenou a todos que ainda estavam ali.

Felix e Christopher a seguiram para dentro do casarão. O hall de entrada era simples e com pouca decoração, mas dava abertura para um grande pátio, onde algumas crianças e adolescentes pareciam descansar. Uma grande e velha árvore surgia bem no meio.

Dois grandes corredores com as paredes exteriores de vidro circulavam o lugar.

— Quer apresentar seus amigos antes de irmos até Kija, Chan? — Yun perguntou gentilmente.

— N-não é necessário, senhora! Felix vai acabar conhecendo todo mundo alguma hora.

— Ah, pare com isso. Já disse que pode me chamar só de Yun.

O recém-chegado estava desconfortável com os dois conversando como se ele não existisse.

— Depois apresento os meninos~ Ah, ali!

Desconcertado pela mulher, Christopher apontou para o outro lado do pátio, para um homem baixo e incrivelmente musculoso para sua altura, que dava ordens aos mais novos.

— Vamos! O descanso acabou! Não tem moleza pra vocês. Quero todos em cinco minutos de volta na sala, ou então são mais 50 flexões! — Elevou a voz rigidamente.

— Aquele ali é Changbin, responsável geral pelo treinamento das turmas mais jovens.

O homem se voltou para Chris, os cabelos negros refletindo o forte sol que atravessava as folhas da árvore. Olhou para Felix com um olhar duro, amendrontando mesmo com seu tamanho engraçado. Ajeitou a roupa do corpo e virou as costas após acenar para Christopher.

Continuaram andando pelos imensos corredores daquela casa bem iluminada, subindo lances de escadas e passando por salas avulsas até que chegassem a uma porta de madeira antiga, com uma maçaneta enfeitada em dourado.

Yun-Hee parou e olhou nos olhos de felix, sempre com um leve sorriso estampado em seus lábios, o rosto marcado por leves rugas de idade.

— Seja bem-vindo, Felix.

A mulher abriu a porta e se afastou, deixando a passagem livre para ele e Chris. A sala em madeira envelhecida abriu-se em frente a eles, com estantes de livros e quadros decorando as paredes, um tapete antigo e caro por baixo de uma mesa de tábua escura.

Por trás dessa mesa, estava sentado um homem grisalho com um rosto cansado, um pequeno óculos de aro repousando em seu naris. As rugas em seu rosto e abaixo dos olhos contavam sua paciência e sabedoria. Uma pequena xícara de chá em sua mão.

Atrás dele, uma moça mais nova que Felix e Christopher, que parecia não dormir havia alguns dias. O Lee ficou ainda mais apreensivo, mas mantendo sua postura firme.

— Entrem. — Aconselhou. — Fizeram boa viagem, eu espero? É um prazer finalmente te conhecer, Felix.

Em um silêncio formado por apreensão, Felix e Kija se encaravam sem motivo aparente, e o único som presente era o tique de um relógio antigo que decorava uma das paredes.

— Creio que nunca tive a chance de me paresentar corretamente, só tivemos contato por Henry.

— Imagino que sim.

— Bem, sou Hwang Kija, essa é Heeyon, minha filha, e Chrisopher você já conhece. Vi que já conheceu minha esposa e alguns membros da casa.

A menina no canto da sala acenou com a cabeça, com os braços cruzados e olhando para o pai.

— Sentem-se, temos muita coisa para acertar sobre sua estadia aqui, Felix. — Kija indicou as duas cadeiras mais próximas.

Alguma coisa não parecia nem um pouco certa naquela situação, e isso era claro. Seus trabalhos sempre eram rápidos, e nunca duravam mais do que uma semana ou duas — quando o alvo era difícil de rastrear.

Então por que todos estavam agindo como se fosse ficar muito tempo ali?