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my kink is you

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Assim que abriu a porta, Luffy observou todo o ambiente, abrindo um sorriso enorme no rosto, e num segundo entrou, começando a vasculhar todos os cantos do quarto. Passou da escrivaninha para o guarda roupa, pulou sobre a cama, analisou a estante e seus objetos, tudo isso num ritmo frenético que até mesmo Law sentiu dificuldade em acompanhar. Então ele também entrou, trancando a porta. Deixou seu chapéu sobre a escrivaninha, a espada apoiada na parede, e sentou-se na cama. Enquanto isso, o Chapéu de Palha ainda explorava cada parte e detalhe do quarto, dessa vez, parando em frente a vigia, grudando o rosto no vidro, avistando o mar escurecido por conta da noite.

 

– O seu quarto é tão legal – enfatizou, empolgado, com os olhos vidrados no mar, mas logo virou-se para Law: – Posso dormir aqui hoje?

– Não – respondeu, ríspido.

– Ah, mas por quê? – sua empolgação deu lugar ao desânimo.

– Porque eu gosto de ficar sozinho. 

 

Ao ouvir aquela resposta, Luffy cruzou os braços e soltou o ar pela boca, estendendo o lábio inferior, fazendo beicinho, se sentindo contrariado. Law desviou o olhar. Não queria correr o risco de ser pressionado até se render, algo que aconteceria facilmente, afinal, não é como se ele não tivesse se imaginado dormindo com Luffy algumas milhares de vezes. Mas acreditava que, fazendo isso, estaria misturando as coisas e, no fundo, não queria parecer emocionalmente vulnerável na frente dele. Além disso, acreditava ser pouco provável que a sua companhia fosse o motivo dele querer passar a noite naquele quarto. 

 

O tirando de seus pensamentos, percebeu que o rapaz estava novamente percorrendo o ambiente, dessa vez remexendo os livros e caixas que ficavam na estante. Pelo jeito, até mesmo ele já havia desistido da ideia de dormir ali. Vendo toda aquela agitação, Law começou a se sentir cada vez mais incomodado. Deixou Luffy livre para fazer o que queria pois sabia que aquele era seu jeito e, se o impedisse, seria pior. Porém, estava chegando a seu limite ao não interferir em alguém revirando suas coisas de um jeito totalmente despreocupado.

 

– Você não acha que já mexeu demais no meu quarto? – falou, impaciente, mas tentando não se exaltar – Se você continuar, logo isso aqui vira uma bagunça.

– É, tem razão – Luffy respondeu, deixando de lado uma caixa que iria abrir, e fez uma pausa, o observando – Afinal, não foi pra isso que a gente veio aqui.

 

Aquela frase o atravessou como um choque. Law achava impressionante como Luffy parecia ser um tonto disperso da realidade, mas, no fundo, entendia tudo o que acontecia ao seu redor. Assim que virou-se para ele, não teve tempo de esboçar reação alguma: quando percebeu, Luffy já havia deixado seu chapéu de lado e, numa fração de segundo, se esticou, indo em sua direção, sentando em seu colo e o empurrando na cama. Agora Law estava deitado, com Luffy segurando seus punhos, o observando fixamente, como se pudesse o devorar. 

 

– Em que momento você tirou sua roupa? – perguntou, atordoado, percebendo que ele já estava com o torso despido.

– Agora você também vai ficar sem, né? 

 

Luffy disse, ignorando completamente a pergunta que lhe foi feita, e colocou as mãos na barra da camiseta de Law, a deslizando para cima, deixando seu abdômen exposto. Ele analisava tudo, se atentando principalmente às tatuagens, passando os dedos em volta delas. Law estava desconcertado. Toda aquela situação, a forma como Luffy o abordou, e agora, a maneira como ele o encarava e tocava, foi o suficiente para que ficasse excitado. Piorando a situação, novamente num instante, o Chapéu de Palha o segura pela gola da camiseta, o puxando para a frente, fazendo com que ficasse sentado, e beija sua boca.

 

Mais uma vez, não houve tempo para que esboçasse reação diferente a não ser continuar. Luffy estava agitado, o beijando de um jeito intenso, segurando sua nuca, como se o impedindo de se afastar. Porém, não esperou muito e logo tirou sua camiseta, deslizando as mãos por todo o seu corpo, e voltou a beijá-lo, dessa vez, indo direto para o pescoço. Law sentia seu tesão aumentar cada vez mais, e por isso se deixou levar, fechando os olhos, sentindo a boca de Luffy passar por toda a extensão de sua pele. De repente, percebeu as mãos dele tocando o cós da sua calça, a abrindo. Aquilo foi como um alerta em sua mente. Por isso, também em um instante, segurou seus braços, o afastando, e reclamou, olhando diretamente em seus olhos:

 

– Mas de novo isso?

– O que foi dessa vez? – Luffy perguntou, preocupado; estava ofegante, com o rosto corado por conta da agitação – Eu fiz algo de errado?

– Não… – Law respondeu, arrependido por ter sido tão brusco – Não é que seja errado, mas você não tem paciência. Não precisa fazer as coisas com pressa, isso tira a graça. 

– Mas eu estou com pressa. Quero ter um orgasmo de novo.

– Se é você quem quer, então por quê começou tirando minha roupa? – questionou, voltando a ficar impaciente, sem compreender sua lógica.

– Porque eu sei que você não iria fazer isso. E dessa vez eu quero começar, quero fazer o que você fez comigo antes.

– Você começar? Nem pensar – Law afirmou, levando uma das mãos até sua nuca, e outra até sua cintura – Foi você quem pediu por mais, então agora arque com as consequências disso.

 

Antes mesmo de terminar de falar, puxou o corpo de Luffy para si. Agora seus rostos a centímetros de distância, as respirações quentes se misturando. Porém, antes que pudesse começar a beijá-lo, ele cravou as mãos em seus ombros, o que fez com que parasse imediatamente. A expressão de Luffy era tranquila, Law não entendia qual poderia ser o problema, até que, finalmente, ele declarou:

 

– Tá, você pode até começar. Mas antes vai ter que tirar essa calça.

 

Ambos olharam para baixo, analisando a peça de roupa, e, por um momento, o cirurgião permaneceu estático, raciocinando o que havia acabado de ouvir. “Ok, é um pedido razoável” , ele pensou. Sendo assim, o soltou, pedindo que se levantasse, e, assim que o fez, tirou a própria calça, ficando apenas com a roupa íntima. Enquanto isso, Luffy o observava atentamente, o que o deixou envergonhado. A verdade é que fazia um bom tempo que não ficava assim na frente de alguém, e não conseguia evitar se sentir um idiota por isso. Então, numa atitude impulsiva, extravasou todo o seu nervosismo tirando a bermuda do Chapéu de Palha, também o deixando só com as roupas de baixo, e segurou seu quadril, o trazendo novamente para seu colo. 

 

– Satisfeito? – perguntou, num tom implicante, arqueando as sobrancelhas.

– Agora você pode fazer o que quiser comigo.

 

Respondeu, abrindo um sorriso de canto. Law pensou que poderia explodir de tanto tesão que sentiu apenas por ter escutado tal frase. “Não é possível… esse idiota se faz de desentendido, só pode” , concluiu. Depois dessa deixa, não esperou mais um segundo para agir. Começou a beijar sua boca lentamente, e agora, com mais calma, percebeu que o gosto de borracha da saliva estava bem mais suave, ainda mais após ter experimentado outras coisas vindas dele. Além de dar algumas mordidas leves em seu lábio inferior, deslizava as mãos por todo o seu corpo, indo do tórax até as coxas, fazendo de tudo para o estimular. Logo levou uma das mãos até seu pênis, o masturbando. Nisso, Luffy apoiou os braços em seus ombros, deitando a cabeça ao lado de seu rosto. Cada vez que intensificava os movimentos, podia sentir a respiração quente acelerar, tocando sua pele. 

 

– Por acaso você está cansado? – o médico perguntou, num tom desafiador.

– Ainda não – respondeu, assertivo.

– Então olha pra mim.

 

Enquanto Luffy voltava a postura de antes, Law foi reduzindo os movimentos, até parar completamente, e levou a mão até suas costas, o puxando para frente. Então observou seu rosto: ele estava corado e os lábios semi abertos ainda avermelhados por conta do beijos. Com a outra mão, foi correndo os dedos pelo seu pescoço, lateral do rosto, depois, pela boca, até que colocou o indicador e o médio dentro dela, fazendo movimentos de vai e vem, mas sem os tirar completamente dali. O surpreendendo, Luffy começou a os chupar, sem desviar o olhar do seu.

 

– Isso que eu estou fazendo com sua boca: eu vou fazer o mesmo lá embaixo – Law falou.

– “Lá embaixo”, tipo…?

 

Luffy perguntou, com a voz abafada, pois os dedos ainda estavam dentro da boca. Subitamente, com receio de levar uma mordida, Law os tirou dali, e logo revirou os olhos, irritado com o jeito inconsequente do Chapéu de Palha. Porém, tentando se manter centrado, colocou a outra mão também nas suas costas, as deslizando para baixo, até chegar na sua bunda. Gostaria que ele entendesse aquela resposta subentendida, mas, se tratando de Luffy, as coisas precisavam ser explícitas.

 

– Aqui embaixo – indicou, e, segundos depois, foi escorregando os dedos para cima e para baixo, tocando toda a extensão das suas coxas – Lembra quando você me perguntou o porquê era preciso limpar ali? Era por conta disso. 

 

Luffy reagiu arqueando as sobrancelhas, como se demonstrando que havia entendido a situação. Sendo assim, com tudo já explicado, Law segurou seu corpo, o empurrando para o lado, trocando as posições, o deixando deitado na cama. Enquanto o rapaz permanecia ali, ele se levantou e abriu uma das gavetas da cômoda mais próxima, pegando um tubo de lubrificante. 

 

Se voltando para o Chapéu de Palha, tirou a última peça de roupa que lhe restava e, em seguida, se colocou sobre ele, ficando ajoelhado no meio das suas pernas. Ao passo que ele despejava o líquido pelas mãos, Luffy o observava atentamente, e, o surpreendendo, se inclinou sobre ele, se apoiando na cama com o antebraço. Seus rostos novamente a centímetros de distância, Law queria acompanhar de perto a sua reação. Porém, antes que pudesse agir, acabou recebendo mais uma pergunta. Enquanto colocava os braços em seus ombros, o abraçando, Luffy disse, olhando para sua mão:

 

– Pra que usar isso?

– Ali não é como a boca, que tem saliva, então precisamos usar lubrificante – respondeu, tentando ser mais objetivo o possível – Basicamente, se não usarmos isso, é bem provável que você se sinta desconfortável. 

– Hm… acho que entendi.

– Agora é melhor você fechar os olhos.

 

Não houve resposta verbal, Luffy apenas fez o que ele pediu. O cirurgião tentava fazer as coisas com paciência, mas a verdade é que estava ansioso demais por aquele momento. Seu coração disparava. Então não esperou mais e, lentamente, colocou um dedo dentro dele. Imediatamente Luffy contraiu seu corpo, soltando um gemido e arregalando os olhos. Assim como fez na boca, Law movimentava para frente e para trás, começando lentamente, sem tirar o dedo por completo, e percebeu que a expressão de Luffy mudou: ele pressionava os olhos e os lábios, como se segurando suas emoções.

 

– Me diz, isso que você está sentindo é dor, prazer, ou as duas coisas? – Law perguntou, continuando os movimentos.

– Prazer – ele respondeu, pausadamente – Só prazer.

 

O corpo de Luffy era diferente dos outros. Para Law, não parecia tão apertado, e, somado a textura macia, seu dedo deslizava sem dificuldade. Talvez fosse justamente por isso que ele afirmava não sentir dor. Descobrir mais uma característica de um homem-borracha e, ao mesmo tempo, ver a reação de Luffy, era mais do que suficiente para ficar ainda mais excitado e animado para continuar. Logo colocou outro dedo, e, novamente Luffy teve a mesma reação, dessa vez revirando os olhos e gemendo mais alto. Aquilo era como música para seus ouvidos, se pudesse, até mesmo deixaria que gritasse. Porém lembrou-se que não estavam a sós no navio, sendo assim, reduziu a intensidade dos movimentos e aproximou o rosto de sua orelha, dizendo, em voz baixa:

 

– Escuta, você tem que se controlar. Se falar alto demais, vou ser obrigado a deixar suas cordas vocais separadas do seu corpo.

 

Assim que levantou o rosto, percebeu a expressão amedrontada do Chapéu de Palha. Talvez ele tivesse sido muito incisivo falando daquela forma. Entretanto, em segundos ela mudou para outra mais decidida e desafiadora, até que sentiu os braços dele deslizando pelo seu pescoço, e depois suas mãos segurando as laterais do seu rosto, o puxando para um beijo. Na verdade, para Luffy, aquilo era como uma estratégia: preferia tapar a própria boca com a de Law e, junto a isso, descarregar sua energia o beijando. 

 

Por um instante, o médico ficou surpreso com a reação, quase parando o que fazia, mas ao passo que Luffy o beijava, foi sentindo seu tesão aumentar ainda mais, e lembrou do porquê estava ali. Continuou a mexer os dedos, agora mais rapidamente, tentando atingir ao máximo o ponto em que estava sua próstata, e, enquanto isso, Luffy ditava o ritmo do beijo, por vezes dando mordidas em seu lábio inferior, ou então fazendo pausas, deixando seus lábios roçarem enquanto respirava fundo, ofegante. 

 

De repente, ele agarrou seus cabelos, separando o beijo, e, com certa dificuldade, avisou que logo teria um orgasmo. Law olhou para baixo: realmente, seu pau estava totalmente ereto e já parecia ter soltado o pré-gozo. Sendo assim, ele levantou e, rapidamente, despejou mais lubrificante nas mãos. Assim como antes, voltou a se inclinar sobre ele, observando diretamente seu rosto, pois tinha a intenção de ver sua reação até o fim, e mais uma vez colocou dois dedos dentro dele, movimentando de um jeito bem mais intenso e agitado do que antes. 

 

Pouco tempo depois, a expressão de Luffy mudou. Os olhos cerrados se abriram e ele não conseguiu conter um gemido baixo. Agarrou os cabelos dele mais uma vez, o puxando para si, extravasando suas emoções, e Law sentia sua respiração quente passar pelo seu pescoço, assim como parte do sêmen atingindo seu abdômen. Continuou a movimentar os dedos mais algumas vezes, indo lentamente, até que sentiu a mão de Luffy se desprendendo, caindo sobre a cama. Mais uma vez ele tinha um orgasmo pelas suas mãos. 

 

Enquanto o Chapéu de Palha permanecia deitado, ele se sentou ao seu lado, apoiando os braços na cama. Ambos estavam cansados, mas Luffy parecia muito mais. Ficaram alguns minutos daquele jeito, e, o observando, Law acreditou que o rapaz tivesse caído no sono. Então se arrastou até a ponta da cama, com a intenção de os limpar e organizar a bagunça que haviam deixado no quarto. Mas, antes que pudesse se levantar, sentiu os braços de Luffy o segurando, dando voltas pelo seu corpo, e o puxando para si. Fez com que caísse em cima de si próprio, mas logo o soltou, o jogando para o lado, fazendo com que ficasse deitado na cama, e então subiu em cima dele. Law estava zonzo de tão atordoado, pois tudo ocorreu numa fração de segundo, até que ele se aproximou, apoiando as mãos entre sua cabeça.

 

– Que porra foi essa? – o médico perguntou, tentando controlar o tom de voz – O que deu em você?

– Eu deixei você começar, mas ainda não acabou – e abriu um sorriso no rosto. 

– O que?! 

 

Indagou, ainda perplexo, e, nesse meio tempo, Luffy se inclinou sobre seu corpo, passando a língua do seu peito até o pescoço, numa ação um tanto quanto frenética. Impulsivamente, Law segurou seus ombros, o afastando, impedindo que continuasse.

 

– Como assim “não acabou”? – voltou a perguntar, buscando manter a calma – Eu achei que você estivesse cansado demais pra isso.

– Ué, eu te falei que também queria fazer algo.

– Mas não precisa ser agora.

– Ah, Torao – ele lamentou, apoiando os antebraços na cama, agora deitando em cima de seu corpo, ficando com o rosto mais próximo – É que eu tive uma ideia sobre a minha Akuma no Mi , e não é justo: só você está fazendo as coisas. Também quero que você tenha um orgasmo.

 

Escutar aquela frase fez com que seu tesão aumentasse automaticamente, não só pela possibilidade de descobrir mais sobre a Gomu Gomu no Mi , mas também porque ele se importava genuinamente com Law. Ser surpreendido por essas palavras, seus corpos colados, os rostos tão próximos um do outro: tudo era demais para ele, não conseguia acreditar que aquilo poderia estar acontecendo. Por estar tão excitado, seu coração disparou, uma onda de calor tomou seu corpo. Luffy não precisava nem se esforçar para insistir. Num impulso, Law segurou seu rosto, o puxando novamente para um beijo.

 

Aquilo foi o suficiente para que o Chapéu de Palha entendesse que iriam continuar. Agora era Law que não tinha paciência alguma: cravou as mãos em suas coxas, mordendo e chupando seus lábios durante o beijo. Agindo dessa forma, sentia o gosto de borracha se acentuando, talvez porque a circulação de sangue na área estivesse mais intensa, e, movido puramente pela emoção do momento, continuava, sem medir forças, pois queria cada vez mais aquela sensação. 

 

Então tentou virar Luffy para o lado, na intenção de trocarem de posição, mas ele o impediu, firmando as mãos na cama e, num instante, se levantou, separando o beijo. Porém, naquele exato momento Law mordeu seu lábio inferior, e, ao passo que se distanciou, sua pele foi esticando. Assim que percebeu, o cirurgião rapidamente afastou os dentes, e logo o lábio voltou ao seu lugar original, dando um ricochete. O silêncio inundou o ambiente. Luffy com a cabeça jogada para trás, e Law estático, com os olhos arregalados, constrangido com o que havia acabado de provocar. 

 

De repente, Luffy se volta para ele, segurando seus punhos e colocando seus braços acima da altura da cabeça, o imobilizando. Sua boca estava ainda mais avermelhada, e sua expressão séria, com a testa franzida, já denunciava seus pensamentos.

 

– Isso doeu – reclamou, apertando mais sua pele – E eu nem pude gritar. 

– Juro que não era a minha intenção – respondeu, ainda envergonhado com toda a situação.

– Eu sei – respondeu, o soltando. Suspirou, amenizando seu semblante, e colocou uma das mãos em seu rosto, deslizando os dedos pela sua boca semi aberta: – Agora vê se me deixa fazer as coisas. Chegou a sua vez de ter paciência.

 

Impressionando a si mesmo, em vez de ficar sem jeito após ser repreendido, Law se sentiu mais excitado ainda. Luffy tinha razão: durante todo aquele tempo pediu que fosse paciente, não faria sentido agir de modo diferente só porque não se tratava dele. Conformado, decidiu acalmar os ânimos e confiar no Chapéu de Palha, afinal, ele parecia realmente empenhado no que queria fazer, e, além disso, mal podia esperar para ter um orgasmo provocado por ele.

 

Ele começou o beijando, deslizando os lábios lentamente, como se fosse uma provocação. Logo mudou para seu pescoço, alternando de um lado para o outro, chupando toda a extensão, e desceu, fazendo o mesmo no seu peito e barriga. Quanto mais baixo ia, Law ficava mais excitado, até que chegou na virilha, ainda coberta pela roupa íntima que usava. Num instante, se levantou da cama, tirando a peça, e segurou suas pernas, o puxando para a beirada. Espantado, num impulso, se levantou um pouco, apoiando os cotovelos na cama, mas quando o viu se ajoelhando no chão, compreendeu o que iria acontecer.

 

O olhar brilhante de Luffy denunciava seu desejo. Ele passou as mãos pelas suas pernas e, com uma, segurou a parte de baixo das suas costas, com a outra, segurou seu pênis, deslizando de cima para baixo, logo o colocando inteiro na boca. Luffy o chupava indo da base até a glande, fez aquilo durante algumas vezes, até que fez uma pausa, lambendo apenas a ponta, e trocou olhares com Law. O cirurgião não conseguiu se controlar e soltou um gemido baixo: já estava completamente duro, e acreditava que, naquele ritmo, poderia gozar em menos de um minuto. 

 

Então, o surpreendendo, Luffy voltou a colocar o membro inteiro na boca, porém, ele prendeu os lábios na base e os esticou para cima, estendendo sua pele, o chupando sem tirar o pênis da boca. Ainda utilizava sua língua, mas, quando subia, sua boca quente e úmida ainda o envolvia, provocando uma sensação totalmente diferente. Aquilo era incomum, nem mesmo havia pensado nessa possibilidade, mas, em vez de achar estranho, Law só conseguia sentir mais tesão ainda. 

 

Ao passo que se movimentava, cada vez mais intensamente, o cirurgião se sentia anestesiado de tanto prazer. Já sem força nos braços, voltou a se deitar. Sua circulação estava acelerada, o corpo quente, e respirava ofegante, tentando não gemer. Assim que a visão foi ficando embaçada, fechou os olhos. Em instantes, chegou ao orgasmo, sentindo seu pau gozar, ainda na boca de Luffy. Mesmo assim, ele continuou a se movimentar, três, quatro vezes, até que agarrou seus cabelos, quase o imobilizando, repetindo o comportamento dele para avisar que tinha chegado lá. 

 

Depois daquele sinal, Luffy parou, desprendendo os lábios, tirando o membro da boca com cuidado. Quando Law finalmente abriu os olhos, percebeu que Luffy já estava ao seu lado, e, antes que pudesse ter qualquer reação, ele o beijou, fazendo com que experimentasse a mistura de suas salivas com o próprio sêmen. Assim que se afastou, passou os dedos pela sua boca, a limpando, e logo se deitou ao seu lado, se esparramando na cama, soltando o ar pela boca, como se finalmente tivesse acabado de completar uma tarefa. 

 

– E então, o que achou? – ele perguntou, se virando em sua direção.

– Eu… eu nem sei o que dizer. Foi muito bom, simplesmente ótimo – respondeu pausadamente, por conta do cansaço, e só depois voltou seu olhar para ele.

– É, eu tentei fazer do mesmo jeito que você.

 

E abriu um sorriso no rosto. Law sentiu um aperto no coração, mas um aperto bom, de paixão. Ele não era fascinado só pelo corpo do Chapéu de Palha, mas nele ele por inteiro, desde seu jeito idiota e despreocupado, mas também alegre e verdadeiro, assim como suas contradições: ora avoado, ora atento aos mínimos detalhes. “Droga, não era pra isso acontecer, eu não deveria misturar as coisas” , pensou, irritado consigo. Mas aquilo parecia inevitável. 

 

Então deslizou o braço pela cama, alcançando sua cabeça, e passou os dedos pelos seus cabelos lisos caídos sobre a testa, enquanto ele continuava o observando com aqueles olhos brilhantes. Law pensou que, em alguns dias, já não teria mais sua presença ali. Não fazia sentido se privar, reprimir as próprias emoções. Sendo assim, sem hesitar, lhe falou:

 

– Se você quiser, pode dormir aqui hoje.