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A ceia era simples. Só o necessário pra não deixar a data passar em branco: vinho, filé mignon, batatas, pra dizer que tentaram, e um bolinho pequeno que Jungwon comprou na última hora. Nada demais. Nada cheio de firulas ou tradições de família. Só os dois, com um pano vermelho esticado sobre a mesa, alguns guardanapos dobrados tortos e o celular equilibrado num suporte tocando uma playlist de Natal.
E mesmo assim, Jungwon achava que nunca tinha se sentido tão em paz num feriado.
Talvez fosse o vinho, que ele tomou um pouco mais rápido do que deveria. Talvez fosse o sorriso de Jay, que parecia ainda mais bonito com as luzes piscando atrás dele. Ou talvez fosse só o conforto de estar ali, com o seu namorado, na primeira véspera de Natal juntos desde que se assumiram. Morando juntos. Vivendo juntos. Dividindo tudo.
Depois de comerem e rirem de piadas bobas (Jay ficou meia hora debochando do laço que Jungwon tentou colar na parede com fita crepe e que caiu quatro vezes), foram pro quarto.
Jay foi direto pra cama, após vestir o seu pijama, e se deitou do lado direito, o dele, como sempre fazia. Pegou o livro que estava na mesinha de cabeceira e ligou o abajur, se ajeitando em seguida. Jungwon ficou uns minutos no banheiro lavando o rosto, tirando a camiseta de Natal que compraram combinando e vestindo o seu pijama, que também combinava com o de Jay. Depois se jogou ao lado do namorado, ficando de barriga pra cima, olhando pro teto.
Silêncio.
Mas não era silêncio de desconforto. Era aquele silêncio de casal que já se conhece tanto que não precisa falar o tempo todo pra deixar o ambiente agradável.
Mesmo assim, Jungwon estava inquieto. Não conseguia parar de pensar. O desejo que vinha crescendo dentro dele nas últimas semanas estava cada vez mais difícil de ignorar. Ele e Jay sempre foram abertos sobre o que sentem, sobre o que querem, sobre o que gostam. Mas, aquilo? Ele ainda não sabia como dizer.
E o medo do Jay achar estranho? Ou rir? Ou só, não querer?
Mas Jay nunca foi de negar nada. Sempre cuidou dele com o maior carinho do mundo. Sempre fez questão de mostrar que ele era amado, desejado, respeitado.
Ainda assim, Jungwon hesitava.
– Jay hyung... – ele disse, depois de um tempo.
Jay respondeu com um pequeno "hm?" sem desviar os olhos do livro.
– Você me ama?
A pergunta foi jogada de forma leve, quase casual. Mas por dentro, Jungwon já sentia o coração batendo um pouco mais rápido.
Jay sorriu, distraído.
– Amo, claro que amo.
Jungwon mordeu o lábio e continuou olhando pro teto.
– Mas você me ama muito?
Jay deu uma risadinha baixa, ainda lendo.
– Amo muito. Muito mesmo.
Jungwon ficou em silêncio. E mais uma vez:
– Mas você me ama muito, tipo, muito mesmo?
Aí sim Jay fechou o livro.
Marcou a página e o colocou na mesinha, se virando de lado pra olhar pro namorado, que continuava imóvel, com os olhos fixos no teto, como se ele fosse responder por Jay no lugar dele.
– Sim. Eu te amo muito, tipo, muito mesmo. – ele repetiu, sorrindo de novo, agora olhando diretamente pra Jungwon. – Por que essa pergunta repentina? Tá duvidando do meu amor?
Jungwon riu, balançando a cabeça.
– Não. Eu nunca duvidei disso.
Mais um silêncio. Jay esperou, porque conhecia aquele ritmo. Sabia que quando Jungwon se enrolava muito, era porque estava construindo coragem. E ela estava vindo, aos poucos, junto com o rubor no rosto e o jeito como os dedos mexiam nervosos no lençol.
– É que eu queria... – começou, mas a frase morreu no ar.
Jay arqueou a sobrancelha, encostando o rosto na mão.
– Queria...?
Jungwon respirou fundo. A vergonha já queimava no rosto, no pescoço, até nas orelhas. Ele virou o rosto pro lado, ainda com o olhar perdido.
– Queria ser o ativo. Só uma vez... hyung.
Jay não respondeu de imediato. Ele ficou ali, olhando pra Jungwon, como se estivesse se certificando de que tinha ouvido certo. E quando entendeu que tinha mesmo, deu um sorriso pequeno, quase orgulhoso.
– Por que o medo em me dizer isso? Você sabe que eu não sou capaz de negar nada pra você.
– É que... eu nunca fiz isso. A gente nunca fez isso... então achei que–
– Ei, gatinho. – Jay interrompeu com a voz suave. – Você não precisa ter vergonha de me contar os seus desejos. Me diga até os mais obscuros, vou ouvir todos.
Jungwon virou o rosto devagar, os olhos finalmente encontrando os de Jay. O rosto ainda queimava. Estava completamente vermelho, mas agora também sorria.
Jay estendeu a mão, puxando ele devagar pelos dedos.
– Quer fazer isso agora? – perguntou, a voz mais baixa.
Jungwon não respondeu com palavras. Só balançou a cabeça, devagar, com os olhos ainda nos dele.
Jay então se deitou de novo, abrindo espaço entre as pernas.
– Então vem.
Jungwon engatinhou por cima devagar, o corpo todo tenso. A posição nova, o clima, o nervosismo no peito, tudo fazia o coração bater mais forte.
Jay sorriu.
– Mas antes de comer, tem que temperar em.
– Hã? – Jungwon soltou, confuso com a frase.
Jay sorriu de canto, com aquele tom provocativo que só ele sabia usar.
– Você não vai simplesmente me comer, né? Lembra como eu faço com você?
As palavras fizeram Jungwon engolir em seco. Estava sobre o corpo do outro, posicionado entre as pernas dele, com os braços esticados e apoiados ao lado da cabeça do mais velho, que o olhava com um brilho tranquilo nos olhos.
Jungwon assentiu devagar, sentindo a garganta seca.
– Sim... e é muito bom.
– E então?
– Tô com medo de não conseguir... de fazer errado. – confessou, num sussurro.
Jay riu baixo, um riso rouco que sempre arrepiava a espinha de Jungwon. Ele achava aquela hesitação a coisa mais adorável do mundo.
Queria ver até onde Jungwon ia com o desejo aceso daquele jeito.
Então ele instigou.
– Faça o que quiser fazer. Não tenha pressa. – disse, os olhos presos no olhar concentrado do mais novo. – O meu corpo é todo seu. Toque onde desejar, morda, chupe, arranhe... vou deixar você se divertir como quiser.
Jungwon sentiu o estômago revirar de desejo. Seu coração batia tão forte que ele achou que Jay fosse ouvir. O ar parecia mais quente, denso, e ele mal conseguia processar a forma como seu corpo inteiro reagia àquelas palavras.
– Você confia em mim, hyung? – perguntou, tentando conter o tremor na voz.
– Completamente. – Jay respondeu sem hesitar.
Jungwon não disse nada. Apenas abaixou os olhos devagar, encarando o pijama de botão que Jay usava. Era de algodão fino, com um ou dois botões já soltos. Com os dedos ainda um pouco hesitantes, ele começou a desabotoar o resto, um a um, num ritmo calmo, enquanto observava a pele sendo exposta aos poucos sob a luz suave do abajur.
Jay mordeu o lábio inferior. Um arrepio percorreu seu corpo e ele fechou os olhos por um segundo, respirando fundo.
Jungwon estava focado, sério. Quando a camiseta já estava aberta, ele ergueu os olhos, encontrando os de Jay.
Se inclinou, tocando os lábios do outro com um selinho. Depois mais um. E mais outro. Cada um mais demorado que o anterior. Jay suspirava entre eles, a respiração começando a se descompassar, as mãos ainda soltas sobre o colchão, esperando.
Até que o beijo, enfim, se intensificou.
Jungwon pressionou a boca contra a dele com mais firmeza, abrindo os lábios, explorando devagar. Jay levou as mãos até a nuca do mais novo, puxando-o com carinho, aprofundando o beijo. E naquele movimento, ele entrelaçou as pernas ao redor da cintura de Jungwon, colando seus quadris com firmeza.
Jungwon gemeu baixinho entre o beijo, o corpo já começando a se mover por instinto. Suas mãos desceram pela lateral do corpo de Jay até alcançar as coxas, apertando com força.
A tensão entre os dois era palpável.
Jay sorria entre os beijos, satisfeito, completamente à mercê de Jungwon. E Jungwon tomava o controle como nunca fez antes, o que o estava deixando muito animado.
O beijo estava cada vez mais quente. Jungwon sentia o corpo inteiro vibrando com a resposta de Jay. Era como se, a cada movimento, o mais velho confirmasse com o corpo o que tinha dito com palavras minutos atrás: "Faça o que quiser."
E ele queria.
Sem romper o contato por muito tempo, Jungwon começou a descer os beijos. Primeiro pela linha do maxilar de Jay, depois pelo pescoço, até encontrar aquele ponto sensível abaixo da orelha que ele sabia de cor. A língua passou lenta ali, seguida de uma mordidinha rápida e depois um beijo molhado. Jay arqueou levemente as costas, soltando um gemido rouco, que só fez Jungwon sorrir contra a pele.
– Ah... – Jay arfou, os dedos se apertando na nuca dele, as pernas se entrelaçando com mais força.
Mas Jungwon continuou. Estava focado. Obcecado.
Passou pelos ossos da clavícula, beijando, chupando com firmeza. Deixando marcas. Ele queria ver como aquela pele bronzeada ficaria toda marcada, colorida em tons de vermelho e roxo, mas o que mais queria era saber que todas seriam dele.
Jay se contorcia levemente, gemendo entre cada mordida.
– Jungwon...
O tom manhoso na voz dele, meio ofegante, soava quase como um pedido. Mas Jungwon não estava com pressa. Ele queria aproveitar.
Chegou ao centro do peito, deslizou a língua até um dos mamilos e o chupou com mais força do que pretendia. Jay gemeu alto, jogando a cabeça pro lado, a respiração descompassada. Jungwon não parou. Fez o mesmo com o outro lado, alternando entre a língua e os dentes, e o corpo de Jay reagia de um jeito que deixava o dele ainda mais aceso.
– Tá me deixando louco... – Jay sussurrou, entre gemidos. – Você... tá me provocando de propósito?
Jungwon ergueu o rosto, os olhos escuros brilhando sob a luz suave do abajur.
– Tô só temperando, hyung. Não é isso que você queria? – disse com um sorrisinho no canto da boca, antes de voltar a descer.
Beijou o centro do abdômen, passando a língua pela pele quente, ouvindo Jay respirar fundo. Suas mãos desceram até o cós do short de pijama do mais velho, que agora parecia apertado demais pra situação.
Jungwon olhou pra cima, só por um segundo, e Jay já estava com o lábio preso entre os dentes, o peito subindo e descendo, os olhos brilhando de expectativa.
O mais novo não disse nada. Apenas beijou bem ali, no limite entre a pele e o elástico do short, e depois mordeu de leve. Jay soltou um gemido abafado, tentando se conter, mas sem sucesso.
– Jungwon... – ele sussurrou, com a voz fraca.
– Shhh... – o outro respondeu, ainda com a boca perto da pele. – Deixa eu cuidar de você agora, hyung.
Jay estava arfando, o peito subindo e descendo rápido, os olhos fixos em Jungwon, que se movia devagar.
Cada beijo por cima do short era uma tortura gostosa. A respiração de Jay se entrecortava, o corpo tremia com os toques e o mais novo percebia cada reação, saboreava cada estremecer.
Jungwon apoiou as pernas de Jay sobre seus ombros e começou a beijar o interior das coxas, primeiro com delicadeza, depois com mordidas lentas e firmes que deixavam a pele vermelha, marcada. O short era curto o suficiente pra permitir que Jungwon chegasse perigosamente perto da intimidade de Jay, e ele fez questão disso. Queria que seu hyung sentisse o quanto estava sendo desejado.
Jay soltou um gemido baixo e trêmulo, quase como um suspiro, quando Jungwon mordeu mais forte, bem perto da virilha. Ele estava perdendo o controle e isso só atiçava mais o Yang.
Jungwon parou por um instante, ergueu o rosto e disse, com a voz baixa:
— Quero ouvir você, hyung. Quero ouvir o quanto tá gostando... geme pra mim, hm?
Jay tentou dizer algo, mas só conseguiu acenar, a boca entreaberta, sem conseguir formular uma frase inteira. O cérebro parecia nublado demais.
Foi quando sua mão começou a descer, indo em direção ao próprio short, buscando algum alívio, mas Jungwon segurou firme.
— Não seja um hyung mal... — ele murmurou, os olhos cravados nos de Jay, que arfou mais forte com aquela frase. — Deixa que eu cuido disso.
Sem dizer mais nada, Jungwon se afastou só o suficiente pra tirar sua própria blusa. Dobrou-a com calma, torceu o tecido até formar algo parecido com uma corda, e então prendeu os pulsos de Jay acima da cabeça, fixando-os na cabeceira da cama.
Jay ofegou, surpreso, com as pupilas dilatadas.
Ele nunca tinha visto Jungwon assim.
Confiante. Dominante. Incrivelmente sensual.
E ele adorava. Adorava tanto que nem sabia como reagir além de gemer.
Jungwon se abaixou novamente, entre as pernas dele, e encarou Jay com um sorriso provocante. Então, com a boca, começou a puxar o short de Jay, devagar, mantendo o olhar fixo nele o tempo todo. Os lábios tocando a pele, a respiração quente na pele exposta. Cada centímetro que o tecido descia, o corpo de Jay parecia reagir mais. A ereção já marcava forte, o rosto dele estava vermelho.
Jungwon parou por um instante, apenas pra observar aquela cena: Jay amarrado, com os olhos brilhando, os lábios entreabertos, o peito arfando e o corpo trêmulo de prazer.
Jungwon deslizou o short até o fim com os dentes, e quando finalmente o retirou por completo, sentou-se de joelhos entre as pernas de Jay, contemplando o corpo nu e já completamente entregue sob si.
Jay parecia um sonho.
Pele bronzeada levemente marcada pelas mordidas, os músculos do abdômen tremendo com a respiração rápida, os pulsos presos acima da cabeça por aquele pedaço de tecido improvisado. O olhar dele estava vidrado, mas ao mesmo tempo vulnerável de um jeito que fazia a mente de Jungwon entrar em pani.
— Você é lindo demais, hyung... — ele sussurrou, passando a ponta dos dedos pelas coxas de Jay, subindo devagar até chegar à virilha.
Sem dizer mais nada, Jungwon se inclinou e envolveu a ereção do outro com a boca, sem modéstia. A língua fez um caminho lento pela base, e quando o sugou por completo, Jay soltou um gemido tão profundo que fez o mais novo estremecer.
Ele começou a chupar devagar, com movimentos firmes, alternando sucções suaves com lambidas ousadas, os olhos fixos nos de Jay, que revirava a cabeça no travesseiro. A forma como o corpo dele se arqueava a cada movimento, os gemidos engasgados e o modo como seus quadris às vezes se moviam de leve, em busca de mais, tudo aquilo era combustível puro pra Jungwon.
A boca do mais novo fazia milagres, e Jay estava quase à beira quando Jungwon desceu ainda mais, chupando e acariciando com tanta dedicação que, em questão de minutos, sentiu os músculos das coxas do de Jay se contraindo. Ele gozou com um gemido rouco, jogando a cabeça pra trás, as mãos ainda presas, completamente entregue. O orgasmo foi intenso e Jungwon se deliciou com a visão, engolindo tudo sem hesitar.
Jay arfava alto, o corpo ainda tremendo levemente quando Jungwon subiu de volta, beijando sua barriga, seu peito, sua clavícula, até chegar ao pescoço. Deu mais alguns beijos ali, colando os corpos, e então sussurrou no ouvido do mais velho:
— Você sempre me faz sentir tão bem, hyung... agora deixa eu fazer o mesmo por você, hm?
Jay apenas acenou, rendido demais para sequer argumentar.
Jungwon se afastou um pouco, espalhando o próprio gozo de Jay com os dedos, usando aquilo como lubrificante. Se ajoelhou novamente, entre as pernas abertas de Jay, e levou a mão até a entrada dele. Acariciou ali com calma, massageando, observando cada reação com atenção, e então introduziu o primeiro dedo.
Jungwon deslizou o segundo dedo com cuidado, sentindo os músculos de Jay se contraírem ao redor da sua mão. Ele estava atento a cada suspiro, cada expressão no rosto do mais velho, que mantinha os olhos semicerrados, boca entreaberta e as bochechas ainda tingidas de vermelho.
Jay não demonstrava dor, apenas um leve tremor que denunciava a nova onda de prazer que se aproximava.
— Tá tudo bem, hyung? — Jungwon perguntou baixinho, a voz rouca.
Jay assentiu, ofegante, e respondeu num sussurro arrastado:
— Continua... por favor.
Jungwon sorriu de leve, e com calma, introduziu o terceiro dedo. Sentiu a resistência ceder lentamente, como se o corpo de Jay já o conhecesse, já o quisesse há muito tempo. Ele começou a movimentar os dedos em um ritmo suave, os curvando ocasionalmente, e Jay gemia baixo, como se estivesse derretendo sob o toque.
Enquanto estimulava seu hyung com a mão direita, Jungwon se inclinou e buscou os lábios dele.
O beijo foi lento, quente. A mão livre de Jungwon desceu até o cós do seu próprio short, e com certa dificuldade, entre beijos e toques, ele foi se livrando da roupa, cueca junto, até estar completamente nu e colado a Jay.
Era como se ele tivesse feito aquilo mil vezes.
Os corpos se encaixavam perfeitamente, a respiração dos dois acelerada, os dedos ainda dentro de Jay, que agora se revirava debaixo dele, com as mãos presas e as pernas levemente abertas.
Eles separaram o beijo apenas para respirar, mas as testas ficaram encostadas, as bocas tão próximas que podiam sentir os suspiros um do outro.
— Eu vou colocar, hyung... — Jungwon murmurou, seu quadril já roçando no de Jay de forma quase inconsciente.
Jay, com a voz rouca, apenas respondeu:
— Tudo bem...
Jungwon posicionou a ponta, empurrou bem devagar e parou. Queria ter certeza de que Jay estava bem.
Jay soltou um gemido arrastado e fechou os olhos por um instante, mas não parecia desconfortável. Jungwon então afundou mais um pouco, os dedos apertando com força o lençol ao lado da cabeça de Jay.
Quando finalmente entrou por completo, ficou completamente imóvel por alguns segundos, apenas sentindo.
Jay estava quente, apertado. E completamente entregue.
Começou a se mover devagar, fundo, como se quisesse gravar aquela sensação na pele.
Jay gemia de forma arrastada, o rosto virado pro lado, os lábios molhados, o corpo inteiro arrepiado.
Jungwon ainda estava com a testa colada no ombro dele, o quadril se movendo em estocadas lentas, mas intensas, e quando Jay mordeu seu ombro, forte o bastante pra fazer o mais novo gemer alto, ele perdeu o controle por um segundo.
As pernas de Jay se enrolaram ao redor da cintura de Jungwon, puxando-o mais fundo. E Jungwon atendeu ao pedido silencioso, acelerando os movimentos, socando com mais intensidade, o som dos corpos se chocando preenchendo o quarto junto aos gemidos abafados e suspiros ofegantes dos dois.
Jungwon se curvou sobre Jay mais uma vez, o corpo em movimento constante, os músculos do abdômen contraídos de tanto esforço e prazer. Seus olhos foram até os punhos do mais velho, ainda presos à cabeceira. Ele mordeu o lábio inferior por um instante, pensativo, e então parou os movimentos por um breve segundo.
Jay arfou com a interrupção, os olhos abrindo confusos, até sentir as mãos finalmente sendo libertas.
— Toca em mim também, hyung... gosto quando suas mãos me exploram... — Jungwon murmurou, as palavras soando como um pedido urgente.
E Jay não perdeu tempo.
Assim que teve os braços livres, os passou ao redor do pescoço do mais novo, puxando-o para um beijo intenso, faminto. Suas unhas cravaram nas costas suadas de Jungwon, arranhando com força, marcando a pele enquanto cada estocada arrancava dele novos gemidos.
Era como se Jay estivesse despejando todo o prazer ali, naquela pele quente, na carne viva. Jungwon gemeu alto com os arranhões, mas não parou, pelo contrário, aquilo só o deixava ainda mais no limite.
Os dois já estavam brilhando de suor, os corpos escorregando um no outro, respiração cada vez mais descompassada.
— Hyung... — Jungwon gemeu com a voz falha, apertando a cintura de Jay com força. — Eu... acho que vou...
Jay inclinou a cabeça para trás, olhos fechados, corpo arqueando sob ele, e murmurou no meio de um gemido:
— Pode gozar dentro... tá tudo bem...
— Merda... — Jungwon sussurrou contra o pescoço do mais velho, completamente perdido no calor daquele corpo.
— Eu também... — Jay avisou, quase sem voz, as mãos tremendo ao se firmarem nos ombros do mais novo. — Vou gozar de novo...
E então tudo aconteceu rápido demais.
Jungwon enterrou os quadris com força, gemendo alto contra a pele de Jay, que arqueou mais uma vez e se desfez logo em seguida, entre suspiros e palavras desconexas.
Os dois chegaram ao ápice juntos, corpos colados, gemidos abafados um no outro, os movimentos ficando erráticos até pararem por completo.
O quarto se encheu de silêncio por alguns segundos, exceto pelo som das respirações ofegantes e do suor escorrendo pelas peles.
Eles estavam uma bagunça, cobertos de suor, gozo, cabelos grudados na testa, os lençóis completamente revirados.
Jungwon se deixou desabar sobre Jay, o peito colado no dele, as respirações aos poucos voltando ao normal, mesmo que ainda estivessem aceleradas. Ele depositou um beijo lento e meio desajeitado no canto da boca do mais velho antes de sussurrar, com a voz arrastada de exaustão:
— Foi ótimo...
Jay riu baixinho, passando os dedos entre os fios suados do cabelo do mais novo.
— Fico feliz que tenha gostado... eu também amei. Ainda mais sendo... minha primeira vez assim. — ele falou, meio tímido, meio orgulhoso.
Jungwon se afastou só o suficiente pra encarar Jay nos olhos, arregalando os seus.
— Você tá me dizendo que eu fui o primeiro a...? — ele parou, mas o olhar dizia tudo.
Jay assentiu com um sorriso, enquanto acariciava de novo a cabeça de Jungwon, que voltou a repousar no peito bronzeado do outro, claramente satisfeito.
— E foi perfeito. Tô muito satisfeito. Que bom que você pediu.
— Eu podia ter pedido antes... — Jungwon murmurou, manhoso, com a voz abafada contra a pele quente do hyung.
— Acho que eu nem ando amanhã. — Jay soltou uma risada rouca.
— Na próxima eu vou ser ainda mais cuidadoso, hyung...
— Próxima? — Jay arqueou uma sobrancelha, puxando Jungwon mais pra cima até poder falar bem perto do ouvido dele. — Na próxima eu vou acabar com você, anota aí. Você vai sentar em mim até eu virar uma cadeira.
Jungwon deu um tapa leve no peito dele, fingindo indignação, mas rindo logo em seguida.
— De repente vou querer virar um celibatário.
— Idiota. — Jay sorriu, mordendo de leve o queixo do mais novo. — Eu sei que você gosta.
— Eu amo. — Jungwon respondeu, com sinceridade e voz mansa. — E... obrigado por ter atendido o meu pedido.
Jay puxou o rosto dele com carinho, olhando bem nos olhos antes de dizer:
— Sempre que quiser, gatinho.
Jungwon deu aquele sorrisinho de canto, cheio de segundas intenções:
— Então... segundo round agora?Jay soltou um suspiro dramático e revirou os olhos:
— Shhh... vamo dormir que amanhã é outro dia.
Jungwon riu baixinho, se aconchegando no peito de Jay.
No fim, Jungwon teve duas ótimas ceias de Natal: Uma com vinho e filé. E a outra com um belo peru (Jay).
Mas ele gostou mais da segunda.
FIM