Chapter 1: Acontecimento inesperado
Summary:
Em Domino, um evento...
Yukiko fica surpresa quando...
Um ser supremo decide...
Yo!
Os casais da fanfiction vão ser: Atemu&Yuugi, Seto&Kisara (Blueshipping), Honda&shizuka, (Ardentshipping), Mahaado&Isis (Aweshipping), Jounouchi&Nuru, Pegasus&Cecilia (Roseshipping), Leonhart&Mana (Fairytalesshipping).
Como podem ver, o único yaoi será de Atem e Yuugi. É que em relação aos outros, não consigo dar nenhum par diferente do que esses.
Acreditem quando eu falo que não conseguiria dar outros pares para eles.
Tenham uma boa leitura ^ ^
Chapter Text
Capítulo 1 - Acontecimento inesperado
Para quem olhava da rua, o céu estava nublado, indicando que iria chover na cidade de Domino.
Havia várias pessoas passeando pelas ruas, enquanto que outras se encontravam imersas em suas obrigações, sendo que nenhuma delas sabia que ocorreria um evento que acarretaria em várias mudanças como um efeito dominó, tal como o nome da cidade, enquanto que o município teria que lidar com um acontecimento inesperado.
Tais mudanças, drásticas em alguns aspectos, iriam fazer um ser intervir. Um ser que apenas observava todos os universos, sem intervir em nenhum deles, pelo menos, até agora.
Enquanto a cidade fervilhava com várias pessoas se deslocando pelas ruas e estabelecimentos, assim como se deslocavam em moradias, tratando dos seus próprios assuntos ou relaxando, poucos se dedicavam a olhar para o céu que estava nublado e que ocultava, acima das nuvens carregadas, uma espécie de portal que havia sido aberto, bruscamente.
Desse portal surgiu um monstro enorme que lembrava um cão de cor roxa com chifres afiados, semelhantes a um touro, sendo que ele era perseguido implacavelmente por uma dragoa alva e imensa.
Quando esta dragoa viu a cidade fervilhante embaixo deles, ficou horrorizada e concentrou a sua neve sagrada em suas asas, fazendo surgir uma nevasca violenta, cegando temporariamente o monstro quando ele foi atingido pela neve ao mesmo tempo em que os cristais de gelo fustigavam a sua pele ao cortá-la, para depois, ela brandir o porrete na ponta da sua cauda, quebrando os ossos da pata traseira do seu inimigo, fazendo-o ganir, enquanto o atirava para longe.
Ela fica aliviada ao ver que o impacto o atirou a dezenas de quilômetros da cidade, enquanto mantinha o seu avanço, para acertá-lo mais uma vez com o porrete, visando afastá-lo o máximo possível, enquanto provocava graves danos, pois precisava eliminá-lo o quanto antes.
Afinal, era um monstro que absorvia energia vital de seres vivos e tudo o que ela menos precisava é que ele acabasse matando as pessoas daquele lugar, além das outras que matou no outro universo.
Porém, em sua fúria, o monstro rosna violentamente e seus olhos vermelhos cruéis brilham, fazendo surgir bolas de fogo acima da cabeça deles e que descem como projeteis flamejantes em direção à cidade.
Rapidamente, Yukiko bateu as suas asas fortemente para interceptar todos, usando o poder do seu gelo, uma vez que era uma dragoa da neve sagrada, visando destruir todas as esferas flamejantes, antes que eles se chocassem contra a cidade, agradecendo pela experiência que teve quando enfrentou Raa no Yokushinryuu no outro universo ao ter que batalhar contra ele, quando o Deus Egípcio estava na forma de uma fênix.
Porém, um deles consegue passar pela dragoa e atinge um dos distritos da cidade, gerando uma explosão violenta para horror de Yukiko.
Então, ela passa a rosnar furiosamente ao olhar para o seu inimigo que avançava, com ela conseguindo desviar do seu ataque, para depois, enterrar as suas garras no lombo dele, fazendo-o gritar de dor, acertando em seguida o seu porrete na parte macia do abdômen do seu inimigo, provocando grandes danos, fazendo-o golfar em agonia, para depois, jogá-lo para o alto.
Sorrindo de forma sádica, ela brande a sua cauda com toda a fúria que sentia e consegue atirar ele há centenas de quilômetros dali, fazendo-o cair com estrondo em uma área florestal, longe da cidade afetada.
Mesmo possuindo vários órgãos internos feridos pelo ataque, o ser tenta se erguer, debilmente, enquanto a dragoa pousava na sua frente, com um sorriso sádico brincando em suas mandíbulas, enquanto ela perguntava:
- Let´s Play a Game?
Aquela face que ela exibia o deixou aterrorizado, com o mesmo ganindo, enquanto lutava debilmente para se afastar até que é preso por correntes de gelo, com a dragoa das neves balançando o dedo indicador em um gesto negativo, enquanto falava com um sorriso em suas mandíbulas que era simplesmente aterrorizante, juntamente com o tom usado e que era de genuína alegria, como uma criança que havia ganhado um presente tão desejado e que não queria terminar de brincar tão cedo:
- Mal começamos a brincar. Temos todo o tempo do mundo. Isso é incrível, né? – ela fala com empolgação, enquanto o monstro chorava desesperado, implorando por clemência, sem saber que a palavra clemência estava fora do vocabulário daquela dragoa da neve sagrada.
Enquanto isso, em Dominó, há uma correria desenfreada de pessoas apavoradas e sem saber para onde deviam correr, juntamente com o rastro de destruição, sendo possível ouvir os gritos de desespero ecoando pelas ruas, enquanto imperava o caos.
As equipes de emergência trabalhavam arduamente no resgate dos feridos, com voluntários ajudando as equipes, enquanto ocorria a contagem de mortos.
A área que foi afetada era uma das mais populosas. Onde outrora havia casas, só restavam escombros. Havia alguns vestígios de construção que ainda se encontravam erguidos, despontando no horizonte como estoicos sobreviventes de uma destruição.
Jornalistas e emissoras de tevê lutavam para tentar captar ou descobrir o que ocorreu, enquanto começava a surgir vários boatos para tamanha destruição, compreendendo desde a explosão do conduto de gás subterrâneo a um atentado terrorista, embora não compreendessem o motivo do Japão ter sido eleito como alvo.
Algumas horas depois, surgiram outras teorias e hipóteses, com muitas destas embasadas em detalhes da cena do crime que era imensa e cuja tarefa de resgate de sobreviventes e remoção dos corpos demoraria várias semanas, mesmo com a exemplar eficiência japonesa em gerir catástrofes, uma vez que o Japão sofria com terremotos, maremotos, tsunamis e tornados.
Enquanto isso, os relatos de pessoas que viram sombras enormes do céu, instantes antes da explosão, eram descartados sumariamente, pois consideravam fruto do choque que sofreram, enquanto que os ufólogos creditavam tais visões a alienígenas, surgindo a teoria do primórdio de uma invasão alienígena e que escolheram a cidade de Dominó como um teste para um futuro ataque em larga escala.
No final, esses relatos de sombras enormes no céu que eram a verdadeira causa da destruição, no caso, uma delas, eram descartados, sendo creditados somente sobre modificação nas mãos de ufólogos e qualquer outra corrente de pensamento que tratava de alienígenas.
Algumas semanas depois, após Yukiko torturar o monstro, ela decide verificar o estrago na cidade, enquanto se sentia culpada, por mais que soubesse que havia feito de tudo para salvar a cidade.
Afinal, quem abriu o portal foi o monstro e ela tentou, desesperadamente, afastá-lo da cidade. Quem lançou o ataque foi ele, com ela lutando arduamente para bloquear todos os ataques, com exceção de um que conseguiu passar por ela e conforme pensava nisso, descobre que os danos poderiam ser bem piores, se não tivesse bloqueado todos os outros.
A sua mente gritava que não havia nada que ela pudesse ter feito, pois, havia feito de tudo e o seu ato de deter todos os outros ataques, impediram uma desgraça, ainda pior.
Porém, uma pequena parte dela se recusava a aceitar essa visão e a condenava, implacavelmente, apontando o dedo condenatório em riste, fazendo-a suspirar pesadamente, enquanto sentia falta de Yuugi, sabendo que há muitos milênios, ele já não existia mais, fazendo-a se recordar do Egito Antigo de outro universo.
Ela assume uma forma humana e passa a andar pelas ruas, se dirigindo ao epicentro da destruição, observando desolada toda a destruição, conforme se inteirava do saldo de mortos e de feridos que fazia ela se sentir mal.
Então, a albina vê um menino, junto de um senhor, julgando que era o avô dele. O pequeno trazia um buquê de flores em suas mãos, o depositando junto dos outros que estavam enfileirados na frente da zona do desastre e ao se aproximar das flores, Yukiko percebe que eram homenagens aos mortos e aos entes queridos perdidos na catástrofe, sendo que o menino exibia os orbes lacrimosos conforme olhava para as flores.
Ao olhar mais atentamente na direção do menino que era confortado pelo seu avô, Yukiko fica estupefata. Os cabelos tricolores e os olhos expressivos na cor ametista eram idênticos ao seu amigo de infância de outro universo, sendo que sempre o viu como um filho querido, fazendo com que sentisse um amor maternal por ele, com este sentimento ressurgindo ao olhá-lo.
Então, a albina começa a chorar, enquanto murmurava com a voz embargada, sendo que estava emocionada por reencontrá-lo, mesmo que fosse apenas uma contraparte:
- Yuugi-chan...
O menino vira a cabeça e olha para a mulher de cabelos alvos compridos, com alguns fios se encontrando presos atrás da cabeça por um laço de cetim azul, enquanto que as mechas compridas, presas por um laço azul, sendo uma mexa de cada lado do rosto, se encontrava repousando placidamente em cima do tórax dela, com a albina possuindo olhos azuis como a mais bela safira, enquanto trajava um belo vestido azul que ia até o tornozelo, com um casaquinho combinando e que cobria os ombros e braços.
Em seu pescoço havia um colar dourado com desenhos estranhos e uma safira como pingente, sendo que Sugoroku Mutou reconheceu os desenhos no colar como sendo hieróglifos. Ela também calçava sandálias com detalhes dourados.
Yukiko ficou emocionada por ter visto uma contraparte de seu amigo de outro universo, pois, Yuugi faleceu há milênios atrás, de um dos lugares de onde ela veio e tudo o que havia restado foram as lembranças do tempo que viveu com ele, enquanto amaldiçoava a vida efêmera dos humanos.
Ela estava tão emocionada ao ver a contraparte dele que não conseguiu impedir que lágrimas peroladas brotassem dos seus orbes.
Yuugi fica alarmado ao vê-la chorar, fazendo com que ficasse preocupado, sendo se aproxima dela, perguntando gentilmente:
- Está tudo bem com a senhora, oba-san (tia)? Perdeu alguém?
O avô dele se aproxima e pergunta curioso, pois havia notado que ela havia chorado emocionada ao ver o seu neto:
- Nós nos conhecemos?
A albina compreende o motivo da pergunta do avô do menino, pois deve ter percebido as lágrimas emocionadas dela ao ver Yuugi.
Ademais, ela percebeu que o homem na sua frente era uma contraparte de Shimon que viveu no Antigo Egito em outro universo. Ele era Grã Vizir e Conselheiro Real do Faraó Atemu, além de já ter sido um dos membros do Rokushinkan (Seis Sacerdotes) que serviu ao Faraó Akhenamkhanen ao ter no passado o Sennenjou (Millennium Key) em suas mãos, antes de passá-lo a Shadi que o sucedeu como membro do Rokushinkan que servia ao Faraó Atemu, filho de Akhenamkhanen.
- Não. É que o Yuugi lembra um amigo meu que morreu há alguns anos, atrás. Nós éramos amigos de infância e ele era igualzinho a você. Por que está chorando?
Os orbes ametistas expressivos do menino, cuja cor envergonhava a mais bela ametista, ficam embargados em lágrimas e ele abaixa a cabeça, com o avô afagando carinhosamente a cabeça do neto, enquanto falava em um tom pesaroso:
- Os pais dele morreram nessa explosão.
Ela arregala os olhos e sente uma culpa intensa e sufocante tomá-la. A dor era indescritível e a voz que gritava que ela não tinha qualquer culpa se silenciou, pois, mesmo sendo esta a verdade, a descoberta de ter provocado tanta dor e sofrimento a uma contraparte do seu adorado amigo de infância de outro universo, fez o seu coração sangrar em agonia e tal como no outro universo, ver o sofrimento dele era pior do que qualquer tortura, sendo que a culpa a sufocava com os seus braços cruéis, enquanto comprimia brutalmente o seu coração.
Ela torna a chorar, dessa vez de tristeza e de dor, enquanto tentava inutilmente conter as lágrimas que caíam copiosamente de seus orbes, enquanto ela caía de joelhos com as mãos em seu rosto, sentindo a dor e o pesar engolfando-a, sendo que se encontrava indefesa perante a dor e a culpa avassaladora que a tomavam naquele instante e que a cortavam como uma faca implacável.
- A senhora está bem, oba-san? – Yuugi pergunta, preocupado.
- A senhora está bem? – o avô dele pergunta.
Após alguns minutos, ela cerra os dentes e consegue se erguer, contendo a dor, a desolação e a tristeza, pelo menos, temporariamente, para que pudesse se recompor, embora fosse superficialmente, pois o seu interior se encontrava em um caos emocional.
O motivo de fazer isso foi para tranquiliza-los, especialmente o Yuugi, com ela afagando maternalmente os cabelos dele, ficando satisfeita ao ver que eles acreditavam que ela havia se recuperado.
Então, ela ouve uma voz que parecia vir da sua mente, embora não tivesse tanta certeza, sendo uma voz etérea e que irradiava poder e sabedoria:
“Assuma a sua forma verdadeira e voe. Eu abrirei um portal para você.”
Por algum motivo que não conseguia descrever, ela sentia que devia encontrar esse ser.
Ademais, o tom de voz e a sensação que passava, indicava que não era prudente desafiá-la.
Então, se recompondo, embora por dentro estivesse um caos em virtude da dor e da culpa feroz e brutal que se instaurou em seu coração, ela fala, procurando dar o seu melhor sorriso:
- Eu estou bem. Obrigada. Eu tenho que ir embora.
Ela fala e afaga maternalmente mais uma vez, os cabelos tricolores espetados de Yuugi, enquanto se despedia dele e do avô deste, retornando ao caminho que tomou para se aproximar do local, com o avô e o neto deste voltando a orar pelos pais do menino.
Conforme a albina andava pelas ruas, ela ouvia apenas a comoção e gritos de dor, assim como via as lágrimas desenfreadas banhando o rosto das pessoas, enquanto se lastimava pelo ser não ter durado mais tempo, pois, achou aquelas semanas de tortura diária e implacável, muito pouco para as consequências do ataque dele.
Após se afastar do local, ela usa a sua magia para ficar invisível ao entrar em uma viela, assumindo em seguida a sua forma verdadeira conforme ascendia para os céus, passando a sobrevoar dentre as nuvens, enquanto imaginava o local onde o portal iria se materializar.
De repente, um portal surge na sua frente e o mesmo abre, permitindo a sua passagem.
O certo seria ela ter medo de ir a um local que não conhecia, só porque uma voz etérea assim desejou.
Porém, algo a impulsionava a ver a dona da voz, além de sentir que não era sábio desafiar o pedido que foi feito.
Portanto, após engolir em seco, ela se dirige até o portal e entra nele, com o mesmo se fechando atrás dela, enquanto atravessava um corredor multicolor, sendo algo usual e próprio de portais.
Então, ao sair do mesmo, fica estupefata ao ver uma versão de si mesma, praticamente colossal, que exalava a um poder imensurável e presença intimidante. Nos grandes orbes azuis, pois, ela era gigantesca, havia uma sabedoria sem fim. Yukiko nunca se sentiu tão insignificante quanto naquele momento, enquanto ficava estupefata ao constatar que o ser a sua frente também era um dragão da neve, provavelmente divino, tal como a albina que passa a indagar, mentalmente, o que um ser tão poderoso, desejava com alguém como ela.
Como se lesse os pensamentos dela, a dragoa fala com uma voz etérea e um olhar professoral:
- Eu me chamo Yukiko, também. O meu nome completo é Yukiko Tsukishiro. Eu sou a Suprema Deusa Dragoa Criadora dos Multiversos. Sou aquela que criou todos os universos, sendo que milhões de anos ou milênios, após a criação dos universos, ocorreram o nascimento de contrapartes minhas, sendo uma por universo criado. Claro, não foram em todos os universos que alguma contraparte minha nasceu. Ademais, a maioria esmagadora tem essa aparência de dragoa da neve divina, outras, têm uma aparência diferente, como meia saiyajins, hanyou e outras espécies híbridas. As que têm a forma de dragoa da neve se tornam sagradas. Acredite quando falo que você é a primeira contraparte minha que me vê pessoalmente e considerando o que você sacrificou, não fique surpresa por me ver – surge um discreto sorriso em suas mandíbulas imensas ao ver a face estupefata da sua contraparte – A meu ver é bem inusitado conhecer uma contraparte minha. E sim, eu possuo uma forma semelhante a humana, tal como você.
A albina está em uma perda de palavras ao ouvir o que aquele ser de poderes inimagináveis disse, demorando demasiadamente para assimilar tudo o que foi dito, enquanto percebia que ela havia criado aquele cristal e de fato, havia visto o vulto dela, embora não fosse nítido e ao se lembrar do que sacrificou, não pode deixar de ficar triste até que se recupera, saindo dos seus pensamentos quando a colossal dragoa, fala:
- Faz tempo que eu não assumo uma forma mais prática.
O corpo dela brilha, gerando uma forte luz e somente quando o clarão se dissipou, Yukiko conseguiu abrir os olhos, ficando estupefata ao ver uma versão sua, mais velha, com vestes ricamente adornadas que exalavam a sua superioridade, enquanto os seus olhos azuis permaneciam exalando sabedoria. Os seus cabelos eram alvos e compridos, sendo iguais ao dela, além da pele ser clara como a neve sendo que os orbes azuis como duas safiras a observavam atentamente.
Prontamente, a jovem assume a sua forma humana e ao comparar ambas, elas eram como um espelho, resguardando as diferenças como a aparência mais velha e que exalava sabedoria, além de um poder incomensurável.
Inclusive, tirando questões pormenores, elas eram iguais.
A albina desejava falar algo, mas, a presença intimidante do poderoso ser a sua frente, fosse intencional ou não, juntamente com o poder que emanava dela, a fazia se encolher e perder qualquer resquício de voz.
Yukiko Tsukishiro fala com a voz etérea e um olhar gentil:
- Raramente, qualquer contraparte minha tem a honra de me conhecer. Normalmente, eu observo os vários universos das minhas contrapartes e apenas assisto. Algumas vezes, eu desejei intervir, mas não fiz. Confesso que é inusitado a minha interferência nesse aspecto. Mas os meus filhos, Ryuusou e Koorishiro, que elevei a condição de Supremos Deuses dragões do Multiverso tem uma tendência nata a intervirem. Eu nunca tive qualquer interesse, pelo menos, até agora. Uma ou outra vez agi em prol do interesse dos meus filhotes, mas me limito a assistir.
Yukiko consegue ganhar coragem em seu coração, sentindo que vinha de fora, questionando se era alguma influência da Suprema Deusa Dragoa Criadora dos Multiversos na sua frente para que ela falasse algo.
A albina não sabia que a sua hipótese estava correta, pois, Yukiko Tsukishiro notou que ela estava se sentindo intimidada perante a sua presença e não desejava um monólogo.
- Por que a senhora me chamou?
- Quero descobrir porque os meus filhos se interessam tanto em intervir. Devo confessar que fiquei curiosa.
A jovem Yukiko abre e fecha a boca, processando o que ela disse, enquanto olhava de forma incrédula para o ser incomensuravelmente poderoso a sua frente, pois, o que ouviu foi algo que nem em seus sonhos mais surreais ela pensaria em ouvir e que destoava completamente do que esperava de um ser tão imponente e poderoso, como a que estava na sua frente.
- Eu vi a sua reação ao descobrir as consequências da explosão e que este acontecimento acabou intervindo em alguns eventos e acontecimentos inerentes ao Yuugi. Saiba que alguns destes foram benéficos, apesar da destruição e morte.
- Para o Yuugi-chan foi desastroso. Justo ele, a contraparte do meu amigo de infância. – ela comenta em um suspiro triste, sentindo o seu coração se restringir ao se recordar das lágrimas nos orbes ametistas.
- Você é plenamente ciente de que ele é de um universo diferente do que você veio? O passado desse universo é demasiadamente distinto.
- O Yuugi é Yuugi, não importa o universo que pertence. Portanto, ele sempre será o meu amigo mais precioso, sendo que eu o vejo como um filho querido.
A Suprema Deusa Dragoa Criadora dos Multiversos sorri e consente, falando:
- Eu concordo com você e saiba que eu o acho fofinho, também. Dá vontade de guardar em um potinho – Yukiko fica surpresa com a confissão - Esse seria o outro motivo para intervir, enquanto que eu desejo descobrir o que motiva os meus filhos briguentos a intervir. Por falar em intervenção, está disposta a intervir nesse universo? Sinto a sua intensa culpa que comprime brutalmente o seu coração e que este sentimento a consome implacavelmente. Saiba que não havia nada que pudesse fazer. Não foi sua culpa e sim, uma fatalidade.
- Eu sei disso... Mas não consigo me livrar dessa sensação. – ela fala, mexendo no colar que tinha a safira, se lembrando de que foi o Yuugi de outro universo que deu para ela como presente.
- O que acha de viver naquele universo? Pode modificar a sua idade e poderia conviver com o fofo do Yuugi-chan. Mesmo ele sendo outro Yuugi, “Yuugi é Yuugi”, como você disse, anteriormente. Ademais, irá descobrir outras consequências desse acontecimento inesperado. Você sempre teve carinho pela Kisara e pela Nuru. Bem, há uma contraparte da Kisara e uma da Nuru graças ao que aconteceu. É como eu disse. Há acontecimentos que vieram para o bem e outros que vieram para o mal. Claro, a explosão causou um efeito dominó inimaginável. Mas o que são outros acontecimentos ou situações com terceiros, sem qualquer relação com o Yuugi-chan e os outros? Claro, algumas consequências irão irradiar para ele. Você poderá intervir em certos eventos e em outros, não, porque é necessário que o espirito humano passe por certas provações para se tornar mais forte. Portanto, uma situação que pode ser ruim ao Yuugi-chan, por exemplo, pode se tornar necessária para o seu fortalecimento ou para que ele compreenda e conheça Atemu, a quem ele está predestinado e vice-versa. Quanto aos outros acontecimentos, eles são desnecessários e podem ser modificados, sendo que você pode salvar vidas que originalmente seriam perdidas, assim como, pode punir aqueles que merecem uma punição maior.
- “Salvar vidas que originalmente seriam perdidas, assim como, pode punir aqueles que merecem uma punição maior”, não seria modificar ainda mais a linha do tempo, mais do que já foi modificada?
- Bem, convenhamos, o que são algumas gotas de água em uma mesa encharcada? Ou, o que são meras gotas em um lago? Nada. São eventos insignificantes que sequer são registrados. Portanto, salvar vidas que se enquadram nisso, não passaria de meras gotas em um lago. Caso você pegue várias gotas para derrubá-las em um recipiente, você terá uma pequena quantidade de água e se for uma quantidade considerável, provocará uma ondulação considerável em um lago ou ira aumentar um pouco a mancha de água, quando tombar esse conteúdo que armazenou. Ou seja, você terá que ser demasiadamente cuidadosa em suas intervenções. Tudo dependerá do contexto e das consequências de salvar essas vidas, ceifá-las ou puni-las. Você poderá deixar um ser vivo até resolver descartá-lo por ser desnecessário, por exemplo. Tudo dependerá de seu crivo e julgamento pertinente aos fatos para analisar o contexto em que aquele acontecimento ou ser está inserido para determinar se pode modificar ou não o seu futuro. Eu confio em seu julgamento.
- Como eu vou saber disso tudo? – ela pergunta, arqueando o cenho, ponderando sobre a proposta extremamente atrativa do ser supremo a sua frente.
- Você teria que aceitar ter o conhecimento de tudo que vai ocorrer, antes mesmo de ocorrer e dos eventos passados que deveriam ter ocorrido se não fosse essa explosão. Ademais, terá alguns acontecimentos adicionais por causa do ataque. Ele chamou demasiada atenção, por assim dizer.
Yukiko pensa no sofrimento de Yuugi e mesmo não possuindo qualquer culpa, ela não podia deixar de se culpar e decide que viveria com o fardo de saber dos acontecimentos, antes deles surgirem, ficando feliz por ter a liberdade de poder modificar eventos, punir seres ou ceifar vidas, dependendo de sua importância ou de como está inserido nos acontecimentos originais, enquanto tomava o devido cuidado com as consequências de seus atos.
De fato, ela precisará julgar adequadamente a situação, juntamente com o conhecimento necessário dos eventos pertinentes ao Yuugi, seja diretamente ou indiretamente, para tomar a sua decisão de intervir ou não contra aquele ser ou acontecimento.
Ela olha para a Suprema Deusa Dragoa Criadora dos Multiversos e consente, exibindo determinação em seus orbes azuis.
A mesma sorri e cria uma esfera iridescente, entregando para a jovem, enquanto falava:
- Toque essa esfera e terá as recordações e acontecimentos desse universo, tanto o que deveria ter ocorrido originalmente e as alterações futuras a partir da explosão, sendo que você irá adquirir o poder das visões, mesmo quando os modificar. Inclusive, poderá ver as futuras consequências das suas intervenções com antecedência. Provavelmente, agregar tanto conhecimento e adquirir tal capacidade a fará ter dores lacerantes e igualmente indescritíveis. Após passar por essa provação conseguirá distinguir a origem e poderá organizá-las mentalmente da maneira que mais convir para você. As dores lacerantes e igualmente indescritíveis são tanto pelo fluxo das informações, quanto pelo condicionamento de sua mente para gerenciar essas informações, juntamente com o fato de ganhar esse poder. Acredite, a dor é imensurável. Mesmo assim, deseja adquirir esse conhecimento?
Yukiko se recorda de Yuugi, além de lembrar de que poderia ver Kisara e Nuru novamente, no caso, as contrapartes delas e que não somente cuidaria do Yuugi, como também, cuidaria da Kisara e da Nuru.
Sem ter qualquer hesitação em seu olhar, ela toma a esfera e se concentra.
Então, ocorre um brilho intenso e depois, o globo some, enquanto Yukiko gritava de forma lacerante, sentindo que o seu cérebro era rasgado em dois e que o seu crânio estava quebrando, com ela segurando a sua cabeça, enquanto rolava de dor, gritando e chorando agoniada, pois, era uma dor indescritível, sendo que tinha a impressão que estava desvanecendo perante a intensa agonia que sentia e a dor imensurável, tal como havia sido avisada.
A dor demasiadamente lacerante e igualmente brutal dura por vários minutos, enquanto que a Suprema Deusa Dragoa Criadora dos Multiversos observava de forma austera a agonia de uma dor transcendental que uma das suas contrapartes sentia, enquanto que havia protegido a sua audição dos gritos viscerais que ela emitia.
Após alguns minutos que pareciam horas, o corpo de Yukiko estremece e ela cessa os movimentos, respirando pesadamente através de golfadas de ar, enquanto que tremores reminiscentes das dores lacerantes que havia sentido, ainda fustigavam o seu corpo, com a albina sentido que a sua garganta, que fora danificada pelos gritos de profunda agonia que emitiu, estava se curando.
Alguns minutos depois, todas as dores cessaram a fazendo sentir uma leve dor de cabeça que se dissipava gradativamente, conforme as recordações eram encaixadas em suas devidas origens, com ela dedicando alguns minutos para organizá-las mentalmente, decidindo que depois, iria categorizá-las mais adequadamente, sendo que sentia a sua mente estranha, acreditando que era uma consequência do uso daquela esfera ao assimilar a capacidade de usar o poder das visões, enquanto sentia que poderia invocar qualquer recordação, se assim desejasse, para uma melhor análise.
Ela sai dos seus pensamentos com a voz etérea, fazendo com que virasse a cabeça para a origem da voz, enquanto se erguia, sentindo uma leve tontura que se dispersou tão rápido quanto veio:
- Daqui a alguns dias, será perfeitamente normal a distinção das recordações. A esfera a está ajudando a organizar as informações. Você poderá acessá-las quando desejar. Isso permitirá um julgamento mais adequado e com uma visão ampla dos acontecimentos inerentes a aquela situação, ser ou acontecimento, juntamente com as visões antecipadas das consequências dos seus atos, antes de executá-los. Lembre-se de que qualquer ato seu irá repercutir em uma consequência, seja insignificante ou não.
- De fato, essas recordações e conhecimento irão ajudar em meu julgamento. – ela fala, enquanto consentia.
Nisso, a Suprema Deusa Dragoa Criadora dos Multiversos se concentra e em suas mãos, surgem objetos criados a partir dos seus poderes, deixando Yukiko boquiaberta, para depois, ela se aproxima dela.
A albina observa os itens nas mãos do ser supremo, identificando um deles como sendo uma pulseira que possuía uma pequena joia na cor azul, além de alguns itens em forma de cristais, fazendo-a olhar para Yukiko Tsukishiro que explica o que eram os itens, deixando-a surpresa.
- Vou levá-la de volta a aquele universo e você se aproximará de Yuugi. Você detém, agora, o conhecimento sobre a contraparte da Kisara e da Nuru, desse universo.
- Sim. Eu não tenho palavras para descrever o quanto eu agradeço por ter a chance de me redimir, aplacando assim a culpa que me consome, além de poder cuidar do Yuugi-chan, da Kisara-chan e Nuru-chan. – ela fala respeitosamente.
- Irei observar daqui os seus atos. Provavelmente, será bem interessante ver as consequências das mudanças. Tenho grandes expectativas sobre isso.
Então, um portal surge e Yukiko passa por ele, olhando para a sua contraparte que assume o seu tamanho e forma verdadeira, retornando onde estava, no caso, rodeava por inúmeros universos.
Bem, era a impressão que Yukiko tinha ao olhar o espaço estranho e igualmente etéreo em torno dela.
Após atravessar o portal, ela decide se preparar para poder ficar próximo de Yuugi-chan, Kisara-chan e Nuru-chan, sendo que precisaria polir alguns detalhes, antes que pudesse se aproximar dos seus queridos amigos, tomando o devido cuidado de assumir uma aparência pertinente a idade deles, descobrindo que não seria tão difícil fingir que era uma criança para se aproximar deles.
Ela confessava que estava demasiadamente ansiosa para revê-los.
Chapter 2: Kisara e Nuru
Summary:
When investigating how Kisara and Nuru reincarnated in that universe, she discovers that ...
So, she decides ...
Yukiko starts to ...
Chapter Text
Historical notes
When investigating how Kisara and Nuru reincarnated in that universe, she discovers that ...
So, she decides ...
Yukiko starts to ...
Yo!
I want to explain that for this fanfiction I used the concept of slavery from other countries and not from ancient Egypt.
Slavery was not in terms of property or forced servitude, and it is difficult, even today, to research about it due to the fact that the words slaves and servant are similar.
Even, the word Hem is used for servants and was used for slaves, workers and even priests, as the word Hemt – netjr (high priest), being that it would be "servant / slave of the Gods".
In ancient Egypt there were no slave markets as they were in other kingdoms where slaves were sold on the streets either directly or by auction. Debt slavery comprised private and equally documented relationships with debt and the services that would be provided to pay the debt, being carried out between customers, local councils or employees' offices. All men, women and children needed to be documented with their name, special talents, etc. After the debt was paid, slavery / servitude was ended and freedom was returned to them according to the documents.
Therefore, slavery that was not regulated or that originated from kidnapping was not only illegal. They were liable to punishment and disapproved by Egyptian society.
Even the families of those who were enslaved could demand the return of their enslaved family members as a form of compensation.
As for child slavery, children were prohibited from carrying out manual labor and could only carry out light labor.
With regard to sexual abuse of slaves, these cases were very rare and rape was a crime, whether on a slave or a free Egyptian, in addition to being condemned by society and equally disapproved because if the woman became pregnant, it would disturb the peace in the house, being that the house was considered sacred to the Egyptians.
As for concubines, even though they were often negotiated as gifts among government officials, all women and men who understood this group chose this life for themselves, making them trained in a similar way to modern prostitution and did not have the stigma associated with this function as it was in other countries, in addition to being in better environments.
In ancient Egypt there were three types of slavery:
- Debt slaves, comprising men and women who sold themselves and their families slavery to pay the debt and were released as soon as the work was completed.
- Prisoners / captives of war, were not in a better situation than ordinary servants. They were integrated into smaller groups and colonies making them part of the empire. They could also be given to temples, as rewards to soldiers for good service or raised as servants in the palace. As for living conditions and rights, they were very similar to those of free and ordinary people.
They could even own property, in addition to having rights such as civilians, since they worked in various positions ranging from domestic servants to government assistants and if they were employed or belonged to wealthier influential and / or elite families or even to themselves Pharaoh, they were able to rise easily in their status, often ending up being better than most ordinary people by virtue of living off their masters' assets, along with access to all benefits according to their job and position .
Furthermore, contrary to the views of other peoples and contradictory to popular beliefs adopted in various countries, these slaves were overly appreciated by Egyptian society due to their different skin colors, with them being seen as part of Egyptian society.
- Criminal slaves: this group comprised free Egyptians who committed a crime and, as a result, were turned into slaves as punishment. Unlike slaves of the times, we write about debt and prisoners of war, they were treated very badly and equally frowned upon by society because everyone was aware of their status as criminals.
As you can see, in the concept of slavery, I ended up using the Western and not the Egyptian.
I had reason to adopt the view of other cultures.
Have a good reading XDDDD
Chapter 2 - Kisara and Nuru
In one of his investigations of the events in that universe, wanting to know how Kisara and Nuru had reincarnated, Yukiko discovered his answer in Ancient Egypt and decided to access this memory, one of several acquired.
She discovered that an act of Pharaoh Seto ensured the reincarnation of Kisara and Nuru, the latter without him knowing and that was carried out when he was of old age and whose throne would be inherited by his son.
A few weeks before passing his title on to him, Seto released the soul of Kisara who was confined to the stone tablet, although there was a part with him that always comforted him and that was his light, being the only love of his life.
In fact, his son's mother had only been a marriage of convenience, as he needed an heir and tradition ordered the marriage between cousins to maintain the purity of blood, making him marry a distant cousin who enjoyed the luxury that got in return and that was enough for her, even if she didn't have Pharaoh's heart.
After all, Seto's heart has always been that of Kisara, the only woman he has loved in his entire life and who he would love forever, wishing to find her again in the afterlife, if the Gods so permitted.
At least, that was his hope, and it was necessary to study rituals and magic for several decades to find a way to free the blue-eyed white Dragon that was Kisara's Ka and Bah (soul) from the stone on which he was sealed.
Taking over as Pharaoh in place of his cousin Atemu, at his request, with Sennensui (Sennen Pazuru) as proof of his title, he ordered Mana to help him free a soul confined in a stone, explaining who he was by showing the stone, with the young woman consenting to the request, starting to use her spare time, which was little, since she was elevated to one of the Rokushinkan of the now Pharaoh Seto, starting to bear the Sennen Ringu that in the past belonged to Mahaado, while he assumed the post of royal magician of the palace, succeeding his master.
Then, after decades, with Seto assisting in their research, they discover a way to simultaneously release the Ka and Bah that had been partially separated during the sealing.
Isis, the only remnant of Pharaoh Atemuu's Rokushinkan, with the exception of Seto who ascended to Pharaoh, became a Pharaoh Seto's shinkan, starting to help them in their liberation plans, fervently wishing to do the same with the Black Magician, because he wanted to release Mahaadocom Seto by agreeing to her request and that it was from Mana, too.
Pharaoh was especially happy to be able to release Kisara and he fervently prayed to the Gods that he would find her in the afterlife and that this time, he would do anything to protect her.
Yukiko had accessed these memories, being one of several memories that had been acquired, with her insisting on observing the ritual of liberation of the white dragon with blue eyes from his stone prison, as well as he heard Seto's words, said only for the stone by leaning her forehead on it, showing the signs of her advanced age, the words portraying the deep love she felt for Kisara and her genuine desire to find her again.
From the corner of his eye, the albino realized that another board had been affected by the ritual with the group not realizing what was happening near them.
In this case, it was one that was next to the white dragon with blue eyes and the reason the ritual had repercussions on this stone plate was because they ended up not measuring the level of their techniques, ending up using excess magic, ending up by the same repercussion in the sign next to Kisara's.
After all, they had only studied the theory and had not put it into practice until that moment.
The albino was surprised to identify that it was the plaque that contained the black dragon with red eyes and when accessing the memories of how that dragon was sealed, he saw that it was taken from Nuru.
When she accessed those memories, she saw her friend's counterpart from another universe fighting a slave merchant and the auctioneer who would sell her at an auction.
After a few minutes, before the other men came to the rescue of those who tried to restrain her, she managed to overthrow those who tried to confine her and broke through some of the fetters that had been placed on her leaving everyone appalled.
Nuru had managed to accomplish this feat because she had joined the dragon that inhabited her body and because of this union she was able to partially use the strength of that being and that union occurred only a few minutes ago.
After being free, in theory, because she was surrounded, she enters a state of semi-consciousness to invoke her black dragon with red eyes from within her when making a decision that would be irrevocable once the being left her.
When the dragon came out of the brunette who fell to her knees by the semi-conscious state that she was induced to invoke, she proudly spread her wings and promptly exterminated the auctioneer and the Nuru. It also caused great destruction in the surroundings.
During the chaos that was established in the market with the dragon attack, Yukiko realized that her friend's counterpart from the past of another universe was partially aware and that she had invoked the red-eyed black dragon because she wanted to die so as not to live a life as a slave. .
After all, she was fully aware that if the dragon was removed from her body she would die because it was her Ka and Bah from the little she understood when she heard from some people about the sealing that the shinkan performed when using magic objects called Millennium Items and that they could summon the sealed Ka to serve them.
As Yukiko accessed Nuru's past she was surprised to discover that in that universe, the young woman was also Kisara's half sister and that the brunette believed that her half sister was dead with Kisara sharing that same thought.
When investigating the period that the sealing occurred she was sad because it had occurred at the same time that Kisara was approaching the city where the auction was taking place looking for water because she was thirsty and the sealing occurred a few hours before the albino entered the city.
If they had met, Nuru would have known she was alive and would not have carried out this suicide attack near the palace where Pharaoh Atemu's Rokushinkan was.
She returns to the moment of sealing and sees the appearance of Shinkan Akhenaden. The accompanying soldiers brought a sandstone board and left it standing with the shinkan using the power of their Sennengan (Millennium Eye) to seal the dragon by extracting it from Nuru who died at the time his Ka and Bah was extracted her.
From what the albino discovered, Nuru committed this suicidal act in order to be free from slavery and because he believed that all his loved ones were dead with Kisara sharing this same thought making the tan had no reason to stay alive while swearing ferociously to himself that his dragon would not bow to anyone. This was her last thought before being sealed to her with her body falling lifeless on the floor when the image of a dragon appeared on the surface of the board making the albino cry because she was still a counterpart to her friend from another universe.
Yukiko wipes her tears and arches her brow trying to understand why Akhenaden never used this dragon as his Ka, since he had sealed it.
Upon discovering the answer to her question, she smiled with intense satisfaction because the black dragon with red eyes could not be summoned to the battlefield due to the fact of resisting the Sennengan to Akhenaden's discontent with that dragon becoming the indomitable Ka and that he did not bow to any of the Shinkan. This was caused by the Bah de Nuru which contained his pride and fierce determination.
In fact, she held fast to her oath taken seconds before being sealed to her Ka. She would not bow down to anyone and that reverberated in her Dragon which was considered untamed by everyone.
As he analyzed the behavior of his friend's counterpart, Yukiko discovers that even though she was a slave, the Nuru of ancient Egypt had an untamed nature and considering what she suffered was supposed to have the opposite.
In the end, she was a wild soul and that nature had been projected onto the dragon that could resist any invocation. If someone tried to summon it, it would not appear on the stone board during the battle.
Returning to the moment that the white dragon with blue eyes disappeared from the sealing stone along with the part of Kisara's soul that was with Pharaoh Seto and that was his light until that moment while the black dragon with red eyes also disappeared from the Board of sandstone, she saw something that alarmed her too much.
Yukiko swore that he had seen a shadow moving by himself near Seto and decided that he would investigate this after finishing his foray into the events of the past with Yukiko seeing that Pharaoh agreed to help Mana and Isis to free Mahaado's soul. Additional magic was required for this because he used advanced magic to merge with his Ka, just before he died.
Aware of the additional difficulty that he would have to free his magic teacher, Mana studied and trained hard to be able to use two spells simultaneously and that together with the two items of the millennium, Sennen Shakujou (Sennen Roddo) and Sennen Ringu, managed to free Mahaado and Kisara, releasing Nuru also as a side effect of the release of the blue-eyed white Dragon with Isis praying to the Gods that he would be able to find his beloved Mahaado in the afterlife.
After finishing the liberation process and before they left the place where the Ka-sealed stone plates rested, Pharaoh Seto put his hand on Sennensui (Sennen Pazuru) and spoke to himself:
"My great friend and cousin, Mahaado is free from the prison that placed himself. I pray to D (Ra) that one day you will wake up from the deep sleep in which you find yourself inside the item and also be free without the threat of Zorc Necrophades It's what I desire. I even created a stone tablet containing our final battle decades ago using our most loyal servants. This stone also contains Pert Kertu, the prayer of death that I wrote as an elegy posthumous in honor of you. I hope that one day you can read. "
After saying this, he leaves with the huge gates being closed behind him.
The albino returns to the present and decides to research whether that shadow had moved by itself and when probing future events he found the answer and he did not like it.
Then, Yukiko looks at the brunette, remembering Egypt from another universe, where she was Kisara's half sister because of a womanizing parent.
Jounouchi saved her from slavery, making her his personal servant, since they fell in love at first sight and that thanks to him having saved her from slavery, she can find her half sister, Kisara.
In the end, Jounouchi and Nuru became involved, with her confessing that they matched and that if she was reincarnated in that world, being saved from death together with Kisara, along with the fact that they are both twin sisters in that universe, with Nuru inheriting the brunette's appearance. father, while Kisara had inherited his mother's albino appearance, meant that new events would occur from this change, with Yukiko believing that this implied that she was predestined to Jounouchi and vice versa, something that would be interesting, in his view.
Furthermore, taking advantage of the opportunity, the albino seeks visions of the future of both and when she finds them, she can't help smiling, as she saw very interesting things and in fact, they made a perfect couple.
As she thought about the counterpart of her friends from another universe, she remembers how the explosion in one part of the city changed the life of the albino and the brunette who were originally going to die, before Kisara could be reunited with Kaiba and before Nuru could find Jounouchi.
She found out about this change by accessing the memories of that world by scanning the domino effect of the explosion, such as the title of the city where she lived.
In the case of albino and morena the attack of the monster that destroyed a district of the city of Domino caused the death of a man who in the original timeline would have caused the death of Kisara, Nuru and their parents who were in a car because this man's car would crash into the vehicle the family was traveling in when he pulled up at the red light. The impact would be so brutal that everyone would die on the spot.
As this man was one of those killed in the explosion, the fatal accident did not occur and the family continued on their way to visit the apartment they had purchased and whose building was located near the game store, Kame Game, which belonged to Sugoroku Muto, Yuugi's grandfather.
With the proximity, Yuugi, Kisara and Nuru would go to the same playground and destiny would make the three of them childhood friends.
She comes out of her memories at the same time that she finished polishing the details inherent in her disguise in that world, after collecting money through gold and jewelry that she took from mines around the world by digging them with her claws, after placing them the humans of the place to sleep with their magic.
Yukiko concentrates and begins to modify her eighteen-year-old appearance for a seven-year-old child while maintaining her adult mind. The albino walks to the playground where she found the three of them playing together and when she gets close to the group she manages to make friends with them and smiles internally when she sees that her plan was being a success. Now she could protect and care for them properly.
Chapter 3: Yuugi e o Sennen Pazuru
Summary:
Yukiko decide...
Yuugi, Kisara e Nuru...
Sugoroku entrega...
Chapter Text
Com o advento dos dias, a amizade de Yukiko com o trio crescia cada vez mais, com Yuugi recebendo ajuda para lidar com o bullying que sofria constantemente, tendo a as gêmeas o apoiando, uma vez que elas sofriam pela aparência que possuíam, embora que no caso das gêmeas, elas defendiam a si mesmas e Yuugi quando Yukiko não estava com elas.
Afinal, quando Yukiko estava com eles, era ela que assumia a proteção deles.
O pai da Kisara e da Nuru era um mestre do Kung Fu da Escola do dragão e a mãe delas era uma mestra de Kenjutsu praticante do estilo Hiten Mitsurugi Ryuu (飛天御剣流 - estilo da espada governante celestial voadora), cujos golpes são associados a dragões, sendo que as filhas deles praticavam ambos os estilos, sentindo uma grande afinidade com eles, fazendo a albina sorrir de canto, pois tinha lógica essa afinidade e talento natural considerando as dragoas que habitavam os seus corpos e que eram parte integrante da alma delas, sendo o reflexo do coração de suas portadoras.
Yuugi, Kisara e Nuru haviam percebido que aqueles que praticavam bullying contra eles não apareciam para atormentá-los uma segunda vez, sendo que com o tempo, eles tentavam compreender o que ocorria.
Eles não sabiam que a causa para o “desaparecimento” deles, por assim dizer, era ocasionada por Yukiko que irada por agredirem e humilharem Yuugi e as suas amigas, fazia questão de caçar essas crianças perversas, a seu ver, usando os seus poderes para fornecer pesadelos terríveis ao ponto delas enlouquecerem, obrigando os pais a enviarem os seus filhos para instituições psíquicas sobre um sorriso de satisfação dela.
A albina confessava que tinha uma criatividade bem fértil para puni-los enquanto fazia esse ato escondido dos seus amigos ao mesmo tempo em que desejava evitar que suspeitassem de Yuugi, Nuru e de Kisara, embora fosse difícil associar a loucura deles com três crianças inocentes.
Mesmo assim, desejava evitar quaisquer problemas com a polícia e por isso, agia nas sombras.
Ademais, a albina sabia melhor do que ninguém que Yuugi nunca concordaria com qualquer vingança e ato de violência, não importando se ele sofresse muito por causa dos agressores.
Afinal, ele era incapaz de odiar alguém e muito menos, desejar o mal para essa pessoa por mais que esta tenha atormentado ou machucado ele, fisicamente ou emocionalmente. Ele era bom e gentil, com a sua bondade sendo a sua maior força.
Ao mesmo tempo em que Yukiko sentia fascínio pelo coração dele, ela era plenamente ciente que um coração como o dele o deixava vulnerável ao sofrimento e por isso ele precisava de proteção, enquanto que ela odiava qualquer um que o machucasse, fazendo-a desejar nada o mais puro mal para aqueles que ousavam ferir ou que faziam o seu amado amigo sofrer, com ela passando a caçá-los.
Porém, conforme crescia o número de crianças internadas em instituições psiquiátricas por terem provocado a fúria de Yukiko ao praticarem bullying contra os amigos dela, a polícia passou a investigar atentamente essa ocorrência no mínimo bizarra ao ver deles, sendo que trabalhavam em conjunto com uma esquipe composta de cientistas especializados na área de patologia, de microrganismos e de psiquiatria, pois uma das linhas de investigação que a polícia trabalhava envolvia a contaminação do solo, da água ou dos alimentos no parquinho, levando-os a investigarem todos os vendedores ambulantes e fontes de água do lugar, além de pesquisarem amostras do solo, juntamente com o de plantas.
Eles também trabalhavam com outra hipótese que envolvia o envenenamento de crianças através de alguma droga desconhecida, sendo que suspeitavam que a administração dessa substância desconhecida nas crianças era feito de uma forma que elas não desconfiassem do envenenamento e em virtude dessa hipótese, todas as crianças que frequentavam o parque passaram por exames, com Yukiko tendo que usar os seus poderes para que eles pensassem que a examinavam, pois ela não era totalmente humana ao contrário dos seus amigos, sendo que agradecia a si mesmo por treinar os seus poderes mágicos, principalmente a capacidade de manipular a mente dos humanos, fazendo com que eles usassem o sangue e a saliva de outra criança como se fossem dela ao manipular a mente deles.
Ainda seguindo essa linha de investigação, os policiais decidiram ouvir os relatos de todas as crianças que brincavam no parque, pois estavam em busca de algum relato estranho e que este fosse comum no relato de outras crianças.
Yuugi, Nuru, Yukiko e Kisara também foram ouvidos com os responsáveis junto deles e depois, foram liberados.
Conforme a albina saia, ela olha para o casal que nada mais eram do que escravos mentais dela e que ela os subjugou para que eles fingissem ser uma família, visando ajuda-la em seu disfarce e que pretendia libertá-los quando conseguisse a emancipação.
Portanto, ela permite se recordar de quando os escravizou e que foi há alguns meses, atrás, após mudar o seu corpo para uma aparência de sete anos.
Na época, a albina estava buscando pais postiços, pois uma criança de sete anos não podia morar sozinha.
Portanto, passou a procurar alvos que se adequassem ao que ela buscava em seus futuros escravos mentais, visando usar os seus poderes para subjugá-los, sendo que era algo temporário, pois quando fosse mais velha, iria entrar na justiça para se emancipar, fazendo assim com que pudesse viver sozinha sem precisar manter escravos junto dela.
Yukiko se lembra de quando os encontrou no aeroporto usando uma magia avançada para descobrir se eles se encaixavam no perfil que ela buscava, sendo que havia ficado feliz ao constatar que eles preenchiam com exatidão todos os requisitos que buscava em seus futuros escravos temporários. Eles não tinham familiares, estavam longe dos amigos, eram novos na cidade, não possuíam um bom coração e o trabalho deles iria facilitar a sua magia para que eles nunca comentassem sobre a sua vida privada, onde moravam e sobre a existência dela com ninguém.
O motivo de colocar uma das condições como sendo não possuir um coração bom foi para evitar que sentisse qualquer remorso ou pesar ao escravizar mentalmente o casal, mesmo que fosse temporário.
Portanto, após escolhê-los como as suas presas, ela começou a "caçada” deles, por assim dizer, os seguindo para fora do aeroporto e assim que eles se afastaram dos terminais passando a andar por uma rua, ela aparece na frente deles, de repente, os fazendo ficarem estarrecidos pela aparição repentina e antes que o casal pudesse reagir, ela faz surgir o símbolo de lua crescente dourada em sua testa e projeta em ambos ao mesmo tempo, passando a escravizá-los mentalmente ao usar a sua magia como auxílio, aprisionando eles em sua ilusão.
Quando ela termina o processo, eles sorriem e passam a interagir com ela como se fosse filha deles, com a albina usando a sua magia para criar uma certidão de nascimento onde constavam eles como pais dela, caso precisassem apresentar algum documento.
Sobre as suas ordens, eles alugaram um apartamento próximo de onde Yuugi, Kisara e Nuru moravam e outro longe daquele lugar para usarem como endereço em seus contratos de trabalho, enquanto moravam em dias alternados para que não desconfiassem. Este imóvel seria a futura moradia do casal, após libertá-los, enquanto que eles iriam passar os documentos do apartamento perto de Yuugi para o nome dela.
Até chegar o dia da libertação do casal do seu controle mental, ela usaria o dinheiro que tinha em uma conta para pagar o apartamento próximo dos seus amigos assim como qualquer custo relacionado ao imóvel, fazendo com que o casal arcasse, apenas, com o outro imóvel e quaisquer gastos relacionados a este, além dos próprios gastos pessoais porque o orçamento do casal não permitia arcar com dois alugueis ao mesmo tempo.
Ademais, só havia algumas fotos dela com eles e o motivo de ter essas parcas fotos na sala era para manter o seu disfarce.
Afinal, seria estranho não ter nenhuma foto de família na sala.
Ela sai de suas recordações quando eles saem da delegacia, com a albina se despedindo dos seus amigos, enquanto seguia os seus escravos mentais.
Por causa das investigações extensas e exaustivas, o parquinho ficou fechado por vários meses para uma investigação minuciosa.
Como o parquinho estava fechado para o público, Kisara, Nuru e Yukiko visitavam Yuugi na casa dele, passando a brincar no quarto dele, enquanto esperavam que o parquinho fosse aberto ao público novamente, sendo que o grupo de amigos alternava as visitas entre si.
Eles visitavam a casa das gêmeas e o doujo dos pais delas, sendo que também visitavam a casa de Yukiko e ficavam com pena da amiga, pois os pais dela sempre estavam ausentes.
Afinal, não sabiam a verdade sobre eles.
Somente após o término de uma intensa e minuciosa investigação por parte de vários órgãos competentes foi constatado que o parquinho não oferecia qualquer risco e ele foi reaberto ao público para a alegria de Yuugi, Kisara e Nuru, enquanto que a investigação da polícia foi arquivada por falta de provas.
Com o tempo, os bullying no parquinho pararam, pois os que praticavam esses atos cruéis estavam internados em instituições psiquiátricas para a alegria de Yukiko, sendo que ela havia ficado feliz quando isso repercutiu também na escola primária que ela e os seus amigos frequentavam.
Afinal, eles conseguiam andar nos corredores sem serem empurrados e vaiados, além de ninguém pegar o material de estudo deles para bagunçarem visando fazê-los sofrer, sendo que faziam isso preferencialmente com Yuugi quando ele estava sozinho, pois quando faziam contra Kisara ou Nuru, tinham que se entender com as irmãs, sendo que Yukiko lidava com eles após aprontarem com o seu amigo.
Agora, o grupo de amigos estava tranquilo porque todos que os atormentavam, inclusive os humilhando publicamente e os ferindo verbalmente e fisicamente se encontravam internados.
A albina sai de suas recordações de algumas semanas, atrás, voltando ao presente, sendo que naquele instante, ela estava olhando para o quarto de Yuugi através de uma abertura de vidro do teto do quarto deste.
Enquanto o observava, a albina se recordou do aniversário de sete anos do seu querido amigo e que foi realizado no dia anterior, com a meia dragoa permitindo-se perder nas recordações do aniversário dele, enquanto surgia um sorriso gentil em seus lábios conforme se recordava de que ele estava feliz e que havia sido uma festa privada e somente com os amigos e famílias mais próximas, envolvendo Sugoroku, as gêmeas e a família das gêmeas, além dos escravos mentais de Yukiko que fingiam serem os seus pais e a própria albina que participaram da festa de aniversário do Yuugi.
Ela se recordou deles cantando parabéns para o Yuugi que estava especialmente feliz porque era o primeiro aniversário dele com amigos, pois nos seus aniversários anteriores, ele comemorava sozinho possuindo como companhia, apenas, os seus pais e avô por não ter nenhum amigo.
Mesmo a Anzu (Tea), na linha do tempo original, demorou em fazer amizade com ele, começando apenas quando Yuugi tinha nove para dez anos e ao se recordar das mudanças dessa linha do tempo, a albina se recordou de que a explosão do distrito fez os pais dela temerem outro atentado terrorista, pois acreditavam que essa era a causa da explosão.
A consequência desse temor foi que eles desistiram de comprar um imóvel na cidade de Domino, próximo de onde Yuugi morava e passaram a morar na cidade vizinha, fazendo assim com que Anzu não encontrasse Yuugi quando eram crianças, pois ela estudava, atualmente, em outra escola na cidade vizinha.
Ao sair de uma das recordações adquiridas por ela, a meia dragoa sabia que mesmo sem os pais, não conseguindo conter um pesar imenso em seu coração ao se recordar do motivo do seu amigo ser órfão, Yuugi ainda tinha o seu avô e algo inusitado para ele, pelo menos, até alguns meses atrás era o fato de ter amigos.
Bem, no caso dele, amigas, mas para quem nunca teve um único amigo sequer, ter três amigas de uma só vez o deixara especialmente feliz, fazendo o seu coração transbordar de felicidade ao mesmo tempo em que o ajudava a superar, parcialmente, a perda dos seus pais.
Ela se recorda dele soprando as velinhas e depois, delas entregando os presentes que consistiam de jogos que ele não tinha, ainda, o fazendo ficar imensamente feliz, pois Yuugi amava jogos e nada lhe dava mais prazer do que jogar um jogo.
Afinal, havia herdado do seu avô o seu amor pelos jogos, sendo que no passado, Sugoroku (Solomon) foi chamado de jogador lendário, pois viajava pelo mundo em busca de jogos e quanto mais desafiador fosse o jogo, melhor, com ele dominando todos os jogos, sendo que nada lhe dava mais prazer que derrotar os seus oponentes.
Inclusive, ele não disfarçava o orgulho imenso que sentia pelo seu neto ter herdado o mesmo espirito dele para os jogos.
Enquanto observava os olhos de Yuugi brilhando conforme abria avidamente os presentes, Yukiko se recordava das vezes que jogaram com ele, sorrindo ao constatar que aquele Yuugi era igual à contraparte dele de outro universo, sendo que o diferencial entre eles era de que ele não se tornava outra pessoa jogando, permanecendo como ele era fora dos jogos. Somente no futuro, conforme adquiria confiança em si mesmo e em suas habilidades graças a influência de Atemu em sua vida, ele se tornaria outra pessoa jogando.
Depois que soprou as velinhas, ele cortou o bolo e o distribiu entre eles, com as crianças comendo os doces e os salgados, para depois brincarem com Yuugi que fazia questão de estrear os jogos que ele havia ganhado para diversão das gêmeas e de Yukiko, fazendo com que a criança de cabelos tricolores ficasse ainda mais feliz, pois desejava jogar com os seus amigos.
Então, a albina sai de suas recordações do dia anterior porque aquele era o dia em que Sugoroku iria dar de presente ao seu amado neto, o Sennen Pazuru que continha a alma selada de Atemu, com ela desejando ver a cena pessoalmente, após vê-lo pelas recordações adquiridas.
Ela percebe que Yuugi olhava em um misto de curiosidade e ansiedade para o que o seu avô trazia escondido atrás das costas, para depois ver que os olhos do pequeno brilharam quando foi estendida uma caixa dourada com hieróglifos em sua superfície e um olho de Wadjet na parte da frente, sendo que a caixa lembrava uma espécie de sarcófago.
Juntamente com a entrega do objeto, o avô dele falou que o objeto realizaria um desejo a quem o montasse, fazendo os olhos do jovem Mutou brilhar com essa informação, enquanto a criança comemorava o presente, agradecendo ao seu amado avô.
Yukiko sorri ao ver a imensa felicidade de Yuugi quando ele abre o objeto, encontrando peças douradas em forma de quebra-cabeça, passando delicadamente a mão nelas enquanto as admirava com euforia, para depois, fechar a caixa, o depositando na mesa do seu quarto para que pudesse abraçar o seu avô, agradecendo novamente pelo presente, enquanto Sugoroku afagava paternalmente a cabeça do seu neto.
Depois, ele vê que a criança senta na cadeira em frente a sua escrivaninha e abre a caixa para montar o quebra-cabeça, sendo visível o fato de que Yuugi estava demasiadamente ansioso para terminar de montar o item.
Porém, o menino demoraria oito anos para montar o quebra-cabeça, segundo as memórias adquiridas daquele mundo e ao se recordar desse fato fica com pena dele, pois via o genuíno e intenso entusiasmo dele que julgava, erroneamente, que conseguiria montar naquela noite.
Após o avô dele se retirar do quarto, a albina suspira.
Afinal, pelo conhecimento que possuía daquele universo dentro do Sennen Pazuru havia a alma de um Faraó do Antigo Egito selada nele e que havia sacrificado a sua vida, memórias e nome para selar Zorc Necrophades com a ajuda dos seus Rokushinkan (六神官) e ao fazer isso, o mundo foi salvo desse mal antigo.
Nesse caso, a alma selada era de Atemu conhecido na história como o Faraó sem nome por não conseguirem encontrar o nome dele em nenhum local e nos poucos locais que havia algum registro do seu nome, o mesmo foi apagado.
Em virtude de todas as memórias que adquiriu, ela sabia que os nomes foram apagados pelo Shinkan Seto após ele se tornar Faraó com a morte de Atemu e que fez isso sobre ordens do seu primo para evitar que este mal antigo ameaçasse o mundo novamente.
Buscando cumprir com a ordem dada no último suspiro do seu primo juntamente com outra ordem que deveria ser cumprida mais tarde, o nome dele foi apagado de qualquer registro, pois o seu nome era o selo que mantinha Zorc Necrophades selado. A outra ordem dada foi que o Sennen Pazuru deveria ser desmontado quando Seto deixasse o trono para o seu futuro descendente e que deveria guardar as peças dentro de um objeto na pirâmide do seu primo.
Seto cumpre com as ordens dadas e desmonta as peças, colocando os pedaços em um pequeno sarcófago dentro na pirâmide erguida para Atemu e que era protegida por inúmeras armadilhas, com muitas destas armadilhas envolvendo Ka´s aprisionados em tábuas de arenito.
Ele também designou os melhores membros do Medjay para serem os Guardiões de tumba, sendo que foram escolhidos cuidadosamente pelo Faraó Seto para a missão de passarem a chave das memórias do Faraó para a próxima geração e que para evitar que se perdesse no tempo era grafada na pele do líder de cada geração. Eles também receberam dois Sennen Aitemu para protegerem. Foram o Sennen Roddo e o Sennen Tauku.
Chapter 4: A pirâmide do Faraó sem nome
Summary:
Em uma pirâmide no Vale dos Reis...
Sugoroku consegue...
Yukiko decide...
Chapter Text
Então, ao olhar para a caixa do Sennen Pazuru ela vê em suas recordações que se passariam milênios até que Sugoroku, mais jovem do que era atualmente, ainda viajando pelo mundo como o jogador lendário, encontrasse a Pirâmide do Faraó sem nome no Vale dos Reis graças a dois guias e que havia passado por todas as armadilhas ao encarar tudo como se fosse um jogo, algo que o animou demasiadamente por amar jogos.
Durante o trajeto dentro da pirâmide, ele se tornou o guia ao decifrar todos os enigmas, passando pelos obstáculos, sendo que um dos homens que o guiou até aquele local acabou morrendo por não ter seguido com exatidão a regra para passar em segurança por um local.
Após passar por algumas armadilhas, ele encontrou uma espécie de câmara que lembrava uma tumba.
Havia uma ponte estreita feita com tábuas de pedras que possuíam entalhes de monstros em sua superfície e que davam acesso a uma espécie de plataforma que continha algo que lembrava um altar e acima deste, havia uma caixa dourada que lembrava um sarcófago contendo o olho de Waddjet e hieróglifos talhados em sua superfície, contendo em seu interior o Sennen Pazuru fragmentado em formas de peças de quebra-cabeça.
Ele foi traído com um tiro nas costas pelo guia remanescente que ansiava em matá-lo para pegar a caixa dourada visando lucrá-lo ao vê-lo andar sem problemas pela espécie de ponte. O criminoso sorriu satisfeito ao ver Sugoroku cair da ponte.
Porém, mesmo gravemente ferido, o avô de Yuugi conseguiu se segurar precariamente na borda enquanto o bandido passava por ele rumo à caixa confeccionada em ouro puro e após alguns segundos, o Jogador lendário ouviu apenas um grito de puro terror antes que reinasse o silêncio absoluto.
O avô de Yuugi foi salvo da morte graças a alma de Atemuu que na época trajava suas vestes de Faraó e que falou enquanto estendia a mão:
- Eu o estava esperando... Shimon.
Como o avô do Yuugi estava demasiadamente ferido, ele não se recordava nitidamente de quando foi içado para cima e da visão de um Faraó o ajudando para que não que caísse nas trevas abaixo dele após o traidor ser devorador por um Ka que estava selado em uma das tábuas e que era libertado automaticamente sobre certas circunstâncias para devorar os intrusos com as almas sendo banidas para as trevas, sendo que nesse caso, a ganância e consequentemente as trevas no coração do guia o fez ser devorado por um dos Ka.
Em decorrência do tiro que havia levado, ele foi tomado pela inconsciência e somente despertou após alguns minutos. Por causa do ferimento em suas costas ele não pode explorar toda a pirâmide como pretendia inicialmente, não em busca de riquezas.
Sugoroku somente buscava superar jogos desafiadores. mQuanto mais desafiador melhor, pois era o que apreciava e foi esse amor por jogos que o fez encarar todas as armadilhas e enigmas do local como se fosse um jogo. Ele buscou essa pirâmide por desejar ardentemente vencer um jogo desafiador, com a derrota significando a sua morte conforme inscrição na entrada.
Afinal, ele havia sido avisado no início da entrada da Pirâmide que estaria jogando um Yami no Game (Jogo das trevas) e que ao ler sobre as consequências de perder o jogo e que consistia em perder a sua alma para as trevas, isso apenas o animou demasiadamente, pois era esse o jogo desafiador que ele havia buscado por toda a sua vida. Quanto mais desafiador e perigoso, maior era a sua felicidade, pois colocava a prova o seu domínio sobre os jogos.
Quando ele olha o objeto dourado no altar, algo o impulsiona a pegá-lo e seguindo esse desejo, ele pega a caixa de ouro puro que continha o olho de Wadjet e hieróglifos em sua superfície, enquanto que estranhava o fato de que ele andou por dentro da pirâmide como se já tivesse estado lá e que os seus pés o levaram inconscientemente até aquela câmara como se conhecesse o caminho.
Porém, julgou na época que havia sido, apenas, uma impressão sua, assim como a redução da gravidade do seu ferimento, desconhecendo o fato de que o Faraó Atemu usou a sua magia para reduzir a gravidade do ferimento enquanto ele estava inconsciente, visando garantir a vida dele até que pudesse chegar a um local para ser devidamente tratado.
Ela sai de seus pensamentos ao ouvir a voz do avô de Yuugi que fala ao retornar para o quarto, apenas esticando a cabeça para dentro:
- Você pode tomar o seu banho, agora. O problema com a água já foi resolvido, pelo visto.
De fato, a albina se lembrou de que alguns quarteirões ficaram sem água por algumas horas em virtude do rompimento de um cano.
Yuugi suspira, deixando a caixa dourada em cima da mesa, para depois falar, recolhendo uma toalha e pegando o pijama em suas mãos:
- Obrigado, jii-chan! Eu vou tomar um banho antes de tentar montar o Sennen Pazuru!
- Faz bem, Yuugi-kun. Vou trazer um lanche para você.
- Obrigado!
Yukiko sorri, para depois, se lembrar de algo, passando a acessar algumas recordações adquiridas daquele universo enquanto estreitava o cenho, conforme vinha a sua mente o Ryoushi Kyuubu (Quantum Cube), juntamente com os acontecimentos daquele dia fatídico e que implicaria em problemas futuros.
Ela analisa todas as recordações e toma uma decisão, sorrindo consigo mesmo, pois se encontrava entediada, atualmente.
Afinal, a sua última diversão foi a punição que aplicou nos “lixos”, conforme se referia as crianças perversas que ousaram humilhar e machucar os seus amigos, principalmente Yuugi, fazendo-a emitir um rosnado baixo frente a esta lembrança.
Conforme analisava as recordações envolvendo o Ryoushi Kyuubu, ela descobre que havia um modo de intervir sem modificar alguns acontecimentos que seriam necessários.
Seria um pouco desafiador fazer aquela mudança sem acarretar outras consequências desnecessárias e igualmente indesejadas.
Afinal, era necessário um grande planejamento e estratégia, sendo algo que a fez sorrir ainda mais, pois adorava desafios.
Ademais, ela procurou analisar minunciosamente esse acontecimento e as mudanças que ocorreram nele em virtude do evento de vários meses, atrás.
Pelo que compreendeu, após profunda análise, a explosão fez com que um compromisso do pai de Ryo Bakura fosse cancelado fazendo o mesmo antecipar os seus planos de visitar o Egito com o seu filho, sendo que originalmente seria dali a alguns anos.
As consequências dessa alteração fariam com que Ryo Bakura encontrasse o Sennen Ringu antes do que seria no tempo original, acabando por se tornar escravo do espirito maligno que habitava o item, sendo um pensamento que não a agradava e por mais que desejasse impedir isso, sabia que era um acontecimento inevitável.
Ou seja, ele precisava ocorrer, desejasse ou não, por compreender a importância deste acontecimento, inclusive para algo que ela já havia planejado, também.
Após a albina criar uma estratégia para cumprir com o que desejava, sem intervir no evento necessário e igualmente imutável, ela abre as suas asas, menores do que a sua forma verdadeira e alça voo rumo ao céu.
Conforme ascendia, Yukiko assumia a sua forma verdadeira aumentar a sua velocidade de voo ao mesmo tempo em que retornava a sua forma adulta, aumentando os seus poderes ao retorná-los ao nível que era originalmente.
Conforme transpassava as nuvens para voar acima delas, a albina tomava o devido cuidado para o seu caminho não cruzar com um avião de passageiros.
No Egito, mais precisamente em uma câmara localizada em Kul Elna, Shadi estava com um grupo de órfãos que ele salvou de um homem cruel. Ele estava ensinando esse grupo de crianças sobre os Sennen Aitemu (itens do milênio) para que eles fizessem parte do clã que os protegia.
Claro que ele não havia contado sobre os seus deveres porque eles precisam ser devidamente preparados antes que pudessem conhecer o resto do seu clã.
Algumas horas, atrás, longe da vista das crianças, ele havia detido um ladrão que havia roubado o Sennen Ringu e após coloca-lo a prova para verificar se era o escolhido pelo item, ele observou friamente o bandido ordinário, a seu ver, ser consumido pelas chamas de dentro para fora após as setas perfurarem a pele dele com o seu corpo sendo dissolvido pelas labaredas emitidas pelo Sennen Aitemu (千年アイテム), conforme bania a alma do larápio para as trevas.
Após a desintegração do corpo do bandido pelas chamas, ele fala algo a alguns homens que o serviam com os mesmos se curvando em respeito, para depois, se retirarem, enquanto ele pegava o item antes de retornar ao local onde as crianças o aguardavam.
Então, Yukiko chega próxima ao local onde Shadi e as crianças se encontravam, sendo que ela ainda estava acima das nuvens.
A albina havia conseguido localizá-lo ao usar um encantamento que rastreou a vibração mágica especifica do item em forma de Ankah, o Sennenjou (Chave do Milênio), sendo que a albina ficou surpresa ao perceber que não havia diferença dos Sennen Aitemu daquele universo e do outro que ela veio. Essa constatação a fez sorrir, pois seria mais fácil do que ela pensava.
Yukiko decide usar a sua visão especial ao fazer os seus olhos brilharem na cor azul para que pudesse visualizar mais detalhes no solo abaixo dela e após ativá-los, começa a esquadrinhar as ruas próximas do local que emanava a vibração mágica do Sennen Aitemu e ao fazer isso, ela avista Ryo Bakura e seu pai, próximos de onde Shadi ensinava as crianças.
Então, ao ver que eles tomavam uma viela, ela usa os seus poderes, os congelando no lugar ao invocar uma nevasca que os atingiu em um piscar de olhos, usando em seguida um encantamento para deixa-los invisíveis aos outros.
Afinal, dois humanos envoltos em cubos de gelo temporários ao usar o gelo azul para garantir a vida deles, fazendo o tempo parar para ambos, seria bem alarmante e ela não queria que imperasse o caos nas ruas.
Yukiko começa a descer do céu, saindo da sua forma verdadeira, para em seguida, invocar magicamente uma capa e máscara enquanto batia as asas até chegar ao solo, deslocando areia no processo ao mesmo tempo que fazia algumas pessoas se alarmarem, pois não viam o que provocou o levante de areia por ela se encontrar invisível, ainda.
Então, após fazer as asas desaparecerem, a albina entra na viela que pai e filho haviam entrado enquanto desfazia a magia que a deixava invisível e passa a seguir o caminho até onde Shadi e as outras crianças estavam.
Ela sabia que o Sennenjou não detectou a sua aproximação, pois assim ela desejou.
Afinal, apesar dos Sennen Aitemu serem demasiadamente poderosos, a albina ficou exposta no outro universo por um tempo considerável a um deles, enquanto sentia os outros, passando a identificá-los pela vibração mágica especifica que eles emitiam como se fosse uma assinatura, sendo que havia outro padrão mágico comum a todos e juntamente com o poder sagrado que possuía e que havia desenvolvido por vários anos, Yukiko podia neutralizar os itens ao ponto de se aproximar de um portador sem ser identificada pelo mesmo.
Claro que ela demorou vários anos para fortalecer o seu poder sagrado ao ponto de subjugar o poder dos Sennen Aitemu, pois os itens do milênio possuíam o poder das trevas, permitindo que o usuário usasse os Yami no Game e considerando como foram criados seria o esperado.
Chapter 5: A criação dos Sennen Aitemu e o Ryoushi Kyuubu
Summary:
Yukiko surpreende...
Shadi decide...
O Guardião da Tumba fica...
Yo!
Eu quero avisar que a Yukiko que aparece nessa fanfiction é a mesma Yukiko de “Dois corações e um Destino”, milênios após os acontecimentos de “Dois Corações e um Destino”, de outro universo.
Tenham uma boa leitura ^ ^
Chapter Text
Afinal, jogar pessoas inocentes vivas em tonel de ouro derretido para ser despejado em seguida em compartimentos com formas pré-definidas em uma espécie de placa de pedra imensa como parte do ritual, nunca traria nada de bom.
Portanto, as trevas nos objetos seriam o esperado e como eram demasiadamente influentes, elas podiam manipular as sombras e demais trevas adjacentes permitindo o controle deles em um Yami no Game ou controlando Ka´s, além de outros poderes adicionais que alguns itens possuíam.
Era isso que garantia o poder do Rokushinkan (六神官 - Seis sacerdotes) dos Faraós e que por sua vez, o Sennen Pazuru se destacava dentre eles em decorrência do seu enorme poder, juntamente com outro poder, sendo este especial e próprio dele. O poder da união.
Inclusive, esse era o motivo dele ter a forma de um quebra-cabeça, fazendo com o que o seu poder surgisse quando as peças eram unidas.
Yukiko havia visto todo o ritual do passado através das recordações adquiridas, sendo que ela sabia previamente como havia sido o ritual, pois havia descoberto no outro universo e somente conseguiu vê-lo pessoalmente naquele universo ao acessar as recordações envolvendo as pessoas de Kul Elna, um vilarejo que era considerado o lar de bandidos no Egito Antigo.
As pessoas foram capturadas por soldados controlados magicamente por Akhenaden (Aknadin) para fazerem o ritual ao jogarem, indiscriminadamente, homens, mulheres e crianças, todos vivos, em um tonel contendo ouro derretido, sendo que houve somente um sobrevivente do massacre abominável que se sucedeu, no caso, uma criança que testemunhou aterrorizada todo o processo de criação dos itens enquanto se encontrava oculta nas sombras e que mais tarde, se tornaria o Rei dos Ladrões, passando a ameaçar o Faraó Atemu.
Nessa noite infame nasceu o monstro Diabound que era oirundo da ira do menino ao testemunhar os horrores daquela noite, assim como surgiu também Zorc Necrophades através do ritual como consequência do mesmo.
O Faraó Akhenamkhanen (Aknamkanon), irmão mais velho de Akhenaden e pai de Atemuu, não sabia como o ritual seria feito e os sacrifícios abomináveis que eram necessários para a criação dos sete Sennen Aitemu conforme orientação do livro Sennen Majutsu Sho (千年魔術書) que continha o processo de criação e consequentemente, todo o conhecimento necessário para o ritual, sendo necessários sete dias e noventa e nove sacrifícios humanos.
O monarca não sabia sobre os requisitos do ritual, pois os mesmos foram ocultados propositalmente pelo mais novo por saber que o mais velho nunca concordaria com tamanho sacrifício.
Inclusive, foi fácil para o irmão mais novo ocultar do mais velho essa informação, pois o Faraó se encontrava demasiadamente ocupado gerenciando as tropas, acabando por caber à Akhenaden traduzir e ler o livro, sendo que foi o próprio Akhenaden que pediu por essa missão de tradução e que após descobrir o método para criar sete itens mágicos poderosos, ele se prontificou a criá-los sobre anuência do seu irmão mais velho, visando evitar a invasão e subjugação do Egito de um exército que avançava implacavelmente pelo reino em direção ao palácio.
Akhenaden partiu do castelo munido de soldados concedidos pelo Faraó e escolheu Kul Elna para realizar os sacrifícios necessários por ser considerada uma vila de bandidos. Para fazer os soldados cumprirem as ordens de capturarem pessoas, incluindo mulheres e crianças para jogarem vivos, sem qualquer hesitação, em um tonel de ouro derretido, ele os subjugou magicamente, os colocando sobre um forte feitiço sem que eles percebessem o feitiço lançado sobre eles.
Então, com os Sennen Aitemu em suas mãos, o Faraó e os seus seis Rokushinkan (六神官 – seis sacerdotes) conseguiram salvar o Egito da invasão, subjugando facilmente o exército invasor e ao descobrir vários anos depois, o custo da criação dos objetos mágicos, o Faraó Akhenamkhanen ficou desconsolado e se sentiu o pior lixo do mundo pelo que o seu irmão mais novo fez ao não revelar o processo envolvido na criação dos Sennen Aitemu.
Afinal, mesmo não sabendo na época o custo do ritual, ele era o Faraó e autorizou a criação dos itens, fazendo assim com que fosse culpado pelo massacre em Kul Elna, a seu ver.
Inclusive, ele tentou expiar o seu crime ao oferecer a sua alma aos Deuses egípcios como penitência visando poupar o seu amado filho Atemu de qualquer retribuição futura ocasionada por suas próprias ações indiretas ao implorar para os Deuses que poupassem o seu adorado filho, sendo que ele descobriu a verdade nauseante através de Mahaado quando o mesmo investigou o seu Sennen Ringu.
Afinal, Mahaado era o mago mais poderoso de todo o Egito e ficou horrorizado ao descobrir a origem dos objetos, decidindo comunicar ao seu rei, pois não acreditava que o Faraó ordenaria um ato tão abominável e cruel.
A albina sai das suas recordações conforme se aproximava do local cujo acesso era através de uma porta, com ela descendo silenciosamente as escadas rumo ao subterrâneo.
Então, Yukiko revela a sua presença ao entrar no cômodo, surpreendendo Shada, pois o moreno havia ficado alarmado ao ver que o seu item não identificou a aproximação do estranho, uma vez que não a identificou como sendo uma mulher em decorrência do manto com capuz que a albina usava, juntamente com a máscara neutra em seu rosto.
Prontamente, ele manda as crianças irem para outro quarto, enquanto se aproximava dela segurando o seu Sennenjou (Chave do milênio) na mão direita e o Sennenbakari (Balança do milênio) na mão esquerda.
Ao ver os itens, Yukiko sorri e fala sarcasticamente:
- Dois Sennen Aitemu (千年アイテム) contra mim? A que devo essa honra?
O Guardião da Tumba fica estarrecido ao ver que ela detinha conhecimento dos Sennen Aitemu enquanto tentava compreender a reação dela, pois se ela os conhecia, devia saber do poder deles. O descaso da mulher a sua frente ao se referir aos itens, o deixava desconcertado.
Então, ele se refaz e sorri de canto, falando ao julgar erroneamente o motivo da conduta dela:
- Vejo que não conhece o poder deles por completo.
- Não. Eu conheço. Eu vim em paz, buscando um diálogo saudável, por assim dizer, esperando de você certa racionalidade antes de eu seja obrigada a agir drasticamente. Mas se você quer pular para a parte drástica, que seja. Sabia que eu não suporto muito os Rokushinkan (六神官 – Seis sacerdotes)? Então, eu posso ser um pouco... áspera, digamos assim. Espero que não se importe.
- Você sabe sobre os Rokushinkan? – ele pergunta estarrecido.
- Sei. Mas antes que tente procurar em suas memórias sobre a minha existência usando a minha aura mágica como pista, eu devo avisá-lo que não terá nenhuma recordação.
Ele pendura o seu Sennenjou no pescoço, pegando em seguida o Ryoushi Kyuubu (Quantum Cube) em suas mãos, fazendo-o brilhar.
- Oh! Quer que a gente brinque em outro local? Por mim, tudo bem. Será divertido! – ela exclama animada, sendo que Shada tremeu levemente.
Afinal, mesmo com uma máscara branca no rosto, ele podia ver um sorriso sádico em seu rosto por mais estranho que fosse esse pensamento.
Então, o objeto brilha e Yukiko olha com certo interesse o local em que se encontravam, sendo que estava escuro, com o moreno não compreendendo o motivo da outra dimensão não ter se materializado e como se lesse os pensamentos dele, ela fala, casualmente:
- É uma pena para você, mas eu possuo defesas mágicas poderosas. Porém, devo confessar que tive alguma diversão com o pequeno cabo-de-guerra, por assim dizer, que eu tive com o Ryoushi Kyuubu. Claro que ele levou a pior no embate entre nós dois.
Shada encontra-se estarrecido, pois deveria ser impossível para ela resistir ao poder daquele oitavo Sennen Aitemu.
- Eu acho que tenho a obrigação de adverti-lo de que teve algumas consequências o pequeno embate entre nós dois quando esse objeto tentou acessar as minhas recordações para projetá-las nessa dimensão.
- “Consequências”? – o moreno arqueia o cenho.
- Isso mesmo. Veja o lado direito dele. – ela fala, apontando o dedo para o objeto, com ele notando que ela parecia ter uma garra e não uma unha na ponta do dedo.
Shada faz o que albina pede e arregala os olhos ao ver uma trinca, pois isso indicava que aquele ser era demasiadamente poderoso e conforme analisava o pouco que conseguia descobrir sobre ela através de sua aura mágica, seu nível era extremo e ao constatar isso, começa a suar frio.
- Passei por muita coisa em minha vida. Tive que encarar muitas provações e isso somente me fortaleceu, juntamente com a idade real que possuo e pela raça que eu pertenço. Ademais, fui exposta a itens mágicos poderosos que ampliaram os meus poderes, sendo que no início não detinha controle sobre o meu verdadeiro poder. Agora, detenho pleno controle sobre ele. Esse Ryoushi Kyuubu é poderoso para os padrões desse mundo, mas no universo que eu nasci ele não passaria de algo secundário. Ele nunca poderia tomar o lugar dos itens poderosos o qual fui exposta quando era jovem, sendo obrigada a lidar com a sua carga de poder.
- Quem é você? De onde você veio? Ou melhor... O que é você?
- Não lhe devo satisfações... Bem, acho que agora podemos conversar. Eu preciso de três coisas de você e creio que vai cumprir. Afinal, deve ter percebido que não é muito sábio me desafiar.
Shada torce os punhos, pois não queria acreditar que os itens nada podiam fazer até que percebeu que não usou o Sennenjou (千年錠) e o Sennenbakari (千年秤ば).
Como se lesse o pensamento dele, ela fala sorrindo de canto:
- Creio que a nossa conversa terá que esperar, mais um pouco. Fique a vontade para tentar me atacar com ambos, já que o Ryoushi Kyuubu (Quantum Cube) está danificado e não é sábio usá-lo... Se bem, que você não está sendo nada sábio em tentar me atacar. Você primeiro. – ela faz um gesto com os braços.
- Não menospreze o poder dos Sennen Aitemu! – ele exclama, concentrando os seus poderes enquanto estava furioso pelo aparente descaso que ela demonstrava.
- Não os estou menosprezando. Eles são poderosos nesse mundo. Mas é como eu disse. Eu fui exposta a itens muito mais poderosos. No início não dominava os seus poderes residuais. Mas, agora, eu tenho pleno domínio. Há objetos muito mais poderosos do que você sequer conseguiria imaginar. Nesse mundo, quem detém esse título de mais poderoso são os Sennen Aitemu. Eu falo de outros universos.
Ele fica estarrecido e murmura:
- Isso quer dizer...
- Isso mesmo. Não sou desse mundo e onde eu nasci nunca teve os Sennen Aitemu. Tinha outros itens dos quais eu fui exposta e o poder deles é muito maior do que todos esses itens juntos, como eu disse anteriormente. Mas se duvida das minhas palavras, use os seus dois itens, combinando-os.
Mesmo com suor escorrendo das suas têmporas, ele se concentra e começa a evocar os poderes de ambos os itens, sendo que em um determinado momento ele aponta o Sennenjou para a testa dela, visando atingi-la mentalmente, sabendo que aquela máscara era um simples objeto e não deteria o seu item, assim como o Sennenbakari, que estava usando em conjunto com o seu próprio Sennen Aitemu.
Porém, ele sente se chocar contra uma parede duríssima e igualmente impenetrável que o ressarça brutalmente ao ponto de ser empurrado violentamente para trás, fazendo com que caísse abruptamente de costas, com ele exibindo uma face estarrecida enquanto lutava para se levantar, sentindo dor em várias partes do seu corpo, acreditando que era proveniente do impacto do seu corpo contra o chão.
O Guardião da Tumba ouve a voz aborrecida da mulher que usava um manto cor de areia na sua frente:
- Eu não aprecio invasões mentais. Ainda mais para tentar manipular a minha câmara da alma. Continue com o ataque.
Ele se ergue, rangendo os dentes ao perceber que ela lidava com causalidade o seu ataque.
Então, o bronzeado se lembra do que a mulher misteriosa a sua frente disse anteriormente. Se de fato, as suas palavras eram verdadeiras e não um engodo, os seus itens sequer fariam cócegas nela.
Mesmo assim, por orgulho, ele insiste no ataque, juntando o poder dourado com as trevas que conseguia conjurar, unindo eles um ataque potente em forma de um feixe de poder como se fosse uma rajada colossal visando atingi-la com ambos os poderes de uma só vez, fazendo-a arquear o cenho ao ver o ataque combinado que foi lançado contra ela.
Ele fica estupefato ao ver que ela faz, meramente, um gesto que lembrava o ato de espanar algo, enquanto surgia um forte brilho e neve alva que a rodeava, com Shadi podendo notar o poder sagrado que irradiava dela e que possuía uma áurea divina, dispersando a rajada ao mesmo tempo em que surgia uma forte onda de poder sagrado que o atira violentamente para trás.
Então, o local em que estavam se desfaz e ele sente se chocar no solo do quarto onde estiveram momentos antes.
O Guardião da tumba exibe olhos esbugalhados ao ver que mulher a sua frente não exibia qualquer dano enquanto fazia um sutil movimento de espanar algo de seu manto, comentando em seguida:
- Podemos ter uma conversa civilizada, agora?
Shada se refaz e olha para trás avistando a Tábua com os alguns Sennen Aitemu e se aproxima deles, os pegando, no caso o Sennengan (Olho do milênio) e o Sennen Ringu (Anel do milênio), recolhendo ao seu lado o Ryoushi Kyuubu, fazendo-a suspirar, para depois perguntar ao arquear o cenho:
- Então, vai insistir em me atacar? Mesmo após a minha demonstração? Você vai usar o Ryoushi Kyuubu mesmo ele estando trincado? – ela pergunta incrédula – O seu orgulho vale tanto assim o risco?
- Eu tenho o meu orgulho como um dos Guardiões da Tumba do Faraó. Vou enfrentá-la usando o poder de todos os itens que disponho comigo para não ter qualquer arrependimento.
- Que seja feita a sua vontade. Eu compreendo perfeitamente esse orgulho. Mas não quer dizer que eu o considere, no mínimo, sensato.
Então, ele fala enquanto pendurava o seu Sennenjou, o Sennen Ringu e o Sennenbakari em seu pescoço ao conjurar um cordão mágico para o último ao mesmo tempo em que segurava o Ryoushi Kyuubu na sua mão direita e o Sennengan na sua mão esquerda:
- Vamos ver como você gerencia um Yami no Game nível três, conjurado por cinco Sennen Aitemu, sendo este o máximo que consigo dispor. Quanto ao Ryoushi Kyuubu ele será apenas um auxiliar. Desde que eu não o utilize como principal não terei qualquer problema, pois qualquer dano eventual, isso se você conseguir subjugar todos eles, não se refletirá nele.
Então, ele se concentra, acessando o poder dos itens que começam a brilhar, com o fulgor deles entrando em usino, para depois, a albina avistar o surgimento de trevas intensas a envolvendo como se fosse um redemoinho enfurecido enquanto o quarto desaparecia gradativamente da sua visão.
Chapter 6: Ryo Bakura e o Sennen Ringu
Summary:
Shadi decide...
Yukiko fica...
Chapter Text
Após sentir que as trevas tentavam subjugá-la, ela sorri de lado enquanto que o símbolo de lua crescente em sua testa brilhava de forma resplandecente, com Shaadii podendo ver um símbolo de lua crescente dourada surgindo na máscara e um forte brilho que irradiava dele, sendo que era um fulgor intenso que se propagava pelas trevas, as dispersando como se não fossem nada, fazendo com que ficasse chocado ao ver que a mulher estava anulando o Yami no Game.
De repente, esse forte brilho repele tanto as trevas quanto ele, fazendo o bronzeado ser atirado violentamente para trás, acabando por se chocar contra a parede, caindo no chão enquanto os Sennen Aitemu caíam em torno dele, com a luz que irradiava dos objetos se extinguido ao serem subjugados, para em seguida, o símbolo de lua desaparecer da máscara, sendo que na testa da albina, o símbolo parou de brilhar ao mesmo tempo em que a lua crescente continuava em sua pele.
- Acredite, eu tentei ser gentil. Acredito que essa violência se deve ao nível três do Yami no Game... Agora, podemos ter uma conversa civilizada?
Quando as crianças, principalmente Diiva, avistam Shaadii caído no chão, elas fazem menção de irem até ele para tentar ajudá-lo de alguma forma.
Porém, o egípcio percebe o intento das crianças pelo canto dos olhos e ergue a mão, sem olhar para eles enquanto falava:
- Se dirijam até a câmara e esperem por mim.
- Mas... – Diiva começa a murmurar.
- Agora. – ele fala em um tom que não aceitava contestação.
O jovem suspira e junto das outras crianças, se retiram e após elas se afastarem, Shaadii se levanta, recolhendo os itens caídos próximo dele, para depois falar:
- Considerando o seu nível de poder, eu poderia ter morrido nesse contra-ataque. Quando você rebateu as minhas trevas e consequentemente, o poder dos itens, eu percebi que procurou reduzir ao máximo o choque do seu poder contra o meu corpo. Eu teria morrido se tivesse continuado com o seu poder no nível que demonstrou.
- Você fez uma boa ação salvando essas crianças, além de ser fundamental em acontecimentos no futuro - ela suprime eficazmente a raiva que queria tomá-la ao se recordar que o homem a sua frente faria um Yami no game contra Atemu, com a sua raiva sendo oriunda do fato de que Yuugi iria sofrer inconscientemente - Seria errado matá-lo. Por isso, eu procurei dosar ao máximo os meus poderes. Afinal, eu sabia que você não iria aceitar pacificamente os meus pedidos.
- Eu não sinto o Sennen Tauku (千年タウク) com você. - ele comenta em tom de confirmação ao mesmo tempo em que estava surpreso enquanto ignorava as dores em seu corpo.
- Eu não uso nenhum Sennen Aitemu. Ademais, eu sei que o Sennen Tauku não está com você, assim como o Sennen Shakujou. Ambos estão com outro clã, os Ishitar, que guardam a Tumba do Faraó sem nome. Eu sei que vocês se separaram por divergirem sobre os itens. – o bronzeado arregala os olhos frente ao conhecimento dela.
- Você consegue ver o tempo?
- Sim. O passado e o futuro. Eu irei me intrometer em alguns eventos e em outros será parcialmente, sendo que não poderei intervir na maioria deles. No seu caso, eu resolvi intervir e considerando a explosão em Domino City, no Japão, seria inevitável essa intervenção. Afinal, o evento que ocorreu nesse local acabou por trazer grandes problemas no futuro como a morte de inocentes. Muitas das alterações ocasionadas por essa explosão acabaram por agravar o futuro e de maneira demasiadamente catastrófica por causa dessa modificação na linha do tempo original. O meu trabalho é garantir que muitos acontecimentos ocorram enquanto que eu possuo o direito de alterar alguns ao ver as consequências dos meus atos no futuro.
- Então, aquela explosão no Japão não aconteceria na linha do tempo original... – mesmo estando no Egito e em uma vila consideravelmente isolada do resto do país e do mundo, ele havia ouvido sobre uma explosão violenta que destruiu um quadrante inteiro de uma cidade japonesa.
- Sim. Muitos destinos foram alterados. Eu detenho o conhecimento dos acontecimentos originais e dos que foram modificados. Eu compreendo a importância de muitos por mais que estes me desagradem. Em hipótese alguma posso intervir nesses. Em outros, posso intervir em alguns aspectos e tem aqueles que eu possuo total liberdade de intervir como agora.
- Isso pode causar grandes sofrimentos. Saber o que irá ocorrer, vivenciando a dor e o sofrimento sem poder alterar, sendo obrigada a vivenciar novamente quando ocorrer. É um poder que pode ser desejado por muitos, mas aqueles que vivem com eles, desejam nunca ter tido esse poder. - ele fala enquanto olhava com pena para a albina.
- Eu tive que ter esse poder. Não quer dizer que me agrada, pois, estou vivenciando novamente um poder que eu nunca apreciei. Não é a primeira vez que vivencio algo assim, mas na época eu era jovem.
- Então, já tem experiência.
- Sim.
Ele suspira e fala, guardando os itens:
- Você tem três desejos, certo?
- Isso mesmo.
- Quais são?
- Eu quero guardar comigo o Ryoushi Kyuubu (Quantum Cube). Eu tenho um lugar seguro para deixá-lo escondido e que nunca será acessado. Esse poder não deve ficar disponível e mesmo você não conseguirá conter todos os ladrões que aparecem. A maior prova são as várias vezes que os Sennen Aitemu foram roubados, principalmente o Sennen Ringu. Comigo, o Sennen Aitemu estará mais seguro. Ademais, ele está trincado. Pode ser arriscado deixá-lo perto de outras fontes de poder. Não concorda? Você se arriscou demasiadamente ao usá-lo para servir como base aos outros Sennen Aitemu. Se eu não tivesse controlado o meu poder, o reduzindo em relação a esse item danificado, a trinca teria aumentado e isso poderia ocasionar consequências catastróficas, pois, proporcional ao nível do Yami no Game foi o ressarço ocasionado pelo poder da minha família. Por sorte, eu detenho controle sobre ele e posso controlar exemplarmente o seu poder.
Ele olha para a trinca do Ryoushi Kyuubu e de fato, aquela trinca era preocupante, pois, se ele acabasse entrando em ressonância com outros poderes mágicos, algo que podia ocorrer ou se fosse afetado por outras influências mágicas, ele poderia acabar sendo destruído.
Afinal, não importando em qual situação ocorreria a sua destruição ela seria demasiadamente catastrófica ao destruir tudo que havia em seu entorno com ele não sabendo exatamente o raio de dano que seria ocasionado pela explosão.
De fato, por mais que detestasse concordar com a mulher a sua frente, ela estava certa. O objeto poderia se converter em uma bomba mágica cujo cronômetro seria impossível de ser detido, pois, o embate ocasionou muitos danos internos que foram revelados por uma trinca que apesar de aparentar insignificância, era tudo, menos insignificante.
Ademais, no quesito roubo, ela também estava certa. Havia vários ladrões no mundo e podia surgir um demasiadamente talentoso que poderia roubar o Ryoushi Kyuubu, fazendo-o cair em mãos erradas e este era um pensamento demasiadamente assustador.
- Creio que você percebeu a verdade em minhas palavras. Você terá que entregá-lo. Eu vou guardá-lo, restaurar ele e depois, selá-lo para sempre. Talvez eu precise dos poderes dele. Caso se recuse a dar o item, eu terei que tomar a força e acredito que você é plenamente ciente de que não pode fazer nada para impedir tal ato.
Ele abaixa os ombros enquanto era obrigado a concordar com o ser a sua frente.
O bronzeado caminha até ela, entregando o item, observando que a mulher esticava o braço para o lado para o lado e ao fazer isso, ficou embasbacado ao ver a albina abrindo uma espécie de pequeno portal, para depois, colocar o item nele, o fechando em seguida, fazendo-o questionar a si mesmo se aquilo era uma dimensão particular e quando ia perguntar, decide fechar a boca porque não acreditava que ela contaria o que era aquele poder.
- Agora, o meu segundo pedido. O Sennen Pazuru já escolheu o seu portador. Portanto, manipule a memória de Diiva e dos outros para esquecerem que você falou para Diiva que ele seria o futuro herdeiro do Sennen Pazuru.
- O quê?! Em milênios, o item nunca... – ele exclama estupefato.
- Portanto, você precisa fazer Diiva se esquecer do que você disse. Afinal, será demasiadamente frustrante para ele quando descobrir que não herdará o Sennen Aitemu mais poderoso e de poderes desconhecidos. Você não conhece os poderes do item. Como pode achar que você teria qualquer influência na escolha? Você sequer sabe os requisitos dele. Bem, se não conhece os seus poderes como pode conhecer o item? Você conhece o poder de todos, menos deste.
O egípcio fica surpreso por ela saber do fato dele desconhecer o poder do Sennen Pazuru enquanto lutava para assimilar a informação de que Diiva não era aquele que estava predestinado a herdar o mais poderoso Sennen Aitemu.
- Então, Diiva não está...
- Não. É outra pessoa. O item já escolheu o seu portador. Portanto, você deve consertar a sua própria bagunça, por assim dizer. O que acha que acontecerá com o menino que nutre grandes esperanças de portar esse item poderoso, chegando ao ponto de imaginar que o manipula em decorrência das palavras que você disse a ele, ver outra pessoa detendo o seu poder? Eu acho que não acontecerá nada de bom. Concorda comigo?
Shaadii suspira, concordando internamente e pergunta:
- Você viu esse acontecimento?
- Sim. Havia outro que iria ocorrer, mas eu impedi. O meu terceiro pedido tem a ver com este. Para evitar um acontecimento no futuro, eu devo agir em três linhas, por assim dizer e que envolve os meus três pedidos. Eu já solicitei dois. Irá cumprir o segundo?
Ele se concentra, erguendo o seu item para depois apontar na direção na câmara onde as crianças se encontravam. Dentro do local, todas elas caem no chão em um sono profundo e temporário enquanto as suas memórias eram manipuladas quando ele entrou na câmara da alma delas, sendo que elas adormeceram como efeito colateral.
Shaadii abaixa o item e fala ao olhar para Yukiko:
- Eu alterei a memória das crianças ao entrar na Câmara da alma deles. Diiva e os outros não irão se lembrar do que eu disse sobre o Sennen Pazuru.
Ela nota a verdade nos olhos dele enquanto que havia sentido a magia do item atuando nas crianças.
Então, ela consente para depois, falar:
- Agora, o terceiro pedido.
- Qual é?
- O futuro portador do Sennen Ringu está por perto. É uma criança. Ele é o escolhido.
- Uma criança? Tem certeza? – ele pergunta embasbacado.
- Sim. O pedido que eu faço é deixar o item nesse local. Eu farei com que a criança o encontre. Se o adulto tentar usá-lo, ele será queimado vivo, deixando uma criança órfã. Você deve deixar o item e levar as crianças desse local.
- Por quê?
- Há um espirito maligno naquele item. Ele irá destruí-lo e sem a sua orientação, essas crianças vão ficar perdidas, por assim dizer. Elas precisam de você. Esse acontecimento é desnecessário.
Yukiko sabia que estava fazendo um grande pedido para o egípcio a sua frente, poism ele era um dos Guardiões da tumba e consequentemente, dos itens. Fora difícil para ele entregar o Ryoushi Kyuubu. Agora, ela pedia outro Sennen Aitemu.
Ela via o embate dentro de Shaadii e comenta:
- Você sabe sobre o meu poder. Quer dizer, uma parte deles – o bronzeado arregala os olhos quando ela fala isso – Eu podia, simplesmente, tomar a força, mas, prefiro um método civilizado. Mesmo assim, saiba que eu farei de tudo para cumprir com o meu terceiro pedido e creio que você não é idiota para provocar um embate desnecessário que irá ocasionar a sua derrota.
Após debater consigo mesmo por vários minutos, ele entrega o Sennen Ringu para a albina e se afasta, se dirigindo até as crianças, sendo que detém o seu passo ao pensar em algo, decidindo perguntar para a mulher ao virar o seu corpo na direção dela:
- Por que um ser tão poderoso quanto você se sujeitaria a sofrer tanto com esses conhecimentos? Algum ser superior a você, a obriga a fazer isso? É por culpa? Ou por dever?
Yukiko suspira e depois fala em um tom de voz firme:
- Se esta pessoa desejasse o mundo, eu daria a ele. Se ele desejasse que eu enfrentasse os Deuses, eu os enfrentaria. Se ele desejasse qualquer coisa, eu prontamente o daria. Se ele pedisse a minha vida, assim eu faria – Shaadii fica estarrecido – O sofrimento desse menino é pior do que qualquer sofrimento que eu possuo. Essa pessoa especial sofreu por um ato indireto meu. Mesmo que eu não possua qualquer culpa porque não havia nada que eu pudesse fazer para evitar o acontecimento que causou grande sofrimento para ele, eu não consigo dissipar essa culpa. Portanto, por ele, carregarei esse fardo.
Após passar a sua surpresa pelas palavras dela, Shaadii abana a cabeça para os lados e depois fala, virando as costas para a albina enquanto se dirigia até as crianças:
- É incrível o fato de que um menino tem em suas mãos alguém poderoso como você... Eu não desejo tê-lo como inimigo.
Ela o observa se afastar, para depois, olhar para o Sennen Ringu, sendo que estica uma de suas mãos e concentra os seus poderes criando um pequeno e singelo cristal de neve, para depois, fazer esse cristal entrar no Sennen Aitemu que reluz intensamente tentando recusar o cristal, para depois, perder a batalha, parando de brilhar.
- Pronto. Quando eu for enfrentar um exército de baratas, eu quero ter alguma praticidade.
A albina deixa o item em um canto, para depois se afastar do objeto, enquanto procurava ficar em um canto da sala, usando magia para ficar invisível.
Após se certificar de que Shaadii despertou as crianças e se retirou do local, juntamente com os Sennen Aitemu remanescentes, ela liberta pai e filho que voltam a andar, sem perceber o que ocorreu com eles.
Yukiko os observa entrando no local, com o adulto começando a observar todo o entorno, pois, claramente esperava ver alguém e não um local vazio enquanto o filho observava atentamente o pai, para depois, deter o seu olhar para algo que brilhava dourado embaixo da claridade das chamas provenientes de uma tocha pregada na parede adjacente a eles.
A criança se aproxima do objeto e percebe que era dourado, fazendo com que ficasse fascinado pela aparência.
Atraído pelo brilho, o albino pegou o item, espanando carinhosamente alguns grãos de areia de cima dele, para depois, colocá-lo no pescoço fazendo a albina olhar tristemente para a cena que se desenrolava na sua frente.
Afinal, ao colocar o objeto no seu pescoço, o espirito maligno que habitava o Sennen Ringu subjugou o seu anfitrião Ryou ao escravizá-lo.
Por mais que detestasse esse acontecimento, ela sabia que havia sido um mal necessário.
Nesse interim, o pai do menino desiste de procurar a pessoa que deveria estar naquele local, para depois, perceber que o seu filho achou o item, fazendo-o sorrir enquanto ele falava:
- Isso de testar alguém deve ter sido mentira. Fico feliz que o tenha encontrado. O que achou do seu presente?
Sem perceber que não era o seu filho e sim, um espirito maligno o controlando após escravizá-lo, o mesmo sorri malignamente, falando em seguida ao pensar no seu presente que consistia no menino que se encontrava subjugado por ele ao torná-lo seu escravo porque precisava ter um corpo para ajudar o seu criador e mestre:
- Foi um presente excelente.
Desconhecendo o fato que o seu filho se tornou escravo de um espirito maligno que habitava há milênios o Sennen Ringu e que havia sido criado por Zorc Necrophades, o homem coloca as mãos nas costas dele, fazendo-o sair, com o mesmo permitindo ser conduzido enquanto o sorriso maligno dele não abandonou o seu rosto uma única vez por estar satisfeito em ter encontrado um escravo que suportava o seu poder, conseguindo assim usar o seu corpo.
Então, o pai do menino comenta satisfeito enquanto subia as escadas:
- Com certeza, todas as crianças terão inveja de você.
Ele continuava falando, não percebendo nada de diferente em seu filho, com Yukiko se afastando das sombras enquanto suspirava porque ficou com pena de Ryou. Ela jurou a si mesmo que iria libertá-lo.
Após alguns minutos, ela sai do local, subindo até a superfície e ao sair do pequeno cômodo olha para a abóboda celeste estrelada e usando magia para ficar invisível, a albina abre as suas asas e ascende para o céu, voando dali rumo ao Japão enquanto assumia a sua forma verdadeira, desaparecendo dentre as nuvens do céu forrado de estrelas e cuja luz iluminava o chão, com Yukiko tomando o devido cuidado com os aviões.
A albina decide retornar a aparência de criança quando se aproximou do espaço aéreo de Domino City.
Então, conforme sobrevoava o céu, ela avista a Kame Game e desce até o local que usava para observar Yuugi, desfazendo a forma de dragão enquanto sentava, recolhendo em seguida as suas asas emplumadas e orelhas felpudas conforme olhava para o quarto dele, percebendo que ele havia acabado de se trocar no banheiro e que após sair do mesmo, se dirige até a mesa onde se encontrava a espécie de sarcófago de ouro puro que detinha as peças do Sennen Pazuru.
Chapter 7: Atemu e o Sennen Pazuru
Summary:
Yuugi começa...
No Sennen Pazuru...
Atemu descobre...
Chapter Text
Yuugi senta na cadeira em frente a sua mesa e começa a montar o item após tirá-lo da caixa.
Conforme Yukiko observava o seu amigo encaixando peça após peça, ela ciente de que ele não podia lidar, ainda, com os grandes poderes que o item possuía.
Enquanto isso, dentro do Sennensui que atualmente era chamado de Sennen Pazuru, a alma do Faraó que se sacrificou para salvar o mundo há milênios atrás usando o seu nome como selo enquanto sacrificava as suas memórias e corpo físico no processo de salvar o Egito e o mundo, estava em um estado de torpor, deitado em uma espécie de cama egípcia que ficava em um espaço considerável e conforme abria os olhos avistava o cômodo feito de pedra, sendo que estava razoavelmente escuro.
Atemu sentia que estava letárgico e começou a lutar para mexer o seu corpo, somente conseguindo após alguns minutos ao mesmo tempo em que sentia a mente despertando lentamente, sem saber que foi o toque de Yuugi nas peças do Sennen Pazuru que acabou despertando ele do sono profundo em que se encontrava quando o item escolheu o jovem Mutou para ser o portador do Sennen Aitemu.
Então, o Faraó desperta por completo e quando tentava forçar a mente para se lembrar de algo, descobre que não havia nada para lembrar. Sequer sabia o seu nome e fica exasperado ao perceber que não havia nada em suas memórias por mais que as buscasse desesperadamente.
Afinal, ele queria saber quem era ou o que era assim como o motivo de se encontrar em um local onde imperava um silêncio estarrecedor. A seu ver, a sua mente era um labirinto complexo e ele não conseguia decifrá-la por mais que tentasse.
Atemu estava tão absorto em descobrir o que era o espaço em que se encontrava que não percebeu as roupas que usava e que consistia das vestes nobres que ele usava quando era Faraó, além de estar usando joias e uma coroa estilizada enquanto exibia a sua pele marrom dourada, sendo a mesma roupa e aparência que tinha quando selou Zorc Necrophades e a si mesmo no seu Sennensui.
Inclusive, ele estava tão determinado a tentar descobrir onde estava, quem era e as suas recordações que continuou avançando no ambiente parcialmente escuro cuja visibilidade era mínima e ao conseguir avistar uma porta, abre a mesma, julgando erroneamente que teria as respostas que tanto desejava atrás dela.
Então, ao abri-la, percebe que havia outra sala igual à última, com o diferencial de ter uma espécie de trono de pedra, levando-o a indagar o motivo de ter aquilo naquele ambiente, para depois, olhar para si mesmo, vendo as suas vestes, joias e coroa, sendo que não compreendia que roupas eram aquelas e o motivo de usá-las.
Ele decide ignorar o trono, por enquanto, para se dirigir para a outra porta que havia avistado e ao abri-la, olha para os lados e mesmo na leve escuridão que envolvia o ambiente, o espírito conseguia discernir que era um labirinto que ia do chão para os lados e para o teto, formando um emaranhado de corredores e portas, com os seus olhos vagando por todo o espaço enquanto ficava chocado com o que via, pois o labirinto envolvia até o teto com escadas e portas, sendo um verdadeiro labirinto de sua alma.
Pelo menos, era essa a primeira impressão que teve e que surgiu na sua mente, não compreendendo de onde vinha tal concepção.
Afinal, estava confuso e desorientado, sem ter qualquer recordação e sem saber, sequer, o seu nome, como se ele não existisse.
Atemu passa a andar por alguns corredores, estranhamente se recordando de onde saiu e ao entrar em uma sala imensa, avistou a sua frente uma porta com alguns entalhes no entorno e ao tentar abrir, descobre que a porta não abria e pensa consigo mesmo:
"Eu só consigo chegar até aqui? Essa porta parece estar selada. Mas como essa informação surgiu na minha mente?"
Então, ele estreita o cenho e tenta se lembrar de algo, percebendo que com exceção de alguns fragmentos de informações, não sabia nada sobre si mesmo e conforme continuava tentando buscar freneticamente algo em sua mente, percebe que havia apenas alguns pensamentos desconexos, mas que ele procurava segurar como um náufrago quando uma corda de salvação era atirada.
O Faraó não se lembrava do que aconteceu em sua pirâmide e muito menos de salvar Sugoroku.
O motivo dele não se recordar desse acontecimento é porque a espécie de urna dourada foi retirada daquele ambiente reforçado por magia antiga e em decorrência do fato dele ter sido afastado da câmara da sua pirâmide, Atemu passou a adormecer dentro da espécie de sarcófago, ficando várias décadas em sono profundo, sendo que despertou quando Yuugi tocou pela primeira vez as peças do Sennen Pazuru.
Com o advento das décadas, ele acabou se esquecendo das parcas memórias que ainda possuía e que haviam sido mantidas na câmara da sua pirâmide.
Então, uma compreensão de onde estava surge em sua mente, como se um conhecimento fosse despertado e apesar de não ser o que desejava saber, pois queria lembranças de quem era ou o seu nome, ele decidiu absorvê-las e passou a compreender que estava selado em um item mágico e igualmente poderoso chamado Sennensui, embora o nome que surgia constantemente na sua mente era Sennen Pazuru e que atualmente estava fragmentado com ele compreendendo que se tratava de um quebra-cabeça que devia ser montado, além de surgir na sua mente conhecimentos de magia, com ele tentando descobrir a origem das informações que recebia, ficando estarrecido com o uso das técnicas mágicas que surgiram na sua mente.
Ademais, tomou conhecimento do Yami no Game, assim como a técnica para invocar as trevas e sobre a punição que poderia aplicar usando o poder do item a qual estava selado, compreendendo que aquelas informações vinham do objeto. Pelo menos, era o que ele julgava, pois seria uma explicação lógica, a seu ver.
Afinal, pelo que compreendeu das informações que recebeu, o Sennen Pazuru era um objeto dotado de grandes poderes com Atemu sentindo que também possuía a sua própria magia.
Então, ele ficou surpreso ao obter informações adicionais conforme indagava para a fonte delas por mais estranho que fosse tal pensamento.
Para alguém que não tinha nenhuma recordação e sequer sabia o seu nome, ter alguma informação, mesmo que não fossem as informações que desejava, o fez ficar satisfeito porque era melhor ter algo do que nada.
Munido de todas as informações passadas pelo objeto ele compreendeu que aquela porta somente poderia ser aberta quando o Sennen Pazuru fosse montado ao seu estado original e quando isso ocorresse, ele passaria a ter acesso irrestrito ao corpo daquele que montou o item, com Atemu podendo tomar o corpo emprestado e o motivo de não apreciar essa ideia era em virtude do fato de tomar o corpo de alguém e ele confessava que não se sentia confortável com esse pensamento, apesar dos aparentes benefícios que teria ao mesmo tempo em que tinha ciência de que precisaria usar a sua magia e a do item por possuir acesso irrestrito para fazer aquele que portava o item dormir profundamente ao tomar o seu corpo.
Afinal, ele não acreditava que o seu futuro anfitrião permitiria o controle do seu corpo a outra entidade de livre e espontânea vontade, ao menos, no início, com ele pretendo não ser um segredo por muito tempo porque acreditava que com o advento do tempo, o seu futuro anfitrião poderia desenvolver resistência a sua magia e a do item.
Ademais, Atemu preferia fazê-lo dormir em vez de confiná-lo em um local, pois, não desejava fazer isso, preferindo alterar as memórias dele para dá-lo uma vida confortável quando o portador retornasse ao corpo porque não achava certo confinar com aquele que daria acesso ao seu corpo, mesmo de forma inconsciente.
Para o Faraó era suficiente o fato de tomar o corpo do portador do item. Por isso, ele precisava ter a mínima decência de dar um sono tranquilo ao seu anfitrião enquanto usasse o corpo dele ao mesmo tempo em que fazia com que a posse temporária do corpo fosse algo tolerável para a sua mente, embora soubesse ser algo errado, mesmo que fosse gentil com o portador do item.
Para ajudar a sua consciência, ele havia jurado a si mesmo que somente tomaria o controle temporário do corpo do seu anfitrião se ele corresse risco de vida, se alguém invadisse a fronteira do coração do portador ou em alguma situação distinta, sempre visando garantir a proteção e o bem estar do seu anfitrião, agindo como um protetor ou justiceiro sempre que fosse necessário.
O Faraó também era plenamente ciente que precisaria usar magia para fazer o portador do Sennen Aitemu usar o item ao influenciá-lo, pois, somente podia tomar o corpo do seu anfitrião se o item estivesse em contato com ele.
Afinal, se o portador percebesse que tinha lapsos de memória e que eles surgiram assim que colocou o item, o primeiro instinto seria retirar o Sennen Pazuru e isso era algo que o espírito não podia permitir porque o portador poderia decidir transformar o objeto em fragmentos novamente, sendo algo que não desejava.
Ademais, o espírito precisava garantir a vida do portador do Sennen Aitemu, pois lhe veio à mente a informação que quando o item fosse montado, com Atemu podendo compartilhar o corpo com aquele que montou o Sennen Aitemu, as suas almas estariam unidas. Se um deles morresse, o outro morreria também, sendo um pensamento demasiadamente assustador a ele, que percebeu que precisaria sempre ficar atento ao seu anfitrião para que pudesse salvá-lo quando fosse necessário.
Então, ao pensar no aspecto de um anfitrião, o Faraó começa a ouvir uma voz melodiosa que o faz olhar para os lados procurando a origem dela, percebendo que o ambiente em volta dele se enchia de luz, com Atemu tentando compreender de onde vinha o brilho que parecia segui-lo conforme ele andava e que o confortava ao mesmo tempo, pois era uma luz quente e reconfortante, repleta de bondade, gentileza e amabilidade, sendo algo que o deixou agradavelmente surpreso.
Inclusive, ele tinha a sensação que a voz suave que ouvia era brilhante também por mais estranho que fosse tal pensamento, enquanto que a mesma voz propagava uma sensação de paz, como um bálsamo que tranquilizava a sua alma inquieta e conforme pensava nesse aspecto, percebeu que vinha do seu futuro anfitrião.
Então, junto da voz vinham memórias em forma de flashes que Atemu sabia não era dele e que após refletir sobre a origem delas, descobriu que possuíam a mesma origem da voz brilhante que ecoava no lugar parcialmente escuro que morava e que era como uma droga viciosa, considerando o estado em que se encontrava, com o Faraó percebendo que a luz irradiava da porta selada, confirmando a hipótese de que era do seu anfitrião e que se encontrava do outro lado que ainda era inacessível a ele.
Pelo que compreendeu da voz e das parcas lembranças que o inundaram, o seu anfitrião era um menino que estava entusiasmado enquanto montava as peças do Sennen Pazuru.
Atemu fechou os olhos, se concentrando em todas as peças e ao fazer isso, consegue sentir as mãos do infante encaixando-as, uma por vez, enquanto ouvia os comentários animados dele.
Conforme assimilava o fato de que o seu futuro anfitrião ainda era uma criança, o espirito que habitava o item passou a ficar demasiadamente preocupado porque ele não acreditava que um corpo pueril conseguiria lidar com os poderes que seriam libertados quando terminasse de montar o Sennen Aitemu.
Afinal, o stress da liberação dos poderes do item poderia ser demasiado para um corpo tão jovem, podendo levar a morte dele e isso era algo que Atemu não podia permitir que acontecesse, tanto por ser uma criança, quanto pelo fato de que aquela luz que tanto o confortava e que era o seu bálsamo não podia ser extinta. Ele precisava que aquela luz continuasse brilhando e faria de tudo para não voltar à escuridão parcial em que se encontrava até alguns instantes, atrás, antes de tomar consciência da existência do menino.
Portanto, o Faraó precisava detê-lo por mais que fosse sofrível a ele, uma vez que iria ficar naquele lugar por um longo tempo, desconhecendo o fato que se encontrava selado há milênios.
Após pensar por algum tempo, ele planejou uma forma de impedir que a criança continuasse a montar o Sennensui enquanto era inundado recentemente pelo brilho no coração do outro através da sua bondade, gentileza e amabilidade que forneciam o bálsamo tão necessário para aplacar a agitação da sua alma, com Atemu se sentindo unido a aquele menino e de um jeito que o desconcertava, como se ambos estivessem unidos de forma profunda e que isso o impulsionava a ser demasiadamente protetor.
Afinal, o sentimento que ele sentira naquele instante e a sensação de união que compartilhava com o seu anfitrião era muito mais profunda e a sua origem era um mistério para o Faraó.
Portanto, por mais sofrível que fosse ficar dentro do item fragmentado enquanto ficava sozinho naqueles corredores que eram como um labirinto da sua alma, Atemu precisava impedir que o item continuasse a ser montado, pois, o seu futuro anfitrião ainda era uma criança e um corpo pueril não conseguiria suportar o poder do Sennen Aitemu e isso poderia levá-lo a morte.
Com essa decisão em sua mente, ele decide usar a sua magia para impedir o menino de montar o quebra-cabeça, sendo plenamente ciente de que não precisava usar a sua magia em todos os itens. Bastava impedi-lo de conseguir decifrar a posição de uma das peças que ele segurava em sua mão.
Portanto, o Faraó decide impregnar uma delas com a sua magia de tal modo que ele sempre teria dificuldade em posicioná-la e sem conseguir encaixar essa peça, ele não conseguiria terminar de montar o item. Ou seja, bastava uma peça para impedir aquela criança de montar o Sennen Pazuru.
Atemu descobriu que não era difícil executar essa magia, pois bastava se concentrar para sentir todas as peças.
Após conseguir sentir todos os fragmentos, ele consegue detectar a peça que a criança havia acabado de pegar em sua mão e ao localizá-la fica alarmado ao perceber que ele havia montado mais da metade das peças do Sennen Pazuru e que se continuasse naquele ritmo, a criança iria terminar de montá-lo.
Frente a esta constatação, procura impregnar o mais rápido possível aquela peça com a sua magia, ficando aliviado ao sentir que o menino ficar frustrado por não conseguir encaixar corretamente aquela peça por mais que tentasse.
A criança desconhecia o fato de que não conseguia encaixá-la por causa da magia de Atemu que impedia Yuugi de perceber a única posição que poderia encaixar aquela peça ao deixa-lo cego, por assim dizer, ao verdadeiro encaixe, sendo que foi uma magia razoavelmente simples ao Faraó que sentia pena ao ver a frustração da criança dando lugar a tristeza ao não conseguir encaixar aquela peça.
Por mais que sentisse pena dele, Atemu sabia que era por uma boa causa, pois o corpo do menino não estava pronto para as consequências de terminar de montar o Sennen Pazuru que havia escolhido aquela criança como futuro anfitrião do Faraó, após milênios sem escolher ninguém.
Inclusive, se aquele que não era o escolhido tentasse montar o item, teria a alma presa para sempre nas trevas do Sennen Aitemu enquanto que em relação aos demais itens, os que não eram escolhidos eram mortos sumariamente.
Portanto, somente os eleitos pelos itens podiam portá-los e usar os seus poderes.
De dentro do enigma, o Faraó notou que a criança parou de montar e que a luz havia reduzido de intensidade.
Ao investigar o motivo, descobre que era ocasionado pelo afastamento do menino das peças ao colocar todas elas de volta na urna dourada.
Atemu ficou aliviado por ter descoberto o motivo, sendo que mesmo aquela parca luz remanescente conseguia ser calorosa e gentil, o fazendo ficar confortável com ele decidindo que também iria adormecer enquanto tentava juntar os pequenos fragmentos de memória que recebeu do menino, identificando nestas memórias a existência de três meninas que o seu futuro anfitrião possuía em alta estima, embora fossem os únicos amigos dele e que também o protegiam.
O Faraó confessava que sentia inveja por ele ter amigos e por elas poderem protegê-lo enquanto que ele não podia fazer nada, ainda, por estar confinado no Sennen Pazuru.
Chapter 8: Mahaado e Mana
Summary:
Em Kul Elna...
Shaadii...
No Japão...
Chapter Text
Nesse interim, no Egito, mais precisamente nos arredores da Tábua dos Sennen Aitemu em Kul Elna havia um grupo de crianças que estavam distraídas lendo alguns livros que Shaadii trouxe, sendo que eles se encontravam em uma espécie de casa. O egípcio mais velho conversava com um jovem egípcio órfão de dezesseis anos.
Há alguns anos, atrás, quando esse mesmo jovem era uma criança, ele havia localizado a Tábua que continha os Sennen Aitemu, com o mais velho percebendo que ele não queria roubar os itens e que os encontrou ao sentir as fontes mágicas dos itens e a vibração mágica deles, fazendo assim com que Shaadii ficasse surpreso com a revelação, pois, autênticos magos eram raríssimos no mundo atual enquanto ficava estupefato ao descobrir o potencial mágico do mais novo e que ele era autodidata em aprender magia, deixando-o estupefato.
Atualmente, esse mesmo jovem desejou buscar a fonte do seu conhecimento mágico e para fazer isso, ele decidiu usar um feitiço de reversão porque quando viu Shaadii pela primeira vez, teve a impressão dele ser estranhamente familiar e ao comentar sobre essa impressão para o Guardião da Tumba, ele fica surpreso porque que ao vê-lo, também teve a impressão que era um amigo há muito perdido.
Rapidamente, eles fizeram amizade e o mais velho ficou fascinado com o nível de magia que o mais novo exibia, pois, era um nível intenso e no mesmo patamar dos verdadeiros magos do passado.
Inclusive, se estivessem no Egito Antigo, ele seria o líder de todos os magos da corte egípcia pelo nível de magia que demonstrava e igual domínio do mesmo apesar de ser jovem, sendo que era autodidata, pois, aprendeu tudo por si mesmo.
Em virtude disso tudo, ele passou a fazer parte não oficialmente dos Guardiões da Tumba do Faraó sem nome.
O jovem egípcio havia realizado há algumas horas, atrás, o feitiço de reversão e descobriu a fonte do seu conhecimento e das técnicas mágicas que surgiam em sua mente apesar de muitas delas serem nebulosas, com ele acreditando que conseguiria decifrá-las com o tempo, sendo que havia acabado de contar tudo ao seu amigo.
- Você tem certeza disso, Mahaado? – Shaadii pergunta exibindo surpresa em seu semblante perante as informações que o jovem havia revelado sobre a sua pequena incursão ao passado.
- Sim. Eu fui um Shinkan de um Faraó cujo nome não me recordo. Eu também portava o Sennen Ringu por ser um dos Guardiões Sagrados da corte dele. Se eu puder segurá-lo, talvez consiga reaver as minhas memórias por completo.
- Quanto ao item... – Shaadii suspira, fazendo o jovem arquear o cenho ao ver o seu amigo olhar para ele após dedicar um olhar rápido a outra câmara onde havia crianças órfãs que ele acolheu. - Poderia conjurar uma bolha mágica em torno de nós para que as crianças não nos ouçam?
Apesar de achar estranho o pedido, Mahaado consente e conjura uma bolha mágica.
Então, o mais velho suspira e explica tudo o que ocorreu após apoiar os cotovelos na mesa, apoiando em seguida o queixo nas mãos fechadas enquanto se recordava dos acontecimentos desagradáveis, a seu ver.
Após o término do relato por parte de Shaadii, Mahaado comenta após digerir as informações estarrecedoras, sendo que havia ficado estupefato com a descrição do poder de uma mulher misteriosa, com o seu amigo comentando que ela não parecia ser uma humana, fazendo o jovem mago ficar curioso sobre a identidade do ser que derrotou cinco Sennen Aitemu e que mesmo o Ryoushi Kyuubu não pôde lidar com o poder descomunal dela.
- Isso é...
- Inacreditável. Eu ainda estou assimilando o que ocorreu. Nunca imaginei que pudesse existir um ser com o nível de poder que demonstrou, sendo que ela havia comentado que aquele não era todo o seu poder.
O jovem mago arregala os olhos e depois pergunta após refletir por alguns minutos, se recordando do relato:
- Quer saber a minha opinião sincera?
Shaadii consente e o jovem mago fala:
- Eu acredito nas palavras dela. Ela não demonstrou seus verdadeiros poderes. Se tivesse usado todo o seu poder, provavelmente, você estaria morto.
- Sim. Eu também acredito nisso. Inclusive, ela confessou que me poupou. Ademais, ela demonstrou um grande controle dos seus poderes ao conseguir reduzir drasticamente em alguns segundos um contra-ataque cujo poder seria maior do que aquele que perpetuou, no caso, o poder de cinco Sennen Aitemu, demonstrando que o seu poder estava acima do que ela manifestou.
- Um homem detém em suas mãos um ser tão poderoso... Esse é um pensamento assustador. Afinal, pelo que ouviu dela, ela seria capaz de fazer tudo o que essa pessoa pedisse. Portanto, ele é alguém que não podemos ter como inimigo, pois, seriamos estraçalhados por esse ser.
- Sim. Confesso que é um pensamento assustador se pararmos para pensar nisso. Ademais, acredito que ela seja capaz de manipular a sua aura mágica.
Mahaado arqueia o cenho e pergunta:
- Por que disse isso?
- Eu perdi o seu rastro mágico após ela abandonar os céus de Kul Elna. O fim do meu rastreio não foi por ela suprimir sua aura mágica. Isso deixa uma assinatura mágica, por assim dizer, como você deve saber.
- Sim. De fato, há uma espécie de assinatura no ar e que permanece por alguns minutos.
- Bem, eu não senti essa assinatura quando a sua aura mágica desapareceu, de repente.
Mahaado arregala os olhos e depois comenta após ficar reflexivo:
- Isso somente demonstra os seus poderes. Pelo visto, não conseguiremos descobrir a identidade dela. Só sabemos que ela veio de outro universo. Isso confirma a existência de outros universos.
- Eu não acredito que ela voltou para o seu universo de origem. Eu teria sentido alguma perturbação mágica no ar porque ela seria obrigada a abrir um portal ou algo similar a isso, provocando uma perturbação mágica.
- Sim. Além disso, ela deve estar próxima desse garoto para protegê-lo. Você disse que esse ser exibia uma postura bem protetora durante o seu relato.
- Isso mesmo.
- Então, isso é outro indício que ela ainda está por aí, em algum lugar. Eu tenho a estranha sensação que vamos conhecê-la, algum dia.
- Eu também tenho essa impressão.
Eles ficam alguns minutos em silêncio até que Mahaado o quebra ao comentar conforme pensava no fato do Sennen Ringu ter escolhido o seu portador:
- Que estranho... Por que o Sennen Ringu escolheu uma criança?
- Não faço a mínima ideia. Ela não quis contar.
- Então, esse ser parecia conhecer o motivo do item? – o jovem mago pergunta em tom de confirmação.
- Eu tenha a impressão que aquela mulher sabia. Bem, considerando o fato de que ela tem visões de acontecimentos do passado e do futuro, tanto da linha do tempo original quanto a que havia sido alterada, eu não duvido disso.
Após alguns minutos, o jovem mago comenta:
- Pelo que me contou, ela parecia saber a localização do Sennen Pazuru. Foi uma pena que não conseguiu descobrir onde o item se encontrava.
- Sim. Inclusive, eu estou surpreso por ter descoberto que uma pessoa conseguiu passar por todas as armadilhas e proteções antigas na pirâmide do Faraó sem nome adentrando até a câmara do Faraó, conseguindo pegar o Sennen Pazuru. Por milênios, ninguém conseguiu passar por todas as proteções. Ele ou ela conseguiu passar por todas as proteções e não obstante, conseguiu seguir o caminho correto até a câmara apesar das falsas pistas para confundir os ladrões de tumbas.
- De fato, deve ter sido alguém formidável. Mas também pode ser aquele que foi o escolhido para portar o item ou encontrá-lo para que chegasse às mãos do escolhido. Todos nós sabemos que os itens tem uma consciência rudimentar. Não chegam a ser sencientes. Mas possuem o mínimo de consciência para escolherem os seus portadores, os julgando se eles são dignos de manipulá-los.
Shaadii fica pensativo e depois, fala:
- Verdade. O item pode ter auxiliado de forma indireta.
- Em minha opinião, nenhum bandido ordinário ou ladrão de tumbas teria conseguido atravessar a ponte do julgamento feito de pedras contendo Ka´s selados, como é de conhecimento de vocês, os Guardiões da Tumba, tanto o do seu clã quanto o do clã Ishitar. Quem passou por essa ponte não pretendia enriquecer com o item, assim como não adentrou a pirâmide em busca de suas riquezas. Aquela ponte não o deixaria passar, mesmo que ele tivesse conseguido superar todas as outras proteções e armadilhas. É a impressão que eu tenho. Afinal, ele conseguiu passar pela ponte, pegando o item e depois, conseguiu voltar sem maiores problemas.
O mais velho fica pensativo e depois consente, falando:
- De fato, eu não tinha pensado por esse ângulo.
- Eu acredito que não demorará muito para descobrimos aquele que foi eleito para ser o portador do Sennen Aitemu mais poderoso e de poderes misteriosos.
- Eu também acredito nisso.
- Confesso que estou muito curioso para conhecer o portador, além do fato de eu desejar saber que poderes ele possui. Afinal, ele não foi montado há milênios.
- Eu também estou curioso. Se bem, que acredito que vou testar o portador para descobrir os seus poderes. Eu sei os poderes de todos os itens, menos deste e aquele ser sabia do poder do item. Pelo menos, eu tive essa impressão. – Shaadii comenta pensativo.
Mahaado fica surpreso e depois, fala:
- Incrível... Bem, considerando os poderes dela e a familiaridade que ela demonstrava com os Sennen Aitemu, eu não me surpreenderia se de fato, ela conhecesse as habilidades de todos os itens, inclusive do misterioso Sennen Pazuru. Só peço para que tome cuidado. – ele fala o final com uma face séria.
- Por quê? – o mais velho pergunta arqueando o cenho.
- Talvez, aquele ser tenha alguma ligação com o portador do Sennen Pazuru. Claro, não temos provas disso, pois, ela não deu indícios de ter alguma ligação. Mas é uma hipótese que não pode ser rejeitada.
- Eu preciso testar o portador e se eu for obrigado a lutar contra esse ser novamente, que assim seja.
- Você promete que vai me chamar quando fizer isso? Eu não quero que encare esse ser sozinho caso a minha hipótese esteja correta.
Shaadii sorri e fala:
- Eu prometo, meu amigo.
- Por falarmos em Sennen Aitemu... – o mais jovem fala o final em um murmúrio enquanto ficava pensativo.
- O que houve? – o mais velho pergunta, arqueando o cenho.
Mahaado fala pensativo:
- Eu sinto que o Per'a'ah (Faraó) está próximo. Desde que eu obtive algumas visões do meu passado como Guardião Sagrado, eu tenho sentido isso.
- Segundo os parcos fragmentos de memória que conseguiu obter em sua pequena incursão ao passado, você cuidava do jovem Per'a'ah desde que ele era criança quando era o iry-pat (príncipe herdeiro) e depois, passou a servi-lo como um dos Guardiões Sagrados em sua corte juntamente com o fato de já ter sido portador de um Sennen Aitemu. Pode ser esse o motivo de você poder pressentir isso.
- Provavelmente.
- Como você não é oficialmente um Guardião da Tumba, você tem a liberdade de partir e buscar pelo Per'a'ah quando puder sentir o poder dele.
- É o que eu pretendo fazer. Enquanto não chega o dia de reencontrá-lo, irei aperfeiçoar os meus estudos. A minha incursão no passado me fez acessar novas memórias de encantamentos.
- Isso é bom... Eu acho que você pode anular esse campo em volta de nós dois. As crianças podem desconfiar do nosso aparente silêncio.
- Verdade. – ele consente sorrindo
Então, o jovem mago estala os dedos e o campo some, com eles conversando outros assuntos.
Após alguns minutos, Mahaado é abraçado por uma criança egípcia de cinco anos de idade que sorri para o jovem mago que a afaga paternalmente na cabeça, fazendo-a sorrir ainda mais.
Era uma menina que ele resgatou de um pai abusivo após ver o homem agredi-la, descobrindo a rotina de violência que a pequena vivenciava em um casebre nos arredores da vila em que se encontrava depois que a mãe dela faleceu em virtude de uma doença.
O jovem mago a resgatou e ela passou a grudar nele, se referindo ao jovem como pai, embora ele sentisse que era novo demais para usar esse título.
- Por que não está com as outras crianças, Mana?
Mahaado também havia questionado o motivo de achá-la familiar, além de ter descoberto que ela tinha poderes mágicos e ao constatar o poder mágico no corpo dela, mesmo sendo um jovem mago, decidiu treiná-la nas artes mágicas.
- Você não vai embora, me deixando com o tio Shaadii, né? – ela pergunta com lágrimas nos olhos enquanto os lábios tremiam.
O jovem mago havia cogitado essa hipótese, uma vez que ela era pequena. Mas ao ver os olhos lacrimosos dela e o desespero na voz da criança, se recordando do fato que ela tinha heika e que precisava dele para aprender a dominá-la, ele mudou de ideia ao mesmo tempo em que começava a vê-la como uma filha.
- Não vou deixá-lo com o tio Shaadii. Ademais, quem vai lhe ensinar heika (magia) se eu não estiver por perto? – ele responde enquanto sorria.
- É verdade? – ela pergunta secando as lágrimas com os bracinhos, para depois, olhá-lo com olhos expectantes.
- Sim. Por acaso, eu já menti para você? – ele pergunta enquanto sorria.
- Não. – a pequena fala, negando com cabeça.
- Agora, vá brincar com as outras crianças porque amanhã iremos partir.
- Sim, papai! – ela exclama e corre animada até a outra sala.
Shaadii sorria gentilmente ao ver a interação deles. De fato, eles pareciam pai e filha.
Ademais, ele também havia tido a impressão que conhecia aquela criança de algum lugar, com a sensação sendo semelhante a que teve em relação à Mahaado:
- É incrível o fato de termos mais um mago. Ela será uma grande maga no futuro.
- Com certeza. Mas tenho a impressão que ela vai dar trabalho para estudar heika. – ele fala em suspiro, massageando a testa.
- Por que diz isso? Ela tem talento natural. – Shaadii exibe surpresa em seu semblante.
- Ela tem um grande talento nato. Mas eu tenho um pressentimento que Mana dará trabalho para estudar Heika. Pode chamar de intuição ou pressentimento, o que desejar.
Então, após o jovem mago suspirar novamente, eles voltam a conversar outros assuntos.
No Japão, mais precisamente em frente a Kame Game de Domino City, Yukiko, que observava tudo a distância ficou aliviada ao ver que Yuugi não conseguia mais encaixar as peças, sendo que sabia que era obra de Atemu.
Ela observa que o seu amigo ficou desanimado por não conseguir avançar mais na montagem do quebra-cabeça, julgando erroneamente que devia ser em decorrência do sono ao ouvir o que Yuugi disse a si mesmo em virtude da sua audição apurada.
Então, ele guarda cuidadosamente as peças dentro da espécie de urna dourada, colocando-a carinhosamente em um canto da mesa.
Após fazer isso, o menino se dirigiu para a sua cama e em questão de minutos, ele havia adormecido profundamente.
Após Yuugi dormir, Yukiko fica em um estado reflexivo, se recordando de tudo o que ocorreu no passado daquele universo.
A albina concordava que Atemu foi um verdadeiro herói ao não medir esforços para salvar o Egito e o mundo, não se importando de condenar a si mesmo a uma vida sem qualquer memória e sem saber o seu nome enquanto viveria com a alma confinada em um objeto ao ficar preso nesse mundo.
Afinal, Yukiko sabia melhor do que ninguém o que era viver sem qualquer recordação do seu passado, pois, ela ficou vários anos sem se recordar de nada, exceto o seu nome, além de ser capaz de executar magia juntamente com conhecimentos gerais que vinham a sua mente quando era necessário, adicionando o fato de ter conhecimento de que era uma dragoa das neves sagrada.
Viver sem recordações era doloroso demais e no caso de Atemu foi pior porque o Faraó não se recordava sequer do seu nome que foi usado como selo para deter Zorc Necrophades enquanto que a albina sempre soube qual era o seu nome.
Porém, mesmo sabendo do sacrifício que ele fez, ela ainda carregava as suas próprias lembranças do Egito de outro universo e sabia que teria que suportar a inabalável autoconfiança do Faraó que teria feito naquele mundo, o Titanic afundar o iceberg e não o oposto ao usar um dos vários conhecimentos que adquiriu daquele universo.
Chapter 9: O despertar dos dragões
Summary:
Yukiko se recorda...
A albina descobre...
Um incidente...
Chapter Text
Ademais, ela havia conseguido se lembrar do seu passado, fazendo-a perceber que os seus sentimentos para com Yuugi estavam mais para maternais do que fraternais em si, levando-a a sentir um desejo intenso de protegê-lo e consequentemente, uma fúria excessiva e sem precedentes tomá-la sempre que alguém o fazia sofrer.
O fato da presença dele confortá-la, sendo o bálsamo que tanto ansiava, somente exacerbava o seu ódio por aqueles que ousavam machucá-lo, fosse mentalmente, fisicamente ou psicologicamente.
Enfurecer um dragão podia ser considerado como um suicídio ou loucura e Yukiko havia percebido que existia muitos loucos e suicidas no mundo, com ela desejando destroçar todos àqueles que pudesse colocar as suas garras.
Ao pensar em Yuugi, a albina acaba se lembrando da sua imouto (irmã mais nova) e ao fazer isso, lágrimas peroladas brotam dos seus orbes levando-a a se lembrar dos seus pais e de sua vida passada, antes que fosse retirado dela, passando a compreender que o seu desejo de proteção e sentimentos calorosos perante o menino era porque ele lembrava a sua irmã mais nova, sendo uma versão masculina dela e não somente por ser fofo, desejando apertá-lo em seus braços, o colocando em um potinho.
Afinal, ele era bondoso, sendo a bondade a sua maior força enquanto que não tinha malícia ou maldade em seu coração.
Inclusive, mesmo ficando com raiva de alguém, Yuugi era capaz de perdoar não importando o que essa pessoa fez contra ele e não se importava de perder um duelo se isso significasse ajudar o seu oponente ou salvá-lo.
Também havia a timidez dele perante os outros, sendo outra característica que Yukiko adorava, tornando-o mais fofo, com ela confessando que tinha um tombo e não uma simples queda por tudo que era fofo, desejando abraçar e apertar.
Tudo isso, fazia Yuugi ser uma versão masculina de sua imouto porque ele tinha a mesma personalidade, coração, gentileza e bondade dela.
Inclusive, a bondade era a maior força que ambos possuíam, além de terem olhos que refletiam a sua alma, sendo bem expressivos.
Porém, conforme refletia sobre isso, percebe que ao ter tomado conhecimento que havia ficado estéril, os seus sentimentos em relação a sua imouto haviam deixado de ser somente fraternais para serem quase que maternais e que era refletido em Yuugi.
Tal pensamento não era ilógico para ela, pois, esses sentimentos maternais eram impulsionados pela sua incapacidade de ter filhotes, fazendo com que tivesse sentimentos maternais por aquele que lhe inspirava sentimentos protetores como a sua imouto e consequentemente, Yuugi, uma vez que ele era uma versão da sua irmã mais nova.
Ela sai do estado reflexivo que se encontrava, passando a olhar de forma carinhosa para o seu amigo mais importante, pois, ele sempre lhe inspirava o instinto de proteção tanto desse universo, quanto do outro, enquanto o achava fofinho, sendo os mesmos sentimentos que a sua imouto lhe inspirava.
Yukiko olha carinhosamente para Yuugi por vários minutos enquanto se certificava que as suas magias de proteção estavam ativadas e de preferência ocultas, para que Atemu não pudesse identificá-las, com essa proteção sendo estendida Sugoroku porque o seu amigo havia perdido os seus pais e não desejava que ele perdesse também o seu avô.
Afinal, ela descobriu eventos adicionais não relacionados diretamente à Yuugi, mas que seriam ocasionados pela explosão de anos, atrás.
Ademais, Kisara e Nuru, assim como os pais delas, também detinham as proteções mágicas de Yukiko pela amizade que possuíam com ela, tal como era com as contrapartes do outro universo.
Conforme pensava nos acontecimentos indiretos envolvendo Sugoroku e os pais das gêmeas, além das mesmas, a albina teria "brinquedos" para se divertir e não precisaria cedê-los a Atemu, pois, bastavam as futuras presas que pertencia a ele embora ela pudesse cuidar de alguns deles após Yuugi tomar consciência do espirito que habitava o item ao resistir à magia dele, fazendo com que o Faraó não pudesse agir do modo como desejava contra aqueles que invadiam a fronteira do coração do jovem ou o feriam de alguma forma, além de ser influenciado, um pouco, pela bondade do seu anfitrião com o advento dos meses.
Ao pensar nos novos brinquedos que teria, um sorriso sádico surge nos lábios da albina, com ela ficando ansiosa para poder ter esses loucos e sem amor a vida em suas garras para poder torturar a vontade.
Após se certificar que as suas proteções estavam devidamente ativas, Yukiko abre as suas asas e voa em direção ao apartamento onde encontraria os seus escravos mentais dormindo, uma vez que eles trabalhavam fora, com ela usando magia para ficar invisível enquanto voava.
Ao chegar até o apartamento, ela pousa graciosamente na varanda , fazendo uma careta ao constatar que ainda existiam nela os trejeitos da realeza por mais que ela se esforçasse para suprimi-los, para depois, caminhar até o seu quarto e ao olhar para a escrivaninha, os seus olhos pousam na foto que ela tirou junto de Yuugi, Kisara e Nuru.
Conforme analisava as recordações adquiridas, juntamente com a sua discreta observação pessoal, Yukiko havia percebido que Kisara parecia não ter consciência da existência da Dragoa branca de olhos azuis, assim como a sua reencarnação anterior no antigo Egito daquele universo.
Conforme se concentrava em buscar alguma recordação adquirida daquele universo que pudesse ajuda-la no que almejava, ela descobriu que Kisara ignorava de uma forma quase que inconsciente a existência do dragão, pois, podia sentir o medo que a jovem tinha da dragoa e conforme analisava o motivo da prateada temê-la, percebe que era por causa de um incidente há anos atrás, juntamente com a irmã dela, Nuru, antes da mudança para Domino City.
Inclusive, era surpreendente que o dito incidente envolvia um carro em que ambas estavam juntamente com as suas avós, voltando de um parque de diversões, à noite, quando foram fechadas bruscamente em uma curva, fazendo com que fossem jogadas para fora da estrada, agravando o fato de que essa via passava por uma montanha.
O veículo voou no precipício após romper o muro de proteção que margeava a estrada e não se chocou contra o chão porque ficou preso por algumas árvores grossas e nodosas de copas densas que margeavam a encosta, embora fosse visível o fato dos galhos estarem cedendo gradativamente ao peso do carro e que era apenas uma questão de tempo para que o automóvel caísse no precipício assustador.
As avós delas estavam parcialmente conscientes, assim como as gêmeas, embora a morena exibisse um ferimento em sua cabeça e que estava sangrando enquanto a prateada tinha um corte em sua testa.
Ambas as crianças acabam ficando inconscientes, quase que ao mesmo tempo, sendo que primeiro foi a mais nova, Kisara.
Então, as avós ficam de olhos arregalados ao verem surgir da prateada um belo e poderoso dragão branco de olhos azuis que parecia brilhar levemente enquanto que da bronzeada surgiu um dragão negro de olhos vermelhos cujo corpo parecia similar ao branco, embora fosse mais magro, com ambos os dragões voando próximos um do outro, sendo que possuíam espaço disponível para baterem as suas asas possantes visando manter o nível de voo.
Quando os dragões olham para as mulheres que ainda estavam estupefatas, ambas perceberam que os olhos azuis refletiam a alma de Kisara e que os olhos vermelhos refletiam a alma de Nuru, fazendo com que as senhoras ficassem aliviadas, com o receio inicial que sentiram as abandonando gradativamente conforme digeriam o que ocorreu, sendo que cada uma delas abraçava uma das netas em seus braços.
Elas estendem as mãos até os dragões que inclinam docilmente a cabeça, permitindo que elas os afagassem, fazendo-as ficarem fascinadas.
O som dos galhos se partindo e que havia ficado mais acentuado, as desperta do estado contemplativo que se encontravam conforme olhavam os belos seres a sua frente.
As senhoras percebem que eles ou elas porque tinham a ligeira impressão que eram dragoas e não dragões, olhavam atentamente para elas exibindo certa curiosidade em seus focinhos, chegando a inclinar a cabeça para o lado como se tentassem compreender a situação como um todo, com ambos demonstrando uma inocência pueril em seus orbes, sendo algo que as surpreendeu.
Então, uma delas pede:
- Por favor, nos precisamos sair do veículo.
Consentindo, a dragoa alva pega delicadamente uma das senhoras em uma de suas patas, pegando Kisara com a outra pata enquanto que a dragoa negra fazia a mesma coisa com a outra avó e com Nuru.
Após pegá-las em suas patas que continham garras afiadas, as mulheres perceberam que elas as haviam pegado da forma mais gentil possível, sendo que uma das idosas fala:
- Nos afaste do automóvel, por favor.
Ambas as dragoas consentem e se afastam do veículo no momento certo.
Afinal, alguns minutos depois, todos observam o carro despencando dos galhos após o som alto e ensurdecedor de vários galhos se rompendo ao mesmo tempo, sendo que as senhoras ficaram aliviadas por terem escapado da morte, pois, perceberam que se tivessem ficado mais alguns minutos dentro do veículo, elas teriam caído junto das suas netas no precipício.
Quando viram o rosto para as dragoas, percebem que elas exibiam confusão em seus semblantes enquanto olhavam para os lados, como senão soubessem para onde voar.
Então, as duas senhoras olham em volta e indicam um local perto da estrada enquanto ficavam alarmadas ao perceberem as sirenes dos bombeiros e das viaturas se aproximando do local, pois, as luzes vermelhas e brilhantes se destacavam na noite densa juntamente com o som alto das sirenes.
- Pousem ali, Kisara-chan e Nuru-chan. Por favor.
As dragoas olham na direção que elas apontavam e batem as suas asas poderosas, voando até o local indicado, para depois, pousarem sobre as suas patas traseiras ao mesmo tempo em que recolhiam as suas asas, com uma das idosas perguntando gentilmente:
- Poderiam nos colocar no chão?
Obedientemente, ambas depositam delicadamente todas elas na espécie de acostamento rente a estrada, para em seguida apoiarem o seu corpo nas patas dianteiras mais curtas, passando a deitarem docilmente ao lado das netas delas ao mesmo tempo em que abaixavam o focinho, exibindo curiosidade infantil em seus orbes, conforme observavam atentamente as idosas que começaram a afaga-las, com elas sorrindo ao verem que as dragoas curtiam o afago enquanto suspiravam de felicidade.
Enquanto as afagavam, elas tentavam buscar alguma explicação para a existência delas, embora soubessem que qualquer explicação seria inútil.
Afinal, não havia nenhuma explicação minimamente plausível para explicar a existência de seres poderosos que somente vivam no imaginário humano e em contos.
Então, elas percebem que Kisara começa a abrir os olhos e ao acontecer isso, as idosas notam que a dragoa de olhos azuis fica gradativamente translúcida até desaparecer, com elas notando que Nuru parecia querer despertar, pois, as suas pálpebras tremiam e conforme isso ocorria, a dragoa de olhos vermelhos começava a desaparecer também, com ambas as senhoras ficando aliviadas ao verem que elas haviam desaparecido por completo, fazendo surgir nelas à hipótese de que as dragoas somente apareciam se as suas netas ficassem inconscientes e em perigo de vida, pois, seria a justificativa mais plausível.
A avó materna decide usar uma técnica para fazer Kisara voltar a dormir, orando para que a dragoa não aparecesse, com ambas as avós percebendo que Nuru havia acabado de ficar inconsciente novamente, sendo que ficaram aliviadas ao verem que os seres não se materializaram, fazendo-as acreditarem que as dragoas somente iriam surgir se as suas netas estivessem em perigo para que pudessem protegê-las.
Então, ambas as senhora cortam um pouco a si mesmas, além de provocarem alguns hematomas uma na outra porque precisavam fingir que saíram do veículo antes do mesmo cair no precipício, com elas percebendo que o condutor que provocou o acidente havia se evadido do local com medo das consequências.
Yukiko sai dessas lembranças, uma das várias que adquiriu, percebendo que os policiais e as equipes de resgate acreditaram na versão que elas conseguiram sair do carro antes que ele caísse porque era a única explicação plausível para não estarem no veículo que se chocou contra o solo no final do precipício, explodindo no processo.
Nas recordações desse acidente, a albina descobriu que Nuru acabou ficando em coma por quatro meses e ao analisar o coma da bronzeada, percebeu que a jovem acabou conhecendo a dragoa negra de olhos vermelhos que era parte de sua alma e que ao contrário de Kisara, não a temia porque sentiu que era uma parte dela e que nunca lhe faria mal.
Inclusive, a albina percebeu que Nuru estava treinando para descobrir um modo de invocar a dragoa quando ela estava consciente durante o período que esteve em coma.
Yukiko sorriu com essa recordação em especial, pois, ela estava fazendo o mesmo que a sua contraparte do outro universo fez, embora que quando a conheceu, ela já dominava por completo a invocação da dragoa negra de olhos vermelhos quando estava consciente ao aprender a dividir a consciência entre ela e a dragoa.
Claro que se fosse derrotada, a mesma voltava para dentro dela e ela caia inconsciente como efeito colateral pela derrota da dragoa.
Quanto a Kisara, a albina percebeu naquelas recordações que ela havia visto parcialmente os olhos azuis quando recobrou a consciência por alguns segundos, passando a julgar erroneamente que havia sido a dragoa que provocou o acidente e por causa dessa visão errônea, passou a temê-la e conforme se passavam os anos, essa recordação se tornava gradativamente mais vaga, assim como o sentimento de que a dragoa residia nela, com a jovem passando a subjugá-la, inconscientemente.
Yukiko suspira, massageando as têmporas porque o caso da prateada era demasiadamente complicado em virtude do temor inconsciente que ela tinha da dragoa que habitava dentro dela e que era parte de sua alma.
A albina passa a procurar nas recordações algo que poderia ajudar Kisara a perceber a verdade sobre a dragoa e fica surpresa quando a hipótese surge, pois, ao analisar uma das várias mudanças oriundas da explosão, descobre que um evento seria marcante.
Ademais, Nuru seria de grande ajuda no futuro e quando chegasse esse momento, ela já teria dominado a invocação da dragoa negra de olhos vermelhos.
Então, ela decide deitar na cama, passando a fechar os olhos para depois adormecer, desejando que amanhacesse o quanto antes porque iria visitar Yuugi amanhã, junto das suas amigas.
Chapter 10: O tesouro de Yuugi
Summary:
Yuugi mostra...
Yukiko decide...
Chapter Text
No dia seguinte, Kisara, Nuru e Yukiko foram até a casa de Yuugi para que pudessem aproveitar o dia para brincarem, sendo que naquele domingo não tinham aula porque que as aulas eram em domingos alternados.
Naquele instante, elas estavam brincando com o seu amigo que pegou um jogo para jogarem enquanto que o seu avô preparou uma jarra com suco gelado e biscoitos, deixando no quarto do seu neto junto de alguns copos, descendo em seguida para arrumar a loja, antes de abri-la.
Enquanto posicionavam as peças em um tabuleiro, Yuugi exclamava animado ao se lembrar de algo:
- Eu ganhei um presente do meu jii-chan, ontem!
- O que ganhou de presente? – Kisara pergunta curiosa.
- Incrível! Eu quero ver! – Nuru exclama animada.
- Nos mostre, por favor. – Yukiko simula não saber o que era.
- Vocês são as minhas amigas. Claro que eu vou mostrar. O jii-chan disse que é do antigo Egito!
Elas o observam pegando algo da mesa, para depois, sentar na frente delas com as pernas cruzadas enquanto mantinha a caixa dourada do Sennen Pazuru em suas mãos, com elas olhando com admiração o objeto, para depois o menino abrir a espécie de urna, exibindo as peças feitas de ouro, sendo que Kisara, assim como a Nuru, pegaram algumas delas nas mãos, com Yukiko se limitando a roçar de leve as mãos enquanto que a prateada murmurava, olhando maravilhada para as algumas das peças em suas mãos:
- Elas são lindas. Parecem ser de ouro.
- Verdade. É um quebra-cabeça? – a morena pergunta enquanto admirava algumas das peças que tinha em suas mãos.
- Sim. Ele se chama Sennen Pazuru e é do antigo Egito segundo a explicação do meu jii-chan.
- Com certeza, ficará muito bonito após ser montado. – Yukiko fala enquanto sorria – Imagino que o considere como sendo o seu tesouro.
- Sim. É o meu tesouro e mal vejo a hora de montá-lo.
A dragoa olha para ele, para depois suspirar porque sabia da implicação de montar o Sennensui.
Afinal havia o espirito de um Faraó dentro do item e seria acrescida uma segunda câmara na alma do seu amigo ao mesmo tempo em que Atemu poderia usar magia para influenciá-lo, colocando Yuugi em um sono profundo enquanto distribuía justiça em jogos chamados de Yami no Game envolvendo punição para os perdedores, algo que o seu amigo nunca concordaria porque era incapaz de ferir qualquer um, não importando o que faziam contra ele porque tinha um coração bondoso, gentil, amável e cristalino com a bondade sendo a maior força de Yuugi.
Saber de tudo isso não a agradava enquanto que era plenamente ciente de que precisaria aturar os momentos que o Faraó subjugasse a mente do seu amigo, o fazendo dormir, para que pudesse tomar o seu corpo.
Ela sabia que isso duraria algum tempo até que Yuugi tomasse ciência do seu "Mou Hitori no Boku" e que depois, a coragem dele iria fazê-lo conhecer Atemu pessoalmente.
Porém, até chegar esse dia, ela precisaria de todo o seu autocontrole para lidar com essa situação que não a agradava.
Então, Yukiko sai dos seus pensamentos quando Yuugi deposita a urna de ouro puro contendo as peças do Sennen Pazuru em cima do tampão da sua mesa do quarto antes que pudesse provar o suco e comer os doces, conforme jogavam no tabuleiro.
Enquanto jogavam, a mente da albina se recordava do que aconteceu ao Ryo Bakura na noite anterior, com o pobre menino sendo escravizado pelo espirito maligno do Sennen Ringu (Millennium Ring).
Claro, ela podia ter impedido que o item caísse nas mãos dele e de quebra, destruir o espirito maligno de uma só vez ao ter o Sennen Aitemu em suas mãos.
Porém, ela sabia que em um determinado momento, ele faria Yuugi tomar a coragem de conhecer o espírito que habitava dentro dele e que serviria para fortalecer o vínculo entre ambos.
Infelizmente, era um acontecimento necessário e em decorrência desse fato, ela foi obrigada a suprimir o desejo de eliminar o espirito maligno do Sennen Ringu ao compreender a importância de certo evento.
Afinal, ao esquadrinhar as memórias que possuía daquele universo, ela havia descoberto amargamente que não podia alterar o acontecimento onde Yuugi conhece Atemu, além de ser útil para outra finalidade, igualmente necessária.
Porém, conforme analisava os acontecimentos futuros, os atos do espirito maligno dentro do item não teriam tanta importância se pudessem ser supridos, não ocasionando quaisquer problemas, desde que tivesse o devido cuidado.
Conforme refletia, ela fica aliviada ao saber que poderia agir, pelo menos, dali a alguns anos e que seria como esmagar uma barata, sendo que você podia vencer um exército de baratas se assim desejasse.
A albina confessava que baratas eram nojentas e precisavam ser exterminadas. O espirito maligno do Sennen Ringu era uma barata demasiadamente cascuda e ela confessava que sentiria um grande prazer de esmagá-lo e ao pensar nisso, não pode deixar de sorrir imensamente.
Afinal, para poder exterminar o parasita demasiadamente inconveniente, bastava muita magia e uma técnica indicada para exterminá-lo, algo que ela possuía, sendo que havia tomado precauções para garantir o extermínio total.
Yukiko confessava que adorava um desafio e depois que fizesse isso, modificaria as memórias de Bakura e de sua família sobre o item porque ele ficaria em suas mãos temporariamente porque ela já tinha em mente alguém para entregar aquele item. Ou melhor, ela o devolveria para o seu verdadeiro dono.
Ela sai de seus pensamentos quando eles começam a jogar ao mesmo tempo em que sorria maternalmente ao olhar para o Yuugi.
As crianças ficam brincando a manhã inteira até que param para almoçar junto de Yuugi e do seu avô, para depois, eles decidirem adiantar alguns exercícios que os professores haviam dado porque eles formavam um grupo de estudo.
Mais tarde, elas se despedem dele antes de voltarem para casa.
Naquela noite, o jovem tenta montar, novamente, o Sennen Pazuru, ficando chateado ao ver que sempre parava naquele ponto ao pegar aquela determinada peça por não conseguir encontrar a forma correta de encaixá-la, sem saber que era em decorrência da magia impregnada naquela peça que o impedia de prosseguir em seu intento de montar o Sennen Aitemu.
Dentro do item, sentado na espécie de trono, Atemu estava com os olhos fechados enquanto a conhecida luz acalentadora irradiava no cômodo em direção a ele, sendo que havia viciado nessa luz.
Ele estava ordenando os fragmentos das memórias da criança porque as recebia em cada toque dele nas peças. O espírito havia sentido anteriormente o toque de duas meninas.
Uma delas possuía pele da cor do marfim com cabelos prateados enquanto que outra possuía pele bronzeada e cabelos negros, com a cor dos olhos dela sendo carmesins como os dele enquanto que os olhos da primeira eram azuis. Ademais, a cor da pele da jovem de olhos carmesins era a mesma cor da pele dele.
Conforme procurava por informações delas nas parcas recordações que recolhia sempre que o menino tocava as peças do Sennen Aitemu, ele as identificou como sendo Kisara e Nuru, duas das amigas dele, com ele percebendo um terceiro relar em uma das peças, identificando como sendo Yukiko, outra amiga dele, com as três sendo protetoras para com Yuugi.
O Faraó confessava que estava aliviado pelo menino ter quem o protegesse, uma vez que ele não poderia cuidar disso pessoalmente ainda porque um corpo infantil nunca suportaria o poder do Sennen Pazuru.
Portanto, não podia protegê-lo como desejava e isso o irritava porque pelo que compreendeu das recordações da criança, ele precisava ser protegido e não havia qualquer meio dele fazer algo em relação a isso na sua situação atual enquanto questionava o motivo de ser super protetor com a criança, desejando protegê-lo e cuidar dele, além de punir implacavelmente aqueles que ousassem machucá-lo fisicamente, emocionalmente ou psicologicamente.
Inclusive, o Faraó sentia uma força desconhecida que desejava uni-los enquanto não compreendia a origem, acreditando que esse poder ficaria mais intenso quando o menino terminasse de montar o Sennen Aitemu em algum momento do futuro.
Afinal, quando ele percebesse que o garoto poderia suportar o poder do item, Atemu iria liberar a magia que havia impregnado naquela peça e confessava que estava ansioso para poder protegê-lo e cuidar dele o quanto antes.
Então, a luz diminui de intensidade, sendo um indicio que a criança não segurava mais as peças em suas mãos, com Atemu abrindo lentamente os orbes carmesins enquanto suspirava, confessando que ele precisava de toda a sua paciência para aguardar o momento certo de permitir que Yuugi terminasse de montar o item.
Do lado de fora, o menino se dirige até a sua cama, afastando as cobertas para depois deitar, sendo que sempre ficava triste ao não conseguir encaixar a peça dourada que o impedia de avançar, com ele sentindo que algo sempre o estimulava a pegar o Sennen Pazuru para montar ao mesmo tempo em que surgia um sentimento intenso de montá-lo o quanto antes ao ponto de ser quase uma necessidade e que isso o impulsionava a sempre tentar montar o item enquanto o fazia ficar mais triste do que seria o esperado ao constatar que não conseguia avançar.
Suspirando, ele fecha os olhos, passando a dormir profundamente, após alguns minutos.
Enquanto isso, longe da casa do Yuugi, mais precisamente em uma viela, um homem andava de forma trôpega, sendo evidente o fato de que estava alterado, pois, havia acabado de sair de um bar.
Ele havia começado a beber há alguns meses atrás por causa da perda de um negócio com um cliente importante.
Porém, a ida ao bar após sair da firma, havia se tornado gradativamente a sua rotina noturna, acabando por se embriagar todas as noites, sentindo que cada vez mais, ele aumentava a quantidade de álcool que ingeria.
Naquela noite, ele estava andando com uma dificuldade adicional por ter tomado uma quantidade maior do que vinha tomando regularmente enquanto gesticulava para um ser imaginário ao seu lado, com a sua mente se encontrando empapada em álcool.
Do alto de um muro, usando magia para ficar invisível, Yukiko o observava atentamente, sendo que ele era a sua presa e ao vê-lo tropeçar em seus próprios pés, ela murmura com uma face de desprezo:
- Humano patético...
Aquele homem era o pai de Jounouchi e conforme prolongava o seu horário nos bares, mais a sua esposa se ressentia e a meia dragoa sabia que era questão de tempo para ela pedir o divórcio levando Shizuka junto dela, uma vez que era uma menina e a favorita dentre os seus filhos enquanto deixaria Jounouchi com o pai que iria mergulhar profundamente na bebida por causa da separação, se tornando um bêbado incorrigível que não se importaria com o seu filho, além de agredi-lo enquanto que a única importância na vida dele seria a próxima garrafa de álcool ao mesmo tempo em que faria dívidas em vários estabelecimentos por causa do seu vicio incontrolável.
A albina havia debatido internamente se devia intervir, pois mesmo que desse um jeito naquele homem desprezível e igualmente patético, Jounouchi ainda seria um idiota, com o diferencial de certos eventos acontecerem por outro motivo.
Inclusive, mesmo alterando o destino daquele homem, o loiro faria amizade com o Honda, mas não seria tão rebelde e revoltado com a vida ao ponto de se envolver com a gangue de Hirutani e o mesmo.
Inclusive, mesmo alterando o destino daquele homem, o loiro faria amizade com o Honda, mas não seria tão rebelde e revoltado com a vida ao ponto de se envolver com a gangue de Hirutani e o mesmo.
O motivo de Katsuya sentir raiva do mundo com aquela alteração que seria ocasionada por Yukiko se ela seguisse com os seus planos, seria por causa da sua mãe e a preferência dela pela filha ao demonstrar uma diferença evidente de tratamento entre ambos e que machucava Jounouchi ao contrário do motivo da linha original que era pelos seus pais, principalmente pelo seu pai bêbado que o agredia ao atirar garrafas de álcool nele.
Porém, mesmo sendo machucado com essa distinção de tratamento, ele não deixaria de amar a sua irmã porque a seu ver, a única culpada seria a sua mãe e como nessa época o seu pai não ficava bêbado ao ponto de ser agressivo com Katsuya, o menino sequer percebia qualquer alteração no seu genitor ao mesmo tempo em que se sentia mais unido ao pai, que por sua vez, demonstrava a sua preferência pelo filho.
A albina pretendia matar o pai do loiro antes que ele mergulhasse de vez na bebida, ocasionando o divórcio e consequentemente a separação dos irmãos.
Após refletir por muito tempo, ela tomou a sua decisão ao recordar algumas das suas memórias adquiridas, vendo o pai surrando o filho após estar com a mente empapada álcool, sendo algo recorrente, isso quando não atirava garrafas de bebida nele, com algumas acertando o jovem que precisava cuidar dos seus ferimentos enquanto amaldiçoava a sua vida e o mundo, desejando despejar sua raiva e igual amargura em alguém ou algo.
O homem a sua frente seria um monstro incorrigível e se ela livrasse o mundo dele, estaria fazendo um grande favor porque ele era um desperdício de espaço.
Antes que o bêbado percebesse qualquer coisa errada em seu entorno, ele é erguido no ar em questão de segundos e quando resolveu gritar de medo, ele já se encontrava bem alto no céu, fazendo com que nenhum outro humano ouvisse os seus gritos, pedindo para soltá-lo enquanto gritava por socorro, ignorando a altura em que se encontrava.
Ele olha pelo canto dos olhos para os seus ombros e arregala os olhos ao avistar garras curvadas grandes e afiadas que pareciam ser feitas de diamante e ao tomar coragem de seguir as patas que o seguravam, ele fica aterrorizado e igualmente estarrecido ao avistar uma dragoa peluda alva de olhos azuis porque era algo, praticamente surreal.
Afinal, dragões não existiam. Ou melhor, não deveriam existir ao ver do homem que torna a gritar de terror enquanto se debatia inutilmente contra os dedos fortes e igualmente poderosos.
Então, ao olhar para baixo, o bêbado percebe que ela voava com ele até o oceano para que se afastasse da costa, com eles se encontrando há centenas de quilômetros do litoral mais próximo, com o homem desconhecendo o fato de que a meia dragoa usava magia para mantê-lo vivo por causa da altura em que se encontravam ao mesmo tempo em que usava outra magia para abafar os gritos dele captados por suas orelhas felpudas que eram sensíveis ao som por causa da sua audição apurada.
O homem nota que o seu corpo brilhava conforme a dragoa parecia murmurar algo, com uma espécie de vapor saindo dos seus poros, detectando o cheiro de álcool naquela espécie de fumaça para depois ouvir uma voz vinda do dragão, o fazendo ficar estupefato ao constatar que um dragão podia falar e que era uma fêmea pelo tom de voz:
- Eu quero você totalmente sóbrio para a experiência que irei proporcionar – ela fala com um sorriso sádico em suas mandíbulas, o fazendo suar frio - Por isso, procurei retirar cada miligrama de álcool em seu corpo.
Ele pergunta o motivo após engolir em seco, não conseguindo falar mais alto pela rouquidão que o estava acometendo, com a albina ignorando todas as perguntas desesperadas que a sua presa fazia.
Então, após alguns minutos, com a névoa de seus poros cessando, com ele se sentindo totalmente sóbrio, o homem ouve a voz gélida e retumbante da dragoa que falou ao parar no ar a mais de quinze mil pés de altura, com ele não conseguindo gritar por causa da rouquidão que o acometeu enquanto mantinha os seus olhos esbugalhados ao notar que eles haviam ascendido ainda mais em direção ao céu:
- Eu irei atender a um dos seus pedidos e vou soltá-lo. Que seja feito a sua vontade. – ela fala o final com um sorriso extremamente sádico em suas mandíbulas e um olhar repleto de sadismo, fazendo o homem suar frio, para depois chorar desesperado.
Então, antes que ele pudesse implorar para ela não fazer isso, a meia dragoa o solta sem qualquer cerimônia ao abrir a sua mão poderosa que o mantinha preso, fazendo-o cair rumo ao oceano e como eles se encontravam a trinta mil pés de altura, quando o seu corpo se chocasse contra a superfície do oceano, seria destroçado ao ponto de se tornar quase pó, com a albina desejando que o humano visse a sua morte ao se aproximar cada vez mais do seu destino, sem poder fazer nada para impedi-lo a não ser implorar por clemência, sendo algo que iria agradá-la imensamente.
Ela o observa implorar roucamente por clemência conforme mergulhava em um ângulo de noventa graus para acompanhar a queda dele, usando magia para impedi-lo de perder a consciência e para evitar qualquer dano em seu corpo ao protegê-lo durante todo o trajeto rumo ao seu fim porque desejava que ele vivenciasse o sofrimento e igual terror até morrer ao se chocar contra a superfície enquanto que a meia dragoa se divertia imensamente conforme observava o terror e o desespero de sua presa.
Afinal, a albina confessava que era um deleite indescritível.
De fato, o homem fica vivo durante toda a sua queda, observando aterrorizado a superfície do oceano se aproximando cada vez mais dele até que o seu corpo se choca, se fragmentando em pedaços demasiadamente pequenos em virtude do impacto enquanto fazia surgir uma mancha de sangue, com a dragoa detendo o seu voo há apenas alguns metros da água, admirando a mancha rubra como se fosse uma obra de arte ao mesmo tempo em que sorria sadicamente.
O motivo de tê-lo matado no oceano foi para que ele constasse como desaparecido pela polícia, pois, os seus restos iriam se espalhar pelo mar e para que nenhum inocente visse o estado de um corpo ao se chocar em uma superfície após cair de uma altura elevadíssima.
Afinal, podia ser considerada uma visão grotesca, principalmente para os mais sensíveis.
Ademais, ao garantir que o corpo dele nunca seria encontrado, o seu plano seria um sucesso porque o desaparecimento abrupto do pai de Jounouchi da sua vida acabaria rendendo alguns frutos inesperados para o loiro sem que ele soubesse, pelo menos, dali a alguns anos, com ela tendo a confirmação do êxito do seu plano ao acessar as memórias daquele mundo depois da morte do pai do jovem.
Após ficar satisfeita com o término da sua missão, a albina se afasta do local, voltando para onde morava para poder dormir porque amanhã teria aula, sendo que a única reclamação da albina e que guardava para si mesma por ter que frequentar a escola com os seus amigos, era o fato dela rever conteúdos que ela já sabia. Pelo menos, a maioria esmagadora deles.
Chapter 11: Dartz e o Deus Orichalcos
Summary:
Yukiko decide...
Dartz descobre...
O Deus Orichalcos...
Chapter Text
Na noite do dia seguinte, Yukiko se encontrava voando em direção ao oceano, sendo que havia revertido o seu corpo para a sua forma adulta enquanto voava na forma de um dragão, estreitando os seus olhos após decidir intervir em mais um acontecimento ao decidir agir antes que acontecessem outros eventos como consequência deste.
Então, usando a sua visão especial, ela aproxima a sua visão do lugar que desejava chegar e decide subir acima das nuvens enquanto sorria sadicamente porque se encontrava ansiosa para torturar alguns bastardos.
Em um rochedo na frente de um oceano se encontrava Dartz com a sua Pedra Orichalcos em seu pescoço juntamente com um fragmento dessa mesma pedra presa em uma corrente que repousava sobre a sua testa. Seus cabelos eram compridos e na cor azul e as suas íris eram heterocrômicas. Uma era dourada e a outra verde. O homem trajava vestes brancas e azuis fechadas com um manto alvo o cobrindo até os pés e que se arrastava atrás dele, com ele usando ombreiras acolchoadas por baixo do manto.
Atrás dele se encontrava todos os seus servos, com cada um deles tendo um cristal que era uma parte do Orichalcos.
O homem olhava de forma ávida para um navio não muito longe do litoral, sendo que havia invocado os seus poderes, fazendo surgir uma tormenta impetuosa com relâmpagos cortando as nuvens escuras e que forneciam um brilho tenebroso enquanto que rajadas de ventos violentos e igualmente brutais tentavam inclinar o navio que era sacolejado implacavelmente pelo mar revoltoso ao ponto de quase emborcar algumas vezes ao mesmo tempo em que embarcação lutava ardentemente contra as condições truculentas do tempo que havia mudado drasticamente, sem que os seus ocupantes soubessem que era provocado por magia.
O plano de Dartz era fazer o navio naufragar nas águas revoltas provocadas pelos seus poderes mágicos, algo que não tardaria a acontecer.
Então, ele salvaria apenas um único membro, Rafael, sem que este soubesse que a sua família foi assassinada por ele.
Ele também tinha em mente mais dois meninos e após tomar aquela criança como seu escravo, iria atrás dos outros dois ao trabalhar as situações que eles vivenciariam ao manipulá-las, destruindo a vida deles sem que soubessem.
Nesse caso, as suas próximas vítimas eram Valon e Amelda (Alister).
O seu plano consistia em fazer com que esses três o vissem como o seu salvador após destruir as suas vidas, sem que soubessem que ele era o responsável, era para que se tornassem extremamente leais à Dartz que entregaria a cada um deles um fragmento e um Card do Orichalcos para que pudessem capturar almas em jogos porque era algo que ele entregou a todos os seus servos.
Então, ele fica estarrecido ao ver que uma magia ainda mais poderosa cessou o seu controle sobre o tempo, deixando-o estupefato, assim como os servos dele que usavam fragmentos da Pedra Orichalcos.
Sobre o olhar estupefato deles, o céu e o oceano foram aplacados subitamente e o navio pôde continuar a sua rota incólume enquanto que os ocupantes não conseguiam compreender as mudanças abruptas no tempo.
Dartz torce os punhos e exclama irado ao ver o menino que desejava escravizar, escapar das suas mãos:
- Quem foi o bastardo que interrompeu os meus planos?
- O bastardo aqui é você. Para mim, você não passa de uma mera barata que terei prazer em esmagar. Na verdade, chamar um desgraçado como você de barata é ofender o pobre animal. Ele não merece essa comparação..
A voz profunda e retumbante surgiu dentre as nuvens. Ele fica estarrecido ao ver uma dragoa imensa e felpuda, com orelhas de gato, focinho e garras afiadas e elegantemente curvadas com aparência de diamantes ao mesmo tempo em que eles observavam grandes asas peludas com penas possuindo uma envergadura imponente, com os olhos deles observando uma cauda longa e musculosa com um porrete de tamanho considerável na ponta e que era capaz de quebrar ossos de dragões como se fossem gravetos.
A dragoa imensa e milenar desce dos céus, sendo que um símbolo de lua deitada e dourada brilhava resplandecentemente em sua testa, dispersando qualquer vestígio da magia obscura dele.
- Você não pode ser um dos Densetsu no Kishi (伝説の騎) que aprisionei como Densetsu no Ryuu (伝説の竜)!
- Não.
- Quem é você?
- Por que eu deveria me identificar a um mero verme como você? Ou melhor, lixo? Os vermes não merecem ser comparados com um estrume como você. Bem, acho que o termo lixo é melhor porque o esterco tem a sua utilidade ao adubar a terra, sendo benéfica a mesma – ela apoia um dos dedos com garras afiadas embaixo de sua mandíbula, simulando está pensativa - É... O estrume não merece essa comparação, também. O lixo é a única coisa que se enquadra a alguém desprezível, vil, fraco e patético como você. Ademais, a única função do lixo, se podemos nos referir como função propriamente dita, é emporcalhar o mundo tal como você faz com a sua presença asquerosa e igualmente repulsiva.
Ele torce os punhos e esbraveja, sentindo a sua fúria ficar intensa após ouvir o escárnio para com a sua pessoa:
- Eu sou o poderoso Dartz, sua besta! Vou lhe mostrar o meu poder!
Nisso, uma neve alva começa a cair, com ele notando que era sagrada, o fazendo ficar estupefato, para depois, começar a concentrar os seus poderes enquanto ignorava o mal estar que aqueles flocos de neve proporcionavam a ele.
Segue-se um embate, ou melhor, uma tentativa patética de batalha por parte de Dartz, com o homem ficando estupefato ao ver que ela rebatia facilmente as suas magias sem fazer qualquer esforço, não importando o poder que aplicasse nelas até que Yukiko fala com uma face entediada após bocejar:
- Eu disse. Lixo é lixo. Você sequer serve para entretenimento. Bem, eu não posso pedir muito de um ser patético como você.
Então, antes que esbravejasse novamente enquanto gerenciava a estupefação que o tomava ao perceber que os seus poderes mágicos sequer relavam nela, ele sente o seu corpo congelar, sendo o mesmo para os seus servos, ao ponto de apenas conseguir mexer os olhos em suas órbitas ao mesmo tempo em que olhava estupefato para a dragoa, sentindo o intenso ar frio em volta dele e que ficava cada vez mais congelante, questionando a si mesmo o motivo de não tê-la sentido antes.
Então, totalmente incapaz de se mexer, sendo que o frio intenso congelava os seus ossos e mente o impedindo de se concentrar para usar a sua magia, ele observa a enorme dragoa se aproximando dele enquanto falava, com Yukiko divertindo ao ver a fúria dele em seus olhos por estar incapacitado e que fazia a albina sorrir ainda mais intensamente ao se deleitar com o aumento do ódio nas íris heterocrômicas dele:
- Você sequer conseguiu me atingir. Portanto, não há motivo para continuarmos com essa contenda. Se bem, que isso era tudo, menos uma batalha de tão patético que era ao ver as suas tentativas infrutíferas de me atingir. Eu confesso que estou demasiadamente entediada para continuar com a brincadeira. Ademais, você não passa de um mero escravo, sendo que eu desejo estraçalhar o seu mestre. Porém, sou ciente que devo livrar o mundo do lixo, começando por vocês.
Então, ela aproxima o seu focinho dele, murmurando ao pé do seu ouvido como se fosse um segredo conforme sorria de canto:
- Você não passa de um mero filhote patético. Afinal, os seus dez mil anos de vida não são nada perante os mais de novecentos mil anos de vida que detenho. Se bem, que eu parei de contar depois disso e de onde eu vim, os dragões e outros seres mágicos tem uma visão sobre o tempo demasiadamente distinta dos humanos e apesar de eu ser filha de uma Deusa dragoa poderosa e de um simples humano, eu herdei a visão do lado da minha mãe para com o tempo.
Nisso, ela pega com a ponta das garras a Pedra Orichalcos dele, com o seu corpo brilhando em seguida, com Dartz olhando em um misto de terror e de fúria enquanto sentia a sua vida se esvaindo, conforme o símbolo de lua dourado dela brilhava imensamente, obliterando a sua alma ao mesmo tempo em que Yukiko usava uma de suas poderosas mãos para esmigalhar o corpo dele que havia se tornado pó ao ser congelado a centenas de graus negativos, sendo o mesmo com servos dele que se tornaram pó de gelo frente a um sopro dela.
Então, a dragoa olha para trás e sorri imensamente ao ver o navio se afastando com segurança do litoral. Rafael seguiria vivendo feliz com a sua família rumo a um futuro brilhante pelo que viu em suas lembranças que também haviam revelado a Yukiko que a influência da gentil freira que cuidava de Valon, o faria deixar as brigas de rua, fazendo com que ele tivesse um novo futuro. Essas lembranças do futuro que foi alterado também revelou que a vila de Amelda não seria atacada.
Alguns anos depois, a família dele iria sair daquele lugar ao cruzar com sucesso a fronteira rumo a uma nova vida, com ele vencendo os fantasmas do seu passado junto da sua família.
Segurando a Pedra Orichalcos com uma mão, ela usa a outra mão para retirar da sua dimensão particular o Ryoushi Kyuubu, usando os poderes dele para ir até onde estava o Grande Leviathan, que era o Deus Orichalcos, confessando que não imaginava que usaria algum dia o poder do oitavo Sennen Aitemu, após conseguir restaurá-lo.
Após acessar o poder do item, ela aparece em um local escuro e atira a Pedra Orichalcos em um ponto a sua frente, após fazer os seus olhos brilharem intensamente ao usar a sua visão especial para enxergar na completa escuridão, conseguindo localizar a sua presa, sendo que esperava que ele desse algum trabalho para tornar as coisas um pouco divertidas, embora não tivesse muita esperança de conseguir alguma diversão.
Ás vezes, o seu nível de poder a irritava, consideravelmente, pois raramente conseguia alguma diversão.
Nisso, o Grande Leviathan surge e fala com visível surpresa ao vê-la, com ela se surpreendendo ao vê-lo falar, pois nas suas visões, ele não parecia ser minimamente racional por se assemelhar mais a uma besta do que qualquer outra coisa e que era Dartz que falava, após se fundir com ele:
- Vejo que veio até o meu reino, voluntariamente.
- Sim. Então, você é o Grande Leviathan, o Deus Orichalcos.
- Isso mesmo. Está arrependida por ter estragado os meus planos ao ver o meu poder, constatando o quanto você é insignificante perto dele? Afinal, tudo o que eu mais queria era sair desse local para destruir o mundo ao obliterar todas as formas de vida. Seria tão divertido. – ele fala o final sorrindo malignamente.
- Não. Eu estou desapontada pelo título que você usa, sendo que não passa de lixo. Pelo menos, para mim. Eu vim esperando algum desafio. – ela fala em suspiro – Eu quero entender como você é tão cego, ou melhor, retardado ao julgar erroneamente que o meu poder é insignificante perto do seu.
Então, ele exclama, após um rugido repleto da mais pura fúria:
- Como ousa me chamar de lixo?! Eu sou o Deus Orichalcos! Curve-se a sua insignificância perante o meu poder absoluto!
- Lixo é lixo. – ela fala, sorrindo de canto – Ademais, quem deveria se curvar a sua insignificância é você, lixo.
Então, tomado pela fúria extrema, ele avança violentamente contra ela que desvia facilmente dos seus ataques, enquanto o monstro ficava possesso ao constatar que não conseguia atingi-la.
Yukiko demonstra aborrecimento, após algum tempo e até finge um bocejo, fazendo uma veia saltar na testa dele.
Então, ela decide encerrar as tentativas patéticas dele de atingi-la ao fazer o símbolo de lua crescente em sua testa brilhar intensamente, o fazendo cessar os seus movimentos, enquanto tentava compreender que tipo de poder era aquele, com ele percebendo, conforme o símbolo brilhava mais intensamente, o nível e tipo de poder dela, deixando-o estupefato, o fazendo murmurar estarrecido enquanto recuava, inconscientemente:
- Isso... Quer dizer... Como...
Ele não conseguia ordenar o que falava e agora havia percebido que de fato, ele não passava de algo insignificante, tanto para aquela dragoa, quanto para aquele poder, sendo algo que ele nunca imaginou ver pessoalmente.
- Desapareça, lixo!
Ela exclama e o seu corpo brilha, junto com o símbolo de lua que resplandecia intensamente, com os feixes de luz dourada atingindo o ser que se contorcia de desespero e de agonia, enquanto aquele corpo e alma eram obliterados sumariamente, ao mesmo tempo em que a escuridão daquele lugar desaparecia gradativamente, conforme era engolfado por aquela luz intensa.
Segurando a Pedra Orichalcos com uma mão, ela usa a outra mão e retira da sua dimensão particular o Ryoushi Kyuubu para usar os poderes dele para ir até onde estava o Grande Leviathan, que era o Deus Orichalcos, confessando que não imaginava que usaria algum dia o poder do oitavo Sennen Aitemu após conseguir restaurá-lo.
Ela conseguia abrir portais para outros lugares desde que tivesse visitado o local em algum momento ou tivesse um guia para orientá-la.
Ela conseguia abrir portais para outros lugares desde que tivesse visitado o local em algum momento ou tivesse um guia para orientá-la.
Portanto, a meia dragoa usaria a habilidade dimensional do Sennen Aitemu como uma ferramenta adicional para conseguir entrar na dimensão da sua presa usando em conjunto a pedra que tinha em suas mãos e que fornecia uma conexão com esse ser que desejar caçar e destruir..
Depois que a albina acessa o poder do item, ela aparece em um local escuro e atira a Pedra Orichalcos em um ponto a sua frente após fazer os seus olhos brilharem intensamente ao usar a sua visão especial para enxergar na completa escuridão, conseguindo localizar a sua presa, sendo que esperava que ele desse algum trabalho para tornar as coisas um pouco divertidas embora não tivesse muita esperança de conseguir alguma diversão.
Ás vezes, o seu nível de poder a irritava consideravelmente porque raramente conseguia alguma diversão.
Nisso, o Grande Leviathan surge e fala com visível surpresa ao vê-la, com ela se surpreendendo ao vê-lo falar, pois, nas suas visões, ele não parecia ser minimamente racional por se assemelhar mais a uma besta do que qualquer outra coisa e que era Dartz que falava após se fundir com ele:
- Vejo que veio até o meu reino, voluntariamente.
- Sim. Então, você é o Grande Leviathan, o Deus Orichalcos.
- Isso mesmo. Está arrependida por ter estragado os meus planos ao ver o meu poder, constatando o quanto você é insignificante perto dele? Afinal, tudo o que eu mais queria era sair desse local para destruir o mundo ao obliterar todas as formas de vida. Seria tão divertido. – ele fala o final sorrindo malignamente.
- Não. Eu estou desapontada pelo título que você usa, sendo que não passa de lixo. Pelo menos, para mim. Eu vim esperando algum desafio. – ela fala em suspiro – Eu quero entender como você é tão cego, ou melhor, retardado ao julgar erroneamente que o meu poder é insignificante perto do seu.
Então, ele exclama após emitir um rugido repleto da mais pura fúria:
- Como ousa me chamar de lixo?! Eu sou o Deus Orichalcos! Curve-se a sua insignificância perante o meu poder absoluto!
- Lixo é lixo. – Ela fala enquanto sorria porque estava se divertindo ao ver a fúria da sua presa – Ademais, quem deveria se curvar a sua insignificância é você, lixo.
Então, tomado pela fúria extrema, ele avança violentamente contra ela que desvia facilmente dos seus ataques enquanto o monstro ficava furioso ao constatar que não conseguia atingi-la.
Yukiko demonstra aborrecimento após algum tempo e até finge um bocejo, fazendo uma veia saltar na testa dele.
Então, a albina decide encerrar as tentativas patéticas dele de atingi-la ao fazer o símbolo de lua crescente em sua testa brilhar intensamente, o fazendo cessar os seus movimentos enquanto tentava compreender que tipo de poder era aquele, com ele percebendo conforme o símbolo brilhava mais intensamente, o nível e tipo de poder dela que o fez ficar estupefato ao mesmo tempo em que o fazia murmurar estarrecido enquanto recuava inconscientemente:
- Isso... Quer dizer... Como...
Ele não conseguia ordenar o que falava e agora havia percebido que de fato, ele era insignificante em relação aos poderes dela junto com o tipo de poder que ela possuía, sendo algo que ele nunca imaginou ver pessoalmente.
- Desapareça, lixo!
Ela exclama ao mesmo tempo em que o seu corpo brilhava junto com o símbolo de lua que resplandecia intensamente, com os feixes de luz dourada atingindo o ser que se contorcia de desespero e de agonia enquanto aquele corpo e alma eram obliterados sumariamente ao mesmo tempo em que a escuridão daquele lugar desaparecia gradativamente conforme era engolfado pela luz intensa que irradiava dela.
Então, Yukiko retorna onde se encontrava momentos antes de usar o Sennen Aitemu para depois guardá-lo na sua dimensão particular.
Em um rochedo que se encontrava na frente dela, surgem os três cavaleiros lendários, os Densetsu no Kishi, que olhavam com gratidão e admiração para a enorme dragoa porque com a morte de Dartz, a maldição foi quebrada e eles não eram mais os lendários dragões, os Densetsu no Ryuu, sendo que a Burakku Majishan Gaaru (Dark Magician Girl) estava junto deles, olhando surpresa para a meia dragoa que desce até ficar próxima a altura deles, com a Burakku Majishan Gaaru comentando em tom de confirmação:
- Então, foi você que destruiu o Grande Leviathan...
Ela sabia que a Burakku Majishan Gaaru (Dark Magician Girl), assim como o mundo dos monstros de duelo era uma dimensão alternativa habitada por esses seres e o ser a sua frente era a contraparte dela que existia como Ka de uma jovem egipcia e que mesmo sendo uma contraparte compartilhava dos sentimentos e sensações de seus equivalentes naquele mundo.
- Sim. Se bem, que de Grande ele não tinha nada. Para mim, não passava de um lixo fanfarrão e Dartz era a escória para mim. Confesso que tenho grandes dificuldades de perdoar alguém. São raros os que têm o meu perdão após praticar atos prejudiciais. Para obter meu perdão é preciso preencher alguns requisitos o que é muito raro. Por
Eles parecem surpresos com o que ela disse até que sentem um pouco do seu poder, no caso, os cavaleiros e compreendem que ela não estava se vangloriando e mesmo a Burakku Majishan Gaaru sentiu a verdade nas palavras dela.
- O mundo dos monstros está salvo e removi a barata cascuda do Dartz.
- Ele não era uma barata. Era o meu pai.
Eles olham para a origem da voz e observam uma jovem de tranças junto do seu lobo de estimação, Skye, com um senhor junto dela que buscava aplacar a menina. A criança se chamava Chris e o senhor era o seu avô, Ironheart.
A albina fala ao aproximar o seu grande focinho dela:
- O seu pai morreu há milênios atrás, junto de Atlântida e o que restou foi apenas um bastardo. Inclusive, daqui a alguns anos, ele os mataria pessoalmente ao invocar relâmpagos contra vocês e ao ver dele foi como esmagar baratas. Inclusive, ele sorriu frente ao êxito do seu ataque.
Eles ficam estarrecidos e a menina nega veemente com a cabeça, a beira das lágrimas. Suspirando, Yukiko invoca uma espécie de globo grande feito de gelo onde aparecia as imagens das recordações que ela tinha do outro futuro.
Na visão, Chris aparece junto do seu avô e do seu lobo, correndo em seguida com um Card na mão, lutando para se aproximar de um local, sendo que todos eles são mortos brutalmente, com a cena sendo cortada por Dartz sorrindo ao ver a cena enquanto murmurava que eles eram lixos irritantes.
A filha de Dartz cai em lágrimas, sendo amparada pelo seu avô, com os Densetsu no Kishi (cavaleiros lendários) e Burakku Majishan Gaaru (Black Magician Girl), sentindo pena deles enquanto o globo desaparecia sem deixar vestígios.
- É mentira!
A menina exclama olhando para os orbes azuis de Yukiko que havia desfeito a esfera, buscando desesperadamente a mentira neles para depois ficar desolada ao encontrar apenas a verdade, confirmando que aquela visão era verdadeira.
- Eu entendo que você sempre desejou ardentemente encontrar algum vestígio do seu pai, mas, o coração dele foi totalmente consumido pela Pedra Orichalcos, fazendo assim com que ele morresse há dez mil anos, atrás. Com certeza, o seu pai do passado, antes de se tornar escravo do Deus Orichalcos, desejaria a morte para não matar a sua amada filha e os seus entes queridos com as suas próprias mãos. Portanto, quando o eliminei, eu cumpri com o desejo do seu genitor.
- Mas...
Ela apoia gentilmente a ponta de sua garra no ombro da menina, falando:
- Lembre-se do seu pai do passado. Guarde essa recordação em seu coração. Ele sempre estará com você, assim como a sua mãe. Nunca se esqueça disso.
Ela se levanta e seca as lágrimas com o dorso do seu braço, para depois, ver a dragoa se afastando enquanto se despedia deles, voando em direção as nuvens, sendo que Lionheart fala:
- Vamos embora.
- Para onde?
- Para o futuro. Devemos esquecer Atlântica. Buscaremos o nosso lugar no mundo, sendo que devemos ajudar esse mundo. O seu pai desejaria isso.
- Sim.
Então, Burakku Majishan Gaaru vai até a menina, a abraçando gentilmente para confortá-la e dar coragem, com ela retribuindo, para depois se despedir junto dos Densetsu no Kishi que retornam para o mundo deles.
Chapter 12: Brinquedos temporários
Summary:
Após quatro anos...
Yukiko decide...
Três anos depois...
Chapter Text
Então, após algumas horas, Yukiko volta a assumir uma aparência de uma criança e pousa na varanda do apartamento, se recordando de quando teve que desviar de um avião de passageiros ao cruzar uma rota usada por voos comerciais, com ela ficando aliviado por ter desviado com sucesso, sabendo que graças a sua magia o avião nunca soube que havia algo na sua frente.
Após entrar no apartamento, ela retira magicamente a sua roupa e põe o pijama através da sua mágica ao mesmo tempo em que se recordava da sua vida antes que fosse tomada dela ao se sacrificar duas vezes.
Ela abana a cabeça para os lados enquanto suspirava porque aquela não era mais a sua vida.
Afinal, havia tomado as suas decisões e não se arrependia.
Inclusive, se fosse necessário, faria tudo de novo e sem ressentimentos.
Então, após esvaziar a sua mente, se sentindo cansada de ter usado consecutivamente o seu símbolo de lua e em grande intensidade, uma vez que raramente o usava, ela acaba adormecendo em questão de segundos, esperando que conseguisse acordar cedo para ir a aula junto dos seus amigos.
Quatro anos depois, Yuugi estava com doze anos e se encontrava voltando para casa com algumas sacolas do mercado próximo de onde morava. O jovem havia combinado com as suas amigas de encontrá-las em sua casa porque naquele domingo eles não tinham aula e apesar de não ser um dia letivo, precisavam terminar alguns trabalhos que o sensei Yamada havia passado no dia anterior.
Como o jovem de olhos ametistas se encontrava distraído, pensando sobre os trabalhos que o professor havia dado para a classe fazer no final de semana, ele não percebeu que alguém caminhava em sentido oposto ao dele.
Então, ambos se chocam um contra o outro, com o menino indo para no chão enquanto que a pessoa que ele trombou, apenas deu alguns passos para trás.
Após massagear a bunda, o menino fica de pé e recolhe as sacolas.
- Eu peço desculpas. - ele falava enquanto se curvava.
- E por que eu iria perdoá-lo, idiota?
Yuugi ergue os olhos e sente o sangue gelar ao ver que era um garoto com uma face séria e que estava rodeado de outros garotos que acompanhavam o semblante deste, com ele jurando que havia visto um taco atrás de um deles.
O rapaz fala enquanto curvava a cabeça para frente ao mesmo tempo em que fuzilava o jovem com o seu olhar:
- Novamente, eu pergunto. Por que eu deveria perdoá-lo, seu nanico?
- Por que não foi intencional. Foi um acidente. – ele fala fracamente enquanto se encolhia ao perceber que era cercado pelos outros garotos.
Todos eles gargalham com risos desprovidos de qualquer humor, fazendo o sangue de Yuugi gelar, para depois, o Líder da gangue, estalar os dedos.
Então, em questão de minutos, muitos estavam armados com bastões ou pedaços de madeira enquanto que os outros posicionavam socos ingleses em suas mãos, batendo em seguida os punhos um no outro conforme exibiam sorrisos malignos.
Porém, antes que pudessem bater nele, com Yuugi se encolhendo enquanto tremia de medo, surge Kisara, Nuru e Yukiko que chegam com uma voadora, os jogando para longe dali, para depois, socarem os outros ao usarem golpes de artes marciais.
A aparição do trio surpreende o líder enquanto que a albina acessava as suas memórias, descobrindo que era para aquele homem ter sido assassinado há um ano, atrás.
Porém, como o futuro assassino e mandante morreram na explosão, ele não foi morto. A consequência dessa mudança fez com que surgisse aquela gangue quando ele juntou membros, acabando por fazer Yuugi se chocar contra ele. Na linha do tempo original, o seu amigo não se chocaria com ninguém neste dia.
- Levem o Yuugi-kun daqui. Eles são as minhas presas.
As gêmeas se entreolham e depois consentem, sendo que puxam Yuugi do local, que após se refazer da aparição inesperada delas, fala desesperado para ambas:
- A Yukiko-chan estará sozinha contra eles! Nós não podemos...!
- Não se preocupe com isso Yuugi-kun.
- Mas...!
- Ela quer ter liberdade para agir. Por isso, vamos deixá-la lidar da sua maneira com esses bastardos. Ainda bem que nós decidimos tomar esse caminho. – a prateada fala em um suspiro de alívio.
- Sim. Graças a isso, vimos esses marginais cercando você, Yuugi-kun. – Nuru fala enquanto exibia alivio por terem feito aquele desvio.
Elas não sabiam que Yukiko havia usado a sua magia para influenciá-las a tomarem aquela rota junto dela sem qualquer questionamento quando a proteção mágica dela avisou que Yuugi estava em perigo ao mesmo tempo em que a informava do local onde ele se encontrava.
Após a albina rastreá-los com magia, se certificando que estavam longe dali, o Líder fala, demonstrando raiva em seu semblante:
- Como ousa, sua bastarda?! Quer morrer?
- Então, vocês querem me matar... Vocês iam atacar o Yuugi-kun com intenção de matá-lo. Certo? – ela pergunta enquanto continha um rosnado feral que queria brotar de sua garganta.
- Isso mesmo! Nós íamos bater naquele bastardo até a morte. Mas se deseja tomar o lugar dele, que seja. Até parece que uma menina como você pode lutar contra nós! Caso não tenha percebido, nós somos a maioria.
Então, eles notam que a albina gargalha, os fazendo olharem consternados para ela, com o Líder perguntando enquanto exibia um semblante furioso:
- Por que está rindo?
- Por que são apenas vocês contra mim. Eu queria me divertir. Você tem mais membros? Eu não me incomodaria de esperar a chegada deles.
- Você é louca, por acaso? – um dos bandidos pergunta visivelmente confuso com a reação inesperada dela.
Ela ignora a pergunta e torna a questionar:
- Então, tem mais membros?
- Não.
- Que pena... – a meia dragoa fala em um suspiro.
Nenhuma deles percebeu que uma parede mágica invisível para eles havia sido erguida em torno deles, fazendo com que as pessoas fora da barreira não conseguissem ver e nem ouvir nada, além de garantir que as suas presas não iriam fugir.
Inclusive, se olhassem na direção deles, veriam a rua vazia.
- Podem me atacar. Eu permito que vocês façam o primeiro movimento.
- Você vai se arrepender!
Então, eles avançam contra ela e ficam estupefatos ao verem a menina desviar facilmente dos golpes para depois derrubar todos eles em questão de segundos ao chutá-los no estômago, os fazendo serem jogados para longe, com todos se chocando contra a parede mágica dela enquanto eles vomitavam um pouco de sangue e suco gástrico ao mesmo tempo em que seguravam os seus abdomens, arfando.
Ela faz um gesto de espanar algo de suas roupas e pergunta, arqueando o cenho:
- Isso é tudo? Vocês são patéticos.
- Sua...!
Eles se levantam e ela revira os olhos enquanto comentava:
- Achei que me divertiria mais. Acho que não conseguirei nenhuma diversão adicional de vocês.
Eles ficam de pé e alguns pegam as suas armas e apontam para ela que arqueia o cenho, para depois, sorrir, deixando-os consternados, com os bandidos ficando ainda mais estarrecidos ao ouvirem a voz jovial dela:
- Quem diria que vocês teriam armas! Bem, usem contra mim. Vamos.
- Sua louca! Se você deseja tanto assim levar chumbo, que seja feita a sua vontade. Homens!
Nisso, eles disparam e ficam horrorizados ao verem que as balas eram amassadas em contato com o corpo dela, caindo no chão como se fosse uma chuva de metal até que os tambores dos revólveres ficam vazios.
Então, os bandidos recarregam e tornam a atirar, vendo-a bocejar e quando usam todas as balas que possuíam os marginais ficam estupefatos enquanto tentavam assimilar o acontecimento que era surreal para eles.
Ela pega as armas das mãos deles, fazendo questão de quebrar os dedos indicadores que estavam nos gatilhos e enquanto eles seguravam a área lesionada, a meia dragoa amassava as armas como se fossem feitas de manteiga, formando uma bola de metal retorcido, deixando-os com os olhos esbugalhados, com ela desprezando a espécie de esfera metálica ao lado dela.
Tomados pelo desespero, eles tentam correr e ficam aterrorizados ao sentirem que havia algo duro na frente deles como se fosse uma parede, os prendendo no local, fazendo com que golpeassem a barreira invisivel desesperadamente e ao verem algumas pessoas andando próximos dali, os bandidos começam a clamar por ajuda, mostrando um misto de confusão e de desespero em seus rostos ao perceberem que as pessoas passavam por eles, os ignorando.
Então, eles sentem o sangue gelar ao ouvirem a voz repleta de sadismo da jovem:
- Eu envolvi esse local em uma espécie de domo mágico. Sons, cheiros e visão foram bloqueados. Ninguém irá ouvir ou ver vocês, além de mim – eles voltam suas faces apavoradas para a menina que tinha a aparência de doze anos e que exibia uma face sádica, possuindo um sorriso que não chegava aos olhos - Então, vocês desejavam surrar o meu querido amigo até a morte... Saibam que ele é o meu amigo mais precioso, ou melhor, o vejo como o meu amado filho. É um crime imperdoável qualquer um que ouse agredi-lo, mesmo verbalmente. Agora, imaginem tentar matá-lo. Creio que não preciso falar mais nada, certo?
Ela se desloca velozmente e em um piscar se olhos derruba todos eles, usando magia para imobilizá-los ao ponto deles não conseguirem mexer o seu corpo, os fazendo ficarem mais amedrontados ao verem ela se aproximar com um sorriso extremamente sádico, para depois, a face de todos eles ficarem assombradas, exibindo olhos esbugalhados ao verem surgir uma cauda com porrete, além das unhas dela se alongarem, se tornando garras levemente curvadas e afiadas que lembravam diamante.
Eles começam a implorar por clemência e muitos gritam por socorro em completo desespero apesar de saberem que ninguém os ouviria em decorrência do domo mágico que circundava o local e que também inutilizava os celulares deles.
Porém, ela para ao se recordar de Yuugi e que não teria tempo suficiente para fazê-los pagarem por tentarem matar o seu querido amigo.
Suspirando por ter que adiar a sua diversão porque seria um prazer e um dever torturá-los, ela os envolve em esquifes de gelo azul que não matava quem estava envolto neles.
Então, ela coloca os criminosos na dimensão particular que ela tinha ao abrir um pequeno portal, acomodando junto deles a bola de metal confeccionada com as armas juntamente com as outras armas deles, fechando-o em seguida e após terminar de condicionar os bandidos, ela desfaz a sua parede mágica e se prepara para encontrar o quanto antes com Yuugi e as gêmeas ao desfazer a sua aparência atual ao voltar a assumir a aparência de uma criança humana.
Próximo dali, o menino estava desesperado, temendo pela vida da sua amiga. O jovem somente relaxou ao vê-la bem e sem qualquer ferimento.
Após se certificar que ela estava bem, ele suspira de alívio, com a prateada falando:
- Nós dissemos que ela ficaria bem.
- Sim. Você nos viu lutando nos Doujos. Portanto, não precisava se preocupar. – a jovem com a pele bronzeada comenta.
- Eu sei... Mas não consegui deixar de ficar preocupado.
- É como elas disseram. Lixos como eles nunca seriam páreo para mim. – ela fala, pondo gentilmente a mão no ombro dele enquanto sorria.
Yuugi consente, sendo que a prateada fala:
- Bem, precisamos adiantar o trabalho.
- Sim. O sensei Yamada é muito exigente. – a bronzeada de olhos rubros comenta após suspirar.
- Verdade. É melhor adiantarmos esses trabalhos. – o menino comenta após se recordar da quantidade de trabalhos que eles tinham.
- Isso mesmo. Vamos!
Ela envolve um dos braços no ombro dele e o outro procura envolver uma das gêmeas enquanto se dirigiam até a casa dele.
Quando a noite cai, todos estão em suas respectivas moradias, com exceção de Yukiko que voa invisível até um local isolado.
Após erguer o mesmo domo mágico de antes, fechando-o em forma de cúpula, ela abre o espaço dimensional privativo dela e retira os esquifes de gelo azul.
Então, ela estala os dedos os fazendo despertarem do sono profundo em que se encontravam enquanto o gelo desaparecia e ao se recordarem do que ocorreu, voltam a gritar de desespero, implorando por clemência conforme surgia um semblante extremamente sádico no rosto da meia dragão, os fazendo ficarem aterrorizados, ainda mais ao ouvirem a albina perguntando com um sorriso extremamente sádico:
- Let´s Play a Game?
A albina faz surgir uma roupa azul com gola e mangas peludas brancas, possuindo uma joia azul por cima de um laço na altura da clavícula. Ela também possuía cabelos alvos compridos e espécies de presilhas circulares azuis em duas mechas compridas, com eles vendo duas orelhas brancas peludas felinas surgirem na cabeça dela enquanto exibia garras curtas e curvadas elegantemente com aparência de diamante em seus dedos juntamente com caninos afiados em sua boca.
Era um vestido azul e comprido que chegava três dedos abaixo do joelho, possuindo uma barra peluda branca, assim como usava calças folgadas da mesma cor por baixo da espécie de vestido que tinha uma espécie de manto cujas bordas eram peludas brancas e que cobriam parte do tórax por cima da vestimenta, que por sua vez, era presa na cintura por uma espécie de cinto coberto com uma faixa azul.
Eles não sabiam que aquela roupa era um reflexo de sua pelagem e que era capaz de regular a temperatura corpórea dela, assim como possuía a mesma resistência dos seus pelos e capacidade de cicatrização em caso de corte, tal como a pele dela. Ou seja, era uma espécie de complemento biológico que assumia a função de pelagem.
A aparência meiga e fofa dela, somente a deixava mais aterrorizante frente ao sorriso extremamente sádico que enfeitava o seu rosto enquanto que os orbes azuis como duas safiras brilhavam de puro sadismo ao olhar para as suas presas rendidas na frente dela.
Yukiko os impregna com magia para mantê-los vivos, sãos e conscientes durante todo o processo, procurando aumentar a sensibilidade deles para ampliar a dor extenuante que sentiriam, além de usar magia em torno do seu próprio corpo para que o sangue imundo deles não a sujasse enquanto se encontrava ansiosa para colorir de carmesim o lugar onde se encontravam.
Após prepará-los para poder se divertir a noite toda, a albina começa a torturar cada um deles ao escolher o primeiro a ser torturado, decidindo deixar o Líder por último para que vivenciasse o máximo de terror ao saber o que o aguardava.
Yukiko começa furando os olhos, para depois, arrancar cada um dos dentes da forma mais lenta possível, prolongando ao máximo o sofrimento.
Em seguida arranca o couro cabeludo dele lentamente, quebrando em seguida cada um dos ossos do homem, um de cada vez, começando com cada uma das falanges enquanto evitava os pontos vitais e somente após se divertir o suficiente, ela arranca lentamente a pele dele com ele vivo.
Os outros que assistiam toda aquela tortura não conseguiam mais gritar por terem a garganta lesionada pelos gritos de terror que deram enquanto eles exibiam em suas faces o mais puro horror ao assistirem a tortura lenta do colega deles que gritava em profunda dor lacerante e desespero ao mesmo tempo em que choravam em um misto de agonia e de desespero.
Após terminar com cada um deles, ela torna a fazer o mesmo processo após curá-los, para desespero dos criminosos, com a tortura durando a noite toda porque ela o praticava lentamente, um por um, com os outros ficando desesperados ao verem o que os aguardava.
Então, quando ela fica satisfeita, sabendo que teria novos brinquedos dali a alguns meses, a meia dragoa usa os seus poderes ao conjurar uma neve branca, fazendo a temperatura cair centenas de graus negativos, os congelando ao ponto de se tornarem gelo e que são facilmente esmigalhados em milhares de pedaços lançados em uma espécie de bueiro próximo dali, uma vez que se encontrava em uma área de porto que estava desativado, para depois, usar magia para limpar o sangue do chão.
Após limpar o que fez, não deixando nenhum rastro da existência deles para que a polícia não realizasse qualquer investigação sobre um possível assassinato pela quantidade de sangue no local, ela desfaz a sua magia e se afasta do lugar.
Quanto à pequena bola de metal feita com revólveres retorcidos ao ponto de estarem disformes, a albina decidiu aproveitar a viagem de volta para o apartamento onde morava, fazendo um pequeno desvio para um local especifico visando desprezar aquela esfera distorcida de metal após molhá-la no oceano para inutilizar qualquer pólvora residual nela.
Nesse caso, ela decidiu deixar o objeto onde tinha somente sucatas, procurando colocá-lo no compactador de metal junto de um carro que estava para ser compactado e quem visse aquilo, não conseguiria identificar como sendo armas de tão deformadas que se encontravam.
Após três anos, chega um dos dias que Yukiko mais odiava porque era um acontecimento que ela não podia impedir de acontecer e que precisaria de todo o seu autocontrole para não interceder, a não ser no momento que era necessário para compensar uma das mudanças daquela linha do tempo.
Chapter 13: O desejo de Yuugi
Summary:
Cinco anos depois...
Yuugi deseja ao Sennen Pazuru...
Jounouchi...
Chapter Text
Após cinco anos, Yuugi ainda não havia conseguido montar o Sennen Pazuru por causa da magia de Atemu em uma das peças, fazendo com que o jovem não conseguisse encaixá-la para continuar montando o item.
Então, enquanto estava terminando de tomar o seu café da manhã na pequena cozinha nos fundos da loja onde ficava parte da casa, o seu avô, que se encontrava na frente da loja varrendo a calçada, exclamava:
- Yuugi-kun! A Kisara-chan, a Nuru-chan e a Yukiko-chan estão esperando por você!
Ele sorri e termina de comer a sua torrada enquanto verificava se a caixa do Sennen Pazuru estava em sua mochila porque queria usar o intervalo para terminar de montá-lo.
Após colocar a mochila em suas costas, ele sai da cozinha e se encontra com as amigas de infância que o estavam aguardando.
Apesar de Sugoroku fosse um mulherengo pervertido desde que era jovem, ele sempre viu Kisara, Nuru e Yukiko como se fossem as suas netas, uma vez que as conhecia desde que eram pequenas, com as visitas sendo recorrentes, assim como conhecia os pais e famílias das gêmeas ao contrário da linha do tempo original, onde Yuugi havia conhecido Anzu (Tea) quando ela tinha quase treze anos e não era uma visita recorrente. Na verdade, ela raramente o visitava.
Portanto, quando ela completou quinze anos, o avô dele passou a fazer comentários apreciativos do corpo dela quando ia visitar o neto dele, o que ocorria raramente, mesmo antes de começarem os comentários sobre o desenvolvimento do corpo de Anzu.
- Eu estou indo, jii-chan! Ittekimasu! – o jovem de cabelos tricolores se despede do seu avô e se junta as suas amigas para irem até o colégio.
- Itterasshai! - o avô exclama enquanto erguia o rosto sorridente para o seu neto.
Durante esses anos, Yuugi, Yukiko, Nuru e Kisara se tornaram amigos inseparáveis. As gêmeas haviam se ausentado por alguns meses no ano passado porque haviam feito uma jornada de autoconhecimento para dominar o Ouji da escola de Kung Fu, estilo do Dragão e o da escola de Kenjutsu do estilo Hiten Mitsurugi Ryuu.
Mesmo saindo juntas, elas procuraram ficar separadas durante a sua jornada de autoconhecimento, pois, era de cunho pessoal, com ambas voltando alguns dias antes do início do ano letivo do colegial.
Enquanto caminhava com elas, Yuugi confessava que gostaria de ter amigos homens porque desejava saber como eram as conversas, com ele possuindo uma parca noção que eram um pouco diferentes das que tinha com as suas amigas e conforme ele crescia, sentia necessidade de ter amigos e não somente amigas.
Claro, elas eram as suas verdadeiras melhores amigas e que nunca o desapontaram, assim como ele nunca as desapontou.
Porém, Yuugi sempre imaginou como seria ter um amigo de verdade, que não o desapontasse e a quem ele nunca desapontaria, ou seja, um amigo verdadeiro e este o desejo que sempre fazia ao Sennen Aitemu, acreditando que quando terminasse de montá-lo, o objeto concederia o que mais almejava, uma vez que o jovem acreditava que era um item mágico que era realizava um desejo a quem o montasse.
Portanto, Yuugi se dedicava a montá-lo tanto pelo desejo de ter um amigo homem quanto pelo fato de adorar jogos e quebra-cabeças ao mesmo tempo em que sempre ficava confuso no sentido de que sentia que havia algo mais, além de almejar que o seu desejo se tornasse realidade e era algo profundo que ele não compreendia e que inclusive o fazia se sentir unido ao Sennen Pazuru, desejando ardentemente montá-lo para que pudesse carregá-lo consigo por ele ser o seu tesouro mais precioso.
Conforme o trio caminhava para a escola, Mutou olha rapidamente para Yukiko enquanto pensava consigo mesmo:
"Nunca entendi o que aconteceu entre a Yukiko-chan e os seus pais porque ela desejou se emancipar e agora, mora sozinha ao ser considerada legalmente uma adulta. Eu cheguei a perguntar o motivo do desejo dela pela emancipação, mas ela sempre desviou do assunto. Foi o mesmo quando a Kisara-chan e a Nuru-chan perguntaram. Eu me pergunto o motivo dela não desejar ficar com os seus pais porque eles não pareceriam ser agressivos ou algo assim. Inclusive, eles só eram um pouco ausentes nos finais de semana."
O jovem não sabia que a albina havia manipulado a sua aparência com magia para fingir que crescia junto deles, enquanto que havia escravizado mentalmente um casal ao usar os seus poderes neles e após apagar a sua existência da mente deles, moldando as memórias do casal para uma vida sem ela, Yukiko os libertou, com eles se mudando para longe após a emancipação dela.
Agora, eles viviam normalmente a sua vida e os familiares e amigos mais próximos não sabiam da existência da albina porque ela havia apagado qualquer rastro que houvesse dela no casal. Yukiko estava arcando com as suas próprias despesas ao usar o dinheiro que vinha de uma conta que abriu usando magia após vender as pedras preciosas que encontrou em minas quando viajava pelo mundo por ser ciente de que precisava de dinheiro, se quisesse viver naquele mundo, acabando por facilitar a sua vida porque se usasse magia, teria que cuidar de alguns detalhes adicionais e não desejava ter esse trabalho adicional.
Conforme o jovem de cabelos tricolores andava junto delas, o quarteto ouvia vários comentários que os irritavam, fosse na rua ou no colégio, com a maioria deles sendo direcionados para as gêmeas juntamente com os assobios, conforme comentavam do corpo e da beleza estonteante delas enquanto que os comentários invejosos eram direcionados para Yuugi porque ele andava com duas beldades.
O jovem de olhos ametistas se recorda que isso começou a ocorrer há dois vanos, atrás, quando os outros rapazes começaram a demonstrar inveja em seus olhos ao vê-lo com as suas amigas enquanto começava a ouvir os murmúrios adicionais de "olha esse cara com essas beldades", "como ele pode atrair mulheres tão lindas", "o mundo é tão injusto porque um garoto esquisito tem mulheres belas e exóticas ao seu lado", "Nunca vou conseguir compreender o gosto das mulheres ao ver beldades se interessando por alguém nanico como ele" ou "será que o fato dele ser um dos mais inteligentes do colégio faz com que elas se interessem por ele, mesmo sendo esquisito e um anão?", sendo que estes eram os comentários mais populares.
Yuugi não gostava da forma como se referiam as suas amigas de infância porque ele sempre as via como irmãs, com ele concordando com o fato de ser muito baixo para a sua idade e que sempre fora assim desde que era criança. O fato de ter uma estatura pequena para a sua idade, ter um rosto em forma de coração e olhos grandes sempre fez ele ser confundido com uma criança pelas pessoas que não o conheciam. Esse fato sempre o incomodou profundamente ao ponto de fazê-lo reclamar inúmeras vezes ao Sennen Pazuru o quanto detestava a sua baixa estatura enquanto tentava montá-lo.
Após suspirar, decidindo ignorar os comentários invejosos ou pervertidos, ele olha para Kisara e Nuru que eram gentis e amáveis embora a bronzeada tivesse um lado mais energético ao contrário de sua irmã. Quanto a Yukiko, ela tinha um lado gentil e amável também, mas que era reservado apenas a Yuugi, Nuru e Kisara enquanto que a meia dragoa demonstrava uma postura séria e fria conforme olhava implacavelmente para os outros. Ela também era agressiva, principalmente quando os homens tentavam se aproximar das gêmeas e dela para cortejar ou de Yuugi visando maltratá-lo, apesar de saber que as gêmeas eram capazes de defenderem a si mesmas ao contrário dele.
O jovem percebe que eles se aproximavam dos portões do colégio enquanto pensava o quanto a sua amiga podia ser assustadora quando desejava e era ciente que ela controlava a sua agressividade porque ele não gostava de violência ao mesmo tempo em que a aparência meiga e delicada dela fazia muitos julgarem-na erroneamente, para depois, se arrependerem amargamente pelo seu julgamento equivocado ao encararem a sua fúria sem precedentes.
Ademais, o jovem sabia que ela acabou envolvida em alguns problemas com gangues porque a fama dela de conseguir derrotar todos que a desafiavam para uma briga, fazia muitos irem até ela para desafiá-la, isso quando não a cercavam, com o adolescente sabendo que isso começou a ocorrer há alguns anos, atrás.
Conforme Yuugi e as suas amigas passavam pelos portões, imperava os costumeiros murmúrios invejosos dos homens sobre as mulheres lindas que o cercavam ao mesmo tempo em que muitas garotas olhavam com ódio para Yukiko, Nuru e Kisara em decorrência do frenesi que elas geravam entre o público masculino enquanto Yuugi se encolhia ao sentir o olhar invejoso dos homens.
Então, ele sorri discretamente quando percebe que Yukiko exibe a sua face mais aterrorizante, os fuzilando com o seu olhar, fazendo com que muitos exibissem medo em seus semblantes.
Afinal, ver uma face aterrorizante em alguém que tinha uma aparência meiga era no mínimo chocante.
A albina continua exibindo o seu olhar homicida enquanto que um sorriso sádico brincava em seus lábios conforme ela olhava para os homens que cochichavam, como se fossem suas presas para abate.
De fato, todos que receberam o seu olhar, sentiram que estavam na frente de um dragão imenso e feroz enquanto eles se viam refletidos nas íris azuis coléricas, sentindo a temperatura cair vários graus abruptamente, os fazendo sentir um frio intenso ao mesmo tempo em que a sensação sufocante da morte os tomava de forma implacável como se fossem garras afiadas que desejavam se fechar sobre eles, os esmagando.
Claro que ela fazia isso, mantendo o seu olhar longe dos seus amigos enquanto usava os seus poderes para fornecer a sensação gélida da morte, sendo algo absolutamente fácil para ela que sentia muito prazer ao ver o terror estampado nos semblantes deles, com muitos fugindo desesperados, tropeçando em seus próprios pés ou urinando de medo antes de fugirem, fazendo-a sorrir ainda mais enquanto se deleitava com o terror que os fazia sentir na sua presença.
Então, após afastá-los, a sua face volta ao normal antes de olhar para Yuugi, procurando sorrir meigamente para ele enquanto falava:
- Vamos. O sinal já vai tocar.
- Sim.
- Eu espero que hoje aconteça algo muito legal. Não é, Yuugi-kun? – Kisara pergunta com animação.
- Sim.
- Pode ser. Bem, por isso se chama presente, certo? – Nuru comenta enquanto sorria.
Então, quando eles voltam a conversar outros assuntos, a albina suspira discretamente porque aquele era o dia que ela precisaria de todo o seu autocontrole.
Afinal, um evento que não podia ser alterado iria acontecer aquele dia, com ela precisando encontrar uma forma de sair de perto do seu amigo, levando Kisara e Nuru junto dela para que aquele acontecimento não sofresse nenhuma alteração, com exceção de um determinado momento onde ela deveria intervir.
Eram nesses momentos que o conhecimento dos acontecimentos a incomodava porque havia eventos que ela não podia alterar por mais que fosse sofrível vê-los acontecer por ter visto os acontecimentos ocorrerem em suas lembranças adquiridas daquele universo.
Longe dali, um garoto loiro observava atentamente Nuru enquanto sentia as faces coradas, sendo que desde que a viu pela primeira vez, se apaixonou perdidamente por ela e seus pensamentos eram sempre povoados pela bronzeada, chegando a se masturbar várias vezes ao pensar nela nesses momentos íntimos ao fantasiar situações enquanto estava em seu quarto.
Então, ele acaba recebendo um tapa atrás da cabeça e ao se virar para o agressor, preparando os seus punhos para socar quem o havia acertado, Katsuya cessa os seus movimentos ao perceber que era o seu amigo Honda, que fala:
- Está hipnotizado por ela, de novo, Jounouchi?
- Não negue que ela é uma das garotas mais lindas do colégio.
- Sim. Ela, Kisara e Yukiko fazem parte do trio das mais belas garotas do colégio. Muitos homens dariam a alma para terem um encontro com elas. Inclusive, todos os dias há cartas de amor nos armários delas, com elas sempre os rasgando sem ler, para depois, desprezarem no lixo mais próximo.
- Eu já tive o desprazer de vê-las rasgando as cartas de amor – o loiro falou amargamente porque ele havia tomado coragem de escrever uma carta de amor e depois, passou ela pelo vão do armário escolar da Nuru, apenas para ficar deprimido ao vê-la rasgar a sua carta junto das outras - Aquele Yuugi bastardo... Elas sempre ficam com ele. Como essas beldades podem gostar de ficar junto de um anão que sequer reage quando batem nele? Ele parece uma menininha nojenta com aquele comportamento pacifico. Aquela gentileza e bondade excessiva dele é no mínimo algo repulsivo e igualmente irritante.
- Concordo contigo. De fato, mulheres são incompreensíveis. Preferem um covarde pacifico e patético em vez de um homem de verdade. – ele dá de ombros – Fazer o quê? O mundo é uma droga.
Jounouchi soca o tronco da árvore em que se encontrava oculto enquanto falava, olhando com raiva para o jovem de cabelos tricolores:
- Eu daria tudo para que a Nuru-chan me olhasse sem ter raiva no olhar e sem estar sendo agredido por ela.
- Então, você deve se tornar o melhor amigo de Yuugi, parando de bater nele e agredi-lo verbalmente quando elas não estão junto dele. – Hiroto fala com um sorriso de canto.
O loiro olha para o seu amigo como se ele fosse louco enquanto torcia os punhos, exclamando com incredulidade:
- Está doido, Honda? Eu, amigo daquele nanico imbecil?!
- Bem, você que disse que faria de tudo para ter uma chance com a bela Nuru-chan, possuidora de uma pele exótica. Sério, aquela pele bronzeada é instigante. – ele fala o final de forma sonhadora.
Ele pega o seu amigo pelo colarinho, erguendo-o enquanto exclamava com uma voz possessiva:
- A Nuru-chan é minha!
- Onde? Só se for o punho ou o pé dela. Também não podemos esquecer o joelho. A joelhada dela é marcante. O Kung Fu estilo Dragão é assustador. Ela e Kisara parecem dois dragões se movendo enquanto nos surram. A Yukiko também é assustadora, senão mais, pois acho que ela é sádica.
Ele solta Hiroto e volta a olhar para a morena, com os seus olhos a seguindo atentamente conforme ela entrava no colégio enquanto suspirava, sentindo que as suas chances eram nulas porque nunca seria amigo de alguém tão irritante e imbecil quanto o Yuugi apenas por uma mulher, por mais que ela povoasse a sua mente e coração.
- Você não pode esperar outra reação delas. Ouvi dizer que elas são amigas de infância dele e super protetoras para com ele. Talvez isso explique porque elas ficam na companhia dele, recusando qualquer um que ouse se aproximar delas. O Mutou é um bastardo sortudo por ter essas beldades junto dele. Ele é invejado mortalmente pela maioria esmagadora dos garotos do nosso colégio.
O loiro era obrigado a concordar com o amigo enquanto suspirava novamente, para depois falar:
- Quando elas se afastarem dele, vamos procurar uma forma de atormentá-lo. Eu estou de muito mau humor, hoje.
- Eu também... – Honda olha para o seu amigo após colocar as duas mãos no seu bolso – Hoje você está assim, somente pelo fato da Nuru-chan só andar com o imprestável do Yuugi?
- Não somente isso. Tive que aturar aquela desgraçada mimando a Shizuka-chan enquanto que a minha imouto não apreciava a distinção de tratamento. Hoje foi particularmente aborrecedor. Se o otou-san não tivesse desaparecido... – ele torce os punhos – Eu acredito que algo aconteceu com ele e que está vivo em algum lugar.
Após alguns minutos, o Hiroto fala ao colocar a mão em um dos ombros do loiro:
- Vamos para a sala de aula. Precisamos ver quando aquele nanico nojento vai estar sozinho.
- Verdade.
O que Jounouchi não sabia era que Nuru se sentia ligada ao jovem, de alguma forma e que também possuía sentimentos por ele na mesma intensidade de Katsuya.
Porém, eles eram ofuscados pelo fato dele maltratar o amigo de infância dela e isso fazia a raiva dela subjugar qualquer sentimento para com o loiro, pelo menos, a maior parte dele porque a conexão que ela sentia por ele era demasiadamente profunda para ser silenciada apenas pela ira que sentia ao ver o tratamento que o loiro dispensava ao seu querido amigo.
Mesmo assim, ela conseguia suprimir o corar de suas bochechas, evitando demonstrá-lo para os outros e para o Jounouchi enquanto procurava dedicar apenas olhares de repugnância e de raiva para com Katsuya e Honda ou para qualquer um que ferisse ou maltratasse Yuugi.
Chapter 14: A preocupação de Atemu
Summary:
Atemu se encontrava...
Yuugi fica...
Chapter Text
Longe dali, indiferente aos planos que eram traçados contra ele, Yuugi conversava animadamente com as suas amigas, ignorando os olhares de inveja dos demais garotos.
Enquanto isso, dentro das peças do Sennen Pazuru, Atemu, que se encontrava sentado em uma espécie de trono que ficava dentro de uma sala, mais precisamente na câmara de sua alma em forma de labirinto e com várias armadilhas para deter qualquer intruso, sentia as suas forças voltando, assim como a sua mágica que retornava com força, embora soubesse que não conseguiria fazer surgir o seu corpo original e altura.
Portanto, ele sabia que seria obrigado a acompanhar a altura do seu anfitrião, pelo menos, por algum tempo.
Mesmo assim, o seu nível mágico chegou a um nível que poderia subjugar Yuugi para distribuir a justiça que o menino merecia.
Mesmo assim, o seu nível mágico chegou a um nível que poderia subjugar Yuugi para distribuir a justiça que o menino merecia.
Afinal, durante todos esses anos, o jovem sempre sofreu, embora tivesse as amigas dele, principalmente Yukiko, pelo que aprendeu das memórias que recebeu do jovem, que o protegia ferozmente dos valentões, junto da Kisara e da Nuru.
Mesmo assim, tinha momentos em que ele sofria bullying, com Atemu percebendo que era pela aparência dele e seu coração de ouro, que juntamente com a sua gentileza, bondade e coração puro era desprezado por muitos que o transformavam no alvo deles. O Faraó confessava que sentia uma vontade intensa de condená-los as trevas em um Yami no Game, os banindo para o reino das trevas para sempre.
Atualmente, após analisar o seu futuro anfitrião, percebeu que o corpo dele conseguiria lidar com o poder do Sennensui (Sennen Pazuru).
Portanto, o espírito decidiu que não precisava mais impedir que ele completasse o item e por isso, o bronzeado removeu a magia que impregnava uma das peças douradas após rastreá-la mentalmente, fazendo com que o seu anfitrião pudesse terminar de montar o Sennen Aitemu enquanto confessava que se encontrava demasiadamente ansioso para tomar temporariamente o controle do corpo de Yuugi o quanto porque desejava distribuir a devida justiça que o jovem merecia ao punir aqueles que invadiram a fronteira do coração de Yuugi e das amigas dele.
Conforme se passavam os anos, assimilando os pensamentos que o jovem tinha ao segurar as peças ao mesmo tempo em que as encaixava, assim como as suas recordações e sentimentos, ele sentia que o seu instinto de superproteção do seu anfitrião crescia exacerbadamente. Tudo o que ele desejava era poder protegê-lo do mundo que não merecia aquele jovem. O espírito desejava protegê-lo contra a dor e o sofrimento dando tudo de si, mesmo que tivesse que usar magia contra ele para subjuga-lo e fazê-lo adormecer a força para poder tomar o seu corpo temporariamente para punir os que ousassem transpassar a fronteira do coração do seu anfitrião.
Afinal, não tinha o seu próprio corpo e dependeria exclusivamente do corpo do jovem ao mesmo tempo em que era ciente que seria, apenas, um empréstimo temporário e que depois deveria devolver enquanto deveria manter Yuugi inconsciente ao que acontecia por causa do coração de ouro dele que nunca aceitaria o que ele desejava fazer contra os seus inimigos ao mesmo tempo em que precisava tomar o devido cuidado para evitar o uso desnecessário do corpo do adolescente que poderia começaria a perceber esses lapsos de memória e poderia não querer manter o item consigo, algo que Atemu não desejava porque ele dependia do contato do Sennen Pazuru contra o corpo do seu anfitrião para forçar a troca de mente com ele ao usar a sua magia.
Se acontecesse de Yuugi ter algum receio em levar o item próximo dele, o Faraó usaria a sua magia para fazê-lo desejar levar o Sennen Pazuru consigo para o próprio bem dele.
Tomando essas decisões de acordo com a sua crença inabalável do que era o melhor curso de ação e de decisões para com o seu anfitrião visando protegê-lo e cuidar dele, ele decide deixar a sua mente divagar enquanto se recordava da luz que irradiava do coração do jovem e que era calorosa ao ponto de se tornar um bálsamo necessário para Atemu, o fazendo jurar a si mesmo que nunca deixaria essa luz se extinguir.
Afinal, havia viciado nela e não queria perdê-la.
Porém, ele sentia que a estranha força que desejava unir ambos, acabaria por cuidar dessa parte, fazendo com que o jovem fosse incapaz de ficar sem o item, mesmo sofrendo com lapsos de memória e se de fato, essa estranha força que não compreendia de onde vinha, iria cuidar disso, o Faraó ficaria mais do que grato porque não lhe agradava a ideia de intervir em seu anfitrião, mais do que seria o necessário, ao menos no início.
Por causa dos anos de contato com Yuugi através das peças, o espírito conseguia perceber a presença do garoto próximo dele, além de ouvir os pensamentos do menino na noite anterior e que consistia de levar a caixa dourada do Sennen Pazuru até o colégio para terminar de montar porque havia sentido que conseguiria terminar.
O bronzeado confessava que não achava uma boa ideia porque havia muitos ladrões no mundo e as peças, assim como a caixa, eram de ouro e isso poderia atrair aqueles que desejavam roubar o item.
Porém, a preocupação dele não envolvia apenas ladrões, pois, havia uma dupla de garotos que praticava bullying contra o seu anfitrião sempre que Yukiko, Nuru e Kisara não se encontravam próximo dele.
Portanto, ele temia que alguém fizesse algo com a caixa dourada ou acabasse roubando-a para vender por uma pequena fortuna no mercado negro de antiguidades e ao pensar nisso, sua mente acaba se focando em Jounouchi e Honda, segundo o que descobriu dos fragmentos de memórias e pensamentos do seu anfitrião nos momentos que ele tocava nas peças enquanto ansiava ardentemente ter um acesso pleno e total as memórias do jovem para poder fazer o seu próprio julgamento em vez de se basear, atualmente, somente no julgamento de Yuugi.
Claro que havia outros que praticavam bullying, mas, o loiro e o moreno eram os que mais atormentavam Mutou, o ferindo verbalmente, além de fisicamente.
Então, ao pensar no julgamento do adolescente, ele suspira pesadamente, massageando as suas têmporas porque não podia se basear no julgamento do jovem.
Afinal, o julgamento de Yuugi era afetado pelo seu coração virtuoso, repleto de bondade e de gentileza ao ponto de perdoar os seus agressores, algo que Atemu esperava, considerando o coração nobre e cristalino do seu futuro anfitrião que o tornava uma joia rara e inestimável, apesar desse mesmo coração causar alguns apuros, principalmente no passado.
Portanto, ele desejava ser capaz de fazer o seu próprio julgamento de acordo com todas as informações para ser justo em suas decisões.
Em relação à Jounouchi e Honda, o Faraó confessava que desejava arrastá-los para um Yami no Game para fazê-los pagar pelos tormentos psicológicos e agressões físicas que fizeram o seu anfitrião passar. Ferir ou fazer uma joia tão ímpar sofrer eram atos imperdoáveis ao ver dele.
Em virtude de todos esses perigos, a decisão de Yuugi de levar o Sennen Pazuru ao colégio o havia desagradado profundamente, fazendo-o murmurar maldições contra si mesmo por não conseguir influenciar o para não fazer este ato imprudente porque ainda estava selado no item ao mesmo tempo em que ficava extremamente preocupado com ele ao ponto de temer que algo de ruim acontecesse com o jovem.
Conforme pensava na inocência do seu anfitrião em diversos assuntos, Atemu havia ficado surpreso ao descobrir que apesar de tudo o que o adolescente sofreu, ainda tinha uma inocência infantil e que essa inocência não o alertou para os perigos de carregar algo dourado para um local público.
Afinal, a caixa era demasiadamente chamativa, fazendo com que fosse um convite para os ladrões e qualquer outra pessoal mal intencionada.
Inclusive, mesmo que ele admirasse essa inocência infantil junto com o coração bondoso e gentil do menino que não possuía qualquer malícia ou maldade, o espírito concordava que essas mesmas características que tanto admirava no jovem, acabava se tornando o pivô para muitos dos problemas que Yuugi enfrentou e que somente não acabou em algo ruim por causa da intervenção das amigas dele, com o Faraó agradecendo de coração por elas não terem uma inocência infantil como o seu anfitrião tinha.
Atemu sentia que somente iria relaxar quando o garoto estivesse de volta a casa dele com o Sennen Pazuru junto dele e preferencialmente montado para que pudesse protegê-lo e distribuir a justiça que o jovem merecia.
Enquanto isso, no exterior, conforme Yuugi caminhava para a sala de aula junto de suas amigas, ele se encontrava pensativo sobre o fato de muitos o considerarem um gênio por causa de suas notas.
De fato, as notas dele estavam acima da média, mas não implicava que era um gênio ou algo assim.
Inclusive, quem tinha o direito de possuir esses títulos, a seu ver, eram Yukiko, Nuru e Kisara porque desde o ensino fundamental, as três sempre rivalizavam de forma saudável e igualmente amigável nas notas.
Yuugi acreditava que as suas notas eram boas pelo fato de dele estudar junto delas desde que eram crianças, com as suas amigas sempre explicando pacientemente os pontos que ele tinha dúvida, além de tomarem a lição um dos outros em uma ajuda mútua.
Portanto, o jovem não se achava genuinamente merecedor do título de ser inteligente e sim, elas, considerando a sua inteligência abaixo da média, a seu ver, acreditando que era um milagre ele ter conseguido uma pontuação tão boa ao ponto de ser considerado, erroneamente, inteligente e enquanto pensava em suas amigas, o adoelscente se recorda delas falarem que no quesito jogos ele era incrível, fazendo-o se sentir desconfortável porque também não se achava tão bom assim, considerando o nível dos duelistas que via na tevê e a própria fama do seu avô quando era mais jovem.
A seu ver, era um jogador regular, não sendo nada excepcional, com isso se refletindo na escola, fazendo-o acreditar que ele somente conseguia notas boas graças ao fato de estudar com as suas amigas e não por mérito pessoal.
Atemu sabia tanto quanto Yukiko, Nuru e Kisara, que Yuugi tinha um gravíssimo problema de autoconfiança e que sempre se reduzia perante os outros por mais que demonstrasse conhecimento e aptidão para jogos, por exemplo, além de ser muito inteligente com as notas altas sendo um mérito dele.
Em relação aos jogos foi algo que foi fortemente impregnado nele e que era a sua vocação natural. O seu avô o ensinou desde criança e nutriu a sua paixão pelos jogos, falando várias vezes que Yuugi tinha o mesmo amor e igual ardor que ele possuía, com ele sempre contando histórias fantásticas de quando era conhecido como o Mestre dos jogos ao ficar viajando pelo mundo em busca de qualquer jogo desafiador, fazendo-o ser famoso no mundo dos jogos desde tabuleiro, dados e até cartas, sempre vencendo, não importando o jogo, fazendo com que muitos implorassem para serem os seus discípulos.
Enfim, qualquer jogo o estimulava como um elixir e se orgulhava de ter viajado pelo mundo construindo a sua fama de Mestre dos Jogos ao ponto do criador de Duel Monster ter criado o Trap Card do tipo Continuous, o Densetsu no Gyanburaa (伝説のギャンブラー - O jogador lendário).
Inclusive, ele havia mostrado esse Card ao seu neto que ficou fascinado ao ver que a imagem era igual a uma foto do seu avô quando era jovem, balançando os dados em uma de suas mãos.
As histórias que o seu querido avô contava sempre fascinaram Yuugi desde que ele era pequeno ao ponto de fazer os seus ouvidos se aguçarem para as histórias repletas de ação, aventuras e desafios, chegando a imaginar muitas vezes as aventuras que o seu avô contava ao vivenciá-las em sua mente com o relato rico em detalhes conforme desafiava jogadores experientes para provar a sua superioridade nos jogos.
Afinal, não era a toa que ele foi chamado de Mestre dos Jogos. As suas amigas também ouviram muitas das histórias do Sugoroku junto de Yuugi.
Ao pensar nele, os seus pensamentos o levaram ao Deck de Duel Monster do seu querido avô, fazendo-o se lembrar de que ainda estava montando o seu próprio Deck e que estava no início porque apesar do jogo Duel Monster ser famoso no ocidente em decorrência do seu criador ser o milionário americano, Maximillion J. Pegasus, no oriente ele não era tão popular, ainda, fazendo com que houvesse uma considerável dificuldade em adquirir Cards, embora essa dificuldade estivesse sendo reduzida gradativamente conforme o jogo ganhava notoriedade e popularidade no oriente, com a promessa da realização de um torneio de Duel Monsters no Japão.
O seu avô sempre mostrava o seu Deck ao seu neto com Yuugi conhecendo todos os Cards dele ao mesmo tempo em que desejava ter um Deck tão bom quanto o dele, que também o ensinou sobre o coração dos Cards, comentando que não importava qual jogo era porque sempre havia o coração neles e ele precisava alcançá-lo.
O jogador, segundo o seu avô, precisava confiar e respeitar os seus dados, tabuleiro e cartas, fazendo assim com que o coração dos dados, cartas ou de qualquer outro objeto correspondesse ao coração do jogador. Era nisso que o seu avô acreditava, com eles sempre correspondendo aos seus sentimentos segundo Sugoroku.
Era esse o mesmo mantra que Yuugi acreditava porque havia sido ensinado a ele desde que era pequeno, fazendo com que fosse algo tão natural quanto respirar.
Então, o adolescente sai dos seus pensamentos quando a aula começa e passa a prestar atenção na professora. Kisara sentava na carteira do seu lado direito e Nuru na carteira do seu lado esquerdo enquanto que Yukiko sentava atrás dele, com os três desconhecendo o fato de que a albina usou os seus poderes para que nenhum dos outros alunos escolhesse aqueles lugares no primeiro dia de aula e que sempre fez isso desde que eram crianças para que ficassem juntos. A sua escolha de carteira atrás do seu amigo foi para ficar atenta a qualquer ato de bullyng, possuindo a visão tanto da frente, quanto das laterais e atrás ao virar levemente a cabeça.
Chapter 15: Sentimentos
Summary:
Yuugi fica pensativo e...
Kisara se encontra...
Kaiba fica...
Nuru reflete sobre...
Jounouchi se encontra...
Yukiko controla a vontade de...
Chapter Text
Yuugi olha discretamente para o lado e observa Seto Kaiba em uma carteira na outra fileira, perto do fundo e que sempre olhava para Kisara por apenas alguns minutos, para depois, exibir uma carranca em seu rosto, voltando a prestar atenção na aula.
Mutou o reconhecia pela televisão porque ele era um grande duelista de Duel Monsters e inclusive, havia visto alguns duelos dele que foram televisionados ao mesmo tempo em que era discreto com a sua vida pessoal por mais que a imprensa o perseguisse avidamente pelo seu título nos jogos, assim como pela sua riqueza. Um dos poucos conhecimentos que tinha sobre Seto por ser de domínio público é que ele era filho adotivo do bilionário Gozaru Kaiba que adotou ele e Mokuba, o irmão mais novo dele, há anos, atrás.
Yuugi sempre tentou compreender porque alguém que era filho de um bilionário estudava em um colégio regular e consideravelmente comum em vez de um colégio no exterior para pessoas ricas ao considerar a fortuna dele e o fato de que havia um boato de que a Kaiba Corporation era dona de Domino City. O fato de uma companhia internacional deter o controle de uma cidade inteira era um pensamento assustador para o jovem
Conforme pensava no fato de alguém tão rico frequentar um colégio simples e não um colégio no exterior, podendo estudar no melhor colégio do mundo, Mutou passou a acreditar que ele devia ter gostos simples e que ser filho de um bilionário não implicava em ser arrogante ou ter uma conduta esperada de alguém com uma grande fortuna e influência imensa em suas mãos.
Conforme pensava nisso, havia lógica em sua mente a busca pelo comum e que era firmemente apoiada pelo fato de Seto estudar em um colégio simples.
Yuugi sempre achava que havia algo de bom nas pessoas e que ninguém era totalmente ruim, desconhecendo o fato de que esse pensamento era uma das maiores fontes de preocupação de Atemu juntamente a inocência infantil porque isso significa maiores chances do seu futuro anfitrião ser usado por causa do coração brilhante e cristalino que o jovem possuía.
O Faraó, várias vezes, tentou compreender como podia haver alguém como o seu querido anfitrião e que havia sido escolhido pelo Sennen Pazuru. Para ele, era uma incógnita ao mesmo tempo em que havia ficado feliz dele ter um coração gentil, amável e bondoso porque por vários anos, a luz que irradiava do seu coração era o bálsamo confortador para Atemu embora soubesse que este pensamento era demasiadamente egoísta.
Afinal, esse coração era o mais prejudicado perante o mundo porque o mundo não era e nunca seria um lugar gentil e pessoas como Yuugi corriam o risco de serem esmagados e esta era uma constatação que sempre preocupava Atemu.
Quando Kaiba percebeu que Yuugi olhava de forma pensativa na sua direção, ele exibe um olhar de superioridade e passa a olhar para o jovem como se fosse menos do que um lixo ou um mofo, fazendo-o se encolher e evitar o seu olhar.
Kisara era ciente do olhar intenso de Seto para ela e quando retribuía o olhar, notava uma face de confusão que durava apenas alguns segundos, para depois, vê-lo bufar discretamente, virando o rosto para o lado antes de retornar ao que estava fazendo, com a jovem ficando confusa com a reação dele, inclinando a cabeça para o lado enquanto se sentia estranhamente ligada a ele, com ela não compreendendo como um sentimento assim era possível porque nunca trocaram uma única palavra e sequer estiveram perto um do outro ao mesmo tempo em que sentia que havia algo que a impulsionava a se aproximar dele.
A jovem sentia que essa conexão era estranhamente profunda, chegando ao ponto dela se recordar de alguns sonhos estranhos que teve envolvendo um homem de pele bronzeada e que era possível ver o vislumbre de olhos azuis que a observavam enquanto sempre surgia nela o sentimento de tristeza e de saudade.
Kisara sentia que conhecia o homem misterioso dos seus sonhos apesar de somente conseguir ver os braços e depois, o contorno do corpo, além dos olhos azuis na escuridão que não a assustava.
Ademais, quando olhava para o lado em seus sonhos, avistava um espelho e além do espelho, havia uma mandíbula e olhos azuis em vez do seu rosto e ao olhar para as suas mãos, via garras e ao vê-las, a prateada acordava assustada.
A jovem dispersa prontamente esses pensamentos dela, pois precisava prestar atenção na aula, passando a copiar as fórmulas elaboradas que o professor rabiscava com giz na lousa, enquanto explicava.
Nesse interim, Seto havia prestado atenção no professor, pelo menos, inicialmente.
Porém, como conhecia aquelas fórmulas complexas, ele decidiu fazer outra coisa e começou a analisar alguns dados que nada tinham a ver com a aula e que surgiam na tela de cristal líquido do seu notebook, tentando se concentrar nos números que surgiam na tela, enquanto ansiava compreender o motivo de sempre olhar para a jovem chamada Kisara.
Sempre que ele despertava da espécie de transe que se encontrava ao perceber que havia olhado perdidamente para ela por vários minutos, Seto era tomado por uma imensa irritação em virtude do fato não ter controle sobre o desejo irreprimível de vê-la, enquanto tentava compreender o motivo dela exercer tal fascínio, fazendo-o agir como um tolo que acreditava em amor e em qualquer baboseira nesse sentido, a seu ver.
Kaiba se sentia revoltado, apenas por se sentir forçado por algo que não compreendia a olhar para ela, por assim dizer, vendo-a passar a mão suavemente em alguns dos fios prateados que possuía, enquanto via o sorriso dela, achando-o lindo, além de se perder nos orbes azuis dela, cuja cor envergonhava a mais bela safira, com ele desejando se perder naquele belo oceano azul.
Então, ao perceber o rumo dos seus pensamentos e sentimentos que fluíam sem qualquer controle prévio, ele exibe uma carranca, enquanto era tomado por uma nova fúria em seu interior, para depois ofegar quando surgiu em sua mente, abruptamente, a imagem de um Buruuaizu Howaito Doragon (青眼の白龍 - Dragão branco de olhos azuis) quando olhou novamente para ela, por algum tempo, fazendo-o ficar confuso e depois atônito, para depois dissipar a visão ao ver o quanto era surreal, assim como espanava vigorosamente da sua mente a sensação dela ser o próprio dragão reencarnado em todo o seu poder e beleza.
Afinal, mesmo que possuísse uma atração anormal pelos Cards de Buruuaizu Howaito Doragon ao ponto de ser completamente obsessivo em ter todos os Cards desse monstro, concordando que era anormal o seu desejo intenso por um Card de Duel Monster, não justificava essa ilusão prévia que sempre tinha ao olhar para Kisara, além do forte sentimento de proteção que irradiava dele e cuja força o assustava, para depois sentir ainda mais raiva, enquanto se esforçava para desviar o olhar dela, desejando arrancá-la de sua mente e coração, enquanto surgia o belíssimo dragão prateado de orbes azuis intensos com presas e garras afiadas, além de belíssimas asas abertas em toda a sua imponente envergadura.
Ao ver do Kaiba não havia dragão mais majestoso, belo, magnífico e poderoso que o Buruuaizu Howaito Doragon.
Inclusive, quando ele tomou conhecimento da sua existência na forma de um Card de Duel Monster ficou estarrecido, pois somente o tinha visto em seus sonhos desde que era criança, se vendo em um lugar que não conhecia, juntamente com a visão de uma jovem de longos cabelos prateados, com olhos azuis belíssimos e cuja aparência não conseguia ver com nitidez.
Desde que tomou conhecimento de sua existência como um Monstro de Duel Monsters, passou a almejar ter esse dragão poderoso para si em toda a sua magnificência, poder e resplendor.
Inclusive, tal ânsia descomunal o fez mandar seus subordinados ao redor do mundo em busca de todos os Cards dele, pois todos que estavam envolvidos no mundo do jogo Duel Monster sabia que Pegasus J. Crawford criou apenas quatro cartas, fazendo assim com esse Card fosse demasiadamente raro, com ele as desejando Ademais, quando olhava para o lado em seus sonhos, avistava um espelho e além do espelho, havia uma mandíbula e olhos azuis em vez do seu rosto e ao olhar para as suas mãos, avistava garras e ao vê-las, a prateada acordava assustada.
A jovem dispersa prontamente esses pensamentos dela porque precisava prestar atenção na aula e passa a copiar as fórmulas elaboradas que o professor rabiscava com giz na lousa enquanto explicava.
Nesse interim, Seto havia prestado atenção no professor, pelo menos, inicialmente.
Porém, como conhecia aquelas fórmulas complexas, ele decidiu fazer outra coisa e começou a analisar alguns dados que nada tinham a ver com a aula e que surgiam na tela de cristal líquido do seu notebook, tentando se concentrar nos números que surgiam na tela enquanto ansiava compreender o motivo de sempre olhar para a jovem chamada Kisara.
Sempre que ele despertava da espécie de transe que se encontrava ao perceber que havia olhado para ela por vários minutos, Seto era tomado por uma imensa irritação em virtude do fato não ter controle sobre o desejo irreprimível de vê-la ao mesmo tempo em que tentava compreender o motivo dela exercer tal fascínio, fazendo-o agir como um tolo que acreditava em amor e em qualquer baboseira nesse sentido, na sua visão sobre sentimentos, principalmente o amor.
Kaiba se sentia revoltado apenas por se sentir forçado por algo que não compreendia para olhar para ela, vendo-a passar a mão suavemente em alguns dos fios prateados que possuía enquanto via o sorriso dela que para ele era lindo, com ele se perdendo nos orbes azuis dela, cuja cor envergonhava a mais bela safira, com ele desejando se perder naquele belo oceano azul.
Então, ao perceber o rumo dos seus pensamentos e sentimentos que fluíam sem qualquer controle prévio, ele exibe uma carranca ao mesmo tempo em que era tomado por uma nova fúria em seu interior, ofegando em seguida quando surgiu abruptamente em sua mente, a imagem de um Buruuaizu Howaito Doragon (青眼の白龍 - Dragão branco de olhos azuis) quando olhou novamente para ela, por algum tempo, fazendo-o ficar confuso e depois atônito, fazendo com que tentasse dissipar a visão ao ver o quanto era surreal, assim como espanava vigorosamente da sua mente a sensação dela ser o próprio dragão reencarnado em todo o seu poder e beleza.
Afinal, mesmo que possuísse uma atração anormal pelos Cards de Buruuaizu Howaito Doragon ao ponto de ser completamente obsessivo em ter todos os Cards desse monstro, concordando que era anormal o seu desejo intenso por um Card de Duel Monster por mais poderoso que ele fosse porque ele sentia que o desejo intenso dele desde jovem de possuir esse card não era pelo fato dele ser considerado o monstro mais poderoso por possuir o máximo de ataque e de defesa destinado aos monstros de Duel Monsters. Era algo mais profundo e inexplicável.
Porém, apesar do seu desejo ardente para possuir os cards que povoavam os seus sonhos, isso não justificava essa ilusão prévia que sempre tinha ao olhar para Kisara, além do forte sentimento de proteção que irradiava dele e cuja força o assustava, para depois sentir ainda mais raiva enquanto se esforçava para desviar o olhar dela, desejando arrancá-la de sua mente e coração ao mesmo tempo em que surgia o belíssimo dragão prateado de orbes azuis intensos com presas e garras afiadas, além de belíssimas asas abertas em toda a sua imponente envergadura.
Afinal, para Kaiba, não havia dragão mais majestoso, belo, magnífico e poderoso que o Buruuaizu Howaito Doragon.
Inclusive, quando ele tomou conhecimento da sua existência na forma de um Card de Duel Monster ficou estarrecido porque somente o tinha visto em seus sonhos desde que era criança ao se vê em um lugar que não conhecia juntamente com a visão de uma jovem de longos cabelos prateados, com olhos azuis belíssimos e cuja aparência não conseguia ver com nitidez.
Desde que tomou conhecimento de sua existência como um Monstro de Duel Monsters, passou a almejar ter esse dragão poderoso para si em toda a sua magnificência, poder e resplendor.
Inclusive, tal ânsia descomunal o fez mandar seus subordinados ao redor do mundo em busca de todos os Cards dele porque todos que estavam envolvidos no mundo do jogo Duel Monster sabiam que Pegasus J. Crawford criou apenas quatro deles, fazendo este Card ser demasiadamente raro, com ele os desejando ardentemente.
Inclusive, tal ânsia descomunal o fez mandar seus subordinados ao redor do mundo em busca de todos os Cards dele porque todos que estavam envolvidos no mundo do jogo Duel Monster sabia que Pegasus J. Crawford criou apenas quatro deles, fazendo este Card ser demasiadamente raro, com ele os desejando ardentemente.
Afinal, como o poder o seduzia, a visão de ter esses belíssimos, imponentes e majestosos dragões em todo seu poder, resplendor e glória subjugados e domados como seus servos mais leais eram um deleite que ansiava ter o quanto antes ao mesmo enquanto ignorava os reais sentimentos que tinha e que o motivava a tê-los.
Yukiko percebe que a sua amiga não compreendia o olhar misterioso e profundo de Seto e este, por sua vez, não compreendia o motivo de olhar para a prateada, se perdendo por vários minutos ao olhá-la intensamente até virar lateralmente o rosto em uma carranca quando Kisara retornava o olhar ao virar o rosto para trás.
Então, Yukiko estreita os olhos ao ver algo aparentemente nebuloso envolvendo Kaiba e decide usar discretamente os seus poderes. Ao fazer isso, ela consegue identificar a espécie de sombra obscura que ficava em torno dele e ao procurar sentir e compreender o que era, suspirou porque era uma parte da sombra de Zorc Necrophades que havia se esgueirado no Faraó Seto após ele libertar o Buruuaizu Howaito Doragon.
Afinal, quando ele libertou a dragoa, a luz protetora que residia nele na forma de Kisara e que o protegia do vestígio das sombras do Zorc através do Sumo Sacerdote da Escuridão (High Priest of Darkness) que subjugou o sacerdote e Guardião Sagrado, Seto, no passado, saiu junto do seu Ka e Ba, outrora selado na placa de pedra, acabando por permitir que essa pequena sombra se instalasse nele, o seguindo em sua reencarnação, Seto Kaiba, e que juntamente com a vida que ele teve, passou a crescer ao ponto de envolvê-lo como um manto.
Porém, por mais que se encontrasse imerso nessas trevas, as memórias de Kisara ainda residiam nele mesmo que estivessem subjugadas e que esses mesmos sentimentos do passado o faziam olhar para ela enquanto que essa sombra vestigial que o tomava, o obrigava a sentir raiva pelo que sentia pela jovem e que era o esperado, considerando o fato que ela na sua forma Buruuaizu Howaito Doragon havia obliterado o Sumo Sacerdote das Trevas com o seu ataque e ao fazer isso, libertou Seto do controle dele enquanto passava a residir em seu coração como se fosse a sua própria luz quando o mesmo ascendeu como Faraó Seto, frente ao pedido do seu primo, o Faraó Atemu após este selar Zorc usando o seu poder para contê-lo e o seu nome como selo para salvar o mundo e o Egito há mais de três mil e quinhentos anos, atrás.
A dragoa havia notado que quando Faraó Seto, as sumas sacerdotisas e Guardiãs Sagradas Mana e Isis na Corte do Faraó Seto libertaram o Ka e o Ba de Kisara, desconhecendo o fato de que libertaram o Ka e o Ba de Nuru na forma de uma dragoa ao liberar ambas as almas das tábuas de selamento após conseguirem reverter a magia usada no selamento.
Então, a meia dragoa sai dos seus pensamentos e recordações quando a professora faz uma pergunta a ela sobre a matéria dada, com a princesa dos dragões respondendo com perfeição porque tinha grande facilidade de assimilar a matéria.
Nesse interim, Nuru havia notado a conduta de Seto e a face confusa de Kisara e suspirava, tentando imaginar o motivo da sua irmã se sentir atraída ao Kaiba conforme ela havia confessado algumas vezes para ela juntamente com os sentimentos desconhecidos que a tomavam e que faziam a jovem de olhos carmesins arquear o cenho ao mesmo tempo em que analisava a conduta, sentimentos e pensamentos de sua irmã.
De fato, a jovem bronzeada concordava que as sensações que haviam sido ditas para ela eram demasiadamente estranhas no sentido de Kisara se sentir daquela forma, considerando o fato que sequer conversou com o bilionário e que o mesmo demonstrava sentimentos conflituosos em seu semblante enquanto refletia no fato da sua irmã se sentir conectada a ele, conforme lhe contou uma vez, fazendo-a abanar a cabeça para os lados após se refazer do estupor da revelação de sua imouto, com a jovem de cabelos ônix tentando compreender como e onde surgiu tal atração.
Porém, conforme pensava nisso, se recordava da sua situação com Jounouchi, um dos valentões que agrediam verbalmente e fisicamente o seu amigo, fazendo-a rosnar frente a essas recordações e que mesmo nunca trocando sequer uma palavra com ele que não fosse para deter os seus atos, para depois, surrá-lo, ela também se sentia unida ao loiro.
Inclusive, era obrigada a conter com determinação intensa o rubor que desejava se instalar em suas bochechas quando ficava próxima dele ou quando o pegava olhando para ela, que por sua vez, lutava para não retribuir o olhar, o ignorando estoicamente conforme tentava compreender o motivo de se sentir unido a ele.
Afinal, tal como era com Kisara, ela sequer trocou palavras com ele e havia o fato dela odiar o loiro em virtude dos seus atos para com o seu amigo de infância, procurando usar esse ódio para acobertar esses sentimentos que ela não apreciava, pois Katsuya não era digno deles, a seu ver.
Naquele instante, Jounouchi se encontrava olhando discretamente para a jovem de pele ocre profundo, cabelos compridos ônix e orbes rubis que a destacavam dentre todas as garotas do colégio, tornando-a demasiadamente exótica e igualmente bela, fazendo-o se perder de bom grado na imensidão profunda dos orbes rubros cuja cor envergonhava o mais belo rubi e que pareciam brilhar de forma mística quando a luz irradiava neles, fazendo com que os olhos carmesins se infiltrassem implacavelmente em seu coração e mente, desejando se perder neles, conforme procurava memorizar a parca pele dela que aparecia fora do uniforme escolar.
A seu ver, ela era a mais bela de todas e que cuja beleza exótica e belíssimos orbes cor de rubi, apenas lhe conferiam uma beleza ainda mais estonteante, fazendo-o desejar se perder no profundo lago carmesim que eram os seus olhos como um náufrago que não desejava conhecer a terra firme, apenas para ficar na imensidão rubra tão convidativa.
Quando Honda percebia que o seu amigo estava olhando perdidamente para Nuru, com a sua cabeça apoiada na mão, sendo evidente em seu semblante que mais nada lhe importava a não ser olhar perdidamente para a bela morena de pele exótica, ele pegava um pedaço de borracha e atirava no seu amigo, o acertando, para que Katsuya saísse do estado contemplativo e igualmente imerso que se encontrava.
O loiro sempre saía quando era atingido e bufava quando isso ocorria, para depois cruzar os braços em frente ao seu corpo, demonstrando o desprazer em seu semblante, enquanto Honda abanava a cabeça para os lados, tentando compreender de onde vinha o fascínio do seu amigo para com a jovem de pele ocre profundo.
Então, em um determinado momento, ele olha para o seu lado esquerdo, passando a observar com um olhar perdido a jovem que era apelidada de Lacinho.
Ele a conhecia há anos, sendo que era à distância, pois nunca teve coragem de se aproximar dela para confessar os seus sentimentos e enquanto ficava observando perdidamente a jovem, disfarçando o seu olhar ao virar para o lado quando ela virava o rosto na direção dele que estava corado, o moreno estreita o cenho ao estranhar o fato do rosto de Shizuka surgir em sua mente, desde que a conheceu.
Afinal, ele sempre soube que tinha sentimentos por Miho Nosaka há anos, enquanto percebia que sentia certa dificuldade dela surgir em sua mente nos últimos meses e que juntamente com essa redução, surgia o rosto da irmã mais nova de Jounouchi.
Honda confessava que tinha momentos que se encontrava confuso com os seus sentimentos e coração.
Enquanto isso, Yukiko estava suspirando com aborrecimento, pois aquele era um dos piores dias para ela, pois sabia o que iria ocorrer e que seria prolongado até a noite seguinte, sendo estes acontecimentos que trariam grande sofrimento ao seu amigo e que não podiam ser alterados.
Portanto, a meia dragão era obrigada a deixar os eventos fluírem sem qualquer intervenção, com exceção de um determinado momento, para que houvesse a equivalência com a linha do tempo original, enquanto torcia o seu punho, suspirando novamente, conforme olhava com pena para Yuugi, tendo que lutar contra o forte sentimento maternal de protegê-lo.
Então, ela sai de seus pensamentos quando ouve alguém comentando que era aula vaga e que estavam se organizando para jogar, sendo que Kaiba sai da sala para que não ficasse tentando a observar Kisara, como sempre acontecia.
Kisara, Nuru e Yukiko se levantam, com a albina vendo Yuugi tirar um jogo da sua mochila, enquanto um rapaz se aproximava, falando:
- Vamos jogar basquete, Yuugi.
- Obrigado. Mas deixa para lá. O time em que eu entrar vai perder.
Ao ouvi-lo, as suas amigas olham tristemente para ele, que estava se distraindo com um jogo, sendo que eram plenamente cientes da gravíssima falta de confiança que o seu amigo tinha dele mesmo, fazendo-o sempre se diminuir perante os outros.
Enquanto isso, Yukiko convence Kisara e Nuru a acompanharem até a biblioteca, pois sabia que ela precisava se afastar junto das irmãs para que o evento daquele dia ocorresse, enquanto gerenciava a sua raiva e frustração por não poder alterar os acontecimentos, sendo que lutava arduamente contra a vontade de espancar brutalmente Jounouchi e Honda que fingiram se afastar da sala de aula junto dos outros, visando enganar as amigas de Yuugi, com a albina conhecendo o local em que eles estavam escondidos, esperando que elas saíssem de perto do amigo para poderem se aproximar dele.
O jovem de cabelos tricolores havia ouvido os planos da albina e pergunta:
- Vamos jogar depois que vocês voltarem?
- Claro. – Kisara consente com o seu típico sorriso.
- Nem precisava perguntar, Yuugi-kun. – Yukiko fala, sorrindo meigamente.
- Com certeza, Yuugi-kun. – Nuru fala sorrindo.
Nisso, surge um colega que entra na sala, segurando uma bola de basquete nas mãos, se virando para elas, enquanto perguntava:
- Então, não querem jogar conosco, Yukiko-chan, Nuru-chan e Kisara-chan?
Chapter 16: O arrependimento de Yuugi
Summary:
Yukiko, Kisara e Nuru acabam...
Jounouchi e Honda decidem...
Yuugi fica...
O Faraó Atemu se encontra...
Chapter Text
O jovem não entende o motivo da prateada e da morena o fuzilarem com os olhos, sendo o mesmo para a albina que revira os olhos, para depois falar enquanto os estreitava perigosamente para o garoto que se encolhia de medo, passando a temer por sua vida embora não compreendesse o motivo desse pensamento vir a sua mente:
- Você acha que nós somos idiotas? Acha mesmo que não percebemos o real motivo do convite? – nisso, ela vê que o rapaz engole em seco enquanto suava frio, exibindo surpresa em seus olhos – Nós usamos saias e mesmo que eu use um short curto por baixo dessa saia curta, assim como a Kisara-chan e a Nuru-chan, muitas garotas não fazem isso. Portanto, quando elas saltarem, vocês vão ter acesso a calcinha delas. Eu acredito que sempre vão passar a bola para as mulheres visando vê-las se erguerem para acertarem a cesta, certo?
O rapaz fica sem palavras e percebe que Kisara e Nuru não ficaram surpresas com a revelação porque haviam percebido o plano deles, fazendo-o assimilar o fato de que ao contrário da maioria das beldades do colégio, Yukiko e as gêmeas não eram somente belíssimas e excelentes esportistas, com a prateada e a bronzeada se destacando nas artes marciais e kenjutsu. Elas também eram inteligentíssimas e igualmente sagazes porque haviam percebido o plano dele e dos outros rapazes.
Então, ele sai de suas divagações quando ouve a voz gélida da albina, como se fosse uma tempestade de neve mortal:
- Saia daqui, verme.
Sentindo calafrios em sua coluna, ele sai correndo dali, tropeçando em seus próprios pés porque algo dentre dele gritava para se afastar dela o quanto antes.
Então, após o rapaz abandonar a sala, com a albina vendo que muitas das garotas da turma os seguiram, ela suspira e dá de ombros, não se importando com a decisão daquelas que seguiam o rapaz para fora da sala de aula.
Afinal, somente uma garota muito burra ou tapada não perceberia a real intenção dos homens de convidar as mulheres para um jogo de basquete, sem elas terem o seu uniforme de educação física.
Portanto, ao ver da meia dragoa da neve divina, o problema era das garotas que foram idiotas o suficiente para não perceberem a real intenção daquele convite, ainda mais por usarem saias.
De fato, ela, Nuru, Kisara e Yukiko eram conhecidas por serem excelentes esportistas, se destacando em vários esportes durante as aulas e considerando o que a albina era, assim como as respectivas dragoas que habitavam os corpos de Kisara e Nuru juntamente com o fato delas praticarem artes marciais e Kenjutsu, algo assim seria o esperado.
Por Yukiko ser uma meia dragoa das neves sagrada com mais de novecentos mil anos de vida, ela tinha, além de uma magia poderosa e imensa, força, poder, velocidade e resistência em um nível extremo, conseguindo replicá-los da forma de dragão para a humana facilmente enquanto procurava conter as suas verdadeiras habilidades ao deixa-las um pouco acima do nível de um atleta profissional, pelo menos, em público, sendo esta uma redução demasiadamente drástica enquanto que ela podia libertar as suas verdadeiras habilidades quando desejasse.
Quanto a Kisara, ela tinha resistência, força e velocidade sobre humana graças ao Buruuaizu Howaito Doragon embora tivesse perícia e capacidade de lutar em decorrência do fato de ser uma artista marcial e uma praticante de Kenjutsu, com Yukiko percebendo que ela, inconscientemente, bloqueava as suas verdadeiras habilidades, deixando-as em um nível um pouco acima de um esportista profissional. Se ela não temesse a dragoa dentro de si, que era a essência de sua alma, Kisara poderia usar todo o poder, força, velocidade e resistência do Buruuaizu Howaito Doragon.
Era o mesmo para Nuru, com a diferença que ela e a Reddoaizu Burakku Doragon (真紅眼の黒竜 - Dragoa negra de olhos vermelhos) eram parceiras, ajudando-se mutuamente quando a morena compreendeu que a dragoa dentro de si era a essência de sua alma, como se fossem dois seres em um porque havia uma conexão entre ambas e uma conexão tão forte assim nunca poderia ser rompida.
Portanto, ao contrário da albina que continha suas verdadeiras habilidades de forma inconsciente, Nuru as mantinha contidas de forma consciente, deixando-as um pouco acima do nível de um esportista profissional para não levantar suspeitas, podendo usar grande parte de seus poderes, força, resistência e velocidade se assim desejasse através da dragoa, seja invocando ela de dentro de si ou usando os seus poderes.
Porém, para usar integralmente todo o seu poder, fazia-se necessário invocar a Reddoaizu Burakku Doragon de dentro dela, sendo que ambas se encontravam conectadas mentalmente e em seus corações tal como era com Kisara e a Buruuaizu Howaito Doragon.
Quanto a Kisara, ela tinha resistência, força e velocidade sobre humana graças à dragoa branca de olhos azuis, embora tivesse perícia e capacidade de lutar em decorrência do fato de ser uma artista marcial e uma praticante de Kenjutsu, com Yukiko percebendo que ela, inconscientemente, bloqueava as suas verdadeiras habilidades, deixando-as em um nível um pouco acima de um esportista profissional e que se não temesse a dragoa dentro de si que era a essência de sua alma, Kisara poderia usar todo o poder, força, velocidade e resistência do Buruuaizu Howaito Doragon.
Era o mesmo para Nuru, com a diferença que ela e a Reddoaizu Burakku Doragon (真紅眼の黒竜 - Dragoa negra de olhos vermelhos) eram parceiras, ajudando-se mutuamente quando a bronzeada compreendeu que a dragoa dentro de si era a essência de sua alma, como se fossem dois seres em um.
Portanto, ao contrário da albina que continha suas verdadeiras habilidades de forma inconsciente, Nuru as mantinha contidas de forma consciente, deixando-as um pouco acima do nível de um esportista profissional para não levantar suspeitas, podendo usar grande parte de seus poderes, força, resistência e velocidade se assim desejasse através da dragoa, seja invocando ela de dentro de si ou usando os seus poderes.
Porém, para usar integralmente todo o seu poder, fazia-se necessário invocar a Reddoaizu Burakku Doragon de dentro dela, com ambas se encontrando conectadas mentalmente e em seus corações tal como era com Kisara e a Buruuaizu Howaito Doragon.
Por causa das habilidades delas serem um pouco acimas dos atletas profissionais, as três sempre eram requisitas para entrar em times e somente participavam quando havia gincana no colégio ou competição entre escolas, o representando contra outro colégio, garantindo troféus e prêmios nas competições que eram inscritas.
Inclusive, não foram raras as vezes que algum olheiro se aproximou do trio para oferecer uma vaga em algum time oficial, com a oferta sendo declinada por elas, fazendo com que eles ficassem estarrecidos com a recusa inesperada, ao ver deles, considerando todos os benefícios e o salário que seria fornecido.
Então, a albina sai dos seus pensamentos, acompanhada de Kisara e de Nuru, deixando Yuugi sozinho.
Então, ele decide dar uma pausa no jogo que estava criando ao pegar as peças do Sennen Aitemu para tentar montá-lo porque sempre se sentia feliz quando segurava as peças douradas, embora não compreendesse o motivo de sentir este sentimento, sendo que também se sentia unido ao item de uma forma que não compreendia.
Inclusive, ele sentia que algo dentro dele o impulsionava a resolver o quebra-cabeça o quanto antes e confessava que estava demasiadamente ansioso.
Ele estava tão entretido abrindo a caixa dourada que não percebeu a aproximação sorrateira de Jounouchi e Honda, que saíram do seu esconderijo para se dirigirem até ele após perceberem que Yukiko e as gêmeas se afastaram, deixando o jovem desprotegido.
Ambos sentiam inveja de Yuugi por andar com as garotas mais belas do colégio ao mesmo tempo em que o loiro se irritava com a passividade, amabilidade, bondade e gentileza do jovem irritavam Katsuya e Hiroto. O fato de Mutou detestar a violência apenas intensificava ainda mais a raiva que ambos sentiam.
Portanto, sempre que ele estava sozinho, eles o atormentavam.
Sem saber que os dois estavam nas costas dele, Yuugi começa a murmurar consigo mesmo enquanto abria lentamente a caixa:
- Dentro da caixa está guardado um segredo que ninguém conhece, pelo menos é o que eu acredito que está escrito. O que existe aqui é "algo que você vê, mas nunca viu". Confesso que desejo descobrir a resposta. Com certeza, será algo incrível. Afinal, é o meu tesouro. – o jovem fala o final carinhosamente, acarinhando gentilmente a superfície dourada, se sentindo feliz e seguro apenas por tocá-lo enquanto sentia que o objeto passava essas sensações para ele, por mais estranho que fosse esse pensamento.
Então, o sarcófago é arrancado abruptamente de Yuugi que fica surpreso e depois, desesperado ao ver que era Honda e Jounouchi, os dois valentões que viviam atormentando-o e humilhando ele.
Hiroto fala, segurando o objeto longe do alcance de Mutou enquanto olhava com escárnio para o mesmo:
- Por que está falando sozinho, Yuugi? Não seja mais bizarro do que já é! Sério. Você é alguém bem esquisito. Aliais, eu não consigo compreender como conseguiu fazer as três garotas mais bonitas da escola andarem com alguém tão bizarro como você – então, ele olha para a caixa dourada, comentando – E aqui dentro está o seu tesouro, né? "Algo que você não vê, mas nunca viu"?
Jounouchi está mais atrás, acreditando que o jovem, como sempre acontecia, nunca iria agir como um autêntico homem na visão deles.
Naquele instante, Yuugi se lastimava ao mesmo tempo em que se arrependia por ter trazido o objeto para o colégio porque queria terminar de montá-lo, se esquecendo do fato de que Yukiko, Nuru e Kisara podiam ter algum compromisso, acabando por se afastar dele por alguns momentos, deixando-o vulnerável aos valentões do colégio.
Claro, ele não achava correto um homem ser protegido por uma garota ou mais de uma. O certo era que ele devia defendê-las. O problema desse pensamento é que o jovem não era adapto a violência.
Portanto, não podia deter Jounouchi e Honda, adicionando o fato deles serem demasiadamente altos para o padrão de altura do Mutou, que odiava ser demasiadamente menor do que a altura regular dos jovens da sua idade.
O jovem de cabelos tricolores começa a ficar desesperado, tentando pegar o item de Honda que o ergue acima da cabeça e como Yuugi era mais baixo do que o normal, com ele sempre reclamando para o Sennen Pazuru o quanto ficava chateado pela sua baixa estatura, não consegue pegar o seu tesouro. O moreno arremessa para Jounouchi que estava mais atrás, com Yuugi exclamando desesperado ao ver que eles jogavam a caixa de um para o outro:
- Por favor, não quebrem! Por favor! Eu imploro, devolva-me!
Então, Jounouchi pega e fala, olhando com asco para Yuugi que se encolhe perante o olhar do loiro que exibia o mais puro nojo ao olhá-lo:
- Mas que mulherzinha nojenta que você é! Está preocupado com uma mísera caixinha? Isso é revoltante! Tem certeza do seu sexo? Você fica cada vez mais bizarro – então, ele sorri de forma agressiva e exclama – Como eu sou alguém legal, vou dar uma aula de como agir igual a um homem de verdade, honrado o que você tem no meio das suas pernas! Se de fato deseja tanto essa caixa, venha pegar a força!
Ele fala o final, batendo com a palma contra o seu tórax.
Yuugi exclama desesperado enquanto evitava chorar perante as palavras dele porque leu em vários artigos que os valentões sentiam prazer ao ver as suas vitimas chorando:
- Eu odeio a violência! Além disso, vocês são altos demais para mim!
Jounouchi põe o dedo em um dos ouvidos e fala:
- Grita baixo aí! Então, você sequer vai tentar? Mesmo que essa coisa seja o seu tesouro, você não irá lutar por ele? Fala sério. Você é um caso perdido e não honra o que tem em sua virilha. Eu vou dar um conselho. Faça uma cirurgia de mudança de sexo porque você é uma vergonha para os homens.
Yuugi segurava estoicamente as suas lágrimas pelas palavras que o perfuravam como adagas afiadas, com ele ficando indefeso contra a dor.
Ele novamente suspira tristemente, xingando a si mesmo pela vigésima vez por ter trazido para o colégio o que era precioso para ele ao se esquecer, temporariamente, de Katsuya e Hiroto, fazendo-o considerar o fato de que merecia o que estava acontecendo com ele por ser um estúpido ao se xingar novamente pela vigésima primeira vez.
Ele implora enquanto estendia a mão:
- Por favor, devolvam a caixa...
Afinal, estava desesperado ao mesmo tempo em que se sentia triste sem o seu tesouro enquanto evitava que os seus orbes ametistas ficassem úmidos, para não dar o prazer de o verem chorar.
Dentro da câmara do Faraó, Atemu sentiu que Yuugi foi afastado do Sennen Aitemu enquanto sentia o desespero dele, assim como o sofrimento, além do jovem xingar a si mesmo inúmeras vezes, com tudo isso sendo possível em decorrência do vínculo entre eles, construído ao longo dos anos e que ainda era frágil porque o item não estava montado, ainda.
Mesmo assim, era o suficiente para fazê-lo sentir os sentimentos do seu futuro anfitrião, desde que fossem demasiadamente intensos para serem transmitidos por esse vínculo tênue, sem que o jovem precisasse tocar no sarcófago ou nas peças douradas.
Por isso, o Faraó sabia que se ele estava sentindo plenamente esses sentimentos vindos de Yuugi, o adolescente de cabelos tricolores devia estar sofrendo imensamente, com a fronteira do seu coração invadida novamente, embora não conseguisse descobrir quem foi que causou isso porque essa ligação entre eles ainda era fraca e não lhe permitia maior discernimento, a menos que o jovem tocasse em uma das peças douradas para que ele pudesse descobrir quem o fizera sofrer, visando punir adequadamente aqueles que atormentavam aquela joia tão preciosa.
Mesmo sendo ciente que dificilmente conseguiria identificar os responsáveis, ele decide tentar e começa a se concentrar, visando alcançar de alguma forma, parte da mente do seu anfitrião porque desejava saber ardentemente quem eram os desgraçados que o atormentavam.
Após muita concentração, usando ao máximo os seus poderes mágicos, ele descobre quem eram quando a visão do rosto deles surge em sua mente e apesar de ter sido por apenas uma fração de segundos, Atemu conseguiu reconhecê-los. Eram Jounouchi e Honda.
O Faraó se ergue do seu trono ao sentir que eles tocavam no seu sarcófago com as suas mãos imundas e sem conter a sua fúria, ele exclama ao ser tomado por um ódio imenso por fazerem Yuugi sofrer e por ousarem tocar em algo que não lhes pertencia:
- Bastardos!
Agora, mais do que nunca, ele desejava bani-los para o Reino das trevas, embora estivesse indeciso sobre bani-los ou torturá-los mentalmente, os prendendo em alguma ilusão pelo resto de suas vidas medíocres. Ele confessava que estava consideravelmente indeciso sobre qual era a melhor punição para a dupla enquanto jurava a si mesmo que quando pudesse tomar emprestado o corpo do seu anfitrião, iria caçá-los pessoalmente.
- Negativo! - Honda exclamava com um sorriso maligno no rosto enquanto se divertia com o sofrimento de Yuugi.
- Afinal, o que tem aqui dentro? Como é dourado, deve ser algo de valor ou importante. Agora, eu estou curioso. - Katsuya falava enquanto pegava a caixa, decidindo olhar para dentro dela ao mesmo tempo em que exibia curiosidade em sua face.
Yuugi fica desesperado e implora enquanto gaguejava:
- Pode olhar, mas tome cuidado e não deixe cair nada! É muito importante para mim! É o meu tesouro!
Então, ele vê o que era enquanto pegava sorrateiramente, uma peça do sarcófago dourado, o fechando em seguida.
- Que negócio sem graça! Fala sério... Achei que seria mais interessante. Dá só uma olhada, Honda! – ele exclama, atirando a caixa para o seu amigo.
Porém, alguém detém a caixa no alto, o pegando facilmente antes que Hiroto pudesse pegá-lo.
Chapter 17: Ushio
Summary:
Yukiko aparece e...
A albina, Nuru e Kisara desejam...
Yuugi procura...
Jounouchi e Honda acabam...
Atemu se encontra...
Yukiko decide...
Chapter Text
- Se é inútil, por que não devolvem para ele, seus bastardos? – Yukiko havia acabado de chegar com Kisara e Nuru junto dela, fazendo Mutou comemorar em pensamento a chegada das suas amigas.
O loiro e o moreno sentem o sangue gelar ao verem a fúria da albina, sendo que a prateada estava ao lado dela e olhava com pena para o seu amigo, assim como a bronzeada, para depois as gêmeas fuzilarem ambos com os seus olhos ao mesmo tempo em que a meia dragoa entregava o sarcófago dourado para o seu amigo que agradece, passando a abraçar o seu tesouro contra o seu tórax.
Então, ela fica de costas para Yuugi e passa a sorrir malignamente, exibindo um brilho sádico em seus orbes azuis, fazendo Jounouchi e Honda recuarem porque estavam aterrorizados enquanto a albina estalava o pescoço, provocando calafrios de medo neles, para depois, sorrir sadicamente conforme falava:
- Bem, eu confesso que faz algum tempo que não quebro alguém. O som de ossos sendo quebrados é maravilhoso, sabia? É uma melodia tão doce.
A fala dela e o seu sorriso, assim como o comentário, os fazem ficarem apavorados, com ela caminhando lentamente em direção o loiro e ao moreno que se encolhem atemorizados contra a parede atrás deles, se abraçando, chegando a chorar de medo enquanto Nuru e Kisara avançavam junto da albina e era explicito no olhar delas o desejo de espancá-los enquanto que o da albina demonstrava um prazer sádico em surrá-los, algo que os deixou ainda mais aterrorizados.
Então, o avanço da princesa dos dragões é detido por Yuugi que segura o braço dela que desfaz automaticamente a aparência assustadora, antes de exibir uma face gentil para o seu amigo que sorri aliviado, fazendo um gesto de negação com a cabeça. Kisara e Nuru também olharam gentilmente para ele, desfazendo a sua face furiosa enquanto detinham o seu avanço.
Jounouchi e Honda, assim como qualquer outro que conhecia Yukiko, sabia que ela era capaz de surrar uma gangue facilmente, como a meia dragoa fez algumas vezes, além de terem experimentado a fúria dela juntamente com o fato de ouvirem boatos do deleite que a albina sentia em praticar sadismo nas gangues.
Portanto, eram plenamente cientes de que não tinham qualquer chance contra o trio enquanto sentiam muita raiva por serem salvos por Yuugi, novamente, uma vez que ele sempre as detinha de surrá-los na sala ou no entorno do colégio.
A albina suspira e fala, estreitando os olhos para ambos:
- Saiam daqui, antes que eu mude de ideia e parem de atormentar os mais fracos, vermes miseráveis... Vermes não, lixo. Os pobres vermes não merecem serem comparados a vocês dois.
Jounouchi e Honda iam rebater o que a albina disse, mas acabam perdendo a voz ao verem que a fúria retornou aos semblantes das três e ao se focarem em Yukiko, ambos sentem uma sensação gélida como a própria morte os envolvendo, para depois, se encontrarem na frente de um dragão imenso e felpudo de presas e garras afiadas, com ambos se vendo refletidos nas íris azuis coléricas. Eles observam amedrontados, o dragão alvo abrir as suas mandíbulas possantes e imensas, repletas de presas afiadas, liberando um rosnado ensurdecedor embebido na mais pura fúria e essa visão que surgiu na mente deles foi o suficiente para atemorizá-los novamente, com eles fugindo aterrorizados do local, fazendo Yuugi se surpreender pela velocidade que eles conseguiam correr quando se tratava de fugir das suas amigas e acreditava, piamente, que eles batiam qualquer recorde de velocidade quando fugiam tomados pelo terror.
O jovem de cabelos tricolores observa a fuga desenfreada deles, sendo algo que sempre ocorria quando ele detinha as suas amigas, sem saber que elas procuravam surrar a dupla fora do colégio, caso os encontrassem na rua após eles atormentarem o seu amigo e se o tormento os envolvesse batendo nele, o trio os caçava pela rua para devolver o dobro de dor que o amigo delas sofreu.
- São lições para eu ser homem, Yukiko-chan.
- Homens como eles? – ela pergunta, apontando o polegar para trás, na direção que ambos fugiram - Quer mesmo ser um idiota como aqueles bastardos, Yuugi-kun?
- Eles só querem que eu seja forte. – ele fala dando de ombros embora soubesse em seu interior que eles queriam apenas atormentá-lo, tal como qualquer valentão fazia para se divertir.
A albina revira os olhos e suspira porque já esperava algo assim.
Afinal, ela sabia que o seu amigo era incapaz de odiar alguém, não importando o que fizessem com ele por causa do seu coração bondoso, altruista, amavél e gentil. Podia até ter raiva em um primeiro momento, mas era incapaz de manter essa raiva por muito tempo.
Enquanto ela olhava para os dois que haviam fugido, Yukiko era plenamente ciente que Jounouchi havia pegado uma das peças do Sennen Pazuru e que iria atirá-lo na piscina da escola para aliviar a raiva.
A meia dragoa confessava que tinha que se controlar demasiadamente para não quebrar os ossos deles pelo que faziam ao seu amigo enquanto questionava como podia surgir alguma amizade disso.
Ademais, por mais que soubesse o que eles fariam por Yuugi no futuro, principalmente o loiro que arriscaria a vida mais de uma vez por ele, ela desejava descontar neles todo o sofrimento e dor que causaram ao seu querido amigo e desejava fazer isso sozinha porque quando estava com Kisara e Nuru era obrigada a se conter e por causa dessa contenção, não podia puni-los da forma que desejava.
Ao imaginar uma forma de puni-los, sem estragar os eventos que iria ocorrer, ela sorri malignamente.
Afinal, era uma necessidade tão intensa quanto respirar. Yukiko era plenamente ciente que precisava se vingar deles, antes dos acontecimentos envolvendo Ushio e ao revisar os seus planos para eles, a albina sorri imensamente porque a noite prometia ser bem divertida para ela porque eles seriam a sua presa e a meia dragoa confessava que estava ansiosa para caçá-los e torturá-los.
Em um dos corredores do colégio, Jounouchi exclamava revoltado:
- Que droga! Por que temos que ser salvos por ele?!
- Se acostume. Aquele desgraçado sempre fará isso.
- Aquela Yukiko bastarda! Ela sempre está nos atrapalhando juntamente com a Kisara e com a Nuru-chan! Elas não perceberam o quanto ele é patético? Parece uma mulherzinha nojenta.
Honda dobra os braços e fala:
- Tem coisas que são inexplicáveis, amigo. Se bem, que nesse caso, poderia ser em virtude do fato deles serem amigos de infância. Bem, foi o que eu ouvi.
- Uma coisa é a infância. Outra coisa é a adolescência.
O moreno suspira e fala, revirando os olhos:
- Em relação a esse aspecto, não vejo qualquer distinção. Aceite que dói menos.
- Eu nunca irei aceitar! Por mais que mostramos o quanto ele é patético, a Nuru-chan...
Ambos se encontravam tão distraídos enquanto conversavam entre si, que apenas sentem se chocar contra algo duro e ao olharem para cima, acreditando que haviam se chocado com alguma parede, eles observam um adolescente alto e forte com uma altura muito acima do que podia ser considerada normal e que exibia uma face irritada para eles.
Imediatamente, Honda o reconhece e fica apavorado ao mesmo tempo em que Jounouchi não o reconhecia e por isso, não exibia medo ao contrário do moreno.
Então, o rapaz pergunta:
- O que você quer dizer com "Por mais que mostramos o quanto ele é patético"? Como vocês estão mostrando isso? Por acaso, estão maltratando alguém?
O loiro assume uma face desafiadora e fala:
- Não é da sua conta. Fique na...
Como Hiroto havia identificado o homem na frente deles, ele busca tampar rapidamente a boca do seu amigo, passando a exibir o seu melhor sorriso, para em seguida falar o mais humildemente possível:
- Não é nada. Apenas estávamos conversando cordialmente. Ninguém estava maltratando ninguém. São apenas conversas. Somos todos colegas.
Então, ele fala:
- É bom mesmo que ajam como colegas.
- Claro! É como eu disse, somos todos colegas! – Honda exclama sorrindo, exibindo a sua melhor face de inocência.
Então, após ele se afastar, o moreno murmura para o seu amigo após se certificar que o outro estudante havia se afastado por completo:
- Jounouchi, seu idiota! Ou melhor, suicida. Esse é o Ushio, o Monitor estudantil! Ele é o encarregado da ordem da escola e até os professores tem medo dele. Com certeza, deve ter ouvido o colégio comentando sobre ele e o medo que todos sentem dele. Ademais, quanto a Yukiko eu não sei, mas não consigo imaginar ela possuindo medo do Ushio. Na verdade, eu acredito que se ambos se encontrassem, seria uma batalha brutal. Se bem, que eu tenho a impressão que sequer seria uma batalha e sim, um massacre unilateral da Yukiko contra ele.
O moreno sai do seu estado reflexivo quando o loiro consegue liberar a sua boca, exclamando indignado:
- Você quase me matou sufocado!
- Melhor quase matá-lo sufocado do que você enfrentar a fúria de Ushio. Por acaso, não ouviu nada do que eu disse? – ele pergunta com uma face incrédula.
Jounouchi bufa e fala, torcendo os punhos:
- Sim. Eu ouvi. Que droga! Já não basta vivemos aterrorizados com a Yukiko, Nuru-chan e Kisara, agora teremos que viver com medo do Ushio? – o loiro se imagina chutando a albina, a prateada e o Monitor estudantil, com exceção da sua amada Nuru.
- Bem, se ele acreditou no que eu disse, não precisaremos temer Ushio, mas, devemos ser mais cuidadosos. Infelizmente.
Honda, que também estava revoltado, decide liberar a sua raiva e frustração ao chutar uma parede enquanto exclamava irado:
- Que droga! Este está sendo um dia péssimo!
Então, o loiro fala, piscando:
- Ah, é? Pois tenho uma coisa muito legal comigo e que fará o nosso dia ficar melhor!
Honda olha em um misto de curiosidade e surpresa enquanto perguntava:
- O que é?
Nisso, o loiro abre a mão e mostra uma peça dourada que tinha o Olho de Wadjet, fazendo o moreno perguntar com visível surpresa em seu semblante:
- Que negócio é esse? É dourado.
Jounouchi sorri cruelmente ao mesmo tempo em que fechava a mão com a peça em sua palma:
- É um dos itens daquela caixa do tesouro do Yuugi. Eu apenas vi rapidamente, mas, acredito que se tratava de um quebra-cabeça de peças douradas. Portanto, isso significa que se uma única peça sumir, ele não conseguirá terminar de montar e o tesouro dele não valerá um tostão!
Honda exclama animado:
- Uau! Você é tão malvado, Jounouchi! Será demais ver a face deprimida daquele bastardo e o desespero dele pela falta da peça.
Então, aproveitando uma janela aberta e que ficava próximo da piscina do colégio, o loiro atira a peça dourada, fazendo-a cair na água.
Quando o objeto afundou, Honda exclamou animado após gargalhar de felicidade:
- De fato, isso salvou o nosso dia, Jounouchi!
Enquanto ele exclamava, o loiro pensava consigo mesmo, exibindo uma face de asco:
"Bah! Tesouro! Ele parece uma mulherzinha nojenta com aquela gentileza, bondade e passividade dele! Tudo isso é irritante!"
- Vamos. – ele fala para Honda e ambos se afastam, sorrindo.
Após as aulas, Yukiko, Nuru, Kisara e Yuugi estão fora da escola, quando Mutou percebe que deixou o seu caderno de anotações embaixo da carteira quando Yukiko falou que queria comentar as anotações das aulas entre eles.
- Droga! Eu esqueci na sala!
- Quer que a gente vá junto, Yuugi-kun? – Kisara pergunta em seu usual tom gentil.
- Não precisa. Eu já volto. – ele fala sorrindo enquanto voltava para os portões do colégio.
Yukiko suspira discretamente porque sem o seu amigo ter percebido, ela havia tirado o caderno da mochila dele para colocá-lo embaixo da carteira e somente comentou sobre as anotações após eles estarem um pouco longe do colégio porque Kisara e Nuru não podiam se envolver ao mesmo tempo em que o seu amigo precisava encontrar Ushio na saída do colégio.
Por precaução, ela trata de distrair as gêmeas quando começa a conversar com elas um assunto aleatório, fazendo-as ficarem de costas para a entrada, com a albina olhando discretamente para o Monitor estudantil que havia se posicionado na entrada, fingindo estar olhando algo ao ver Yuugi voltando para a instituição de ensino.
A meia dragoa se odiava por fazer isso, por mais que soubesse que era necessário porque havia eventos que precisavam ocorrer e que por causa do seu envolvimento, ela teria que garantir que eles ocorressem por mais que se odiasse depois. O evento referente à Ushio era um dos piores, a seu ver e que exigia todo o seu autocontrole para deixar os acontecimentos fluírem enquanto tirava Kisara e Nuru de cena, ficando aliviada ao ver o quanto era fácil manipulá-las para impedi-las de se envolverem em eventos que não podiam ser alterados.
Portanto, sentindo o seu coração se restringir ao mesmo tempo em que sufocava a dor, ela vira o rosto quando vê Yuugi voltando para elas enquanto sorria ao mesmo tempo em que Ushio se preparava para interceptá-lo.
- Hoje, eu termino o quebra-cabeça em casa. Eu fui muito estúpido em trazê-lo para o colégio. Senão fosse a Yukiko-chan...
Então, conforme cruzava o portão, ele para de falar consigo mesmo quando ouve uma voz ao mesmo tempo em que vira a cabeça para a origem da mesma, avistando um adolescente demasiadamente alto e musculoso. Mutou podia sentir que a prudência o mandava ficar longe dele, fazendo-o desejar cumprir essa ordem o quanto antes.
- O seu nome é Mutou Yuugi? – ele nota que o menor o observava com confusão em seu semblante, embora fosse nítida a pontada de medo nos olhos ametistas ao olhá-lo e isso era algo que o agradava.
Afinal, ele amava ver o terror nos olhos de suas vítimas.
- Creio que não me conhece. Eu sou o Monitor estudantil do colégio e meu nome é Ushio. Eu quero fazer uma pergunta.
Yuugi arqueia o cenho enquanto perguntava visivelmente confuso porque o adolescente a sua frente não era da sua turma e nunca tinha visto ele em sua vida, pelo menos até onde se lembrava:
- Qual pergunta?
- Você está sofrendo agressões verbais ou físicas dos seus colegas? Ou seja, você está sofrendo bullying?
Mutou finge confusão e exclama porque por mais que Jounouchi e Honda o atormentassem e o agredissem, quase todos os dias, não queria vê-los encrencados e algo naquele homem exalava a perigo:
- Eu não! Eu não sofro bullying.
Ushio cruza os braços e fala, sorrindo:
- Se acalme! São justamente os que são perseguidos que dizem isso por temerem alguma retaliação. Além disso, eu já investiguei o que acontece com você – ele põe ambas as mãos nos ombros de Mutou, falando enquanto sorria – Mas, a partir de agora, pode ficar tranquilo Yuugi! Afinal, eu serei o seu guarda-costas pessoal! Os seus dias de humilhação, agressão e de sofrimento acabaram! Você não precisará mais ficar dependente de três garotas para protegê-lo.
O jovem de cabelos tricolores estava confuso com o ato dele porque ele não estava solicitando nenhum guarda-costas e não precisava de um.
Mesmo assim, o jovem decide falar novamente para tentar remover qualquer ideia errada de Ushio, embora soubesse que ele estava correto em relação à Katsuya e Hiroto.
Afinal, Jounouchi e Honda o perseguiam e mesmo passando pelas humilhações e agressões físicas em suas mãos, ele não queria causar problemas para eles porque nunca poderia desejar algo de ruim para alguém, por mais que esse o fizesse sofrer.
Poderia ficar com muita raiva, mas, esse sentimento iria se dissipar eventualmente e mesmo que ficasse furioso, nunca desejaria o mal a outra pessoa.
- Eu não estou sofrendo perseguição. Acredite em mim. Mesmo assim, eu agradeço a intenção.
Então, ele se afasta enquanto Ushio sorria, pensando consigo mesmo:
"Parece que eu consegui uma bela vítima. Eu vou ganhar um bom dinheiro."
Quando Mutou voltou para junto das suas amigas, ele decidiu ocultar a conversa estranha de Ushio porque não via motivo para preocupa-las e para evitar ficar pensando nas palavras dele, o jovem decide se envolver nos comentários sobre as anotações enquanto eles combinavam de irem visitar o doujo das gêmeas onde elas moravam para que pudessem estudar para os exames dali a algumas semanas.
No fim da tarde, após estudarem, eles decidiram que iriam sair para comer alguns hambúrgueres, a comida favorita de Yuugi, para em seguida, irem a uma Loja de jogos Arcade para jogar alguns jogos porque Yuugi estava ansioso para jogar um novo jogo que havia acabado de chegar ao estabelecimento de jogos que o grupo costumava frequentar.
Dentro do Sennen Pazuru, Atemu estava inquieto, mesmo com o seu sarcófago de volta as mãos do seu futuro anfitrião graças à ação de Yukiko, que juntamente com Kisara e Nuru, detiveram os atos de Jounouchi e Honda.
Essa sensação inquietante havia surgido nele alguns minutos depois de Katsuya segurar a sua urna dourada e ainda persistia, mesmo com o seu sarcófago retornando para as mãos gentis de Yuugi, com o Faraó não conseguindo descobrir a origem de tal sensação.
Porém, após uma profunda análise, ele descobriu que não vinha dele e sim, exteriormente, embora fosse igualmente intrínseca por mais surreal que fosse esse pensamento, considerando que era externa e interna ao mesmo tempo.
O Faraó decide continuar com as suas investigações ao invocar os seus poderes, visando descobrir a origem real dessa sensação e o motivo.
Por precaução, até terminar a sua investigação, ele voltou a incorporar a sua magia em uma das peças douradas para impedir que o seu futuro anfitrião montasse o Sennen Pazuru.
Afinal, todo o cuidado era pouco.
Quando a noite caiu, Jounouchi e Honda andavam por uma rua deserta, conversando animadamente entre si, quando sentem a temperatura em torno deles cai vários graus, abruptamente, os fazendo tremerem de frio enquanto esfregavam demasiadamente os seus braços, tentando se aquecer, exibindo confusão em seus semblantes pela mudança drástica de temperatura, para depois ,sentirem que algo os perseguia e era uma sensação tão intensa que ambos passam a olhar aterrorizados para os lados.
Chapter 18: O término da investigação de Atemu
Summary:
Yukiko decide...
Jounouchi e Honda se encontram...
Atemu se encontra...
Yuugi fica...
Chapter Text
De repente, surge uma neblina misteriosa que os envolve e ao olharem para trás, eles vem dois olhos brilhantes e de tamanho anormal, não conseguindo ver que pertenciam a um dragão até que avistam um focinho enorme e presas afiadas que desvanece em uma névoa, os fazendo ficarem aterrorizados, fazendo-os imaginar que estavam vendo coisas que não existiam.
Afinal, ao ver deles, dragões não existiam.
Então, eles notam que surge no lugar do dragão um vulto com capuz e o mesmo exibe uma foice imensa, os fazendo gritar de terror, com ambos correndo desesperadamente do local, exibindo o mais puro pavor em seus semblante enquanto ficavam ainda mais aterrorizados ao não encontrarem nenhuma porta ou edifício dentre a névoa que se estendia como uma caverna na frente deles, para depois, ficarem aterrorizados ao verem que o vulto voava com o capuz negro tremulando. Yukiko havia usado mágica para fazer as suas asas ficarem negras, além de se cobrir com um manto negro para simular que era um ceifador da morte.
Ela os perseguia animadamente, se deliciando com o odor de medo que eles exalavam e que chegava as suas narinas. A princesa dos dragões podia persegui-los à vontade porque eles estavam presos em sua névoa mágica e apesar de parecerem estar correndo para frente, ambos estavam correndo em círculos porque a neblina modificava drasticamente a orientação deles, dando a impressão que sempre corriam para frente.
O loiro e o moreno gritavam de terror e procuravam desesperadamente alguma casa ou local para se abrigarem, não conseguindo avistar nada, com a visibilidade estando reduzida a distância de um nariz, fazendo com que somente conseguissem ver um ao outro, conforme choravam de medo.
Então, se ocultando em uma névoa densa, assumindo a sua forma verdadeira, decide avançar para a próxima fase da sua vingança, agarrando ambos que ficam aterrorizados ao se verem no ar, com ela abrindo a névoa para que avistassem o solo, visando encher o coração deles de medo enquanto se deliciava com os gritos de terror deles.
Quando ambos erguem os olhos repletos de terror, eles avistam uma dragoa alva e felpuda que faz o coração deles se encher de terror ao mesmo tempo em que ficavam com os olhos esbugalhados porque estavam vendo um ser que deveria pertencer aos mitos e não a realidade.
Então, a albina os leva a um local isolado da cidade, criando uma barreira mágica no entorno que bloqueava sons e odores, para depois, atirá-los perto do chão e assim que eles tocam o solo são conjurados correntes de gelo que prendem Jounouchi enquanto Honda era envolvido por outro conjunto, conforme ela continuava oculta na névoa, tornando tudo mais aterrador por eles não poderem ver nitidamente o agressor deles ao mesmo tempo em que a albina se aproximava lentamente até que notam que era o ser de capuz negro que se aproximava deles e que ao erguer a mão para o moreno, o puxa bruscamente, surgindo uma espécie de selo em sua testa quando o mesmo a toca com a ponta do dedo indicador, para depois, as correntes serem desfeitas.
- Corra! Vá buscar ajuda! – o loiro exclama desesperado.
Ele fica agoniado ao notar que o moreno não se mexia, mesmo livre das correntes, fazendo-o gritar novamente para que o seu amigo fugisse até que ouve a sua voz repleta do mais puro desespero:
- Não consigo me mexer! Eu estou imobilizado! – ele observa o vulto se curvando para pegá-lo do chão enquanto chorava e implorava desesperadamente – Por favor, não! Eu imploro!
Então, fazendo a sua voz ficar grossa, a albina pergunta em um sussurro aterrorizante:
- Quantos inocentes não imploraram para que vocês parassem enquanto os agredia fisicamente ou verbalmente, além da humilhação e mesmo assim, vocês continuaram? Quantas vezes um jovem de cabelos tricolores com olhos ametistas umedecidos pelas lágrimas não derramadas, implorou para pararem e vocês continuaram o agredindo? Agora, eu pergunto. Por que eu deveria ouvi-los?
Então, o loiro chora aterrorizado ao ver os ossos de Hiroto sendo quebrados, com a princesa dos dragões falando conforme esmagava um osso de cada vez, começando com cada um dos carpos:
- Vocês humanos possuem duzentos e seis ossos no corpo. Eu posso quebrar em torno de cem ossos. Nós temos a noite inteira para nos divertir. O som de ossos se quebrando é maravilhoso. Vocês não podem ouvir, mas eu posso ouvir nitidamente com a minha audição.
O loiro luta para se libertar, visando salvar o seu amigo enquanto ficava aterrorizado, conforme ouvia os gritos de dor lacerante de Honda ao ponto dele não ter mais voz porque a sua garganta estava em carne viva, para depois, ter os dentes arrancados um por vez após as unhas terem sido arrancadas da mesma forma.
A situação era ainda mais aterrorizante porque ele não podia mexer o corpo, se tornando meramente um boneco para ela que usava a sua magia para impedir que ele sangrasse até a morte, tanto externamente, quanto internamente.
Após terminar com Hiroto, a albina o atira como uma pilha de lixo no lado dela..
Então, a meia dragoa estende a mão para ele, o curando por completo quando uma nevoa alva divina caía sobre ele, fazendo desaparecer os ferimentos que sofreu enquanto refazia os seus dentes ao mesmo tempo em que curava a mente dele também, para que ele não enlouquecesse. Depois que terminasse com o loiro, era faria a mesma coisa.
Após terminar de curá-lo, ela voltar a prendê-lo, para depois, caminhar até Katsuya que lutava arduamente contra as correntes, embora fosse uma causa perdida enquanto o seu rosto se encontrava úmido pelas lágrimas e em seus olhos havia somente o terror. Ele estava aterrorizado com o destino do seu amigo, sabendo que em breve, aquele seria o seu mesmo destino.
Então, a albina estende a temida mão e Katsuya chora desesperado, conforme uma força invisível o puxava até o ser a sua frente enquanto o loiro tentava lutar desesperadamente contra a sua captura, ficando aterrorizado e igualmente desesperado ao ver que o seu esforço era infrutífero porque o ser de capuz não se mexia sequer um milímetro, mesmo com ele o golpeando com os pés, sentindo que havia golpeado uma parede de concreto.
Jounouchi chora desesperado ao ver o ser estender o indicador, fazendo-o tocar em sua testa, com ele sentindo uma sensação estranha que se apoderava por todo o seu corpo, se fixando em seguida na sua coluna, para depois, as correntes desaparecerem, com ele ficando aterrorizado ao ver que não podia se mexer e como o loiro temia, a mesma tortura é aplicada a ele, com o moreno assistindo enquanto ficava apavorado por se ver curado porque temia passar pelo mesmo sofrimento, novamente.
Depois que termina com o loiro, o joga no canto como se fosse lixo, para em seguida curá-lo, tornando a prendê-lo com as correntes enquanto percebia que não tardaria para o sol nascer no horizonte conforme olhava para o céu.
Ela fecha os olhos e se concentra, descobrindo que as cópias que fez do loiro e do moreno estavam nas respectivas casas deles, fazendo os seus familiares acreditarem que eles estiveram em seus quartos a noite toda.
Após abrir os olhos, a albina vai até ambos e estende a mão fazedo eles ficarem aterrorizados, para depois, sentirem uma forte e inevitável sonolência tomá-los, fazendo-os cair em um sono profundo.
Então, a meia dragoa caminha até eles e após se aproximar deles, toca ambas as testas, induzindo por magia o que aconteceu a ambos, para que eles julgassem erroneamente que fora apenas um pesadelo que parecia bem real, modificando a visão dela de uma dragoa das neves para um dragão negro de manchas azuis, pertencente a um anime popular, ajudando no caráter do pesadelo, juntamente com a aparição de capuz se basear em um filme recentemente lançado, fazendo com que fosse proposital a sua escolha de figurino.
Ela também adiciona que eles somente acordariam com o despertador deles tocando, uma vez que já estariam na cama deles, fazendo assim com que eles julgassem que era, de fato, apenas um pesadelo demasiadamente real.
Yukiko também havia usado magia para que eles nunca comentassem daquela noite um para o outro. Se um deles tentasse comentar, a magia o faria se esquecer de comentar.
Afinal, seria estranho se ambos tivessem o mesmo sonho.
Em seguida, ela usa uma magia de substituição, substituindo os clones que estavam deitados na cama com os reais e após eles serem transportados magicamente por troca até os seus quartos, a albina desfaz os clones que desvanecem em uma névoa enquanto cancelava a sua magia no entorno.
Após terminar a sua vingança, embora tivesse desejado infligir mais dor em ambos, ela sai do local que se encontrava e retorna ao centro de Domino City, passando a caminhar na rua em sua forma humana.
Porém, antes de voltar ao seu apartamento, a princesa dos dragões decide subir para um local alto, próximo a Game Shop e avista pela claraboia do quarto de Yuugi, o mesmo adormecido com a cabeça apoiada no tampão da mesa enquanto tentava montar o Sennensui (Sennen Pazuru), cujas peças douradas se encontravam na sua frente.
Sorrindo maternalmente, ela entra cuidadosamente no quarto dele usando a claraboia ao mesmo tempo em que usava magia para anular qualquer som em seu entorno e oriundo dela, para depois, caminhar até o guarda-roupa do jovem, pegando um edredom, para em seguida, cobri-lo cuidadosamente, procurando mantê-lo totalmente envolto, antes de afagar maternalmente a cabeça dele, se retirando em seguida do local enquanto se dirigia até o seu apartamento.
Dentro das peças do Sennen Pazuru, Atemu percebeu que o jovem adormeceu porque ele segurava uma das peças douradas em suas mãos.
O Faraó havia acabado de terminar a sua investigação e ficou furioso ao descobrir que a sensação era oriunda de uma das peças que se encontrava demasiadamente longe das outras.
O homem de pele bronzeada não acreditava que Yuugi seria relapso com as peças douradas, considerando o quanto ele estava focado em montar o item e conforme se recordava de quando sentiu essa sensação, percebeu que a sensação surgiu alguns segundos depois de Jounouchi pegar o seu sarcófago.
Portanto, ele acreditava que o loiro havia roubado uma das peças douradas e temia que a mesma já estivesse à venda porque valeria uma quantia considerável, uma vez que era de ouro puro.
Conforme digeria o fato de que o item nunca ficaria completo e que ele não poderia defendê-lo, Atemu sente um ódio imenso pela dupla que atormentava o jovem porque além de fazê-lo sofrer, lhe privaram da chance de trazer justiça ao adolescente ao punir aqueles que faziam Yuugi sofrer.
Ele jurou a si mesmo que caso conseguisse por algum milagre a peça de volta, os faria pagar amargamente pelo que fizeram porque a sua fúria não poderia ser facilmente contida por ter se tornado tão necessário quanto respirar.
Porém, naquele instante, não podia fazer nada, além de se deprimir, ficando desolado ao saber que nunca poderia defender o jovem ou trazer a justiça que ele merecia porque o item nunca seria completado.
Algumas horas depois, no colégio de Domino City, mais precisamente no intervalo, Yukiko comenta que gostaria de ir à biblioteca pegar um livro e pergunta se Kisara e Nuru desejavam segui-la, com as jovens concordando.
- Quer nos seguir? - a bronzeada pergunta para Yuugi que havia acabado de bocejar por ter ficado acordado até tarde, tentando montar o Sennen Pazuru.
O jovem boceja novamente e comenta, pegando um caderno de dentro da sua mochila após colocá-la em cima da mesa:
- Acho que vou ficar para terminar as questões que o sensei (professor) Omura passou.
- Você ainda não os terminou, Yuugi-kun? Tem alguma dúvida adicional? – a prateada pergunta.
- Se tiver alguma dúvida, podemos ajudá-lo.
Yukiko pergunta, sabendo que em outra linha do tempo, Yuugi protelava a realização de muitas das lições que os professores passavam como dever de casa por causa da sua obsessão em montar o Sennensui, com a albina não o condenando.
Afinal, em virtude das recordações que tinha da linha do tempo original, ele não tinha amigos e segundo o que o avô dele lhe contou, o Sennen Pazuru concederia um desejo a quem o montasse.
Portanto, desejando ardentemente ter um amigo, ele dedicaria muito tempo da sua vida para tentar montar o Sennen Aitemu, acabando por negligenciar algumas coisas, inclusive os estudos, acabando por ter que fazer as lições em cima da hora, fazendo com que ele não conseguisse assimilar corretamente a matéria e quando conseguiu o seu primeiro amigo, Jounouchi, este não se importava com os estudos e acabava arrastando Yuugi para se divertir, com ele o seguindo sem contestá-lo porque havia ficado feliz por ter um amigo.
Yukiko sabia por convivência dele com ela, Nuru e Kisara, o quanto ele era capaz de ter notas melhores do que tinha na outra linha do tempo.
Porém, o jovem de cabelos espetados e tricolores continuava com o mesmo problema que tinha na linha do tempo original e que era a falta de confiança e a depreciação por si mesmo, que havia sido reduzido até desaparecer graças à presença de Atemu, tornando-o com o tempo um duelista confiante nas suas habilidades, sem perder a bondade, a amabilidade e a gentileza em seu coração.
Inclusive, a bondade era a sua maior força.
- Eu vou refazer os últimos dois cálculos. Podem ir para a biblioteca. – ele fala exibindo o seu típico sorriso.
- Voltaremos logo, Yuugi-kun. – Yukiko fala sorrindo, antes de se retirar, com Kisara e Nuru se despedindo, também.
Conforme se afastava com as gêmeas, a albina se recordava da imensa vontade que sentia de torturar Ushio enquanto suspirava tristemente porque sabia que precisaria deixar aquela presa para Atemu.
Porém, conforme pensava no fato de não poder reivindicar essa presa em um primeiro momento, nada a impediria de reivindicá-lo em um segundo momento, permitindo que o Monitor estudantil fosse apenas um empréstimo concedido ao Faraó.
Afinal, a penalidade infligida nele não era o ideal para a albina.
Claro, seria um sofrimento imenso, mas havia meios de agravar ou então, modificar para algo bem pior e que seria um deleite para ela.
Inclusive, Yukiko sorria malignamente ao ter imaginado o castigo perfeito para o ex-Monitor estudantil.
Após elas saírem, Mutou ainda se encontrava finalizando um dos cálculos quando ouve uma voz conhecida, o fazendo olhar surpreso para a batente da porta da sala de aula.
Chapter 19: A surpresa de Jounouchi
Summary:
Ushio mostra...
Yuugi decide...
Jounouchi fica...
Chapter Text
Ele identifica a pessoa como sendo Ushio enquanto tentava compreender o motivo dele chamá-lo até que o Monitor estudantil pergunta ao mesmo tempo em que sorria:
- Pode me acompanhar um pouco?
- Eu?
Ushio consente e mesmo sem compreender o motivo dele chamá-lo, Yuugi sai da sala de aula e passa a segui-lo pelos corredores, enquanto esperava que fosse algo breve porque queria voltar para a sala antes que as suas amigas retornassem para que não ficassem preocupadas porque ele esqueceu o seu celular em casa e por causa disso, não podia ligar para avisá-las.
O jovem não sabia que Yukiko havia procurado se afastar propositalmente, arrastando Kisara e Nuru para que a linha do tempo seguisse o seu curso original, uma vez que a albina não podia modificar aqueles acontecimentos por mais que o seu coração maternal desejasse fazer isso pelo seu amigo.
Então, conforme ele segue o rapaz mais velho, com eles seguindo para direção dos fundos, atrás do prédio que tinha a sala destinada a educação física, o jovem de olhos ametistas pergunta com evidente curiosidade em seu semblante porque estavam andando há alguns minutos:
- O que você quer me mostrar?
O mesmo dá uma risadinha e fala, sorrindo:
- Você vai ver e sei que vai adorar.
Eles chegam a uma parte que ficava atrás do colégio com Ushio bloqueando, inicialmente, a visão de Mutou que tenta ver o que era até que o mesmo mostra Jounouchi e Honda feridos, com as costas apoiadas na parede, fazendo Yuugi ficar horrorizado.
- Jounouchi-kun! Honda-kun! O que aconteceu aqui?
O jovem de cabelos tricolores se encontra demasiadamente chocado ao vê-los feridos e demora em processar o que ocorreu.
Ushio fala, sorrindo de canto, tirando o macho menor do estupor em que se encontrava:
- Não se lembra do que eu falei ontem para você? Que eu seria o seu guarda-costas? Por isso, eu dei uma lição nestes delinquentes, assim como desejo ensiná-los a não praticar bullying com os outros. O que achou? É bom vê-los feridos para variar, né?
Mutou exclama desesperado ao olhar para Ushio:
- Isso está errado!
O jovem corre até eles e se ajoelha na frente de Katsuya e Hiroto, perguntando com evidente desespero em sua voz ao ver o estado lastimável em que eles se encontravam enquanto que tinha receio de machucá-los ainda mais se tocasse neles, fazendo com que mantivesse as suas mãos no ar, um pouco afastadas deles:
- Vocês estão bem? Jounouchi-kun? Honda-kun?
Então, o loiro pergunta, com Yuugi não conseguindo decifrar com exatidão a expressão no rosto dele em virtude dos golpes que ele levou em sua face e corpo:
- E aí? Está satisfeito, Yuugi?
O jovem fica demasiadamente desesperado, exibindo olhos umedecidos pelas lágrimas não derramadas porque nunca pediria para alguém fazer algo tão cruel.
Afinal, ele era incapaz de se vingar e desejar o mal aos outros por mais que o fizessem sofrer. Simplesmente, era algo próprio da sua natureza gentil, altruísta e bondosa.
Em decorrência desse fato, vê-los naquele estado deplorável era demasiadamente horrível para Yuugi, que sentia o seu coração se restringir pelo ato perverso de Ushio, a seu ver e exclama:
- Você está enganado! Eu nunca pediria para alguém fazer uma coisa horrível dessas! Eu sempre procurei evitar que a Yuki...
Então, antes que continuasse falando, Ushio empurra o menor bruscamente para o lado, fazendo-o cair enquanto se aproximava da dupla, exclamando:
- Eu ainda não acabei com eles!
Ao se aproximar do loiro, dá um chute violento em seu tórax, o jogando fortemente contra a parede, fazendo com que Yuugi corresse na direção deles, ficando entre a dupla e Ushio, esticando os seus braços ao mesmo tempo em que usava o seu corpo como escudo, implorando desesperadamente:
- Pare! Por favor!
Ushio pergunta, demonstrando um misto de confusão e de incredulidade pelo ato inesperado de Mutou, a seu ver, considerando o que ele pesquisou sobre o jovem e sobre as agressões verbais e físicas que Jounouchi e Honda praticavam contra ele, sempre que Yukiko, Nuru e Kisara não se encontravam junto dele:
- O que é isso, Yuugi? Você quer protegê-los? Você é alguém estranho, ou melhor, bizarrro. É a sua chance de desforra. Bata neles e se vingue deles por todas as vezes que eles agrediram você, fisicamente e verbalmente. É a sua chance de desforra. Qualquer um em seu lugar adoraria ter a oportunidade de se vingar daqueles que o fizessem sofrer.
Então, o jovem de olhos ametistas exclama desesperado:
- Além de ser errado, eu nunca faria isso aos meus amigos!
Jounouchi ouve o que ele fala após vê-lo ficar protetoramente na frente deles.
O seu ato e fala o deixa estarrecido porque Katsuya nunca imaginou que ouviria Yuugi se referir a eles como amigos, considerando tudo o que sofreu nas mãos deles.
A atitude de Mutou era, praticamente, surreal.
Então Ushio fala, exibindo incredulidade em sua face após rir das palavras do adolescente de cabelos tricolores que estava na sua frente:
- Seus amigos?! Fala sério! Eles praticavam bullying em você quase todos os dias quando aquela Yukiko e as gêmeas não estavam com você. Por acaso, você se esqueceu dos atos deles e do que eles falavam?
Quando Ushio pensa na albina, ele fica com muita raiva quando surge um sentimento inesperado de medo em relação a ela porque ouvira falar sobre a reputação dela e por mais que acreditasse que poderia fazer frente à albina, ás vezes, surgia uma voz na sua cabeça, questionando se de fato, podia derrotá-la juntamente com a sensação de medo ao pensar em sua fúria. Estes mesmos sentimentos surgiam de forma menos intensa quando vinha à imagem de Kisara e Nuru na sua mente.
Conforme pensava nisso, descobriu que não se importaria se ela o atacasse, com ele sorrindo frente a esse pensamento enquanto suprimia qualquer sentimento ou sensações contrárias ao que sentia naquele instante.
Afinal, se a derrotasse, poderia usar essa fama para aumentar o medo que sentiam dele.
Conforme se imaginava derrotando Yukiko, lhe veio à mente os rostos de Kisara e de Nuru. Ao questionar o motivo dos rostos surgirem, novamente, em sua mente, ele se recorda de que as conhecia de algum lugar, longe do colégio.
Então, ele sai dos seus pensamentos com Yuugi falando em um fio de voz porque não acreditava piamente no argumento que pretendia usar para justificar os atos que o faziam sofrer:
- Não era bullying. Eram aulas para ser homem.
Mutou estava mentido para o Monitor Estudantil, visando evitar que eles continuassem sofrendo.
Afinal, era uma tentativa dele de salvá-los porque não desejava ver as pessoas feridas.
Portanto, por mais que o humilhassem, além de feri-lo fisicamente e verbalmente, o jovem nunca desejaria que eles sofressem e por isso, se esforçava tanto em protegê-los de Ushio.
Afinal, ao vê-los naquele estado deplorável, ele passa a desejar fazer de tudo para salvá-los do Monitor estudantil.
Inclusive, ele teria essa atitude com qualquer um que se encontrasse sofrendo nas mãos de outra pessoa. Yuugi faria de tudo para salvar essa pessoa, não importando se era um inimigo ou não.
Ushio comenta após dar de ombros, absorvendo as falas e reações inusitadas do adolescente de cabelos tricolores na sua frente porque nunca imaginou que as testemunharia em sua vida:
- Deixa para lá. Você é bizarro, mesmo. Afinal, defende aqueles que lhe humilharam, além de agredi-lo verbalmente e fisicamente. Independente disso, Yuugi... – o jovem de olhos ametistas olha para ele - Você tem que me pagar pelo meu trabalho! Vinte mil ienes por ser o seu guarda-costas!
O jovem fica chocado com o valor exorbitante e exclama:
- O que disse?! "Vinte mil ienes"?!
- Por esse valor, você pode bater neles o quanto quiser. Assim, terá a sua vingança. Eu até acho que está saindo barato para você. Fique a vontade para retribuir tudo o que eles fizeram.
Yuugi demonstra não querer fazer isso ao negar veemente com a cabeça enquanto Ushio sorria malignamente porque havia percebido que ele não faria nada com os que estavam caídos atrás dele.
Apenas falou aquilo para se divertir com as reações de sua presa.
Afinal, ver o medo, terror e desespero em seus semblantes era demasiadamente aprazível a ele e por isso, estava atormentando o adolescente menor com as suas palavras, decidindo que iria se divertir um pouco mais ao ver o quanto ele parecia querer defendê-los.
O Monitor Estudantil confessava que aquela presa estava sendo absolutamente prazerosa e se soubesse que ele era tão bizarro, teria feito tudo aquilo há algum tempo, atrás.
Pelo menos, a seu ver, havia conseguido encontrar a sua fonte de diversão e mal via a hora de começar a ameaçá-lo, conseguindo uma boa fonte de dinheiro enquanto que iria se deliciar, o fazendo vivenciar o medo diariamente e a sua aparência apenas contribuía para a sua diversão doentia.
- Ué? Então, você prefere que eu mesmo dê um trato mais caprichado neles? Confesso que meus punhos e pés ainda não estão satisfeitos.
Yuugi se encontrava quieto porque assimilava tudo o que acontecia. Ele se recorda de tudo o que passou nas mãos deles e depois, os seus próprios sentimentos para a situação como um todo, inclusive o fato de não desejar que ninguém sofresse, além de não nutrir qualquer ódio por alguém, não importando o quanto fosse atormentado e ferido por essa pessoa.
O jovem concordava que os seus atos eram bizarros e ao pensar nisso, no que ele precisava fazer para salvá-los, questionava a si mesmo o motivo de defender aqueles que lhe feriam, sabendo que acabaria sofrendo novas dores.
Porém, conforme refletia, descobriu que o seu coração nunca permitiria que ele virasse as costas ou que permitisse que pessoas fossem agredidas na sua frente sem que ele fizesse nada para salvá-las e que não media esforços em salvar alguém, mesmo que este fosse aquele que lhe feria. Simplesmente, ele sabia que não poderia ir contra a bondade, altruísmo e a gentileza que tomava o seu ser. Era inconcebível a ele ter qualquer outra atitude que não fosse salvar a pessoa, independentemente do que ela lhe fez ou se era desconhecida para ele.
Portanto, o adolescente de olhos ametistas passa a sentir uma coragem súbita o tomando para enfrentar o homem à sua frente ao ficar defensivamente na frente de Jounouchi e Honda, defendendo aqueles que o atormentavam e o agrediam. Ao se recordar do estado deplorável deles, qualquer dúvida restante em sua mente é espanada enquanto ele tomava a sua decisão e que consistia no fato de salvar a qualquer custo, Katsuya e Hiroto.
Após ser inundado por essa coragem súbita oriunda do seu coração que desejava evitar que ambos sofressem ainda mais, ele exclama com determinação ao mesmo tempo em que fechava os olhos, se preparando para a dor que sentiria porque sabia que Ushio iria cumpri-las, assim que a sua boca proferisse tais palavras:
- Não faça mais nada com eles! Se preferir, bata em mim!
O loiro fica estarrecido e arregala aos ouvir as palavras de Yuugi que estava se oferecendo como saco de pancada no lugar dele e de Honda para protegê-los de Ushio, mesmo após o tratamento que sempre davam para ele.
- Eu não entendo você... Mas vou fazer o que me pede - ele pega o adolescente de cabelos tricolores pela gola do casaco do colégio enquanto sorria malignamente - Sabe? Eu não gosto de maltratar ninguém. Por isso, o que eu vou fazer agora se chama aviso. É bom você já saber o que o aguarda, caso não me pague.
Então, ele começa a surrá-lo várias vezes, com Jounouchi o vendo levar socos e chutes violentos, fazendo-o olhar chocado para o adolescente a sua frente, o máximo que o seu rosto ferido permitia, assimilando o ato de alguém que sofria nas mãos deles e que mesmo assim, ainda se levantava para defendê-los e não obstante, se propôs a ser espancado no lugar dele e de Honda para que não ficassem mais feridos do que já se encontravam.
Essa bondade, altruísmo e gentileza deixaram o loiro em uma perda de palavras ao mesmo tempo em que um forte e opressor sentimento de culpa o tomava conforme se recordava de tudo o que fez contra ele.
Ele exclama em pensamento enquanto continuava olhando chocado para a cena inusitada que ocorria na sua frente:
"Por que você está fazendo isso? É só ficar quieto como você sempre faz. É só não resistir que nada disso vai acontecer com você. Está fazendo tudo isso para nos proteger, Yuugi?"
Chapter 20: A decisão de Jounouchi
Summary:
Yuugi decide...
Jounouchi fica...
Katsuya decide...
Chapter Text
Enquanto Yuugi estava sendo surrado, ele se recordava das peças douradas do Sennen Pazuru e o seu desejo, repetindo-o mentalmente:
"Eu quero um amigo de verdade. Alguém que não me desaponte e a quem eu não vou desapontar. Um amigo verdadeiro."
Quando ele caiu no chão, Ushio acerta mais um chute no estômago de Mutou, fazendo-o se recolher em posição fetal por causa da dor pungente em seu corpo e abdômen, enquanto falava:
- Eu vou deixar assim por enquanto. Traga Vinte mil ienes até amanhã – ele pega a sua faca e lambe a lâmina, falando com uma face que era insana ao nível da crueldade – Se não trouxer, vai descobrir que existem dores piores... Como esta minha amiga aqui. Entendeu?
Então, ele guarda o canivete e se afasta com as mãos no bolso, gargalhando malignamente enquanto o jovem de orbes ametistas se arrastava até o outro lado, para depois, exclamar mentalmente:
"Maldito Ushio! Você que é o verdadeiro bandido!"
Então, ele suspira, para depois, continuar falando em pensamento, enquanto gerenciava as dores intensas que o tomavam:
"Mas eu não posso fazer nada. Ele é grande e forte. Eu não tenho a mínima chance e não quero arriscar que a Yukiko-chan acabe ferida porque eu não sei se ela poderia enfrentá-lo e mesmo que pudesse, eu não suportaria vê-la cometendo um assassinato. Afinal, se eu considerar a sua ira com os atos de Jounouchi-kun e Honda-kun, ela provavelmente espancaria Ushio-san até a morte. Ademais, não quero que ninguém morra por minha causa. Eu não quero mais essa violência. Além disso, se a Yukiko-chan não for forte o suficiente, pode acabar sendo morta nas mãos dele – nisso, ele treme ao imaginar a sua amiga de infância sendo morta na sua frente – Não! Não posso envolvê-la e muito menos, a Kisara-chan e a Nuru-chan, mesmo que elas pratiquem Kung Fu, sendo mestras substitutas no estilo do Dragão e da escola de Kenjutsu, Hiten no Mitsurugi Ryuu. Eu não quero ver nenhuma delas ferida por minha causa. Portanto, eu tenho que dar o dinheiro sem resistir enquanto que não posso falar o que aconteceu para elas.
Após alguns minutos, surgem sons de passos se aproximando do local, com o jovem reconhecendo a voz de suas amigas de infância:
- Yuugi-kun! Yuugi-kun!
- Yuugi-kun, onde você está?
- Yuugi-kun, responda!
Jounouchi, que estava parcialmente acordado, ouve as vozes de Yukiko, Nuru e Kisara enquanto estava olhando para o adolescente menor que havia assumido uma postura defensiva para protegê-los do Monitor Estudantil e conforme o observava, percebeu que Mutou estava muito machucado e que lutava para se levantar.
Conforme olhava para ele, o loiro se recordava das palavras dele e do fato de considerá-los seus amigos.
Amigo era uma palavra que Katsuya não dava a devida profundidade até aquele dia.
Claro, Honda era o seu amigo. Mas ouvir de Yuugi aquela palavra, justo daquele que eles viviam praticando bullying na ausência de Yukiko, Nuru e Kisara, com Mutou sempre as detendo para que não batessem neles, o deixava desorientado.
Se bem, que "desorientado" não era a palavra certa para o que o loiro sentia naquele instante. Talvez fosse culpa ou uma sensação que não conseguia descrever e que deixava um gosto amargo em sua boca como o fel ao se recordar do tratamento que deu ao Yuugi e que mesmo após ser humilhado, sofrendo algumas agressões leves, reagiu a um adolescente muito maior e mais forte apenas para protegê-los junto do fato de Mutou nunca reagia por mais que o provocassem.
Porém, quando eles estavam em perigo e com ferimentos, ele se levantou e reagiu, usando o seu corpo como escudo para poupá-los de novos golpes, acabando por ser surrado no processo, ainda mais ao se oferecer como um saco de pancada para Ushio, visando que ele não os atacasse mais.
Jounouchi tentava compreender Yuugi e o seu gesto ilógico.
Inicialmente, eles pensaram que Ushio os espancou a pedido de Mutou, para depois, descobrir que o jovem nunca pediria algo assim ao ver o quanto ele desejava protegê-los, mesmo que isso o fizesse sofrer e sentir dor.
Sua mente queria registrar o que era o sentimento, mas o seu coração não desejava naquele momento porque se sentiria mais miserável do que já se sentia e não tinha pressa em agravar esse quadro, ainda mais pelo fato de ter roubado uma das peças dele sem que o adolescente menor percebesse, apenas por desforra.
Então, ele sai dos seus pensamentos com as vozes do trio de amigas de Mutou que exclamavam desesperadas conforme corriam até o seu amigo após avistá-lo.
- Yuugi-kun, o que aconteceu?
- Yuugi-kun, fale comigo!
- Qual foi o bastardo que fez isso, Yuugi-kun?
Ele as observa ajudando Yuugi a se levantar, demonstrando preocupação em seus semblantes ao olharem o estado dele e passa a refletir sobre os seus atos para com ele. Tudo o que fez. Toda a humilhação e agressões físicas que aplicou nele quando estava muito irritado com tudo e com todos, desejando descontar em alguém enquanto considerava a gentileza e a bondade de Mutou como algo revoltante e igualmente asqueroso ao ponto de irritá-lo demasiadamente.
Conforme analisava atentamente os seus sentimentos, ele havia descoberto que a raiva que sentia não era pelo Yuugi ter esses sentimentos que Jounouchi julgava serem menos do que lixo e algo vergonhoso para qualquer um. Ou seja, não era por causa dos sentimentos em si, mas porque ele era incapaz de ter tais sentimentos junto do fato de estar revoltado com os golpes que levava na vida como a perda do pai que idolatrava e a preferência de sua genitora por Shizuka.
Portanto, ele decidiu descontar a sua raiva, dor e frustação no mundo e em Yuugi por causa do coração cristalino, gentil e amável dele que transbordava bondade, tornando-o a personificação do oposto que vivenciava em sua vida, o fazendo sentir mais raiva do mundo, acabando por escolher Yuugi como o seu alvo favorito.
Ele acreditava que era o mesmo com Honda.
Afinal, tal como ele, Hiroto odiava o mundo e sempre estava batendo em algo ou alguém para descontar a sua amargura, fosse em um armário, poste ou em uma gangue, assim como Jounouchi fazia. Nesse aspecto, ambos eram iguais e provavelmente, por causa disso, se tornaram amigos após ele se afastar da gangue de Hirutani ao entrar no colegial.
Katsuya sai dos seus pensamentos e recordações conforme observava Yuugi que ficava de pé ao ser auxiliado por Kisara, Yukiko e Nuru que estavam horrorizadas ao verem os seus machucados, tocando-o com as mãos trêmulas enquanto exibiam olhos lacrimosos.
Então, Mutou surpreende todos quando caminha em direção a Jounouchi e Honda. Mesmo sem saber o que ocorreu, Nuru e Kisara notaram que eles não estavam envolvidos no espancamento do amigo delas porque se encontrar mais feridos do que o amigo delas.
Ao se aproximar de ambos, ele pergunta com evidente preocupação em sua face ao mesmo tempo em que demonstrava a dor que estava sentindo em seu corpo:
- Está doendo muito? Querem ajuda?
Katsuya fica chocado ao ver a feição de genuína preocupação e gentileza para com ele e Honda, justamente os dois alunos que o humilhavam e que o agrediram, não no nível que Ushio fez enquanto se recordava do fato de que mesmo o agredindo, Yuugi sempre procurava deter Yukiko, Nuru e Kisara de espancá-los, embora elas os fizessem pelas costas dele quando o encontravam na rua.
Mesmo assim, não mudava o fato de que ele as impedia de atacá-los apesar de tudo o que fizeram e conforme pensava nisso juntamente com o ato dele de roubar a peça dourada de Mutou apenas por maldade, além do fato de Yuugi se preocupar com eles apesar da dor que estava sentindo, fez Jounouchi sentir uma intensa vergonha pelos seus atos crueis para com o jovem de cabelos tricolores.
Então, sem ter coragem de erguer o rosto para encarar a face gentil imersa em preocupação enquanto se sentia o pior lixo do mundo, ele fala:
- Não. Nós estamos acostumados com isso. Afinal, sempre estamos em alguma briga. Você não está acostumado. Vá para casa.
- Você o ouviu, Yuugi-kun. Vamos levá-lo até a sua casa. – Yukiko fala, o ajudando a andar.
- Sim. O seu jii-chan vai ficar horrorizado ao vê-lo assim. O que aconteceu? O que Hiroto-kun e Katsuya-kun têm a ver com isso?
Nisso, eles se afastam e Jounouchi ouve Yuugi responder:
- Já foi resolvido. Não se preocupem.
- Claro que estamos preocupadas. Por favor, fale quem fez isso com você. Pelo estado deles, é evidente o fato de que não foram eles que o agrediram. – a prateada pergunta desesperada.
- A Kisara-chan está certa. Por favor, nos dê um nome ou o descreva. Nós vamos caçá-lo. – a morena fala com o semblante triste ao ver os ferimentos dele.
- Eu prometo não matá-lo, Yuugi-kun. Vou apenas quebrar alguns ossos. Talvez, deixá-lo paralitico, por exemplo. – Yukiko começa a lista o que faria.
- Eu sei que vai cumprir o que prometeu. Mas ele não vai mais importunar. Podemos nos esquecer dele? Eu só quero descansar e tomar algum remédio para dor. – ele tenta desesperadamente convencer Yukiko a esquecer o assunto.
- Será que devemos levar o Yuugi-kun a enfermaria do colégio? – a prateada pergunta preocupada.
- Eu acho que devemos levá-lo à enfermaria.
- Eu também acho.
- Eu não quero ir para a enfermaria. Eles vão exigir um nome e não quero dar. Eu vou para casa.
O trio de garotas se entreolha, com a albina perguntando:
- Quer passar no médico, Yuugi-kun? Tem uma clínica aqui perto. Você está ferido.
- Eu estou bem. Obrigado por se preocuparem. – ele fala timidamente – O jii-chan pode me ajudar. Não estou tão ferido.
- Você tem certeza?
- Eu tenho certeza, Kisara-chan. Inclusive, eu acho que posso ir para sozinho para casa. Não é justo vocês perderem a aula. – ele fala procurando dar o seu típico sorriso radiante e igualmente adorável.
- Não vamos deixa-lo sozinho no estado em que você se encontra. – a bronzeada fala, negando veemente com a cabeça.
- Mas...
- Sem "mas", Yuugi-kun. Você não estará andando sem ter uma de nós junto de você. – a prateada fala sem ceder.
Ele olha para o trio que exibia determinação em seus olhos e suspira, consentindo.
- Eu vou levá-lo até a casa dele. Vocês podem levar nossos materiais, depois? Daqui a pouco, o intervalo termina e o próximo professor não sabe que estávamos no colégio. - Yukiko fala enquanto olhava para as horas em seu relógio de pulso.
- Eu só espero que nenhum dos outros alunos comente sobre isso. – a prateada comenta, massageando as têmporas.
- Verdade. Se eles comentarem, teremos problemas. – a morena fala, massageando a nuca após suspirar.
- Eu vou assistir às aulas! Não quero trazer problemas e...
Ele começa a falar desesperadamente, mas é calado perante o olhar delas, para depois, a albina sorrir maternalmente enquanto falava gentilmente:
- Não se preocupe, Yuugi-kun. Não teremos problema. Se você quer ir até o seu jii-chan, nós iremos. Depois, ele pode conversar com o diretor.
- Tem certeza?
- Sim. Vá para casa, Yuugi-kun. Vamos levar o seu material e o da Yukiko-chan. – Nuru fala sorrindo de forma confortadora ao apoiar a mão em um dos ombros dele.
- E estaremos em sua casa com as lições e com o conteúdo das aulas. – Kisara fala sorrindo gentilmente, apoiando a mão no outro ombro dele.
- Obrigado. – ele agradece emocionado.
Então, ele percebe o olhar entre elas após olharem para a dupla caída ao longe, compreendendo de imediato as intenções das suas amigas, fazendo com que o adolescente se desesperasse.
- Por favor, esqueçam isso. Eu imploro. - o jovem começa a chorar enquanto olhava com angústia para elas.
- Mas, Yuugi-kun... - a bronzeada murmurava tristemente enquanto se sentia mal por fazer o se amigo chorar.
De fato, o trio havia decidido silenciosamente que iria arrancar de Jounouchi e Honda, o nome de quem fez isso com ele, uma vez que Yuugi não queria contar.
- Por favor, me prometam. Por favor. - ele implora com lágrimas nos olhos enquanto exibia um semblante angustiado.
Suspirando, o trio acena com a cabeça entre si porque não desejava deixar o seu amigo ainda mais angustiado.
- Nós prometemos. - a prateada falava enquanto as outras concordavam.
- Muito obrigado! - ele exclama exibindo o seu típico sorriso radiante e igualmente adorável.
- Vamos, Yuugi-kun. – a meia dragoa fala sorrindo, o ajudando a andar.
Antes que ela se afastasse por completo, a albina lança uma magia na sala de aula deles, fazendo com que os alunos se esquessem de comentar sobre a ausência de ambos.
Inclusive, quando alguém tentasse comentar sobre isso, a magia o faria esquecer no mesmo segundo.
Na linha do tempo original, Yuugi havia ido para a sala de aula após limpar os ferimentos no rosto enquanto ocultava a dor que sentia em seu rosto e corpo, procurando manter a cabeça baixa para evitar que alguém reparesse que havia algo de errado com ele.
Yukiko confessava que estava sendo demasiadamente difícil para ela não ir até Ushio para vingar o que ele fez ao seu amigo. Era preciso toda a sua força de vontade para deixar aquela presa para Atemu, somente podendo reivindicá-lo como sua presa, depois do Yami no Game.
Afinal, a albina era plenamente ciente que havia acontecimentos que não podia altera enquanto que em outros, podia intervir parcialmente e em algumas situações, a albina poderia alterá-las ao seu bel prazer.
No caso de Ushio, ela tinha que deixar os acontecimentos fluírem como deveria ser na linha do tempo original, concordando que era um autêntico exercício de autocontrole e só podia esperar que a sua força de vontade fosse suficiente para não modificar os eventos que envolviam aquele acontecimento, tal como o atual.
De fato, este seria uma grande provação para ela e a albina esperava conseguir passar com exatidão nesse teste dificílimo.
Yuugi se afastava com a ajuda de Yukiko enquanto que Nuru e Kisara retornavam ao pátio para irem até a sala de aula, deixando o loiro e o moreno caídos no local conforme a vontade de Katsuya.
- Eu tenho certeza, Kisara-chan. Inclusive, eu acho que posso ir para sozinho para casa. Não é justo vocês perderem a aula. – ele fala procurando dar o seu usual sorriso radiante e adorável
- Não vamos deixa-lo sozinho no estado em que você se encontra. – a bronzeada fala, negando veemente com a cabeça.
- Mas...
- Sem "mas", Yuugi-kun. Você não estará andando sem ter uma de nós junto de você. – a prateada fala sem ceder.
Ele olha para o trio que exibia determinação em seus olhos e suspira, consentindo.
- Eu vou levá-lo até a casa dele. O intervalo está prestes a terminar e o próximo professor não pode saber que nós estávamos no colégio. - Yukiko falava enquanto olhava para as horas em seu relógio de pulso.
- Eu só espero que nenhum dos outros alunos comente sobre isso. – a prateada comenta, massageando as têmporas.
- Verdade. Se eles comentarem, teremos problemas. – a bronzeada falava enquanto massageava a nuca após suspirar.
- Eu vou assistir às aulas! Não quero trazer problemas.
- Não se preocupe, Yuugi-kun. Não teremos problema. Se você quer ir até o seu jii-chan, nós iremos. Depois, ele pode conversar com o diretor. - a albina falava gentilmente enquanto sorria maternalmente.
- Tem certeza?
- Sim. Vá para casa, Yuugi-kun. Vamos levar o seu material e o da Yukiko-chan. – Nuru fala sorrindo de forma confortadora ao apoiar a mão em um dos ombros dele.
- E estaremos em sua casa com as lições e com o conteúdo das aulas. – Kisara fala sorrindo gentilmente, apoiando a mão no outro ombro dele.
- Obrigado. – ele agradece emocionado.
Então, ele percebe o olhar entre elas após olharem para a dupla caída ao longe, compreendendo de imediato as intenções das suas amigas, fazendo com que o adolescente se desesperasse.
- Por favor, esqueçam isso. Eu imploro. - o jovem começa a chorar enquanto olhava com angústia para elas.
- Mas, Yuugi-kun... - a bronzeada murmurava tristemente enquanto se sentia mal por fazer o se amigo chorar.
De fato, o trio havia decidido silenciosamente que iria arrancar de Jounouchi e Honda, o nome de quem fez isso com ele, uma vez que Yuugi não queria contar.
- Por favor, me prometam. Por favor. - ele implora com lágrimas nos olhos enquanto exibia um semblante angustiado.
Suspirando, o trio acena com a cabeça entre si porque não desejava deixar o seu amigo ainda mais angustiado.
- Nós prometemos. - a prateada falava enquanto as outras concordavam.
- Muito obrigado! - ele exclama exibindo o seu típico sorriso radiante e adorável
- Vamos, Yuugi-kun. – a meia dragoa fala sorrindo, o ajudando a andar.
Antes que ela se afastasse por completo, a albina lança uma magia na sala de aula deles, fazendo com que os alunos se esquessem de comentar sobre a ausência de ambos.
Inclusive, quando alguém tentasse comentar sobre isso, a magia o faria esquecer no mesmo segundo.
Na linha do tempo original, Yuugi havia ido para a sala de aula após limpar os ferimentos no rosto enquanto ocultava a dor que sentia em seu rosto e corpo, procurando manter a cabeça baixa para evitar que alguém reparasse que havia algo de errado com ele.
Yukiko confessava que estava sendo demasiadamente difícil para ela não ir até Ushio para vingar o que ele fez ao seu amigo. Era preciso toda a sua força de vontade para deixar aquela presa para Atemu, somente podendo reivindicá-lo como sua presa, depois do Yami no Game.
Afinal, a albina era plenamente ciente que havia acontecimentos que não podia altera enquanto que em outros, podia intervir parcialmente e em algumas situações, a meia dragoa poderia alterá-las ao seu bel prazer.
No caso de Ushio, ela tinha que deixar os acontecimentos fluírem como deveria ser na linha do tempo original, concordando que era um autêntico exercício de autocontrole e só podia esperar que a sua força de vontade fosse suficiente para não modificar os eventos que envolviam aquele acontecimento.
De fato, este seria uma grande provação para ela e a princesa dos dragões esperava conseguir passar com exatidão nesse teste dificílimo.
Yuugi se afastava com a ajuda de Yukiko enquanto que Nuru e Kisara retornavam ao pátio para irem até a sala de aula, deixando Jounouchi e Honda caídos no local conforme a vontade do loiro.
Jounouchi tinha ouvido a conversa deles e ficou estarrecido com o que ouviu juntamente com o desespero de Yuugi para que Yukiko não atacasse Ushio, fazendo de tudo para salvá-lo da fúria da albina ao não denunciar quem o havia ferido.
Afinal, os eventuais socos e chutes que davam no jovem de cabelos tricolores nunca haviam sido fortes. Se eles quisessem, poderiam ter ferido gravemente Mutou, caso o socassem como faziam contra outras gangues.
Em relação a Ushio, o mesmo estava em um nível diferente porque ele bateu com força em Mutou várias vezes e de um jeito brutal. Mesmo assim, o jovem de cabelos tricolores estava fazendo de tudo para salvar o Monitor Estudantil da fúria das três amigas dele e considerando a fama de Yukiko fora dos muros da escola e o fato de terem experimentando uma amostra grátis da força dela, segundo o que ela explicou a eles após retribuir os socos e eventuais chutes que eles deram em Yuugi, ele passou a comparar a força dos punhos de Ushio com os da albina, com Katsuya chegando à conclusão do resultado de uma luta entre ambos. O resultado era que o Monitor estudantil teria muitos ossos quebrados e isto era a coisa mais suave que aconteceria a ele.
Afinal, mesmo a albina possuindo uma aparência meiga e delicada, era surpreendente a força que ela tinha e que surpreendeu ambos quando foram golpeados pela primeira vez. Era simplesmente assustador porque de tanto eles brigarem, ambos tinham experiência para analisar a capacidade do soco de um oponente e a sua postura.
Portanto, sabiam que Yukiko quebraria Ushio como se fosse um graveto e este era um pensamento demasiadamente assustador, considerando a aparência meiga e delicada dela.
Jounouchi ajuda Honda a se levantar quando ele recobra a consciência porque Honda se encontrava no limiar da inconsciência quando Mutou chegou, com ele ficando inconsciente em virtude dos golpes, depois da chegada do jovem de cabelos tricolores.
Enquanto ajudava o seu amigo a se levantar, Katsuya olha na direção da piscina da escola e após refletir sobre tudo o que aconteceu e os atos de Yuugi, ele toma uma decisão para tentar reduzir a sensação que sentia de ser o pior lixo do mundo.
Após o término das aulas daquele dia, com os professores não se incomodando com o estado dos dois, uma vez que isso era quase que usual, limitando a perguntar se eles desejavam passar na enfermaria do colégio, Jounouchi se despediu de Honda na porta do colégio, com Hiroto comentando que iria tomar um remédio quando chegasse em casa e ao questionar o seu amigo se ele não queria mesmo acompanhá-lo, Katsuya dá uma desculpa qualquer e depois que o seu amigo se afastou com um aceno, o loiro vai até a piscina da escola.
Conforme se dirigia até a piscina, ele se recorda que Honda não queria ouvir o que aconteceu após ele ficar inconsciente e somente aceitou ouvir a parte de que Yuugi não havia mandado Ushio bater neles.
Porém, mesmo não querendo ouvir, o loiro o obrigou a escutar, fazendo com que surgisse uma carranca na face do moreno depois do término do relato.
Jounouchi sabia que o seu amigo considerou o que Mutou fez e disse, mas sabia, também, que Hiroto era muito mais orgulhoso do que ele, assim como, cabeça-dura.
Portanto, sabia que mesmo que ele tenha considerado algo, ainda não era o suficiente para ter alguma consideração para o jovem de orbes ametistas.
Katsuya espana esses pensamentos para longe ao se aproximar da área da piscina e aproveitando o fato de que não tinha ninguém no local porque havia acabado de anoitecer, ele mergulha na água e após vários minutos, apalpando o chão ao mergulhar, se limitando ao local que ele havia visto a peça dourada cair, Jounouchi fica surpreso ao ter a visão de algo brilhando próximo dele e tomado pela curiosidade, se aproxima do brilho, percebendo que vinha da peça dourada enquanto a pegava com uma de suas mãos.
Ao nadar para a superfície, Katsuya percebe que o objeto não estava brilhando e passa a julgar que estava vendo coisas porque não havia motivo para algo brilhar por si mesmo e conforme pensava nisso, acreditava que fora o brilho da lua que incidiu no objeto.
Afinal, esta era uma explicação mais plausível do que o objeto brilhar por si mesmo, sem ele saber que o objeto emitiu um brilho por si mesmo.
O loiro sai da piscina e mesmo sentindo frio, Katsuya ignora essa sensação enquanto pulava o muro ao usar uma árvore para escalá-lo, decidindo que não iria passar em casa para se secar porque precisava entregar aquela peça ao seu dono o quanto antes, com Jounouchi planejando encontrar o avô de Yuugi para que este entregasse o objeto ao jovem de cabelos tricolores porque ele não tinha coragem, ainda, de olhar nos olhos ametistas dele após tudo o que fez contra ele, além de não desejar explicar como encontrou o objeto.
Afinal, o loiro sentia muita vergonha dos seus atos contra o adolescente de cabelos tricolores e confessava que não tinha coragem de encará-lo depois de tudo o que fez contra ele.
Portanto, ao usar o avô de Yuugi para entregar o objeto, Jounouchi iria garantir que o jovem não soubesse quem entregou a peça a Sugoroku, além de pedir para que ele não revelasse quem foi que lhe entregou o objeto. Ele também explicaria o motivo do neto dele estar machucado porque ele acreditava que Mutou não contou ao seu avô sobre quem o feriu e o motivo, considerando o seu ato de ocultar Ushio das suas amigas.
Pelo que o loiro compreendeu, ele sempre protegia os outros por ser altruísta e o ato de não revelar o culpado, iria impedir que o seu avô reclamasse do Monitor Estudantil porque Yuugi temia que houvesse alguma retaliação, acabando por ferir quem ele amava.
Pelo menos, era nisso que Katsuya acreditava e ele teria a confirmação da sua hipótese assim que conversasse com Sugoroku.
Chapter 21: Sennen Pazuru
Summary:
Yuugi decide...
Jounouchi se encontra com...
Yuugi fica...
Dentro do Sennen Aitemu...
Chapter Text
Yuugi se encontrava em seu quarto, gerenciando a dor que sentia após responder as várias perguntas que o seu avô fez, com Sugoroku ficando horrorizado ao ver o estado do seu neto, para em seguida, auxiliá-lo com os curativos junto da albina que o havia auxiliado e escoltado até a casa dele.
Após o término das aulas, as gêmeas foram até a casa do seu amigo de infância para saberem como ele estava com o jovem pegando o conteúdo que foi dado nas aulas e as lições de casa. As suas amigas ficaram junto dele até alguns minutos, atrás, demonstrando preocupação em seus olhos, para depois, se despedirem do amigo e do avô dele, com Sugoroku (Solomon) sendo ciente que o seu filho desejava ter um amigo para saber como seriam as conversas com outro homem, uma vez que Yukiko, Nuru e Kisara eram garotas.
No seu quarto, o jovem de cabelos tricolores se encontrava demasiadamente preocupado ao ver que a quantia no seu pequeno cofre em cima da sua mesa era insuficiente para pagar o valor que Ushio ordenou que ele pagasse e comenta consiga si mesmo após suspirar em desalento:
- O que eu vou fazer? Vinte mil ienes? Onde eu vou conseguir tanto dinheiro? Não tem como eu conseguir essa quantia até amanhã! É impossível.
Então, inconscientemente, buscando algum conforto, sem perceber o que fazia, ele pega as peças do Sennen Pazuru que estavam em cima da sua mesa de estudos e começa a montar enquanto estava pensando consigo mesmo, inerte ao que as suas mãos faziam:
- O que eu faço? Se eu não pagar, vou sofrer amanhã. – ele se recorda de Tetsuo lambendo a lâmina do canivete com uma face retorcida de prazer demente, fazendo-o tremer intensamente – O que eu posso fazer? Ele vai me matar, com certeza!
No labirinto da alma que se encontrava iluminado pelo brilho do coração gentil do jovem de olhos ametistas, Atemu podia sentir o que aconteceu a Yuugi enquanto estava sentado em seu trono de pedra conforme o jovem tocava as peças, acabando por ouvir os pensamentos dele ao mesmo tempo em que era tomado por uma fúria sem precedentes ao tentar deduzir quem havia ferido uma alma tão nobre e de coração cristalino porque só tinha acesso aos pensamentos quando o jovem comentava algo, além de sentir os sentimentos relacionados a esses pensamentos que iam até ele.
Ademais, ele também sentia o forte terror que acometia o jovem e desejava mais do que tudo poder confortá-lo e aplacar esse medo intenso de alguma forma enquanto ficava furioso ao ter um vislumbre de que o medo do adolescente era proveniente de alguém, mas que ele ainda não conseguia discernir de quem era.
Inicialmente, ele achou que os ferimentos e medo intenso que tomavam o jovem de olhos ametistas haviam sido obra de Jounouchi e Honda, uma vez que ouvira várias vezes o pensamento do adolescente sobre eles, sabendo que eles atormentavam o jovem quando Yukiko, Nuru e Kisara não estavam perto dele.
Nesses momentos o seu sangue fervia e ele confessava que havia imaginado as várias formas que os baniria para o esquecimento em um Yami no game ao mesmo tempo em que ficava revoltado ao se recordar que isso nunca iria acontecer porque Katsuya havia roubado uma das peças douradas, com Atemu acreditando piamente que a peça se encontrava a venda no mercado negro e que em virtude desse fato, o Sennen Pazuru nunca seria completado, fazendo-o ficar selado para sempre dentro do item enquanto que não poderia distribuir a justiça que o adolescente merecia ao punir aqueles que invadiam a fronteira do coração de Mutou.
Após ouvir melhor os pensamentos do jovem, mesmo sabendo que não poderia fazer nada, o Faraó descobriu que não foram Jounouchi e Honda que o feriram daquela forma. O culpado era Ushio Tetsuo, com Atemu descobrindo através dos pensamentos do jovem de olhos ametistas, que ele ficou ferido por ter protegido ambos do Monitor Estudantil, pelo que compreendeu, chegando ao ponto de chamá-los de amigos, além de se oferecer como um saco de pancada para que Ushio não continuasse batendo em Katsuya e Hiroto.
Ao assimilar os fragmentos das memórias que recebia através das peças douradas, os reunindo da melhor forma possível, o Faraó massageia as têmporas com os dedos, para depois, suspirar porque o seu futuro anfitrião era demasiadamente peculiar com o seu coração cristalino, gentil e bondoso.
Portanto, ele devia ter previsto algo assim, considerando que o conhecia há oito anos, desde que Yuugi tocou pela primeira vez no item, passando a receber a luz quente, gentil, plácida e confortadora que emanava dele para as câmaras da memória de Atemu.
Então, ao pensar no fato de que seria obrigado a assistir tudo de dentro do item, sem poder distribuir a justiça que o jovem merecia em um Yami no Game, julgando o verdadeiro caráter da pessoa e condenando-a com um jogo de penalidade, ele sente uma grande fúria e proporcional a sua ira, era a sua tristeza. Uma tristeza imensa que o engolfava, fazendo-o cerrar os dentes e punhos ao pensar em sua prisão eterna dentro do item, sem poder salvar a luz gentil da maldade do mundo por causa da falta de uma única peça dourada.
Fora do item, Yuugi ainda estava pensando na sua situação atual até que solta o item ao perceber o que estava fazendo, para depois, falar:
- Ei! Não é hora para isso! Preciso pensar em alguma saída se eu não quiser morrer... Afinal, não vou conseguir pagar Vinte mil ienes para o Ushio-san.
Então, ele pensa consigo mesmo, olhando para as peças douradas na sua frente:
"Bem, só ficar pensando não vai fazer o dinheiro surgir do nada. Pelo menos, montando o Sennen Pazuru, eu me distraio um pouco e quem sabe, eu não tenha alguma solução para a minha situação nesse interim? Afinal, uma mente calma permite ver além. Pelo menos, foi o que elas me falaram."
Então, o jovem volta a montar o Sennen Aitemu, com o som das peças se encaixando e preenchendo o seu quarto enquanto ele comentava em um misto de surpresa e animação:
- Ei! Encaixou! Então, eu precisava girar a peça, depois de colocá-la. Portanto, esta peça deve entrar aqui...
Enquanto Mutou se encontrava compenetrado em montar o Sennen Pazuru, exibindo animação pela facilidade que as peças se encaixavam uma após a outra, sem saber que foi graças à remoção da magia de Atemu em uma delas que o permitiu continuar encaixando as peças, Sugoroku se encontrava na calçada em frente à loja, varrendo-a.
Então, algo chama a sua atenção e ao olhar para o seu lado direito, ele avista um adolescente loiro que usava o mesmo uniforme do seu neto e era evidente o fato de que ele estava encharcado apesar de não estar chovendo.
Quando o adolescente se aproxima do lojista, Mutou para de varrer e o cumprimenta gentilmente:
- Konbanwa. Eu sou Sugoroku. Se você veio comprar algo, eu posso abrir brevemente a minha loja, jovem.
- Konbanwa, Sugoroku-san. Eu sou um amigo do seu neto, Yuugi.
- Fico feliz do meu neto ter um amigo. Então, o que eu posso fazer por você, jovem? Eu percebi que você não veio comprar nada.
- O senhor está certo. Eu vim entregar algo que pertence ao Yuugi – ele fala, pegando algo do bolso, para depois, estender a sua palma, revelando uma peça dourada.
O item faz Sugoroku ficar embasbacado e quando sai do seu estupor, pega a peça, para depois, falar, exibindo emoção por ver a peça salva em suas mãos ao mesmo tempo em que achou estranho o seu neto não ter relatado a falta de uma das peças do Sennen Pazuru:
- Muito obrigado, jovem. Isso é muito importante para o meu neto. Faz parte do seu inestimável tesouro.
- Eu sei. Por isso, eu vim entregar o quanto antes.
- A propósito, você não disse o seu nome.
O loiro hesita por alguns segundos porque não sabia se Yuugi chegou a contar sobre ele e Honda ao seu avô.
Após suspirar, ele decide contar, orando para que o adolescente menor nunca tenha citado ambos para o senhor a sua frente.
- Eu me chamo Jounouchi e quero pedir para não revelar o meu nome para o seu neto. Eu não quero que ele saiba que fui eu que entreguei a peça. - ele fala enquanto surgia um semblante triste por alguns segundos, antes de voltar a face usual, exibindo um sorriso.
Afinal, o loiro ficou aliviado ao notar que o senhor a sua frente não teve qualquer reação perante o seu nome, indicando que Mutou nunca comentou deles para o seu avô.
Essa mudança não passou despercebida para Sugoroku que decidiu não indagar ao jovem a sua frente enquanto falava em um tom gentil, guardando a peça dourada em um dos seus bolsos.
- Eu entendo. Pode deixar que eu não vou revelar o seu nome.
- Obrigado. Além de entregar a peça, eu quero perguntar se o senhor sabe o motivo do Yuugi estar ferido.
Mutou demonstra preocupação em seu semblante, com os seus olhos se arregalando levemente, para depois, segurar os braços do loiro a sua frente enquanto implorava:
- Por favor, me fale o motivo dele estar ferido. Por favor, Jounouchi-kun, me conte. O meu neto não quer contar e eu não consigo fazê-lo revelar o que ocorreu no colégio.
- Eu vim aqui para contar o motivo também, caso ele não tenha contado para o senhor. Como o Yuugi-kun não contou, eu irei contar.
- Muito obrigado, jovem! – ele agradece emocionado e o solta.
- Quem o feriu foi o Monitor Estudantil Tetsu Ushio. Ele espancou dois valentões do colégio que viviam praticando bullying contra o seu neto. Só que ele fez isso a título de ser um guarda-costas. O Yuugi nunca o contratou. Ele assumiu para si essa denominação. O seu neto defendeu os dois estudantes que o agrediam verbalmente e fisicamente, visando impedir que eles apanhassem mais de Ushio e chegou ao ponto de se oferecer para apanhar no lugar deles, visando aplacar aquele bastardo que decidiu bater nele como uma forma de aviso para obrigá-lo a pagar o preço de ter sido o seu "guarda-costas" – Jounouchi fala com asco a menção da palavra guarda-costas – Yuugi tem que pagar Vinte mil ienes até amanhã, para não sofrer ferimentos piores nas mãos daquele desgraçado.
Sugoroku ficou ouvindo tudo em silêncio enquanto que a atitude do seu neto de defender os valentões para evitar que fossem mais feridos e chegar ao ponto de usar o seu corpo como escudo, além de não contar a ele o que ocorreu visando protegê-lo, não era nenhuma novidade, a seu ver e inclusive, seria o esperado dele.
Afinal, Yuugi tinha um coração cristalino, amavél e bondoso. Ele era incapaz de fazer mal a alguém enquanto que nunca desejaria o mal por mais que essa pessoa o ferisse. O coração dele nunca permitiria tal ato, assim como ele nunca reagia quando o agrediam. Ele somente reagia se era para salvar alguém, não importando quem fosse e o que essa pessoa fez contra ele, além de não guardar ódio ou mágoa dos outros. Podia ter raiva no início, mas não conseguia manter o ódio ou a mágoa em seu coração cristalino que era altamente propenso a perdoar plenamente a pessoa em questão de dias.
Afinal, Sugoroku conhecia melhor do que ninguém o coração ímpar do seu neto, assim como temia por alguém com um coração tão cristalino viver em um mundo que não merecia uma alma tão nobre.
Ele suspira cansado, para depois, conter as lágrimas ao se recordar dos ferimentos feitos em uma alma tão gentil e bondosa.
Após inspirar profundamente, ele fala, exibindo um semblante cansado:
- Eu não estou surpreso com os atos do meu neto. Eu ficaria surpreso se ele não tivesse feito nada disso. Ele tem um coração cristalino, repleto de gentileza e bondade. Ele perdoa facilmente os outros, não guarda mágoa ou ódio, além de reagir, somente, se alguém está em dificuldade, não medindo esforços para fazer isso, independentemente de quem seja. Portanto, proteger esses dois que praticavam bullying nele, chegando a se oferecer para apanhar no lugar deles era o esperado vindo do meu neto e mesmo agora, eu duvido, seriamente, que ele guarda qualquer ódio de Ushio.
- O coração dele é ímpar e esses dois que o maltratavam são autênticos idiotas, além de bastardos. Eles não mereciam a proteção dele! – o loiro exclama, torcendo os punhos enquanto fechava os olhos conforme se recordava de todos os seus atos para com o adolescente menor e depois, tudo o que ele fez para salvá-los.
- Jounouchi-kun – Katsuya olha para o senhor a sua frente à menção do seu nome, arqueando o cenho para ele – O meu neto nunca pensaria assim. Ele sempre irá salvar os outros, por mais que isso o leve a sofrer ou a se ferir ou então, ambos. Por isso, eu duvido que ele tenha qualquer arrependimento pelo que fez e acredito que faria novamente, sem hesitar.
O loiro suspira, sabendo o quanto as palavras do senhor a sua frente eram verdadeiras, decidindo que iria lidar com a vergonha e a raiva que sentia de si mesmo por tudo o que fez contra um colega com um coração tão ímpar e que não mediu esforços para salvá-los, mesmo após o tratamento cruel que eles deram a ele, fazendo-o se sentir o pior lixo do mundo enquanto se considerava indigno dos ferimentos que Yuugi sofreu para salvá-los.
Jounouchi chega a implorar mentalmente a Kami-sama para que conseguisse expirar tudo o que fez contra o adolescente de cabelos tricolores, para poder se livrar da vergonha que o tomava, fazendo-o se lembrar implacavelmente do quanto ele fora um bastardo em relação ao Mutou.
Então, Katsuya sai dos seus pensamentos e fala:
- Eu também acredito nisso. Bem, eu devo voltar para casa antes que eu fique resfriado.
- Verdade. Pode deixar. Eu vou entregar a peça ao meu neto. Muito obrigado, Jounouchi-kun, por ter encontrado a peça e peço desculpas por qualquer incômodo.
O loiro decide suprimir estoicamente os sentimentos de dor, culpa, pesar e raiva de si mesmo que se encontravam dentro dele pelos seus atos no passado e o seu ato no presente ao furtar uma das peças da caixa dourada.
Portanto, Katsuya exibe um sorriso falso enquanto os seus punhos fechados demonstravam a raiva que sentia de si mesmo e o quanto era indigno de qualquer agradecimento, uma vez que foi ele furtou aquele item e o atirou na piscina para que Yuugi sofresse ao perceber que um dos itens sumiu.
Contendo os sentimentos que havia dentro dele, ele consegue se despedir com a sua voz usual que não revelava a dor e a raiva que o tomavam, assim como a vergonha pelos seus atos:
- Oyasuminasai, Sugoroku-san.
- Oyasuminasai, Jounouchi-kun.
Após acenar com uma das mãos, ele se afasta do local conforme colocava as mãos dentro dos bolsos.
Alguns minutos depois, no quarto de Yuugi, o mesmo exibia um semblante de agradável surpresa ao ver que as peças estavam se encaixando facilmente, fazendo-o comenta consigo mesmo enquanto se encontrava compenetrado em terminar o quebra-cabeça:
- Legal! Hoje a coisa está andando. Logo hoje. Isso é incrível.
O jovem fica surpreso ao perceber que conseguiria terminar de montar o Sennen Aitemu e que somente faltava uma peça dourada para ele fazer o seu desejo ao item. Ele havia esperado oito anos por esse desejo.
Então, Yuugi fala com uma voz ligeiramente incrédula, como se não pudesse acreditar no que estava vendo porque havia tentando montar o item por oito anos e conforme olhava para a pirâmide invertida, incompleta apenas por uma única peça, ele parabenizava a si mesmo em pensamento:
"Eu consegui! Após oitos anos! Enfim, eu consegui montar!"
Então, ele exclama animado:
- Só preciso encaixar a última peça e estará pronto! Finalmente, o meu desejo será realizado!
Dentro do item, Atemu sentia plenamente a intensa felicidade que o jovem sentia por ter quase terminado de montar o item e passa a se sentir mal por ele.
Afinal, o adolescente iria descobrir amargamente a falta do item que inviabilizava o termino da montagem e ao pensar nisso, o Faraó sente o seu coração se restringir enquanto gritava em sua mente pela injustiça que sofria ao ser privado de proteger e salvar Yuugi do mundo que não o merecia.
A sua dor e desolação eram palpáveis e sufocavam a sua alma ao mesmo tempo em que ele digeria o fato que ficaria em sua prisão dentro do item para sempre, com os seus orbes carmesim perdendo o brilho conforme assimilava a verdade desalentadora e igualmente sufocante.
No exterior, após ficar agradavelmente surpreso pela sua proeza, Yuugi dirige uma de suas mãos para dentro do sarcófago dourado, visando pegar a última peça dourada para terminar de montar o item enquanto continuava regorjeando a si mesmo pela sua proeza.
Porém, quando a sua mão entra na caixa dourada, não encontra nenhuma peça e passa a demonstrar um semblante chocado com a descoberta estarrecedora, como se não pudesse acreditar no que sentia ao apalpar a caixa após ter ficado oito anos tentando montá-lo.
Então, ao tomar consciência da falta da peça, ele exclama desesperado:
- Cadê a última peça?! Onde ela foi parar?
O jovem começa a procurar desesperadamente pelo quarto e após vários minutos, a beira das lágrimas, ele senta na cadeira em frente à mesa, olhando desoladamente para o objeto incompleto que repousava em sua mesa enquanto exclamava em pensamento com a voz repleta de desolação ao mesmo tempo em que se encontrava imerso em dor, o fazendo chorar copiosamente:
"O Sennen Pazuru nunca será resolvido! - ele bate ambos os punhos mesa enquanto vertia lágrimas imersas na mais pura dor e desolação – O meu desejo nunca se realizará!"
Próximo dali, Yukiko se encontrava sentada no parapeito de um edifício, olhando Yuugi pela claraboia do seu quarto. Ele havia avista Jounouchi conversando com Sugoroku e entregando a peça dourada, para depois, vê-lo se retirar, voltando a olhar para o seu amigo.
O seu coração se restringia ao ouvir e ver as lágrimas de dor e de desolação dele ao mesmo tempo em que lutava arduamente para não entrar no quarto do jovem para confortá-lo. Ela confessava que era necessário uma grande força de vontade para suprimir este desejo movido pelos seus sentimentos maternais perante ele enquanto cerrava os seus punhos e mesmo sabendo que era algo temporário, uma vez que o loiro devolveu a peça que ele roubou, ela tinha que lutar avidamente para não ir até o adolescente em virtude das lágrimas dele que a feriam demasiadamente.
De volta ao quarto de Yuugi, o mesmo se encontrava debruçado na mesa enquanto que não conseguia conter as suas lágrimas que brotavam de seus orbes ametistas ao mesmo tempo em que entrava em depressão conforme mantinha um olhar desolado para o item a sua frente.
O seu avô entra no quarto e se aproxima do seu neto, exclamando animado ao vê-lo parcialmente completo conforme pegava o Sennen Aitemu em suas mãos para trazê-lo mais perto dele, exibindo intensa admiração e orgulho em seus olhos ao olhar para o seu neto:
- Não acredito! O Sennen Pazuru está resolvido!
- Não... O Sennen Pazuru nunca ficará pronto, jii-chan. Não consigo encontrar a última peça dourada que falta para completá-lo.
O adolescente de cabelos tricolores murmura tristemente, sem saber que a dor desoladora que sentia era compartilhada pelo espirito selado dentro do item juntamente com o fato dele estar extremamente preocupado em relação à Ushio enquanto sentia uma ira intensa por não poder fazer nada pelo jovem, uma vez que o item se encontrava incompleto.
O avô dele analisa o item, avistando a parte central do mesmo que se encontrava faltando.
- Deixe-me ver, sim... eu percebo agora – Sugoroku fala, olhando para o seu neto que estava com a cabeça caída no tampão da mesa enquanto vertia lágrimas - Yuugi-kun, você esteve esperando por este momento durante oito anos. Devia confiar mais no poder milagroso do Sennen Pazuru.
Yuugi vira a cabeça para olhá-lo na menção do poder milagroso do item que o fez arquear o cenho, para depois, ver o seu amado avô estendendo a mão esquerda na direção dele que estava fechada enquanto ele falava:
- Hoje é o dia em que o seu desejo será realizado! – Sugoroku exclama com confiança em seu semblante ao mesmo tempo em que abria a mão, revelando a última peça que faltava.
O jovem de olhos ametistas fica emocionado enquanto as suas lágrimas de tristeza se convertiam para lágrimas de felicidade conforme ele exclamava:
- Jii-chan! – o adolescente abraçou o seu avô – Muito obrigado por encontrar! Muito obrigado! Onde o senhor o encontrou?
- Ei, calma... – nisso, ele consegue acalmar o seu neto enquanto falava – Yuugi-kun, não fui eu quem encontrou essa peça.
O adolescente de cabelos tricolores olha com evidente surpresa para o seu avô que fala:
- Um amigo seu passou agora na loja e me pediu para entregá-lo a você. Ele estava todo molhado apesar de não estar chovendo.
Yuugi pega a peça com carinho enquanto pensava consigo mesmo:
"Quem teria sido?! Mas, obrigado, assim mesmo. Graças a você, eu poderei realizar o meu desejo."
Após entregar a peça, vendo o seu neto comemorando animadamente o reaparecimento da última peça dourada, Sugoroku se afastava com um envelope na mão para guardá-lo discretamente na mochila do jovem ao mesmo tempo em que pensava consigo mesmo:
"O Jounouchi-kun me pediu para não dizer o nome dele para você, mas ele me contou tudo, já que você não me contou nada apesar de eu estar preocupado com os seus ferimentos, assim como a Yukiko-chan, a Nuru-chan e a Kisara-chan. Agora eu sei que um canalha chamado Ushio está ameaçando você – ele guarda o envelope na mochila do seu neto – Vou colocar o dinheiro dentro da sua mochila. Eu espero que isso evite que você se machuque de novo."
Após guardar o envelope, ele se dirige para a saída do quarto, falando ao virar o rosto:
- Oyasumi, Yuugi-kun.
- Oyasumi, jii-chan.
Então, com o Sennen Pazuru parcialmente montado, faltando à última peça que se encontrava na sua outra mão, Yuugi começa a aproximá-la enquanto transbordava de ansiedade e de felicidade, sentindo que os seus sentimentos não eram somente por resolver o Sennen Aitemu após oito anos. Ele sentia que havia outros sentimentos envolvidos. Algo dentro do seu coração que ansiava para ter o item montado por completo, além de uma ansiedade desconhecida a ele, mas que o unia fortemente ao item de uma forma inexplicável ao jovem e igualmente intensa, como se estivesse esperando por muito tempo para se unir com alguém que habitava o seu coração por mais estranho que fosse esse pensamento singular, ao ver dele.
Então, espanando esses pensamentos para o lado conforme aproximava lentamente a peça, ele pensava consigo mesmo:
"Finalmente, eu vou conseguir terminar de montá-lo!"
Próximo dali, no corredor que dava acesso ao seu quarto, Sugoroku falava mentalmente, com os braços atrás do corpo conforme se afastava do quarto do seu neto:
"Ho ho ho... Parabéns por resolver o Sennen Pazuru, Yuugi-kun. Dizem que quem solucionar o Sennen Pazuru irá herdar o poder dos Yami no Game (Jogos das trevas) e com ele, se tornará o Guardião da Justiça e julgará o mal. Bem, é o que está escrito em um trecho do Livro dos mortos."
De volta ao quarto de Yuugi, assim que ele encaixou a última peça, Atemu, que se encontrava dentro do item e que havia se recuperado da surpresa inesperada da peça dourada ter voltado às mãos do seu futuro anfitrião, havia caminhado até a sala imensa que continha uma porta com o olho de Wadjet em relevo.
Quando Mutou encaixou a última peça dourada, a câmara imensa onde o Faraó se encontrava e que dava acesso às inúmeras escadas e corredores do seu labirinto das memórias, se iluminou por completo e ao olhar para a porta que não conseguia abrir antes por estar selada, ele percebe que ela brilhava intensamente, com o fulgor se concentrando no olho de Wadjet.
Impulsionado pela luz intensa que invadia o cômodo e sem se intimidar pelo brilho do olho esculpido na porta que reluzia, ele se aproxima dela e estende a mão para segurar a maçaneta enquanto sorria imensamente ao sentir que Yuugi havia montado por completo, o Sennen Pazuru.
Ao abrir a porta, uma luz intensa o envolve ao mesmo tempo em que do lado de fora, Yuugi parecia se encontrar em transe conforme olhava para o Sennen Pazuru que brilhava intensamente, com o olho de Wedjat no Sennen Aitemu brilhando mais intensamente, fazendo surgir uma espiral dourada que se dirige até a testa do jovem de cabelos tricolores, começando a unir a alma do jovem com o do espirito selado conforme projetava a câmara da alma e da mente de Yuugi em frente a porta que dava acesso a câmara pertencente ao Faraó após criar um corredor que permitia o acesso a ambas as câmaras da alma, as unindo e as separando ao mesmo tempo.
Após o brilho cessar, o adolescente de olhos ametistas parecia continuar em transe enquanto surgia um olho dourado em sua testa.
Nesse interim, conforme andava por um corredor, Sugoroku pensava consigo mesmo, rindo levemente ao mesmo tempo em que mantinha as suas mãos fechadas atrás das costas:
"Ho ho ho... Talvez, quem esteja encrencado agora, seja esse rapaz chamado Ushio."
Chapter 22: Adaptação e assimilação
Summary:
Atemu começa...
Ele decide...
Yukiko fica...
Chapter Text
No quarto de Yuugi, Atemu havia tomado o controle do corpo dele após fazer o seu anfitrião dormir profundamente em sua câmara da alma, para que pudesse agir livremente, uma vez que ele nunca concordaria com muitas de suas atitudes enquanto precisava aproveitar que a sua magia conseguia subjuga-lo para conseguir distribuir a justiça que o jovem merecia.
O Faraó caminha até o espelho, confessando que se encontrava extasiado por poder ter um corpo novamente. Ao se olhar no espelho, ele suspira porque não tinha poder mágico suficiente para fazer o seu corpo ser um reflexo do seu verdadeiro corpo dentro do Sennen Pazuru, pelo menos, por algum tempo até terminar de reunir a sua magia com a ajuda do item que o confinava, sentindo que era questão de tempo.
Por enquanto, aceitaria de bom grado a sua aparência, no caso, a estatura e a constituição física do seu anfitrião, embora continuasse exibindo um olhar crítico para a sua aparência atual.
Quanto à cor dos olhos, não tinha quaisquer críticas.
Afinal, pelo pouco que se recordava de quando era vivo, conforme olhava para aqueles orbes, a ametista era considerada uma joia demasiadamente preciosa quando ele vivia e confessava que apreciava essa cor. Era o quesito estatura e constituição física que o incomodava, no momento.
Os orbes ametistas juntamente com o tom de pele de marfim e não bronzeado, assim como a altura e constituição, o recordava do empréstimo daquele corpo, com ele se mantendo convicto no propósito de tomar aquele corpo para si, apenas de forma temporária e quando fosse necessária a sua intervenção, devendo devolver o quanto antes, além de zelar pelo corpo durante o empréstimo porque por mais que fosse para cuidar e proteger o seu anfitrião, não mudava o fato de que era errado tomar o controle do corpo de outra pessoa.
Por isso, se mantinha firme na concepção de empréstimo e que só deveria fazer isso se fosse necessário, para que aplacasse qualquer culpa que surgisse em sua mente.
Então, ele fecha os olhos e vai até o corredor onde havia duas portas.
A que dava acesso a sua sala estava aberta porque ele estava no controle do corpo enquanto que a de Yuugi estava aberta, também e isso foi algo que o surpreendeu porque algo lhe dizia que quando tomava o corpo do seu anfitrião, a sala da alma do mesmo deveria ficar fechada e se isso não ocorria, era porque Yuugi permitia, inconscientemente, acesso livre ao seu coração e mente em decorrência da sua natureza extremamente gentil.
De fato, a bondade e a gentileza eram demasiadamente fortes nele e isso fez Atemu perceber que deveria estar sempre atento para que ninguém mais entrasse da câmara da alma do seu anfitrião.
O Faraó confessava que queria saber todos os pensamentos e recordações do jovem porque, anteriormente, só podia captar os pensamentos dele quando tocava as peças. O que acontecia longe das peças era um mistério.
Ademais, ele precisava saber tudo sobre o seu anfitrião.
Então, com essa decisão em mente, o espírito entra na câmara e fica surpreso ao ver que era simples, mas aconchegante, além de ser uma versão do quarto verdadeiro do jovem, com Atemu percebendo que havia brinquedos espalhados no chão, indicando a inocência infantil que habitava o coração do Yuugi, além da cor clara revelar a pureza do seu coração enquanto que o ambiente em si confortava o espirito e era o mesmo conforto proporcionado pela mesma luz que irradiava no seu cômodo.
Após os seus olhos vagarem pelo ambiente que era uma réplica do quarto de Yuugi, ele observa o jovem dormindo profundamente na cama sobre o efeito da sua magia que o levava a um mundo de belos sonhos, visando deixá-lo confortável porque era o mínimo que podia fazer pelo seu anfitrião, além de zerar e cuidar dele.
Então, como se estivesse hipnotizado, achando-o fofo enquanto ele dormia exibindo um semblante puro e inocente, o Faraó se ajoelha no chão ao lado da cama, apoiando os antebraços nela ao mesmo tempo em que o observava dormindo placidamente e com um sorriso no rosto.
Sem conseguir deter o movimento de suas mãos conforme era tomado por sentimentos desconhecidos e intensos, ele aproxima delicadamente a sua mão no rosto do jovem adormecido e o afaga, sentindo a maciez da pele acetinada ao toque, com Atemu se perdendo na sensação inebriante que o tomava, passando a ousar com a mão ao percorrer o rosto inocente do adolescente que parecia sorrir ao toque dele, fazendo Atemu sorrir em resposta ao mesmo tempo em que procurava memorizar cada detalhe daquela beleza inocente que repousava placidamente até que o seus dedos chegam aos lábios de Yuugi e passam a contornar suavemente os lábios pequenos e delicados com o dedo em uma carícia suave e ao perceber um leve estremecimento inconsciente, ele recua rapidamente, para depois, ouvir um pequeno gemido suave e prazeroso, fazendo o espirito se deleitar com o som que saia dos lábios delicados enquanto avistava o belo sorriso do menor surgindo em seus lábios acetinados ao toque.
Sorrindo em deleite, conforme se sentia embriago pela beleza delicada e repleta de inocência a sua frente ao mesmo tempo em que o achava fofo, o Faraó torna a acariciar o rosto do adolescente enquanto se inclinava cada vez mais em direção aos seus lábios, desejando decorar todos os detalhes do rosto acetinado ao toque e estava tão inebriado pelas sensações que o tomavam e aquelas que eram proporcionadas ao tocar o jovem, que ele chega há alguns centímetros dos lábios virgens do seu anfitrião, se preparando para beijá-lo.
Porém, um leve gemido e um movimento sutil do menor parecem tirá-lo do seu transe e ele se afasta ao ver o que estava prestes a fazer e que era errado, a seu ver.
Afinal, o espírito estava se aproveitando de alguém adormecido, além do fato de não achar que era certo roubar o primeiro beijo do seu anfitrião e que era agravado pelo fato dele se encontrar sobre efeito da sua magia e do item, tornando-o incapaz de consentir ou recusar.
Então, o Faraó se afasta, torcendo os punhos ao assimilar que quase roubou o primeiro beijo de Yuugi enquanto ficava desolado, porque por mais que sentisse esses sentimentos intensos pelo seu anfitrião, ele duvidava que o seu amor fosse correspondido algum dia e já bastava tomar o corpo dele emprestado enquanto permanecia firme ao se recordar que era apenas um empréstimo temporário e que deveria devolver o quanto antes.
Portanto, Atemu junta o máximo de suas forças para se afastar da visão inebriante, a seu ver, decidindo que somente entraria naquela câmara para assimilar todas as memórias, conhecimento e pensamentos dele ao mesmo tempo em que absorvia o fato de que o sentimento intenso e inicialmente incompreensível que sentia pelo seu anfitrião era amor, com ele ficando feliz ao decifrar o que era enquanto ficava triste porque duvidava que esse sentimento, um dia, seria correspondido pelo adolescente, fazendo-o suspirar tristemente frente a esta suposição.
Além das recordações e pensamentos, Atemu também assimilava todas as informações do mundo atual para saber lidar com a tecnologia juntamente com os demais conhecimentos necessários para se locomover na época atual após acessar as recordações e lembranças do seu anfitrião, uma vez que somente assimilou fragmentos quando estava selado dentro do Sennen Pazuru.
Ele também se recordou que o corpo físico dele estava machucado e decide aproveitar para curar todos os seus ferimentos porque apesar daquele corpo não demonstrar ferimentos, o Faraó sabia que quando voltasse para a sua câmara, com Yuugi reassumindo o controle do seu corpo, os ferimentos iriam voltar a aparecer porque ele se encontrava ferido.
Portanto, o espirito fecha os olhos e se concentra, conseguindo visualizar o estado original do corpo emprestado ao usar as lembranças do adolescente quando ele se olhou no espelho, antes de serem colocados os curativos.
Conforme assimilava o estado dos machucados juntamente com os hematomas que manchavam a pele acetinada e perolada daquele que amava profundamente, Atemu sente uma fúria intensa tomá-lo, passando a se recordar de que precisava punir o bastardo, a seu ver, que feriu uma alma tão pura e gentil.
Continuando com a sua concentração, ele usa a sua magia para curar o corpo do seu anfitrião porque não suportava ver a face de dor e de sofrimento do jovem. Ver aquele semblante repleto de dor era uma tortura ao espirito.
O Faraó termina o seu acesso a tudo o que desejava enquanto espanava o sentimento de culpa da sua mente por ter invadido a câmara da alma de Yuugi porque foi necessário entrar nela para saber tudo sobre o jovem de cabelos tricolores, visando protegê-lo ao mesmo tempo em que procurava esquecer os seus atos perante o seu anfitrião adormecido ao tocar nele sem a autorização dele, se aproveitando do estado inconsciente que ele se encontrava, suprimindo ao mesmo tempo, a culpa por ter se aproveitado desse estado.
Após sair do coração do jovem, o espírito caminha em direção ao espelho, observando de forma crítica o uniforme do colégio, decidindo que precisaria de roupas novas para usar por baixo enquanto concordava que as vestes que usava dentro do item não eram indicadas para aquela época, com ele aceitando se sujeitar de bom grado a usar roupas atuais, com ele notando que as suas roupas antigas haviam desaparecido.
Portanto, mesmo que quisesse, não poderia invocar as roupas que usava quando estava selado e conforme refletia sore isso, decidiu que não se importava com a mudança das vestes, achando aquelas mais confortáveis sem todos aqueles itens dourados.
Então, ele caminha até o armário e passa a vasculha-lo, sem bagunçar as roupas, buscando uma veste que viu a partir das recordações do seu amado anfitrião quando ele usou a roupa no Hallowen do ano passado. O Faraó confessava que havia gostado da aparência conforme descobria que ela havia sido confeccionada para que fosse o mais próximo possível da roupa do personagem Edward, do filme Edward Mãos de tesoura e que a fantasia era, parcialmente, uma versão da roupa do filme que o seu anfitrião havia assistido com as suas amigas e que se tornou um dos seus filmes favoritos.
Após achar a roupa, ele a segura em suas mãos e concentra o seu poder mágico que juntamente com o do Sennen Pazuru, faz surgir uma réplica daquela roupa por baixo do uniforme do seu anfitrião, com Atemu apreciando a roupa e ao olhar para os punhos, identifica um Ankah em cada um deles por cima da roupa, sabendo que eles representavam a alma.
O Faraó descobriu ao se concentrar, que eles se encontravam visíveis em decorrência do fato da união do seu espirito com o do seu anfitrião ser demasiadamente recente e que quando ele assumia o controle do corpo de Yuugi, se fazia necessário o surgimento dos Ankah para assegurar a harmonia dessa união entre ambos na presença do poder do Sennen Aitemu.
Quando não fosse mais necessária à demasiada influência do item para solidificar essa união, os Ankah iriam desparecer porque eles não seriam mais necessários.
Então, antes que se afastasse do armário, ele notou em uma das gavetas, uma gargantilha de pescoço em forma de um cinto largo, com ele olhando por alguns segundos para o item que o fez se lembrar dos colarinhos dourados que usava no pescoço.
Sorrindo, o espirito decide colocar o item em vez de criar uma réplica mágica enquanto impregnava o objeto com a sua magia para fazer o seu anfitrião sentir o desejo de usar o item no pescoço.
Afinal, ele confessava que era um adereço interessante demais para ficar desprezado em uma gaveta qualquer.
Enquanto isso, próximo do quarto de Yuugi, Yukiko estava em cima de um prédio baixo onde costumava ficar observando o seu amigo através da claraboia e presenciou tudo, desde o desespero dele em procurar o dinheiro para pagar Ushio até a libertação de Atemu e posterior subjugação de Yuugi para que ele pudesse usar o seu corpo, assim como viu a escolha da roupa para usar por baixo do uniforme do seu amigo.
Ela sabia que aquela parte de cima havia sido usada como uma fantasia no Hallowen do ano passado após assistirem o filme "Edward mãos de tesoura", com Yuugi gostando do personagem Edward ao ponto de conseguir uma roupa que fosse o mais semelhante possível ao que o personagem usava embora houvesse algumas diferenças.
Conforme olhava para o quarto, viu Atemu se aproximando do espelho para analisar a sua roupa e que sorriu ao aprová-la, depois de abrir o casaco do uniforme da escola.
No quarto de Yuugi, o Faraó observava as suas novas roupas e confessava que não sentia falta das suas roupas antigas com adereços dourados, inclusive na cabeça enquanto que não compreendia o motivo de usar tanto ouro naquela roupa porque apesar de ser um tecido macio e confortável, sempre achou desconfortável por causa das pelas douradas e por causa do incômodo que sentia, havia trocado facilmente a sua roupa, sem sentir qualquer saudade da anterior.
Ademais, ele era ciente que aquela vestimenta não era indicada para aquela era atual conforme havia analisado as lembranças e o conhecimento do seu anfitrião. Esse foi outro motivo para ter descartado qualquer saudade que sentiria daquela roupa.
O Faraó caminha até a mesa do jovem e encontra alguns cartões telefônicos, os pegando em seguida porque precisava usar um telefone público para o que tinha planejado, agradecendo o fato de que a navegação e manipulação da tecnologia não seria nenhum problema para ele após ter assimilado tudo o que era necessário para se locomover naquele mundo, assim como as lembranças e recordações para distribuir a devida justiça que Yuugi merecia, começando com Ushio. Depois, seria a vez de Jounouchi e Honda encararem a sua fúria por todos os tormentos emocionais, psicológicos e físicos que praticaram contra o seu anfitrião.
Sem fazer qualquer barulho, ele sai do quarto e desce as escadas, se dirigindo até o balcão da loja do avô de Yuugi, para depois, começar a vasculhar em uma pilha de livros.
Após alguns minutos, consegue encontrar o que procurava. Era uma lista telefônica e rapidamente, ele liga a luz do smartphone para iluminar as páginas, subtraindo uma folha aleatória em um caderno de anotações enquanto pegava uma caneta a reboque.
Prontamente, o Faraó começa a procurar pelo sobrenome Tetsuo nas páginas, assim como os sobrenomes Katsuya e Hiroto. Ao encontrá-los, ele escreve os respectivos endereços e telefones que encontrou, fechando em seguida a lista telefônica para guardá-la e após fazer isso, dobra o papel com endereços e telefones, o colocando em um dos bolsos.
Atemu guarda o aparelho em outro bolso e volta para o quarto porque não podia sair pela porta da loja, mesmo que ela não se encontrasse trancada.
Afinal, havia uma sineta em cima dela que iria tocar caso ela fosse aberta, com o Faraó sabendo através das lembranças do seu anfitrião, que o avô dele tinha um sono leve, tornando impossível o ato de sair pela porta sem chamar a atenção dele assim como era em relação a porta da cozinha.
Após suspirar, ele sobe para o quarto de Yuugi, pegando algumas roupas para amontoá-las por baixo das cobertas da cama, simulando que havia um corpo ali embaixo, além de conseguir usar um pouco de magia para mudar a aparência de alguns enfeites, visando que simulassem alguns fios de cabelo, para depois, encaixá-los embaixo do edredom, deixando apenas as pontas para fora.
Assim, se o avô do seu anfitrião viesse ver o seu neto, pensaria que o mesmo estava dormindo embaixo das cobertas.
Após ficar satisfeito, ele se vira para sair quando percebe um envelope branco dentre os livros de Yuugi porque a sua mochila se encontrava aberta.
Movido pela curiosidade, Atemu pega o envelope e ao abri-lo, percebe que havia dinheiro, com ele passando a contar as notas, ficando surpreso ao ver que tinha quatro mil pratas e conforme pensava como aquela quantia foi parar na mochila do adolescente, ele percebe que a única explicação plausível era que Sugoroku descobriu, de alguma forma, sobre a ameaça de Ushio e que decidiu colocar o dinheiro na mochila para que o seu neto pagasse Tetsuo, visando que ele não sofresse nas mãos dele.
Sorrindo consigo mesmo, ele guarda o envelope com o dinheiro em um dos bolsos e com a habilidade de um tigre, sai pela janela do quarto ao pular para um dos galhos da árvore próxima a casa, para em seguida, descer habilmente até o chão, se afastando rumo a uma avenida.
Após meia hora, ele fica satisfeito com a distância da moradia do seu anfitrião e passa a procurar um telefone público, conseguindo encontrar um após alguns minutos e passa a discar para a casa de Tetsuo depois de desdobrar o papel.
Na quarta tentativa, ele ouve a voz de Ushio e sorri consigo mesmo enquanto ouvia a sua presa falar ao telefone:
- Quem é?
- Sou eu, Yuugi Mutou e quero que você me encontre em frente ao colégio daqui a meia hora. Eu estou aguardando você.
Após falar, ele encerra a ligação ao apoiar o telefone no gancho, para depois, se afastar, sem saber que Yukiko acompanhava atentamente todos os seus movimentos à distância usando a sua visão especial.
Chapter 23: Yami no Geemu - Ushio
Summary:
Atemu consegue...
Ushio acaba...
Yukiko decide...
Chapter Text
Ushio chega em frente ao colégio, usando um sobretudo e passa a olhar em volta enquanto falava consigo mesmo:
- Eu não esperava ser chamado pelo pamonha do Yuugi para vir ao colégio, à noite. Se bem, que a voz dele estava diferente na ligação...
Então, ele ouve uma movimentação no seu lado direito e ao olhar para o lado, avista um dos plintos piramidal de ginástica artística usado nas aulas de Educação Física. Sentado em cima dela se encontra Yuugi, segurando o Sennen Aitemu em uma de suas mãos enquanto mantinha o cordão do item em volta do seu pescoço.
Sorrindo de canto, ele comenta:
- Que bom que veio, Ushio. Eu achei que você não viria até o colégio, uma vez que demorou demasiadamente, considerando o fato de que você não mora tão longe.
Tetsuo esconde a surpresa por ele saber onde morava e passa a exibir a sua usual face maligna enquanto falava, sorrindo:
- Até parece que eu não ia aparecer para receber dinheiro. Aliais, eu fico feliz que tenha um pouco de inteligência na cabeça para me pagar sem arrumar confusão. Afinal, porque você iria ligar para mim senão fosse para pagar o que me deve? Só não curti esse seu cosplay esquisito, com essa blusa preta com tiras, o colarinho no pescoço e essas coisas douradas em seus pulsos por cima do casaco aberto. Mas isso não importa, no final – ele estende a mão na direção dele, exclamando – Entregue os vinte mil ienes para mim! Eu tenho mais o que fazer.
Sorrindo, Atemu estende a mão com o dinheiro nela, mas sem entregar enquanto falava:
- Aqui tem o dobro. Quarenta mil ienes.
Ushio abre um imenso sorriso ao mesmo tempo em que exclamava extasiado:
- Quarenta mil ienes!
O Faraó recolhe o dinheiro e fala, sorrindo de canto ao ver que havia conseguido aguçar, ainda mais, a ganância do homem a sua frente.
- Porém, este dinheiro é muito importante para mim. Portanto, eu não posso entregar tão facilmente. Para resolvemos esse impasse, eu proponho um jogo para você. Afinal, essa seria a única forma de entregar esse dinheiro tão importante.
- Um jogo?! – Tetsuo exclama, exibindo surpresa em seu rosto.
- Porém, não será um jogo comum e sim, um Yami no Game. Afinal, esse dinheiro é muito especial para mim. Se você ganhar, leva todo o dinheiro. O que acha? Não é uma má condição para tê-lo.
- Eu adorei! Vamos jogar! – ele exclama, exibindo uma face arrogante, acreditando que já havia ganhado.
- Eu só preciso da sua ajuda para fazer este jogo. Afinal, somente este plinto piramidal de ginástica artística e o dinheiro não serão suficientes. Eu preciso da sua faca, Ushio.
- Claro. – Tetsuo fala enquanto pegava o objeto, para depois, entregá-lo, procurando ficar atento a qualquer movimento contra ele conforme passava o item.
O espirito nota isso e fala enquanto posicionava o dinheiro em cima do plinto piramidal após pegar a faca:
- Eu propus um jogo e será um jogo que vamos jogar. Ademais, que graça teria se eu o matasse com essa faca?
Ushio fica surpreso ao ouvir Yuugi falar dessa forma e agir daquele jeito, considerando as reações e conduta demonstradas naquela manhã, além de ter achado estranho o fato dele não demonstrar dor apesar da surra que levou na parte da manhã juntamente com o fato da voz estar muito diferente, como se fosse outra pessoa, por mais estranho que fosse esse pensamento, a seu ver.
Mesmo que todas essas observações surgissem em sua mente, ele decide suprimi-las ao espaná-las, achando que era um absurdo pensar dessa forma, para depois, sentir uma sensação estranha junto de algo que parecia envolvê-lo, com ele não percebendo o leve brilho emitido pelo Sennen Pazuru enquanto Atemu fazia as trevas envolverem ambos, uma vez que Tetsuo aceitou o Yami no Game.
Claro que era algo impossível de ser visto por um olho humano, a menos que o invocador do Yami no Game, assim desejasse, algo que o Faraó não queria fazer.
O monitor estudantil resolve dispersar o tremor de medo que o acometia abruptamente ao mesmo tempo em que procurava ignorar o fato de estar suando frio juntamente com a sensação de algo envolvê-lo, julgando erroneamente que essas sensações e tremores eram ocasionados por algum mal estar, oriundo de alguma doença porque seria a única explicação plausível, a seu ver, para o suor frio, os calafrios e as sensações estranhas que o acometiam.
Após Atemu colocar as notas empilhadas em cima do plinto piramidal, com a faca de Tetsuo fincada nele, ele exclama enquanto sorria:
- Pronto! Eu já terminei. Podemos começar o jogo. Devo lembrá-lo que isso é um Yami no Game.
Ushio começa a suar frio, ignorando as outras sensações enquanto murmurava consigo mesmo, demonstrando um misto de confusão e receio:
- Dinheiro e faca?
Então, ele conclui em pensamento:
"Que tipo de jogo ele quer propor?"
O monitor estudantil o observa pegando o maço de dinheiro com a mão direita, para depois, colocá-lo no dorso da sua mão esquerda que estava deitada em cima da superfície do plinto piramidal enquanto erguia a faca com a mão direita, a posicionando em cima do dinheiro.
- Saiba que as regras são bem simples. Cada jogador deve colocar as notas de dinheiro sobre o dorso da sua mão e fincar a faca. O dinheiro que vier com a faca é do jogador e ele é obrigado a tirar, pelo menos, uma nota. – Atemu torna a espetar a faca no plinto piramidal, deixando o maço de notas em cima da superfície do objeto – O jogo continua até todas as notas acabarem. Aquele que pegar mais notas será o vencedor! Quem segurar a nota com a mão ou desistir no meio do jogo, perderá e entregará o dinheiro para o outro. E aí... gostou?
Ele pergunta o final com um sorriso de canto, sabendo que Ushio não respeitaria as regras enquanto mantinha o Yami no Game no nível um porque era o suficiente para que revelasse a verdadeira natureza de Tetsuo.
Então, movido pela ganância e arrogância, o Monitor Estudantil concorda, fazendo o espirito sorrir ainda mais, para depois, avisar:
- Porém, se não cumprir as regras, um castigo fatal estará a sua espera!
Após decidirem a ordem, o Faraó começa o jogo e se concentra, fincando a faca em cima do monte que repousava no dorso da sua mão esquerda, para depois, puxar as notas presas na lâmina, comentando:
- Ufa! Não consegui nem dez notas. Pensei que tivesse colocado bastante força, mas é mais difícil de perfurar do que eu imaginava. – ele estende a faca para ele ao segurá-la pela lâmina, ofertando a empunhadura – É a sua vez.
O seu adversário coloca as notas restantes em cima do dorso de sua mão esquerda enquanto posicionava a faca com a mão direita.
Então, Atemu fala com os braços cruzados em frente ao tórax, se divertindo ao ver a face contorcida do seu inimigo ao mesmo tempo em que mirava a faca nas notas:
- Se for muito ganancioso e forçar muito a faca, ela irá furar a sua mão. O segredo deste jogo é saber controlar a própria ganância.
- Cale a boca! – Tetsuo exclama enquanto suava frio.
Após exclamar, Ushio finca a faca e consegue pegar mais de dez notas, para depois, falar, procurando ocultar o alívio pela sua mão não ter sido perfurado:
- Viu só? Eu consegui mais de dez notas e a minha mão está inteira! Devia ter colocado mais força.
Então, o Faraó fala, sorrindo, sabendo que em breve o canalha iria perder para a sua ganância:
- Muito bem. Mas daqui em diante, ficará cada vez mais difícil controlar a força.
Após vários minutos, o espírito comenta:
- O dinheiro diminuiu bastante. Falta pouco para o jogo acabar.
Dominado cada vez mais pela ganância, Ushio exclamava em sua mente ao mesmo tempo em que havia perdido há muito tempo o seu receio inicial pelo jogo, além de ignorar as sensações estranhas que o tomavam deste que havia aceitado o Yami no game conforme passava a ser subjugado gradativamente pela sua ganância:
"Esse jogo não é de nada! É muito fácil!"
Então, ele exclama após se afogar por completo em sua ganância, chegando a um ponto sem volta, com o Yami no Game estando prestes a revelar a sua verdadeira natureza:
- Esse dinheiro será todo meu! Eu serei o vencedor!
A albina assistia a tudo e embora já soubesse o resultado, confessava que era bem agradável assistir pessoalmente em vez de ficar vendo atrás das memórias da linha do tempo original.
Yukiko concordava que Atemu havia sido esperto ao usar a ganância exacerbada de Tetsuo como isca para fazê-lo aceitar o jogo, sem saber que aquele jogo revelava o verdadeiro âmago da pessoa e que por ele ser ganancioso, perderia o jogo porque quebraria as regras em algum momento enquanto percebia que Ushio não notou que eles estavam envoltos em magia.
Inclusive, se alguém de fora olhasse naquela direção, não os avistaria. Somente veria um espaço vazio porque as trevas envolveram ambos através da magia oriunda do Sennen Aitemu após o Monitor Estudantil aceitar o Yami no Game. A princesa dos dragões conseguia ver o que acontecia nessa área ao usar a sua visão especial.
A meia dragoa milenar percebeu que a mão direita de Ushio começou a tremer, como se ele tivesse tentando evitar algo enquanto que a sua mão esquerda estava embaixo das notas, com a albina sorrindo malignamente ao ver que em breve, Tetsuo perderia o jogo. A albina sabia que o Faraó somente propunha jogos que revelassem o verdadeiro caráter do seu oponente após analisar o seu comportamento e conduta, além de outros elementos, para criar o Yami no Game ideal para aquela pessoa, visando surgir o verdadeiro âmago no seu oponente, para que pudesse aplicar a penalidade.
O espirito sorriu ao perceber o que ocorria com o seu oponente porque tudo estava ocorrendo de acordo com o seu plano.
O monitor estudantil estava desesperado conforme pensava consigo mesmo ao sentir que a sua mão direita queria descer com toda a sua força contra o maço de dinheiro que se encontrava em cima do dorso da sua mão esquerda enquanto que não conseguia retirar ela de cima do plinto piramidal porque a mesma parecia estar colada:
"As minhas mãos não estão me obedecendo! Não consigo controlar a força da minha mão direita! Que droga! A minha vontade é descer essa faca com toda a força. Mas, se eu fizer isso, vou furar a minha mão junto com o dinheiro."
Enquanto assistia o embate de Ushio contra a sua mão direita que segurava a faca, Atemu sorria e falava em pensamento:
"O Yami no Game revela o verdadeiro caráter de cada pessoa e decide o seu destino. É, Ushio, nada mais deterá a sua mão que se entregou a ambição. O que vai fazer? Vai pegar o dinheiro sacrificando a sua mão ou...?"
Então, Tetsuo começa a gargalhar malignamente, exclamando:
- Eu quase me esqueci de que há um meio de eu conseguir todo esse dinheiro sem machucar a minha mão, mesmo abaixando esta faca com toda a força! – ele muda o seu alvo e desce a faca contra o corpo de Yuugi – O seu grande erro foi me dar a faca! Morra, Yuugi!
A albina que assistia a tudo, murmura, revirando os olhos:
- Você acha mesmo que conseguirá acertá-lo? Ele sabia desde o início que você não cumpriria as regras e tentaria atacá-lo.
O Faraó desvia facilmente do ataque ao saltar para trás, para depois, concentrar os seus poderes junto do poder do Sennen Pazuru.
- Eu sabia que não iria respeitar as regras! - ele exclama enquanto sorria com intensa satisfação.
Então, Ushio fica chocado ao ver surgir um olho feito de luz na testa do jovem e murmura:
- O que é isso? Tem um olho na sua testa...
Enquanto Atemu era tomado pela felicidade por poder vingar o que Tetsuo fez a Yuugi, ele exclama:
- Isto só pode ser visto por aqueles que invadem a fronteira do coração do meu anfitrião! Somente você que o machucou e que tentou tomar o seu dinheiro, pode ver! – o Faraó aponta o dedo em riste para Ushio – Unmei no Batsu Geemu (運命の罰ゲーム - Jogo de punição do destino)! Greed, Yokubou no Genzou (Greed, 欲望の幻像 – Ganância, ilusão visual da avareza)!
Nisso, o mesmo olho dourado na testa do espírito se projeta para frente, envolvendo Tetsuo enquanto que o olho de Wadjet do Sennen Pazuru também brilhava em conjunto com o olho.
O monitor estudantil é preso em uma ilusão eterna, com ele passando a ver centenas de notas de dinheiro em torno dele conforme se embriagava nessa ilusão e que seria assim até a sua morte.
Enquanto ele comemorava, pulando para o ar, preso nessa ilusão, Atemu se afastava, apenas parando momentaneamente para olhar para trás com as mãos nos bolsos.
- Dizem que as pessoas ficam cegas por causa do dinheiro. Agora, os seus olhos somente irão ver a ilusão da ganância. Para você que é ganancioso foi um final bem feliz. Mas o dinheiro do meu anfitrião, eu já peguei de volta.
Então, ele se vira e se afasta sem olhar uma segunda vez para trás.
Yukiko o observa se afastando enquanto Ushio se encontrava preso até a morte na ilusão da ganância ao ponto de começar a pegar lixo do chão e jogar para o alto em êxtase, achando que era dinheiro, para depois, ir até uma árvore, pegando as folhas, as tratando como se fossem dinheiro.
Então, a albina comenta para si mesmo ao mesmo tempo em que seguia discretamente Atemu:
- Não pense que ficará com todas as presas. Tem algumas que eu faço questão de destroçar e o Ushio não vai escapar da minha fúria. Você não é o único a acertar as contas com ele. Garanto que a minha punição será bem pior, uma vez que possuo meios de fazer isso ocorrer.
Nisso, ela arqueia o cenho ao ter uma recordação dele punindo Katsuya e Hiroto, com esta sendo uma recordação da linha do tempo modificada pelos eventos de mais de oito anos, atrás.
Por mais que ela achasse que eles mereciam essa punição planejada pelo Faraó, a albina era plenamente ciente que precisava evitar que esse acontecimento se concretizasse. Ela era ciente que devia aproveitar que era Atemu no controle do corpo de Yuugi e que o mesmo estava profundamente adormecido, para poder conversar com ele, visando conseguir um acordo na punição de Jounouchi e Honda.
Afinal, não era hipócrita de proibi-lo de se vingar da dupla, uma vez que os puniu no dia anterior.
Porém, precisava fazer um "controle de danos" ao fazer um acordo com o Faraó sobre a punição e a forma como devia ser aplicada, para não modificar os acontecimentos do futuro, sem informá-lo sobre tais acontecimentos. Essa informação devia ficar apenas com ela.
Nesse interim, o espirito torna a pesquisar no celular do seu anfitrião os possíveis endereços de Jounouchi e Honda.
Então, Yukiko concentra a sua magia e volta a usar o mesmo manto que usou contra Shaadii, assim como a máscara, além de mudar a sua áurea mágica para que não fosse identificada, procurando modificar a sua voz e o seu odor também por precaução.
Atemu se encontrava satisfeito ao ver que havia poucos endereços com o sobrenome Katsuya e Hiroto enquanto estava pensando em um modo de atraí-los para fora e de modo que ninguém os avistasse após encontrar a casa correta.
O espirito para de andar e passa a olhar atentamente para o entorno ao perceber que uma névoa mágica o envolvia, formando uma espécie de área em torno dele.
Prontamente, o Faraó guarda o celular e pega o item em suas mãos, decidindo usar o poder do Sennen Aitemu e a sua própria magia em quem quer que fosse o responsável por criar aquela área mágica que lembrava o método de criação das áreas de Yami no Game, visando manter o seu anfitrião a salvo.
Ele observa atentamente um vulto caminhando dentre a névoa em sua direção enquanto se preparava mentalmente, formando estratégias de ataques mágicos para usar contra o ser que se aproximava ao mesmo tempo em que esperaria o primeiro movimento porque algo lhe dizia que os seus poderes, mesmo em conjunto com os poderes do Sennen Pazuru, eram insuficientes contra aquele ser e este era um pensamento demasiadamente perturbador para Atemu que temia pelo seu anfitrião, embora nada transparecesse em suas feições impassíveis.
Chapter 24: Acordo
Summary:
Yukiko propõe...
Atemu decide...
Yuugi fica...
Chapter Text
Usando uma máscara e capa que cobria todo o seu corpo, Yukiko se aproxima de Atemu que pergunta, arqueando a sobrancelha direita enquanto pensava em algumas magias estratégicas para usar contra ela, desde que se provasse uma ameaça ao corpo do seu anfitrião, uma vez que não desejava começar uma briga cujas chances de vencer estavam contra ele:
- Quem é você?
- Não importa.
- O que deseja?
- Fazer um acordo.
- "Um acordo"? Como assim?
- Não posso permitir que aplique um Yami no Game em Jounouchi e Honda.
- Você os está defendendo? Como ousa defender bastardos valentões como eles? – O Faraó pergunta com uma voz irritada, traindo as suas feições impassíveis enquanto torcia os punhos.
- Não. Nunca defenderia seres tão desprezíveis. – ela fala com evidente asco, como se o que ele dissesse fosse altamente ofensivo, para não dizer asqueroso.
A resposta inusitada o deixa desconcertado.
- Então, por que deseja protegê-los da minha fúria pelo que eles fizeram ao Mou Hitori no Ore? – o espírito pergunta exibindo um semblante confuso
- Pelo futuro.
- "Futuro"?
- Sim. Por mais bizarro que sejam as minhas palavras, eles irão se converter em pessoas valorosas para o Yuugi, principalmente o Katsuya.
Atemu fica estarrecido pela convicção que ela demonstrava em sua voz, para depois, olhar com descrença para a albina.
- Isso é impossível! Valentões sempre serão valentões. O que você disse soa como surreal, para não dizer insano.
- A mudança já começou para um deles. No caso desses dois, a regra sobre os valentões não se aplica, embora seja verdadeira para a maioria esmagadora dos casos. Afinal, uma vez bastardo sempre bastardo.
- Eu não acredito nisso. – ele fala em tom de descrença, não conseguindo imaginar nenhum motivo plausível para a mudança de coração do loiro e do moreno, considerado as memórias do seu anfitrião.
- Eu sei e não o culpo por achar as minhas palavras, no mínimo, surreais, considerando as memórias que você acessou do Yuugi-kun. No seu lugar, eu iria agir da mesma forma que você está agindo. Por isso, não o condeno por pensar dessa forma.
- Que provas você tem disso?
- Eu vejo o passado e o futuro. Por ver o futuro, não posso permitir a sua vingança contra eles em um Yami no Game. Eu farei de tudo para impedir isso, acredite ou não. Inclusive, acredito que você deve ter uma noção dos meus poderes contra os seus. Com certeza, você sabe que não tem a mínima chance de me derrotar para poder cumprir com o seu intento inicial contra eles.
- Então, eles vão ficar impunes após tudo o que fizeram com o fofo... quer dizer, com o Mou Hitori no Ore?
A albina sorri e fala, com Atemu conseguindo ver um sorriso gentil por baixo da máscara, embora ela não fosse transparente e esta era uma sensação estranha.
- O Yuugi-kun é fofo e adorável. Você está certo quanto à fofura dele. Ademais, eu sei que os seus sentimentos não são apenas de um Guardião e sim, algo muito mais profundo. Você daria a sua vida pelo Yuugi-kun sem pestanejar. Afinal, por ele, você faria qualquer coisa porque você o ama incondicionalmente.
O Faraó fica surpreso ao constatar que ela sabia da profundidade dos seus sentimentos e que de fato, morreria por ele se fosse necessário e que daria tudo o que o seu anfitrião pedisse porque o possuía o seu coração há anos.
- Eu acho isso fofo. Além disso, eu vejo o Yuugi-kun como se fosse meu filho querido e eu espero que você cuide dele. Se o fizer chorar, se entenderá comigo, estamos entendidos? – ela pergunta o final em um nítido tom de ameaça.
O espírito sente a intenção assassina e consente, para depois, falar ao se recuperar da presença opressora dela:
- As lágrimas dele seriam a pior tortura para mim porque seria uma visão insuportável. O ódio que tenho de ambos, assim como tive de Ushio, foi tanto pelo sofrimento dele, quanto pelas lágrimas derramadas à noite em seu quarto quando o seu avô não o estava vendo.
- Eu fico feliz em saber que sempre irá procurar fazê-lo feliz.
- Se, de fato, possui sentimentos maternais em relação a ele, você deveria estar punindo ambos pelo que fizeram contra o Mou Hitori no Ore.
- Eu já o fiz.
Atemu fica estarrecido, para depois, perguntar, indignado:
- Você pode fazer e eu não? Isso não é hipocris...
- Não. – ela o corta abruptamente – Porque não o estou proibindo. Eu nunca disse isso. Não coloque palavras na minha boca.
- Mas você disse que eu não podia aplicar um Yami no game neles. – ele comenta confuso.
- Sim. De fato, eu o proibi de aplicar um Yami no Game em ambos. Mas há outra forma de punição e eu posso fazer isso. Neste caso, seriam punições que não trariam problemas para eles durante o dia e sim, somente à noite ao dormirem, com eles ficando presos em um pesadelo vívido, somente acordando no raiar do dia e eles não se lembrariam pelo dia inteiro. Ademais, eu irei providenciar um processo mágico de cura para preservar a mente e o corpo de ambos para que não enlouqueçam durante a noite, além de impedi-los de demonstrarem fisicamente qualquer indício de pesadelo, caso alguém entre em seus quartos.
- Eles deveriam se lembrar. – o espírito comenta, disfarçando a sua surpresa pela sugestão dela.
- Vão ser dez horas de terror ininterrupto e sem grito para ninguém despertá-los. Essa punição somente terminará quando você desejar. O que você escolhe como pesadelo vívido para ambos? Fale e eu irei concretizá-la. Esse tipo de punição é aceitável e creio que pode aplacar a sua fúria.
- Mesmo que eu aceite e escolha. Como iremos lançar essa magia, sem ser amanhã no colégio? – O Faraó pergunta, arqueando a sobrancelha direita.
- Eu posso trazê-los magicamente. Eu disse que já os havia punido anteriormente e que apaguei a memória deles desse evento.
Atemu fica surpreso e após refletir consigo mesmo, ponderando sobre o acordo enquanto se recordava do enorme poder mágico que ela emanava, ele suspira e consente porque não havia escolha e conforme ponderava sobre a oferta dela, descobriu que mesmo o pior destino que pudesse ofertar em um Yami no game, não chegaria próximo ao que tinha em mente.
Afinal, o o sofrimento não seria demorado como o que ela propunha.
Portanto, apesar de ser o contrário do que havia planejado, a opção dela parecia bem melhor do que a dele porque ele não tinha condições de dar aquele tipo de punição, mesmo usando o poder do Sennen Aitemu e a sua magia.
Ele sai do seu estado reflexivo ao ouvir a voz da mulher misteriosa a sua frente:
- Temos um acordo?
- Sim.
- Ótimo. Fale qual será o pesadelo deles e será tão vívido, que eles não vão saber que estão sonhando.
Ao notar que o Faraó parecia indeciso sobre como deveria ser o pesadelo vivo para ela poder colocar na mente do loiro e do moreno, a albina decide dar uma sugestão:
- O que acha do pesadelo consistir do corpo deles sendo surrados lentamente e depois, estraçalhados vivos por monstros, com a dor sendo vívida e igualmente intensa? É um castigo adequado? Lembre-se que somente você poderá libertá-los dessa punição.
Atemu fica pensativo, ponderando por alguns minutos sobre a sugestão dela enquanto ficava surpreso pela imaginação fértil da albina, para depois, surgir um sorriso em seus lábios.
- É uma ideia excelente. Eu concordo com a sugestão. Como fará isso?
- É fácil. É só eu fazer isso...
Nisso, ela se concentra e depois, estala os dedos, fazendo aparecer Jounouchi e Honda no lado deles, com ambos se encontrando adormecidos e ao observá-los, o Faraó achava ridícula a cueca samba canção que usavam porque a do moreno era de ursinhos com potes de mel e a do loiro era de cachorrinhos com a linguinha de fora, com ambas sendo estampas extremamente lúdicas, ao ponto de imaginar que somente crianças usavam tais estampas.
Então, quando ambos ameaçam acordar, provavelmente, pelas risadas de escárnio de Atemu, ele observa uma névoa branca saindo de uma das mãos da albina e que passa a envolver ambos, forçando-os a dormir novamente.
Após força-los a um sono profundo, Yukiko se aproxima deles e após dobrar os seus joelhos ao se agachar, toca com cada uma de suas mãos a testa de ambos ao mesmo tempo, para depois, murmurar palavras incompreensíveis conforme se concentrava, fazendo o corpo deles brilharem, com o brilho passando a se concentrar na cabeça do loiro e do moreno.
Alguns minutos depois, ela se levanta e ao se aproximar dele, pega as mãos do espírito com as suas mãos que brilhavam, ainda, com o Faraó sentindo que algo era passado para ele, para depois, a sensação terminar ao mesmo tempo em que o brilho desaparecia das mãos dela após a meia dragoa afastar as suas mãos dele.
- Pronto. Agora, eu preciso devolvê-los.
Ela se concentra novamente e estala os dedos, com ambos desaparecendo.
Em seguida, Yukiko se afasta, virando as costas para ele enquanto caminhava para dentro da névoa alva que os envolvia.
- Qual o seu nome? – ele pergunta curioso.
- Não importa.
- O que você é? Eu sinto que não é totalmente humana.
- Isso não importa, mesmo que os nossos caminhos se cruzem novamente. – ela fala o final misteriosamente.
Então, sem virar para o espírito, ela entra na neblina, para depois, desaparecer.
Após se afastar satisfatoriamente do local, a meia dragoa das neves divinas desfaz a névoa enquanto removia magicamente a máscara e o sobretudo, retornando a sua voz original, se retirando em seguida do local.
Atemu não havia tentado segui-la porque acreditava que a névoa mágica não iria permitir que ele a seguisse. Ele suspira enquanto sentia que a área mágica era desfeita gradativamente e após avistar as moradias e estabelecimentos em seu entorno novamente, o Faraó decide retornar ao quarto do seu anfitrião para devolver o seu corpo após deitar na cama ao conseguir se esgueirar com sucesso pela árvore e janela.
No dia seguinte, Yuugi despertou e ao constatar que estava embaixo das suas cobertas, ele pisca os olhos e após sentar na cama, tenta se recordar do momento que deitou na sua cama na noite anterior porque a sua lembrança mais recente era de encaixar a última peça do Sennen Pazuru, com o jovem não conseguindo se recordar do que aconteceu em seguida, para depois, julgar erroneamente que essa lacuna em sua memória era ocasionada pelo stress da ameaça de Ushio e seu desespero por não ter a quantia de dinheiro que ele exigiu dele.
Então, tão rápido quanto veio essa recordação da ameaça que ele sofreu, o mesmo se dissipou, fazendo-o bocejar enquanto se espreguiçava, para depois, perceber que ele devia estar tão cansado na noite anterior que sequer retirou o seu uniforme e ao se levantar, o jovem acaba passando em frente ao espelho dentro de uma das portas do seu armário que estava aberta e algo chama a sua atenção imediata, no caso, o item que estava envolta do seu pescoço e conforme o observava atentamente, se recordava vagamente dele ser uma peça da sua roupa de Halloween do ano passado, baseado no personagem Edward do filme "Edward Mãos de Tesoura". Quando tentou tirar o colar, sentiu uma sensação estranha que o fez reverter a sua decisão, passando a olhar por vários ângulos no espelho a peça que estava em seu pescoço, para depois, achar que ficava bom nele, decidindo deixá-la onde estava enquanto questionava quando o havia colocado.
Em seguida, os seus olhos se voltam para a corda fina que envolvia o seu pescoço e que chegava ao Sennen Pazuru, com ele pegando o objeto em suas mãos, exibindo uma imensa felicidade em seus olhos ametistas que eram expressivos enquanto ficava extasiado ao ver que de fato, o havia montado, fazendo com que passasse a admirar o seu tesouro enquanto passava as mãos no relevo do mesmo, achando-o lindo e ao se virar para os lados ao deixá-lo repousar contra o seu tórax, decide que daria um visual excelente para ele, decidindo que iria usá-lo diariamente ao achar que o item e o acessório em seu pescoço davam um ar interessante a sua figura, desconhecendo o fato de Atemu influenciá-lo em sua decisão de manter o Sennen Aitemu junto dele.
Quanto ao Sennen Pazuru, ele era o querido tesouro de Yuugi e que iria fazer o seu desejo se tornar realidade, fazendo assim com que a sua convicção de carregar o objeto se tornasse ainda mais forte, levando-o a desejar estar sempre com o Sennen Pazuru e ao tocar em sua superfície, se recorda da sensação de conforto e segurança que o objeto proporcionava a ele por mais estranho que fosse esse pensamento.
Quando ele dirige o seu olhar para a sua mesa e observa o item que usava como cofre, aberto e com as suas parcas economias a mostra, as recordações do que Ushio fez e a sua ameaça retornam com força, fazendo-o ofegar enquanto questionava o motivo de ter se esquecido disso há alguns minutos atrás, assim que acordou, fazendo-o ter a estranha sensação que algo pareceu fazê-lo esquecer desse acontecimento quando o mesmo passou por sua mente.
Quando Yuugi começa a ficar desesperado ao se recordar da ameaça de Tetsuo, ele sente uma dor intensa em sua cabeça que o faz se ajoelhar enquanto o item começava a brilhar, com ele tendo a nítida impressão que ouvia uma voz barítono gentil juntamente com a sensação de uma carícia suave em sua mente, com as palavras ressoando como se fosse um murmúrio e em um tom de ordem inquestionável:
"Esqueça-se da ameaça."
Atemu decidiu apagar essa recordação da mente dele. Ele somente não apagou a memória da surra porque as amigas dele ou o seu avô podiam comentar algo e seria estranho se ele não tivesse qualquer recordação de ter apanhado do Monitor estudantil.
Portanto, havia decidido dar a paz de espirito ao seu anfitrião ao fazê-lo se esquecer da ameaça que era a fonte do seu stress e medo.
Yuugi se levanta, com a dor em sua mente cessando enquanto surgia um olho dourado em sua testa.
Após ficar de pé e em frente ao espelho com os olhos vidrados, dando a impressão que ele se encontrava em uma espécie de transe, o olho desaparece ao mesmo tempo em que os seus olhos clareiam após essa recordação ser apagada da sua mente por completo.
O jovem de cabelos tricolores pisca os olhos, para depois, arquear a sobrancelha direita, sentindo que estava se esquecendo de algo importante, para em seguida dar de ombros, julgando erroneamente que estava imaginando coisas ao mesmo tempo em que voltava a admirar os seus novos acessórios e ao olhar para a mesa, avista o objeto que usava como cofre com o dinheiro espalhado, fazendo-o arquear o cenho, estranhando o fato do objeto se encontrar na sua escrivaninha.
Então, decidindo que era uma preocupação irrisória enquanto abanava a cabeça para os lados, ele recolhe o dinheiro e moedas, guardando-os em seguida no objeto, não percebendo que dentro do cofre, mais precisamente no fundo do recipiente, havia quarenta mil ienes e que as notas não se encontravam mais perfuradas em decorrência da magia do Faraó.
Após guardar o objeto, se recorda da surra e passa a olhar para o seu corpo, ficando surpreso ao ver que não sentia qualquer dor e que os seus ferimentos haviam sumido, fazendo-o sorrir imensamente, para depois, arquear o cenho, começando a refletir o motivo de não sentir qualquer dor.
Então, tão bruscamente quanto surgiu o pensamento dos seus ferimentos, o mesmo desapareceu, fazendo com que ele se esquecesse da gravidade deles quando Atemu modificou a sua percepção sobre a seriedade dos seus machucados, fazendo o seu anfitrião acreditar que os ferimentos não haviam sido tão graves quanto ele pensava e que apenas uma noite de sono foi o suficiente para ajudar na cura.
Considerando esta explicação plausível por força da influência do Faraó que tinha livre acesso as suas recordações e pensamentos pelo fato da câmara da alma e do coração de Yuugi sempre se encontrar aberta, o adolescente decide se dirigir até o banheiro, tirando a roupa e os acessórios.
Após tomar uma ducha, ele seca o seu corpo e se troca, colocando um uniforme limpo que tirou das suas gavetas enquanto desprezava as roupas do dia anterior na cesta de roupa suja, para depois, colocar o colarinho no pescoço e o Sennen Pazuru em seu pescoço.
Então, um som chama a sua atenção, para depois, ouvir um toque conhecido, passando a procurar o seu smartphone até que ouve o mesmo tocando dentre as peças de roupa desprezadas no cesto.
Prontamente, ele passa a procurar o objeto e fica aliviado ao encontrá-lo quando avistou a tela brilhando parcialmente em um dos bolsos da sua calça desprezada no cesto de roupas sujas.
Chapter 25: Vestuário
Summary:
Yuugi decide...
Atemu fica...
Sugoroku se encontra...
Notes:
Yo!
Eu também queria comentar que é impossível o Yuugi ser reencarnação de Atemu porque é explicado no mangá que Atemu selou a sua alma dentro do Sennen Pazuru ao selar Zorc Necrophades, com Atemu usando o seu nome como parte do selo, explicando o fato do nome dele ter sido apagado de qualquer inscrição e por consequência, na religião egípcia, quando o nome de alguém é apagado de qualquer inscrição, a pessoa não pode ir para a vida após a morte.
Inclusive, esse era uma das penalidades aplicadas aos criminosos no Egito antigo. O seu nome era apagado de todos os lugares como punição, para impedir que a alma fosse para o além. Para os egípcios, era a pior punição que alguém podia ter.
No caso de Atemu, foi necessário ele se autocondenar ao se sacrificar, tanto fisicamente quanto em relação ao seu nome, para selar Zorc Necrophades, salvando o mundo da destruição.
Além disso, para uma alma reencarnar, ela não pode estar selada em algo.
Foi mostrado que Atemu estava preso ao item e que foi preciso que ele fosse derrotado, para depois, falar o seu nome na frente da porta, para que a sua alma fosse para a vida após a morte. Sem o seu nome junto da derrota, ele não poderia partir.
O motivo de Yuugi ser semelhante à Atemu no quesito cabelo é em decorrência do fato de Sugoroku ser reencarnação de Shimon, Tjaty (Vizir) e Conselheiro real do Per'a'ah (Faraó) porque no mangá, quando Sugoroku consegue resolver os enigmas da pirâmide do Faraó inominável e acaba baleado, a alma de Atemu surge, com a sua vestimenta e coroa de quando era Faraó, esticando a sua mão para Sugoroku, visando salvá-lo da queda ao mesmo tempo em que fala: "Eu estava esperando por você, Shimon."
Inclusive, foi o próprio Shimon que colocou todas aquelas armadilhas na pirâmide de Atemu para impedir que fosse saqueada por ladrões de tumbas e em um determinado momento, enquanto decifrava as pistas, Sugoroku comenta consigo mesmo que tinha a estranha sensação de já ter estado naquele local e que por algum motivo, sentia certa familiaridade com as armadilhas e isto nada tinha a ver com o fato de ser o "jogador lendário", como era conhecido dentre os jogadores.
Isso por si só, comprova que de fato, ele é a reencarnação de Shimon, explicando também o fato dele ser uma cópia do seu corpo na sua vida passada como egípcio.
No Antigo Egito havia o costume dos parentes do Faraó ocuparem altos cargos, tal como tios, primos e etc.
Inclusive, era tradição o Faraó se casar com uma de suas primas ou irmãs para gerar um herdeiro ao manter a linhagem sanguínea.
Portanto, eu acredito que Shimon tinha algum parentesco com Atemu. Talvez, ele fosse um tio-avô, por exemplo, ou um primo do pai de Atemu, Akhenamkhanen, justificando a aparência de Shimon e sua reencarnação atual, Sugoroku, com Yuugi herdando esses traços porque é mostrado que quando era jovem, ele tinha franjas douradas e os seus cabelos eram pontudos, com estas sendo as características que Yuugi herdou.
Além disso, para uma alma reencarnar ela não pode estar selada dentro de algo. A alma de Atemu estava selada no Sennen pazuru.
Eu também quero explicar sobre o fato de Atemu se referir a Yuugi como "mou hitori no ore".
O ore é "eu" em japonês, tal como o boku.
Porém, a diferença entre ambos consiste no fato do "boku" ser informal enquanto que o uso do "ore" é formal e usado por pessoas mais velhas quando conversam com pessoas mais novas do que eles ou por superiores ao conversarem com um subordinado. Nesse caso, pode ser usado quando se referem a alguém mais novo ou a um subordinado.
Somente quando Yuugi junta forças com Atemu, no cânon, para derrotar o baralho do mundo da fantasia de Pégasus, ele passa a se referir ao Yuugi como "aibou", parceiro em japonês e não mais "mou hitori no ore" porque ambos batalharam juntos ao usarem a técnica Mind Shuffle.
Inclusive, se perceberem, Atemu torna a usar o termo "mou hitori no ore" quando Yuugi tira o Sennen Pazuru para enfrentar Jounouchi sozinho enquanto o entregava ao loiro, que teve a mente escravizada por Mariki, impedindo assim que o Faraó forcasse a troca com ele.
Afinal, se o item não estiver tocando o corpo, não ocorre à troca.
Nesse momento, enquanto Atemu pede para que ele não morra, o Faraó se refere à Yuugi como "mou hitori no ore" porque eles não estavam mais, lutando juntos.
Após o término dessa batalha, ele volta a se referir a Yuugi como "Aibou".
Essas diferenças somente são possíveis no áudio e mangá em japonês.
Era só isso que eu queria explicar e comentar.
Tenham uma boa leitura.
Chapter Text
- Moshi moshi.
- Yuugi-kun, você está melhor?
- Sim, Kisara-chan.
- Está mesmo melhor? – outra voz surgiu no telefone.
- Sim, Nuru-chan.
- Você está bem para andar?
- Com certeza.
- Então, vamos todos juntos para o colégio.
- Vou esperar vocês.
- Em alguns minutos estaremos aí.
- Vamos ligar para a Yukiko-chan e avisá-la que ele está bem, Kisara-chan.
- Sim, Nuru-chan.
Yuugi sorria enquanto ouvia elas se alternando na ligação, com ele conseguindo imaginar ambas compartilhando o telefone, uma do lado da outra.
- É uma boa ideia. – o jovem de cabelos tricolores fala – Ela também estava muito preocupada.
Após conversarem por alguns minutos, eles encerram a ligação, com Yuugi se despedindo de ambas e após guardar o smartphone em seu bolso, o jovem torna a observar a sua gargantilha de couro preto no pescoço, para depois, cogitar a hipótese de usar a parte de cima da sua roupa de Halloween do ano passado para combinar com o item, uma vez que notou o quanto apreciou usar alguns apetrechos diferentes do usual, uma vez que estava no colegial.
Portanto, decidindo testar se ficaria melhor se ele adicionasse o colete composto por cintos e que grudava em seu tórax por baixo do uniforme, o adolescente se dirige até as gavetas e após revirá-las, consegue encontrar a parte de cima.
Então, ele veste o colete após retirar o casaco e a blusa do uniforme.
Yuugi olha para o espelho por alguns minutos, para em seguida, colocar a blusa e a jaqueta do colégio, deixando-a aberta, olhando em seguida para as suas roupas no espelho, percebendo que havia caído bem nele enquanto procurava uma palavra que se adequasse melhor ao que estava sentido ao usar aquele colete repleto de cintos e rente à pele por baixo do uniforme e que combinava com o cinto de pescoço.
Ele sai dos seus pensamentos ao ouvir o seu avô, o chamando da cozinha:
- Yuugi, você precisa tomar o café da manhã antes de sair!
O adolescente olha as horas em seu despertador e percebe que estava um pouco atrasado, considerando o fato de que precisava comer antes de sair.
Após pegar a sua mochila, o jovem desce correndo as escadas de dois em dois degraus.
- Faz alguns minutos que eu o estou chamando. Você sequer ouviu o despertador. Você está bem? – ele pergunta com evidente preocupação em seu semblante ao vê-lo bocejar conforme entrava na cozinha.
Yuugi coloca a mochila em uma cadeira, bocejando novamente, para depois, falar dentre vários bocejos enquanto estranhava o fato de se sentir sonolento, de repente, conforme descia as escadas:
- Só estou com muito sono, jii-chan. Acho que eu não dormi direito. Eu devia estar concentrado na ligação da Kisara-chan e da Nuru-chan para não ouvir o senhor. Depois da ligação, eu coloquei uma roupa adicional, além do meu usual uniforme.
- O que elas queriam?
- Saber se eu estava bem o suficiente para ir à escola. – ele explica enquanto bocejava – Como eu estou bem, nós vamos juntos para o colégio. Elas iam avisar a Yukiko-chan.
- Depois que voltar do colégio, aproveite para descansar. Você não deve ter dormido bem na noite retrasada e está com sono atrasado. E os seus ferimentos? Quer que eu pegue um remédio para a dor? Afinal, já passou às doze horas de intervalo entre as doses.
- Eu estou bem. Eu não sinto mais dor. Pelo visto, eu não sou muito suscetível à dor porque bastou uma noite de sono para eu me recuperar.
- Pelo visto sim. – o avô fala consentindo enquanto olhava discretamente para o Sennen Pazuru e depois, para o seu neto.
"A única explicação que eu consigo encontrar para o meu neto estar sem ferimentos é o poder desse item e talvez, de algo mais... Porém, creio que é cedo demais para que eu possa confirmar a minha suposição. Caso eu confirme as minhas suspeitas, o meu amigo, Arthur Hopkins (Arthur Hawkins) ficará maravilhado ao saber que as nossas suposições sobre esse item estavam corretas e que a sua relação com o Egito Antigo, se encontra além do trecho do Livro dos mortos." – ele pensa consigo mesmo.
- Yuugi, esse colarinho e roupa por baixo do uniforme... – ele comenta, exibindo surpresa em sua face ao notar o novo adereço e roupa.
O seu neto exibe receio em seu semblante por achar que não havia caído tão bem nele quanto pensava e pergunta, exibindo ansiedade em seu semblante:
- Ficou ruim, jii-chan?
- Não ficou ruim. Você é um adolescente, agora. Portanto, é normal buscar a sua individualidade. Ficou uma roupa bem cool. – ele fala sorrindo enquanto piscava.
- Oh! O senhor é descolado quando deseja! Eu achei que o gosto do senhor pelo Egito Antigo, repercutisse no presente. – o jovem fala em tom de brincadeira.
- Yuugi, eu posso adorar o Egito Antigo. Porém, peço para não me comparar com uma múmia. – Sugoroku finge estar dando bronca enquanto que o sorriso crescente em seu rosto, o entregava.
Nisso, ambos riem, com os risos cessando ao ouvirem batidas na porta da cozinha, com o seu avô se levantando para abri-la, revelando as gêmeas e a albina que cumprimentam Sugoroku e Yuugi, para em seguida, serem cumprimentadas paternalmente pelo avô do jovem de cabelos tricolores e depois, pelo adolescente.
Yukiko, Kisara e Nuru se sentam junto deles na mesa do café da manhã, para depois, conversarem animadamente.
Enquanto o seu anfitrião tomava o seu café da manhã e conversava com o seu avô e amigas, Atemu estava em uma das suas salas, mais especificamente em uma espécie de trono de pedra ao mesmo tempo em que se encontrava em um estado reflexivo.
O motivo do jovem se encontrar sonolento é porque ele exagerou na magia que o fez adormecer para que pudesse controlar o seu corpo ao mesmo tempo em que realizava a modificação da memória dele sobre alguns dos acontecimentos.
Agora que ele se afastou da câmara da alma do jovem, depois de manipular a sua memória e incentivá-lo a usar a gargantilha de couro preto no pescoço, ficando surpreso pelo súbito interesse do seu anfitrião de usar por si mesmo, o colete colante de cintos por baixo do uniforme, algo que o agradou imensamente, o efeito retardatário da sua magia surgiu com força total.
De fato, ele não precisava ter usado o seu poder naquela intensidade por temer que ele despertasse durante o Yami no Game porque não desejava tornar um hábito subjugá-lo a toda a hora apesar de ser algo necessário para preservar ao máximo o bem estar do adolescente.
Agora, ele sabia a dosagem que deveria usar, sem excedê-la, além de ficar aliviado de ter conseguido apagar a recordação da ameaça de Ushio porque ele estava incapacitado para sempre, preso na ilusão da ganância, fazendo com que não fosse mais uma ameaça para Yuugi e os outros.
Atemu confessava que ao ver os ferimentos provocados pelo Monitor Estudantil, ele sentiu uma vontade imensa de torturá-lo brutalmente, além de socá-lo, quebrando os seus ossos por ter feito o seu anfitrião fofo sofrer.
Afinal, o Faraó o amava com toda a força do seu coração e desejava ardentemente protegê-lo do mundo que não merecia uma alma tão nobre e gentil. O espírito havia se apaixonado pelo adolescente conforme se passavam os anos ao mesmo tempo em que sentiu a natureza e coração ímpar que se refletiam na luz cálida e quente que emanava dele e que havia se convertido em seu bálsamo.
Então, ao ter acesso as suas lembranças e recordações, podendo entrar na câmara de sua alma que refletia a pureza dele e o seu âmago, o amor que sentia por Yuugi havia sido fortalecido porque todas as suas suposições sobre a natureza do jovem eram verdadeiras e ao vê-lo pessoalmente, deitando tranquilamente na sua cama com uma feição serena, ele passou a admirar a sua estatura e aparência, sentindo o seu coração falhar uma batida ao ver o rosto de beleza angelical. O adolescente era tão lindo por dentro quanto por fora e a sua aparência delicada insuflava um forte desejo de protegê-lo em seus braços e de punir todo aquele que ousasse fazê-lo sofrer.
Conforme se recordava dos acontecimentos após tomar o controle do corpo do jovem, Atemu acaba se recordando da mulher misteriosa e da sua presença opressora de uma forma que ele nunca imaginou ser possível enquanto sentia a intensidade da magia dela e seu nível, acreditando que estava muito além do que havia sentido.
De fato, ela seria uma ameaça impossível de ser detida, se assim desejasse e isso era um pensamento demasiadamente perturbador para o Faraó porque mesmo que a albina não se revelasse uma ameaça ao ponto de atacá-lo, além de não fazer qualquer menção de se converter em uma inimiga, o fato dos seus poderes serem imensos, provocava um temor natural, com ele se recordando do quanto precisou usar a sua determinação ferrenha e igualmente intensa para não deixar a mostra o seu medo natural perante um ser tão poderoso.
Pelo menos, o ser tinha sentimentos maternais por Yuugi, fazendo com que o jovem não corresse perigo de vida com ela e isso era algo que o deixava tranquilo, além do fato dela ter permitido que ele tivesse a sua vingança e de uma forma melhor do que havia imaginado, com Atemu acreditando que não iria libertá-los do sofrimento noturno por anos.
Afinal, não acreditava nas palavras dela porque era demasiadamente surreal a ideia deles se converterem em aliados do seu anfitrião, principalmente Jounouchi, em algum momento do futuro apesar da absoluta convicção que ela exibia em sua voz e postura ao acreditar em algo tão surreal para ele.
Então, conforme se lembrava da primeira vez que viu Yuugi, pessoalmente, o espírito começa a se lembrar do quanto à pele do jovem era acetinada ao toque, assim como os seus lábios e cabelos ao deslizar as suas mãos pelos cabelos sedosos e depois, por toda a epiderme exposta ao mesmo tempo em que se encontrava imerso na face angelical e serena enquanto o jovem se encontrava vulnerável, incitando nele o desejo de protegê-lo, mais do que já sentia.
O espirito fecha os olhos e com um sorriso no rosto, começa a vivenciar através das recordações, as sensações que experimentou e do quanto os pequenos lábios eram convidativos, prometendo o mais puro deleite, com a sua mente chegando ao ponto de imaginá-lo sem todas aquelas vestes, acreditando que o seu corpo seria perfeito porque ele era uma perfeição em todos os sentidos enquanto que era como um anjo que devia ser protegido com unhas e dentes.
Portanto, o Faraó jurou a si mesmo que iria proteger o jovem que refletia a mesma preciosidade e pureza de uma gema preciosa, assim como era a ametista em seus olhos grandes e expressivos.
Então, conforme percebia onde os seus pensamentos o estavam levando, ele sacode a cabeça para os lados, tentando dissipá-los ao mesmo tempo em que sentia um incômodo em sua virilha, o forçando a fechar os olhos e acalmar o seu membro parcialmente desperto enquanto agradecia o fato dele fazer dezesseis anos em breve porque não apreciava a ideia de sentir atração por alguém tão jovem, com a idade de dezesseis anos sendo parcialmente aceitável para Atemu.
Após fazer o seu membro voltar ao normal, ele decide manter a sua mente sobre o seu controle, voltando a manter o foco do que estava fazendo antes de tais pensamentos surgirem e que ocasionaram uma situação desconfortável em sua virilha.
O seu foco consistia em estar atento ao que acontecia ao seu amado, decidindo que deveria manter a sua concentração para que captasse qualquer problema através dos sentimentos que seriam enviados a ele de forma inconsciente porque o Faraó só teria alguns segundos para assimilar tudo o que ocorreu enquanto colocava a consciência do jovem adormecido na cama da câmara da alma dele ao mesmo tempo em que tomava o controle do seu corpo, usando a sua magia e a do item para substituir o corpo de Yuugi pelo dele, pelo menos, parcialmente, uma vez que não podia modificar o rosto e a estatura, ainda, fazendo com que qualquer ferimento que viesse a sofrer fosse direcionado apenas para ele e não para o jovem.
Afinal, cuidar do seu anfitrião era o mínimo que podia fazer em troca do empréstimo de um corpo físico, mesmo que temporariamente, o fazendo ter a sensação de estar vivo, algo que ele não tinha quando estava na forma de um espirito e que podia ser uma sensação demasiadamente viciante em uma mente mais fraca, algo que não acontecia com Atemu porque a sua mente era suficientemente forte para resistir à tentação juntamente com a determinação férrea que possuía, o fazendo se recordar que era um empréstimo temporário e que deveria devolver o corpo o quanto antes enquanto que precisava cuidar dele no período que estava sobre o seu controle.
Por isso, o Faraó procurava transferir o seu corpo ao tomar controle do corpo de Yuugi porque além de protegê-lo, poderia curar qualquer ferimento anterior que ele tivesse, assim como fez com os ferimentos provocados por Ushio, confessando que desejava invocar o seu corpo real, pelo menos, em termos de estatura e rosto em algum momento no futuro.
Conforme pensava nesses momentos em que assumiria o controle, era plenamente ciente que o jovem começaria a sentir lapsos de memória por mais que ele procurasse devolver o corpo o quanto antes, procurando reduzir ao máximo esse tempo de ausência de memória no adolescente de olhos ametistas.
Portanto, Atemu era plenamente ciente de que precisava ficar atento aos outros sentimentos vindos do jovem, principalmente no caso de haver uma mudança no coração dele em relação ao Sennen Aitemu, caso ele passasse a desconfiar que os seus lapsos de memória pudessem ter alguma relação com o item, o fazendo ficar desconfortável ou ter receio em usá-lo, algo que o espirito não podia permitir.
Afinal, o Faraó precisava do contato do item com o corpo dele para fazer a troca e por isso, o afastamento do Sennen Pazuru do corpo do seu anfitrião não era uma hipótese aceitável e ao pensar nisso, se recorda da sensação que havia sentido e que era oriunda do item.
Ao se recordar dessa sensação, o espírito sente que havia um poder externo que parecia uni-lo ao jovem e que estava influenciando na decisão de Yuugi de manter o item e não somente por ser um tesouro na visão do adolescente. Era um sentimento intenso, além de ser ciente que estavam unidos de forma intrínseca, que se o adolescente morresse, ele morreria junto porque ambos não podiam viver se um deles fosse morto ou destruído em decorrência do destino unir ambos de uma forma inquebrável ao mantê-los unidos através do item, embora o Faraó sentisse que havia algo mais e que era demasiadamente profundo e igualmente poderoso.
Inclusive, ele sentia que esse poder havia unido eles muito antes do item ser montado, fazendo o Faraó cogitar a hipótese de ambos terem sido predestinados a ficarem juntos, fazendo com que o encontro deles não fosse ao acaso do destino e sim, algo predestinado porque isso também explicaria a sensação que vinha do seu anfitrião na forma do desejo de manter o item, além do fato de Yuugi se sentir seguro e calmo ao tocar a superfície dourada, o fazendo sorrir ao sentir que podia passar os seus sentimentos de amor e de proteção para confortá-lo quando a superfície dourada fosse tocada pelo jovem.
Com esse pensamento em sua mente e com um sorriso brotando em seus lábios, Atemu reclina em seu trono e permite a si mesmo cochilar, embora a sua mente estivesse conectada aos sentimentos do jovem para protegê-lo no instante que estivesse em perigo, com ele decidindo diminuir ao máximo a troca de corpo para tornar a vida do seu amado o mais confortável possível ao reduzir os períodos de lapsos de memória porque odiaria fazer alguém tão ímpar e que detinha o seu coração, sofrer com medo pela ausência de memórias.
Claro, ele não poderia evitar essa sensação no futuro, mas podia reduzir o máximo possível.
Conforme pensava no aspecto de evitar que o seu anfitrião ficasse com medo, o Faraó havia decidido que somente sairia na sua forma de espírito quando o jovem estivesse dormindo.
Afinal, se saísse quando Yuugi estivesse acordado, o seu anfitrião conseguiria vê-lo em decorrência do fato de portar o Sennen Pazuru e se isso ocorresse, o jovem ficaria aterrorizado e com razão, além de fazer as pessoas pensarem que estava louco porque somente o adolescente poderia vê-lo e ouvi-lo.
Ademais, não havia motivo para se manifestar quando o adolescente estivesse acordado porque podia sentir e observar tudo o que ele via e sentia se assim desejasse, além de conseguir assimilar rapidamente qualquer informação.
Claro, o ideal seria ele ficar do lado de fora.
Porém, se fizesse isso, o faria ficar assustado, acabando por fazê-lo ter problemas em decorrência da sua aparição junto dele juntamente com o fato de não desejar que o adolescente tomasse ciência da sua existência, pelo menos, no início.
Chapter 26: Jounouchi
Summary:
Yukiko consegue...
Jounouchi...
Yuugi fica...
As amigas de Yuugi...
Chapter Text
Do lado de fora, Kisara, Nuru e Yukiko estavam sentadas na mesa do café com o seu amigo, o parabenizando por montar o item que ele vinha tentando montar a oito anos, comentando que ficava muito bem nele o Sennen Pazuru pendurado em seu pescoço enquanto assimilavam o fato dele não ter mais ferimentos, com as gêmeas acreditando que haviam errado em seu julgamento dos ferimentos sofridos porque seria a única explicação plausível na visão das gêmeas para o fato do seu amigo não sentir dor, com Sugoroku se ausentando de contar as suas suspeitas sobre o item e que poderia ter sido algo além do Sennen Pazuru que havia curado o seu neto ao mesmo tempo em que sorria paternalmente para as jovens.
A meia dragoa havia conseguiu fingir surpresa com a cura do seu amigo ao acompanhar as emoções e reações das gêmeas.
Elas também comentavam o quanto ele ficou legal com o colar em seu pescoço e o colete colante com cintos por baixo da blusa e que havia combinado com o colarinho, fazendo-o corar, para depois, ouvi-las conversar enquanto ficava imerso nas suas recordações vagas da noite passada, para depois, sair desses pensamentos sem que percebesse, voltando a prestar atenção ao que elas falavam, fazendo com que o jovem não percebesse essa mudança involuntária e igualmente sutil por causa da influência de Atemu, que procurava intervir o mais sutilmente possível para não assustar o seu amado anfitrião.
Afinal, ele não queria ver aquelas belas gemas ametistas imersas em medo ou dor.
Então, eles se levantam ao verem que deveriam ter saído há alguns minutos, atrás e após se despedirem de Sugoroku, o grupo de amigos se dirige até o colégio.
Quando Yuugi e as suas amigas chegam à instituição de ensino, Yukiko trata de arrastá-los sutilmente para longe do pátio do colégio, fornecendo uma desculpa qualquer, fazendo com que não vissem uma aglomeração de estudantes que se encontravam próximos de uma das árvores do pátio e que observavam Ushio atirando folhas para o alto juntamente com o lixo que havia encontrando e que o deixava fascinado enquanto murmurava a palavra dinheiro com evidente êxtase em sua voz.
Afinal, para o ex-monitor estudantil, não era lixo ou folhas e sim, notas de dinheiro.
Conforme os afastava, a albina notou pelo canto dos olhos, o diretor se aproximando dos estudantes acompanhado de um dos professores. Seguindo ambos, havia uma equipe médica, além de um senhor que exibia preocupação em seu semblante.
A meia dragoa confessava que se encontrava ansiosa para puni-lo pelo que fez a aquele que via como um filho, decidindo que iria visita-lo na instituição psiquiátrica quando fosse de madrugada para aplicar a punição que havia escolhido para ele.
Próximo dali, Jounouchi e Honda haviam ficado felizes ao ponto de comemorarem quando viram o estado deplorável de Ushio, com os estudantes murmurando que ele deve ter enlouquecido por algum motivo, explicando assim a aparente loucura que demonstrava, fazendo com que o diretor contatasse o tio de Tetsuo, que por sua vez, iria interná-lo em uma clinica psiquiátrica.
Então, Katsuya vê Yuugi junto das suas amigas, com Hiroto acompanhando o olhar do amigo, para depois suspirar enquanto mantinha as suas mãos nos bolsos conforme se lembrava do que haviam conversado mais cedo naquele dia.
Mesmo não concordando com o que o seu amigo disse, Honda respeitava a sua decisão, embora isso implicasse que ele não ficaria junto dele quando o loiro estivesse perto de Mutou.
O moreno se recordava de Jounouchi comentando que não iria mais praticar bullying no jovem de cabelos tricolores e que seria amigo dele, o deixando estarrecido pela decisão inesperada, para depois, sacudir Katusya pelas lapelas do casaco escolar enquanto gritava com ele, visando remover a ideia insólita na visão dele ao mesmo tempo em que tentava a todo custo fazê-lo rever a sua decisão até que desiste do seu intento ao notar nos olhos do loiro uma convicção ferrenha e como o conhecia bem, sabia melhor do que ninguém que nenhum argumento o faria mudar de ideia, uma vez que ele exibisse aquele olhar em seus olhos cor de mel.
Honda sai das suas recordações daquela manhã e comenta, seguindo o olhar do seu amigo:
- Não vou ficar junto de você quando estiver com ele. Mas acho que você compreende a minha decisão.
- Eu sei. Mas não ficarei todos os dias com o Yuugi, uma vez que ele tem as suas amigas. Portanto, poderemos andar por aí, indo ao fliperama ou socando algumas gangues.
Honda sorri, consentindo, para depois, suspirar, colocando as mãos em seus bolsos, falando em seguida:
- Pelo menos, vamos poder nos divertir quando você não estiver junto daquele bast... quer dizer, do Mutou – ele fala, se corrigindo rapidamente porque o seu amigo pediu para não ofender o jovem na sua frente, com o moreno acatando o pedido - Bem, se está tão determinado embora eu não consiga aceitar os seus argumentos, o deixarei seguir com o seu intento e não vou mais perturbá-lo. Você tem a minha palavra.
- Obrigado, amigo.
Ainda de costas, Hiroto mostra o polegar para cima antes de se afastar, com o loiro decidindo se apressar porque queria encontrá-lo e preferencialmente, sozinho.
Afinal, não queria proferir palavras que o deixariam demasiadamente envergonhado, principalmente na presença de uma plateia no entorno enquanto que desejava ardentemente ter a chance de se aproximar, em algum momento do futuro, da bela bronzeada de orbes carmesins que havia roubado o seu coração.
Nesse interim, com a albina sabendo o que iria ocorrer, ela consegue convencer as suas amigas a segui-la ao dar uma desculpa qualquer, permitindo assim, que Yuugi andasse sozinho até a sala de aula porque Katsuya estava atrás de uma parede, o aguardando.
Após Mutou passar essa parede, Jounouchi, que se encontrava encostado com as costas na parede e com os braços cruzados sobre o tórax, exibindo alguns curativos no rosto, fala ao vê-lo passar por ele:
- E aí, Yuugi?
- Ah, Jounouchi-kun! – ele exclama surpreso ao vê-lo porquenão esperava encontrá-lo.
Inicialmente, ele ficou com medo do motivo do outro se aproximar dele porque temia que o loiro o machucasse, fosse fisicamente ou verbalmente, apesar de estranhar o fato de Honda não está junto dele.
Afinal, ambos se juntavam para atormentá-lo, dando a desculpa esfarrapada de que eram lições para ser homem, com ele sabendo os verdadeiros motivos e que eram comuns a todos os valentões. Eles queriam apenas humilhá-lo e agredi-lo, fosse verbalmente ou fisicamente para se divertirem com o seu sofrimento.
O loiro nota o nervosismo no semblante do jovem de cabelos tricolores enquanto percebia que o jovem de cabelos tricolores havia dado, inconscientemente, um passo para trás, fazendo Katsuya se amaldiçoar internamente por ser um dos responsáveis por trazer medo para o adolescente de orbes ametistas porque os olhos grandes e expressivos demonstravam nitidamente o receio que o acometia ao ficar na sua presença.
Então, visando fazer com que o jovem a sua frente relaxasse na sua presença, ele pergunta gentilmente:
- Como estão os seus machucados?
- Eu estou bem. Eles não estão doendo. E você, Jounouchi-kun? – Mutou pergunta com sincera preocupação em sua face porque apesar de tudo que fizeram contra ele, Yuugi era incapaz de guardar mágoa e de odiar alguém, assim como era incapaz de desejar o mal a essa pessoa.
Portanto, a sua preocupação era sincera e o loiro podia ver essa sinceridade nos orbes ametistas, o fazendo sentir mais vergonha de si mesmo do que já sentia.
Após se recuperar da surpresa inesperada, Katsuya responde, sorrindo de canto:
- Estou ótimo! Isto não é nada!
Então, ele fecha os olhos e se prepara para dizer palavras que nunca pensou que falaria por achar que eram, demasiadamente, ridículas.
- Yuugi, eu também resolvi ter um tesouro como você. Você quer ver?
- Sim. – ele responde, sorrindo animado.
- É uma pena... O meu tesouro é "algo que você vê, mas nunca viu". Então, não vou poder mostrar.
Yuugi fica reflexivo e pensa consigo mesmo, tentando descobrir o que era enquanto o loiro ficava aliviado ao ver que Mutou havia relaxado ao seu lado.
"Algo que você vê, mas nunca viu?" O que será?" - o adolescente de orbes ametistas pensa consigo mesmo, tentando descobrir o que era.
Katsuya exibe um sorriso em seu rosto ao mesmo tempo em que mantinha os braços cruzados em frente ao seu tórax, com as costas apoiadas na parede atrás dele, falando em seguida:
- É a amizade. Nós dois podemos ver que ela existe. Mas ninguém pode ver a amizade em si.
Yuugi fica surpreso e exclama emocionado, com lágrimas nos olhos:
- Legal!
Então, envergonhado por ter dito tais palavras, ele sai correndo em direção à sala de aula, acabando por perder um dos sapatos que os alunos usavam dentro do colégio enquanto exclamava:
- Agora, tchau, porque a aula vai começar!
Enquanto corria, ele pensava consigo mesmo:
"Não acredito que tive coragem de falar uma coisa tão brega."
Mutou pega o sapato dele e corre atrás dele, exclamando:
- Espere, Jounouchi-kun! Você esqueceu o sapato!
Ele consegue alcançá-lo antes que chegassem à sala de aula e ainda envergonhado, o loiro aceita o sapato e coloca no pé, agradecendo:
- Obrigado, Yuugi.
- Por nada, Jounouchi-kun.
Então, ambos entram na sala de aula e avistam Yukiko, Nuru e Kisara conversando algo até que a prateada percebe o seu amigo junto de um dos valentões e arqueia o cenho, chamando a atenção da sua irmã e de Yukiko, que olham atentamente para o loiro.
O mesmo percebe que a bela bronzeada que ele amava arqueava a sobrancelha direita enquanto que a prateada o observava com um semblante curioso ao mesmo tempo em que a albina parecia analisá-lo porque que a meia dragoa foi obrigada a fingir que não sabia o que ocorreu.
Portanto, ela pergunta em um tom de voz frio, cruzando os braços contra o tórax:
- Onde está o bastardo do Honda? Vocês nunca se aproximam dele quando nós estamos por perto.
O jovem de cabelos tricolores geme e faz facepalm ao perceber que seria difícil para as suas amigas confiarem em Katsuya ao mesmo tempo em que havia se esquecido, momentaneamente, do fato de haver resistência por parte delas e não as condenava.
Jounouchi, que andava junto de Yuugi, detém o seu avanço porque era plenamente ciente de que precisaria enfrentar a desconfiança delas e considerando o que ele fez contra Mutou, não esperava outro tratamento.
Porém, mesmo se preparando para lidar com o trio de garotas que o protegiam, ele confessava que era demasiadamente difícil não ficar nervoso perto delas enquanto ficava desolado ao notar que Nuru olhava para ele como se fosse um mero lixo, podendo ver, também, o brilho de raiva em seus orbes carmesins.
Quando o jovem ia falar algo ao notar a tensão no ar oriunda delas enquanto observava pelo canto dos olhos o seu novo amigo demonstrando receio e tristeza em seu semblante, o professor se preparava para entrar na sala de aula, fazendo com que o jovem não tivesse tempo hábil para falar o que ocorreu porque todos os alunos foram obrigados a se sentarem em seu lugar.
Portanto, ele decidiu que iria contar para as suas amigas sobre Jounouchi, no intervalo.
Nesse interim, antes que o professor entrasse, Honda entrou na sala de aula e se sentou no seu lugar, observando o clima tenso entre o seu amigo e as amigas de Yuugi, para depois, ver o seu amigo se sentar em seu lugar, com ele comentando em um sussurro ao se recordar da face desconfiada delas ao verem o loiro junto do amigo delas:
- Se prepare. Não será fácil.
- Eu sei e estou preparado para enfrentá-las. Considerando os meus atos no passado, enfrentar a fúria delas seria o mínimo que eu deveria esperar. – ele fala em um suspiro.
- Eu fico aliviado de você ser ciente da imensa dificuldade que terá em conquistar a confiança delas. Pelo menos, agora, você tem chance com a Nuru. – o moreno fala, sorrindo.
- Eu espero. Eu sonho com o dia que poderemos ficar juntos.
- É bom se focar na realidade porque será um longo caminho para você ter alguma chance com ela.
- Eu sou o único responsável pela minha situação atual. Portanto, preciso suportá-la e aceitar com resignação, lutando com unhas e dentes para ter uma chance, nem que seja ínfima, dela me olhar com outros olhos.
- Bem, se prepare porque não será nada fácil, considerando a forma como ela olha para você.
- Eu sei. – ele suspira, para depois, voltarem a prestar atenção na aula.
Nesse interim, Kaiba havia chegado e sentou em seu lugar, pegando um livro para ler ao mesmo tempo em que estranhou o fato de um dos valentões, que atormentavam o menor aluno da sala em estatura, havia chegado junto desse mesmo jovem à sala de aula e enquanto olhava para a cena inusitada, ele observava Kisara pelo canto dos olhos e ao vê-la, os seus orbes azuis passam a observar a prateada que havia se erguido junto da irmã e da amiga ao verem o loiro entrando junto do amigo deles.
Seto não conseguia compreender o motivo da sua mente sempre se encontrar pensando na Kisara em vários momentos durante o dia, não importando se era uma reunião importante. O rosto dela surgia em várias ocasiões e ele considerava algo irritante. Pelo menos, a sua mente pensava assim enquanto o seu coração sempre a buscava em sua mente e ao se concentrar em tais pensamentos sobre coração e sentimentos, ele exibe uma carranca em seu rosto porque os sentimentos eram algo inconveniente para uma pessoa ter no mundo dos negócios, principalmente naquele momento que se preparava para derrubar Gozaburo Kaiba após planejar por vários anos a queda dele.
Após derrubá-lo, ele passaria a ter o controle do império Kaiba, com ele decidindo que o seu primeiro ato seria parar com o desenvolvimento de armas bélicas ao usar a tecnologia para os jogos e para criar parques de diversões que seriam chamados de Kaiba Land.
Afinal, o seu sonho desde que era menino, era criar parques de diversões pelo mundo e acessíveis para todos, não importando a renda, além de desejar ter uma empresa dedicada aos jogos.
Decidindo que deveria focar a sua mente na queda do seu odiado padrasto, Seto rompe contato visual com Kisara enquanto retornava a ler o seu livro, com ele se recordando de que tinha uma reunião secreta marcada na parte da tarde com a diretoria da Corporação Kaiba.
Enquanto Yuugi prestava atenção nas aulas, Atemu se encontrava pensativo em seu trono, tentando compreender a atitude de Jounouchi ao dizer aquelas palavras, assim como o desejo de ser amigo daquele que vivia atormentando quase que diariamente e por mais que ficasse pensando, tentando encontrar uma justificativa plausível para as suas atitudes inusitadas, ele não conseguia encontrá-la, fazendo com que não acreditasse nas palavras do loiro.
Afinal, era uma mudança demasiadamente radical, considerando o fato de que não achava nenhum motivo minimamente plausível para que ele mudasse a sua conduta, levando-o a cogitar a hipótese de ser um plano dele junto do moreno, almejando algo que o Faraó não compreendia ao mesmo tempo em que começava a ficar preocupado com o jovem que detinha o seu coração, decidindo que deveria ficar atento a esta aproximação inusitada do loiro.
Algumas horas depois, ocorre o intervalo e todos saem, com exceção de Kaiba que havia aberto o seu notebook e se encontrava olhando atentamente para a tela enquanto digitava algo.
Kisara se encontrava olhando para ele ao mesmo tempo em que se levantava da sua carteira, tentando compreender o motivo de sonhar com Seto, com alguns destes sonhos sendo muito estranhos porque ela o via bronzeado e usando roupas egípcias enquanto exibia uma espécie de cetro dourado estranho na mão.
Ela havia contado estes sonhos para a sua irmã, com Nuru comentando que poderia ser apenas um sonho, com a prateada, relutantemente, aceitando como sendo uma hipótese plausível apesar de ter a sensação inquietante de que não era, apenas, um sonho.
Então, a jovem sai de seus pensamentos com a voz ansiosa de Yuugi:
- O Jounouchi-kun mudou. Ele é o meu amigo, agora.
Chapter 27: Conversas
Summary:
As amigas de Yuugi decidem...
Jounouchi e Yuugi conversam e o loiro fica surpreso quando...
Yukiko descobre...
Chapter Text
Elas olham para o amigo de infância delas, exibindo surpresa em seus semblantes enquanto o loiro dava um passo para frente ao mesmo tempo em que era visível o seu semblante repleto de vergonha e culpa.
- Eu fui um completo imbecil no passado. Isso é um fato inquestionável. Mas eu mudei. Aconteceu algo que fez com que eu revesse muitas das minhas atitudes. Eu quero ser amigo do Yuugi. Ademais, eu espero encontrar uma forma de me redimir por tudo o que fiz contra ele no passado. Tais lembranças apenas me enchem de pesar e de vergonha pelos meus atos desprezíveis.
Kisara arqueia um dos cenhos, exibindo desconfiança em seus olhos enquanto Nuru mostrava a mais pura descrença em seus orbes carmesins ao mesmo tempo em que o olhava como se fosse algo indigno de atenção, com este sendo um olhar que sempre feria Katsuya, com ele sabendo que merecia aquele olhar.
- Não é nenhum plano seu com o Hiroto, né? Aliais, ele saiu agora a pouco. - a princesa dos dragões pergunta.
Jounouchi suspira porque havia esperado uma resistência considerável entre elas, principalmente em relação à albina.
- Honda não aprova a minha decisão, mas não condena. Ele não vai mais incomodar o Yuugi porque eu pedi para deixá-lo em paz. Eu também vou precisar dividir o meu tempo entre o Yuugi e o Honda – ele olha para o jovem de cabelos tricolores - Tudo bem, Yuugi? Vou alternar os dias entre você e aquele idiota teimoso do Hiroto.
O jovem de orbes ametistas fica surpreso e depois consente, suprimindo qualquer tristeza que ousasse tomá-lo por não poder ter um amigo constantemente porque o que importava é que ele havia conseguido um enquanto pensava consigo mesmo:
"Graças ao Sennen Pazuru eu consegui um amigo. Talvez, o objeto tenha, de fato, algum poder mágico."
O loiro percebe que as garotas olhavam pensativas uma para outra por alguns minutos, para depois, olharem do loiro para o jovem que se encontrava ao seu lado e ansioso pelo veredito das suas amigas porque ansiava que elas aceitassem o seu novo amigo entre o seu círculo de amizade por ele ser o seu primeiro amigo homem.
Após vários minutos, elas suspiram, para depois, consentir com relutância porque era visível a desconfiança nos olhos do trio.
Kisara se aproxima ao dar um passo para frente, olhando atentamente para os olhos de Jounouchi Era evidente em sua postura e olhar a desconfiança, com Katsuya não as condenando por isso porque seria o esperado, assim como não reclamava da conduta e semblante que elas exibiam.
Afinal, seria o mínimo que ele deveria esperar delas, considerando o que fez com Yuugi.
- Vamos dar um voto de confiança, uma vez que parece muito importante para o Yuugi-kun ter um amigo Nós três compreendemos esse desejo. Afinal, ele nunca teve um amigo homem, antes. - a albina fala olhando atentamente para Katsuya.
O adolescente de orbes ametistas fica surpreso ao descobrir que as suas amigas sabiam do seu desejo e após assimilar essa informação inesperada, ele pergunta em um tom de incredulidade:
- Vocês sabiam disso? Que eu desejava ter um amigo?
- Sim. Inclusive, nós compreendemos perfeitamente o seu desejo.
Yuugi se aproxima e pergunta em um tom de voz preocupado porque evidente em seu semblante e voz, a culpa que o acometia ao julgar que elas deviam estar tristes:
- Não estão tristes, por isso?
- Não. – Yukiko fala – Nós já imaginávamos isso.
- Portanto, não se sinta culpado, Yuugi-kun. – Kisara comenta, sorrindo gentilmente.
- Ademais, você é um garoto. Claro que iria gostar de conversar com outro homem. Nós já esperávamos que você tivesse esse desejo. – Nuru fala, sorrindo.
Ele olha para elas e nota o olhar gentil do trio, exibindo um imenso sorriso pela aceitação delas, assim como por não estarem tristes pelo desejo dele de ter um amigo homem.
Então, Jounouchi se aproxima e pergunta:
- Onde vocês comem o obentou de vocês?
- Perto da quadra de esportes. Naquela parte que tem árvores. E você? – Kisara pergunta curiosa.
- Comemos em qualquer lugar. Eu nunca estive nesse lugar na hora do intervalo.
- Quer vir conosco? – Yuugi pergunta expectante.
- Claro. Não tenho lugar certo e pode ser legal ter um local para comer.
Nisso, ele segue o quarteto e quando eles chegam ao local que usavam, o loiro confessava que era bonito e dava uma sensação de paz ficar próximo das árvores, além de ficar oculto dos demais alunos, fornecendo uma espécie de privacidade, por assim dizer.
Eles sentam nos bancos e todos abrem as suas marmitas, com Katsuya notando que a comida no obentou de Kisara tinha formato de flores e outras coisas fofas sendo bonita aos olhos, assim como o da Nuru. A de Yukiko era simples, assim como a do Yuugi.
Então, eles começam a comer e o loiro pergunta:
- Vocês fazem o seu próprio obentou?
- Na maioria das vezes eu faço porque os nossos pais são muito ocupados, mas procuram dar atenção para nós duas e a minha kaa-chan, sempre que pode, prepara o nosso obentou. – a prateada fala, sorrindo.
- Eu faço sozinha. – a albina comenta.
- Eu também faço sozinho. Eu e o meu avô distribuímos entre nós as tarefas na casa, já que ele tem uma loja. E você? – Yuugi pergunta curioso.
- Eu também faço sozinho – o loiro se lembra de algo e pergunta, olhando para as gêmeas – É verdade que vocês sabem artes marciais e kenjutsu?
- Nós sabemos Kung Fu, no caso, o estilo do dragão e sabemos, também, Kenjutsu do estilo Hiten no Mitsurugi Ryuu. O nosso pai é um mestre de Kung Fu do estilo dragão e a nossa mãe é mestra de kenjutsu do estilo Hiten Mitsurugi Ryuu. Ademais, nós duas somos mestras substitutas de ambas as escolas porque dominamos todas as técnicas e o ouji, chamada de arte secreta, de ambos os estilos.
- Nossa... E você, Yukiko? – o loiro pergunta após passar a surpresa pelo que ouviu das gêmeas.
- Meus pais se mudaram e eu emancipei. Portanto, sou legalmente uma adulta. Eu moro perto do Yuugi-kun. Eu treinei no doujo dos pais delas.
- Os meus pais são falecidos e só tenho o meu jii-chan. No passado, ele era chamado de Jogador lendário porque percorreu o mundo, jogando todos os jogos. Ele me ensinou a jogar e a amar os jogos, desde que eu pequeno. – Yuugi comenta – E você, Jounouchi-kun?
- Meu otou-san desapareceu quando eu era criança e moro com a minha okaa-san. Eu tenho uma imouto chamada Shizuka-chan. Ela estuda em um colégio próximo daqui.
Então, o grupo começa a conversar entre si, com eles conhecendo mais sobre o loiro e vice-versa até que o sinal toca, fazendo-os se dirigirem para a sala de aula.
Algumas horas depois, Katsuya estava junto do jovem de cabelos tricolores, com ambos conversando enquanto as garotas estavam na frente deles ao mesmo tempo em que dedicaram um olhar rápido para o seu amigo que parecia muito feliz ao conversar com o seu novo amigo, com as três olhando uma para a outra, para depois, trocarem sorrisos entre si, com a bronzeada olhando para trás, momentaneamente, na direção de Jounouchi e ao fazer isso, ela cora e procura disfarçar a vermelhidão nas suas bochechas, antes que o loiro percebesse as suas bochechas coradas.
Ele exibe um olhar sério ao mesmo tempo em que consentia com a cabeça, demonstrando um olhar sincero em seguida.
- Sim. Eu mudei e agora, sinto vergonha dos meus atos, toda a vez que olho para trás. Eu era um imbecil e olha que isso é um eufemismo.
- Sim.
- Com certeza.
Então, as garotas os surpreendem ao virarem para os garotos, que por sua vez, arqueiam o cenho, com a albina falando:
- Nós vamos passar em uma loja de roupas e confiaremos em você, Katsuya, para ficar junto do Yuugi-kun, uma vez que estaremos ocupadas. Nós podemos confiar em você, certo?
Ele exibe um olhar sério ao mesmo tempo em que consentia com a cabeça, para depois, falar enquanto demonstrava um olhar sincero em seguida:
- Sim. Eu mudei e agora, sinto vergonha dos meus atos, toda a vez que olho para trás. Eu era um imbecil e olha que isso é um eufemismo.
- Com certeza. – a prateada fala, consentindo.
- Por aí. Bem, vamos dar esse voto de confiança. Pelo seu olhar, compreendermos que o seu arrependimento é sincero. – a bronzeada fala, procurando dissipar novamente o rubor que surgiu em suas bochechas ao olhar para o loiro.
Então, elas se despedem e se afastam, conversando entre si, com ambos tomando outro caminho enquanto conversavam vários assuntos, com Yuugi apreciando o seu primeiro amigo, percebendo que as conversas eram ligeiramente diferentes daquelas que sempre tinha com as suas amigas.
Enquanto isso, dentro do Sennen Pazuru, Atemu se encontrava atento à presença de Jounouchi ao lado daquele que amava e decide dobrar a sua atenção ao que acontecia no exterior, para que pudesse agir o mais rápido possível a qualquer gesto ofensivo ou agressivo que o loiro fizesse contra o seu anfitrião e que dessa vez, não teria um ser poderoso para impedir os seus atos e frente a esse pensamento, o Faraó sorri ainda mais.
O espírito confessava que não havia apreciado o ato delas de confiarem tanto em Katsuya ao ponto de deixarem o adolescente de orbes ametistas andando sozinho junto de uma das pessoas que viviam o atormentando, procurando feri-lo tanto verbalmente, quanto fisicamente.
Afinal, Atemu não acreditava em mudanças tão drásticas de um dia para o outro.
Portanto, a seu ver, essa aproximação inusitada e igualmente inesperada faria mais sentido se fosse um plano orquestrado por Katsuya e Honda contra o Yuugi, visando feri-lo fisicamente ou verbalmente ou então ambos, justificando essa aproximação inusitada e igualmente surreal, a seu ver.
Após bufar, exibindo uma carranca em seu rosto pelo seu amado se encontrar próximo de um dos valentões que o machucava fisicamente e mentalmente, ele passa a se concentrar ainda mais intensamente para intervir ao menor sinal de problemas.
Conforme conversavam enquanto andavam, Katsuya e Yuugi entraram no Burger King quando o loiro descobriu que a comida favorita do seu amigo era hambúrguer e após comerem os seus respectivos lanches, eles saíram e foram para uma sorveteria. Ambos conversavam sobre vários assuntos até que Mutou comentou sobre o Card Game Duel Monster que era famoso no ocidente e que estava vindo para o oriente.
O loiro ficou surpreso ao saber que o avô dele tinha um Deck que criou em suas viagens no exterior, com o mesmo perguntando sobre as regras do jogo, com o jovem de cabelos tricolores ficando feliz em explicar ao seu novo amigo as regras e como jogava, com ambos decidindo que iriam montar os seus próprios decks quando a Kame Game Shop, a loja do avô do adolescente de olhos ametistas, recebesse os envelopes contendo Cards de Duel Monster.
Jounouchi havia ficado animado conforme Yuugi contava sobre os torneios no ocidente enquanto citava o nome de grandes duelistas que eram considerados os melhores do mundo, com Katusya ficando surpreso ao descobrir que Seto configurava dentre os melhores do mundo.
Conforme pensava sobre isso, ele se recorda de ter visto alguns repórteres procurando Kaiba alguns meses, atrás, e o mesmo havia evitado falar com eles enquanto se desvencilhava do assédio deles, antes de entrar em sua limusine após surgir homens de terno e óculos escuros que afastaram eficazmente os repórteres.
Na época, ele e Honda não tinham interesse em descobrir o real motivo da aglomeração de jornalistas e haviam julgado erroneamente que tinha a ver com a fortuna dele ou algo similar a isso porque estavam ocupados no pensamento de socarem uma gangue na saída do colégio após serem desafiados por eles.
Então, ambos param na frente da loja Kame Game Shop e se despedem, com Katsuya combinando de irem amanhã ao colégio, para depois, perguntar o horário que ele e as garotas saíam e ao ser informado, se prontificou a encontrar eles na frente da loja.
Após Jounouchi se afastar, Yuugi entra na sua casa e conta para Sugoroku sobre o seu novo amigo, com o mesmo percebendo que era o mesmo adolescente que trouxe a peça dourada e conforme havia prometido ao jovem, guarda para si mesmo essa informação e enquanto o jantar não ficava pronto, o seu neto decide ligar para as suas amigas usando um aplicativo para fazer uma espécie de conferência entre eles para contar as três ao mesmo tempo sobre a sua tarde, com o seu avô sorrindo gentilmente ao ver a felicidade do seu neto.
Dentro do Sennen Pazuru, Atemu se permite relaxar após vivenciar várias horas de tensão em virtude do fato do seu amado se encontrar com o seu atormentador do passado, fazendo com que ficasse preocupado que ele fizesse algo para o seu anfitrião e por isso, havia ficado compenetrado a tarde inteira no que acontecia no exterior porque estava atento para intervir rapidamente em qualquer ato que pudesse fazer aquele que amava sofrer.
Enquanto massageava os seus próprios ombros, suspirando de alívio pelo seu amado estar na segurança da casa dele, ele se permite ficar pensativo sobre aquela tarde e mesmo que Jounouchi agisse sem representar uma ameaça ao adolescente de gemas preciosas em seus olhos, ele não se permitiria relaxar em sua presença porque ainda continuava firme em sua convicção de que ninguém mudava de um dia para o outro porque a mudança de Katusya havia sido demasiadamente brusca para que o Faraó aceitasse como sendo verdadeira.
Após suspirar, ele decide ir para a sua cama que ficava em um cômodo anexo ao que se encontrava para poder relaxar um pouco, decidindo deixar os demais pensamentos para mais tarde sendo que o espírito sempre saia do Sennen Pazuru em um corpo quase que translúcido quando o seu anfitrião estava dormindo para evitar que ele o visse.
Afinal, o Faraó deseja observá-lo dormir como fazia todas as noites porque o seu amado era fofo mesmo quando estava dormindo.
Algumas horas depois, Yukiko sai do seu apartamento usando a sua magia para ficar invisível e com o auxílio das visões que obtinha daquele mundo, descobriu onde Ushio foi levado.
Após alguns minutos de voo, ela chega até a instituição psiquiátrica em que ele se encontrava internado.
Chapter 28: Figurante perfeito
Summary:
Yukiko e as gêmeas decidem...
Jounouchi e Yuugi avistam...
O diretor de um programa decide...
Chapter Text
Ela pousa na entrada da instituição psiquiátrica e entra pela frente usando magia adicional para desviar a atenção dos humanos enquanto abria a porta ao mesmo tempo em que criava uma espécie de espelho de gelo que posicionou em frente às câmeras. Essa superfície mostrava a porta dupla fechada e somente após se afastar da recepção, a albina faz a camada de gelo desaparecer, fazendo a câmera voltar a exibir imagens reais e não apenas uma ilusão criada na superfície congelante.
Yukiko anda calmamente pelos corredores até que para em frente a uma porta com a numeração que procurava e ao olhar pelo vidro, ela observa Ushio confinado na cama enquanto murmurava sobre dinheiro.
A albina faz a mesma coisa que fez na recepção em virtude da câmara de segurança daquele lado do corredor pegar a porta em que estava e após usar magia adicional para abri-la, entrando no cômodo, a meia dragoa fecha a porta e desfaz momentaneamente o gelo da câmera do lado de fora e como estava invisível, não precisava se preocupar com a câmera escondida dentro do quarto para monitoramento.
A meia dragoa da neve divina se aproxima da cama e após sorrir sadicamente, se concentra e entra na mente de Ushio, passando a manipulá-la.
Dentro de sua mente, Tetsuo acorda e percebe que está em um local árido de terra vermelha e pequenos pedregulhos.
Ele tenta freneticamente compreender onde estava porque a última coisa que se recordava era de estar se dirigindo ao colégio e que não conseguia se recordar do motivo de ir ao local, à noite.
Julgando que era um pesadelo, o criminoso belisca a si mesmo e percebe que não era um pesadelo, fazendo-o ficar ainda mais alarmado.
Então, ele estreita os olhos ao ver uma mulher se aproximando dele e desesperado, achando que poderia ajuda-lo, exclama:
- Me ajude, por favor! Eu não sei como cheguei aqui! Eu sou de Dominó, no Japão.
Quando a mulher se aproxima, Ushio fica confuso ao ver que os olhos azuis que envergonhavam a mais bela safira, demonstravam frieza enquanto era visível o brilho da fúria neles ao mesmo tempo em que os cabelos alvos esvoaçavam por um vento desconhecido, com Tetsuo percebendo que ela usava uma roupa peluda em forma de um vestidofechado, trajando uma calça por baixo folgada nas pernas e que a barra do vestido chegava o joelho, além de ter uma espécie de manta envolvendo seus ombros e que estavam presos em um laço azul, com a uma joia circular que lembrava uma safira por cima do laço. Era visível o fato que a gola, barra das calças e do vestido eram na cor branca e felpudos em contraste com o azul do resto das roupas que eram de pelo curto, com a jovem possuindo duas mechas compridas de cabelo, uma de cada lado e que estavam na frente, presas no meio por suas respectivas presilhas azuis circulares.
Quando ela sorri, abrindo levemente a boca, ele nota presas proeminentes, além de reparar que nas mãos dela tinham garras em vez de unhas, com a albina fazendo surgir orelhas felinas felpudas em sua cabeça, com Ushio recuando para trás, exibindo medo em seu semblante, para depois, ficar aterrorizado quando ela brilha intensamente o obrigando a tentar proteger os seus olhos com os braços enquanto observava o contorno do corpo mudando conforme refulgia ao mesmo tempo em que surgiam asas de suas costas e quando o brilho cessa, revela um dragão felpudo branco imenso de olhos azuis e que escancara as suas mandíbulas, exibindo as suas presas afiadas e alvas, com Tetsuo se vendo refletido nas íris coléricas dela.
Sorrindo de forma sádica, ela permite que ele corra apenas para persegui-lo e ficam assim por algum tempo enquanto Ushio gritava a plenos pulmões até que perde a graça ao ver dela, com Yukiko encerrando a perseguição ao pegá-lo com a sua pata dianteira que se abria como mão, com o mesmo gritando aterrorizado até que ela o amordaça ao fazer surgir um pano envolvendo a sua boca ao criá-lo por mágica, para depois, falar em uma voz rouca repleta de fúria:
- Você feriu aquele que eu vejo como um filho querido. A pena que foi aplicada em você foi demasiadamente leve. Eu tenho uma punição ideal para um bastardo como você. Como deve saber a fúria de um dragão não pode ser aplacada facilmente e eu estou furiosa.
Após emitir mais um rosnado repleto de fúria, a meia dragoa o arremessa ao chão enquanto os seus olhos azuis brilhavam, com Tetsuo se vendo nu, para depois, a área em que estava esmaecer e quando o local em volta dele torna a ficar nítido, ele se vê cercado de espécies de Minotauros com pênis monstruosos no meio das pernas e com chicotes em suas mãos ao mesmo tempo em que surge uma coleira prateada no pescoço dele, com o criminoso percebendo que a dragoa desapareceu.
Então, Ushio ouve a voz dela que parecia ressoar por todo o local:
- Eu criei esse local e você ficará até o seu corpo físico morrer. Sua mente está presa e como é apenas a sua mente, você não morrerá pelo que irá sofrer aqui. A minha magia irá garantir a sua sanidade nesse mundo que criei. Você é imortal nesse mundo até o seu corpo físico perecer. Saiba que a minha magia irá garantir que você viva por muitos anos. Você será chicoteado e depois, estourado em seus orifícios por esses pênis monstruosos que eles possuem na virilha. Após a sua pele se recuperar, você voltará a sentir o chicote.
Ele começa a chorar em desespero, implorando por clemência enquanto os seres se aproximavam com ele a ouvindo gargalhar de deleite até que a voz desaparece enquanto os tormentos dele e dores lacerantes começavam implacavelmente.
No lado de fora, ela abre os olhos e fica satisfeita ao ver que ele gritava de terror e se remexia enquanto implorava para que parassem com a meia dragoa se afastando da porta ao mesmo tempo em que os enfermeiros entravam.
Conforme a equipe médica e de enfermagem se aglomerava em torno da cama com medicamentos para aplicar nele, ela sai do quarto mantendo a sua invisibilidade até chegar perto da saída da instituição psiquiátrica.
Ela usa a mesma técnica nas portas duplas da recepção enquanto distraia as pessoas, para depois, abrir as suas asas e voar rumo ao seu apartamento.
No dia seguinte, as gêmeas e Yukiko saíram mais cedo para passarem em uma loja, deixando Yuugi com Jounouchi após combinarem de se encontrarem na sala de aula.
Ambos conversavam durante todo o trajeto até o colégio, com Katsuya comentando de um DVD erótico que ele havia conseguido através de um conhecido mais velho, com Mutou perguntando enquanto exibia rubor em suas bochechas, sabendo que esses filmes tinham um mosaico tampando as partes expostas das atrizes e atores:
- Você conseguiu mesmo assistir o vídeo, Jounouchi-kun?
- Claro. Aquelas garotas eram lindas e o rapaz era muito sortudo por ter essas beldades, mas escuta só... eu espremi o olho para poder enxergar algo, mas não dava para ver o que importava por causa daquele maldito mosaico! Droga!
- Eu imagino. – o jovem de cabelos tricolores comenta corado ao imaginar algumas cenas.
- Se quiser, eu posso emprestar para você depois!
- Yes! Ebaa! – Yuugi exclama animado.
Após alguns minutos, ambos observam um furgão de uma emissora de tevê na frente do colégio deles e o loiro exclama com visível surpresa em seu semblante:
- Ué? Tem um carro da tevê na frente do colégio! Por que será? – ele pergunta para o seu amigo.
- Talvez, tenha uma artista da tevê estudando no nosso colégio! – o rapaz de olhos ametistas exclama apontando para o veículo.
Isso anima Katusya, que sorri imensamente, segurando nos ombros do seu amigo enquanto exclamava animado:
- Uau! Isso seria uma grande notícia!
- Com certeza! – Mutou consente ao mesmo tempo em que sorria ao ver a animação do seu amigo.
- Será que as outras já viram o furgão?
- Fala da Nuru-chan, Kisara-chan e Yukiko-chan?
- Sim.
- Bem, elas falaram que iam passar em uma loja. Eu acho difícil elas terem chegado antes de nós, Jounouchi-kun.
- Verdade.
O jovem de cabelos tricolores se afasta do seu amigo para se aproximar do furgão enquanto falava:
- Eu vou dar uma olhada...
- Será que ela está aí dentro? – o loiro pergunta se aproximando dele.
Yuugi, que estava grudando o rosto na janela do veículo, tentando ver o interior, comenta olhando para o seu amigo ao seu lado:
- Os vidros tem uma película fumê bem escura. Eu não consigo ver nada.
Um homem de boné virado e barba circular espessa ouve uma voz e se vira na direção da janela, exibindo um imenso sorriso maligno enquanto exclamava conforme apontava para o rosto do jovem de orbes ametistas:
- É esse o rosto! Esse rapaz vai ser a atração do próximo programa!
Após exclamar, ele tira uma foto dele enquanto Yuugi se afastava após desistir de tentar ver algo e junto do seu amigo, entram no colégio.
Alguns minutos depois, uma apresentadora estava na frente da instituição de ensino gravando um episódio do programa "Sobrevivência matinal" da emissora do furgão, comentando sobre um problema que aterrorizava muitos pais, consistindo em episódios de bullying violento dentro daquele colégio, acrescentando que eles tinham imagens exclusivas desse acontecimento.
- Ok! Agora só precisamos editar as cenas de violência no meio. Portanto, pode ir embora querida. Você fez um bom trabalho.
A mulher se curva levemente e depois, se retira, se despedindo e após ela sair, o homem chama um dos seus assistentes, um loiro de cabelos cheios que usava uma faixa na testa:
- Ei, você aí, assistente! Chegue mais perto!
Ele se aproxima e pergunta respeitosamente porque aquele homem era o seu chefe e diretor do programa:
- Sim?
O homem que estava sentado em uma cadeira de diretor mostra uma foto que ele tirou de Yuugi, estendendo-a para o loiro enquanto falava:
- Este aqui... É um aluno desse colégio. Encontre-o!
- Saquei! Uau! Esse garoto tem mesmo cara de vitima de trote. Ele é um "figurante" perfeito para hoje... Não é mesmo?
- Nós iremos gravá-lo enquanto é espancado por outro estudante e está resolvido! Os telespectadores estão sedentos por flagrantes, principalmente flagrantes de violência! É só passar isso na tevê que vamos detonar na audiência!
- Mas será que teremos sorte de conseguir um flagra desses? – o assistente pergunta preocupado.
- Você é burro ou o quê? Há quantos anos você trabalha na tevê?
- Há seis meses, senhor.
O homem fala sorrindo malignamente enquanto apontava para o seu subordinado:
- Consiga um uniforme do colégio que caiba em você, imediatamente!
- Um uniforme? – ele pergunta confuso.
Exibindo uma face ensandecida de prazer, ele fala, ainda apontando o dedo em riste:
- Você vai fazer o papel do garoto que espanca o outro e vai fazer na frente da câmera!
- Eu entendi. Vou providenciar o uniforme. – o assistente fala enquanto suava frio porque estava assustado com a face de prazer cruel do seu chefe.
Enquanto isso, no intervalo, Yuugi e Jounouchi estavam conversando com Yukiko, Kisara e Nuru.
Então, a bronzeada exclama:
- O quê?! Uma artista aqui?
Katsuya estava sentado em uma mesa, com um pé apoiado em uma cadeira enquanto Honda estava mais a frente, de costas e com os braços dobrados atrás do pescoço, ouvindo o que seu amigo falava.
- Sim! E a prova é o furgão estacionado na frente do colégio. Não é, Yuugi?
- Sim... – ele responde com incerteza enquanto se encontrava admirado pelo entusiasmo do seu amigo.
- Bem, de fato, nós vimos o veículo estacionado na frente do colégio, né, meninas? - a meia dragoa pergunta olhando para as gêmeas.
- Sim. – Nuru comenta – Mas eu não sei se isso significa que há alguma artista em nosso colégio.
- Eu acho que eles estão apresentando algum programa envolvendo o nosso colégio. – Kisara comenta pensativa, para depois, dar de ombros – Foi o que me veio à mente.
- Eu estou com a Kisara-chan. Também acho que é um programa. Agora, de qual programa é a gravação, eu não sei. – Yukiko comenta fingindo não saber enquanto que ela sabia perfeitamente o que iria acontecer com o seu amigo e ao pensar nisso, suprime com muito custo um rosnado que queria se formar em sua garganta.
Inclusive, como no caso de Ushio, ela se vingaria depois que o Faraó aplicasse a penalidade no diretor do programa, que iria perder a memória sobre o Yami no Game e quem o aplicou como consequência da magia usada nele, impedindo assim que Yuugi tivesse qualquer problema futuro, com a meia dragoa sendo ciente de que iria punir mais uma pessoa, que na linha do tempo original não foi punida.
Afinal, mesmo sendo um subordinado, há sempre a escolha de não fazer um ato ruim juntamente com o fato de que ele fizera e ainda fazia algumas coisas maldosas fora do local de trabalho.
Ademais, ela nunca permitiria que alguém que fizesse o seu amigo sofrer ou ferisse o mesmo, ficasse incólume.
- Eu acho que vocês estão enganadas. Há uma artista, com certeza. – Jounouchi continuava falando com veemência.
- É que nós nunca ouvimos qualquer rumor de uma artista em nosso colégio. – a bronzeada comenta, procurando suprimir o rubor em suas bochechar ao ficar próxima de Katusya.
- Bem, com certeza, ela não quer chamar a atenção e por isso, fica oculta entre nós. Eu ouvi dizer que as artistas fazem isso. Eu aposto que ela deve ser uma das garotas mais famosas do momento. – ele fala com um imenso sorriso confiante no rosto, para depois, rir com extrema confiança em suas palavras.
- Jounouchi-kun! – Yuugi gaguejava enquanto tentava conter o entusiasmo exacerbado do seu amigo – Não sei se ela é tão famosa assim.
- Nós podemos tirar fotos dela e ganhar uma boa grana. – Katsuya fala dentre as gargalhadas enquanto visualizava tirando fotos de uma artista imaginária.
Yukiko, Nuru, Kisara e Yuugi se entreolhavam, para depois, abanarem a cabeça para os lados após suspirarem, com o jovem de orbes ametistas dobrando os braços atrás do pescoço, comentando para si mesmo porque conforme pensava sobre a artista, mais duvidava que o veículo se encontrasse no colégio por esse motivo:
- Mas o que aquele furgão de tevê está fazendo aqui?
Dentro do Sennen Pazuru, Atemu se encontrava chateado após ter ficado intensamente preocupado na parte da manhã quando elas deixaram Yuugi andar novamente junto de Katsuya sem estarem por perto.
Foram vários minutos de preocupação intensa até alcançarem o colégio, com o Faraó procurando ficar atento a qualquer indício de agressividade do loiro.
Ao mesmo tempo, havia ouvido sobre o DVD de conteúdo erótico envolvendo um homem e várias mulheres, percebendo que esse tipo de conteúdo agradou o seu anfitrião, que inclusive, ficou animado quando Jounouchi prometeu emprestar o vídeo para ele no dia seguinte.
Conforme pensava na preferência sexual do jovem, o espírito ficava deprimido porque temia que o seu anfitrião, aquele que amava com toda a força do seu coração, fosse heterossexual, fazendo-o suspirar desanimado frente a este pensamento desalentador.
Então, conforme ficava reflexivo sobre isso, acaba se recordando do fato de que ele nunca pretendeu revelar os seus verdadeiros sentimentos para Yuugi e que por isso, a preferência sexual dele não deveria incomodá-lo, uma vez que manteria o que sentia pelo seu anfitrião em segredo, ainda mais ao saber da sua preferência sexual porque isso o estimulou ainda mais a manter em segredo o que sentia por ele, quando eles se encontrassem pessoalmente em algum momento do futuro após Mutou tomar ciência da sua existência.
Atemu suspira novamente, para depois, curvar a cabeça para trás, decidindo afastar a intensa tristeza que havia sentido com essa revelação enquanto voltava a se concentrar, trancando os seus sentimentos para com o jovem dentro do seu coração, jurando a si mesmo que nunca os revelaria.
Inclusive, mesmo sabendo disso tudo, em nada havia diminuído o seu amor por ele e igual desejo de protegê-lo, prometendo a si mesmo que sempre iria proteger aquele que amava com toda a força do seu coração e que despejaria sua ira naquele que ousasse ferir o jovem de coração cristalino e com gemas preciosas em seus olhos enquanto ficava surpreso pela possessividade que sentia em relação ao seu anfitrião e que surgia nele com uma intensidade desconcertante ao mesmo tempo em que buscava suprimir o quanto antes porque sentia que não tinha o direito de nutrir tal sentimento para com Yuugi.
Chapter 29: Engodo
Summary:
Jounouchi fica...
Yuugi decide...
Os amigos de Yuugi se encontram...
Chapter Text
Em um dos corredores próximos da sala de aula onde Yuugi se encontrava com os seus amigos, o assistente que havia roubado o uniforme de um dos armários dos estudantes estava andando pelos corredores, perguntando aos outros estudantes se conheciam o jovem da foto até que um deles o identificou e o informou em que sala podia encontrá-lo.
Enquanto andava pelos corredores com uma carranca no rosto, ele pensava consigo mesmo:
"Eu vou perder o meu emprego se não conseguir atrair aquele moleque para os fundos do ginásio e dar um soco nele na frente da câmera que vai estar posicionada para filmar a cena."
Então, com as mãos nos bolsos, ele sai dos seus pensamentos e murmura de mau humor ao mesmo tempo em que andava:
- Que porcaria. Esses trabalhos chatos sempre ficam com os assistentes.
Próximo dali, Yuugi estava andando com Jounouchi enquanto que Yukiko, Nuru e Kisara não se encontravam com eles porque precisavam tirar uma dúvida com um dos professores e decidiram usar o intervalo para procurá-lo na sala dos professores. Yukiko havia afastado as gêmeas de propósito porque sabia que o seu amigo precisava encontrar o assistente sozinho enquanto suprimia um rosnado que estava se formando no fundo de sua garganta por saber o que iria acontecer a aquele que via como um filho querido.
O jovem de cabelos tricolores e o loiro conversavam alguns assuntos até que Katsuya propõe ao seu amigo:
- Então, Yuugi, que tal nós mesmos encontrarmos essa artista escondida?
Os orbes ametistas se arregalam de surpresa.
- O quê? – o adolescente se refaz da surpresa e fala – Talvez, o carro da tevê tenha vindo por outro motivo. Pode ser que eles estejam gravando o episódio de algum programa.
Jounouchi revira os olhos.
- Não acredito que você está com elas sobre o motivo do furgão estar na frente do colégio. - Katusya fala com incredulidade em sua voz.
O assistente olhava para ambos que haviam passado por ele e exibe um sorriso perverso enquanto exclamava em pensamento ao mesmo tempo em que ouvia a conversa entre eles
"É ele!"
O loiro fica chateado com o seu amigo e se afasta, exclamando:
- Que chatice. Eu pensei que você me entenderia. Eu vou procurar sozinho! Tchau!
Yuugi fica surpreso e estende uma das mãos enquanto murmurava:
- Jounouchi-kun...
- Fui! – ele exclamou, antes de desaparecer no corredor enquanto o jovem fica cabisbaixo.
"Será que ele ficou chateado?" - Mutou pensa consigo mesmo.
Então, o assistente se aproxima, exclamando:
- Yuugi-kun!
Ele se vira, olhando para o homem que se aproximava, não o reconhecendo, com o mesmo exclamando com um sorriso no rosto:
- Yo (Oi)!
- Eu... conheço você? – o adolescente de cabelos tricolores pergunta com hesitação, tentando se lembrar de onde o conhecia para não parecer indelicado.
- Não. O meu nome é Fujita.
- Yoroshiku onegai shimasu (Muito prazer em conhecê-lo). – o adolescente de cabeça de estrela do mar se curva levemente, seguindo o protocolo tradicional de sua cultura.
- Eu sei onde está a artista do colégio. Não é ela que você está procurando?
- O quê? É sério que tem uma artista estudando com a gente? – ele pergunta, exclamando com animação enquanto corava ao imaginar uma artista imaginária.
- Claro que sim! – o falso estudante exclama, disfarçando um sorriso de escárnio que Mutou não notou.
"É mentira, idiota!" – o assistente exclama em pensamento.
- Então, eu acho que posso me dar bem com você. Se quiser, eu te apresento a estrela! Ela é a minha amiga do peito, sabia? – ele falava enquanto sorria, ficando feliz ao ver que havia conseguido enganar facilmente o adolescente a sua frente.
"Quem será ela?" – o jovem de orbes ametistas pensa consigo mesmo enquanto o seu coração batia acelerado e ele corava ainda mais ao mesmo tempo em que sorria ao imaginar que iria encontrar uma artista pessoalmente, com ele tomando nota de apresentá-la depois ao seu amigo.
Então, o assistente se afasta com uma das mãos do bolso enquanto falava, mantendo o falso sorriso amigável em seu rosto:
- Na hora da saída, nos encontre atrás do ginásio poliesportivo. Mas venha sozinho!
- Certo! – Yuugi exclama animado.
Após o assistente se afastar, Yuugi decide tentar procurar o seu amigo enquanto que havia decidido que iria conhecer a artista, descobrindo quem ela era, para depois, apresenta-la a Jounouchi porque esperava convencê-la a conhecê-lo, assim como as suas amigas, imaginando o quanto elas ficariam surpresas ao verem que a suposição de Katsuya era verdadeira.
Dentro do Sennen Pazuru, Atemu se encontrava sentado em seu trono e suspirava profundamente porque não conseguia encontrar nenhum motivo plausível para um estranho se aproximar do seu amado anfitrião, prometendo fazê-lo se encontrar com uma artista, simplesmente por ter um desejo repentino.
Ao ver dele, havia algo de errado e ele passou a ficar demasiadamente preocupado com Yuugi ao mesmo tempo em que não estava surpreso pelo jovem ter confiado facilmente em um estranho porque sabia melhor do que ninguém como era o coração e âmago do jovem.
Inclusive, ao mesmo tempo em que ele apreciava o coração cristalino dele, que era uma das coisas que mais amava nele, também era ciente que tal coração podia trazer muitos problemas e infortúnios ocasionados por pessoas más que se aproveitam desse coração puro.
O Faraó ainda estava massageando o lado direito da testa enquanto ficava ainda mais preocupado com as reais intenções de Fujita enquanto duvidava que este fosse o nome verdadeiro dele.
Afinal, se você estava planejando fazer algo contra alguém, você nunca daria o seu nome verdadeiro para evitar qualquer retaliação. Dar o verdadeiro nome seria algo muito estúpido e Atemu duvidava piamente que o homem misterioso era demasiadamente idiota para fornecer o seu nome verdadeiro.
O espírito descansa o braço que massageava o lado direito da sua testa em um dos braços da espécie de trono, para depois, apoiar os cotovelos, apoiando em seguida o queixo nas mãos que estavam juntas ao mesmo tempo em que lutava contra o desejo de intervir porque seria demasiadamente fácil para ele apagar essa memória da mente do seu anfitrião, para fazê-lo esquecer dessa conversa, por possuir livre acesso à câmara da alma do adolescente de orbes ametistas.
Porém, havia prometido a si mesmo que evitaria ao máximo intervir na vida do seu amado Yuugi, para impedir os lapsos de memória que ele teria quando assumisse o seu corpo ou quando manipulasse a memória dele por ter acesso irrestrito à câmara da alma de Mutou porque era plenamente ciente que os lapsos de memória iriam deixar o seu anfitrião assustado e ele não desejava sentir o medo vindo daquele que amava, principalmente, se fosse ocasionado pelas interferências dele.
Afinal, o homem estranho poderia acabar procurando o jovem, caso ele não aparecesse atrás do ginásio e isso faria o adolescente perceber que teve um lapso de memória, fazendo assim com que ficasse assustado e isso era algo que o Faraó não desejava enquanto era ciente do fato irrevogável que o adolescente de cabelos tricolores teria lapsos de memória conforme ele intervisse em sua vida. Mas, mesmo que isso fosse inevitável, o espírito poderia reduzir os episódios desses lapsos para permitir uma vida mais confortável ao jovem que amava com toda a força do seu ser.
Após refletir por algum tempo, Atemu decidiu que não iria intervir, a menos que fosse extremamente necessário porque sabia que haveria momentos que ele seria obrigado a tomar o controle do corpo de seu anfitrião, acreditando piamente que não seriam poucas as vezes que faria isso em virtude do coração cristalino e inocente que o adolescente possuía.
Portanto, a seu ver, se pudesse evitar a intervenção em outras situações que não era necessário o controle do corpo de seu amado anfitrião, como a manipulação das memórias de Yuugi, ele as evitaria o máximo possível, bastando o fato de ter alterado as memórias envolvendo Ushio, visando dar a paz de espirito que o jovem precisava porque a ameaça de Tetsuo foi neutralizada eficazmente.
O Faraó sai dos seus pensamentos, encostando as suas costas no trono, para depois, suspirar profundamente enquanto se concentrava, conseguindo acessar a visão do adolescente, sem que este percebesse a intrusão, para que pudesse ver tudo o que ele via porque seria mais fácil reagir a tempo, se pudesse ter consciência do que acontecia do lado de fora, sem sair do Sennen Pazuru, para não alarmar o seu anfitrião.
Afinal, mesmo que pudesse sair do Sennen Aitemu, ficando atrás de Yuugi para que ele não o visse, o jovem poderia acabar olhando para trás em um momento que o espírito se distraísse, acabando por vê-lo e se isso ocorresse, o adolescente de cabelos tricolores poderia ficar aterrorizado, acabando por causar problemas porque ele só podia ser visto pelo portador do item e Atemu desejava ardentemente evitar que isso ocorresse, preferindo tomar outras ações para saber o que ocorria no mundo exterior sem precisar sair do objeto.
Mutou havia voltado chateado para a sala de aula porque não havia conseguido encontrar o seu amigo e enquanto suspirava, Katsuya entrava logo atrás do jovem de orbes ametistas.
Quando o adolescente de cabeça de estrela do mar vira a cabeça para trás, avista Jounouchi e fica aliviado ao perceber que não parecia estar chateado com ele, enquanto que as amigas deles entravam na sala de aula, alguns minutos antes que o sinal do início das aulas soasse.
Enquanto o professor explicava os exercícios que passou na lousa, o adolescente de cabelos tricolores se sentia culpado por manter segredo do seu amigo, pois era plenamente ciente que o loiro desejava ardentemente conhecer a artista que frequentava o colégio deles.
Porém, ele havia prometido que aparecia sozinho, sendo que o seu avô o havia ensinado sobre o valor de uma promessa.
Portanto, Yuugi esperava ansiosamente que a artista permitisse que Katusya a conhecesse, jurando a si mesmo que faria de tudo para convencê-la, pois queria ver o seu amigo feliz.
Enquanto transcorriam as horas, os amigos de Yuugi percebem que o mesmo parecia estar nervoso, embora procurasse disfarçar, sendo que as gêmeas tentaram sutilmente descobrir o motivo do seu nervosismo, com o jovem forçando um sorriso falso, falando que era impressão delas, fazendo o grupo se entreolhar, com a albina fingindo que não sabia o motivo, enquanto que o loiro demonstrava preocupação em seu semblante, com o grupo percebendo que o amigo deles sempre olhava para as horas, como se estivesse esperando por algo.
Algumas horas depois, toca o sinal do término das aulas e no portão da saída, Mutou, que andava com o grupo de amigos, cessa os passos, os fazendo arquearem o cenho, enquanto falava:
- Eu preciso passar em um lugar, antes de ir para casa.
- Quer companhia? – a bronzeada pergunta.
- Iie (não). Domo (obrigado), Nuru-chan. É algo que preciso fazer sozinho.
Os quatro se entreolham, sendo que a albina se aproxima e fingindo não saber, pergunta:
- Tem certeza, Yuugi-kun?
- Hai (sim), Yukiko-chan.
- É que você está estranho durante toda a manhã, após sair com o Jounouchi-kun. Está tudo bem mesmo? – a prateada pergunta com evidente preocupação em seu semblante.
- Hai (sim), Kisara-chan.
- Tem certeza que deseja ir sozinho? – Katsuya pergunta, exibindo preocupação em seu semblante, enquanto xingava mentalmente a si mesmo por tê-lo deixado sozinho.
- Hai (sim), Jounouchi-kun. – o adolescente de orbes ametistas responde com o mesmo sorriso.
Os quatro tornam a se entreolhar, para depois suspirarem, percebendo que ele estava irredutível da ideia de ir sozinho e que não iria falar o que era.
- Bem... se você deseja ir sozinho, não podemos fazer nada. – a albina fala, suprimindo eficazmente a tristeza que sentia por saber que não poderia impedir o que aconteceria, enquanto sentia a fúria pelo agressor aumentar consideravelmente.
- Domo, Yukiko-chan! – o jovem exclama com um semblante que era um misto de alívio e de felicidade.
Nisso, eles permitem que o jovem se afaste, se despedindo dele, para depois, se afastarem do colégio, pelo menos até a próxima quadra, com Mutou aproveitando que eles se distanciaram o suficiente do prédio, após se esconder atrás de uma pilastra para confirmar que se afastaram o suficiente, pois precisava comprar algo em uma loja que ficava próximo do colégio.
Então, após ver os seus amigos desaparecerem na esquina, o adolescente se esgueira ao lado do portão, virando para a esquerda, em direção a uma loja que ficava na próxima quadra, suprimindo a tristeza e sensação de culpa que o acometia por ter que guardar segredo, decidindo que faria de tudo para que a artista permitisse que os seus amigos a conhecessem e se fosse preciso implorar de joelhos, ele o faria, enquanto ansiava que o grupo o perdoasse por ter mantido segredo deles.
Enquanto isso, o quarteto, que não havia apreciado a ideia de se afastar do amigo deles, detém os seus passos, após se afastarem três quadras, sendo que Katsuya comenta, olhando na direção do colégio, enquanto estava com as mãos nos bolsos, levando a sua maleta embaixo de em um dos braços:
- Eu estou preocupado. O Yuugi é um alvo fácil. Além disso, ele estava estranho.
- Concordo com o Jounouchi-kun. Eu estou preocupada com o Yuugi-kun. – Nuru comenta olhando na direção do colégio.
- Eu também estou preocupada. Não vou conseguir ir para casa, sem saber que ele está bem. – Kiasara comenta com uma das mãos contra o tórax, demonstrando preocupação em seu semblante.
A albina fala, olhando discretamente para o seu relógio após fazer uma conta mental rápida, descobrindo que havia dado tempo suficiente para Yuugi se encontra com o assistente, acabando por cair na armadilha do diretor do programa "Sobrevivência Matinal":
- Eu também. Acho que devemos procurá-lo.
Nisso, eles se entreolham e consentem, voltando para o colégio ao mesmo tempo em que Mutou caminhava para o local que o assistente havia combinado o falso encontro com a artista.
Chapter 30: Dividindo as presas
Summary:
Yuugi acaba...
Jounouchi e seus amigos ficam...
O Diretor do programa decide...
Yukiko decide...
Atemu se prepara para...
Chapter Text
Atrás do ginásio, o diretor do programa e um cinegrafista estavam ocultos atrás de arbustos altos que margeavam uma área em forma de corredor e que possuía parcas árvores em seu entorno.
Após alguns minutos, o homem estava preocupado que o estudante não aparecesse e pergunta para o seu assistente:
-Tem certeza que o garoto vai vir?
- Acho que sim... – o assistente responde enquanto gaguejava, demonstrando a sua incerteza.
- Está demorando! – o seu superior esbraveja, mantendo-se oculto atrás de alguns arbustos.
O subordinado olhou para o seu relógio, para depois, olhar para trás, com uma carranca em seu rosto enquanto falava consigo mesmo:
- Venha logo, moleque! O meu emprego depende de você!
Então, ele sente um misto de surpresa e alívio ao ver o estudante se aproximando dele, segurando um buquê de flores, fazendo com que ele exclamasse em alívio:
- Ele veio!
Yuugi exibia bochechas coradas enquanto se encontrava ansioso ao mesmo tempo em que imaginava uma artista imaginária conforme carregava um buquê de flores que comprou em uma loja que ficava perto do colégio.
Ao avistá-lo, o diretor do programa exibe uma felicidade perversa e ordena ao seu cinegrafista:
- Beleza! Comece a gravar!
Então, conforme a câmera gravava a cena, o assistente que tinha as mãos nos bolsos, comenta:
- Que bom que você veio! Você demorou.
Mutou olha para os lados e pergunta com evidente preocupação em sua fala:
- Cadê a estrela, Fujita-san?
O assistente se inclina para falar próximo de seu ouvido enquanto o jovem de cabelos tricolores arqueava o cenho ao mesmo tempo em que se inclinava lateralmente em direção ao homem para ouvir melhor:
- Nem te conto! Escuta aqui...
Então, o assistente golpeia a bochecha direita de Yuugi que fica desorientado em um primeiro momento, tentando compreender o que ocorreu ao perguntar mentalmente a si mesmo:
"O quê?"
Ainda oculto atrás dos arbustos, o diretor do programa ordena com um sorriso ensandecido ao mesmo tempo em que se encontrava imerso em um prazer cruel:
- Muito bem! Dá outro mais bonito!
Yuugi é segurado firmemente pela cabeça enquanto se encontrava tonto pelo golpe que sofreu, com o assistente decidindo cumprir a ordem dada ao se preparar para dar outro soco.
- Você é retardado, por acaso? Não tem nenhuma artista... Aqui! – ele exclama o final, para depois, golpear novamente o jovem.
Um dos olhos de Mutou estava um pouco inchado e parcialmente fechado enquanto que o outro estava parcialmente aberto quando ouve uma voz familiar:
- Pare com isso!
Jounouchi avança furiosamente na direção do assistente ao mesmo tempo em que exclamava:
- O que você está fazendo com ele?
Então, com um braço, ele empurra o homem para trás enquanto pegava o seu amigo ferido com o outro braço, exclamando com a sua voz imersa em preocupação:
- Yuugi! Você está bem?
Após sentá-lo cuidadosamente no chão ao perceber que o seu amigo estava desorientado pelos dois golpes violentos que sofreu, ele se vira para o agressor e o ergue pelo colarinho, erguendo o seu punho ao mesmo tempo em que exclamava furioso:
- Por que você fez isso com o meu amigo? Eu vou acabar com você!
Aterrorizado com a postura do adolescente enfurecido, ele finge uma face de arrependimento imerso no medo que era o único sentimento real enquanto falava gaguejando:
- Eu não queria fazer nada disso... O diretor do programa ordenou que eu fizesse isso.
- "Diretor do programa"? – Katsuya pergunta exibindo confusão em seu semblante.
- Beleza. Já é o suficiente. Você pode ir, Fujita. – o diretor fala, saindo do seu esconderijo.
Jounouchi exibe uma face que era um misto de nojo e de raiva enquanto perguntava em tom de confirmação ao largar o agressor, acreditando erroneamente que o assistente havia feito tudo aquilo por ter sido forçado, desconhecendo o fato de que o homem havia sentido prazer ao golpear Yuugi ao mesmo tempo em que havia ficado feliz pelo fato do adolescente ter acreditado em sua mentira:
- Você é o diretor bastardo que mandou aquele homem golpear o Yuugi?
Enquanto o homem se afastava do local após ser solto pelo loiro, Yukiko e as gêmeas chegam a tempo de ouvir a pergunta dele.
O homem não respondeu e apenas sorriu cruelmente enquanto o adolescente ouvia um gemido de dor que o fez se aproximar do seu amigo, para depois, pegá-lo com um braço.
- Fale comigo, Yuugi!
- Yuugi-kun! – a albina exclamou, correndo até eles, fingindo estar surpresa.
- Yuugi-kun! O que aconteceu? – a bronzeada corre até o seu amigo.
- Oh! Kami-sama! Yuugi-kun! – a prateada exclama seguindo a sua irmã.
Yuugi estava muito fraco por causa dos golpes que levou e murmura ao ver o loiro e as amigas dele o rodeando:
- Me desculpem. Parece que não tem nenhuma artista aqui... Eu ia implorar, inclusive de joelhos, para que ela permitisse que vocês a vissem após prometer que iria encontra-la sozinha. Por isso, eu ocultei de vocês. Perdoem-me...
- A culpa não é sua! A culpa é desses mentirosos! – o loiro exclama com evidente fúria em seu semblante.
Elas arqueiam o cenho para Katsuya que explica resumidamente o que ocorreu enquanto que o diretor ordenava ao seu cinegrafista, que ainda estava oculto ao contrário do seu superior:
- Pare de gravar que é perda de tempo! Essa amizade cafona não dá audiência!
Então, olhando para os adolescentes como se eles fossem lixo ao mesmo tempo em que limpava um dos ouvidos com o dedo, ele decide responder a pergunta feita anteriormente.
- Foi muito azar dele ter sido escolhido para fazer o papel de vítima. Foi um mero acaso. É como jogar um dado e tirar um logo de cara. – ele dá uma risadinha de escárnio no final.
Então, exibindo uma face repleta de satisfação enfeitada com um sorriso maligno, diretor do programa fala demonstrando intensa felicidade em sua voz:
- Mas, graças a você, eu consegui ótimas cenas. Os telespectadores vão feel pity de você e vamos ter uma grande audiência! Yuugi, você vai ser o herói de nossa rede de tevê!
- Não me provoque seu canalha! – Jounouchi exclama enfurecido.
Yukiko, Nuru e Kisara demonstravam a mais pura fúria em seu semblante enquanto o fuzilava com os olhos, se preparando para golpeá-lo junto de Katsuya que havia se adiantado, agarrando a blusa do diretor para dar um golpe nele, Diretor do programa fala com escárnio em sua voz após dar um risinho:
- Vocês ficaram bravos? Saiba que a violência de vocês contra mim vai ficar gravada em vídeo.
Katsuya olha surpreso ao olhar para o cinegrafista, assim como as gêmeas e a meia dragoa que se preparavam para golpeá-lo.
Quando o diretor vê o adolescente distraído com a câmera, ele dá uma forte joelhada no abdômen do mesmo, fazendo Katsuya cair no chão enquanto assimilava a intensa dor em seu abdômen e a inconsciência que ameaçava tomá-lo.
- Jounouchi-kun! – Yuugi exclama, se erguendo, para depois, correr até o seu amigo que havia caído no chão.
- Jounouchi-kun! – Nuru exclama indo até o seu amigo.
- Não! Jounouchi-kun! – Kisara se aproxima dele, ficando ao lado da sua irmã.
Yukiko olha para o diretor do programa e exclama, torcendo os punhos:
- Bastardo!
- Uh! Vejo que está brava. É uma pena que tenha raiva de mim. Você é muito bonita e faria sucesso na tevê, assim como aquelas duas. Bem, depois desse acontecimento, eu acho que é besteira propor algo a vocês três.
Elas olham em um misto de asco e de fúria para o homem ao mesmo tempo em que a albina passa a exibir raiva em seu semblante enquanto falava:
- Não passa de um rato covarde que usa a câmera para impedir que as pessoas o golpeiem. Sem aquele cinegrafista, você não seria corajoso.
- Como ousa...!
Então, ele para de falar ao mesmo tempo em que surgia uma estranha névoa que envolve o local, fazendo as gêmeas exibirem olhos vidrados, assim como Katsuya e antes da névoa envolver o local, o Sennen Pazuru havia brilhado discretamente conforme Atemu assumia o controle do corpo do seu anfitrião após fazê-lo adormecer, com Yuugi se encontrando dormindo na cama da sua câmara da alma.
Antes que terminasse de assumir o controle, o Faraó havia entrado no quarto e viu Yuugi que se encontrava dormindo placidamente na cama.
Ele se aproxima do mesmo, se ajoelhando na frente dele, demonstrando fúria em seus olhos ao visualizar mentalmente os ferimentos do seu amado que o faz torcer os punhos ao mesmo tempo em que se erguia, se dedicando a escovar gentilmente a bochecha do jovem, para depois, se afastar, saindo da câmara da alma do adolescente enquanto sentia a mais pura fúria ao se recordar dos ferimentos em uma alma tão gentil e pura.
Ao abrir os olhos, com um olho dourado aparecendo na sua testa enquanto surgiam dois Ankh, um em cada pulso, para ajudar na conexão com aquele corpo, ele olha para os lados, percebendo a névoa conhecida que envolvia o local em uma espécie de manto mágico.
Então, o Faraó arqueia o cenho ao olhar para o loiro curvado, demonstrando dor em seu semblante pela joelhada violenta em seu estômago enquanto que as amigas do seu anfitrião ao lado deles, exibiam olhos vidrados, assim como Jounouchi, com o espírito desconhecendo o fato de que a Yukiko que ele via era falsa porque a verdadeira havia criado um clone que era uma réplica sua para que a sua identidade verdadeira não fosse revelada.
Atemu nota a névoa que lhe era familiar ficando mais densa e ao olhar para Katsuya novamente, fica pensativo sobre os atos dele até que sai dos seus pensamentos porque tinha assuntos mais urgentes para tratar.
O espírito olha para o seu lado direito e avista o diretor aterrorizado, para depois, avistar o cinegrafista que se encontrava caído inconsciente no chã.
- Por que não mostrou a sua presença, assim que conjurou essa névoa mágica? - ele pergunta sem olhar para nenhum ponto em particular.
Então, Yukiko, que havia voltado ao seu corpo original de adulta, oculta na mesma máscara e manto de outrora após modificar o seu cheiro e presença mágica.
- Ora... Qual é o problema de eu me divertir com uma presa? - ela fala em uma falsa voz alegre porque o Faraó sabia que ela estava furiosa pelo que fizeram a aquele que via como um filho querido.
Afinal, ele havia ouvido falar sobre a fúria dos dragões. Somente um louco ou suicida provocaria a ira de um dragão.
Atemu revira os olhos e olha para a albina que havia surgido no seu lado direito ao sair da névoa que circundava o entorno.
- O problema é que esse bastardo é a minha presa, assim como o que golpeou o mou hitori no ore.
- Você sabe que não teria qualquer chance contra mim em um confronto direito. Ademais, não vejo motivo para brigarmos quando há duas presas. Basta dividirmos entre nós.
Apesar de sorrir de canto, ele ainda estava furioso pelo que fizeram ao seu amado anfitrião.
Porém, era plenamente ciente sobre a diferença de nível entre eles e que deveria ficar grato por poder fazer a desforra em um deles porque o ser ao seu lado queria dividir as presas.
Após suspirar, o espírito fala:
- De fato, tem duas presas e podemos dividi-las. Você sabia que eu estou surpreso por permitir que eu tenha um dos bastardos para poder me vingar do que fizeram ao mou hitori no ore?
- Eu não sou fominha e compreendo que precisa da sua vingança pelo que fizeram ao meu amado filho. Eu quero o assistente que o golpeou. Você fica com o mandante. O que acha?
Após alguns minutos, Atemu suspira e consente.
- Tudo bem. Eu aceito a divisão.
- Ótimo! Eu vou criar uma ilusão de que ele está no estacionamento da emissora e que o programa teve uma grande audiência. Assim, você conseguirá aplicar o Yami no Game nele porque ele não estará mais com medo e irá desconhecer o fato de que está em uma névoa mágica e não no estacionamento da emissora. Vou modificar, também, a percepção e pensamentos dele. Ademais, irei modificar a memória dos amigos de Yuugi para se esquecerem do diretor. Para todos os efeitos foi um aluno que o atacou. Vou fazer com que eles não se lembrem do diretor e do cinegrafista. Eles somente irão se recordar do rosto do assistente, mas farei eles pensarem que era um aluno e que fugiu após um comparsa surgir e golpear Jounouchi, permitindo que ambos fugissem. Essas serão as memórias deles. Quanto ao Yuugi, ele não viu o comparsa por estar desorientado por causa dos golpes que levou. Portanto, você deve fazer as memórias dele ficarem confusas após ele ser golpeado pela segunda vez, fazendo com que não pudesse perceber o segundo comparsa, permitindo assim que soubesse do motivo de estar aqui e o que falou para os seus amigos, evitando qualquer lapso de memória, para que ele não fique assustado. Depois que você aplicar o destino reservado para este bastardo após ele perder o Yami no Game, eu o levarei magicamente a algum lugar. Afinal, seria estranho ele estar aqui no colégio. Quanto ao cinegrafista, eu vou fazer algo com as suas memórias e irei desloca-lo para outro lugar ao mesmo tempo em que irei apagar a filmagem. Quanto às memórias dele, eu vou dar novas memórias. Pode deixar que eu limpo essa bagunça porque não desejo que o Yuugi e os outros tenham qualquer problema por causa desses desgraçados.
- Eu compreendo. Irei criar essa memória para ele. De fato, é melhor evitarmos os lapsos de memória e qo surgimento de muitas perguntas, acabando por chamar a atenção da polícia, ainda mais pelo fato de que iremos vingá-lo.
- Sim. É o melhor que podemos fazer. Agora, eu vou caçar o bastardo que golpeou o fofo do Yuugi e você, lida com o diretor.
Nesse interim, desde que a meia dragoa conjurou aquela magia na área, o diretor do programa que se encontrava aterrorizado havia tentado se afastar do local ao correr para longe, com a névoa mágica de Yukiko o fazendo voltar ao mesmo ponto que ele havia acabado de sair, fazendo-o ficar ainda mais aterrorizado, para depois, o homem perceber que o ambiente em torno dele mudava ao ficar turvo, passando a clarear após alguns segundos conforme assumia a aparência de dentro do estacionamento da emissora de tevê e que o carro do mesmo estava na sua frente, com a chave em suas mãos, para depois, sentir uma dor intensa em sua mente.
Após a dor cessar, ele se esqueceu da mesma e que estava dentro de uma névoa, passando a acreditar que já era de noite e que estava saindo do trabalho, com a princesa dos dragões procurando recriar com exatidão a cena dos acontecimentos originais, mais precisamente onde Atemu aplicaria o Yami no game porque a existência dela e das gêmeas havia provocado algumas alterações e ela precisava corrigi-los.
No caso, a cena consistia do diretor do programa se aproximando do seu carro com as chaves nas mãos ao mesmo tempo em que um homem passava por ele, comentando sobre o programa porque Yukiko havia sido fiel a cena, inclusive nas falas:
- Parabéns por aquele programa. Tivemos uma boa receptividade.
- O segredo é ter una boa isca. Assim, fisgamos a audiência facilmente. - ele responde enquanto colocava a chave na porta do carro após rir.
- Até amanhã. – o outro homem criado por ilusão se despede.
- E se matasse alguém na frente da tevê? Seria melhor ainda! - o diretor comenta consigo mesmo ao mesmo tempo em que sorria malignamente após rir de forma maligna.
Sorrindo, o Faraó se aproxima de sua vítima após ter decidido qual Yami no Game aplicaria no mesmo ao se recordar de um dos comentários dele.
Então, o diretor do programa se vira para trás ao ver o reflexo do adolescente se aproximando dele através do retrovisor lateral do seu carro.
Chapter 31: Yami no Geemu - Diretor
Summary:
O Yami no Geemu começa...
Atemu consegue...
Atemu pergunta à Yukiko...
Yukiko começa a...
Chapter Text
Ele se vira e Atemu sorri consigo mesmo enquanto concentrava o poder do Sennen Pazuru ao ocultá-lo por baixo dos seus braços cruzados ao mesmo tempo em que o homem não conseguia ver que uma estranha névoa os envolvia, passando a tornar, gradativamente, aquela área em um Yami no Game.
Porém, aquela área somente seria envolvida por completo se a outra parte aceitasse o jogo proposto e que iria revelar o seu futuro.
Então, o Faraó fala com a sua voz profunda como o abismo mais escuro:
- Estava esperando por você, diretor.
- Você é aquele pivete chamado Yuugi. O que faz aqui no meio da noite? Veio exigir cachê ou coisa parecida?
- Você invadiu a fronteira do coração do mou hitori no ore. Portanto, agora vai ter que jogar um jogo comigo. É só um pequeno passatempo.
- Um jogo? – ele estreita o cenho enquanto achava estranha a postura do jovem a sua frente.
"Esse moleque parece muito diferente... Inclusive, a sua voz. A voz dele não era barítono, pelo que eu me lembro. Ao contrário, era uma voz bem suave. Bem, eu devo estar enganado." – o diretor completa em pensamento.
Atemu estende um dado enquanto falava:
- O jogo será feito com isto! Um simples dado. Dizem que no antigo Egito, as pessoas confiavam o seu destino nos dados. Claro que naquela época eles usavam um osso chamado astrágalo que se encontrava no calcanhar dos mamíferos.
O homem demonstra irritação em seu semblante porque não estava com paciência para jogar um jogo.
Afinal, achava uma perda de tempo.
- Deixe-me explicar as regras do jogo – ele pega o dado entre dois dedos enquanto o erguia ao nível do seu rosto - É algo muito simples. Eu vou jogar o dado primeiro. Se você tirar um número menor, você vence. Se tirar um número igual, você vence do mesmo jeito. Em compensação, se eu ganhar, você irá enfrentar o seu destino que será revelado neste jogo conforme o jogarmos.
O homem exclama em um tom aborrecido por achar ridículo tudo o que o jovem falou:
- Que idiotice! Por que eu teria que fazer isso?
- O jogo começou! – Atemu lança o dado e enquanto o objeto quicava, ele exibia satisfação em seu rosto pelo diretor não ter se afastado.
O Faraó sabia que o diretor iria ficar cada vez mais irado ao ponto de pegar o dado para usá-lo como uma arma contra ele, visando extravasar a sua fúria enquanto que a sua estratégia consistia em fazê-lo pegar o objeto, fazendo assim com que o diretor aceitasse inconscientemente o Yami no Game.
Assim que o objeto for pego pelo diretor, as sombras invisíveis ao olhar de um humano sem poderes mágicos irão envolver por completo a área, oficializando o jogo.
Por enquanto, as sombras apenas envolviam parcialmente o local porque esperavam a aceitação da outra pessoa envolvida no Yami no Game.
Então, o dado para de girar e a face para cima é de seis pontos, a maior numeração de um dado.
Ao ver o resultado, o homem gargalha, para depois, exclamar animado enquanto ria com escárnio:
- É seis! Seis! Vou vencer de qualquer jeito! Portanto, não há qualquer motivo para eu rolar essa porcaria de dado.
Atemu, que se encontrava com as mãos nos bolsos, falava calmamente, sabendo que a sua postura calma, sem se abalar com a explosão verbal do outro apenas iria deixar o seu adversário ainda mais nervoso, o estimulando de forma indireta a pegar o dado por estar tomado pela raiva:
- Certamente, a sorte está ao seu lado... Mas eu vou continuar com o jogo.
Então, o Faraó sorri de canto ao ver o homem ser tomado por uma raiva intensa e igualmente cega em virtude do fato do espirito não ter reagido da forma que ele esperava e por não ter desistido do jogo inútil e idiota ao ver dele.
Tomado pela fúria e desejo de ferir o jovem a sua frente, ele pega o dado do chão e ao fazer isso, o espírito observa com satisfação em seu semblante, as sombras envolvendo ambos, oficializando o jogo em um Yami no Game.
Afinal, Atemu procurou irritá-lo ao trabalhar com as palavras e postura para fazer o diretor aceitar o jogo, sem precisar verbalizar, porque sabia que o homem a sua frente nunca falaria verbalmente e que a confirmação precisaria ser realizada através de um gesto de aceitação, mesmo de forma inconsciente.
Ao ver que o seu plano deu certo, ele sorri imensamente. A sua extrema autoconfiança nunca o faria achar que o seu plano não teria sucesso.
O diretor ficar mais enfurecido do que já se encontrava ao ver o semblante do jovem exibindo um imenso sorriso.
- Seu... teimoso! – o homem pega o dado e o atira com violência na direção do rosto dele, visando feri-lo – Vou jogar o dado como me pede e vou aproveitar para abrir um buraco no seu rosto!
Então, o diretor avista o dado se chocando e depois, caindo no chão, revelando a face com um ponto, sendo que esse ponto tinha um formato de olho egípcio.
- Um! – ele gargalha com satisfação - Eu tirei um! Eu venci!
O Faraó sorria intensamente, enquanto mantinha erguido o Sennen Pazuru em frente ao seu rosto, com a ponta afiada para frente.
Afinal, o ato do homem de jogar o dado em seu rosto era esperado e por isso, ele havia posicionado estrategicamente a ponta do Sennen Aitemu para frente, visando cortar o dado no meio ao usar a força do arremesso do diretor. Tudo estava ocorrendo de acordo com o seu plano, inclusive o fato dele tirar o número seis porque havia sido proposital.
Então, ele fala em um falso tom de pesar enquanto exibia um sorriso de escárnio em seu rosto:
- Que pena... O seu destino acabou de ser confirmado.
- Como?! – o homem, que havia se virado para ir ao seu carro, se vira para trás exibindo estupefação em sua face porque ele havia acredito que tinha tirado o menor número entre eles.
Então, ao olhar para o chão, fica estarrecido ao ver que o dado havia rachado ao meio. A face com um olho egípcio, indicando um ponto, estava para cima, de fato, mas junto dele estava a face dos seis pontos virada para cima e que fez o homem exclamar estarrecido enquanto gaguejava porque lutava para assimilar o resultado inesperado e igualmente, surreal:
- O dado rachou no meio e deu sete?! Isso é impossível!
Atemu aponta o dedo em riste para o homem a sua frente e exclama com a sua voz barítono profunda como o abismo mais escuro:
– Unmei no Batsu Geemu (運命の罰ゲーム - Jogo de punição do destino)! Mozaiku Gensou (モザイクの幻像 – Ilusão do mosaico)!
Nisso, o mesmo olho dourado na testa do espírito se projeta para frente, envolvendo o diretor, sendo que o olho de Wadjet do Sennen Pazuru também brilhava em conjunto com o olho.
O homem coloca a mão no rosto enquanto começava a ser tomado pelo terror porque a imagem do jovem a sua frente começou a ficar embaçada, para depois, ele perceber que assumia a forma de um mosaico que era usado na televisão para ocultar algo, e que ficava gradativamente mais intenso ao mesmo tempo em que ele exclamava em pensamento:
"A imagem do garoto está virando um mosaico! Não só do garoto, mas tudo que estou vendo! Tudo que eu vejo está se tornando um mosaico!"
Ele sai dos seus pensamentos conforme gritava em um misto de terror e de desespero.
Afinal, o Diretor acabou preso em uma ilusão eterna, com ele passando a ver tudo através de um mosaico demasiadamente intenso ao ponto de não conseguir distinguir nada do que via e que seria assim até a sua morte, com nenhum médico conseguindo encontrar uma explicação médica para o que ocorreu e enquanto ficava imerso em seu desespero, as suas memórias de como isso ocorreu eram gradativamente apagadas como efeito da magia do Yami no Game.
Atemu, com uma das mãos em seus bolsos e a outra segurando o Sennen Aitemu, exclama com um sorriso de satisfação em seu rosto:
- Se você usa a câmera só para distorcer a realidade é melhor esconder tudo o que enxerga através de um mosaico!
Então, Yukiko volta ao local, dispersando a ilusão do estacionamento porque não era mais necessária ao mesmo tempo em que havia mantido a névoa mágica, com o Faraó falando enquanto exibia surpresa em sua face:
- Vejo que voltou rápido. Por acaso, perdeu a presa?
- Não. Eu o capturei e atualmente, encontra-se aprisionado. Vou me divertir mais tarde com ele. Afinal, eu tenho que cumprir algumas obrigações antes que eu possa me divertir apropriadamente com a minha presa. - ela fala com um sorriso sádico ao imaginar a diversão com as suas presas.
O espírito olha para os amigos de Yuugi, ainda presos em sua mente pelo poder dela e pergunta, arqueando o cenho para a albina:
- Vai libertá-los agora?
- Sim. Ao mesmo tempo em que dissipar a névoa. Mas, antes de fazer isso, preciso cuidar do cinegrafista.
Ela caminha até o homem desacordado e após avistar o diretor do programa gritando de terror, ela sorri imensamente, para depois, criar uma criatura de gelo que lembrava uma gárgula que captura o diretor e o leva até a sua criadora após agarrá-lo em um aperto inescapável.
A albina coloca uma das suas mãos na cabeça dele, criando uma memória falsa nele que consistia do homem se dirigir até uma loja ali perto para comprar uma bebida, descobrindo que de fato ele pretendia fazer isso após a filmagem, com ela descobrindo isso ao sondar a sua mente. A meia dragoa também descobriu que o homem havia planejado comprar antes de filmar o episódio e que acabou mudando de ideia ao encontrar a vítima perfeita para o seu programa.
Após definir as novas recordações porque ele seria deixado próximo da loja que sempre comprava a sua bebida favorita, Yukiko nota que a sua criatura olha para ela, buscando novas orientações, com a meia dragoa comunicando mentalmente as suas ordens.
Então, o ser se curva para a sua criadora e mestra, demonstrando que compreendeu as ordens, para depois, abrir as suas asas, alçando voo para se afastar do local enquanto usava a sua cauda para amordaça-lo ao mesmo tempo em que havia uma barreira mágica em volta deles que impediria as pessoas de verem o ser voando, permitindo que ele colocasse o homem no lugar necessário para dar veracidade à falsa lembrança.
Atemu, que havia olhado com fascínio para a criatura, pergunta com evidente curiosidade em seu semblante:
- É capaz de criar mais seres?
- Eu posso criar inúmeros seres. Inclusive, eu posso forneçer uma personalidade, caso seja necessário, assim como, posso dar o dom da fala, se eu desejar. Normalmente, concedo inteligência para facilitar a minha vida, além deles existirem por um tempo determinado. Essa gárgula tem uma função e após cumpri-la, irá desaparecer.
- Ou seja, você pode criar um exército capaz de conquistar qualquer lugar que desejar.
- Sim.
- É incrível o fato de que não usou o seu poder para conquistar o mundo. Com certeza, seria brincadeira de criança.
- Sim. Seria. Eu poderia inutilizar todas as armas humanas, neutralizando qualquer ataque. Subjugar esse planeta seria demasiadamente fácil, se eu assim desejasse.
- E por que não faz isso?
- É como eu disse, "se eu assim desejasse". Eu não desejo. Ademais, por que eu faria isso? – ela pergunta arqueando o cenho direito.
- Um ser poderoso não aproveitar os seus poderes para subjugar uma espécie inferior é algo, demasiadamente, inusitado. – ele comenta enquanto confessava que estava curioso sobre a opinião do ser, para saber se era uma ameaça ou não ao mundo.
Atemu sentia que precisava defender o mundo e tinha a sensação de que algo semelhante a isso ocorreu apesar de não possuir qualquer memória, sentindo que o labirinto em sua mente era uma forma de evitar que acessasse as suas memórias perdidas, fazendo-o questionar o motivo de suas recordações não serem acessíveis a ele.
Então, o Faraó suspira ao perceber que mesmo que o ser a sua frente fosse uma ameaça a aquele mundo, ele não poderia fazer nada para salvar o planeta porque ela era demasiadamente poderosa, fazendo-o questionar a si mesmo se o seu desejo por respostas era oriundo de sua necessidade de aplacar seus receios ou de tentar preparar o adolescente para o inevitável.
Afinal, se o ser subjugasse a raça humana, tudo o que poderia esperar eram mortos e sofrimento durante a ascensão e embora soubesse que o seu anfitrião não correria riscos com ela, ele sabia como era o coração do jovem. Yuugi nunca aceitaria qualquer tormento aos outros.
Inclusive, o jovem tinha compaixão, mesmo com os seus inimigos, não importando o que fizessem contra ele.
Portanto, o seu amado iria sofrer muito se algo assim ocorresse com o mundo em que vivia e que se isso acontecesse, ele teria que suplantar esse sofrimento ao ajudá-lo a encarar uma realidade que o faria sofrer.
Atemu não sabia que Yukiko nunca faria algo assim.
Afinal, era repulsiva a ideia de subjugar inocentes e o outro motivo para não fazer esse ato era motivado pelos sentimentos de Yuugi. A meia dragoa nunca se perdoaria se o fizesse sofrer por qualquer ato que fizesse. A felicidade dele era a sua felicidade, a dor dele era a sua dor e a tristeza dele era a sua tristeza.
Portanto, nunca faria algo que causasse sofrimento a ele.
- Nem sempre, todo o ser poderoso pode ter desejos de subjugar uma raça tida como inferior. Este é o meu caso. Ademais, eu não suportaria ver as lágrimas e o desespero de Yuugi. Portanto, essa hipótese de subjugar a raça humana, tomando o controle à força ou de qualquer outra forma, nunca irá ocorrer.
- Eu fico aliviado. De fato, o mou hitori no ore não suportaria viver nesse mundo, assim como, nunca aceitaria as mortes decorrentes de uma guerra.
- Sim. Afinal, eu também conheço o coração dele.
Após ela dobrar os joelhos, pega a câmera do homem desacordado e apaga a gravação, para em seguida, danificar o aparelho, para depois, colocar uma das mãos na cabeça do cinegrafista, passando a modificar as memórias dele, decidindo que iria colocá-los dentro do furgão da emissora, fazendo o profissional cair em um sono profundo para simular que ele estava cochilando no veículo enquanto aguardava o diretor voltar da loja.
A albina se concentra e espalha a névoa por toda a área da escola até o veiculo da emissora, colocando todos na área em uma espécie de transe enquanto invocava outra gárgula que pega o cinegrafist aparelho, colocando ambos no furgão e os posionando segundo as ordens de sua criadora, para depois, desaparecer em uma névoa de gelo.
- Se posicione e somente devolva o controle ao Yuugi, assim que eles despertarem.
- Sim. – Atemu consente enquanto confessava a si mesmo que sentia falta de sua verdadeira estatura.
O espírito sabia que somente conseguiria a sua verdadeira estatura naquele corpo quando aumentasse o seu poder mágico porque a maior parte ainda estava adormecida dentro dele em virtude do selamento no Sennen Pazuru, com ele sentindo que somente teria plenamente os seus poderes dali a alguns meses.
Até chegar esse dia, teria que se contentar com a estatura do corpo do seu anfitrião.
Após ele tomar o seu lugar, a albina consente e desfaz a névoa, desaparecendo dentre a mesma e conforme o local voltava ao normal, Atemu retornava para a sua câmara da alma que era formada por inúmeros labirintos enquanto que Yuugi acordava do longo sono imposto a ele dentro da sua câmara da alma enquanto que os seus amigos eram libertados da espécie de transe ao mesmo tempo em que os seus ferimentos haviam sido curados pelo Faraó.
Quanto a Yukiko, ela somente iria fazer a troca com o seu clone quando eles se afastassem do local, fazendo a sua réplica dar uma desculpa qualquer para se afastar deles para que pudessem trocar de lugar com o seu clone, que iria desaparecer após ter cumprido a sua função.
Chapter 32: DVD impróprio
Summary:
No mesmo dia, Yukiko...
Alguns dias depois, Yuugi acaba...
Chapter Text
Mais tarde naquele dia, em um local afastado após criar uma barreira para impedir que qualquer som e cheiro fossem ouvidos fora dela ao mesmo tempo em que ocultava os que estavam dentro, fazendo com quem olhasse para aquela direção, visse apenas o espaço vazio, Yukiko abre uma espécie de compartimento ao fazer um gesto para o lado Este era um dos vários que tinha em uma pequena dimensão privativa.
A albina puxava de dentro de um buraco arroxeado que surgiu no ar, ao lado dela, o assistente do diretor que se encontrava inconsciente e amarrado com correntes de gelo.
Após retirá-lo, ele foi arremessado no chão, com Yukiko estalando os dedos em seguida, fazendo-o despertar e ao perceber que estava preso, começa a implorar desesperadamente enquanto chorava:
- Por favor, me solte! Eu prometo não contar para a polícia! Por favor, me solte!
A albina gargalha levemente, para depois, falar enquanto sorria de canto:
- Por que eu iria soltar a minha presa?
- "Presa"?
- Sim. Eu vou me vingar por você ter golpeado aquele que eu vejo como um filho. Você pagará muito caro! Saiba que agredi-lo é um crime imperdoável.
- Eu recebi ordens! Era o meu emprego que estava em risco!
- Então, por que eu senti uma felicidade imensa em você quando batia nele? Inclusive, a lembrança de golpeá-lo lhe deixava feliz, fazendo-o sentir um intenso prazer cada vez que erguia o punho conta ele – o assistente arregala os olhos ao mesmo tempo em que sentia o sangue gelar nas veias – Se alguém fosse forçado a fazer algo que odiaria fazer, sentiria asco e raiva ao cumprir a ordem dada. Ou seja, essa pessoa odiaria fazer aquilo. Você não odiou e sim, apreciou. Portanto, mesmo sendo uma ordem, você se divertiu e em nenhum momento sentiu arrependimento ou raiva pelos seus atos. A única raiva que sentiu foi por ter sido obrigado a fingir que era um estudante para poder atrair o Yuugi-kun para o local onde iriam filmar a cena..
- Como conseguiu sentir isso? Quer dizer... O que você é?
- Oh! Enfim, você fez a pergunta certa. Permita-me responder a sua dúvida.
Sorrindo malignamente, o corpo dela brilha e fica maior, além de modificar a sua aparência sobre a face estupefata do assistente e quando o brilho cessou, seus olhos ficaram esbugalhados ao ver um autêntico dragão imenso a sua frente, só que felpudo, com orelhas e focinho, além de ser alvo e possuir orbes azuis como duas safiras ao mesmo tempo em que era evidente o sorriso maligno em suas mandíbulas.
Ademais, ele podia se ver refletido nos orbes azuis coléricos.
- Um dragão... É mesmo um dragão! – ele exclama aterrorizado após gaguejar.
Yukiko retorna a aparência humana e após murmurar encantamentos mágicos no assistente, ela faz desaparecer as correntes que o prendiam, o surpreendendo, para depois, ele tentar fugir do local, desconhecendo o fato de que era impossível fugir daquele local e que a albina apenas o soltou para se divertir com o seu desespero.
De fato, a meia dragoa sorria com prazer ao vê-lo se chocar contra a barreira invisível, para depois, apreciar o desespero dele ao vê-lo bater freneticamente com os punhos na espécie de parede invisível ao mesmo tempo em que gritava desesperadamente por ajuda.
Então, antes que o assistente pudesse se afastar dela, que se aproximava gradativamente dele enquanto ele golpeava a espécie de barreira que o prendia, o assistente sente um toque na sua coluna cervical, mais precisamente, na área da nuca.
Em questão de segundos, o homem caiu no solo, ficando aterrorizado ao notar que não conseguia movimentar o seu corpo do pescoço para baixo.
Movimentando os seus olhos porque era a única coisa que o assistente conseguia movimentar, com exceção da boca, o humano observa um sorriso de puro deleite na albina enquanto era visível um olhar extremamente sádico, com a meia dragoa, falando:
- Eu também intensifiquei a sua sensação de dor. Veja.
Ela se agacha e pressiona levemente o punho dele. Apesar de ser um toque demasiadamente leve, o homem sente uma dor intensa, fazendo-o arregalar os olhos ao mesmo tempo em que gritava de dor.
O sorriso dela se torna sádico e ela pergunta com uma face repleta de sadismo:
- Let´s play a game?
O assistente grita imerso no mais puro terror enquanto a albina se preparava para se divertir com ele.
Primeiro, ela arranca lentamente o couro cabeludo dele e em seguida, a sua pele, para depois, arrancar cada um dos dentes e após extrair todos, com a magia dela o mantendo vivo, a albina começa a esmagar cada um dos ossos dele, um de cada vez, com o humano ficando aterrorizado por não morrer pelas dores excruciantes que o tomavam e que levariam qualquer um a insanidade e depois, a morte.
Após várias horas, restando apenas um corpo desfigurado, com ele estando vivo e gritando em decorrência de um dos vários encantamentos colocados nele, embora nenhum som saísse dele porque a garganta se encontrava em carne viva, ela o cura, deixando-o aterrorizado ao ver que não iria morrer, para depois, ser amarrado novamente, com a albina o pegando conforme voava do local após desfazer barreira e enquanto se afastava, executava um feitiço para ficarem invisíveis e outro para deixá-lo inconsciente.
Quando a meia dragoa viu as recordações dele, descobriu qual era o seu apartamento e após encontrá-lo, entra pela janela após abri-la com magia, o depositando no sofá, usando magia para mudar as suas roupas.
Em seguida, encosta a mão na testa do assistente e começa a manipular a sua mente para apagar da sua mente o encontro com Yuugi e seus amigos, assim como a existência dela ao mesmo tempo em que dava pesadelos para o resto de sua vida ao aprisioná-lo em sua mente enquanto usava magia adicional para que ficasse vivo até morrer de velhice.
Então, a albina se afasta e estala os dedos, fazendo-o reviver a tortura que foi imposta a ele, só que em seus pesadelos, onde o assistente era curado apenas para ser torturado novamente, com esse ciclo se repetindo em sua mente até que ele morresse de velhice ao mesmo tempo em que a sua mente foi protegida para que a loucura não o alcançasse.
Os gritos lacerantes alarmaram os vizinhos que ligaram para a polícia enquanto a albina acessava o futuro do homem a sua frente, que seria internado em uma instituição psiquiátrica para o resto de sua vida.
Sorrindo com satisfação, ela se retira, observando alguns carros de polícia que chegavam ao local ao mesmo tempo em que os moradores fugiam do prédio por não saberem o motivo dos gritos excruciantes que ouviam do seu vizinho.
Então, a albina voa do local rumo ao seu apartamento, se sentindo satisfeita por poder vingar a surra que Yuugi levou.
Alguns dias depois, o jovem Mutou se encontrava em sua cama, vestindo um pijama com estampas de estrelas e enquanto dormia profundamente era assistido por Atemu, que sempre o observava quando ele adormecia, com o espírito se limitaando a afastar gentilmente as franjas loiras do adolescente, para depois, acariciar gentilmente a pele acetinada do rosto, procurando memorizar cada mísero detalhe da feição serena e igualmente fofa.
Ademais, quando ele afagou gentilmente os cabelos macios e sedosos do jovem, o mesmo sorriu imensamente e se inclinou ao toque gentil, fazendo o Faraó sorrir imensamente enquanto ministrava afagos gentis dentre as mexas do cabelo tricolor.
Enquanto o observa adormindo, Atemu se recordou do filme que o seu amado anfitrião pegou emprestado de Jounouchi no dia anterior e que ficou assistindo por quase duas horas seguidas, deixando para assistir o resto do filme quando Sugoroku adormeceu, para que o seu querido avô não visse o filme que ele estava assistindo.
Afinal, era um filme erótico e ele iria morrer de vergonha se fosse pego vendo esse vídeo, além de não querer encarar a fúria do seu avô porque era um filme para maiores de dezoito anos e ele tinha completado dezesseis anos.
Portanto, não podia estar assistindo ao filme.
Abanando a cabeça para os lados enquanto sorria de canto, ele volta a acariciar amorosamente os cabelos do jovem enquanto velava pelo sono dele.
Na manhã seguinte,Yuugi não ouviu o despertador tocar porque havia ficado quase que a noite toda assistindo ao filme ao rever o mesmo, algumas vezes, acabando por restar apenas algumas horas de sono.
Alguns minutos depois, mais precisamente na cozinha, o seu avô terminou de preparar a mesa com o café da manhã e reparou que o seu neto não estava se dirigindo para a cozinha.
Então, Sugoroku suspira ao perceber que o seu neto havia perdido a hora porque este não era um comportamento usual do jovem.
Ele sobe as escadas e abre a porta do quarto, vendo o jovem dormindo com uma face serena enrolado em sua colcha enquanto que não conseguia ver Atemu, que se encontrava ao lado do seu neto e que havia se afastado, para depois, entrar no item ao ver que o avô de Yuugi se aproximava do seu anfitrião.
Após se aproximar dele, sacode levemente o ombro do adolescente, com Yuugi murmurando algo ilegível, para depois, virar para o outro lado, com Sugoroku resolvendo falar após abanar a cabeça para os lados, com um sorriso de canto ao prever a reação do seu neto com as suas próximas palavras:
- Yuugi, você está atrasado.
O adolescente abre os olhos, despertando rapidamente de seu estado sonolento, com o avô vendo o seu neto gritar ao ver as horas no relógio.
Então, ele sai do quarto enquanto o jovem corria freneticamente de um lado para o outro se trocando desesperadamente, com Sugoroku ouvindo os sons da cozinha ao mesmo tempo em que o sorriso persistia em seu semblante, sabendo que o motivo dele perder a hora era por ter ficado acordado até tarde, embora não soubesse o motivo porque não havia entrado no quarto do jovem.
Afinal, confiava no seu neto e respeitava a sua privacidade.
Quando Yuugi terminou de se trocar, ele olha para a tevê que estava desligada e depois, para o tocador de DVD, se recordando do DVD que Katsuya havia emprestado. Ele pega o disco do aparelho, guardando-o rapidamente na sua respectiva caixa, para depois, colocá-lo em sua mochila porque precisava devolver ao seu amigo ao mesmo tempo em que corava ao se recordar de algumas cenas.
Então, o jovem abana a cabeça para os lados, tentando dissipar as imagens eróticas que surgiram em sua mente e conforme se recordava de trechos do filme, ele também se recorda da sensação de ter alguém junto dele naquele cômodo, embora fosse um pensamento demasiadamente estranho porque quando surgia essa sensação, o adolescente olhava para todo o quarto e não via ninguém, passando a julgar, erroneamente, que era apenas a sua imaginação imersa em nervosismo pelo temor do seu avô entrar no seu quarto e ver o filme que estava assistindo e que era impróprio para a sua idade. A visão do seu avô enfurecido era algo que ele não desejava ver novamente.
O jovem não sabia que Atemu havia saído algumas vezes para olhar o filme, mediano na sua opinião e que mesmo não se recordando do seu passado, o Faraó tinha a sensação que havia tido relações com pessoas, tanto do sexo feminino, quanto masculino e que as cenas pareciam demasiadamente forçadas, além de não achar aqueles movimentos tão bons para gerar tanto prazer.
A sensação de ter feito sexo com outros, era demasiadamente forte nele, levando-o a questionar que tipo de vida ele tinha, antes de ter sido selado no Sennen Pazuru. Ou melhor, o que havia feito para ter a sua alma selada em um item mágico juntamente com as suas memórias. Essa era a pergunta que sempre vinha na sua mente, embora tivesse a estranha sensação de que não era um selamento oriundo de uma punição ou algo similar a isso, fazendo-o sentir algum conforto com essa sensação.
Quando Yuugi termina de guardar o DVD na mochila, ele a coloca nas suas costas e ao olhar para o relógio fica demasiadamente preocupado ao ver que estava atrasado porque não queria perder o ônibus.
O jovem de cabelos tricolores desce as escadas de dois em dois degraus, estranhando o fato das suas amigas não terem passado na sua casa, até que se recorda de que Yukiko havia avisado que precisava passar em um lugar, antes de ir para a escola e que as gêmeas iriam faltar no colégio naquele sábado para treinar para o Torneio Nacional de Kung Fu e de Kenjutsu porque iriam representar a escola dos seus pais e a cidade, também. Nuru havia escolhido Kung Fu e Kisara o Kenjutsu. No ano passado foi invertido. A bronzeada havia pegado o Kenjutsu e a prateada o Kung Fu.
Enquanto se recordava do motivo delas estarem ausentes naquela manhã, o adolescente sorri ao se lembrar de que ele, Yukiko, Katsuya e o seu avô, tinham convites para assistir aos torneios que seriam realizados no domingo, com todos eles agradecendo que aquele domingo não tinha aula, com Sugoroku planejando fechar a loja para poder assistir aos Torneios Nacionais que seriam realizados consecutivamente, com ambos sendo sediados em Tóquio e que somente os melhores que se destacaram nas competições regionais iriam participar. Na parte da manhã até parte da tarde era o Kung Fu e da parte da tarde até parte da noite, era o Kenjutsu e todos eles iriam assistir ambos.
Quanto ao Jounouchi, ele havia falado que iria ao colégio junto de Honda, uma vez que o moreno continuava sendo cabeça-dura, segundo as palavras do loiro.
O adolescente de orbes ametistas havia decidido ir ao doujo das suas amigas para ver o treinamento delas após o término das aulas e pensava em convidar Katsuya para ir junto dele.
Todos eles desconheciam o fato de que Yukiko havia influenciado a antecipação desse torneio, alguns meses atrás, para que as gêmeas não estivessem juntas de Yuugi naquela manhã, sabendo que Jounouchi não estaria com ele no ônibus porque estaria andando com o Honda e que o jovem só o veria na sala de aula.
Afinal, havia um evento que precisa ocorrer e a albina tinha que evitar qualquer interferência, uma vez que havia as gêmeas e ela mesma, com a meia dragoa preferindo adiantar dois eventos a inventar desculpas para separar as irmãs daquele que via como um filho, visando que os acontecimentos seguissem o seu curso.
Ademais, influenciar várias pessoas magicamente era algo demasiadamente simples por causa de sua idade e magia.
Quanto à meia dragoa, ela se encontrava no seu lugar usual e que ficava de frente para a Kame Game Shop, onde era possível ver através da claraboia, o quarto de Yuugi.
A meia dragoa estava sentada no parapeito de um prédio, usando magia para ficar invisível enquanto suspirava tristemente porque sabia o que iria ocorrer com ele e confessava que desejava ardentemente punir o bastardo que iria maltratar aquele que via como um filho querido.
Porém, a albina sabia que a punição de Atemu seria demasiadamente boa porque seria uma tortura que duraria a vida inteira enquanto que ela somente daria o seu toque pessoal, por assim dizer, para não permitir que ele se suicidasse por causa do tormento infernal que sofreria, além de garantir que nunca morresse sem ser de velhice ao dar resistência ao mesmo para que vivesse por muitos anos em intenso tormento.
Afinal, a seu ver, o desgraçado deveria sofrer pelo resto de sua vida miserável porque a morte era boa demais para um canalha como ele.
Suspirando novamente, a meia dragoa sai de seus pensamentos e observa a loja, conseguindo ouvir os sons de pratos e xícaras, além de identificar que Yuugi estava na cozinha após ela ver a correria dele para se arrumar, com ela sorrindo maternalmente enquanto o achava fofo.
Chapter 33: Barulho infernal
Summary:
No dojo dos pais de Kisara e Nuru...
Yuugi acaba...
Chapter Text
Enquanto isso, um pouco longe dali, no dojo da família das gêmeas, nomeado de “Doujou Futago Ryuu (道場双子竜 – Dojo dragões gêmeos)”, possuindo na placa o desenho de dois dragões orientais, um de cada lado, com a escrita no meio deles, as gêmeas estavam se preparando para os seus respectivos treinos, sendo que na parte da tarte, iriam lutar entre si e depois, contra os seus pais como parte do seu treino diário.
O espaço havia sido dividido entre ambas as escolas, com metade dele sendo destinado para o Kung Fu da escola do dragão e a outra metade para o kenjutsu da escola Hiten Mitsurugi Ryuu.
Enquanto caminhavam juntas, antes de se separarem, visando se dirigirem as suas respectivas áreas de treino, Kisara comenta com evidente preocupação em sua face:
- Eu estou preocupada com o Yuugi-kun. Nenhuma de nós estará com ele no ônibus e o Jounouchi-kun prometeu ir ao colégio com aquele bastardo do Honda-kun.
- Nem me fale. Eu estou preocupadíssima. Se a Yukiko-chan estivesse com ele... – Nuru fala em um suspiro, sendo evidente a sua preocupação – Mesmo que seja apenas uma manhã de sábado, eu não consigo deixar de pensar que ele pode estar em perigo.
- Eu sei como é. É o mesmo comigo. O Yuugi-kun é muito pacifico e não gosta de violência, mesmo como autodefesa e o coração que ele possui, o torna uma presa aos outros que apreciam atormentar uma alma tão gentil.
- Pelo menos, a Yukiko-chan ficou de encontra-lo no colégio. Vamos orar a Kami-sama que nada aconteça ao Yuugi-kun até que ele esteja junto da Yukiko-chan e do Jounouchi-kun.
- Sim. É o que nos resta.
Então, suspirando mais uma vez, elas se dirigem aos locais de treino que eram destinados aos que estavam mais avançados nas técnicas, sendo que por onde elas passavam, arrancavam suspiros pela beleza que possuíam, além de muitos terem uma intensa admiração por ambas, pois as viram lutando e treinando, juntamente com o fato das gêmeas darem aulas, ás vezes, por serem mestras em virtude do fato de terem dominado o Ouji de ambas as escolas.
Não muito longe dali, nos fundos da loja Kame Game Shop, mais precisamente na cozinha, o adolescente tomava o café da manhã em tempo recorde, quase se engasgando no processo, enquanto engolia a comida e ainda com comida na boca, ele agradece ao seu avô e apesar de falar com a boca cheia, Sugoroku conseguiu traduzir o que seu neto falou, enquanto estendia a marmita que havia preparado para o jovem.
O adolescente termina de empurrar o último pedaço de comida em sua boca que se encontrava cheia, antes de sair correndo em direção ao ponto de ônibus, enquanto guardava a marmita em sua mochila, ficando aliviado ao ver que havia pessoas aguardando o transporte público e que o mesmo estava dobrando a esquina.
Enquanto esperava para subir, ele pensava consigo mesmo, com o seu coração já calmo, após a pequena corrida que fez, sendo este um pensamento que tinha todas as manhãs:
“Eu espero que aconteça outra coisa legal hoje.”
Após subir nos degraus do ônibus, ele paga pela passagem ao ir até o cobrador.
Após passar pela catraca, o jovem percebe que estava mais cheio que o usual e enquanto se espremia entre as pessoas, o adolescente de cabelos tricolores olha para um dos lados e avista um jovem de óculos, o reconhecendo como sendo Hanasaki e que estudava na mesma sala dele, fazendo-o pensar consigo mesmo, com evidente surpresa em sua face:
“Eu não sabia que ele pegava o mesmo ônibus.”
Então, ele decide se aproximar, sorrindo, enquanto o cumprimentava entusiasmente:
- Ohayou, Hanasaki-kun!
Porém, o jovem vira rapidamente o rosto, após exibir uma face surpresa, fazendo com que Yuugi pensasse consigo mesmo:
“Talvez ele não tenha me reconhecido no meio dessa gente toda. Afinal, eu não consegui me aproximar dele”.
Enquanto o adolescente estava pensativo, Hanasaki olha para ele, discretamente, confessando a si mesmo que estava surpreso pelo fato de Yuugi cumprimentá-lo, pois sempre achou que ele era arrogante por ter belas beldades junto dele.
Afinal, isso seria o esperado.
Portanto, o ato dele cumprimenta-lo jovialmente e sem demonstrar qualquer arrogância, o tratando como igual, o fez ficar surpreso.
Ele suspira, enquanto torcia os punhos, sentindo incerteza em seus atos e pensamentos, pois o tratamento que recebeu de Mutou o fez hesitar em seu intento inicial ao subir naquele ônibus, embora sentisse que essa hesitação não duraria muito tempo, conforme se aproximasse do meio-dia.
Suspirando novamente, Hanasaki volta a virar o rosto, se dedicando a ficar perdido em seus pensamentos.
Nesse interim, em virtude do fato de Mutou se encontrar imerso em seus próprios pensamentos, ele acabou não percebendo o gesto do seu colega, após este virar o seu rosto:
“Eu nunca falei direito com o Hanasaki-kun, até agora. Ele é meio apagado na classe, assim como eu, uma vez que são as minhas amigas que acabam chamando demasiada atenção por mais que detestem isso. Talvez, nós sejamos muito parecidos nesse aspecto.”
- Cuidado com a freada brusca! – o motorista exclama através dos alto-falantes instalados no ônibus.
Infelizmente, Yuugi estava demasiadamente distraído com os seus pensamentos e por isso, não estava se segurando fortemente. Com a freada brusca, ele acabou sendo jogado para trás, enquanto as outras pessoas se seguravam.
Conforme caminhava para trás pela força da freada, lutando para não cair de bunda no chão, ele notou que havia formado uma aglomeração do meio para frente do ônibus, pois a parte de trás se encontrava vazia, fazendo-o estranhar, com o jovem de cabeça de estrela exclamando consigo mesmo:
- Não tem ninguém nos fundos do ônibus! Por que será...?
Então, ele ouve um som demasiadamente alto e estridente que o faz tampar desesperadamente os ouvidos com as mãos, enquanto pensava consigo mesmo, percebendo que vinha dos fundos do ônibus:
“Mas que barulho infernal é esse?”
Ao olhar para a origem do som ensurdecedor, ele arregala os olhos, começando a ficar apavorado ao identificar a pessoa sentada com grandes fones de ouvido e música barulhenta no último volume, pois mesmo com os imensos fones de ouvido, era possível ouvir os sons ensurdecedores.
“Essa não! É o Sozouji-kun da sala C!”
- Que poluição sonora. É por isso que ninguém chega perto. – ele comenta consigo mesmo, enquanto procurava se afastar o mais discretamente possível.
Porém, para desespero de Yuugi, o adolescente abre os olhos, demonstrando uma face irritada, enquanto ordenava:
- Volte aqui, Yuugi!
O jovem fica paralisado pelo terror, para depois engolir em seco, pois o que ele mais temia, aconteceu. Sozouji o havia visto.
O adolescente de fones de ouvido bate as mãos ao lado do seu banco, exclamando:
- Tem um assento aqui! Pode sentar! Eu tenho um assunto importante a tratar com você, Yuugi!
Mutou se encolhe, enquanto engolia em seco novamente, para depois, caminhar resignado até o lugar vago no assento como se fosse um condenado a morte.
Dentro do Sennen Pazuru, o forte medo de seu anfitrião fez Atemu ficar preocupado, pois ele podia sentir a intensidade desse sentimento e conforme acessava a visão do seu anfitrião, percebeu que a própria áurea do adolescente chamado Sozouji era maligna, por assim dizer. Era uma sensação demasiadamente forte, além do fato dele ser uma presença atemorizante para alguém como Yuugi, compreendo o medo intenso que irradiou em sua câmara quando a presença do jovem de cabelos tricolores foi percebida pelo outro adolescente, embora ele sentisse que o seu amado já havia tido alguma experiência atemorizante com o outro homem e ao pensar nessa hipótese, ele é tomado pela raiva.
Portanto, o espirito decidiu que iria entrar na câmara da alma de Yuugi em busca de alguma recordação envolvendo Sozouji, após o adolescente se encontrar na companhia de Yukiko, pois ela o protegeria, fazendo assim com que ele pudesse procurar as recordações que desejava, sem precisar se preocupar em vigiá-lo.
Enquanto tomava essa decisão, o Faraó torce os punhos, pois acreditava que era questão de tempo para aquele homem atormentar aquele que amava com toda a força do seu coração e a seu ver, qualquer um que infligisse qualquer tormento a um jovem tão belo de aparência, coração e alma, deveria ser punido severamente e ele confessava que nada lhe daria mais prazer que punir o adolescente que ousava aterrorizar uma alma tão gentil e pura quanto ao do seu anfitrião.
Suspirando, enquanto controlava a sua raiva, ele passa a assistir atentamente todo o desenrolar dos acontecimentos, enquanto estava sentado na espécie de trono, sendo que estava atento para reagir quando fosse necessário, com ele acreditando que isso não tardaria a acontecer.
Do lado de fora, após o jovem se sentar, Sozouji exibe um imenso sorriso, sendo que a forma como ele sorria, parecia mais um sorriso maligno do que qualquer outra coisa.
Então, o mais velho fala em um tom alto e igualmente agressivo, sendo o usual dele, uma vez que sempre falava em um tom demasiadamente alto:
- Eu estou pensando em realizar o meu tradicional show “All Night Solo Live”! Meus fãs devem estar com saudades da minha voz magnífica!
Yuugi suspira pesadamente, pois era o que ele mais temia.
Afinal, o “All Night Solo Live” era o temível show do Sozouji que se repetia uma vez por mês, sendo que Yuugi havia estado, infelizmente a seu ver, nesse show duas vezes, comprovando por si mesmo o quando era temerária a voz do homem, juntamente com o fato da música estar em um nível ensurdecedor, sendo que ele havia conseguido ocultar a sua ida das suas amigas de infância, pois não desejava sujeita-las a uma tortura brutal e havia ficado aliviado em ter conseguido poupá-las desse tormento e esperava conseguir poupar elas, novamente.
Sozouji sempre “convidava”, por assim dizer, algumas pessoas, ou melhor, vítimas, na visão de Yuugi, para uma sala de karaokê que era pago pelas mesmas pessoas que eram obrigadas a aceitar o convite por temerem retaliação, assim como foi com ele nas duas vezes que foi obrigado a assistir o show, com todos eles sendo obrigados a escutarem as suas músicas por uma noite inteira e ao ver de Mutou, este é o pior evento que alguém podia experimentar na vida, sendo que podia ser comparado com uma tortura brutal e igualmente cruel.
Inclusive, dentre os comentários daqueles que haviam sofrido esse tormento, havia aqueles que ficaram traumatizados ao ponto de precisarem de terapia, enquanto que outros exclamavam que nunca mais queriam ir, preferindo sofrer uma surra a ser torturado brutalmente por uma noite, assim como outros comentários de pessoas que ficaram três dias de cama por causa da dor de cabeça lacerante que sofreram, com ele ouvindo o caso de pessoas que imploraram, desesperadamente, por misericórdia em questão de minutos, sendo que havia outros relatos ainda mais desesperadores, sendo que o jovem de orbes ametistas não os condenava, pois havia experimentado o terror duas vezes e sempre questionava a si mesmo como havia sobrevivido ao tormento.
Ele sai dos seus pensamentos, quando Sozouji estende vários ingressos em uma das mãos, mostrando-as na frente do jovem de cabelos tricolores que arregala os olhos, enquanto ficava aterrorizado, conforme o adolescente falava:
- Portanto Yuugi, você vai vender entradas para o meu show!
- O quê?!
- É vinte pratas cada ingresso, mas se é para escutar a minha música, isso não é nada! Convide o máximo de garotas possíveis. Eu adoraria que dentre as garotas, estivesse a Yukiko-chan, Nuru-chan e Kisara-chan. Elas são lindas! Você é um cara de muita sorte em ter essas beldades consigo. Inclusive, a maioria esmagadora dos homens o inveja demasiadamente e pode me colocar dentre eles. Afinal, as três estão dentre as garotas mais lindas do colégio. Nós sempre nos perguntarmos o que elas veem em você. Afinal, não é forte e nem alto. Inclusive, é baixinho e tem uma constituição quase que delicada, além de não ser valente e sim, um covarde. – ele dá de ombros – Bem, vai entender as mulheres. Elas são demasiadamente complicadas. Se bem, que mesmo as outras que são bonitas, sempre procuram sair com homens que tem o meu físico. Só as três que parecem não seguir esse padrão.
- Elas são as minhas amigas de infância. – ele responde em um murmúrio, não compreendendo a necessidade imediata e igualmente automática que ele tinha de justificar a companhia delas.
- Bem, eu as quero em meu show. Portanto, as convide. Inclusive, diga a elas que para garotas tão lindas, a entrada é livre.
Yuugi pega os bilhetes com as suas mãos tremendo ao mesmo tempo em que suava intensamente, enquanto o seu coração batia acelerado pelo forte medo que o tomava, enquanto olhava aterrorizado para os bilhetes em suas mãos.
- O show será daqui a três dias! E você sabe o que te espera se não conseguir vender esses ingressos e não convidar essas beldades, certo? – ele pergunta, sorrindo malignamente, enquanto segurava um dos punhos, o estalando, para confirmar a sua ameaça, fazendo o mais novo engolir em seco.
Após alguns minutos, ele desce do ônibus junto dos outros alunos, com Sozouji fazendo questão de dar tapas nas costas do jovem que quase o jogam no chão ao fazê-lo perder o equilíbrio, enquanto sorria malignamente, falando em um tom de despedida, enquanto deixava implícita a ameaça:
- Bem, mal vejo a hora de ver as suas amigas e de ter os convites vendidos. Acredito que não vai se esquecer, certo?
Sem ter forças para falar por se encontrar atemorizado, Yuugi apenas consente fracamente, enquanto o mais velho se afastava gargalhando, enquanto voltava a ouvir a sua música em um volume ensurdecedor.
O adolescente de orbes ametistas suspira e enquanto caminhava para o colégio, se recordava do desejo dele, antes de subir do ônibus, esperando que acontecesse uma coisa legal. No final, a sua esperança foi esmagada brutalmente ao topar com Sozouji, acabando por fazer o seu dia péssimo, enquanto precisava gerenciar a ameaça dele.
Afinal, o jovem sabia que nunca condenaria os seus amigos ao tormento de ouvi-lo por uma noite.
Dentro do Sennen Pazuru, Atemu acessou as memórias de Mutou sobre o “All Night Solo Live”, ficando estupefato, inicialmente, pelo nível de atrocidade musical do adolescente, para depois ficar lívido com o tormento que o seu amado anfitrião foi exposto nas mãos do homem cruel e perverso.
Conforme imaginava o seu doce e amável, Yuugi sendo obrigado a ouvir aquela monstruosidade, a sua raiva subiu a ritmos alarmantes, jurando a si mesmo que se ousasse impor este mesmo tormento ao jovem de orbes ametistas, ele daria um destino que o faria desejar a morte, embora acreditasse que a morte seria boa demais para ele, que merecia ser atormentado pelo resto da vida pelo sofrimento que impôs aos demais, usando o próprio descaso de Sozouji para com os outros, contra ele mesmo.
Porém, ao mesmo tempo em que desejava trazer justiça ao adolescente de cabelos tricolores, se recordava do fato de que havia jurado evitar ao máximo o surgimento de lacunas nas memórias do jovem, pois para agir como desejava, ele precisava colocar o seu amado anfitrião em um sono forçado e isso fazia com que tivesse lacunas em suas memórias, acabando por alarmá-lo, sendo que não desejava impor esse sofrimento ao jovem, bastando os momentos que precisaria intervir.
Conforme surgiam esses pensamentos, ele começa a meditar sobre o seu curso de ação, sendo que era irredutível no fato de protegê-lo e em relação a Sozouji, Atemu acreditava que teria que intervir, considerando as memórias do seu amado anfitrião sobre ele e o show o “All Night Solo Live”.
No lado de fora, Yuugi entra na sala e se senta no seu lugar, quando ouve uma voz conhecida, o fazendo virar para a origem da voz, enquanto apoiava parte do seu queixo na mão, cujo cotovelo estava apoiado na mesma.
Chapter 34: A decisão de Yuugi
Summary:
Jounouchi e Yukiko ficam...
Yuugi se encontra...
Ele decide...
Chapter Text
- Ohayou, Yuugi-kun! – Yukiko exclama animada, o cumprimentando.
- Ohayou, Yukiko-chan.
- Fala aí, Yuugi! E aí, Yukiko-chan? – ele fala o final olhando para a albina.
- Eu estou bem e você, Jonouchi-kun?
- Bem, também.
Com a bochecha direita apoiada na mão, ele fala em um tom de desânimo, pois ainda se encontrava preocupado sobre os convites, sendo o mesmo tom que usou com a sua amiga:
- Ah! Bom dia, Jounouchi-kun.
O loiro olha da albina para o seu amigo, perguntando, enquanto colocava as mãos nos bolsos:
- Que desânimo é esse, Yuugi?
Mutou olha de canto para Yukiko que arqueava o cenho, sendo que conhecia aquele olhar nela, indicando que ela queria saber a causa do desânimo dele e em virtude disso, a albina dificilmente seria convencida de que não havia nada com ele, fazendo com que Yuugi desejasse poder enganar Katsuya, falando que estava tudo bem, pois já bastava a sua amiga de infância se encontrar preocupada com ele, sabendo que seria difícil fazê-la acreditar em sua mentira:
- Como assim? Eu estou ótimo.
O jovem de cabelos tricolores ficou aliviado ao ver que o loiro acreditou em suas palavras, para depois, começar a planejar alguma mentira convincente para a sua amiga, pois não queria vê-la se ferir por causa dele.
O jovem de orbes ametistas sai de seus pensamentos com as palavras do loiro que o deixam extremamente surpreso, para depois, ficar estupefato.
- Então, eu continuei procurando a estrela, mas parece que não tem ninguém no nosso colégio que seja uma artista famosa. – Jounouchi fala desanimado, após suspirar.
- Eu não acredito que você ficou procurando! – ele exclama, sem se conter, pois era quase que surreal.
- É serio que você ficou procurando uma estrela em nosso colégio?! – a voz da albina era de pura descrença, com ela conseguindo fingir que não sabia disso, sendo que sabia de tudo com antecedência, graças às visões que tinha do passado e do futuro.
- Claro! Afinal, há colégios que tem estrelas estudando neles. Portanto, havia a esperança de encontrar uma.
- Mesmo após sabermos que o furgão daquela emissora estava gravando o episódio de um programa que foi, inclusive, cancelado em virtude da doença misteriosa nos olhos do Diretor do mesmo? – Mutou pergunta com visível surpresa em seu semblante.
- Ainda podíamos ter uma estrela no colégio. O furgão podia ser apenas, uma coincidência. – o loiro fala ligeiramente envergonhado, enquanto coçava o queixo com o dedo, pois o que o seu amigo disse tinha um fundo de verdade e examinando atentamente a situação, devia ter desistido da busca no mesmo dia.
Yukiko e Yuugi abanam a cabeça para os lados, após suspirarem, sendo que o adolescente de orbes ametistas sabia que isso não era o suficiente para distrair a albina das suas suspeitas.
O loiro pigarreia, chamando a atenção deles, para depois falar, sorrindo imensamente:
- Como não encontrei uma estrela, eu tive uma ideia!
Tsukishiro arqueia o cenho, para depois, perguntar:
- Qual foi a sua ideia, Jonouchi-kun?
- Eu vou ser a celebridade número um do nosso colégio! – ele exclama com convicção, pondo uma das pernas em cima de uma das cadeiras.
A albina não estava olhando para ele e sim, para Yuugi, sendo que sabia o motivo dele estar assim e confessava que precisava de toda a sua força de vontade para não punir, pessoalmente, o bastardo que estava atormentando aquele que via como um filho querido.
O loiro percebe que Yuugi, nesse interim, estava olhando para a carteira com um olhar triste, enquanto seus olhos exibiam preocupação.
Então, ele se vira para o seu amigo e o chama:
- Yuugi.
Frente à menção do seu nome, Mutou ergue o rosto e exibe uma breve confusão ao sair dos seus pensamentos sobre os convites, virando na direção do loiro que põe as mãos em seus ombros, enquanto exibia intensa preocupação em seu olhar e semblante:
- Se está com problemas, me conte! Eu ajudo!
Ele fica estupefato ao ver a intensidade da preocupação do seu amigo, ao mesmo tempo em que via pelo canto dos olhos, Yukiko se aproximando, para depois perguntar, enquanto o jovem de cabelos tricolores se amaldiçoava por não ter disfarçado melhor a sua preocupação sobre os convites e a ameaça de Sozouji, decidindo que iria tentar com mais afinco ocultar o que o afligia:
- Eu também irei ajudar. O que está afligindo você, Yuugi-kun?
Após se refazer da surpresa pela preocupação do loiro, uma vez que sabia que a albina iria se preocupar como sempre fazia, ele consegue sorrir para tranquilizar ambos, enquanto falava:
- Não tenho nenhum problema, Jounouchi-kun e Yukiko-chan. Muito obrigado por se preocuparem.
Katsuya acredita em suas palavras, enquanto a albina finge acreditar, com o jovem agradecendo mentalmente a ambos, pensando o quanto era bom que Kisara e Nuru não estavam no colégio, graças a uma licença especial em virtude do torneio que seria realizado, uma vez por semestre, sendo que em outros torneios e competições, elas representavam a cidade e por causa disso, conseguiam licenças especiais, embora tivessem que repor as aulas perdidas, assim que voltassem. A licença apenas permitia que as faltas delas não fossem computadas e que se tivessem prova, elas fariam as provas que perderam em outro dia.
O motivo dele se sentir grato que elas não estavam no colégio é que ele precisaria convencê-las também, sendo que o adolescente se inclinava para o fato da albina não ter acreditado por completo nele ao contrário de Katsuya.
O jovem decide jogar esses pensamentos para escanteio, visando conversar animadamente com eles, para convencê-los de que não havia nada o afligindo, ao mesmo tempo em que decidia deixar a preocupação com os convites para outro momento, pois não queria levantar suspeitas.
Após voltarem do intervalo, ele arqueia o cenho ao observar que Jounouchi, junto de Honda, estavam ocultos na batente da porta com uma espécie de prancha de madeira não muito longa, com Yuugi desejando saber o motivo de ambos estarem escondidos e de portarem aquele estranho objeto em suas mãos, sendo que Yukiko estava no seu lado ao sentar na cadeira da carteira de um colega que não havia voltado do intervalo, com a albina dedicando um olhar condenatório para o ato deles, pois ao contrário do seu amigo que era demasiadamente inocente, ela sabia o motivo deles estarem ocultos com aquele pedaço de madeira largo em suas mãos, com a meia dragoa abanando a cabeça para os lados ao ouvir uma movimentação do lado de fora da porta.
Mutou e Tsukishiro observam um grupo de garotas entrando pela porta, conversando entre si e desconhecendo o fato de ter dois rapazes ocultos ao lado da batente, com o moreno exclamando, após posicionarem estrategicamente a espécie de tábua, embaixo da saia de uma das jovens:
- Tanque erótico, atacar!
Eles conseguem erguer a saia de uma das garotas, enquanto Yuugi exibia uma gota ao compreender o uso da tábua, para depois, abanar a cabeça para os lados, pois para desânimo dos dois pervertidos, a jovem que eles haviam levantado a saia para verem a calcinha usava uma espécie de shorts curto por baixo, bloqueando o que eles queriam ver.
Então, eles percebem um grupo de seis garotas surgir de trás da jovem, com ambos percebendo que eram amigas dela, com a adolescente contando o que eles fizeram.
Após o relato, as garotas fuzilaram os dois adolescentes com os olhos, sendo que quatro delas se afastam do local por alguns minutos, para depois, reaparecerem, segurando bokens em suas mãos, com ambos suando frio ao verem as espadas de madeira usadas para treino, fazendo eles se recordarem que quatro das seis garotas daquele grupo praticavam kenjutsu.
Então, a albina e o adolescente de cabeça de estrela observam os dois apanhando brutalmente das quatro garotas e quando elas terminam de vingar a amiga, Jounouchi e Honda se encontram no chão, feridos, sendo que Yukiko murmura, sorrindo:
- Bem-feito. Escolheram as garotas erradas.
Ela sabia que na linha do tempo original seria Anzu que teria a saia levantada, acabando por socá-los em seguida. Nessa linha do tempo alterada, eles acabaram fazendo isso com uma garota que tinha amigas praticantes de Kendou e que desejaram vingá-la.
As quatro garotas saem e voltam sem as suas bokens, com o grupo empinando o nariz, enquanto davam as costas aos adolescentes feridos que se encontravam no chão, com a albina achando merecida a surra que eles sofreram.
Yuugi vai até o loiro e o ajuda a se levantar, sendo que estende a mão para Honda, que olha com desconfiança para o jovem, decidindo ignorar a mão ofertada, com o loiro suspirando pelo seu amigo ser cabeça-dura, ainda.
Após se levantar, ele estende a mão para Hiroto que a segura, sendo que Jounouchi fala, sorrindo de forma confortadora ao ver a preocupação de Yuugi:
- Nós estamos bem. Acredite, quando brigamos com gangues, ficamos em pior estado. Nós vamos para a enfermaria, agora.
Mutou consente, sendo que ainda exibia preocupação em seu semblante, enquanto via o loiro se afastando com o moreno, com ambos se apoiando um no outro, conforme se dirigiam a enfermaria do colégio.
Tsukishiro coloca a mão em um dos ombros dele, fazendo o adolescente olhar para os orbes azuis da albina que demonstravam conforto, com ela falando em um tom de confiança:
- Eles vão ficar bem, Yuugi-kun. Quando eu batia neles, junto da Kisara-chan e Nuru-chan por ferirem você no passado, eles conseguiam se erguer, após algum tempo. Uma surra pequena dessas, não é o suficiente para feri-los gravemente.
O jovem não sabia se ficava tranquilo ou impressionado com aquela descoberta, enquanto agradecia mentalmente para o fato da sua amiga de infância ter se esquecido de que ele estava preocupado com algo, pois não havia voltado a perguntar sobre o motivo dele se encontrar cabisbaixo.
Após o início da aula, Jounouchi e Honda aparecem com curativos e um papel da enfermaria, o entregando para o professor que lê, para depois, consentir que eles entrassem na sala de aula, com ambos sabendo que não conseguiriam entrar sem aquele papel da enfermaria, atestando que eles estavam recebendo tratamento médico e por isso, não estavam na sala aula.
Enquanto o jovem observava os seus amigos, ele pensava consigo mesmo, exibindo tristeza em seu semblante ao se recordar dos vários convites em seu bolso esquerdo:
“Se eu tivesse contado para eles, eles teriam ido até Sozouji para brigar, sendo algo que não desejo, pois eles podem ser suspensos. Afinal, eu não quero que os meus amigos se machuquem por causa dele, sendo que também não desejo submeter as minhas amigas a voz repugnante dele.”
Conforme pensava nisso, surge em sua mente a ameaça que Sozouji fez contra ele, sorrindo malignamente, enquanto segurava um dos punhos, o estalando, para confirmar a sua ameaça, fazendo o mais novo engolir em seco:
“O show será daqui a três dias! E você sabe o que te espera se não conseguir vender esses ingressos e não convidar essas beldades, certo?”
Ele sai de sua recordação indesejada e suspira mais uma vez, enquanto tentava prestar atenção a aula, embora a sua mente estivesse sempre se recordando da ameaça e dos convites que se encontravam em um dos seus bolsos, enquanto tentava evitar que Jounouchui e Yukiko percebessem o verdadeiro estado dele e o que havia ocorrido naquela manhã, durante o percurso do ônibus.
Dentro do Sennen Pazuru, Atemu não estava surpreso pelos pensamentos do seu amado Yuugi. Ele sabia que o jovem nunca teria coragem de impor tal sofrimento aos outros, principalmente para os seus amigos.
Afinal, o seu anfitrião não era capaz de desejar o mal nem ao seu pior inimigo.
Conforme passava o tempo, o Faraó se preocupava cada vez mais com o jovem de orbes ametistas, pois Sozouji iria cumprir a sua ameaça, fazendo com que o espirito precisasse intervir, acabando por ocasionar a amnésia no adolescente de orbes ametistas e consequentemente, fazendo com que Mutou ficasse preocupado pelos lapsos de memória, sendo que ele não queria deixar o seu amado anfitrião perturbado.
Por isso, havia prometido a si mesmo intervir somente quando era necessário, para tentar reduzir ao máximo esses períodos de amnésia para não assustá-lo, demasiadamente.
Do lado de fora, o jovem de cabeça de estrela do mar continua fingindo que estava tudo bem com ele para não preocupar os seus amigos, enquanto ocultava a intensa preocupação que o tomava em relação aos convites.
Quando as aulas terminam, Jounouchi sai com Honda, após avisar Yuugi, enquanto Yukiko havia se dirigido até a biblioteca para entregar um livro, combinando de se encontrar com o seu amigo na saída, sendo que havia se afastado propositalmente.
O jovem de orbes ametistas se encontrava de frente para o seu armário, guardando os calçados que usava dentro do colégio, para depois, retirar os que ele usava na rua, enquanto pensava consigo mesmo, após suspirar:
“Eu não consegui vender nenhum ingresso.”
Conforme pensava nisso, se recorda do fato de que não teve coragem, ou melhor, crueldade de impor a alguém o tormento de assistir um show de Sozouji.
Inclusive, sempre que surgia esse pensamento em sua mente, ele declinava automaticamente ao se recordar do sofrimento que era ouvi-lo por uma noite inteira.
Então, após fechar o seu armário, ele avista Hanasaki, que estava cabisbaixo, sendo que ele se encontrava próximo dele e parecia ter um olhar triste e igualmente preocupado.
Por impulso, ao ser tomado momentaneamente pela exasperação, ele chega a pegar um dos ingressos ao colocar a mão nos bolsos e enquanto puxava, percebe o seu ato e torna a guardar o ingresso, enquanto ficava com raiva da sua fraqueza momentânea, criticando a si mesmo em pensamento, conforme sentia vergonha no que estava prestes a fazer movido pelo seu desespero:
“Não! Não posso fazer isso! Só porque nunca falei direito com ele, eu vou considera-lo menos que um amigo? Eu sou um idiota!” – o jovem de orbes ametistas termina o final golpeando a si mesmo na testa, enquanto cerrava os dentes.
Então, se recuperando, ele passa por Hanasaki, enquanto sorria, erguendo uma das mãos ao se despedir:
- Até amanhã, Hanasaki-kun.
O jovem ergue o rosto e murmura:
- Ah! Yuugi... – nisso, ele aparece com um ingresso do show de Sozouji em suas mãos, o oferecendo, enquanto falava gaguejando – É que... Você poderia comprar um ingresso?
Mutou fica estarrecido, enquanto assimilava o fato de que Sozouji havia feito mais uma vítima, além dele.
Chapter 35: A surpresa de Hanasaki
Summary:
Yuugi decide...
Hanasaki fica surpreso, quando...
Jounouchi decide...
No Doujou Futago Ryuu (道場双子竜 – Doujou dragões gêmeos)...
Chapter Text
- Seria bom se você pudesse comprar um... Eu tenho cinco ingressos comigo, mas não vendi nenhum. – ele fala com hesitação, ainda mostrando o bilhete.
“Eu tenho mais do que ele!” – Yuugi exclama em pensamento.
O jovem de cabelos tricolores finge um sorriso e pergunta:
- Você vai, Hanasaki-kun? Não parece tão animado.
O adolescente olha de lado, com uma face hesitante, mesclada a tristeza e fala em um tom próximo do murmúrio:
- Se eu disse isso, não acho que você irá... Mas, sinceramente, eu não quero ir.
“Claro que ninguém quer! É um tormento!” – o jovem de orbes ametistas exclama em pensamento.
Então, ele põe a mão no bolso, procurando dinheiro, enquanto falava:
- Custa duzentos iene, certo? Eu não tenho dinheiro agora. – ele para de mexer e olha para o seu colega, exibindo um sorriso no rosto – Por isso, vamos fazer o seguinte. Eu fico com todos os ingressos. Só preciso vender para alguém, certo?
Hanasaki fica surpreso e exclama:
- É sério?!
Yuugi consente, ainda forçando um sorriso, enquanto o jovem de cabelos castanho-claro perguntava com hesitação em sua voz, pois ainda assimilava o fato do seu colega se propor a vender os ingressos em seu lugar, não percebendo o fato de que Mutou sabia o valor dos ingressos, apesar dele não ter falado o valor para ele:
- Tem certeza disso, Yuugi-kun?
- Claro. Afinal, você não deseja ir. – o adolescente de expressivos orbes ametistas estende a mão em direção ao colega, reforçando o que ele havia dito.
Após o outro jovem passar os seus ingressos para Mutou, ele fala sorrindo, enquanto o via guardar em um dos seus bolsos:
- Eu fico te devendo essa, Yuugi-kun!
Nisso, eles se despedem e no alto das escadas, Hanasaki acenava, enquanto exclamava feliz:
- Valeu mesmo! Muito obrigado, Yuugi-kun!
Após se afastar, o adolescente de cabelos tricolores dá um sorriso resignado, olhando para o colega, enquanto pensava consigo mesmo:
“Para que ter mais de uma pessoa sofrendo?”
Naquele instante, Yuugi agradecia o fato de que Yukiko combinou de encontrá-lo no portão do colégio, enquanto que Jounouchi tinha voltado para a enfermaria para uma avaliação médica, junto de Honda, fazendo assim com que nenhum deles visse os ingressos.
O jovem de cabelos tricolores para em frente ao portão, decidindo apoiar as costas na parede, enquanto falava consigo mesmo, após se certificar que a sua amiga albina ainda não havia chegado, sem saber que foi proposital a ausência dela na saída:
- Agora, eu estou com quinze ingressos no bolso... Mas, isso não fará qualquer diferença. Eu não ia vendê-los mesmo.
Nesse interim, desde que o jovem desceu as escadas, o adolescente de cabelos castanhos claros comenta consigo mesmo, ainda sorrindo:
- Eu não sabia que o Yuugi-kun era um cara tão gente fina.
Sozouji aparece atrás dele e faz o jovem ficar aterrorizado ao ouvir a voz que mais temia em sua vida:
- Hanasaki! Eu vi e ouvi tudo o que aconteceu. Você é bem espertinho, hein?
O jovem olha com absoluto terror em seu semblante ao virar o rosto e ver a face maligna de Sozouji.
Então, inconsciente do fato de Sozouji ter descoberto o que Hanasaki fez, Yuugi sorri ao ver a albina se aproximando dele, sendo que fica mais feliz ao ver que Jounouchi a acompanhava, enquanto avistava Honda se afastando com as mãos nos bolsos.
Quando ambos se aproximam, Mutou pergunta:
- Fico feliz em ver que andará conosco, Jounouchi-kun! Achei que iria com o Honda-kun.
- Bem, eu troquei para amanhã. Afinal, eu ouvi vocês falando que iriam ao doujou dos pais da Kisara-chan e da Nuru-chan. Eu estou curioso para saber onde ele fica, sendo que também desejo ver o treinamento delas. – ele fala, sorrindo, enquanto evitava um rubor que queria surgir nele ao imaginar a bela morena na sua mente.
- E os seus machucados?
- Eu estou bem. Isso não foi nada. Como eu disse, nós já levamos surras piores oriundas de briga com gangues, embora nunca tenha chegado perto da surra da Yukiko-chan aqui, mesmo sem a ajuda da Kisara-chan e da Nuru-chan.
A albina sorri satisfeita com o comentário, enquanto Mutou ficava com uma gota, para depois, abanar a cabeça para os lados, voltando a sorrir, decidindo ignorar os ingressos em um dos seus bolsos.
- Bem, vamos lá! – o adolescente de cabeça de estrela exclama, sorrindo, enquanto erguia o punho.
- Nós podemos passar em um lugar para comermos algo, o que acha? Além disso, seria bom o Yuugi-kun avisar onde estamos indo. Você deveria avisar a sua família também, Jounouchi-kun.
- É mesmo! Vou ligar para o jii-chan! Ele pode ficar preocupado se eu não aparecer em casa. – o jovem falava, enquanto pegava o seu celular e após Sugoroku atender a ligação, ele conta os seus planos para a tarde, com o seu avô consentindo, para depois, se despedirem.
Após Mutou encerrar a sua ligação, o loiro fala, colocando as mãos nos bolsos:
- A minha imouto tem clube, agora. Quanto a minha okaa-san, ela não está nem aí. Ela só se importa com a filha. A única que se preocupa comigo e desaprova o que a nossa okaa-san faz, é a Shizuka-chan. Daqui a meia hora, ela sai do clube. Então, vou ligar, apenas, para ela.
- Eu lamento, Jounouchi-kun. – Yuugi fala tristemente, olhando para o seu amigo.
O loiro fica surpreso e depois sorri, pondo a mão no ombro do adolescente de orbes ametistas, enquanto falava:
- Eu não me incomodo mais. Isso não me machuca, mais.
Após alguns minutos, a albina comenta:
- Ainda devemos definir um local para comermos algo.
- O que acham do Burguer World? – Mutou pergunta timidamente.
- Perfeito.
- Também acho. – o loiro fala, sorrindo – Então, vamos ao Burguer World!
Nisso, Yuugi abre um imenso sorriso e exclama:
- Os hambúrgueres são deliciosos!
- Você adora hambúrguer, né? – o loiro pergunta em tom de confirmação.
- Sim. É a minha comida favorita, junto do shallot! E a sua?
- Bife, camarão e arroz com curry.
- Temaki de salmão cru e sushi de salmão. Também gosto de salmão cru com shoyou. Camarão frito é uma delícia.
- Você gosta de salmão, né? – o loiro pergunta, sorrindo.
- Sim. Mas gosto dele cru. Detesto quando ele é cozido. Também gosto de camarão, polvo e lula.
Então, eles conversam outros assuntos, enquanto se dirigiam ao Burguer World e após chegarem, sentam em uma mesa e fazem os seus pedidos, continuando a conversar, com Yuugi conseguindo esquecer os convites, enquanto se divertia.
Mais tarde, eles se dirigem até o doujou das gêmeas, com o loiro falando consigo mesmo ao olhar a placa ao lado da porta dupla, notando que o local era imenso e considerando que eram duas escolas distintas, uma de kenjutsu e outra de Kung Fu, era esperado que a área do doujou fosse enorme:
- Doujou Futago Ryuu (道場双子竜 – Doujou dragões gêmeos)... Imagino que a menção aos dois dragões seria uma alusão as duas escolas, certo? – ele pergunta em tom de confirmação.
- Sim. – a albina fala e depois, finge uma face estarrecedora – Quem imaginava que você seria tão inteligente?
O loiro revira os olhos, enquanto Yuugi exibia uma gota na cabeça, sendo que Katsuya pergunta em tom de confirmação:
- Você não vai me perdoar tão cedo por eu ter sido um imbecil com o Yuugi-kun, certo?
- Não.
- Não sei por que eu ainda pergunto. – o loiro fala, coçando a nuca.
- Yukiko-chan! – Mutou exclama com indignação para a amiga, que dobra os braços e olha para o lado.
- Deixe-a, Yuugi-kun. Eu não acho ruim esse comportamento. Conforme eu conheço você, mais eu sinto que sou indigno de perdão. Você não é culpado por eu ter uma genitora que não se importa comigo, além de possuir um pai que eu amava e que está ausente da minha vida por algum motivo. Eu acredito que ele está vivo em algum lugar e um dia, eu irei encontrá-lo.
- Mas...
Katsuya põe as mãos nos ombros do jovem de orbes ametistas, falando, enquanto sorria:
- Você sempre me surpreende. Eu noto a sinceridade em seus olhos e o perdão sincero que você dedicou para mim, mesmo após tudo o que eu fiz contra você. Você é realmente distinto e eu sou muito sortudo de conseguir um amigo como você, com um coração tão cristalino. Ademais, a Yukiko-chan está se esforçando para se dar bem comigo, assim como a Nuru-chan e a Kisara-chan. Mas elas têm as suas ressalvas e não as condeno, embora a Kisara-chan esteja mais perto de me perdoar totalmente ao contrário da Nuru-chan e da Yukiko-chan. Eu acredito que elas estão tentando se dar bem comigo por você ao vê-lo sendo feliz com um amigo. Só isso já é digno de elogios.
Mutou olha para a albina que fala, enquanto voltava a olhar para ele, sorrindo maternalmente:
- Ele está certo, Yuugi-kun. Nós não temos a mesma facilidade de perdoar do que você, com exceção da Kisara-chan que está perto de perdoá-lo por completo, pois ela lembra você, de certa forma. Quanto a Nuru-chan, vai demorar um pouco para obter perdão total dela, assim como o meu. Mas, por você, seremos civilizados com o Jounouchi-kun e até faremos de tudo para engajarmos uma amizade com ele. Você é o nosso primeiro e melhor amigo.
O jovem fica emocionado, com o loiro e a albina sorrindo gentilmente, para depois, se voltarem para o portão e após eles apertarem um botão, com a câmera capitando a imagem deles, eles são autorizados a entrar.
Katsuya fica surpreso com o visual do doujou, avistando duas placas a sua frente, uma em cada caminho, orientando onde era o doujo de Kenjutsu e o de Kung Fu, com a albina indicando o caminho do Kung Fu, falando:
- Elas comentaram que no final da tarde, treinariam no Doujo de Kung Fu, uma vez que a parte da manhã seria dedicada aos exercícios e treinos. Na parte da tarde, seriam as batalhas, sendo que pelo horário que passaram para nós deve estar terminando a batalha de Kung Fu. Depois, teremos a de Kenjutsu.
De fato, quando eles chegam à área destinada à batalha, eles observam Nuru enfrentando o seu pai em uma batalha, com o loiro ficando fascinado ao vê-la, tanto pela beleza que ela demonstrava nos golpes, quanto pelas habilidades dela.
Ele estava em uma perda de palavras, enquanto tinha a ilusão de ver dois dragões se enfrentando, sendo que a visão dela lutando era bela e igualmente imponente, o deixando surpreso, enquanto que os seus olhos não conseguiam desviar da morena, fazendo-o agir como um autômato ao se sentar no chão de tatame, junto dos outros, sendo que a albina notou o olhar dele e abana a cabeça para os lados, pensando consigo mesma:
“Pelo visto, nos universos em que a Nuru existe, ele sempre ficará perdidamente apaixonado por ela.”
A meia dragoa sai de seus pensamentos, enquanto começava a conversar em sussurros com Kisara, que estava próxima dali, sendo o mesmo para o Yuugi, que sentou ao lado da prateada e que não havia percebido o olhar perdido do seu amigo para a sua amiga.
Após meia hora, eles terminam a luta, com a adolescente conseguindo empatar com o seu genitor, sendo que Katsuya se ergue e aplaude entusiasmante, fazendo todos os outros olharem estupefatos para o entusiasmo, quase que indecente, enquanto que outros exibiam consternação, sendo que o genitor da morena sorria gentilmente, enquanto Nuru observava com surpresa em seu semblante, assim como a genitora das gêmeas, enquanto a morena lutava para controlar o rubor em suas bochechas, com a irmã notando a conduta dela e sorrindo consigo mesma, pois sabia da queda que ela tinha por Katsuya, assim como Nuru sabia dos sentimentos incompreensíveis que ela tinha pelo Seto Kaiba.
Yuugi se aproxima do seu amigo e fala próximo de um sussurro, enquanto exibia uma gota, sendo que estava corado pela atenção que estava recebendo:
- Jounouchi-kun – o loiro para de bater palmas e olha com uma face curiosa para o jovem de cabelos tricolores, enquanto arqueava o cenho – Estamos em um doujou e eles prezam a discrição. Você está chamando muita atenção.
Katsuya olha para o entorno, vendo a face dos outros estudantes e fica corado, para depois, se sentar, enquanto se sentia constrangido pelo olhar consternado que eles haviam lhe dedicado.
O mestre do estilo do Dragão se aproxima e comenta, sorrindo gentilmente:
- Vejo que temos visitantes. Eu conheço o Yuugi-kun e a Yukiko-chan. Qual o seu nome, jovem?
- Jounouchi Katsuya, senhor.
- Então, é Jounouchi-kun. Bem, fico feliz em saber que minhas filhas têm mais um amigo. Se quiserem, podem acompanhar a Kisara-chan. Ela vai treinar com a mãe dela.
- Obrigado, senhor.
Nisso, eles se levantam e seguem Kisara, sendo que o pai das gêmeas volta a ministrar as aulas.
- Você foi incrível, Nuru-chan! Parecia um dragão lutando! – Katsuya exclama ainda empolgado pela batalha que presenciou.
- Obrigada, Jounouchi-kun. É a última preparação, antes do torneio regional neste domingo. Usaremos o sábado para relaxar.
- É sempre bom relaxar, antes de uma competição acirrada. – o jovem de orbes ametistas comenta.
- Com certeza. – a albina fala, consentindo.
- Nossos pais frisaram a necessidade de dedicarmos o dia anterior de qualquer torneio para relaxar. Portanto, não vamos ao colégio. Pensávamos em sair à tarde, depois que vocês saíssem do colégio? O que acham?
- Eu adoraria.
- Eu também.
- Eu ficarei feliz em poder acompanhá-los.
- E o Honda-kun?
Chapter 36: O fascínio de Jounouchi
Summary:
Jounouchi fica…
Ele surpreende todos quando…
Katsuya decide…
Chapter Text
- Ele vai compreender. Qualquer coisa, eu compenso com dois dias seguidos na próxima semana.
- Podemos passear no shopping novo que abriu aqui perto. O que acham? – Yuugi pergunta, enquanto sorria.
- Você quer ver a nova loja de jogos arcade, né? – a albina pergunta, sorrindo.
Yuugi coça sem jeito o queixo, enquanto corava, falando:
- Bem, de fato, estava pensando em visitar essa loja. Mas, depois, podemos passear pelas outras lojas.
- Por mim, tudo bem. Não nos incomodamos. Jogos são legais. – Yukiko fala, sorrindo.
- Eu gosto de jogar. Podemos dar uma olhada juntos nos novos jogos. – Jounouchi fala, enquanto sorria.
- Então, vamos ao shopping, amanhã! – o adolescente de cabeça de estrela exclama empolgado, enquanto sorria, fazendo os outros sorrirem com o entusiasmo dele.
Nisso, eles chegam a área do doujou destinada ao kenjutsu e se juntam aos alunos que estavam sentados no tatame, enquanto observavam a sua sensei no centro, com uma katana embainhada em sua cintura, sendo que Kisara pega uma espada embainhada no apoio da parede e ajeita na cintura, para depois, ficar na frente da sua genitora, com ambas se curvando levemente, enquanto se cumprimentavam respeitosamete, para depois, colocarem uma das pernas flexionadas na frente do corpo e a outra, atrás, enquanto seguravam a bainha com uma das mãos e o cabo da katana com a outra mão, sendo que Yuugi explica para Katsuya em um tom próximo do sussurro:
- Essa é a posição do battoujutsu, que é a técnica do saque da espada. Sacar a espada com rapidez e eficiência é uma habilidade essencial. Inclusive, no passado, o samurai que era hábil no battoujutsu conseguia vencer a batalha antes mesmo de desembainhar a espada, sendo o corte apenas a conclusão da sua vitória, sendo que as sequências do battoujutsu se dividem em quatro fases que são chamadas de nukitsuke, kiritsuke, tiburi e noto.
- Incrível… – ele murmura maravilhado, tanto pelo conhecimento de Yuugi, quanto pelo que aprendeu naquele instante.
- Se prepare para ver mais dois dragões, lutando. – o jovem de cabelos tricolores fala, sendo que falavam em sussurros.
- Como você sabe disso?
- Bem, nós, eu e a Yukiko-chan, sempre visitamos elas em seu doujou e aprendemos algumas coisas. A Yukiko-chan também treina aqui.
O loiro olha espantado para a albina que consente, falando:
- Treino o Kung Fu e o Kenjutsu com ambas.
- E você, Yuugi-kun?
- Eu não gosto de violência. Mesmo que os estilos sejam usados para a proteção e nunca para a violência, não conseguiria agir dessa forma com outra pessoa.
- Eu não estou surpreso. Na verdade, eu ficaria surpreso se você praticasse. – o loiro falava, enquanto consentia, achando algo natural a aversão do adolescente à violência.
Nisso, eles voltam a prestar atenção e percebem o olhar que a prateada e sua mãe trocavam, com ambas mantendo as mãos nas espadas, sendo que o jovem de orbes ametistas sussurra para o seu amigo ao ver que ele não compreendia a demora do começo da batalha.
- Ambas estão analisando a sua adversária para determinar quando executarão o saque da espada. Fique atento, pois a qualquer momento, vai começar a batalha.
- Essas espadas estão afiadas?
- Não. São katanas usadas nos treinos, sendo que aquelas usadas nos torneios, também não tem lâminas. Há juízes que determinam o impacto dos golpes e analisam a execução das técnicas. Há nove pontos no corpo humano para ser atingido pela katakana, sendo vedados o karatake e o sakakaze. Os nove pontos são: karatake, sakagesagiri, miginagi, migikiriage, sakakaze, hidarikiriage, hidarinagi, kesagiri e o shitotsu. Mas saiba que para outras apresentações de demonstrações de cortes, eles usam katakanas com lâminas afiadas. As gêmeas participam dessa demonstração, junto da sua mãe e dos melhores alunos dela. Portanto, elas sabem manipular armas com lâminas afiadas, quando se faz necessário o seu uso.
O loiro exibe surpresa em seu semblante, olhando para o amigo, para depois, voltar a olhar para a Kisara e a genitora dela, com ele tendo a ilusão de ver dois dragões se encarando, esperando o próximo movimento do oponente, com Katsuya perguntando:
- Por que os movimentos karatake e sakakaze são proibidos, Yuugi?
- Bem, o karatake visa a cabeça ao acertar um golpe de cima para baixo e o sakakaze compreende um golpe na região na virilha no sentido de baixo para cima ou diretamente de frente.
- De fato, tem lógica eles proibirem esses dois movimentos em uma competição. A parte do sakakaze é mais voltada para os homens, né?
- Sim. Mas, as proibições servem tanto para a categoria feminina, quanto a masculina.
Então, após alguns minutos, eles observam o saque das espadas e a batalha começa, com o loiro ficando fascinado com os movimentos.
Após o término da batalha, sendo que havia ocorrido um empate entre mãe e filha, as gêmeas se aproximam dos seus amigos que haviam se levantando, sendo que Jounouchi estava empolgado pela batalha e demonstrava toda a sua animação ao comentar sobre os momentos que ele achou demasiadamente incrível, com o loiro não batendo palmas de forma indecente como foi com Nuru, pois ao sentir vontade de fazer isso, ele se recordou das palavras do seu amigo, pois se encontrava em um ambiente que prezava a discrição.
Após elas se despedirem da mãe delas, o grupo se afasta dos locais de treino, com as irmãs liderando um tour pelo doujou para o loiro, que ficava fascinado com tudo o que via, indo desde enfeites, esculturas e litografias, além de observar em um misto de estupor e admiração os diversos tipos de armas apoiadas nas paredes, sendo que Nuru decide apresentá-las, apontando para elas e falando os seus nomes.
- Essas são as armas japonesas usadas nas artes marciais. Temos o bo, hanbo, jo, kama, kunai, shuriken, kusarigama, kusarifundo, tanto, tonfa, naginata, bisento, yari, ashiko, jutte (十手), kusarijutte e mukujutte.
Após apresentá-las, ela decide demonstrar alguns movimentos básicos, para depois, ir até um conjunto de armas em específico, com eles notando a forma estranha da lâmina dupla, com ela explicando o motivo da aparência estranha:
- O jutte é uma arma usada para a prática do jittejutsu. Ela é utilizada como uma espécie de alavanca capaz de desarmar ou quebrar espadas, sendo que possuí duas variantes. Está é uma delas, a kusarijutte – ela a pega nas mãos e eles percebem que era apensada com uma espécie de correia e após fazer alguns movimentos, a coloca novamente no seu lugar de origem, apontando para a outra arma, ao lado desta – Essa é a outra variante, a mukujutte.
Então, após fazer alguns movimentos com ela, a morena coloca a arma de volta ao seu lugar e o grupo caminha para a outra parede, com a adolescente fazendo um gesto com a cabeça para a irmã que acena afirmativamente, com a prateada falando, sendo que haviam decidido alternar quem explicaria as armas:
- Essas são as armas chinesas usadas no Kung Fu. Temos a kwan, tai mei kwâ, san ti kwân, lean ti kwan, nunchaco, si mei kwân, san jie gun, juan sing, tchan, tan tau tchan, qiang, chan tau tchan, gi nga tchan, jian, tan kim, sheang kim, pei sao, tou, tan tou, pu dao, sheang tou, tai ma tou, wu tip tou, kan wan tou, kwan tou, kwan kun, kwan tou, tiě shān, kwan, nunchaku, tchen tan, sai, bi shou, ji bian, biān, dang, dao, shéng biāo, liúxīng chuí, fei biao, ge e jie jian.
Tal como a morena, a prateada também faz movimentos padrões, com o loiro se encontrando fascinado.
Então, Nuru caminha até outra parede que tinha lâminas diversas e fala:
- Essas armas são destinadas à prática do kenjutsu. Temos a bokken, katanas, wakizashi, kodachi, ninja-to, shinai, tanto e a sakabatou. Está última, como podem ver, tem a lâmina invertida. É a mesma espada usada pelo personagem Kenshin do mangá e anime, Rurouni Kenshin.
Ela também faz demonstrações através de alguns movimentos, sendo que o fascínio do loiro crescia, principalmente para aquele que ele amava com toda a força do seu coração, sendo que a morena podia sentir o olhar intenso do loiro quando ele a elogiava, com a jovem controlando o rubor em suas bochechas com muito custo.
Após apresentar as armas, as gêmeas convidam o grupo para jantarem e eles concordam, com todos se dirigindo para a parte dos fundos do doujou, que foi recentemente construída para servir como casa, sendo que haviam saído do apartamento há alguns meses, atrás.
Jounouchi surpreende todos quando demonstra as suas habilidades culinárias, sendo que Yuugi pergunta, curioso:
- Onde aprendeu a cozinhar?
- Sou autodidata. Eu aprendi a cozinhar para fazer comida fresca para a minha querida imouto, a Shizuka-chan. Nossa okaa-san trabalha fora e fica o dia inteiro no trabalho. Mesmo preparando comida para ela, a Shizuka-chan prefere a minha comida. Hoje, a nossa okaa-san está de folga, então, ela terá comida fresca, não precisando requentar, sendo que ela disse que preferia a minha comida ao da nossa okaa-san.
Ele nota o olhar surpreso de todos, sendo que a albina conseguia simular um rosto surpreso, pois sabia das habilidades culinárias dele, com o loiro arqueando o cenho, perguntando, enquanto terminava de preparar a melhor refeição que sabia fazer para impressionar a bela morena:
- Por que estão olhando assim?
- Eu acho que é porque estamos surpresos por alguém que adora brigar, saber cozinhar tão bem pelo cheiro delicioso que está se espalhando pela cozinha. - a prateada comenta – É uma visão que não combina com o seu tipo, por assim dizer.
- Verdade. Eu nunca conseguiria imaginar que você era tão prendado na cozinha, se movimento facilmente entre os utensílios e preparando comida facilmente. - a morena comenta, sorrindo.
Katsuya havia ficado imensamente feliz pelo elogio dela, demonstrando um imenso sorriso de satisfação em seu semblante por fazê-la ficar fascinada com as suas habilidades culinárias, sendo que a jovem controlava o rubor em suas bochechas, perante o sorriso que eclipsou a face do loiro.
Então, após terminar a comida, fazendo para os pais das gêmeas, também, os mesmos entram na cozinha e perceberem o cheiro delicioso, sendo que não estão surpresos pelas suas filhas terem convidado os seus amigos, pois era algo demasiadamente recorrente.
A mãe delas ajuda a colocar a comida nos recipientes, após o marido colocar os pratos, talheres e copos, com todos se sentando em seguida, após a comida ser colocada na mesa.
Após todos se servirem, eles elogiam a comida do loiro, com a mãe das gêmeas trocando algumas ideias com Katsuya sobre o preparo de alguns alimentos, com o adolescente ficando feliz em fornecer algumas ideias de preparo, para depois, todos conversarem assunto amenos, com os pais de Nuru e Kisara se encontrando curiosos sobre Jounouchi, sendo que todos ocultavam deles o fato do loiro ser tido como um dos valentões do colégio e que surrava gangues, apesar dele nunca mais ter praticado bullying com outro aluno, após fazer amizade com o Yuugi.
Após jantarem, a mãe das gêmeas pegas algumas sobremesas que fez mais cedo e coloca na mesa, com todos se servindo, para depois elogiá-la, sendo que o loiro ocultava perfeitamente o ciúme que o tomou em um determinado momento, em relação a Nuru e Kisara, por elas terem uma mãe amorosa, algo que ele não tinha, combinado a um pai gentil, sendo que a inveja era mesclada à saudade ao se recordar de seu genitor, sem saber o que o mesmo teria se tornado bêbado e agressivo alguns anos depois.
Ao perceber os sentimentos indesejáveis que estavam surgindo nele, ele os suprime eficazmente, pois foram esses mesmos sentimentos que o fizeram se revoltar com o mundo, sendo que agora, ele havia encontrado um grande amigo, enquanto se lastimava por tudo o que fez e por ter despejado a sua revolta mesclado a raiva contra Yuugi, que era apenas um inocente.
Então, o loiro fica aliviado ao perceber que esses sentimentos foram embora, decidindo que deveria superá-los ao não permitir que a sua mãe interferisse em sua vida de forma indireta, como vinha acontecendo, quando permitia que esses sentimentos o tomassem e gerenciassem o modo como vivia.
Portanto, ele lutava para diariamente para acabar com o controle que a sua genitora exercia nele.
Inclusive, era ciente que somente conseguiu perceber a influência dela em sua vida, após fazer amizade com Yuugi, passando a sentir que a sua vida havia recomeçado, sendo que sabia que até fazer amizade com o jovem de cabelos tricolores, havia feito algumas besteiras na vida, como se juntar ao Hirutani e a sua gangue, antes de conhecer Honda, com o loiro desejando deixar esse passado desprezível para trás, enquanto agradecia por não ter descido ao ponto de estuprar, o que era reconfortante, de certa forma, pois a sua vida havia se limitado a agredir e humilhar os outros, despejando a sua revolta e ira ao sentir ciúmes pela vida “perfeita”, a seu ver, que a outra pessoa vivenciava, passando a atormentar esse indíviduo, tal como foi com Mutou, por ele ter um avô amoroso e pela áurea gentil e igualmente bondosa que emanava dele em conjunto com a sua baixa estatura e aparência delicada.
Ele sai de seus pensamentos, quando Yuugi fala para as gêmeas:
- Estamos planejando ir amanhã, à tarde, para o shopping, após as aulas. O que acham?
- É uma ideia excelente. Será bom para relaxarmos. - a prateada fala, sorrindo.
- Com certeza. - a morena consente.
Nisso, eles conversam outros assuntos, com ambas dando ingressos vips para o torneio que seria realizado, com os três amigos ganhando esses convites, sendo fornecido um extra para que Shizuka pudesse ir junto dele, para depois, Yuugi, Yukiko e Jounouchi se despedirem das irmãs e seus pais, sendo que o loiro pergunta em um inseguro, após se afastarem do doujou:
- Eu estou pensando em convidar o Honda e se ele aceitar, iremos juntos aos torneios. Tudo bem?
Chapter 37: Kai
Summary:
Yuugi se encontra…
O grupo está…
Atemu se encontra…
Chapter Text
A albina estreita o cenho, mostrando seu desconforto com a provável presença do moreno, sendo que Yuugi sentia um leve receio e apesar de se sentir dessa forma, ele abana a cabeça para os lados, tentando dissipar tais sensações, para depois, falar com um sorriso genuíno:
- Claro. Mas não temos mais ingressos vips. Infelizmente, ele terá que pegar os ingressos normais para ver os torneios.
- Bem, eu e a Kisara-chan, temos mais um ingresso vip conosco, mas vamos entregá-lo pessoalmente ao jii-chan. - a morena chamava Sugoroku dessa forma, pois ele pediu que as gêmeas os chamassem de vovô quando eram mais jovens.
- Tudo bem. Eu também não sei se ele vai querer ir. Só estou perguntando, pois se Honda for, provavelmente, o encontraremos na entrada. Ou melhor, nós três estaremos lá, pois a minha imouto estará junta de nós.
- O fato dele se encontrar longe de nós, traz tranquilidade para mim. Não quero que o Yuugi-kun seja exposto a uma agressão verbal ou física por parte dele, apesar de não ter feito nada contra o Yuugi-kun, após você se tornar o seu amigo. Porém, eu ainda não acredito que ele será capaz de manter a sua língua “comportada”, por assim dizer.
- Por mim, tudo bem em convidá-lo. Ele é o seu amigo, também, Jounouchi-kun. - o jovem de orbes ametistas fala sorrindo genuinamente para o seu amigo.
O loiro consente, retribuindo o sorriso, sendo que Katsuya não está surpreso pela reação dele e da fala da albina, pois seria o esperado.
Inclusive, ele ficaria surpreso se ela não falasse nada sobre a presença de Honda.
Então, ao chegarem à esquina da Kame Game Shop, Jounouchi se despede de Yuugi, que é acompanhado pelas amigas até a loja do seu avô, com a prateada entregando pessoalmente o convite vip à Sugoroku que agradece, com o mesmo se despedindo delas, que por sua vez, se despedem do amigo e avô deste, antes de se afastarem do local, sendo que Yukiko somente havia se afastado da casa, após vê-lo entrar na segurança do seu lar e que era protegido pela magia mais poderosa que ela tinha em mãos.
Enquanto se afastava da loja, a meia dragoa suspirava tristemente, pois sabia que ao voltarem do shopping, no fim da tarde, Yuugi iria ao encontro de Sozouji, uma vez que o All Night Solo Live era amanhã, após o entardecer.
A albina fecha os punhos com fúria, decidindo que ampliaria a punição dele, após o mesmo ser punido por Atemu, além de garantir que ninguém mataria o bastardo, a seu ver, além de impedi-lo de se suicidar, tal como fez com os outros, pois a morte era boa demais para eles.
Afinal, eles mereciam sofrer pelo resto de sua vida pelos crimes que cometeram, principalmente contra o Yuugi, uma vez que o considerava como um filho querido.
Enquanto Mutou se dirigia ao seu quarto, após cumprimentar o seu querido avô na loja, sua mente volta a pensar nos ingressos em seu bolso, fazendo com que umas de suas mãos os tocassem, quase que inconscientemente, para depois retirá-la, decidindo que não pensaria sobre eles durante o dia, pois precisava prestar atenção nas aulas, para depois, dedicar a parte da tarde para se divertir com os amigos, pois não adiantaria ficar sofrendo por antecipação.
Com esse pensamento, ele retira o uniforme e toma um banho, sendo que dentro do Sennen Pazuru, o Faraó estava controlando a sua fúria, conforme sentia os sentimentos de desespero e medo do seu amado anfitrião, enquanto se recordava de que ele havia decidido sofrer sozinho ao salvar Hanasaki, sendo que não ficou surpreso com o ato do adolescente, pois, era o esperado, considerando a gentileza nata dele e o seu coração cristalino.
Inclusive, Atemu ficava revoltado pelo fato de uma alma tão gentil e pura, sofrer daquela forma nas mãos de monstros, pois Sozouji e os outros eram tudo, menos humanos. Eles eram perversos e malignos, sendo que sentiam prazer pelo sofrimento de uma alma amável e igualmente bondosa.
O espirito confessava que esperava conseguir o melhor momento possível para tomar o controle do corpo do seu anfitrião ao fazê-lo dormir profundamente, para que pudesse punir Sozouji em um Yami no Game, sendo que havia imaginado o jogo perfeito para ele e ao pensar nisso, sorri com imensa satisfação, pois o faria pagar por todo o mal que causou aos outros e ao seu amado Yuugi, além do sofrimento que impôs a terceiros com o seu descaso pelo volume demasiadamente alto.
Suspirando, ele encosta as costas no trono, decidindo suprimir a sua fúria, momentaneamente, para liberá-la, somente, quando fosse aplicar o Yami no Game.
No lado de fora, o jovem estava adiantando algumas lições que os professores passaram, para depois, guardar o material na mochila, se deitando na cama em seguida, uma vez que havia colocado o seu pijama estampado de estrelas, passando a olhar pela claraboia do seu quarto e que estava fechada, sendo possível observar o céu e a majestosa lua que se elevava na abóboda celeste.
Após suspirar, ele se vira e se enrola para dormir, acabando por adormecer profundamente, desconhecendo o fato de que o espírito que habitava o Sennen Pazuru havia saído como sempre fazia para observá-lo ao se certificar que o jovem estava dormindo em sono profundo.
Então, em um determinado momento, Yuugi se remexe em seu sonho, com o seu rosto se contorcendo de medo, sendo evidente o fato do adolescente se encontrar preso em pesadelo, fazendo com que o Faraó ficasse alarmado.
Rapidamente, ele passa a afagar os cabelos sedosos do jovem, murmurando palavras gentis, além de garantir que tudo ficaria bem e que era apenas um pesadelo, ao mesmo tempo em que fechava os seus olhos, enquanto se concentrava fazendo o olho de Wadjet do seu item brilhar intensamente, enquanto entrava na câmara da alma do jovem.
Ao entrar no cômodo, ele observa uma névoa escura o envolvendo, com o espirito notando que a câmara do jovem, anteriormente iluminada, se encontrava escura, demonstrando a manifestação dos seus pesadelos e ao compreender a fonte desse pesadelo que atormentava uma alma tão doce, a seu ver, Atemu segura o Sennen Pazuru em suas mãos, com o Sennen Aitemu refulgindo intensamente, enquanto surgia o olho de wadjet em sua testa, para depois ordenar de forma inflexível e autoritária em um barítono profundo e igualmente implacável:
- Desapareça!
Com a sua influência, graças ao seu acesso livre na câmara da alma do seu anfitrião, combinado ao poder do item, a espécie de névoa escura se dissipa e Yuugi passa a voltar a dormir profundamente, com o seu semblante retornando a tranquilidade serena, fazendo o espírito sorrir de alívio.
O mesmo abre os olhos no exterior e contempla a face serena de seu amado anfitrião, enquanto continuava com as carícias gentis e confortantes nos cabelos do mesmo, para depois, se ajeitar na cama dele, deitando de lado, ao mesmo tempo em que encostava o seu corpo translúcido nele, enquanto o observava dormir, afastando gentilmente a franja dourado do rosto do mesmo, para depois, dedicar um beijo casto em sua testa ao suprimir ferozmente a vontade de beijá-lo nos lábios, pois não achava justo roubar o primeiro beijo do jovem.
Ele apoia seu nariz nos cabelos sedosos, aspirando com contentamento o perfume inebriante do adolescente, enquanto que a luz que irradiava do seu coração cristalino confortava Atemu, que faria de tudo para mantê-lo brilhante, tal como a alma amável e gentil do jovem ao seu lado, se dedicando a velar o sono dele com puro amor em seus olhos.
Algumas horas depois, quando o despertador toca, o Faraó retorna para dentro do Sennen Pazuru, antes que fosse visto pelo seu anfitrião.
Yuugi acorda e boceja, para depois, esfregar os seus olhos, não se recordando do pesadelo em virtude do fato do Faraó manipular as suas memórias para que ele não se recordasse, enquanto o jovem continuava com a sensação de proteção e zelo ao acordar, por mais estranho que fosse esse pensamento.
Sacudindo a cabeça para os lados, ele toma um banho e se troca, para depois, descer com a sua mochila nas suas costas, a depositando na cadeira ao seu lado, enquanto se sentava para tomar o seu café da manhã, junto de Sugoroku, com eles conversando alguns assuntos amenos, enquanto se serviam de leite e dos demais alimentos dispostos na mesa.
Após comer, o adolescente de cabelos tricolores se despede do seu avô e sai de casa, indo até o ponto de ônibus, enquanto orava para não encontrar Sozouji, pois não queria antecipar o seu sofrimento no dia seguinte.
Após subir, o jovem consegue respirar com alívio ao mesmo tempo em que os seus batimentos cardíacos voltavam ao normal, quando percebe que o seu algoz não estava no ônibus, enquanto achava estranho o fato de não ver Hanasaki, uma vez que o seu colega sempre pegava o ônibus e raramente faltava no colégio.
Yuugi entra no colégio, ainda preocupado com Hanasaki, pois não o havia visto no ônibus e na sala de aula, sendo que havia notado isso, pois havia trazido o dinheiro para que o seu colega entregasse ao atormentador deles, para que não tivesse quaisquer problemas com o mesmo.
Conforme se passavam as horas, ele ficava cada vez mais preocupado com a ausência dele, enquanto ficava desanimado por não saber onde o jovem de cabelos castanhos claros morava, pois em decorrência desse fato, não tinha meios de procurá-lo para entregar o dinheiro e conforme percebia que não poderia fazer nada, suspira novamente e decide esquecer momentaneamente qualquer assunto referente aos ingressos do “All Night Solo Live” e do seu atormentador.
Então, o dia na instituição de ensino passa normal como sempre, com Mutou conseguindo se esquecer dos convites, sem saber que era influência de Atemu, pois, cada vez que a mente do adolescente tentava se recordar dos convites, contra a vontade inicial do adolescente, o Faraó fazia com que ele se esquecesse, para que o jovem pudesse ser feliz, antes do encontro com Sozouji no fim da tarde, do dia seguinte, após o torneio.
Na saída, Jounouchi, Yuugi e Yukiko esperam as gêmeas ao ficarem no lado do portão, sendo que elas surgem alguns minutos, depois e após se juntamente ao trio, o grupo sai em direção ao shopping, passando a conversarem entre si, com o espírito ficando feliz ao ver o seu amado sorrir imensamente, conseguindo sentir a felicidade dele que irradiava para dentro do Sennen Pazuru, enquanto continuava fiscalizando os pensamentos do jovem para que não surgisse a recordação dos convites e da ameaça.
Para poder fiscalizar melhor os pensamentos de Mutou, Atemu se encontrava com os olhos fechados e dentro da câmara da alma de Yuugi, sentado na cadeira da escrivaninha do cômodo que era uma réplica semelhante ao quarto real do menor, com a diferença de ter vários brinquedos espalhados no chão, demonstrando a inocência infantil que o mesmo possuía, de certa forma.
Enquanto isso, o adolescente de orbes ametistas se divertia o dia inteiro, seguindo os seus amigos pelas lojas, com eles dedicando um tempo maior a Loja de Arcade, sendo que Jounouchi fica surpreso ao vê-lo bater todos os recordes dos jogos, principalmente o recorde de um jogador chamado KAI que liderava o ranking de pontuações, desconhecendo o fato de que aquele apelido pertencia a Seto Kaiba.
Enquanto superava os recordes dos jogos de Arcade, atraindo muitas jovens que ficaram fascinados com a perícia do jovem de cabelos tricolores, o mesmo corava intensamente ao ver que era observado por várias pessoas, inclusive por Yukiko que sorria maternalmente, conforme ficava feliz ao vê-lo se divertir.
Após jogarem, eles se dirigem até a praça de alimentação e após comerem, eles frequentam mais algumas lojas, sendo que entram em uma loja de roupas e compram algumas roupas novas.
No final da tarde, eles encerram o passeio, com todos decidindo acompanhar Yuugi até a casa dele e após se despedirem, eles retornam para as suas moradias.
Na loja, o jovem de orbes ametistas expressivos entrega um enfeite para o seu avô na forma de um Ankh dourado que havia visto em uma loja que vendia bijuterias diversas.
Afinal, o adolescente era ciente do quanto o seu avô adorava o Egito antigo e de fato, ele havia ficado imensamente feliz com a lembrança, dando um abraço de urso no seu neto que quase perde o ar, com Sugoroku o soltando, enquanto pedia desculpas, pois havia ficado demasiadamente entusiasmado em virtude de ser uma réplica perfeita.
Yuugi o perdoa e após comer o jantar que o seu amado avô havia preparado, ele se despede dele, subindo para o seu quarto.
Após tomar um banho, coloca um dos seus pijamas favoritos e deita na cama, abraçando o seu travesseiro, enquanto se preparava para dormir, sem se recordar dos convites e da ameaça, permitindo assim que dormisse tranquilamente alguns minutos, depois.
Quando Atemu sente que o jovem havia adormecido profundamente, tornando seguro a sua saída do item, o Faraó sai do Sennen Pazuru na sua forma translúcida e passa a zelar o sono do macho menor ao deitar ao lado dele, na cama, sorrindo, enquanto afastava gentilmente uma das franjas de Yuugi ao mesmo tempo em que o observava dormindo, achando-o fofo, sendo que também zelava pelos sonhos do jovem para evitar que ele tivesse pesadelos.
Inclusive, frente a qualquer menção de um pesadelo, o Faraó iria suprimi-lo ferozmente, pois, nada deveria perturbar o sono de alguém tão fofo e gentil, a seu ver.
Chapter 38: Luta inconsciente
Summary:
Yuugi, seu avô e Yukiko chegam ao local dos torneios regionais e…
Após os torneios de Kendou e de Kung Fu, o grupo e a família das gêmeas decidem...
Então, após o entardecer, Yuugi se encontra...
Atemu fica...
Yuugi fica estarrecido quando...
Chapter Text
No dia seguinte, após tomar banho e se trocar, Yuugi desce para tomar o café da manhã, para depois, sair da loja, junto do seu avô, com ambos encontrando Yukiko.
Então, o trio passa a conversar entre si, conforme se dirigiam ao ponto de ônibus, com Atemu continuando a fiscalizar os pensamentos do adolescente para que ele não se recordasse dos convites.
Enquanto conversavam, o ônibus que eles esperavam para no ponto e os três sobem no veículo.
Após meia hora, eles chegam ao seu destino, passando a caminhar até onde seria realizado o torneio e conforme se aproximavam do local, se dirigindo para a entrada Vip, eles avistam Jounouchi e Honda na bilheteria de acesso comum, sendo que o moreno mantinha as duas mãos no bolso e uma face séria.
Ao vê-lo, Yuugi é tomado por um leve receio, para depois, suprimir a sensação que o tomou ao olhar para Hiroto, sendo que Sugoroku olhava normalmente para o moreno, sem saber que ele era um dos valentões que viviam atormentando o seu neto, agredindo-o verbalmente e fisicamente no passado, enquanto que Yukiko suprimia um rosnado e torcia os seus punhos discretamente, mantendo um semblante sério.
O trio se aproxima e o jovem de orbes ametistas cumprimenta ambos:
- Ohayou, Jounouchi-kun e Honda-kun!
- Yo, Yuugi! - o loiro o cumprimenta com um sorriso, enquanto que Honda apenas consentia com a cabeça.
- Bem, eu vou para a fila normal. Nós vemos depois, Jounouchi. - o moreno comenta, olhando para o loiro, que consente.
Após Hiroto se afastar, Katsuya suspira profundamente, sendo que o jovem de orbes ametistas fala em um tom próximo de um sussurro para que o seu avô não ouvisse, pois, se conseguisse escutá-lo, desejaria saber o motivo dele se culpar pela conduta de Honda:
- Desculpe. Por minha causa…
Jounouchi põe as mãos nos ombros do jovem de cabelos tricolores, enquanto falava seriamente em um tom próximo do sussurro:
- A culpa é toda dele. Afinal, em termos de teimosia e orgulho, ele me supera. Você não tem culpa de nada, ok?
O adolescente de orbes ametistas expressivos ergue o rosto e olha o semblante sério do seu amigo, passando a consentir, enquanto se sentia feliz pela demonstração de amizade do loiro, que por sua vez, sorri, consentindo.
- Acho melhor entrarmos o quanto antes. Precisamos pegar bons lugares, mesmo dentre os Vips. - Sugoroku comenta.
- Com certeza, jii-chan. - o jovem de orbes ametistas consente, enquanto sorria.
- Vamos lá! - o loiro exclama animado.
Eles desconheciam o fato de que Yukiko havia usado o bilhete vip dela para colocar uma magia no mesmo, visando influenciar os outros proprietários do mesmo tipo de bilhete ao fazê-los se atrasarem, garantindo assim que eles fossem os primeiros e somente quando escolhessem os locais para se sentarem, a albina cancelaria a magia que distraia os outros do torneio ao provocar uma leve confusão neles.
De fato, os outros ficam surpresos ao verem que eram os primeiros e após escolherem os melhores lugares, Yukiko libera a magia dos ingressos ao mesmo tempo em que fazia os portadores e aqueles próximos deles, esquecerem a confusão que os havia tomado para que não ficassem preocupados.
Sugoroku e os outros observam que os demais vips começaram a chegar ao local, tomando os lugares que haviam sobrado e após quarenta minutos, o primeiro torneio que era de Kung Fu, se inicia, com o apresentador surgindo no tatame para apresentar as candidatas ao título regional de Campeã do Kung Fu na categoria feminina, assim como a bancada de juízes que julgariam as lutas, sendo que ao lado desta, em outra locação, estava sendo realizado ao mesmo tempo, o da categoria masculina.
Depois de várias batalhas, com os amigos da prateada torcendo pela mesma, junto dos pais dela e irmã que estavam próximos do tatame, fornecendo apoio e posterior assistência quando ela saía da área, Kisara chega ao final do torneio e após executar um golpe certeiro, ela derruba a sua oponente da arena, vencendo a luta e se consagrando a Campeã regional de Kung Fu na categoria feminina.
Após a entrega dos prêmios e do troféu, o torneio de Kung Fu é encerrado para dar lugar ao de kenjutsu que começaria após o intervalo, para que todos pudessem comer algo e antes de se afastarem dos seus lugares por completo, Yukiko lançou uma magia neles, fazendo com que ninguém pudesse sentar nos lugares deles e de fato, após eles voltarem do almoço, os seus lugares estavam disponíveis e embora eles tenham achado estranho, uma vez que a maioria havia voltado antes deles, decidiram ignorar esse acontecimento.
Então, o torneio de Kendou começa, após o apresentador apresentar todas as competidoras e a bancada de juízes, com todos torcendo pela amiga, sendo que Jounouchi torcia para Nuru com demasiado entusiasmo, enquanto que os seus pais e a prateada estavam próximos da arena para torcer por ela e para posterior auxílio quando ela derrotava a sua adversária e saía do local para dar lugar às próximas competidoras.
Após várias batalhas, ela chega as finais e com um movimento certeiro de sua katakana de lâmina cega, Nuru consegue atingir a oponente com um golpe considerado mortal pelos juízes, após a morena desarmá-la através de um battoujutsu que foi perfeitamente executado.
A irmã de Kisara recebe o título de Campeã regional de Kendou na categoria feminina e após o término do evento, eles encontram as gêmeas, junto dos genitores e as parabenizam, com Nuru corando com a proximidade do loiro e o seu sincero entusiasmo com as batalhas, citando os momentos que havia apreciado.
O grupo resolve ir a um restaurante para comemorar a vitórias delas, com Katsuya os acompanhando, sendo que ambas haviam se trocado, antes de se retirarem do local ao se dirigirem aos vestuários anexos ao tatame. A prateada não usava mais o Tchen Moou I, que era o uniforme usado no Kung Fu e a morena não estava trajando mais o Kendogi, que era a roupa usada no Kendou, sendo que ambas estavam trajando vestidos que passavam dos joelhos, junto de sandálias nos pés pequenos e delicados.
Algumas horas depois, eles se despedem, com a família das gêmeas voltando para o doujou, enquanto que o loiro se dirigia para a sua casa, encontrando Honda no caminho, com ambos começando a conversar, sendo que Yukiko acompanhava ambos os Mutou até a Kame game shop e após se certificar que eles estavam na segurança da casa deles, a albina se retira do local, enquanto torcia os punhos, pois, aquele que via como um filho querido iria sair escondido da loja para ir até o local do “All Night Solo Live”.
A albina confessava que era preciso toda a sua força de vontade para não intervir antes do tempo, uma vez que deveria permitir que o Faraó aplicasse o Yami no game, antes que pudesse acrescentar a sua punição à Sozoji.
Meia hora depois, trajando o seu uniforme, pois temia não ter tempo para se trocar no dia seguinte ao mesmo tempo em que havia pegado a sua mochila, caso precisasse ir para o colégio direto por não ter conseguido voltar para casa em decorrência do “All Night Solo Live” durar a noite inteira, o jovem decide aproveitar o fato de Sugoroku estar no quarto dele para sair escondido pela claraboia, conseguindo fechá-la por fora, enquanto se esgueirava até um local onde ele podia descer em segurança para o chão. O motivo de sair escondido era para que não preocupasse o seu avô, além de não desejar mentir para ele caso fosse questionado para onde iria, embora soubesse que não teria escolha, caso não conseguisse voltar para casa, antes que o sol nascesse, uma vez que o seu avô sempre acordava ao nascer do sol.
Verificando novamente a sua carteira e celular, ele se afasta, sendo que dentro do Sennen Pazuru, Atemu estava enfurecido, pois, o seu amado iria até Sozoji e ele era plenamente ciente de que o outro iria puni-lo por não vender os ingressos e por não levar as suas amigas junto dele.
O Faraó confessava que estava ansioso para aplicar o Yami no Game, sendo que já havia escolhido a forma como seria aplicado, além de ter definido o destino do atormentador, assim que perdesse o jogo e considerando o coração dele, a derrota era inevitável, pois, o jogo revelava o verdadeiro caráter da pessoa e decidia o seu destino.
Meia hora depois, Yuugi se encontrava sentado no sofá comprido que ficava de frente para o palco, com o jovem possuindo guizos em suas mãos que estavam presos em duas tiras, uma em cada mão, sendo que foi obrigado a sacudi-los para anunciar o show.
Somente quando Sozoji subiu no palco e não avistou mais ninguém sentado nas poltronas, Mutou revelou que não viria ninguém, pois, ele não havia conseguido vender nenhum ingresso, fazendo com que o adolescente maior fosse tomado pela fúria ao ponto de falar com dificuldade em decorrência da raiva intensa que o tomava:
- Yuugi... o que você acabou de me dizer? – ele pergunta em um misto de incredulidade e fúria.
Então, ele avança e agarra furiosamente o adolescente menor pelas lapelas do uniforme, enquanto exclamava com incredulidade em sua voz:
- Não conseguiu vender um mísero ingresso? E quanto a aquelas beldades que andam com você?
Mesmo tomado pelo forte medo, o jovem de cabelos tricolores consegue responder as indagações furiosas dele:
- É que todos eles já tinham algum compromisso, inclusive as minhas amigas. Mas, eu posso escutar a sua música, sozinho.
- É o que você vai fazer mesmo! Não irá escapar! – ele estende fones imensos em direção ao adolescente – E vai começar escutando a minha música com isso!
Yuugi é obrigado a colocá-los e Sozoji conecta o plugue deles na caixa de som imensa dele, para depois, regular para o volume máximo, pegando o microfone, enquanto falava:
- Está é a minha música favorita!
Nisso, ele liga o microfone e começa a cantar, sendo impossível detectar qualquer letra ou melodia em virtude do fato dele ter uma voz abominável e que era agravada pelo volume extremo, fazendo com que fossem, meramente, gritos de estourar os tímpanos, com Yuugi fechando os olhos, enquanto pensava consigo mesmo, ficando surpreso por ser capaz de pensar naquele momento, enquanto sentia que os seus tímpanos estavam sendo levados ao limite:
“Isso não é voz humana!”
Enquanto o tormento ocorria, Atemu estava sendo tomado por uma fúria sem precedentes e que era intensificada ao sentir o sofrimento e o medo do seu amado anfitrião, enquanto amaldiçoava o fato de que não podia intervir, ainda, pois, não conseguia fazer Yuugi cair em um sono profundo na câmara da alma.
Pelo que o Faraó percebeu, o adolescente tinha percebido, de forma inconsciente, a sua existência e da mesma forma inconsciente que percebeu a presença dele, também lutava arduamente contra qualquer influência do espírito, bloqueando todas as tentativas para fazê-lo dormir, provavelmente, pela sensação de medo provocada pelo desconhecido e da existência de algo dentro dele, fazendo-o refutar veemente qualquer sugestão.
Claro, Atemu poderia forçar o jovem a adormecer contra a vontade dele, mesmo com essa parte inconsciente lutando arduamente para impedir isso, porém, acabaria sendo feito de uma forma igualmente brutal, podendo fazer o adolescente tomar ciência da sua existência de forma consciente, acabando por ser atrelado a um forte medo que poderia ocasionar complicações, além de uma resistência adicional, juntamente com o fato de poder levar Yuugi ao desespero por ser incapaz de conter a presença do Faraó, elevando o medo a um novo nível, sendo algo que o espírito não desejava, pois, ele ansiava que o adolescente de orbes ametistas tomasse ciência de sua existência, algum dia, sem ser atrelado a um medo intenso e igual temor.
Afinal, se visse o medo nas gemas preciosas que eram os olhos expressivos do jovem, Atemu sentiria uma dor imensa em seu coração, pois, não suportaria ver quem ama ter um forte e avassalador medo em seus olhos dirigidos para ele.
Por isso, vinha tentando, sutilmente, fazê-lo dormir, acabando por não usar todo o seu poder e influência contra essa parte inconsciente que lutava vigorosamente contra qualquer intromissão dele.
Do lado de fora, o atormentador termina de cantar para alívio de Yuugi, para depois, exclamar:
- Que maravilha! E antes de prosseguir com o show, eu apresentarei o nosso convidado de hoje!
Sozoji caminha até uma cortina imensa em um canto, com Mutou não compreendendo a que convidado se referia, pois, não havia vendido nenhum ingresso, assim como Hanasaki, pois, o seu colega havia entregado todos os seus ingressos para ele.
Então, as cortinas são abertas e Yuugi exclama desesperado ao ver o jovem de cabelos castanho claro ferido e inconsciente no canto do cômodo, com os óculos quebrados e apoiados precariamente em seu rosto, onde eram visíveis os hematomas e ferimentos pela surra aplicada nele:
- Hanasaki-kun!
Sozoji fala, enquanto olhava friamente para o adolescente espancado por ele:
- Veja só como ele está acabado... A culpa é sua, Yuugi, por pegar os ingressos dele.
Ainda com os fones de ouvido, o jovem de cabelos tricolores corre até o colega inconsciente e toca um dos ombros dele, começando a se desculpar ao ser tomado por uma culpa imensa frente às palavras cruéis do adolescente mais velho, fazendo a raiva de Atemu por ele aumentar ainda mais, se era possível, por ter incitado o seu amado a se sentir, erroneamente, culpado, sendo que o único culpado era Sozoji:
- Hanasaki-kun! – ele exclama ao ouvir o outro murmurar fracamente algo ininteligível – Me desculpe! Eu não devia ter feito isso!
O jovem de cabelos castanhos claros abre parcialmente um dos olhos, enquanto falava gentilmente, embora fosse visível a dor em seus olhos e voz:
- Yuugi-kun... A culpa não é sua. Você quis cuidar da minha parte. A culpa foi minha por querer empurrar os ingressos para você. Perdoe-me... – ele fala o final, fechando os seus olhos, pois, sentia dificuldade em se manter acordado.
- Hanasaki-kun! – Yuugi exclama desesperado ao ver o seu amigo fechar os olhos ao ser tomado pela exaustão e ferimentos.
Chapter 39: Yami no Geemu - Sozoji
Summary:
Atemu consegue...
Sozoji fica...
O Faraó decide...
Chapter Text
Naquele momento, tomado pelo desespero e pela culpa, juntamente com o pesar pelo estado do seu colega, a parte inconsciente que detinha a influência de Atemu até aquele instante, cede, permitindo que o poder do Faraó se estendesse na mente do jovem, fazendo-o adormecer na sua câmara da alma, sendo que o fato do adolescente de cabelos tricolores se encontrar esgotado pelo sofrimento que passou, juntamente com os sentimentos que o tomaram naquele instante, ele achou o sono bem vindo e por isso, inconscientemente, conseguiu silenciar a batalha da sua parte inconsciente contra o poder do espírito, combinado com o do Sennen Aitemu.
O olho de Wadjet brilha, enquanto Atemu tomava o corpo do seu amado, sendo que ainda não conseguia invocar sua estatura real, acabando por ficar, apenas, um pouco maior do que a altura do seu anfitrião e como precisava simular que era o Yuugi, ele exclama, sendo visível o fato dele torcer os punhos, enquanto exclamava com a sua voz barítono, imersa na mais pura raiva ao ter testemunhado a dor e o sofrimento daquele que amava nas mãos de Sozoji:
- Seu desgraçado! Como ousou fazer isso com o meu amigo? Isso é imperdoável! – após exclamar, ele encosta, discretamente, a sua mão no ombro do outro adolescente e usa o seu poder para envolvê-lo em uma névoa invisível aos olhos humanos, a menos que a pessoa fosse um mago, fazendo com que Hanasaki não despertasse sobre nenhuma hipótese.
Ele fez isso, tanto pelo jogo que seria aplicado, quanto para evitar que o outro adolescente percebesse a diferença no corpo e voz em relação ao que conhecia de Yuugi.
Afinal, os únicos que iriam conhecê-lo, por enquanto, seriam aqueles arrastados para um Yami no game.
Após se certificar que a sua névoa do sono envolveu por completo o jovem de cabelos castanhos claros, Atemu volta os seus olhos para o atormentador daquele que amava, enquanto pensava consigo mesmo:
“Sozoji, você vai pagar caro pelo que fez! Qualquer um que ouse machucar o meu amado Mou hitori no ore irá enfrentar a minha fúria sem precedentes!” – ele exclama em pensamento, com o semblante repleto na mais pura fúria, enquanto tirava os grandes fones de ouvido, segurando o fio com o plugue do mesmo em suas mãos, após, puxá-los da caixa de som, o desconectando.
O adolescente mais velho percebe isso e exclama arrogantemente:
- Não adianta fazer cara feia! Vai encarar, é?
Ele percebe que o semblante do jovem parecia diferente, com os olhos se encontrando muito mais estreitos, além do rosto estar ligeiramente anguloso, percebendo algumas franjas douradas arrepiadas e que ascendiam em direção a ponta dos cabelos, enquanto que a voz do adolescente, anteriormente suave, havia se tornado um barítono profundo.
O adolescente sacode a cabeça para os lados, tentando dissipar esses pensamentos que eram surreais, a seu ver.
- Sozoji, eu vou fazer uma pergunta – o Faraó fala, apontando o dedo indicador para ele – Você, por acaso, é um covarde?
Atemu pergunta com um sorriso no rosto ao se recordar do que planejou para ele e posterior destino que daria ao mesmo, apreciando com antecipação, as consequências do outro perdendo um Yami no Game.
- O... O quê?! – ele exclama, demonstrando raiva em seu rosto, apenas pela sugestão dele de não ser corajoso.
- Então, se você não é covarde, pode fazer um pequeno jogo comigo. O que acha?
- Jogo?
O adolescente olhava com visível surpresa para o espírito, enquanto pensava consigo mesmo, conforme se recordava do quanto havia achado estranho o jovem a sua frente, pois, além do físico e da voz parecerem diferentes, havia a postura e ele pensa, consigo mesmo:
“O que aconteceu com o Yuugi? Ele parece diferente! É como se ele fosse outra pessoa.”
- Podemos chamar de Chinmoku Game (沈黙ゲーム – Jogo do silêncio)! Antes de explicar as regras do jogo, eu preciso pegar alguns itens imprescindíveis para podermos jogar. – ele fala, tirando os fones e colocando em cima da mesa.
Atemu sai do local e volta para a loja do avô de Yuugi, entrando pela claraboia ao usar a mesma rota do seu amado anfitrião.
Ele desce silenciosamente as escadas para ir até a loja que ficava no térreo, pegando os dois itens que precisava, os colando em uma sacola, para depois, anotar a retirada deles no caderno de vendas para controle do estoque, após colocar o dinheiro pela venda deles na gaveta da caixa registradora, sabendo que eles pensariam no dia seguinte que fora um erro de contagem de dinheiro do caixa do dia anterior ao identificarem o dinheiro adicional, sendo que sabia como eles gerenciavam a loja por ter acessado as memórias do seu amado, quando ele ajudava o avô na loja.
Após se certificar que tinha tudo o que precisava, o espírito retorna para o quarto, ficando aliviado ao ver que Sugoroku se encontrava dormindo profundamente.
Depois que o espirito entra no quarto, ele sai pela claraboia, a fechando por fora, para depois, descer e pegar o ônibus até onde estava o atormentador daquele que amava, sendo que se encontrava ansioso para aplicar a penalidade do destino nele.
No local, Sozoji estava impaciente, sendo que acreditava que o adolescente havia fugido com a desculpa de pegar algo e frente a esse pensamento, errôneo, ele decidiu que iria surrá-lo violentamente quando o encontrasse, fazendo a surra de Hanasaki ser algo carinhoso comparado ao que faria com Yuugi.
Então, ele ouve o som da porta abrindo e percebe que o jovem havia voltado.
- Eu vejo que você voltou. Achei que tinha fugido.
- Se eu fugisse, não poderíamos jogar. Afinal, eu propus um jogo, certo? Ademais, eu demorei, pois, a maioria dos estabelecimentos estava fechada e os itens que eu precisava, não são populares para serem encontrados facilmente em muitas lojas.
Ele pega a sacola e coloca em cima da mesinha, recolocando os fones no ouvido, sendo que o outro comenta:
- Está colocando os fones?
- Você disse que era para eu usar os fones. O que eu propus foi um jogo. Isso não anula o que você disse, anteriormente. – ele fala, dando de ombros, sendo que o ato de voltar a usar o fone fazia parte do seu plano.
- Verdade. Eu tinha me esquecido. – ele fala arrogantemente, se sentindo satisfeito por ele estar cumprindo a sua ordem anterior.
Enquanto retirava os objetos e os posicionava na mesa, Atemu falava consigo mesmo, em pensamento e como estava de costas, Sozoji não havia visto o sorriso de triunfo dele:
“O fato de você me obrigar a usar esse fone, causará, em parte, o início do seu infortúnio ao mesmo tempo em que outro fator será crucial para a sua derrota.”
Após terminar de ajeitar os itens na mesa, ele explica, conforme apontava os objetos nos lados opostos da mesa:
- Isto é um brinquedo chamado “Sound Pierrot” que existe em algumas lojas – Sozoji observa os bonecos que lembravam palhaços, sendo que metade deles, para baixo, estavam dentro de uma espécie de copo metálico – Quando tem um som por perto, o sensor reage e ele começa a dançar. A regra é a seguinte. Depois que o jogo começar, nós dois devemos permanecer em silêncio. É simples, né? Os bonecos ficarão na nossa frente. Aquele que fizer o boneco começar a dançar será o perdedor! Combinado?
Sozoji sorri cruelmente e abaixando levemente os óculos de sol, ele pergunta:
- E se você perder, Yuugi?
Atemu sorri e fala com a sua voz barítono implacável e uma autoconfiança inabalável:
- Pode até me matar, se desejar. Mas se você perder irá receber um castigo.
- Interessante! – ele exclama, sorrindo, após planejar a punição para o jovem a sua frente.
Após apertar um botão nos bonecos, sendo que havia um timer de um minuto, antes que o sensor fosse ativado, o Faraó senta em seu lugar, enquanto Sozoji sentava no dele, no lado oposto, com o microfone na sua mão ao mesmo tempo em que Atemu fingia que estava distraído, conforme colocava a ponta do plugue do seu fone de ouvido apoiado na borda de um copo de água gelada, fazendo parecer que fora um lapso dele, sendo que fora proposital, assim como, a sua decisão de ligar os bonecos, não permitindo que a mão do seu adversário fosse para o item, pois, ele precisava que elas continuassem segurando o objeto que seria a perdição do seu adversário.
O Faraó sente e dobra uma das pernas em cima do joelho da outra perna ao mesmo tempo em que flexionava os braços, cruzando-os na frente do tórax, enquanto ambos eram envoltos nas sombras do Yami no game, sendo que um ser humano não podia ver, a menos que o invocador do jogo, assim desejasse ou se a pessoa fosse um mago.
Então, o espírito exclama em pensamento para que o Yami no game fosse iniciado:
“Geemu Sutaa (ゲームス ター Começo do jogo)!”
Atemu olha fixamente para frente, evitando olhar para o copo que estava ao seu lado onde havia apoiado o plugue, tanto para dar a sensação de que não havia percebido, juntamente com o fato de saber que fora um movimento ousado, mas, igualmente necessário para o êxito da sua vitória.
Após algum tempo, Sozoji estava demonstrando raiva em seu semblante, enquanto escorria uma gota de suor, pensando consigo mesmo:
“É estranho ter que me manter em silêncio nesta sala de karaokê que sempre preencho com um som alto. Mas, se eu ganhar, você irá escutar cem músicas minhas na sequência!”
Então, seus olhos vagam para o lado de esquerdo do jovem e observa que o plugue do fone de ouvido dele estava apoiado em um corpo com gelo e ao constatar isso, sorri consigo mesmo, achando que havia encontrado algo que faria o seu adversário perder o jogo, fazendo-o pensar consigo mesmo, mal escondendo a sua satisfação pela descoberta:
“Opa! O panaca do Yuugi não percebeu! O plugue do fone de ouvido está equilibrado na borda do copo. Daqui a pouco, o plugue cairá na mesa e eu vencerei esse jogo!”
Então, ele é tomado por uma imensa ansiedade, chegando ao ponto do seu coração bater rapidamente e fortemente, conforme olhava o plugue, na expectativa crescente do mesmo cair e conforme observava o objeto, a sua ansiedade aumentava ainda mais, se era possível, assim como a sua frequência cardíaca, conforme pensava consigo mesmo:
“Caia! Caia! Essa emoção é forte demais! O meu coração está batendo forte! Ainda, caia logo!” – ele exclama o final em pensamento, enquanto o seu rosto estava torcido pela intensa ansiedade que o tomava, chegando ao ponto de mesclar com a fúria pela demora, a seu ver, do plugue cair na mesa.
Conforme ele é tomado pela ira ao ver que o plugue não caía, seus batimentos cardíacos aumentavam demasiadamente, enquanto rangia os dentes, exclamando consigo mesmo em pensamento, com a voz repleta de raiva, mesclada com indignação:
“Droga! Por que não caí? Caia logo, desgraçado!”
Então, ele percebe os bonecos dançando, sendo que a sua mente se encontrava confusa, pois, o plugue não havia caído, o fazendo pensar consigo mesmo:
“Mas o plugue não caiu! Por que ele está dançando?”
- Por causa da batida do seu coração. – Atemu fala sorrindo com imensa satisfação, enquanto apontava para a caixa de som imensa, suspensa na parede, acima da cabeça de Sozoji.
O adolescente olha com horror as batidas do seu coração se propagando pelo ambiente e exclama com uma face repleta de consternação, mesclada a uma nítida confusão:
- O barulho do meu coração está saindo da caixa de som! Como isso é...! – ele para ao olhar para a sua mão, percebendo que o seu microfone estava ligado e que havia encostado o mesmo em seu tórax, sem perceber, fazendo-o suar frio – Meu microfone! E eu deixei no volume máximo!
Atemu se ergue, enquanto o olho dourado surgia em sua testa, brilhando intensamente, conforme falava:
- A sua mania de carregar o microfone e de ouvir música alta, sem se importar com o incômodo que causa aos outros, acabou sendo a sua perdição.
Sozoji fica horrorizado ao ver o jovem ficar parcialmente oculto pelas sombras, enquanto o olho dourado resplandecia e apesar de ser um fulgor dourado, o mesmo emitia intensos calafrios em sua espinha, enquanto era tomado por um terror indescritível e que ficou ainda mais intenso ao ouvir o espírito exclamando com uma voz barítono profunda e igualmente implacável, apontando o dedo em riste para ele:
- Unmei no Batsu Geemu (運命の罰ゲーム - Jogo de punição do destino)! Biido Festival (ビードフェスティバル – Festival do Beat)!
O adolescente mais velho, ainda aterrorizado pelo que viu e ouviu, começa a ficar apavorado, conforme sua audição era tomada pelo som intenso do seu coração batendo freneticamente e igualmente alto em seu ouvido, fazendo-o pensar consigo mesmo ao ser tomado por um medo intenso, se surpreendendo por ser capaz de pensar de forma coerente, mesmo naquela situação:
“O que está acontecendo? O som do meu coração está aumentando? Isso é impossível!”
O volume dos batimentos cardíacos dele aumenta ao nível de decibéis ensurdecedores, se tornando batidas violentas que o afligiam intensamente ao ser tomado pelo mais puro desespero, tampando, desesperadamente, os seus ouvidos com os dedos em uma tentativa inútil de silenciar os sons ensurdecedores que começavam a atormentá-lo, enquanto exclamava com a voz repleta no mais puro desespero ao ser tomado por uma agonia desesperadora:
- Alguém faça o barulho do meu coração parar!
Então, Sozoji desmaia pelo forte stress gerado pelo intenso desespero e terror, sendo que ele sofreria pelo resto da sua vida, enquanto que os psiquiatras achariam que ele estava louco, pois, somente ele ouviria esses sons ensurdecedores e sentiria o coração batendo freneticamente, por serem ocasionados por mágica, acabando por ser condenado a ficar em uma instituição psiquiátrica pelo resto da sua vida ao ser declarado como louco.
Atemu havia manipulado as memórias de Sozoji para fazê-lo esquecer de que Yuugi estava no local, assim como Hanasaki, sendo que o adolescente de cabelos castanhos claros também teve a sua memória modificada para fazê-lo se esquecer de que estava naquele local, com o espírito dando memórias falsas ao usar a sua magia e a do Sennen Pazuru para que ele pensasse que havia sido surrado por uma gangue no meio da noite, enquanto se dirigia ao local onde Sozoji estava, com o Faraó sabendo que Yuugi iria levá-lo para o hospital, acabando por não ir até a sala de karaokê do seu atormentador.
Depois, quando o seu amado fosse dormir, iria terminar de manipular a memória dele, para que o pensamento de não ter ido até o local ao se dirigir até o hospital, não atormentasse aquele que amava.
O Faraó somente iria libertar Hanasaki da névoa mágica do sono quando eles estivessem em um beco.
O espírito termina de modificar a memória do seu amado Mou hitori no ore, para que o jovem nunca soubesse que havia chegado até a sala de Karaokê de Sozoji.
Então, ele recolhe os “Sound Pierrot”, os guardando na sacola para evitar que houvesse qualquer investigação, pois, Atemu preferia agir com precaução, para que os seus atos não trouxessem qualquer consequência ao seu amado.
Ele somente havia enfraquecido parcialmente a névoa mágica do sono, para que o outro jovem pudesse andar apoiado nele, enquanto a sua magia, combinada com a do item, o mantinha em um estado semiconsciente.
Conforme se afastava, olhando para o atormentador do seu amado caído no chão, ele fala:
- Dizem que a batida do coração é de oito beats. Também dizem que em essência, isso é baseado na batida do coração e que é por esse motivo, que o rock deixa os ouvintes empolgados. Agora, você pode cantar a vontade no ritmo do seu coração. Isso faz de você um verdadeiro homem-karaokê.
Após sair do local, sabendo que alguém iria encontrar Sozoji em algum momento, ele joga a sacola com os “Sound Pierrot” em uma lata de lixo, pois, Yuugi estranharia o fato de tê-los em suas mãos.
Em seguida, após desprezar as sacolas, tomando o devido cuidado de remover e rasgar as etiquetas que denunciariam a loja que os vendeu, Atemu se dirige até um beco escuro e coloca Hanasaki no chão, fazendo-o adormecer, enquanto terminava de manipular a sua mente, para depois, retirar a névoa mágica em torno dele ao mesmo tempo em que estava manipulando as memórias do seu amado anfitrião.
Quando ele termina de manipular as recordações de Yuugi, ele se retira do controle do corpo, devolvendo-o ao jovem de orbes ametistas, cujas pálpebras se levantavam, gradativamente e quando termina de abrir os olhos, sentindo-se ligeiramente confuso, enquanto as memórias modificadas pelo espírito surgiam em sua mente, ele vê o seu colega caído no canto, sendo evidentes os ferimentos em seu corpo.
Rapidamente, ele vai até o mesmo e o ajuda a se erguer, apoiando o braço dele em seu ombro, enquanto o ouvia gemer, sendo que pergunta desesperado, conforme se preparava para se retirar do local, sabendo que havia um hospital a duas quadras de distância:
- O que aconteceu, Hanasaki-kun?
Ele fala algo inaudível, para depois, cair na inconsciência novamente, sendo que isso era ocasionado, em parte, pelo efeito colateral da névoa mágica do sono e que ainda persistia, por alguns minutos.
Então, reunindo as suas forças, enquanto controlava o terror por saber que não iria chegar ao local onde Sozoji estava, passando a temer pelas consequências, ele leva o seu colega do local, sabendo que nunca iria abandoná-lo para ir até o seu atormentador, mesmo que isso significasse um castigo sem precedentes, fazendo-o temer intensamente, enquanto engolia em seco.
Chapter 40: A preocupação de Sugoroku
Summary:
Yukiko decide...
Yuugi consegue...
Sugoroku se encontra...
Atemu decide...
Chapter Text
Sozoji se encontrava inconsciente quando Yukiko entra no local, após Mutou sair com Hanasaki, sendo que demonstrava o mais puro ódio em seu semblante, enquanto os seus olhos azuis faiscavam de pura fúria, conforme observava o monstro abominável que havia feito o seu querido Yuugi sofrer.
Após ficar na frente dele, ela dobra uma das pernas, enquanto concentrava a sua magia, para depois, sorrir de forma extremamente sádica ao visualizar a punição adicional que ele recebia pelo seu crime que era imperdoável, a seu ver.
Então, a sua mão direita é envolta em um brilho azulado, com ela encostando dois dedos na testa do mesmo, começando a entranhar a sua magia na mente dele e corpo, dando a mesma punição que deu a Ushio, fazendo com que ele ficasse preso diariamente em seu sono, durante a noite, somente acordando de manhã, sendo que teria pesadelos demasiadamente vívidos, dele sendo torturado de forma lenta ao ter o seu couro cabeludo, depois os dentes e em seguida, a pele, arrancados lentamente, sem conseguir ficar inconsciente e com o seu senso de dor ampliado em três vezes, tornando-o ultrassensível, para depois, ter os seus músculos arrancados, mantendo os seus órgãos, sendo que cada um dos seus ossos seria esmagado lentamente, para depois, ele ser curado, passando a ser estuprado no ânus e na boca por seres monstruosos com monstros no meio das pernas, sentindo que era rasgado, enquanto era penetrado, com o pesadelo durante até que acordasse, sendo que se recordaria dele e mesmo temendo dormir, dormiria a força, a noite, garantindo as doze horas de tortura e estupro noturno dentro da sua mente para o resto de sua vida, com este ciclo se repetindo todos os dias.
A magia da albina protegeria a sua mente para que não enlouquecesse e para garantir que sofreria todas às vezes, além de não conseguir falar para qualquer pessoa sobre os seus pesadelos, sendo que também impediria que alguém o matasse ao protegê-lo, assim como evitaria que ele se suicidasse, com Yukiko permitindo que ele morresse de velhice, após os cem anos.
Com o pesadelo vívido se iniciando naquele momento, sendo que ele não conseguiria acordar e ninguém conseguiria acordá-lo nesse momento, além de não demonstrar no seu semblante o seu tormento ao mesmo tempo em que não conseguiria gritar, ela se afasta, sorrindo satisfeita com a magia que usou nele, para depois, se retirar do local, sendo que o Unmei no Batsu Geemu de Atemu iria continuar para o resto de sua vida, quando ele ficasse acordado, garantindo assim que ele sofresse quando estivesse acordado e dormindo, tal como era com Ushio.
Usando magia para ficar invisível aos outros, ela abre as suas asas emplumadas no lado de fora e voa em direção ao céu, passando a acompanhar aquele que via como um filho querido e que lembrava a sua querida imouto, tanto nos olhos expressivos, quanto no seu rosto delicado e coração.
Ela avista Yuugi chegando até o hospital e prontamente, desce em direção ao solo, passando a usar magia para ficar invisível, enquanto seguia ambos pelas portas duplas da entrada.
Então, a albina observa Hanasaki sendo atendido pela equipe médica, enquanto Yuugi perguntava para o seu colega ao mesmo tempo em que ele era colocado em uma maca:
- Hanasaki-kun, qual o telefone da sua casa?
O jovem de cabelos castanhos claros estava parcialmente consciente e consegue compreender a pergunta, murmurando o número, antes que voltasse a inconsciência, com a equipe médica se retirando do corredor com a maca dele para trata-lo.
Decidindo ligar para os pais do seu colega primeiro em vez de ligar para o seu avô, ele pega o seu celular e liga, sendo que no quarto toque, surge a voz de uma mulher:
- Moshi moshi?
- É a okaa-san do Hanasaki-kun?
- Sim.
Yuugi começa a contar sobre o beco onde encontrou o colega inconsciente e ferido, fazendo a mulher do outro lado da linha ficar desesperada, para depois, surgir uma voz masculina, com o jovem acreditando pela entoação que era o pai do seu colega e que a mulher era a mãe.
- Eu não sei o que aconteceu. Eu estava andando quando o vi caído em um beco.
- Meu bebê! – a mulher exclama do outro lado da linha, tomando o telefone do marido – Em que hospital ele está?
Mutou informa o hospital e os pais se despedem, agradecendo pela ligação, antes de desligar o telefone.
Suspirando, ele liga para a sua casa e no sexto toque, o seu avô atende com uma voz sonolenta:
- Moshi moshi.
- Jii-chan.
- Yuugi?! O que está fazendo fora de casa? Não o vi sair. De onde você está falando? Que vozes são essas? – ele pergunta o final ao ouvir as vozes de pessoas indo até a recepção e de outros profissionais de saúde que passavam, conversando entre si.
Decidindo ignorar as primeiras perguntas, pois, não queria falar do real motivo de ter saído sem avisar, ele decide responder as duas últimas:
- Eu estou no hospital, pois...
- Você está bem? O que aconteceu? Está ferido? Como...? – ele começa a perguntar, demonstrando desespero em sua voz.
- Eu estou bem, jii-chan! Eu encontrei um colega ferido em um beco e o trouxe para o hospital. Eu já liguei para os pais dele, pois, antes de ficar inconsciente, eu consegui descobrir o número de telefone da casa dele – ele fala rapidamente, interrompendo as indagações do seu querido avô, visando acalmá-lo, antes que tivesse um enfarte.
O adolescente ouve um suspiro de alívio do outro lado da linha, com a voz de Sugoroku demonstrando calma, enquanto perguntava:
- Qual hospital você está? Vou me encontrar com você.
Yuugi fornece o endereço e o seu avô se despede, com o jovem sentando em um banco próximo da recepção, para depois, olhar atentamente para as portas duplas do hospital, enquanto suspirava ao pensar na punição que enfrentaria nas mãos de Sozoji por não ter comparecido ao local do “All Night Solo Live”.
O adolescente não percebe que gradativamente, passa a ignorar a punição que ele achava que sofreria, fazendo assim com que a sua angústia reduzisse de forma gradual, sendo que Atemu fazia isso da forma mais lenta e sutil possível, para que o seu amado não percebesse a mudança em sua percepção, fazendo com que o pensamento de punição ficasse cada vez mais retido em um canto da sua mente, de modo que o jovem julgasse que era ocasionado pela preocupação com o seu amigo.
Alguns minutos depois, um homem e uma mulher entravam apavorados pelas portas do hospital, com o adolescente notando que o homem lembrava o seu colega e rapidamente, se aproxima do casal que estava se dirigindo para a recepção:
- São os pais do Hanasaki-kun?
O casal olha para Mutou e acenam afirmativamente, sendo que o homem pega nos ombros do adolescente, sem apertar, embora segurasse firmemente e pergunta:
- O que houve?
- Eu não sei. Apenas o vi ferido e o trouxe até o hospital. Eu consegui que ele falasse o número de vocês para que eu pudesse ligar. O médico e a enfermeira estão com ele, agora.
O homem olha nos olhos expressivos do jovem que refletiam a sua alma, percebendo que de fato, o adolescente de orbes ametistas disse a verdade e suspira, para depois, consentir ao olhar para a esposa, que responde sem falar nada, enquanto consentia, fazendo com que qualquer hipótese do jovem a frente dele estar envolvendo com os ferimentos do filho de ambos, fosse disperso vigorosamente da mente de ambos.
Então, o adulto fala com lágrimas nos olhos, enquanto olhava para Yuugi:
- Muito obrigado, jovem. Muito obrigado mesmo.
- Sim. Muito obrigada! Eu temo o que aconteceria se você não o tivesse visto. – a mãe de Hanasaki abraça Mutou, após o marido dela se afastar do jovem.
Yuugi não consegue deter os seus pensamentos em relação aos seus falecidos genitores, fazendo com que se sentisse triste pela saudade que sentia deles, sendo que procura dispersar a tristeza o quanto antes, ficando aliviado ao fazer isso, pois viu o seu avô entrando no hospital, o procurando com os olhos até que o encontrou, passando a caminhar na direção do seu querido neto, após a mulher se afastar, se dirigindo com o marido para a recepção em busca de notícias do estado do filho deles.
Mutou evitava ficar triste na frente do seu avô, pois, Sugoroku sofria ao vê-lo triste e como tinha uma idade considerável, o adolescente queria, desesperadamente, poupá-lo de qualquer nervosismo.
Após abraçar o seu neto, ele se afasta e pergunta:
- O que estava fazendo fora de casa? Por que está com o uniforme do colégio? Se você queria sair, deveria ter me avisado.
O jovem suspira, sabendo que não tinha como ele ocultar os acontecimentos, embora tenha decidido não revelar o nome de Sozoji por temer o que ele podia fazer com o seu querido avô, caso o mesmo o confrontasse pelo que fez ao seu amado neto, além de ocultar que isso envolvia Hanasaki, também.
Afinal, não era o segredo dele para contar, pois, acreditava que o seu colega havia ocultado dos seus pais sobre Sozoji, assim como ele fez em relação ao seu avô.
Mutou olha rapidamente para os pais do seu colega e depois, olha para o seu avô, falando:
- Podemos falar naquele canto? – ele aponta para um local mais afastado.
Sugoroku consente e após se afastarem, Yuugi conta o que ocorreu, desde o dia do ônibus, quando encontrou Sozoji, ocultando o nome do adolescente, assim como os acontecimentos dos ingressos do Hanasaki até a noite que ele saiu escondido de casa, acabando por encontrar o seu colega inconsciente.
O mais velho havia ficado em silêncio, enquanto ouvia o relato do seu querido neto, sendo que torcia os punhos ao ver o quanto Yuugi sofria nas mãos de um monstro, pois, a seu ver, qualquer um que ferisse ou atormentasse o seu neto de alguma forma, era um monstro e não, um humano.
Ele inspira profundamente, enquanto observava o rosto de Yuugi sendo tomado pela ansiedade, mesclada ao receio e após suspirar, fala, colocando gentilmente as mãos nos ombros do jovem cabisbaixo a sua frente:
- Qual o nome desse monstro? Eu não ouvi o nome dele.
- Eu não quero contar. Desculpe, jii-chan. – ele fala cabisbaixo, não querendo encarar o olhar do seu querido avô.
- Yuugi...? – a voz sai em um tom próximo da súplica.
- Por favor, eu não quero, jii-chan. – ele fala um murmúrio, sendo implícito o seu desejo de não ser questionado sobre o nome do seu atormentador.
Os braços de Sugoroku caem no lado do seu corpo e ele suspira, sabendo que quando o seu neto desejava manter algo oculto, ele conseguia fazer isso, com ele acreditando que o motivo dele ser reticente em dar essa informação era para protegê-lo, sendo ciente que nada faria Yuugi mudar de ideia, pois, ele sempre protegia aqueles que lhe eram queridos.
O senhor suspira, para depois, falar, colocando uma das mãos em um dos ombros de Yuugi:
- Eu peço para me avisar se ele vier atrás de você. Ele pode feri-lo demasiadamente. Eu temo o que esse bastardo pode fazer com você.
- Eu sei... Mas, não se preocupe, jii-chan. Eu vou evitá-lo. – ele fala, forçando um sorriso, sabendo que seria impossível evitá-lo e que devia se preparar mentalmente para a punição que sofreria nas mãos dele.
Sugoroku se preparava para insistir com o seu neto, quando sente uma mão no seu ombro e ao virar o rosto, vê um homem com cabelos castanho claro, usando óculos no rosto:
-O senhor é o ojii-san dele?
- Sim. Eu me chamo Sugoroku.
- Nós somos os pais de Hanasaki, o jovem que o seu neto trouxe para o hospital – ele fala, apontando para ele mesmo e a sua esposa, antes de falar os seus nomes.
O avô de Yuugi os cumprimenta, para depois, a senhora falar com lágrimas nos olhos:
- Nós seremos eternamente gratos ao seu neto por ele ter encontrado nosso filho. Eu temo o que poderia ter acontecido com ele até que outra pessoa o visse desde que esta fosse tão bem intencionada e amável como o seu neto.
- O Yuugi é assim mesmo. Ele sempre irá socorrer os outros.
- Ele tem um bom coração. O senhor o criou bem. – o homem fala, sorrindo – Eu também estou em divida com o seu neto.
Nisso, as famílias conversam, assim como Yuugi, até que Hanasaki é levado para um quarto, após, as suas feridas e contusões serem tratadas, sendo que Sugoroku e seu neto se despedem deles, depois de se certificarem que o jovem estava bem, com os pais do mesmo os agradecendo novamente com lágrimas de gratidão nos olhos, antes de se sentarem ao lado da maca do filho deles.
A albina sabia o motivo de Yuugi ocultar do seu avô o nome de Sozoji, sendo que havia percebido que ele não estava mais angustiado, compreendendo que Atemu estava usando o seu poder mágico em conjunto com o do Sennen Aitemu para modificar a percepção do jovem, visando fazê-lo se esquecer da punição e sorri frente a este pensamento, pois, não suportava ver aquele que via como um filho querido ser atormentado por um bastardo que não oferecia mais qualquer perigo, uma vez que não podia mais atormentar ninguém por estar incapacitado para sempre.
Yukiko passa a voar, novamente, acompanhando o retorno de ambos até a Kame game shop.
Meia hora depois, neto e avô estão de volta à loja e após se certificar que ambos entraram na segurança da casa deles, a albina voa até o seu apartamento e pousa na varanda do mesmo.
Após recolher as suas asas imensas, ela entra na sala e se dirige até o seu quarto, usando magia para trocar as suas roupas pela camisola comprida que usava para dormir, dormindo em seguida com um sorriso no rosto ao se deleitar com a punição de mais um bastardo, sabendo que teria outros para punir, após o Faraó executar o Unmei no Batsu Geemu, com exceção daqueles que não o enfrentariam em um Yami no Game, se tornando presas exclusivas dela.
Enquanto isso, dentro da Kame game shop, na parte onde ficava a casa, Yuugi sobe ao seu quarto e fala ao avô que se dirigia para o quarto dele:
- Oyasumi, jii-chan.
- Oyasumi, Yuugi. – ele fala, sorrindo paternalmente, bagunçando os cabelos do jovem que sorri, para depois, entrar no seu quarto.
Após o jovem entrar no seu quarto, ele tira o seu uniforme e coloca o seu pijama, sem perceber que o pensamento da punição de Sozoji por não ter ido ao local do show, não surgiu em sua mente, desde que os pais de Hanasaki chegaram e sem perceber a ausência dessa preocupação, ele deita na cama e se cobre, sorrindo, enquanto dormia profundamente.
Alguns minutos depois, Atemu sai do item e deita ao lado do seu amado, afastando gentilmente a franja dourada do rosto do jovem, enquanto falava, exibindo um sorriso em seu semblante, conforme se preparava para velar o sono daquele que amava com toda a força do seu coração:
- Oyasumi, meu amado Yuugi.
Não conseguindo conter o seu impulso ao ser tomado pela visão angelical do adolescente, ele beija gentilmente a testa do jovem ao desviar dos lábios macios como pétalas de flor do seu amado anfitrião, pois, não queria roubar o primeiro beijo do jovem, para depois, envolver protetoramente um dos seus braços na cintura de Yuugi, enquanto apoiava a cabeça no cotovelo que estava dobrado, para ele ficar com a cabeça parcialmente erguida, visando velar o seu sono.
Chapter 41: Burger World
Summary:
Yuugi descobre...
Yukiko e as gêmeas ficam...
Jounouchi e Yuugi decidem...
Chapter Text
No dia seguinte, após tomar o café da manhã e se trocar, Yuugi pega o ônibus, não percebendo que desde que acordou, ele não pensou sobre a punição de Sozoji, sendo que encontrou no caminho para o ponto de ônibus, Yukiko, que o cumprimenta, com ambos conversando sobre vários assuntos e quando eles chegam o colégio, eles encontram Kisara e Nuru que os cumprimentam e conforme eles se dirigiam para a entrada, a prateada fala:
- Eu e a Nuru-chan, vamos até a secretária do colégio. Nós nos encontrarmos na sala de aula.
Yuugi e Yukiko consentem, com ambos andando pelos corredores, acabando por passar por um grupo de estudantes que pareciam demasiadamente animados, sendo que ao passar próximo deles, eles ouvem um deles comentar, com a albina fingindo que estava curiosa, embora soubesse antecipadamente qual era o assunto em decorrência do fato de ter uma audição apurada:
- Vocês ouviram? Aquele bastardo do Sozoji está internado em uma clinica psiquiátrica!
- Sim. Isso é uma notícia maravilhosa. E eu que pensei que não teríamos outra boa notícia como àquela do Ushio internado em uma instituição psiquiátrica. Agora, mais um desgraçado, enlouqueceu!
- Isso é maravilhoso!
- Mas, não acham isso estranho? – um deles perguntou.
- E alguém se importa? Eles eram bastardos! A meu ver, foi um benefício ao mundo, eles estarem confinados em hospícios.
Então, o jovem se afasta, digerindo a surpresa pelos acontecimentos, passando a ficar aliviado ao saber que não seria punido, enquanto arqueava o cenho ao perceber que desde aquela manhã, o pensamento de punição sequer passou pela sua mente, com o jovem acreditando que isso era ocasionado pelo que aconteceu a Hanasaki, fazendo Atemu suspirar aliviado ao detectar os pensamentos do jovem.
Afinal, ele conseguiu conter essa preocupação de forma sutil, sem que Yuugi percebesse, conscientemente, a sua presença.
- Eu fico feliz em saber que mais um bastardo não pode mais ofertar qualquer ameaça a terceiros. Ushio era um bastardo, tal como esse Sozoji – a albina comenta com um imenso sorriso no rosto – A Kisara-chan e a Nuru-chan vão ficar felizes, também. Quem dera que mais desgraçados se ferrassem.
O jovem de cabelos tricolores não compartilhava da felicidade da sua amiga, pois, não conseguia odiar ninguém e inclusive, sentia pena dos adolescentes que foram parar em instituições psiquiátricas. Mesmo em relação à Ushio, ele tinha pena.
Afinal, era incapaz de odiar alguém. Poderia ter raiva, mas, esta passava e mesmo tomado pela raiva, nunca desejaria qualquer mal ao seu agressor.
O Faraó não estava surpreso pela linha de pensamento do seu amado, sendo plenamente ciente que ele protegia o inimigo, se fosse necessário, pois, sabia do coração cristalino e puro que Yuugi tinha, fazendo com que tais pensamentos e ações fossem esperados.
Inclusive, ele ficaria surpreso se o jovem agisse e pensasse de forma diferente e ao mesmo tempo em que esse coração cristalino era lindo, a seu ver, também era preocupante, pois, pessoas com esse coração se tornavam alvo fácil da maldade de monstros que torturariam e machucariam uma alma gentil, sem titubear.
No exterior, Yuugi comenta:
- Eu estou com pena dele. Também tenho pena do Ushio-kun. Eu sei que é um absurdo, pois, ambos eram malvados e que isso faz com que eu seja estranho para os outros, considerando o mundo em que vivemos, mas... – ele fala sem jeito, se atrapalhando com as palavras, enquanto comentava cabisbaixo.
A albina sorri maternalmente e fala, pondo a mão no ombro do seu amigo:
- Se você pensasse de forma diferente, eu iria me surpreender. Eu já esperava tal reação, Yuugi-kun.
Orbes ametistas expressivos se voltam para o rosto gentil da albina que fala, sorrindo maternalmente:
- Você tem um coração cristalino e consequentemente, uma alma gentil, pura e linda. Você é lindo tanto por fora, quanto por dentro. Não sinta vergonha de pensar dessa forma. Você é como uma joia preciosa nesse mundo, que não merece alguém tão precioso. O mundo é que não é digno de você e não o contrário, Yuugi-kun. – ela termina o final, o afagando de forma maternal.
Mutou cora levemente e pensa o quanto aquele semblante recordava o da sua mãe, assim como o toque em seus cabelos, pois, o fazia se recordar da sua genitora, percebendo que sempre tinha a sensação, quando estava com a albina, de que ela era como uma mãe.
Claro, era um pensamento estranho, mas, o adolescente não podia negar a estranha sensação de ser envolto em um calor maternal quando estava junto de Yukiko, sendo algo que ele sempre sentiu e que não falava para a sua amiga, pois, achava demasiadamente estranho.
Atemu também conhecia esses pensamentos e concordava com o seu amado que eram estranhos, mas, não tinha qualquer reclamação.
Claro, no início, ficou com ciúmes da albina até que percebeu pelos gestos dela, que ela não tinha interesse amoroso nele e que o seu amado a via como uma mãe, algo que o deixou estarrecido, considerando o fato de que Yukiko era uma das amigas de infância de Yuugi e conforme observava a interação dela com ele, o espírito descobriu o quanto esse sentimento maternal era impossível de ser confundindo com uma grande amizade, como era com as gêmeas. Os sentimentos eram puramente maternais, algo que agradou o Faraó, ao mesmo tempo em que o deixou surpreso.
Ao chegar à sala de aula, Jounouchi o cumprimenta, antes de se sentar com Honda, sendo que o loiro havia avisado que iria andar com Hiroto, conforme havia prometido ao moreno.
Assim que Mutou e Tsukishiro sentaram, as gêmeas apareceram e se sentaram nos seus respectivos lugares, enquanto eles esperavam o professor entrar na sala de aula.
O jovem olhou discretamente para o assento que era de Hanasaki, percebendo que ele estava ausente e considerando os ferimentos dele, Yuugi não estava surpreso, sendo que acreditava que demoraria alguns dias para que o colega voltasse para o colégio.
Algumas horas depois, durante o intervalo, o jovem de orbes ametistas estava junto das suas amigas, enquanto que o loiro, fiel a sua palavra, estava com o seu amigo, um pouco longe dali.
Então, enquanto comiam os seus obentou, o jovem de cabelos tricolores conta sobre ter encontrado Hanasaki na rua, conforme voltava para casa ao encontrar um motivo para estar fora de casa ao mesmo tempo em que não precisava dar maiores explicações.
Ele também contou sobre o estado dele e a ida ao hospital, fazendo as garotas ficarem surpresas, sendo que a albina conseguia fingir com perfeição a sua surpresa, com a morena comentando:
- Você fez uma boa ação, Yuugi-kun.
- Com certeza. Ainda bem que você o encontrou. – a prateada comenta, exibindo uma face de alívio.
- Provavelmente, pode ter sido alguma gangue. Eles amam atormentar aqueles que são mais fracos do que eles e agem em grupo, demonstrando o fato de que não passam de covardes. – a albina comenta, fingindo estar pensativa.
Os outros consentem e depois, Yukiko conta sobre o que aconteceu a Sozoji para as gêmeas, fazendo-as sorrir, enquanto achavam que era uma excelente noticia, sendo algo que não surpreendeu o jovem, que ainda continuava sentindo pena dele e de Ushio.
Então, eles passam a conversar outros assuntos e após, terminarem os obentou, eles voltam para a sala de aula, conforme o sinal do término do intervalo ressoava por todo o colégio.
Alguns dias depois, durante a madrugada, mais precisamente no presídio de Dominó, as sirenes são tocadas, indicando a fuga de um bandido e no lado de fora do presídio, próximo de uma das paredes, o fugitivo com cabelos espetados e com tatuagem na testa de três setes, juntamente com a palavra fever tatuada na bochecha esquerda, segurava um revólver em uma de suas mãos e na frente dele, jazia um guarda do presídio que foi morto, sendo que o criminoso gargalhava, enquanto sorria imensamente, falando consigo mesmo ao mesmo tempo em que erguia a arma rente ao rosto:
- Eu li no horóscopo de hoje que é o meu dia de sorte! Portanto, ninguém vai me impedir de fugir dessa gaiola.
Então, ele gargalha novamente, enquanto fugia, gritando consigo mesmo em êxtase pela sua fuga bem sucedida:
- Eu estou com sorte! Não vão me pegar!
No presídio, o responsável pelas comunicações envia uma mensagem de rádio para a polícia de Dominó para alertar da fuga, após identificarem o detento que fugiu:
- O presidiário setecentos e setenta e sete escapou do presídio! Ele matou um guarda e está em fuga! O fugitivo está armado e seguindo em direção à cidade! Ele é perigoso! Tomem cuidado!
No dia seguinte, no colégio, Yuugi, Yukiko, Kisara, Nuru e Jounouchi estavam conversando, após o término das aulas, sendo que o loiro exclamava, enquanto se espreguiçava:
- Ufa! Acabou! Acabou! – ele olha para o seu amigo e depois, para as outras – O que acham de passarmos em algum lugar na volta?
- Por mim, tudo bem. – o jovem de orbes ametistas fala sorrindo.
- Infelizmente, não poderemos. Eu, a Kisara-chan e a Nuru-chan temos que ir a um lugar agora à tarde. Tudo bem? – a albina pergunta, sendo que sabia o que aconteceria e por isso, havia usado a sua magia para convencer as gêmeas a seguirem ela, após dar uma desculpa para a presença de ambas junto dela.
- Oh! Tudo bem. – ele consente, sorrindo.
- Tudo bem mesmo, Yuugi-kun?
- Sim, Kisara-chan.
- Jounouchi-kun, você vai acompanhá-lo até em casa, certo? – a morena pergunta ao loiro, corando levemente.
- Claro! Pode deixar comigo.
Yuugi coça o queixo levemente, pois, elas sempre eram protetoras, sendo que ficava feliz ao ver que estavam começando a confiar nele, principalmente a albina.
Afinal, era um voto de confiança imenso.
Então, elas se despedem, deixando Yuugi e Jounouchi sozinhos, com o jovem de cabeça de estrela, exclamando animado:
- Abriu uma lanchonete nova chamada Burger World! Dizem que o hambúrguer de lá é delicioso! – ele exclama, demasiadamente, empolgado.
Jounouchi ri levemente e depois fala, com um imenso sorriso no rosto:
- Você gosta mesmo de hambúrguer, hein?
- Claro! – o jovem consente, sorrindo brilhantemente.
- Combinado! Vamos para o Burguer World! – o loiro exclama com o braço para cima, animado.
- Yes! – o adolescente de cabelos tricolores ergue os dois braços com animação.
Então, eles saem do colégio em direção ao estabelecimento, enquanto conversam assuntos diversos e ao chegarem na entrada do estabelecimento, surge uma garçonete de cabelos ruivos que exclamava animada:
- Sejam bem-vindos! Vocês querem uma mesa para dois? Acompanhem-me, por favor!
- Claro.
- Com certeza.
Nisso, eles a seguem, sendo que na linha do tempo original, eles teriam seguido Anzu até o local e acabariam recepcionados por ela.
Então, eles são levados até uma mesa, sendo que próximo deles, no lado direito, havia uma família com duas crianças pequenas que não possuíam mais do que sete anos e em outra mesa, no lado esquerdo deles, se encontrava um grupo de garotas da mesma idade de Jounouchi e Yuugi.
Elas conversavam de forma estridente, enquanto riam, com a morena de olhos azuis, comentando:
- Eu fico feliz de termos conseguido vir para essa lanchonete com drive thru. Eu ouvi falarem muito bem desse lugar. Os meus pais são meio neuróticos com a segurança, depois daquele incidente de quase dez anos, atrás, quando se mudaram para a cidade vizinha. Eu iria morar nessa cidade, se aquela explosão misteriosa não tivesse acontecido.
- De fato, ainda é um mistério. Você tem alguma suposição, Anzu-chan? – uma das garotas pergunta.
- Nenhuma. Acho que ninguém tem uma explicação plausível. Afinal, ninguém consegue explicar como ocorreu aquela explosão imensa, o que torna tudo ainda mais bizarro.
- Sim. Inclusive, isso gerou algumas lendas urbanas.
- Bem, era o esperado, considerando que é o maior mistério de Dominó.
- Mudando de assunto, o que acharam do novo professor?
- Ele é tão quente!
- Põe quente nisso! É uma pena que ele é casado. – uma loira comenta desanimada, tomando um corpo de suco.
- Você não namorou no mês passado com aquele músico, Anzu-chan?
- Sim. Mas era um fracassado. Eu pensei que ele seria famoso. Mas, no final, foi uma decepção.
- Você não dá sorte, Anzu.
- Se bem, que não conseguiríamos competir com a poderosa Anzu Mazaki (Téa Gardner). Você sempre consegue pegar os mais bonitos, pois, os homens não conseguem resistir a você. – uma das garotas fala com um leve ciúme em sua voz, olhando para a jovem de olhos azuis e cabelos castanhos, para depois, suspirar, olhando para as outras amigas – Nunca conseguiremos competir com a Anzu-chan, meninas.
A morena sorri arrogantemente e fala:
- De fato, eu sempre consegui seduzir quem eu desejava. Afinal, também posso seduzi-los com a dança. No caso, uma dança suja para provocá-los em todos os níveis. Quem sabe, não consiga um homem interessante. Esse professor é interessante. Eu posso tentar. Até agora, não encontrei nenhum homem que resistisse ao meu charme. Tudo começa com a segunda cabeça deles, a de baixo. É simples pegar a cabeça de cima, depois.
Nisso, todas gargalham, até que uma delas comenta, após tomar um pouco do seu suco:
- Mesmo que ele não fosse casado, seria inacessível. Ele não parece ser do tipo que arriscaria seu emprego por uma aluna. – outra comenta – Eu tenho as minhas dúvidas se a sua sedução funcionaria, Anzu-chan.
- Por acaso, duvida das minhas capacidades de sedução? Fiz muitos homens caírem de joelhos – Anzu comenta arrogantemente – É fácil demais seduzir um homem e eu sou bem experiente nisso.
- Nós sabemos. Mesmo assim, eu duvido que você consiga seduzir esse professor – outra fala sorrindo.
- Eu aceito o desafio!
As outras abanam a cabeça para os lados, sorrindo, com uma delas comentando:
- Podemos fazer uma aposta.
- O que temos para apostar? Eu acredito que ela conseguirá seduzi-lo.
- Idem.
- Bem, eu acho que não.
- Acho melhor rever o seu julgamento. Afinal, nós a conhecemos a mais tempo do que você e vimos como ela consegue conquistar um homem. Eu duvido que exista algum homem que consiga resistir ao charme e sedução da Anzu-chan.
- Idem.
- Eu também.
- Com certeza.
A jovem que se encontrava parcialmente descrente no êxito da morena decide rever a sua decisão e fala:
- Bem, vendo a convicção de vocês, eu acho que ela conseguirá seduzi-lo.
- Uma escolha sábia.
- Isso mesmo.
- Fez bem.
- Podemos fazer uma aposta envolvendo quando tempo irá demorar para o professor cair na sedução da Anzu-chan.
- Por mim, podem apostar meninas. Eu não vou falhar. – a morena fala, sorrindo imensamente.
Próximo dali, Jounouchi e Yuugi olhavam para a mesa das garotas, sendo que o loiro comenta com uma careta no rosto:
- Ela não parece ser nada de mais. Não compreendo como ela pode seduzir alguém. Já vi mulheres mais bonitas do que ela. Além disso, ela parece uma vadia. Nem todos os homens operam nesse nível básico.
- Vai saber – o jovem de orbes ametistas dá de ombros – Afinal, eu concordo com você. Talvez seja por causa dessa tal “dança suja” que ela fala. Eu não sabia que uma dança podia ser suja.
Yuugi fala o final de forma inocente, enquanto percebia que no íntimo, não sentia muita atração pelas mulheres.
Claro, prestava atenção nelas, porém, tinha a estranha sensação que como era um homem, deveria sentir ainda mais atração e que os sentimentos eram mornos na melhor das hipóteses e que o prazer que havia sentido ao ver aquele filme pervertido que o loiro emprestou, não pareceu tão intenso quanto o que leu em muitos lugares, escondido do seu avô, enquanto que costumava prestar uma atenção considerável aos corpos de homens, principalmente aqueles que possuíam vozes em um barítono profundo e com uma boa constituição física, fazendo-o questionar se ele era bissexual ou não.
Mesmo assim, preferia não expressar as suas suposições, pois, havia feito um amigo e não queria que ele o achasse estranho.
Afinal, era implícito o quanto o loiro adorava mulheres ao contrário dele.
Então, eles voltam a conversar, enquanto esperavam os seus pedidos, sendo que Jounouchi estava surpreso com a inocência do seu amigo, pois, ele sabia o que era uma dança suja, enquanto que o jovem de orbes ametistas não fazia ideia do que era com Katsuya ponderando se devia explicar ou não, até que decide não explicar.
Na saída da floresta que o fugitivo havia percorrido em sua fuga, ele se encontrava arfante e chegou a se apoiar em uma árvore, enquanto falava consigo mesmo, ainda empunhando o revólver que roubou do policial morto:
- Maldição... Estou morrendo de sede. Não aguento mais. Quero fumar e tomar vários “gorós” até não aguentar mais!
Chapter 42: Revelando a verdadeira natureza
Summary:
O fugitivo encontra...
Ele acaba...
Uma morena de olhos azuis revela a sua verdadeira natureza...
Chapter Text
Conforme olhava para os lados, ele acaba avistando o Burguer World que estava próximo dele e exclama:
- Legal! Tem um drive-in bem ali! “Show de bola”! Eu estou com muita sorte! Lá encontrarei tudo o que eu quero!
Ele desce o pequeno morro, cuidadosamente, ocultando a arma atrás das costas e enquanto uma atendente do lugar se dirigia até ele, Anzu havia se levantando da mesa, junto das suas amigas, após pagarem a conta.
Elas caminham até a porta e a morena acaba chocando o seu ombro no do bandido, sendo que ao olhar para o lado, avista as roupas simples dele, não as associando a de um presidiário em um primeiro momento.
Então, a adolescente torce o nariz, falando com uma voz esnobe e igualmente arrogante:
- Como você ousa tocar em mim, seu maltrapilho! Ponha-se no seu lugar! Ademais, esse lugar não é para alguém de sua “laia”! – ela exclamava, enquanto as amigas dela riam abafado em suas mãos.
O fugitivo fica irado e decide mudar alguns dos seus planos em virtude do tratamento que recebeu da morena.
Portanto, em vez de render a atendente que se aproximava sorridente dele, o bandido decidiu que colocaria sobre a mira da sua arma, a garota que o tratou como escória, decidindo que iria se divertir com ela para aumentar o sofrimento dela.
Então, surpreendendo todos, o homem puxa a morena bruscamente para ele, tampando a boca dela, enquanto apontava a arma para a cabeça de Anzu, fazendo as amigas dela se agacharem, aterrorizadas, com o bandido exclamando ao mesmo tempo em que engatilhava a arma:
- Aí! Todo mundo “pianinho”! Se alguém gritar, a garota vai amanhecer com a boca cheia de formiga!
Alguns acabaram gritando de medo ao verem a arma, enquanto que outras pessoas o reconheceram pelo noticiário que viram naquela manhã sobre o fugitivo da cadeia de Dominó, com o apresentador falando que ele estava armado, além de ser perigoso, pois, era um condenado a morte:
- É o bandido que fugiu da prisão nessa madrugada!
Ele pega a arma e aponta para as pessoas no salão e no balcão, exclamando em tom de ameaça:
- Mandei todos calarem a boca! Vocês devem ficar naquele canto! Vamos logo!
O marginal movimenta a arma para o lado, apontando para um local dentro do salão, fazendo todos se levantarem e se aglomerarem na direção que o bandido apontou, sendo que ele procurou render os funcionários que estavam no balcão.
Então, o meliante volta a apontar a arma para a garota rendida em um dos seus braços, olhando intensamente para a morena, fazendo-a sentir um calafrio ao ver o olhar de luxúria dele para ela:
- Originalmente, eu não queria “embaçar” por aqui. Minha intenção era “encher a pança e vazar da área”. Mas, considerando que estou na “seca” por tanto tempo, creio que poderei me divertir com você. Não da forma que preciso, mas, poderemos ter alguns momentos. Seu corpo é muito bom e faz tempo que não toco em uma mulher.
Ela nega com a cabeça, sendo evidente o desespero em seu semblante, apesar de começar a sentir prazer pelo fato de estar rendida, com o bandido falando, enquanto exibia um sorriso de escárnio em seu rosto:
- Agradeça a sua grande boca por isso e considerando o nojo que você sente por mim, terei muito prazer em fazê-la se enojar ainda mais!
As crianças não compreendiam o que o bandido falava, sendo que os outros compreenderam o teor, enquanto que os pais oravam para que ambos conseguissem evitar que os seus filhos vissem e ouvissem algo inapropriado para a idade deles.
O fugitivo fala ao mostrar em uma de suas mãos, um lenço que encontrou em uma das mesas:
- Tampe os olhos com este lenço. Quando as pessoas ficam cegas, o terror aumenta e não conseguem falar nada. Sabia que é por isso que os condenados a morte são vendados? Aliais, eu também sou um condenado a morte – ele dá uma risadinha - Se bem, que no seu caso, também a fará ficar impotente, enquanto estou molestando você.
Então, após ela colocar a venda sobre ameaça de levar um tiro quando o cano da arma foi encostado em sua bochecha, juntamente com o fato de saber que ele é um condenado a morte, tornando-o uma ameaça ainda maior, o fugitivo ordena, lambendo os lábios:
- Tire as suas roupas, vagabunda!
Ela nega com a cabeça, corando, lutando contra o que o seu corpo começava a ansiar, até que ele a puxa pelos cabelos, fazendo-a gritar levemente ao mesmo tempo em que encostava o cano da arma nela, com a morena procurando conter um calafrio de prazer por estar submetida ao bandido, sendo que não pode impedir da sua vagina ficar úmida quando foi tratada asperamente:
- É bom tirar a roupa, senão quiser uma bala em seu rosto. Eu tenho várias opções de reféns! Agora, tire a roupa, vadia!
Sem escolha, tanto pela ameaça, quanto pelo que o seu corpo ansiava, ainda mais ao sentir a dureza dele contra uma de suas coxas, enviando calafrios prazerosos nela, ela tira a roupa lentamente, sentindo a sua vulva começando a ficar umedecida, sendo que ele fica impaciente quando encosta o cano novamente nela, com Anzu procurando sufocar o leve gemido de prazer que queria brotar em seus lábios, enquanto lutava arduamente para que não esfregasse as pernas uma na outra:
- Quer me testar?
- Não. – ela fala em um murmúrio, conseguindo conter o final de um gemido de prazer.
- Pare de enrolação e tire logo!
Nisso, ela tira toda a roupa e tenta cobrir as suas partes íntimas, quando a arma é encostada novamente, com ele falando em seu ouvido:
- Quem disse que eu autorizei você a se cobrir? Agora, afaste as mãos! Quero admirar seu corpo e tocá-lo sem restrições. O que eu não faria por uma boa “foda” agora. Mas, isso demandaria tempo. Portanto, agradeça as suas divindades por isso. Apenas vou molestá-la e depois, você fará um boquete!
Então, ela é arrastada até uma mesa, sendo obrigada a sentar no lado dele, para depois, o bandido falar, sendo que rasga uma parte de sua roupa para prender os punhos dela atrás do corpo, começando a passar a mão em seu corpo, com a jovem se contorcendo em um misto de prazer irrefreável:
- Agora... Alguém vai ter que me trazer tudo que eu pedir, enquanto me divirto com ela! Vocês entenderam? – nisso, ele olha para as pessoas e avista Yuugi, que estava assustado – Você, baixinho, com cara de covarde! É você mesmo!
Mutou se encontrava chocado ao ser escolhido, enquanto que o loiro estava apavorado por seu amigo, exclamando:
- Yuugi!
- Todos os outros fiquem de bruços no chão e com os olhos fechados! Se alguém se mexer, eu “tasco chumbo” na garota!
Todos fazem o que ele mandou, com o mesmo ordenando ao jovem:
- Eu quero uma bebida e depois, um cigarro Lucky Stripe! É uma marca boa para um cara sortudo como eu!
Mesmo com medo, o jovem de cabelos tricolores consegue se mexer e se afasta para buscar o que ele pediu, enquanto o bandido havia chegado à feminilidade de Anzu, a masturbando vigorosamente, com a jovem mordendo os lábios para que não saísse qualquer som, para depois, o bandido retirar os seus dedos, percebendo que estavam ensopados, fazendo-o comentar com um imenso sorriso no rosto, ainda mais ao ver a essência dela escorrendo pelas pernas, indicando que antes de masturba-la, ela já estava excitada:
- Pelo que vejo, é uma “putinha” de coração. Nunca vi uma mulher se excitar tão rápido.
- Eu não estou excitada. – ela fala em um murmúrio, negando o que era óbvio, por mais que soubesse que era mentira, pois, mesmo naquela situação, ela sentia prazer.
- Seu corpo é bem sincero... Você ama ser “fodida”. Acho que posso levá-la comigo para “fodemos” em algum lugar. – ele comenta, fazendo ministrações mais vigorosas, fazendo-a arfar ao ponto de não conseguir mais conter os seus gemidos, acabando por gozar na mão dele com um grito lânguido escapando dos seus lábios.
O fugitivo libera o seu falo túrgido da restrição extremamente dolorosa da calça e força a cabeça da morena para o seu pênis, com Anzu buscando controlar o arrepio de prazer que sentiu quando as suas bochechas foram escovadas pelo membro do mesmo, não conseguindo impedir a sua mente de imaginá-la sendo penetrada brutalmente e fortemente em um êxtase de dor e de prazer indescritível.
Em virtude dessa breve imaginação, ela morde os lábios para conter mais um gemido lânguido de prazer, enquanto a essência dela começava a escorrer para o chão ao mesmo tempo em que se contorcia de desejo.
- Agora, seja uma boa “puta” e “chupe o meu pau”!
- Não. – ela tenta se afastar, embora sentisse prazer em sua espinha por estar subjugada e a mercê do bandido, pois, não queria que as suas amigas soubessem o quanto ela amava fazer sexo.
O bandido coloca o cano da arma na cabeça dela, perguntando com uma voz rouca de prazer:
- Quer “levar chumbo, vadia”? Não pense que por ser uma “puta” tão gostosa, vai escapar de levar um tiro. É bom fazer certo. Se usar os dentes, eu vou “estourar os seus miolos”. Compreendeu?
Ela consente e abocanha o membro dele, começando as ministrações, enquanto controlava a sua excitação, com a sua essência pingando na parte interna das suas coxas, acabando por ser animar em chupá-lo, inclusive, mergulhando o pênis dele profundamente em sua garganta, o envolvendo por completo por ser experiente, com ele comentando extasiado dentre gemidos roucos de prazer:
- É mesmo uma “putinha” gostosa. Você é um achado, “vadia”. Adora ser tratada como uma prostituta, apesar de parecer uma dama na sociedade.
Então, Yuugi retorna com uma bandeja e os pedidos, incluindo um isqueiro, enquanto o bandido entrava na boca da garota ao gozar, com a adolescente bebendo com perfeição, enquanto o homem gemia roucamente de prazer, para depois, comentar:
- Você sabe “chupar um pau, vadia” e vejo que engoliu com perfeição! Acho que vou agradecê-la com prazer.
O bandido pegou a arma e enfiou abruptamente o cano na vagina da morena por trás, pois, ela havia se curvado, após se ajoelhar no banco comprido para chupá-lo e como estava tomada pelo prazer, acaba gozando com o choque frio do metal em sua cavidade quente e encharcada, fazendo assim a sua essência se espalhar no banco e no chão, formando uma poça, enquanto dava um grito sôfrego de prazer, sentindo as ondas de prazer se chocar dentro do seu corpo.
Os pais haviam abafado os ouvidos dos seus filhos para que não ouvissem o que acontecia, enquanto pressionava o rosto deles em seu peito, conforme o mantinham embaixo deles, visando bloquear qualquer visão deles da cena que acontecia próxima deles.
Porém, sem a audição e sem ver o que estava acontecendo, as crianças começaram a ficar apavoradas, mesmo nos braços dos genitores, fazendo com que começassem a chorar de medo, com as lágrimas aumentando gradativamente, apesar dos esforços inúteis dos pais de acalmar os seus filhos, temendo uma reação do bandido.
O presidiário fica irritado com o choro que estava começando a atrapalhar o seu prazer e passa a apontar a arma para as crianças, fazendo os pais chorarem e implorarem por clemência, enquanto o criminoso falava com raiva em seu semblante:
- Estou farto desse choro! Vou silenciar esses “merdinhas”, agora!
Chapter 43: Revés da sorte
Summary:
Atemu consegue...
O Faraó decide...
Yukiko consegue...
Chapter Text
Então, quando as crianças são ameaçadas pelo bandido, a parte inconsciente do jovem que lutava contra a influência de Atemu, recua e para de lutar, com o espirito conseguindo subjugar o seu amado, fazendo-o adormecer na câmara da alma dele, enquanto assumia o controle do corpo, sabendo que a visão das crianças sendo ameaçadas fez Yuugi aceitar, inconscientemente, o controle para salvá-las.
O Faraó comenta consigo mesmo em pensamento, enquanto o medo havia sido banido daquele corpo e substituído pela fúria por ele ameaçar aquele que amava e as crianças, ao mesmo tempo em que era tomado pela sua usual autoconfiança inabalável:
“Como ousa ameaçar aquele que eu amo e duas crianças inocentes? Você teve muito azar de me escolher, fugitivo.”
Ele não comenta da garota, pois, notou os gestos lânguidos da morena e que ela estava apreciando o tratamento, fazendo-o revirar os olhos, sendo que se recorda da conversa que o seu amado ouviu da mesa dela e das outras amigas da garota, confirmando o fato de que era uma vadia.
Todos que estavam naquele local, desconheciam o fato de que havia uma meia dragoa das neves sagrada próxima de Yuugi e que usou a sua magia para ficar invisível e imperceptível para todos, observando os acontecimentos com atenção, sendo que Yukiko agradecia pelo fato do acidente ter trazido algo de bom. Nesse caso, a ausência de Anzu da vida do jovem, embora acreditasse que isso não duraria muito quando Mutou fosse famoso ao se consagrar como Rei dos Duelistas, considerando o caráter da morena de buscar famosos.
O motivo da albina se encontrar no local, além da óbvia preocupação daquele que via como um filho querido, mesmo sabendo do desfecho daquela situação, era para conseguir aquela presa ao pensar em uma forma de pegá-lo para si, visando ter um brinquedo novo para torturar, sem alterar os acontecimentos, pois, a seu ver, o criminoso merecia muito mais pelos crimes brutais que cometeu e que somente ela, Yukiko, conseguiria puni-lo adequadamente.
Inclusive, havia criado um clone mágico dela para acompanhar Kisara e Nuru, permitindo assim que ela pudesse vir até o Burguer World.
A meia dragoa observava Atemu enviando discretamente pelo chão a sua magia em direção as crianças, juntamente com o poder do Sennen Pazuru e quando o poder mágico chega aos pequenos, sem que ninguém percebesse, com exceção da albina, a magia invisível aos olhos humanos comuns envolve os infantes como se fosse um cobertor, fazendo com que adormecessem profundamente para que parassem de chorar, antes que o bandido atirasse neles para descarregar a sua raiva pelo choro.
Após ter êxito no seu plano de salvá-los ao observar o bandido recuando com a arma, não visando mais as crianças adormecidas nos braços dos seus genitores, ele caminha até onde o marginal se encontrava e deposita os itens na mesa, para depois, sentar no outro lado, de frente para o meliante, falando com a sua voz barítono, enquanto exibia uma pose de autoconfiança imperturbável:
- Aqui está o seu pedido.
O fugitivo fica irado pela ousadia e exclama, apontando a arma para o Faraó:
- Quem disse que era para você se sentar?!
Sem demonstrar qualquer medo, mesmo com a arma apontada para ele, Atemu sorri de canto e fala, apontando de forma casual o dedo indicador para o bandido, após, escolher o jogo ideal para o fugitivo:
- Ora... eu pensei que você poderia querer se divertir um pouco, além de usar o corpo dessa garota para relaxar, após o choro das crianças. Além disso, o que desejo propor a você não irá atrapalhar as suas atividades com ela, pois, é bem simples. Se você não for um covarde, não aceitaria fazer um jogo comigo?
A morena ouve a voz barítono profundo e sente um arrepio de prazer ao ponto de se contorcer levemente, considerando o dono daquela voz como “quente” para os seus padrões pela voz máscula e profunda que ouviu.
- Um jogo?! – o fugitivo fala, sendo evidente a surpresa em seu rosto.
“O que aconteceu com aquele jeito covarde dele? Além disso, eu acho que o rosto não era tão anguloso e os seus olhos não eram estreitos. Eram grandes e expressivos. Ademais, eu posso jurar que não havia algumas mechas da franja loira erguida contra a cabeça. Além disso, a sua altura parece um pouco diferente... – o bandido espana esses pensamentos da sua mente ao perceber o quanto eram surreais – Eu não acredito que pensei nessas besteiras! Ninguém muda a constituição física de uma hora para a outra. Isso é impossível.”
Após pegar o maço de cigarros e tirar um dos cigarros com os lábios, enquanto sorria, ele fala:
- Um jogo, é? Você me deixou muito interessado.
- Só que quem perder este jogo pode morrer. – o espírito completa.
- Gostei. E como é esse jogo? – ele pergunta, enquanto pegava a bebida e começava a virar no copo, mantendo a arma apontada para Atemu com a outra mão.
Enquanto isso, o bandido comenta em pensamento, após rir mentalmente:
“Que moleque idiota. Será que acha que o meu “canhão” é de brinquedo? Uma puxada no gatilho e “bye-bye” idiota!”
Enquanto isso, não muito longe da mesa, em um canto afastado junto dos outros reféns, Jounouchi estava preocupado com o seu amigo e o motivo de não conseguir ver o que acontecia era por causa de um rapaz obeso que estava agachado na frente dele e cujas nádegas avantajadas tampava a visão do loiro que ouvia o homem na sua frente implorar a qualquer divindade:
- Socorro. Eu juro que não comerei além da conta.
“Esse gordo não me deixa enxergar nada! Mas está quieto demais! O que está acontecendo lá?”
Então, o loiro tentar erguer discretamente a cabeça para ver algo, mas, não consegue, sendo que exclama o nome do seu amigo em pensamento por estar preocupado com ele:
“Yuugi!”
De volta à mesa onde está o meliante, o mesmo está virando lentamente a bebida no copo por estar prestando mais atenção à pessoa que estava na frente dele.
- Então, escute as regras.
- Estou ouvindo.
- Nós estamos aqui, sentados um na frente do outro e vamos nos impor um limite – ele fala, estendendo ambas as mãos na sua frente – O limite é o seguinte. Só podemos mexer um dedo de nossas mãos. Cada um pode escolher o dedo que deseja mexer. Que dedo você escolhe?
O Faraó perguntou, embora soubesse a resposta do fugitivo a sua frente e de fato, após o bandido dar uma risadinha, ele fala, sorrindo cruelmente:
- Nesse caso, eu escolho este dedo indicador aqui – ele fala, esticando o dedo indicador, o afastando temporariamente do gatilho da arma – É o único dedo que eu preciso para “estourar os seus miolos”!
Atemu ergue o polegar direito e fala:
- Ok. Eu escolho este dedão aqui.
O homem ri em pensamento, enquanto pensava consigo mesmo:
“Esse moleque é idiota. O que pode fazer com apenas um dedo? Mas eu acabo com ele em um instante.”
- Depois que o jogo começar, você pode fazer o que quiser. Inclusive, puxar o gatilho. Vamos lá – o Faraó falava, enquanto sorria – É hora do duelo!
O fugitivo gargalha, apontando a arma para o espírito, enquanto exclamava com o cigarro ainda apagado na boca:
- Vou acabar com o jogo agora!
Sem se alarmar, Atemu pega o isqueiro e abre com o polegar, usando o mesmo dedo para fazer surgir uma chama, sendo que este gesto detém o bandido, que fala:
- Eu tinha me esquecido do isqueiro. Fiquei o tempo todo sem poder fumar no “xilindró”. Vou deixar você ascender o meu cigarro e depois, eu te mato!
O Faraó estende a mão e ascende o cigarro, sendo que a chama ainda está acessa, enquanto colocava o objeto em cima da mão que virava a bebida no copo, fazendo o meliante ficar confuso, inicialmente, enquanto Atemu falava com um sorriso de vitória:
- Pode ficar com esse isqueiro. Leve-o com você ao outro mundo.
- Hein? – ele percebe as implicações de ter o isqueiro em cima da mão que virava a bebida - O quê?!
Ele começa a fumar desesperadamente, enquanto era tomado pelo desespero, pensando consigo mesmo em meio ao terror que vivenciava ao perceber que estava em uma armadilha mortal e sem escapatória:
“Não posso me mexer! Se o isqueiro cair, a bebida vai pegar fogo e eu vou virar uma tocha humana!”
- Experimente puxar o gatilho. O isqueiro cairá com certeza. Aliais, essa bebida é vodca russa com noventa por cento de álcool.
Atemu olha para a morena e suspira, decidindo tirá-la do local, pois, já bastava o fato do seu amado tomar conhecimento da morte do bandido. Adicionar a morte da garota à contagem dos corpos faria Yuugi ficar demasiadamente triste e ele não desejava isso, bastando o fato dele ficar entristecido pela morte do bandido, pois, por mais cruel que o meliante fosse o seu amado nunca ficaria feliz com a morte de alguém por causa do seu coração puro e cristalino.
Portanto, o Faraó a pega pelo pulso, afastando-a do fugitivo, enquanto a bebida transbordava no colo do criminoso, o encharcando, com o mesmo se encontrando desesperado, acabando por soltar o cigarro aceso da boca ao abri-la levemente, para depois, ser tomado pelas chamas, enquanto gritava de agonia.
Enquanto as chamas irrompiam no corpo do meliante, Yukiko usou a sua magia para substitui-lo por um clone, enquanto o curava, colocando-o em seguida para dormir, conforme o removia magicamente do local ao colocar ele em um compartimento mágico, para depois, poder torturá-lo à vontade.
Então, após ter conseguido o que desejava, ela fica no local, observando as chamas, decidindo que sairia após Yuugi sair do local.
Ao verem o fogo, as pessoas se levantam e correm do local, sendo que a morena tira a venda do olho ao mesmo tempo em que o loiro ia até Yuugi, que havia voltado ao controle do seu corpo, embora estivesse levemente desorientado, para depois, ser arrastado para fora por Jounouchi, pois, todos temiam que o incêndio se alastrasse no local.
Enquanto isso, Mazaki, que estava ansiosa para ver o dono da voz máscula e que havia pegado em sua mão, olha em volta e percebe que estava sozinha, com as últimas pessoas saindo do local.
Ao olhar para trás, observa o corpo do fugitivo sendo carbonizado e o forte cheiro de carne humana queimada chega as suas narinas, com as labaredas intensas a aterrorizando, fazendo-a sair correndo do local, ainda nua, enquanto que os bombeiros e policiais estavam chegando ao Burguer World, com o corpo de bombeiros se encontrando aliviado ao ver que as chamas se concentraram, apenas, no fugitivo, tornando fácil para eles a extinguirem, enquanto ficavam chocados ao verem uma adolescente nua correndo em direção à rua, gritando a plenos pulmões.
No local, como havia alguns repórteres filmando a cena, as câmeras filmaram a morena nua, correndo para fora do estabelecimento, com os seios balançando pela corrida e que foi transmitida em rede nacional, pois, eles estavam falando ao vivo do local, sendo que várias pessoas que se aglomerarem para verem os acontecimentos tiraram fotos, enquanto que outros filmaram Anzu correndo nua até que uma enfermeira consegue pegar a jovem, envolvendo um cobertor em torno dela, ficando aliviada ao ver que a adolescente não estava ferida.
Enquanto isso, as pessoas começaram a postar o vídeo e fotos da morena nua na internet, sendo que se tornaram virais em questão de minutos.
Nesse ínterim, longe do Burguer World, mais precisamente no aeroporto da cidade de Dominó, um homem com vestes que lembravam a dos países árabes, seguido de uma jovem com uma saia e padrão de roupa diferente e que destoava do homem ao seu lado, desembarcavam do avião, seguido os demais passageiros, sendo que as suas vestes e pele bronzeada se destacavam dentre eles.
Chapter 44: O mago e a aprendiza
Summary:
No aeroporto de Dominó...
No local do Burguer World...
Yukiko se encontra...
Atemu fica...
Yo!
Eu desejo um Feliz Natal repleto de felicidade e saúde para vocês e as suas famílias.
Tenham uma boa leitura XDDD
Chapter Text
O homem alto e bronzeado chamava ainda mais atenção pela tiara dourada que envolvia o cafia alvo e um oskh dourado formado por camadas de faixas douradas que cobria o tórax por baixo da manta, juntamente com a espécie de ombreira dourada por cima da túnica comprida que ia até o tornozelo, sendo que na cintura havia uma faixa azul com contornos dourados e pequenos pingentes de ouro, enquanto que os sapatos eram brancos com detalhes dourados. Em seu antebraço jazia uma faixa dourada e nos seus antebraços havia várias faixas douradas. Ele tinha cabelos castanhos curtos e olhos azuis escuros. Embaixo dos seus olhos, havia uma faixa delineadora feita com pó de khol.
Ao seu lado, uma garota exibia um vestido com gola em forma de cálice e na cor dourada com ombreiras curtas, sendo que na sua cabeça jazia uma espécie de chapéu diferente que possuíam alguns adornos dourados, cobrindo parcialmente os seus cabelos. A jovem usava sapato alvo nos seus pés, além de uma cinta dourada que contornava a sua cintura, juntamente com uma faixa estreita de ouro que circundava a ombreira do vestido, sendo que a bronzeada de orbes verdes e de cabelos ônix saltitava ao lado do seu sensei e pai, uma vez que ele a criou desde que ela era criança e tal como o homem ao seu lado, a jovem exibia embaixo dos seus olhos uma faixa delineadora feita com pó de khol.
Inclusive, o fato de verem um homem que usava roupas que lembravam as vestes árabes ao lado de uma jovem que não cobria o seu corpo por completo ao não usar vestes árabes femininas tradicionais em contraste com o homem ao seu lado, deixou todos os que viram a cena, estupefatos.
Ambos puxavam malas compridas, sendo que o homem alto se encontrava com um olhar pensativo.
Então, ele sai dos seus pensamentos com a voz da sua discípula de magia e filha adotiva, sendo que o homem era um mago experiente e igualmente poderoso:
- O que o está preocupando, mestre Mahaado?
- A magia que está circundando por essa cidade. Embora eu sinta que há uma segunda magia, cuja freqüência mágica é impossível de ser detectada, sendo que Shadi acredita que possa ser da mulher misteriosa e igualmente poderosa que ele encontrou há vários anos, atrás. Além disso, algo me impulsionou a vir até esse lugar. Por sorte, temos como nos manter com folga.
- Sim. A senhora Ishizu conseguiu um bom trabalho de fachada para o senhor e que consiste de fiscalizar os artefatos egípcios expostos no museu de Dominó. Graças a isso, podemos ficar nesta cidade sem levantar suspeitas.
Ela sorri ao ver que o seu sensei corava quando ele comentou de Ishizu Ishitar, fazendo com que a bronzeada comentasse, enquanto sorria de canto:
- Não devia ficar assim. Afinal, ela é a reencarnação da shinkan Isis, que o senhor amava e que não pode ficar junto dela no passado. Pelo menos, vocês receberam uma nova chance. Ademais, eu vi como ela olha para o senhor.
Mahaado coloca a mão fechada próxima a boca e pigarreia, para tentar dissipar o leve rubor em suas bochechas, para depois, falar:
- Bem, temos uma missão. Não estamos aqui para falar de sentimentos.
- Eu sei qual é. Devemos pesquisar sobre as emanações mágicas. Eu gostaria de saber quando o senhor Shadi virá para cá. Faz tempo que não vejo o Diiva e a Sere, assim como os outros.
- A missão dele é outra. Ele está rastreando os Sennen Aitemu, sendo que também procura cuidar dos artefatos do antigo Egito. Além disso, os outros dois são jovens demais para acompanhá-lo. Eles estão cuidando dos mais novos.
- Eu nunca compreendi o motivo dele ter dado o Sennengan para aquele homem.
- Foi necessário. Aquele homem era o único capaz de... – ele para de falar ao perceber que iria revelar algo que a sua discípula não precisava saber.
Mana faz biquinho, após bufar as bochechas, falando:
- O senhor é mal.
Ele pigarreia e após revirar os olhos, fala:
- Quando você for adulta, nós conversaremos.
Ela bufa novamente, para depois segui-lo, sendo que o seu mau humor passa como mágica ao olhar com fascínio para a cidade no seu entorno, enquanto sentia a diferença de temperatura em comparação com o seu país natal, enquanto que Mahaado ignorava o ambiente a sua volta, conforme se concentrava em analisar o mapa do local, pois, havia sido alugada uma casa simples para que ambos pudessem se hospedar na cidade.
Após descobrir onde ficava a casa, ele chama um táxi e ambos partem dali, sendo que eles usavam magia para conversar na língua nativa daquele povo, conseguindo assim, compreender a língua japonesa.
Longe dali, no entorno do Burguer World, a albina ainda assistia os acontecimentos, após ter saído do local, sendo que estava infiltrada dentre a multidão que observava o estabelecimento comercial e não estava surpresa com a conduta de Anzu ao se recordar das conversas que ouviu dela com as amigas, assim como, quando estava com o criminoso, agindo como uma vadia devassa.
Afinal, na linha do tempo original, ela vivia perseguindo de forma obsessiva o dono da voz barítono profunda e ao descobrir a relação dele com Yuugi, passou a se concentrar em ver o dono da voz que a fazia tremer de prazer, acabando por usar os sentimentos equivocados que o jovem de orbes ametistas nutria por ela em virtude da errônea interpretação do seu coração, para se aproximar cada vez mais.
Inclusive, a morena perseguia o Faraó mesmo no colégio, fazendo questão de se aproximar ainda mais de Mutou e em virtude dessa aproximação crescente, os sentimentos errôneos que sentia por Anzu, julgando que a amava, sendo que era apenas um forte sentimento de amizade, somado ao fato dele ter sido solitário, acabando por intensificar ainda mais esse sentimento, que por sua vez, nublou a sua mente para o verdadeiro dono do seu coração e que não era Mazaki e sim, Atemu.
Dentre as várias tentativas de ver o espírito ao se aproximar de Yuugi, houve uma em que ela usou um chaveiro em forma de coração que reagia a outro do mesmo tipo e mesmo com a adolescente percebendo que o jovem havia interpretado erroneamente aquilo como um gesto de que ela gostava dele, sendo que na verdade, o interesse dela era o “outro Yuugi”, Anzu não foi sincera, contando a verdade para ele e a sua omissão consciente, permitiu que Mutou continuasse achando que os seus sentimentos eram recíprocos por mais equivocados que fossem.
Yukiko havia assistido todas as tentativas da morena de ver o dono da voz que apreciava sem se importar com os sentimentos de Yuugi, pelo que pode detectar na linha do tempo original.
Outro acontecimento que irritou a albina foi o que ocorreu no parque de diversões onde a morena convidou o jovem de cabelos tricolores com segundas intenções, visando ver o “outro Yuugi” como ela chamava o dono da voz barítono, acabando por fazer o adolescente “submergir” ainda mais, por assim dizer, nos seus sentimentos equivocados por Mazaki e conforme as horas passavam, ela ficava desesperada por não ter conseguido vê-lo ainda, com exceção de um momento fugaz quando estavam sentados em uma cadeira de praia em torno da piscina.
Como a morena estava determinada a vê-lo, traçou um plano para que o “outro Yuugi” aparecesse e para poder colocá-lo em prática, a adolescente se afastou de Mutou ao usar a multidão que fugia do local em virtude de ter um terrorista no parque, acabando por se sujeitar voluntariamente ao perigo, apenas para fazer Atemu aparecer ao perceber que ele sempre surgia quando alguém se encontrava em perigo e ao ver que o seu plano foi um êxito, a morena ficou imensamente feliz.
Afinal, Anzu amava apenas o Faraó e demonstrou isso de forma mais explicita, quando Yuugi o derrotou na Batalha cerimonial, libertando a sua alma do Sennen Pazuru e permitindo que o Faraó partisse para o além, para depois, os Sennen Aitemu serem selados com o colapso da caverna, sendo que este ato do jovem acabou por fazer a morena se afastar, gradativamente, do adolescente por não concordar com o ato dele, pois, se despendesse dela, o Faraó ficaria para sempre preso no Sennen Pazuru para que ela pudesse sempre vê-lo.
Um dos atos da morena que Yukiko mais odiava foi o que ocorreu em uma noite na Ilha onde foi realizado o Duelist Kingdom, quando a morena se aproximou de Yuugi, que inicialmente, pensou que ela se aproximou para conversar com ele, fazendo-o ficar feliz ao julgar erroneamente que o amava, sendo que o jovem percebeu, depois, que a morena procurava pelo Mou hitori no boku e não por ele, pois, Mazaki queria conversar com o Faraó.
Em virtude desse fato, Mutou estava começando a despertar para o fato dela não amá-lo, enquanto se preparava para se recolher para dentro da sua mente, para que o espírito assumisse o seu corpo, quando ela o detém ao entrelaçar uma de suas mãos com a dele ao mesmo tempo em que sorria para o jovem.
Esse gesto, apenas “enterrou” ainda mais, por assim dizer, o jovem em seus sentimentos equivocados para com a morena, o prendendo de forma intensa ao julgamento errôneo do seu coração ao fazê-lo ter a ilusão de que Anzu o amava em vez de permitir que ele continuasse se libertando da ilusão para poder enxergar a verdade em seu coração.
Ou seja, o seu ato cancelou essa libertação ao mesmo tempo em que fortaleceu ainda mais a ilusão do amor que sentia por ela, prendendo o seu coração na mentira em vez de libertá-lo para a verdade.
Portanto, em virtude dos avanços da morena que intensificaram os sentimentos equivocados do adolescente, o mesmo passou a julgar erroneamente que o sentimento que sentia por Anzu era amor, sendo que na verdade, era de amizade influenciada pelo fato dela ser a sua única amiga por muito tempo, fazendo com que o jovem de orbes ametistas acabasse por suprimir inconscientemente quem ele realmente amava no fundo do seu coração, nesse caso, Atemu, enquanto que a aproximação dela para ver o Faraó, apenas fortalecia essa ilusão.
A albina condenava à morena, pois, Mazaki deveria ter sido honesta com o jovem de cabelos tricolores desde o início sobre quem ela realmente amava em vez de deixá-lo nutrir sentimentos errôneos e que nunca seriam recíprocos, sendo que não passavam, meramente, de uma ilusão e que era agravada pelos avanços da adolescente, focados apenas em ver o Faraó, acabando por intensificar estes sentimentos, julgando erroneamente que a morena tinha sentimentos por ele, sendo que na verdade, ela amava, apenas, Atemu.
Inclusive, mesmo após descobrir que ambos eram pessoas diferentes que dividiam um único corpo, a morena permitiu que o adolescente continuasse desenvolvendo sentimentos por ela, sendo que Anzu não era nenhuma idiota.
Afinal, era visível a qualquer um que o adolescente de cabelos tricolores nutria sentimentos intensos por ela por mais errôneos que fossem e que cada aproximação dela, fazia esse pretenso amor ficar cada vez mais intenso, acabando por nublar cada vez mais, a verdade irrevogável. O jovem havia confundido uma amizade intensa nascida pela presença dela em sua vida, juntamente com o fato dela defendê-lo, com amor, acabando por fazê-lo cego ao verdadeiro dono do seu coração e aquele que amava com toda a força, Atemu.
Ou seja, em vez de conversar amigavelmente com ele para dispersá-lo desses pensamentos errôneos, uma vez que a adolescente amava o dono da voz de barítono, Mazaki permitiu que o jovem de orbes ametistas grandes e expressivos continuasse nutrindo sentimentos por ela, que por sua vez, o usava para se aproximar ainda mais do Faraó.
Claro, com o tempo, Mutou percebeu a verdade, mas, perdeu vários meses em seu equívoco de sentimentos para com a morena. Se ela tivesse sido franca, desde o início, quando descobriu quem era o dono da voz barítono que ouviu no Burguer World, Yuugi veria mais cedo a verdade do seu coração e não, meses depois.
Inclusive, essa superação somente foi possível ao longo dos meses, graças ao fato de Yuugi e Atemu passarem a conviver juntos, após o adolescente tomar ciência de sua existência, passando a vivenciar várias situações, fazendo-o perceber quem ele realmente amava no fundo do seu coração, passando a compreender que confundiu o sentimento de amizade com amor.
Portanto, ao perceber a verdade em seu coração, de que ele amava o Faraó e não a morena, Mutou conseguiu escapar da ilusão que prendeu a si mesmo por não conhecer o seu próprio coração, somente o conhecendo nas últimas semanas.
Ou seja, o amor que sentia por Atemu o libertou dessa ilusão que colocou em si mesmo, com o jovem o amando cada vez mais.
De fato, no início, enquanto estava no hospital, se recuperando dos ferimentos que sofreu no incêndio do Black Clown, ocasionado acidentalmente pelo pai de Ryuji Otogi (Duke Devlin), desejou que o espírito ficasse para sempre com ele, não se importando de dar as suas memórias, uma vez que Atemu não possuía qualquer memória antes de conhecer o jovem e como o Faraó sentia o mesmo pelo adolescente, decidiu ficar para sempre com o seu amado, se sentindo confortável, por assim dizer, com a sua situação atual e que não se importaria de ficar assim para sempre.
Porém, conforme se passavam os dias, após a saída de Yuugi do hospital, com o mesmo refletindo sobre o seu desejo de ter o Faraó para sempre com ele, juntamente com as descobertas e acontecimentos durante o evento do Battle City, o adolescente começou a ponderar sobre o seu desejo inicial do espírito ficar sempre com ele.
Então, após profundas reflexões e guiando-se pelo seu coração cristalino, o jovem de orbes ametistas percebeu que estava sendo demasiadamente egoísta, pois, se ele amava Atemu, deveria fazer de tudo para que o Faraó descobrisse sobre as suas memórias perdidas, além de visar à libertação dele do Sennen Pazuru.
Portanto, por amor, Yuugi jurou a si mesmo que libertaria quem amava, mesmo que isso significasse o seu sofrimento e solidão.
Inclusive, com esse sentimento e determinação férrea em seu coração e mente oriunda do seu amor puro e intenso para com o espírito, ele lutou arduamente na Batalha cerimonial para derrotá-lo e assim, poder libertá-lo do Sennen Aitemu, permitindo que o Faraó seguisse para o além, readquirindo o seu corpo do passado, enquanto caminhava para os portões que foram abertos para se encontrar com os seus amigos e familiares do passado que o aguardavam ansiosamente no outro lado.
O que o jovem não sabia é que ele havia guardado tão profundamente os seus sentimentos por medo da reação de Atemu por julgar equivocadamente que o espírito amava Anzu, que o Faraó não conseguiu detectar o amor de Mutou por ele.
Por sua vez, o Faraó também pensava, erroneamente, que Yuugi apenas o via como amigo, uma vez que nas recordações dele do passado do seu anfitrião, ele havia visto os sentimentos para com Mazaki, sem saber que eram errôneos, juntamente com o fato dele não ver as memórias recentes do adolescente por não precisar mais fazer isso, uma vez que o jovem sabia sobre a existência do espírito, com o mesmo o acompanhando diariamente e por não ter mais necessidade de fazer isso, Atemu não descobriu os sentimentos verdadeiros do adolescente para com ele.
Portanto, o Faraó continuou achando que o jovem ainda amava Anzu e não desejando perdê-lo, também guardou o amor que sentia pelo seu amado anfitrião dentro do seu coração e de maneira profunda, mesmo após o desaparecimento do labirinto da sua alma quando descobrirem o seu nome.
Portanto, sem ambos saberem que o amor que sentiam um pelo outro era recíproco e que eles eram almas predestinadas, pois, o destino os uniu, Atemu prosseguiu para o além, enquanto Yuugi ficava no mundo terreno, olhando aquele que amava partir, sendo que o Faraó evitou olhar para trás.
Afinal, se o fizesse, não conseguiria partir por deixar metade do seu coração para trás, desconhecendo o fato de que levava metade do coração do jovem de orbes ametistas, com ambos os corações sofrendo pela separação.
Inclusive, o adolescente ficou deprimido por várias semanas e com muito custo, se ergueu, frente à preocupação crescente dos seus amigos, menos de Anzu, que havia se afastado gradativamente dele com o passar dos dias.
Mutou conseguiu se ergueu, embora fosse precariamente e passou a viver a sua vida, embora quem o conhecesse bem, soubesse que aquele sorriso não era verdadeiro, sendo que o jovem procurava mostrar uma face corajosa, assim como fez, enquanto estava no avião voltando para o Japão, após o Duelo Cerimonial, procurando manter essa máscara do seu “antigo eu” nos dias seguintes, por assim dizer, para que não vissem a tristeza, saudade e desolação que o tomava com a partida daquele que amava com toda a força do seu coração, sendo que era a sua alma gêmea.
A albina viu o quanto ele sofreu com a separação e a batalha diária que passava para não revelar a sua tristeza profunda, sendo que quando estava sozinho, o jovem sempre olhava para o horizonte com um olhar perdido, imerso na mais profunda dor e tristeza, assim como chorava em silêncio quase todas as noites na sua cama para não alarmar o seu amado avô, enquanto se recordava daquele que amou com toda a força do seu coração.
Quando ocorreram os eventos do Ryoushi Kyuubu, ele pode reencontrar Atemu mais uma vez.
Porém, achando que os seus sentimentos não eram recíprocos e desejando manter a face corajosa e feliz que ergueu nos últimos anos, por mais que sofresse por dentro, não permitiu que o Faraó descobrisse o seus sentimentos por ele, sendo o mesmo para Atemu, que julgava, erroneamente, que Yuugi estava com Anzu e que para não ver uma face enojada no seu amado, caso revelasse os seus verdadeiros sentimentos, ele preferiu ocultar o fato de que o amava com toda a força do seu coração, pois, desejava ter uma última visão do jovem sorrindo para ele, mantendo a sua máscara de felicidade por mais que sofresse, tal como o adolescente fazia, quando ficarem de frente um para o outro, enquanto o Faraó tocava no Sennen Pazuru para fazê-lo desaparecer daquele mundo, sendo plenamente ciente que ao fazer isso, não poderia ver o seu amado, novamente.
A albina sabia o quanto eles amavam um ao outro e o quanto sofreram com o afastamento, ocultando o seu amor com medo da reação e baseando-se em julgamentos errôneos de ambas as partes.
Yukiko decidiu que naquele universo, ela não permitiria que aquele que amava como um filho ficasse deprimido, sofrendo pelo resto da vida. A albina iria unir ambos ao pensar em uma forma de fazer isso, acreditando que a outra Yukiko iria compartilhar do mesmo sentimento, uma vez que também estava interferindo, de forma indireta, através dela.
Ela suspira ao perceber que era a vez de Yuugi, prestar o seu depoimento dos fatos com um policial, sendo que percebeu que Atemu influenciou nas memórias dele, criando a história de que o criminoso estava fumando, enquanto bebia, após sair de perto dele, depois de ter entregado o que ele ordenou, antes de voltar a ficar no chão e que em virtude desse fato, não viu o que ocorreu depois.
Como todos estavam olhando para o chão e se encontravam aterrorizados, com muitos murmurando a Deus que os poupassem, as pessoas não conseguiram ouvir com exatidão vozes diferentes, além dos gemidos altos de prazer da morena, fazendo com que a polícia julgasse que o bandido acabou colocando fogo em si mesmo pela vodca ter uma alta concentração de álcool e por estar fumando ao mesmo tempo, sendo que não seria impossível uma cinza fumegante cair do cigarro, enquanto ele virava no copo, acabando por provocar o intenso fogaréu que o consumiu, com eles achando que Anzu teve muita sorte de que alguém a puxou para longe quando o fogo começou, uma vez que estava vendada e incapaz de ver o que ocorria, além de ouvir apenas gritos e como ninguém mais ouviu uma voz diferente, a polícia julgou que ela estava devia estar em choque e que por isso, ouviu vozes, sendo que na verdade não tinha ninguém com o bandido.
Então, após a polícia terminar o seu relatório do ocorrido, o jovem foi liberado para voltar para casa, sendo que Jounouchi o acompanhava, com ambos conversando entre si sobre o ocorrido, para depois, avistarem Yukiko, Kisara e Nuru que corriam até eles, enquanto que Atemu ficava aliviado pela polícia ter encerrado o caso e liberado o seu amado.
Chapter 45: Ryoushi Kyuubu
Summary:
Yukiko usa...
Os bandidos...
Yukiko comenta...
Jounouchi decide...
Chapter Text
Quando a noite caiu, após se despedir dos seus amigos, a albina entrou em seu apartamento e fez um gesto com o punho ao esticá-lo lateralmente ao corpo, abrindo uma espécie de pequeno portal.
Então, ela coloca a mão dentro dele, buscando algo, para depois, retirá-la, enquanto segurava o Ryoushi Kyuubu (Quantum Cube).
A trinca que havia nele estava desaparecendo, graças ao fato da meia dragoa usar os seus poderes para restaurar o item e mesmo restando um pequeno vestígio, Yukiko sentia que era seguro usá-lo, pois, estaria usando a sua magia e não toda a magia do item, visando poupá-lo.
Afinal, apenas queria usar a sua habilidade de criar dimensões de acordo com o desejo do portador.
Então, a albina fecha os olhos e se concentra, fazendo surgir um brilho no entorno, irradiando a partir do objeto, enquanto criava o local que ansiava e após o mesmo está pronto, sendo que havia depositado uma pequena parte dos seus poderes no item, visando poupá-lo, ela é transportada para a dimensão privativa.
A meia dragoa abre os olhos e fica entusiasmada ao ver que conseguiu criar um calabouço repleto de ferramentas de tortura que idealizou, além de várias correntes e equipamentos, fazendo-a abrir um sorriso imenso, se sentindo como uma criança em uma loja repleta de brinquedos e confessava que estava ansiosa para experimentar tudo aquilo.
Yukiko faz outro movimento com o pulso e retira o fugitivo, ainda inconsciente, para depois, jogá-lo no chão, sendo que retorna a fazer os movimentos em seus pulsos, abrindo outro pequeno portal, após o anterior fechar.
Ela estende a mão e a retira em seguida, segurando uma espécie de semente, para depois, o portal fechar, enquanto ficava satisfeita ao se lembrar de ter conseguido algumas delas há alguns dias, atrás, quando tomou ciência da sua existência e mesmo que tivesse sido cansativo achar o povo que criava aquelas plantas, a busca compensou.
Afinal, era uma semente mágica de uma planta de um planeta bem longe da Terra e de outra dimensão, sendo que aquela semente gerava uma planta belíssima que fornecia frutos maravilhosos e igualmente saborosos.
Porém, se alguém daquela raça comesse a semente, ficaria saciado por vários dias e o motivo de não a comerem regularmente, limitando-se apenas aos frutos era por causa do gosto rançoso e igualmente amargo, sendo o oposto do sabor adocicado da fruta.
Segundo as pesquisas dela, com Yukiko testando em alguns ladrões que tentaram assaltar o dojo dos pais da Nuru e da Kisara, ela descobriu que quando um humano engolia aquela semente, ele não teria qualquer necessidade fisiológica, além de se sentir saciado e sem sede.
Inclusive, conforme analisava a magia gerada pela semente, acreditava que os efeitos durariam cem anos, antes do hospedeiro viesse a falecer, envelhecendo todos os anos que não envelheceu em vinte e quatro horas, sendo que ficaria vivo até o processo terminar, com a albina acreditando que seria uma dor imensurável.
A semente para ela era muito prática, pois, cuidaria de garantir os seus brinquedos vivos, com a albina precisando apenas curá-los, após brincar com eles, sendo que se lastimava de não ter descoberto sobre essa semente, antes.
A meia dragoa pega a semente e abre a boca do bandido, a jogando em direção a sua garganta, forçando-o a engolir, enquanto ficava feliz ao ver o semblante de tormento do mesmo pelo sabor pútrido e amargo, sendo que fica satisfeita ao ver a magia agindo, pois, a albina fez os seus olhos brilharem, permitindo assim enxergar a magia agindo desde o estômago para depois, irradiar para o resto do corpo.
Ao segurar o Ryoushi Kyuubu com a sua cauda ao envolvê-la envolta do item, permitiu que as suas mãos ficassem livres, com ela usando a sua magia na coluna cervical dele, o deixando paralisado, para depois, se concentrar na mente do meliante, visando evitar que enlouquecesse, além de ampliar o seu senso de dor, sendo que daria o mesmo pesadelo que deu para Ushio e os outros.
Então, após preparar tudo, estala os dedos na frente do criminoso que abre os olhos, ficando confuso em um primeiro momento, para depois, gritar, ou melhor, tentar gritar ao se recordar do fogo em sua pele, ficando demasiadamente assustado ao perceber que não conseguiria gritar, pois, a sua boca não abria, sendo que somente conseguia mexer os seus olhos, enquanto se sentia preso em seu próprio corpo, fazendo com que ficasse ainda mais aterrorizado.
Em um misto de terror e confusão, passa a olhar para os lados e seus olhos ficam esbugalhados ao ver a estranha mulher que tinha cabelos alvos e orelhas da mesma cor, só que felpudos, além de asas de penas brancas e olhos azuis como duas safiras, além da roupa felpuda ser na cor azul com gola e barra das mangas felpudas alvas, tendo uma joia azul por cima de um laço na altura da clavícula, possuindo além dos cabelos alvos compridos, duas mechas compridas que partiam das orelhas e que repousavam na frente do corpo, contendo uma presilha circular azul em cada uma delas.
Era um vestido azul e comprido que chegava três dedos abaixo do joelho, sendo a barra desta felpuda, assim como usava calças folgadas da mesma cor por baixo da espécie de vestido que tinha um manto, cujas bordas eram felpudas e que cobriam parte do tórax por cima da vestimenta, que por sua vez, era presa na cintura por uma espécie de cinto, coberto com uma faixa azul.
Inclusive, em um primeiro momento, ao ver as asas de penas, achou que era um anjo, embora não compreendesse o que um ser angelical iria querer com alguém como ele, até que fica aterrorizado ao ver o sorriso sádico e o brilho de sadismo nos orbes azuis como safira em contraste com a pele albina da mulher, além de ficar atemorizado com os caninos afiados e alvos que ela exibia ao abrir a sua boca de contorno delicado.
- Vejo que acordou... Agora, eu posso me divertir! – ela exclama animada, como uma criança entusiasmada com um presente que desejava imensamente, enquanto o bandido ficava estarrecido ao ver uma cauda peluda alva com um porrete na ponta.
Após ver o semblante de terror dele, se deleitando com o pavor que demonstrava em seu semblante e pelo odor que liberava, ela fala, enquanto sorria:
- Não precisa ficar triste, pois, você terá amigos para lhe fazer companhia. Mais tarde, irei apresentá-los. Eu prometo! – ela continua falando em um júbilo infantil que apenas o aterrorizou ainda mais, enquanto exibia o mais puro sadismo em sua face.
Então, a albina aproxima as suas mãos dele e ele fica aterrorizado ao ver garras afiadas em vez de unhas, com a meia dragoa falando:
- Bem, vamos começar a brincadeira. Quanto mais cedo terminamos, mais rápido você conhecerá os seus amigos – o criminoso começou a julgar que estivesse no inferno, sendo que desejava se encolher, enquanto chorava de medo com o sorriso sádico no rosto dela, conforme se aproximou, com a mesma perguntando com um sorriso que não chegava aos olhos – Let´s play a game?
Após falar, ela se aproxima lentamente, visando deixá-lo ainda mais, aterrorizado, sabendo que a mente dele disparava em pensamentos aterrorizantes, sendo um pior que o outro, com Yukiko confessando que amava ver a expressão de puro terror e igual desespero em suas presas.
Ao chegar perto do meliante, que se encontrava atemorizado por não poder mexer nada com exceção dos seus olhos, além de não poder gritar, a meia dragoa começa a torturá-lo lentamente, arrancando o couro cabeludo, depois os dentes e em seguida, a pele, que eram arrancados gradativamente, com o bandido não conseguindo ficar inconsciente, enquanto que o seu senso de dor foi ampliado em três vezes, tornando-o ultrassensível, para depois, ter os seus ossos esmagados, com ela evitando pegar partes que seriam fatais, enquanto usava a sua neve azul para curá-lo, visando mantê-lo vivo.
A tortura durou várias horas, pois, ela fez de forma lenta, enquanto se divertia, curando-o totalmente, antes de fazê-lo ficar inconsciente.
Então, a albina toca na testa dele e usa, novamente, a sua magia para dar o mesmo pesadelo que deu aos outros e que seria extremamente vívido, consistindo da mesma tortura que fez, apenas modificando a parte dos ossos, pois, como era a mente, poderia quebrar todos os ossos, lentamente, sem se preocupar de serem pontos vitais, após os músculos serem arrancados de forma gradual, mantendo os seus órgãos, fazendo-o assistir tudo, para depois, ele ser curado, passando a ser estuprado no ânus e na boca por seres monstruosos com monstros no meio das pernas, fazendo-o sentir a dor lacerante de ser rasgado brutalmente, enquanto era estocado violentamente, com o pesadelo durando até que acordasse, sendo que se recordaria dele e mesmo temendo dormir, dormiria a força, garantindo a tortura e estupro noturno dentro da sua mente para o resto de sua vida, com este ciclo se repetindo todos os dias.
A albina tinha envolvido a si mesma em uma magia que circundava o seu corpo, protegendo-a do sangue, pois, não queria se sujar com o sangue imundo dele, para depois, limpar o sangue que jazia no local por prezar a limpeza ao concentrar a sua magia e estalar os dedos, fazendo sumir o sangue carmesim que havia impregnado o chão.
Então, ela faz um movimento para o lado com a sua outra mão, abrindo outro compartimento ao fazer surgir uma espécie de pequeno portal, tirando os dois bandidos que sofriam com os pesadelos.
Após retirá-los, com o pequeno portal fechando, para depois, desaparecer, a meia dragoa os posiciona um do lado do outro, presos na parede pelos punhos e tornozelos, enquanto que eles vivenciavam os seus pesadelos, pois, apesar de não se mexerem, a albina sabia que estavam vivendo o que colocou em suas mentes como forma de punição adicional.
Afinal, quando leu a mente deles, descobriu que eles pretendiam estuprá-las, após renderem a família ao atirar neles com silenciadores em regiões não fatais, sendo que também havia outros atos cruéis e igualmente perversos que praticaram com outras vitimas no passado.
Yukiko confessava que lamentava não poder ficar mais tempo, sendo que decidiu brincar com eles, durante uma parte da noite, quando estivesse aborrecida, enquanto pensava em formas de inovar as suas torturas, sabendo que eles sofreriam em seus pesadelos, sendo que ela os forçaria a dormirem presos em suas mentes, quando não estivesse os torturando.
Então, ela se retira do local, sendo que conseguia manter aquela pequena dimensão que criou através do Ryoushi Kyuubu, pois, como o estava restaurando com a sua magia, havia adquirido um vínculo com ele, garantindo que poderia manter aquela dimensão, mesmo de forma inconsciente, além de não precisar ficar segurando o objeto.
Após retornar ao apartamento, ela coloca o Ryoushi Kyuubu no compartimento destinado ao item, para em seguida, tomar um banho, antes de se deitar na cama para dormir.
Alguns dias, depois, Yuugi e Jounouchi estavam andando juntos até o colégio, enquanto que Yukiko, Kisara e Nuru haviam decidido passar em uma loja de roupas que ficava no caminho para trocar uma roupa que a albina comprou, com a meia dragoa arrastando as gêmeas junto dela para pedir conselhos sobre alguns modelos, fazendo com que os dois adolescentes continuassem o seu caminho, sendo que a meia dragoa fez isso de forma proposital, para que ambos andassem sozinhos em decorrência de um acontecimento durante o trajeto deles.
Quando viram o loiro pela manhã e notaram o machucado em seu rosto, perguntaram o que ocorreu.
Então, Jounouchi explicou que foi cercado por uma gangue de estudantes e apesar de levar um soco, ele disse que conseguiu “fazer um estrago”, segundo as palavras dele, nos quatro que o cercaram, sendo que exibia orgulho no rosto quando contou que os nocauteou com os seus punhos.
Conforme andavam, Katsuya comenta, tocando o curativo em seu rosto, após suspirar:
- Eu estou azarado nesses últimos dias.
- Eu acho que é impressão sua, Jounouchi-kun.
Ambos detêm os seus passos abruptamente quando uma placa de metal com fusíveis de um poste de luz cai na frente de do loiro, os fazendo ficarem assustados, sendo que um funcionário que trabalhava no poste de luz ao lado deles, fala em um tom de culpa, enquanto estava no alto:
- Eu peço desculpas. Vocês estão bem?
Katsuya exclama com as feições aterrorizadas, desde que o objeto caiu na frente deles e que por poucos centímetros, não os atingiu:
- Eu estou falando que estou azarado!
“Pelo menos, nós tivemos sorte que não caiu em cima de nós.” – o jovem de cabelos tricolores comenta em pensamento ao ver o quanto estiveram próximos de serem atingidos pelo objeto, passando a ver um lado positivo, mesmo naquela situação.
- Ei! Tudo bem? – o funcionário da companhia de luz torna a perguntar.
- Sim! Estamos bem! – o adolescente de orbes ametistas é o primeiro a se recuperar do susto, enquanto notava que o seu amigo continuava petrificado de medo.
Mais tarde, no intervalo, após Yukiko, Kisara e Nuru ficarem aliviadas ao saberem que Mutou estava bem, apesar do susto daquela manhã, a albina comenta, sendo que sabia que teria que agir em alguns momentos para que certos eventos ocorressem e este era um desses momentos, uma vez que na linha do tempo original, seria Anzu que iria fazer aquele comentário:
- Vocês escutaram falar no Kokurano da sala A? Parece que ele está ficando bem popular.
- Por acaso, é aquele rapaz metido que usa uma espécie de capuz e tem uma espécie de símbolo em uma faixa? – a morena pergunta com os braços cruzados em frente ao corpo, controlando o rubor que queria surgir em suas bochechas com a proximidade do loiro.
- Bem, eu ouvi algumas garotas comentando sobre ele. No caso, aquelas que sentam próximas de mim. Dizem que ele é um médium. Mas, não sei se isso é verdade – a prateada comenta, ignorando o olhar inquietante de Seto na sua direção.
Então, quando olhou de volta, o mesmo desviou o olhar dela e passou a observar a tela do seu notebook, digitando freneticamente nas teclas, a ignorando, enquanto mostrava aborrecimento em sua face, sendo que a prateada tentava compreender porque o seu coração batia acelerado ao vê-lo, além de surgir borboletas em seu estômago frente à visão dele e quando Kaiba ficava olhando para ela com um olhar incompreensível para a adolescente.
Em relação à Kokurano, Nuru também tinha o mesmo pressentimento da irmã, sendo que elas haviam comentando sobre isso, um dia, ao vê-lo cercado pelas duas assistentes dele.
- O quê?! Um garoto médium! – Jounouchi e Yuugi exclamam estupefatos.
- Sim. Ele é da classe A. Parece que ele lê o futuro e geralmente acerta nas previsões que faz. Bem, foi o que eu ouvi. – a albina comenta.
- Eu também ouvi sobre isso. – a prateada comenta, voltando a olhar para os seus amigos ao ver que Kaiba não voltou a olhar para ela.
- Vocês não perceberam que as garotas somem no intervalo? É porque vão lá para ler a sorte, sendo que sempre voltam para a sala de aula, comentando sobre as previsões dele – a bronzeada comenta pensativa.
- Bem... Eu não acredito nisso, se querem saber a minha opinião. – a albina falava, enquanto ajeitava o seu rabo de cavalo baixo, uma vez que alternava entre deixar seus cabelos soltos ou presos, enquanto deixava as duas mexas compridas que repousavam na frente do seu corpo, contendo uma presilha circular azul em cada uma delas.
- Idem.
- Eu também não acredito.
As gêmeas concordavam com a meia dragoa e por sua vez, as três perceberam que o loiro não concordava, enquanto que o jovem de cabelos tricolores parecia concordar com elas.
- Eu vou pedir para ele ler a minha sorte! – o loiro exclama com um brilho nos olhos, fazendo os seus amigos ficarem com uma gota.
Então, ele segura a mão de Yuugi e da bronzeada, sendo que esta corava intensamente pelo toque, enquanto ambos são puxados por um Katsuya empolgado, com a albina e a prateada correndo atrás deles, enquanto o mesmo exclamava com animação:
- Vamos lá, Yuugi, Nuru-chan, Kisara-chan e Yukiko-chan!
Elas notaram o sufixo “-chan” em seus nomes, mas, não se incomodaram.
Enquanto isso, Atemu, que se encontrava na sua própria câmara, sentando em uma espécie de trono, massageava as suas têmporas por estar preocupado com o incidente daquela manhã e ao ver o seu amado ser puxado pelo loiro, ele ficou com um leve ciúme, apesar de Jounouchi não demonstrar nenhum interesse amoroso no jovem, confirmando a preferência dele por garotas, conforme se recordava de algumas das conversas de ambos, para depois, ficar preocupado, pois, tinha um mau pressentimento sobre o tal médium, sendo esta sensação oriunda de sua magia, além de sentir que tinha muita experiência em julgar as pessoas, embora não compreendesse a origem das percepções que possuía e que pareciam demasiadamente naturais.
Afinal, não possuía qualquer recordação, antes daquelas que surgiram a partir do seu despertar quando o Sennen Aitemu foi montado por Yuugi.
Portanto, decidiu ficar demasiadamente atento, passando a se concentrar em ver e ouvir tudo o que o seu anfitrião via e ouvia, para que agisse o mais rapidamente possível, caso fosse necessária alguma ação rápida.
Chapter 46: O falso vidente
Summary:
As amigas de Yuugi e o mesmo consideram...
Jounouchi se encontra...
O falso vidente decide...
Yo!
Eu peço desculpas pela demora.
Desejo a todos uma boa leitura. ^ ^
Chapter Text
Ao chegarem à sala onde Kokurano lia a sorte, Yuugi fica surpreso e exclama, enquanto Jounouchi notava que havia, apenas, garotas, fazendo-o se sentir deslocado e igualmente envergonhado:
- Nossa! Que multidão!
- As garotas adoram ler a sorte. Bem, com exceção de nós três, né, meninas? – a albina pergunta para as gêmeas que consentem.
- Com certeza. Sério, não entendo como as outras garotas podem ser tão desesperadas. – a prateada comenta.
- Verdade, imouto. Põe desespero nisso. Além disso, está na cara que ele é um farsante.
- Concordo. Não acredito nisso. – a bronzeada consente.
- Vocês falaram uma grande verdade. Até parece que somos tão idiotas de acreditarmos em um charlatão como ele. – a albina fala, para depois, abanar a cabeça para os lados, enquanto exibia um semblante pesaroso – Pobres garotas que acreditam nisso.
Yukiko disse de maneira bem audível, principalmente ao ver um grupo de garotas na fila, esperando para serem atendidas.
Afinal, era necessário que elevassem as vozes para chamar a atenção do falso vidente, sendo que ela sorri consigo mesmo ao ver que algumas garotas morderam a sua isca:
- Como assim, somos coitadas?
- Isso mesmo! Retire o que disse! – outra exclama, enquanto evitava pensar no fato da albina ter uma beleza que a destacava das demais estudantes, assim como as gêmeas, sendo que as garotas daquela instituição invejavam Yukiko, Nuru e Kisara.
- Não vou retirar. A meu ver, não passam de pobres coitadas. – ela sorri com escárnio, ficando satisfeita ao ver que elas ficaram enfurecidas.
- Sua...!
- Silêncio, vocês aí! – uma das que serviam Kokurano exclama.
As estudantes que haviam gritado ficam envergonhadas por serem repreendidas por uma das que serviam Kokurano, sendo que ambas usavam um pentagrama na testa preso por uma tiara, além de usarem em volta do pescoço dois colares de contas, com um deles contendo contas redondas, enquanto que o outro era composto de contas curvadas chamadas de magatamas (勾 玉).
Elas murmuram pedidos de desculpas, enquanto ficavam cabisbaixas e curvadas, com a albina, a morena e a prateada revirando os olhos.
- O mestre Kokurano precisa se concentrar muito para usar os seus poderes. Se a energia negativa e a bagunça de vocês forem atrapalhar, podem sair imediatamente daqui!
- Não queremos sair! Nós sentimentos muito. Por favor, nos deixem ver o Kokurano-sama. – uma das garotas chega a se curvar, enquanto implorava, sendo seguida das outras.
A outra auxiliar olha longamente para elas e fala, mantendo um semblante sério:
- Então, calem-se e voltem para a fila.
Enquanto isso, o falso paranormal estava sentado em sua cadeira, possuindo um pano preto cobrindo o tampão da mesa, enquanto falava para uma garota rechonchuda:
- Você me entendeu? Você continuará a viver enquanto não morrer... Esse é o ponto mais importante.
- Eu entendi, Kokurano-sama! Que emoção! – ela exclama imensamente feliz, enquanto colocava as duas mãos no rosto.
Após alguns minutos, a última garota é atendida ao mesmo tempo em que o loiro se sentia envergonhado por ser o único rapaz, enquanto se aproximava junto de Yuugi, Yukiko, Nuru e Kisara.
Então, Kokurano questiona:
- Qual é a próxima?
Quando chegam perto dele, percebem que era um rapaz de cabelos em forma de cachos de banana de cor clara, usando uma capa preta e dois tipos de colares nenju por baixa da espécie de manto. Um deles era composto de pequenas contas redondas e o outro era composto de magatamas.
O falso paranormal olhava fascinado para as três garotas que eram consideras as mais lindas do colégio, sendo que tinha sonhos eróticos com o trio, assim como a maioria dos garotos daquela instituição de ensino, enquanto questionava se a sua fama, enfim, havia as alcançado, pois, as desejava com demasiada intensidade ao mesmo tempo em que sentia muito ciúmes, assim como, uma inveja abismal e igualmente intensa por Yuugi, por ele andar com tais beldades, sendo este o pensamento da maioria dos homens.
Então, ocorre um terremoto que durou, apenas, alguns segundos, embora fosse um pouco intenso, surpreendendo todos, sendo que o loiro havia exclamado durante o tremor:
- Terremoto!
Após cessar o tremor, Yuugi olha para o alto para confirmar que o teto não sofreu danos, enquanto falava:
- Parece que passou.
- Esse foi forte. – Katsuya comenta, olhando para o alto, também.
Kokurano sorri consigo mesmo ao perceber a oportunidade de ouro de convencer as beldades a acreditarem nele, além de desejar que o reverenciassem como as outras garotas faziam.
Portanto, decide usar o loiro que estava junto delas e mais próximo dele:
- Você aí. – ele fala, apontando para Jounouchi – Você tem dúvida dos meus poderes, não é isso?
- Hein? – ele não compreende a pergunta, pois, acreditava nele.
- Fique sabendo que eu não sou nenhum adivinho. Na adivinhação existe quiromancia, I Ching, Horóscopo Feng-shui e muitas outras técnicas do Oriente e Ocidente. Mas tudo isso é só um estudo estatístico. Um estudo do passado. Eu sou capaz de ver, realmente, o futuro com o meu poder paranormal!
Enquanto falava, Kokurano percebeu que Yuugi estava descrente, enquanto que o loiro ainda demonstrava estar confuso, enquanto que Yukiko, Nuru e Kisara, intituladas como as “três maiores beldades do colégio” pelos estudantes, o olhavam com visível descrença em seus semblantes, misturada a repulsa, como se ele fosse um verme.
Então, o falso adivinho fala, pegando um papel debaixo da sua capa, enquanto falava:
- Não adianta só falar. Vou dar uma prova a vocês – ele estende um papel na direção do loiro – Esta manhã eu escrevi neste papel a visão que eu tive. O que está escrito? Leia em voz alta, por favor.
O loiro fica surpreso, conforme lia o que estava escrito no papel:
- “Hoje vai ter um terremoto”.
A auxiliar de cabelos claros exclama:
- Palmas para o mestre Kokurano!
Nisso, todos batem palmas de forma entusiasmada, exceto Yuugi, Yukiko, Nuru e Kisara, enquanto algumas garotas exclamavam:
- Incrível!
- Foi maravilhoso, Kokurano-sama!
- É mesmo incrível! - o loiro exclama animado, se juntando á animação das garotas que reverenciavam o falso vidente.
Enquanto o aplaudiam, Kokurano fica estarrecido ao ver que as três beldades mantiveram o mesmo olhar de antes, de incredulidade e asco, fazendo-o ficar com raiva, para depois, se conter, conforme repensava a sua estratégia ao mesmo tempo em que olhava para ambas as suas assistentes, pensando consigo mesmo:
“Já me enjoei dessas garotas aqui. Acho que vou pegar essas três beldades para mim. Vai ser fácil com os meus poderes paranormais. Eu só tenho que ser mais agressivo, por assim dizer.”
Enquanto pensava, procurava conter a sua excitação, quase que desenfreada ao olhar para o trio, pois, os seus sonhos eróticos lhe vêm à mente, para depois, tentar conter o despertar do seu pênis, agradecendo o fato das roupas folgadas disfarçarem a sua ereção que estava chegando ao ponto de doer de tão túrgido que se encontrava, enquanto odiava o fato do seu falo ser pequeno e que mesmo sem as roupas, não seria totalmente visível.
De fato, ele tinha um grande complexo quanto ao tamanho do seu membro.
Após conter a sua ereção, ele começa a mexer os braços e enquanto os mexia para cima, conforme tremia o seu corpo, começou a falar como se estivesse em transe para efeito dramático, pois era, apenas, uma atuação:
- Estou vendo... Sim, estou vendo... – ele para e aponta para as três, que arqueavam o cenho, sem se impressionar – Em breve, um maravilhoso rapaz aparecerá na frente de vocês, que naturalmente irão se apaixonar por ele, aceitando, inclusive, dividi-lo.
Kokurano fica estupefato ao ver que elas continuavam a olhá-lo como se fosse um verme, deixando-o desnorteado.
Afinal, a seu ver, qualquer garota reagiria extasiada frente a este tipo de revelação.
Então, decide usar outros métodos para consegui-las e enquanto planejava o seu próximo plano, ele perguntava:
- Quem é a próxima?
Jounouchi se aproxima com as mãos nos bolsos, enquanto sorria ansioso, falando, conforme se aproximava:
- Sou eu.
Kokurano fala sem entusiasmo, pois, queria atender mulheres e não, homens:
- Hum... Você está tendo azar nesses últimos dias.
O falso vidente comenta, pois, sabia que o único motivo de um homem querer ver a sorte, justamente em um lugar frequentado por garotas, era se algo ruim acontecia com ele, sendo que a falta de sorte era um dos motivos mais plausíveis e por isso, decidiu arriscar esse palpite.
- Você sentiu isso mesmo? Ontem, eu me envolvi em uma confusão e...
- Próximo. – ele corta, mostrando total desinteresse em ouvi-lo.
- Só isso?
O loiro se afasta, enquanto demonstrava aborrecimento em sua face por não ter tido atenção, sendo que Kokurano percebe que Yuugi estava próximo dele e contendo arduamente o ciúme imenso que fomentava o ódio dele pelo rapaz andar com as “três maiores beldades do colégio” ao seu lado, decide que poderia usá-lo para tentar convencer o trio das mais belas garotas daquele lugar a acreditarem nas suas palavras:
- Não quer que eu veja o seu futuro?
Yuugi fica sem jeito, pois, estava pensando em uma forma de falar de forma educada o que pensava dele, pois, compartilhava da mesma visão de suas amigas sobre ele, além de possuir a sua própria opinião sobre poderes paranormais.
- Não me leve a mal. Talvez existam mesmo poderes paranormais... Mas não sei de dá para confiar.
- Você não acredita no poder do mestre Kokurano? – a auxiliar de cabelos claros compridos exclama indignada, apontando o dedo em riste para o jovem – Já se esqueceu de que ele previu o terremoto?
- Está me chamando de mentiroso? – ele pergunta, olhando para o adolescente de cabelos tricolores, enquanto ficava enfurecido por não convencê-lo, além de retornar o ódio imenso que ele sentia pelo estudante a sua frente.
- É que eu já vi truques de mágica, bem parecidos. – o jovem de orbes ametistas fala sem jeito, enquanto buscava falar o mais educadamente possível.
Kokurano fica irado, com a sua face ficando vermelha pela raiva, enquanto perguntava, controlando ao máximo o seu ódio para que não transparecesse em sua voz:
- Ah, é?
- Por exemplo. Se você carregasse um monte de previsões diferentes dentro da sua roupa, não seria uma previsão.
O falso vidente fica estarrecido ao ver que o adolescente a sua frente parecia ter adivinhado o seu truque envolvendo previsões, tal como a do terremoto, embora acreditasse, após se acalmar brevemente, que fora apenas uma infeliz coincidência com o uso de um exemplo.
Então, ele ergue uma perna, enquanto finge estar em transe, fazendo barulho com os seus colares no pescoço, conforme murmurava algo irreconhecível para efeito dramático, com a auxiliar de cabelos claros demonstrando preocupação, enquanto murmurava:
- Mestre Kokurano-sama...
Ele para e exclama, apontando o dedo em riste para o jovem de orbes ametistas, decidindo continuar com o seu plano, visando fazê-las acreditarem nele ao mesmo tempo em que poderia se vingar daquele que odiava com todas as suas forças:
- Eu vejo o seu futuro! Inúmeras letras cairão do céu e trarão desgraça a você!
Mesmo não acreditando, Yuugi demonstrava uma face surpresa e igualmente preocupada, enquanto o adolescente a sua frente arfava, simulando cansaço.
As amigas do jovem de cabelos tricolores estreitam o cenho para Kokurano, que fica estupefato ao ver que elas demonstravam raiva e igual repugnância ao olharem para ele, enquanto puxavam o seu amigo para longe, sendo que a albina se controlava para não pegá-lo, ainda, mesmo sabendo o que o falso vidente iria tentar fazer com aquele que via como um filho querido, além do outro crime que ele cometeu e que não foi acusado, sendo que este ato lhe trouxe a fama atual.
Ademais, o estudante era a presa de Atemu e após o Faraó aplicar a justiça, além de punição pelos atos dele, ela poderia pegar a presa para si e confessava que estava ansiosa para transformar o falso adivinho em um dos seus brinquedos de tortura, juntamente com os outros desgraçados que estavam com ela, inclusive os que foram internados, com exceção de Ushio, pois, se ele sumisse da instituição psiquiátrica, Yuugi viveria com medo de uma provável retaliação por não ter pagado o dinheiro para Ushio.
Afinal, o jovem de cabelos tricolores não saberia a verdade do que acontecia com ele e que o mesmo não ofertava perigo.
Portanto, para o bem estar daquele que via como um filho querido, Ushio precisava continuar na instituição psiquiátrica com os pesadelos vívidos, enquanto o manteria saudável e vivo para sofrer o resto de sua vida e que somente iria morrer de velhice em uma idade bem avançada para vivenciar ao máximo o terror.
Claro que ela pensava em alguma forma de prolongar esse tormento e em virtude desse desejo, procurava ardentemente uma forma de fazer isso, pois, a seu ver, apenas ficar na instituição psiquiátrica não era o suficiente por todo o mal que praticou contra Mutou.
Mais tarde, Yuugi se encontrava com os cotovelos apoiados na mesa e com o seu queixo em ambas as mãos, olhando um ponto qualquer, enquanto as palavras de Kokurano ressoavam em sua mente.
- Yuugi, não se preocupe. Aquela previsão nunca vai acontecer! – o loiro exclama ao ficar preocupado com o estado do seu amigo.
- Isso mesmo, Yuugi-kun. – a morena fala.
- Ele é, apenas, um charlatão. – a prateada fala.
Nisso, aproveitando que uma garota passava ao lado deles, Yukiko usa a sua magia de forma discreta, subjugando a mente da estudante, se aproveitando do fato dela ter uma mente fraca e por se encontrar sozinha, juntamente com o fato de ser uma das garotas que idolatravam Kokurano, fazendo-a não sentir qualquer pena em usá-la para o seu plano ao tomar o controle temporário da sua mente.
Então, a albina passa em pensamentos as palavras que desejava que a adolescente falasse, pois, seria estranho ela falar aquilo, sendo que era necessário que o jovem de orbes ametistas ouvisse aquilo para que Atemu soubesse, também, em virtude do que aconteceria, assim como, quando fosse aplicar a justiça, além do fato da albina ter tomado ciência de que não seria, exatamente, como na linha do tempo original.
- Não sabem de nada! – a estudante exclama, chamando a atenção deles, com a albina fingindo estar surpresa - Kokurano-sama ficou realmente famoso por causa de uma previsão que ele acertou... Ele previu que a casa de um aluno da sala A pegaria fogo três dias antes de acontecer. O menino está vivo, mas continua internado.
Então, a albina faz a garota se afastar deles, fazendo-a se sentar em seu lugar ao mesmo tempo em que manipulava a mente dela para se esquecer das palavras que pronunciou, para depois libertá-la, percebendo que a adolescente parecia ligeiramente confusa, sendo algo normal, para em seguida, agir como se não houvesse ocorrido nada de estranho.
Enquanto isso, o loiro demonstrava um semblante de puro terror ao mesmo tempo em que pensava consigo mesmo, chegando a tremer de medo, conforme engolia em seco:
“O cara é paranormal de verdade.”
Yuugi sorri para os seus amigos e fala com visível tranquilidade em sua voz e semblante:
- Eu não acredito na previsão dele.
De fato, ele não acreditava e o motivo de ter ficado pensativo era porque pensava nas palavras que lhe foram ditas, tentando compreender o que Kokurano quis dizer, pois, o jovem sentia a estranha sensação de que precisava descobrir o significado dessas palavras, embora não compreendesse o motivo.
“Mas o que seriam “inúmeras letras”?” – ele pensava consigo mesmo, enquanto voltava a ficar pensativo na carteira, passando a apoiar o rosto em apenas uma mão.
Mais tarde, as gêmeas, a albina e Yuugi guardavam os seus materiais em suas em suas respectivas mochilas, sendo que eles tiveram que arrumar a sala de aula e varrer o chão, pois, era o dia deles de fazerem isso.
Quanto ao loiro, ele havia comunicado que iria andar com Honda naquele tarde e por isso, se despediu deles, enquanto o quarteto se preparava para varrer e arrumar a sala de aula, sendo que controlava o seu rubor ao olhar para Nuru, que por sua vez, também procurava evitar corar sobre o olhar dele, para depois, Katsuya correr até onde estava o moreno. O jovem de cabelos tricolores compreendia que o seu amigo precisava dividir o tempo que tinha entre ele e Hiroto, que continuava irredutível em sua opinião sobre Mutou, segundo o que Jounouchi lhe explicou.
Enquanto terminava de arrumar o seu material, após eles cumprirem com as suas obrigações, Yuugi percebe um livro embaixo de uma carteira próxima dele, desconhecendo o fato de que Kokurano usou a saída dos estudantes da sala de aula para colocar o livro embaixo de uma das carteiras ao descobrir como Mutou era gentil, prestativo e amável, fazendo-o acreditar que o jovem iria devolver o livro para a biblioteca.
Mutou pega o livro e fala para as suas amigas que haviam terminado de guardar os seus respectivos materiais:
- Eu vou a biblioteca devolver esse livro. Alguém o deixou embaixo da carteira.
- É um gesto muito gentil, Yuugi-kun. – Nuru fala, sorrindo.
- Com certeza. – Yukiko comenta, enquanto forçava um sorriso, pois, sabia o que iria ocorrer.
- Podemos ir juntos. O que acha? – Kisara pergunta, enquanto sorria gentilmente para o seu amigo de infância.
- Não precisa. Eu volto daqui a pouco.
Yukiko ficava aliviada por não precisar usar os seus poderes para influenciar as gêmeas a não seguirem o amigo delas.
- Então, vamos esperar você. – a albina comenta, com as irmãs concordando.
- Eu volto rápido. Vou, apenas, colocar esse livro na prateleira.
Então, ele sai, enquanto o trio começava a conversar, sendo que a albina sabia que precisaria agir no momento certo e por isso, estava atenta ao ambiente a sua volta.
Afinal, mesmo que tivesse que recriar os acontecimentos originais, não precisava fazer da mesma forma que ocorreram. Ela podia modificar algumas coisas, desde que o acontecimento principal não fosse alterado.
Claro que em outros, a albina podia modificar por completo.
Chapter 47: Yami no Geemu Kokurano - Parte I
Summary:
Conforme Yuugi seguia pelo corredor...
Na biblioteca...
Atemu decide...
Yukiko faz...
Kokurano aceita...
Chapter Text
Conforme andava pelos corredores com o livro em mãos para devolver à biblioteca, Kokurano o seguia discretamente, sorrindo malignamente consigo mesmo ao ver que o seu plano estava ocorrendo de acordo com o que havia planejado.
Atemu se encontrava dentro da sua câmara de alma e também estava pensativo sobre as palavras do falso vidente ao mesmo tempo em que se encontrava demasiadamente preocupado, pois, o coração gentil, amável e cristalino do seu anfitrião atraia o mal, fazendo com que corresse perigo.
Porém, não era culpa de Yuugi. Simplesmente, decorria do fato das pessoas malignas adorarem ferir e machucar aqueles que detinham um coração tão cristalino que irradiava gentileza e pureza.
Isso era um fato inevitável e igualmente imutável ao longo dos milênios.
O espírito sabia que o outro estudante era uma farsa, pois, não conseguia identificar qualquer poder dentro dele. Se de fato, tivesse tais habilidades, elas seriam decorrentes de magia e ele não conseguia sentir esse poder nele.
Ademais, mesmo que o estudante tentasse ocultar, caso tivesse algum treinamento mágico, ainda iria irradiar uma leve sensação, imperceptível para muitos, menos para ele, com o Faraó acreditando que essa capacidade era decorrente do Sennen Pazuru, embora acreditasse que havia a sua própria habilidade por sentir afinidade com a magia, a compreendendo de forma profunda. Era essa a sensação que tinha, fazendo-o acreditar que no passado, lidava com magia por mais que não tivesse qualquer recordação, antes do item ser dado a Yuugi.
No lado de fora, após o adolescente entrar na biblioteca, Kokurano entra no cômodo e avista com satisfação, o seu alvo colocando o livro no local certo, depois que descobriu onde ficava a seção do mesmo.
Conforme Mutou erguia o livro para coloca-lo no local designado a ele, surge um estalo em sua mente, por assim dizer, fazendo-o compreender as palavras de Kokurano.
Alguns segundos depois, o jovem ouve sons apavorantes e arregala os olhos, enquanto exclamava em pensamento ao compreender as palavras do falso vidente:
“Inúmeras letras!”
Ao virar o rosto, fica apavorado ao ver as estantes atrás dele caindo umas sobre as outras em sua direção ao mesmo tempo em que o Sennen Aitemu resplandecia, com Atemu trocando de lugar com o seu amado, conseguindo reagir a tempo ao escapar da queda da prateleira, sendo que se encontrava aliviado quando ambos compreenderam ao mesmo tempo, o que o falso vidente quis dizer com “inúmeras letras cairão do céu e trarão desgraça a você”.
De fato, se a estante tivesse conseguido atingir Yuugi, ele duvidava que o seu amado sobrevivesse e mesmo que conseguisse sobreviver, o que seria um milagre, teria graves sequelas.
Enquanto a fumaça pela queda das prateleiras se dispersava, o Faraó se encontrava com as mãos fechadas em punhos, enquanto olhava para as estantes caídas umas sobre as outras, sendo evidente a sua raiva, enquanto exclamava:
- Se nós não tivéssemos compreendido o que aquele bastardo queria dizer com “inúmeras letras”, o meu amado Yuugi estaria morto – o espírito se lembra do que aquela estudante disse sobre o falso vidente ter previsto um incêndio e considerando o que havia ocorrido instantes antes, juntamente com o fato de Kokurano não ter poderes, havia somente uma explicação – O Kokurano é um canalha que executa as suas próprias previsões!
Então, conforme saia do local, enfurecido pelo falso vidente ter tentado ferir aquele que amava, sendo algo imperdoável ao Faraó, se recorda da outra “previsão” que foi feita, envolvendo as amigas do seu anfitrião e frente a essa recordação, ele fica alarmado.
Afinal, elas cuidavam de Mutou, além de protegê-lo, sendo que era eternamente grato por elas cuidarem do seu amado, assim como sabia do intenso carinho e amizade que o jovem sentia por elas.
- Como ele executa as suas próprias previsões, as próximas vítimas são as amigas de Yuugi. Por sorte, eu sei onde o desgraçado está. Afinal, ele acompanhou o meu amado até a biblioteca e com certeza, sabe onde elas se encontram naquele momento. – ele comenta consigo mesmo, conforme saia da sala.
Longe dali, na sala de aula, Kokurano se aproxima delas com uma garrafa de clorofórmio, virando um pouco do conteúdo em uma esfera de vidro, pois, havia planejado jogar o objeto nos pés delas para que o líquido saísse em forma de gás, visando dopá-las instantaneamente pela inalação do mesmo.
Após preparar o item, ele o atira no ar em direção aos pés delas, desconhecendo o fato da albina ter usado os seus poderes para congelar a sala ao mesmo que desejou que o falso vidente não sentisse o ar congelante.
Afinal, a pessoa sentia ou não, de acordo com o seu desejo, as modificações feitas no ambiente por intermédio da sua magia.
A esfera de cristal foi congelada instantaneamente, fazendo com que caísse inerte no chão, sem se romper e ao ver que o objeto não quebrou, o falso vidente fica confuso, pois, tinha a absoluta certeza que tinha usado a devida força para quebrá-lo.
Yukiko fez isso, pois, das três, as únicas a serem afetadas pelo gás seriam a bronzeada e prateada. Ela não seria afetada por ser uma meia dragoa, juntamente com o fato de ter vivido por inúmeros milênios.
- Que som foi esse? – Nuru pergunta, olhando para os lados.
- Parece o barulho de um vidro caindo no chão. – Kisara comenta, enquanto buscava com os seus olhos, a fonte do som.
Yukiko vira na direção do objeto e dobra os joelhos, fingindo procurar no chão o que provocou o som, para depois, pegar discretamente a esfera, aproveitando o fato das adolescentes estarem distraídas, olhando para os lados, enquanto buscavam a origem do som.
Simulando que procurava a origem ao andar pela sala, ela se aproxima de uma das janelas e joga furtivamente o objeto pela janela para estupefação de Kokurano.
Depois, a albina se aproxima das suas amigas, falando:
- Eu acho que foi, apenas, uma impressão. Eu não ouvi nada e não consigo avistar nenhum vidro quebrado, pois, se um vidro cair no chão, ele quebra.
- Verdade...
- Talvez seja apenas impressão. Afinal, a Yukiko-chan não ouviu nada.
Enquanto as gêmeas conversavam, o falso vidente sente o sangue gelar em suas veias ao mesmo tempo em que uma estranha brisa gélida o envolvia como uma mortalha quando a albina olha para o local onde ele estava escondido, fazendo o adolescente ter a estranha visão de se encontrar em frente a um dragão colossal, alvo e peludo, exibindo um símbolo de lua crescente na testa que parecia brilhar levemente, com garras afiadíssimas elegantemente curvadas e igualmente mortais que se assemelhavam a um diamante lapidado com perfeição, enquanto que as suas asas emplumadas e igualmente elegantes se encontravam abertas, possuindo uma envergadura tão colossal quanto o tamanho do dragão para que pudesse sustentar o peso do seu corpo no ar e que naquele instante, foram inclinadas para frente e dobradas ligeiramente para combinarem com a postura ameaçadora do dragão em toda a sua imponência e poder, assim como, fúria avassaladora.
O estudante começa a urinar de medo, sendo que quase defecou quando o dragão aproximou a cabeça imensa, com as mandíbulas entreabertas, mostrando as fileiras de presas alvas e igualmente afiadas, sendo que o rosnado que revibrava pela garganta da dragoa lhe gelava os ossos e fazia os seus olhos ficarem esbugalhados ao mesmo tempo em que ficava surpreso por não ter desmaiado pelo terror que lhe afligia e por ser capaz de raciocinar, mesmo frente a aquela visão atemorizante, enquanto suava frio, conforme se encontrava refletido nas íris azuis coléricas do ser que demonstrava toda a sua fúria e desejo de estraçalha-lo.
Então, ele observa um movimento da cauda do mesmo, que o brande em forma de chicote ao seu lado, com o porrete imenso na ponta da cauda se chocando violentamente contra o solo ao lado dele, fazendo com que a pressão do ar que foi deslocado pelo objeto maciço, o jogasse há alguns metros, como se ele não passasse de uma simples pluma levada pelo vento.
O impacto abrupto contra o solo, o faz sentir uma dor lacerante, para depois, ele urinar de medo, novamente, quando uma das garras afiadas passa rente ao seu rosto, enquanto a dragoa o aprisionava contra a sua palma e o chão atrás dele ao mesmo tempo em que evitava esmagá-lo.
Ele tremia intensamente e tomado pelo terror, não havia percebido o arranhão em seu rosto pela garra ter pegado superficialmente e propositalmente uma parte de sua pele, embora fosse um corte superficial por onde brotava um pequeno filete de sangue.
O falso vidente fecha os olhos, enquanto chorava aterrorizado, para depois, ouvir algumas palavras ininteligíveis que o fazem abrir parcialmente os olhos por se encontrar demasiadamente temeroso, para enfrentar a fúria do dragão colossal.
Então, ele pisca freneticamente os olhos ao mesmo tempo em que ficava confuso ao ver que estava na sala de aula, no canto em que se escondeu e que não havia nenhum dragão gigantesco, cujo tamanho lembrava o do Godzilla, embora ele acreditasse que o tamanho do dragão o superava, sem contar a envergadura colossal das asas emplumadas.
O falso vidente sente a pele do seu rosto úmida na altura dos olhos, indicando que havia chorado copiosamente, além de sentir uma ardência em um dos lados do seu rosto e ao passar a mão, observa nos seus dedos um pouco de sangue, o alarmando, pois se recordava de uma das garras imensas ter passado rente ao seu rosto e frente a esta constatação, ele esbugalha os seus olhos.
Afinal, aquilo não podia ser real. Era impossível, a seu ver, embora não conseguisse encontrar qualquer explicação, minimamente plausível, para aquele ferimento ao mesmo tempo em que procurava extinguir o forte terror que ainda o tomava, sendo oriunda daquela visão estranhamente vívida e igualmente aterradora, enquanto lidava com a fraqueza em suas pernas e o tremor involuntário que ainda acossava o seu corpo, ficando estarrecido ao sentir que as suas calças se encontravam úmidas pelo fato de ter urinado de medo duas vezes.
Então, o som de passos o tira dos seus pensamentos, com ele observando o trio saindo da sala de aula ao mesmo tempo em que a albina propunha algo para as gêmeas, enquanto o falso vidente sentia um estranho desejo de manter uma distância imensa de Yukiko, chegando ao ponto de ficar aliviado ao ver que ela se afastava, apesar de perder as gêmeas no processo, pois, elas a estavam seguindo:
- Podemos esperar na frente do colégio. Não tem porque o Yuugi-kun fazer todo o trajeto de volta. A biblioteca fica próxima da saída. Vamos enviar uma mensagem para ele, o que acham?
- Verdade.
- Também concordo. Vamos esperar por ele na saída.
Kokurano põe a mão no tórax, enquanto sentia o seu coração acelerado por ter sido tomado pelo terror, sendo que lutava para dispersar a visão atemorizante que teve e que fora absurdamente real, pois, jurava que havia sentido a respiração congelante do dragão contra ele e foi tão real, que ele estava duvidando de sua própria sanidade.
Então, ele ouve uma voz barítono profundo repleto de fúria:
- Pelo visto, pretendia fazer mal as minhas amigas.
- Quem é? – ele vira abruptamente, enquanto perguntava, para depois, ficar estarrecido ao ver quem era, pois, acreditava piamente de que o tinha atingido com as estantes – Yuugi!
Conforme olhava para ele, que estava com os braços cruzados sobre o tórax e uma postura que exalava raiva, o falso vidente podia jurar que Yuugi estava um pouco mais alto, além de algumas de suas franjas estarem arrepiadas, enquanto achava estranho o fato da voz de Mutou ser de barítono.
Afinal, pelo que se recordava, era uma voz em um timbre baixo e gentil, sendo o oposto da voz que estava ouvindo, atualmente e questionava se aquela visão aterrorizante estava fazendo-o ouvir coisas, pois, ninguém mudava de voz ou de aparência. Era impossível, a seu ver.
A voz barítono torna a revibrar pelo ambiente, fazendo-o sair dos seus pensamentos:
- Que pena. Mas, você errou a sua previsão, bastardo. Eu estou inteiro e sem qualquer ferimento – ele desfaz os braços cruzados e passa a exibir um sorriso no rosto, deixando Kokurano consternado pela mudança no semblante do mesmo – Que tal fazermos um jogo? Se eu perder, reconheço que você é um paranormal.
Atemu decide usar a própria arrogância e desejo do estudante de ser reconhecido como um verdadeiro vidente para manipulá-lo, visando atraí-lo para um Yami no game, possuindo a inabalável autoconfiança que a sua presa iria aceitar.
- Jogo?! – Kokurano demonstra uma face incrédula, pois, era uma proposta inusitada.
- Eu sei que você tem clorofórmio. Afinal, não consigo imaginar outra forma de você derrubá-las. Afinal, Yukiko, Nuru e Kisara conseguem subjugá-lo facilmente. Dopá-las, usando um ataque surpresa, é uma forma efetiva de lidar com aqueles que são mais fortes do que você, sendo que é uma atitude covarde e igualmente patética. Pelo visto, não passa de um farsante.
- Seu...! Saiba que eu tenho os meus poderes! Eu não sou um “farsante”. Retire o que disse!
- Se me vencer, eu o reconheço como sendo um verdadeiro vidente e inclusive, pedirei desculpas em público. Afinal, se possui poderes paranormais, vencerá facilmente o jogo, certo?
O falso vidente pensava, enquanto via naquela proposta uma grande oportunidade de conseguir as “três beldades do colégio” para si:
“Se eu conseguir fazer esse desgraçado aceitar os meus poderes, conseguirei convencê-las das minhas habilidades e com certeza, irão me amar. Afinal, qual mulher não amaria alguém poderoso?”
Essa visão equivocada, oriunda de uma mente deturpada como a de Kokurano, era crível para o mesmo que acreditava piamente que conseguiria arrebatá-las se fizesse Yuugi acreditar nele, visando que ele influenciasse na decisão delas, por mais absurdo que fosse essa linha de pensamento.
Então, o falso vidente exclama arrogantemente, possuindo autoconfiança em seus poderes inexistentes:
- Claro que sim! Vou mostrar os meus grandiosos poderes a um incrédulo medíocre como você!
Atemu nada fala, mas, sorri de canto ao ver que a sua presa havia mordido a sua isca, desconhecendo o fato de ter condenado a si mesmo por aceitar o jogo.
Então, as trevas começam a envolvê-los e somente quem detinha conhecimento e poder mágico podia ver as sombras os envolvendo, após Kokurano ter aceitado o Yami no game, enquanto que Atemu havia decidido que iria continuar usando as palavras contra o seu adversário, visando manipulá-lo e intensificar a visão errônea que Kokurano possuía sobre si mesmo.
- Vamos usar o seu clorofórmio. Eu preciso dele para o nosso jogo. – ele fala, estendendo a mão para o estudante.
O mesmo arqueia o cenho, para depois, mostrar desconfiança em seu olhar e postura, com o Faraó perguntando:
- Com certeza, viu em suas visões que, de fato, usarei o clorofórmio no jogo e não em você. Ou vai me dizer que não é um verdadeiro vidente? – ele termina, sorrindo de canto, fazendo questão de demonstrar incredulidade em seus olhos, enquanto observava o falso vidente torcer os punhos.
O estudante confessava que estava desconfiado do seu adversário.
Porém, se falasse que não confiava nele, estaria admitindo a ausência de poderes por não ver o futuro. Se falasse que não confiava e de fato, ele apenas queria o vidro para montar o jogo, estaria confessando da mesma forma.
Portanto, sabia que não havia escolha se desejasse manter a ilusão dos seus poderes:
- Claro que sou verdadeiro e possuo os meus poderes. Tome o vidro – ele estende o objeto, o entregando, sendo que estava atento aos movimentos de Atemu que revirava os olhos, enquanto se afastava dele, se dirigindo para uma das mesas.
Ele estava tranquilo ao tocar o objeto, pois, sabia que as digitais naquele vidro, caso ocorresse uma investigação, o que duvidava, piamente, não seriam as de Yuugi e sim, dele.
Afinal, conseguia modificar, um pouco, o corpo do seu anfitrião e havia se focado nas digitais por precaução, conforme assimilou a tecnologia e conhecimento daquele mundo, além de aumentar, um pouco, a estatura, juntamente com o fato dos cabelos e franjas terem uma aparência próxima a que usava, embora fossem mais altos e pontudos, em vez dos cabelos e franja do seu amado.
Ademais, com o advento das semanas, o espírito sentia que poderia reaver a sua altura e físico original.
O Faraó abre a mochila do seu amado e encontra folhas de sulfite, as retirando para depois, colocá-las sobre uma mesa, espalhando algumas folhas, sobrepondo-as umas nas outras, para depois, colocar o vidro de clorofórmio no centro.
- A regra do jogo é simples! Eu espalhei várias folhas sobre a mesa e coloquei o vidro sobre elas. Cada um tem que tirar uma folha de papel. Naturalmente, é proibido tocar no vidro. Aquele que derrubar o vidro no chão irá perder, pois, o perdedor estará dormindo profundamente por causa do clorofórmio. – ele explica, com os braços cruzados na frente do corpo.
Kokurano dá uma risadinha de escárnio, falando em seguida:
- Eu já estou vendo você estirado no chão.
- Ah é? – Atemu pergunta de forma descrente, arqueando uma das sobrancelhas, enquanto mantinha os seus braços cruzados, encarando com escárnio o falso vidente – Vamos decidir quem começa.
Chapter 48: Yami no Geemu Kokurano - Final
Summary:
O Yami no Game começa e...
Atemu procura...
Kokurano se encontra...
Chapter Text
Eles tiram a sorte com o jankenpon e o Faraó vence, pois a pedra quebra a tesoura.
- Ok! Eu começo. – ele se aproxima da mesa e escolhe uma das folhas.
- Cai! Cai! – Kokurano exclamava, torcendo os punhos, enquanto o via escolher uma folha ao tocá-la com os dedos, a segurando da ponta, enquanto se preparava para puxá-la.
O espírito sabia que havia uma forma correta e igualmente segura de puxar a folha, graças aos ensinamentos de Sugoroku quando Yuugi era jovem, juntamente com os princípios da física, sendo este último conhecimento, proveniente dos estudos do seu amado.
Ademais, Atemu era plenamente ciente de que o seu anfitrião carecia de confiança em suas habilidades, apesar de possuir muito conhecimento sobre diversos jogos e formas de jogar qualquer jogo.
Inclusive, o adolescente era ciente da técnica correta para tirar a folha ao mesmo tempo em que impedia o frasco de tombar.
Afinal, ele foi instruído pelo seu avô que nutriu o amor pelos jogos que o seu neto demonstrou desde que era pequeno, além de compartilhar todo o conhecimento que possuía e que foi adquirido pelas suas viagens ao redor do mundo, quando ele era conhecido como o Mestre dos jogos por vencer todos os tipos de jogos em todo o mundo ao ponto de se tornar uma lenda, fazendo com que muitos jogadores desejassem que ele fosse o mestre deles para pudessem aprender com o melhor.
Sugoroku instruiu o seu neto desde cedo no amor aos jogos ao perceber a aptidão natural da criança e a felicidade que exibia ao ver um jogo, juntamente com o fato de Mutou ser estudioso, pois, o conhecimento de algumas disciplinas podia ser aplicado aos jogos, tal como ele havia feito, conforme se tornava o Mestre dos jogos.
Afinal, não era somente o conhecimento sobre as formas de jogar, havia a ciência, história, matemática, química e física aplicada em muitos destes jogos, desde cartas, enigmas, pinos, peças, roletas, tabuleiros e outros tipos.
Após puxar a folha, o Faraó observa o vidro girando, sabendo que havia conseguido manter o centro do equilíbrio do vidro, visando fazê-lo girar sobre o seu próprio eixo, sem cair até que ele parou com a rotação vertical, saindo do centro da mesa e se posicionando próximo da beirada.
Para efeito dramático, tal como Kokurano havia feito anteriormente, Atemu simulou estar aliviado pela garrafa não ter caído, após ele puxar a folha e o motivo de fazer isso era para impedir que o seu adversário percebesse que havia uma forma correta de fazer isso, diminuindo drasticamente as chances da garrafa cair, além de fazer com que o falso vidente mergulhasse ainda mais na sua visão errônea sobre ter poderes por se recusar a ver a verdade, preferindo ignorar o que era claro para abraçar a visão deturpada e igualmente equivocada da sua mente.
Inclusive, o fato de não desejar ver a verdade, se afundando ainda mais na visão ilusória de ter poderes seria a ruína de Kokurano, pois, o Yami no game revelava o âmago das pessoas e definia o seu futuro. O fato de não desejar reconhecer a verdade por ser um covarde, desejando acreditar em uma mentira, condenaria o futuro do falso vidente, sendo algo que o Faraó ansiava, pois, sabia o resultado daquele jogo em virtude da conduta do seu oponente.
Kokurano escolhe uma folha, a que estava mais afastada da garrafa e a puxa abruptamente, fazendo a garrafa girar até se aproximar da borda, para depois, parar, com o falso vidente exclamando, após rir de satisfação, por mais que suasse frio pelo pavor que sentiu ao ver a garrafa se aproximar perigosamente da borda:
- Viu só? Esse é o meu poder!
Atemu continua fingindo que estava preocupado e fala, procurando simular essa preocupação em sua voz barítono, enquanto olhava para as folhas, fazendo alguns cálculos mentais sobre os prováveis resultados, visando escolher a que era a mais segura, sendo que fica surpreso ao constatar que era aquela que aparentava ser a mais perigosa para ser puxada:
- Ops... Parece que estou em perigo.
Conforme escolhia a folha, sabia que as outras duas que sobraram e que não pareciam tão perigosas se puxadas pelo outro lado, eram de fato, as mais perigosas se alguém as analisasse mais atentamente, algo que Kokurano não fazia, pois, as puxava de qualquer modo e sem o devido cuidado, pelo que o Faraó havia percebido.
No tocante das folhas, o ditado “as aparências enganam”, era retratado perfeitamente naquela mesa.
Após colocar os dedos na folha, Atemu a puxa e apesar do movimento aparentemente brusco, o espírito havia aplicado, na verdade, um movimento piamente calculado e perfeitamente executado.
A garrafa roda sobre si mesma, com o seu centro de gravidade sendo mantido intacto e conforme os cálculos do Faraó, a garrafa gira até ficar perigosamente na ponta, com metade do vidro para fora do tampão, fazendo com que Kokurano não conseguisse impedir a queda quando fosse a vez dele de puxar qualquer uma das folhas remanescentes.
Afinal, não importava qual folha ele puxasse, a garrafa iria cair, sendo que era um resultado inevitável e igualmente previsto pelo espírito. O destino do falso vidente se encontrava selado, antes mesmo do início do jogo e apenas aguardava a conclusão esperada.
O estudante fica aterrorizado ao ver a garrafa com metade do vidro para fora da mesa.
Após apreciar o semblante aterrorizado da sua presa, Atemu fala, com uma das mãos do bolso, enquanto apontava o dedo da outra mão incisivamente para o estudante, decidindo atiçar o mesmo, conforme sorria de canto:
- O que fará agora? É impossível puxar qualquer papel. Qualquer um que você puxar, levará a queda da garrafa. Mas existe um único meio, sabia? Use os seus poderes paranormais e levante o vidro no ar. As regras dizem que não pode tocar fisicamente. Mas, tocar através dos seus poderes paranormais, é permitido.
Kokurano se encontrava totalmente imerso na própria ilusão que criou em sua mente ao não aceitar a verdade inevitável e igualmente indesejada dele não ter poderes paranormais, sendo que tal ilusão era ampliada pelas sombras do Yami no Game, que faziam com que os pensamentos, anseios, âmago e desejos dos participantes fossem exteriorizados durante o jogo, decidindo o seu futuro.
O falso vidente exclama com determinação:
- Eu vou mostrar o meu poder telecinético!
Então, acreditando piamente que tinha poderes, o estudante passa a se concentrar, enquanto olhava para a garrafa, para depois, fechar os olhos, falando consigo mesmo em pensamento ao ficar imerso na ilusão que criou e que se tornou real para a mente dele através do Yami no Game ao não ter a coragem de encarar a realidade:
“Eu vejo o vidro se elevando no ar – ele ri levemente, enquanto mantinha os olhos fechados ao mesmo tempo em que segurava uma das folhas – Sim... está flutuando. Eu tenho os meus poderes paranormais e nunca perderei.”
De fato, dentro da mente dele e através dos seus olhos imersos na ilusão, ele via a garrafa levitando no ar.
Afinal, para Kokurano, os seus poderes eram reais e não frutos da sua imaginação, como o que estava ocorrendo naquele instante, sendo que a garrafa se encontrava repousando sobre as folhas. Essa era a verdade que o falso vidente não deseja ver ou conhecer por se encontrar, irrevogavelmente, imerso na ilusão criada pela sua mente, cujas mentiras foram fomentadas pelo estudante que as alimentou, com o Yami no Game as revelando de acordo com a mente do estudante.
Então, ele exclama, apontando o dedo em riste para o alto, ignorando por completo o fato da garrafa se encontrar repousando sobre as folhas no tampão da mesa, pois se recusava veementemente a acreditar que não tinha poderes e que o que estava vendo era, apenas, fruto da sua imaginação.
Ou seja, Kokurano não queria enxergar a verdade inevitável e essa era a sua perdição, com Atemu sendo consciente do quanto o estudante era covarde ao recursar a verdade, preferindo viver na ilusão criada pela sua mente.
O adolescente gargalha, exibindo uma face quase que demente ao mesmo tempo em que sorria imensamente, enquanto exclamava, apontando para o alto, onde ele acreditava que a garrafa estava flutuando:
- Você está vendo? O vidro está no ar graças ao meu poder!
Então, o Faraó fala, enquanto mantinha o semblante neutro, por mais que estivesse satisfeito ao ver que Kokurano havia mergulhado profundamente nas ilusões criadas pelas suas mentiras em vez de viver no mundo real, com o Yami no Game exteriorizando as ilusões criadas pela mente do estudante, pois, sabia que o falso vidente nunca reconheceria a verdade por se recusar a enxergar as suas limitações em virtude do fato de ser um covarde irremediável:
- Isso é só a sua imaginação. Se não duvida dos seus poderes é só puxar essa folha de papel!
O adolescente fica com uma face ainda mais demente, se recusando até o final a ver a verdade, enquanto ele permanecia fomentado a ilusão que criou com a sua mente, recusando veementemente a realidade por ela ser inaceitável ao ver dele.
Porém, apesar das palavras em forma de bravata que proferiu anteriormente, era evidente o tremor intenso que acometia Kokurano, enquanto segurava a folha pela ponta dela, pois, uma parte ínfima e que parecia se manifestar naquele instante, desejava ver a verdade que lhe era negada com tanto afinco pela sua covardia em encarar a realidade.
Kokurano exclama de forma arrogante, após gargalhar com a incredulidade demonstrada pelo Faraó que se limitava a arquear o cenho, enquanto sorria internamente:
- Não seja ridículo... Não é imaginação. Eu sou paranormal!
Mesmo falando tais palavras, o seu corpo continuava tremendo, fazendo com que a sua mão também tremesse, sacudindo as folhas, enquanto puxava lentamente uma delas por se encontrar imerso em um conflito interno, pois, havia dentro dele uma parte que desejava reconhecer a verdade.
Porém, esse lado era mantido subjugado pela outra parte que detinha demasiada influência, preferindo viver na mentira gerada pela sua covardia, enquanto persistia em acreditar que venceria o jogo pelos seus supostos poderes, sendo evidente em seu semblante o medo, enquanto suava frio, conforme a sua face demente lhe abandonava ao mesmo tempo em que puxava a folha da mesa.
Então, conforme o Faraó havia planejado, a garrafa caiu no chão e o falso vidente foi imerso no clorofórmio que saía em forma de fumaça, fazendo com que ele caísse inconsciente no chão.
Após o término do Yami no game, Atemu falou, sendo que não estava surpreso pelo resultado:
- Qualquer pessoa pode ser um paranormal dentro da sua imaginação... É necessário ter coragem para reconhecer a própria limitação em um momento de necessidade. Mas você não teve essa coragem e no final, isso se provou a sua ruína. O Yami no game apenas revelou a covardia que você mantinha dentro de si.
Como Kokurano caiu de braços abertos, a sua capa foi estendida, revelando os vários papeis que continham inúmeras previsões, fazendo com que o espírito comentasse consigo mesmo ao ver as dezenas de papéis:
- Um monte de previsões por baixo do manto. O meu amado estava certo em sua suposição.
Após usar os seus poderes para alterar a mente do estudante ao fazer surgir um olho dourado em sua testa, para que o seu amado não fosse citado por Kokurano, fazendo-o acreditar que a garrafa escorregou da sua mão por acidente e que ao cair no chão, liberou o conteúdo que o deixou inconsciente, sendo que fez questão de usar uma magia demasiadamente forte para que o falso vidente não tivesse qualquer desconfiança, acreditando piamente que fora isso o que ocorreu, assim como queria garantir que continuasse dormindo no chão, para que os estudantes vissem a fraude que ele era, assim que entrassem na sala de aula.
Depois de confirmar que as memórias dele foram alteradas, o Faraó recolhe as folhas usadas no jogo, sendo ciente de que seriam as suas digitais na garrafa de clorofórmio, além das de Kokurano, caso decidissem investigar, o que duvidava piamente.
Porém, era preferível prevenir e por isso, havia concentrado a sua magia em modificar as digitais quando estivesse no controle do corpo do seu amado ao adquirir todo o conhecimento do tempo atual.
Ao chegar à batente da porta, ele vira o rosto e olha para o falso vidente que se encontrava profundamente adormecido em virtude da quantidade intensa de clorofórmio que ainda impregnava o ambiente no entorno dele:
- Você não acordará até amanhã... Só que quando acordar, todos irão conhecer o seu segredo e eu duvido que continue popular. Ademais, eu espero que isso faça surgir uma investigação policial sobre o incêndio na casa daquele jovem, ainda mais ao verem que você provocou a queda de várias estantes, visando atingir o meu amado para que a sua “previsão” – com ele falando previsão, enquanto fazia sinal de aspas – ocorresse. Afinal, terá as suas digitais em locais que estudantes, normalmente, não tocam e o fato de você ter escrito todas essas falsas previsões, o torna demasiadamente suspeito, juntamente com o fato de que foi o incêndio na casa daquele estudante que promoveu a sua fama.
Então, com um sorriso de satisfação no rosto, Atemu se afasta, fechando cuidadosamente a porta para que ninguém o descobrisse até amanhã e por medida de segurança, usou a sua magia em conjunto com o do Sennen Pazuru para selar magicamente a sala, fazendo com que as pessoas evitassem aquele local até a manhã seguinte, quando os portões fossem abertos para os estudantes entrarem.
Afinal, ele desejava que todos vissem a fraude que o estudante era ao mesmo tempo em que não havia melhor forma de humilhá-lo, do que fazer a sua mentira ser descoberta em público.
O espírito entra na câmara da alma do seu amado, desviando cuidadosamente dos brinquedos espalhados no chão e ao se aproximar da cama onde Yuugi dormia profundamente, ele senta na beirada dela, repousando gentilmente uma das suas mãos nas têmporas do adolescente ao mesmo tempo em que surgia o olho dourado em sua testa, enquanto fechava os olhos, concentrando os seus poderes e o do Sennen Pazuru para modificar as memórias do jovem, fazendo-o acreditar que após se safar da queda das estantes, ele se dirigiu à saída, pois, havia lido a mensagem em seu celular, antes de entrar na biblioteca.
De fato, Atemu viu a mensagem no celular do seu amado, antes que ele se aproximasse da sala de aula para confrontar Kokurano.
Após manipular as memórias do seu amado anfitrião, ele inclina o seu rosto e beija a testa daquele que amava com toda a força do seu coração, para em seguida, apoiar a sua testa na dele e após ficar assim por alguns minutos, o espírito inspira profundamente, passando a lutar com todas as fibras do seu corpo contra o desejo de ficar junto do adolescente.
Depois de uma árdua batalha, o Faraó se levanta, dedicando um último olhar para o semblante angelical que se encontrava profundamente adormecido e após memorizar todos os traços, ele suspira e vira de costas para o jovem, desviando novamente dos brinquedos espalhados pelo chão, enquanto se dirigia para a saída.
Então, após sair do quarto da alma de Yuugi, ele entra na sua própria câmara da alma que era um labirinto ao mesmo tempo em que devolvia o controle do corpo para o dono original.
No exterior, o estudante abre os olhos e apesar de uma leve confusão que o acometeu, o mesmo se dissipou tão rápido quanto surgiu, enquanto que as memórias manipuladas lhe vinham a mente e apesar de achar estranho tais recordações, ele decide ignorar esse sentimento e corre em direção as suas amigas que o aguardavam nos portões duplos do colégio, sendo que o medo pelo colapso das estantes o deixava alarmado quando se recordou do incidente, acreditando piamente que ao verem o seu semblante, elas também ficariam preocupadas.
Chapter 49: Investigação policial
Summary:
Yuugi e os seus amigos se dirigem...
Sugoroku fica...
Jounouchi se encontra...
Atemu se encontra com...
Chapter Text
De fato, conforme Yuugi havia previsto, elas se aproximaram rapidamente, demonstrando intensa preocupação em seus semblantes ao verem o seu amigo com uma expressão assustada e quando perguntam o que ocorreu, o jovem explica tudo o que aconteceu de acordo com as memórias modificadas pelo espírito.
Prontamente, eles vão até a delegacia, onde o adolescente narra o que havia acabado de acontecer, fazendo com que o diretor do colégio fosse acionado pela delegacia, para em seguida, a polícia e o diretor se dirigirem até a instituição de ensino, mais precisamente à biblioteca, onde observam as estantes caídas uma sobre a outra, confirmando o que o estudante disse, além do fato de ter sido um milagre que o jovem tenha conseguido escapar de ser prensado mortalmente, pois, se não tivesse conseguido escapar, ele estaria morto e este era um fato irrefutável.
A equipe de investigação passa a recolher as digitais conforme determinavam como ocorreu a queda, a partir dos conhecimentos científicos e do que o jovem contou aos policiais, sendo que ele havia citado a previsão que foi dada e quem a fez, fazendo os oficiais arquearem o cenho, pois, já conheciam esse nome de outra investigação que estava em andamento.
O delegado o identificou como sendo o mesmo estudante que previu um incêndio na casa de outro aluno daquela instituição de ensino, fazendo com que todos eles estranhassem esse segundo acidente, enquanto que eram conscientes que somente havia duas alternativas. Kokurano era, de fato, um vidente ou os incidentes haviam sido provocados por ele e até que se provasse que não possuía qualquer culpa, ainda continuaria sendo o principal suspeito para a polícia.
Após recolherem as impressões digitais, eles se retiram, sendo que não acionariam os pais de Kokurano e o mesmo até possuírem absoluta certeza do envolvimento dele na queda das estantes, pois, por mais surreal que fosse para muitos, ainda havia a hipótese dele ser um verdadeiro vidente, possuindo assim, o benefício da dúvida.
Os policiais levam o jovem e as suas amigas até a Kame Game shop, onde o avô dele fica preocupado ao vê-los saindo de um carro da polícia que partiu em seguida, sendo intensificada a sua preocupação ao ver o semblante consternado de todos, principalmente o de Yuugi que parecia tremer e após entrarem, contam o que ocorreu naquela tarde, com Sugoroku abraçando fortemente o seu amado neto, enquanto tremia pelo fato de saber que quase o perdeu e frente a este pensamento, os seus olhos ficam umedecidos pelas lágrimas.
As gêmeas e Yukiko somente saem da casa do seu amigo, após se certificar que ele estava bem e que havia se recuperado do que ocorreu na biblioteca.
Elas se despedem de Yuugi e do seu avô, para depois, retornarem para a casa delas, com exceção da albina que iria cuidar de alguns assuntos, além de aliviar a sua raiva em seus brinquedos por não poder pegar Kokurano, ainda, para si, visando fazê-lo se juntar aos seus brinquedos.
Nesse interim, Jounouchi havia ligado para conversar com o seu amigo, pois, havia se despedido dele naquela tarde para andar com Honda. Ele fica estarrecido ao ouvir o que ocorreu na biblioteca, para depois, ficar extremamente preocupado com o que ocorreu e apesar dos protestos de Mutou, falando que já estava bem, o loiro se dirige até a casa do jovem de cabelos tricolores.
Ao chegar, sobe ao quarto do adolescente e ambos começam a conversar, sendo que Yuugi se encontrava emocionado por ter mais um amigo que se preocupava com ele, além das gêmeas e da albina.
Somente após se certificar, pessoalmente, de que ele estava bem, Katusya se despede e enquanto se despedia deles, o avô do adolescente de cabelos tricolores pergunta:
- A sua okaa-san deve estar preocupada. Já está tarde. Avisou que ia sair?
O loiro dá de ombros, para depois falar:
- Ela não se importa. Agora, se fosse a Shizuka-chan, seria outra história.
- Fala da sua imouto, né? – Yuugi pergunta, enquanto sentia pena do seu amigo, sendo que Sugoroku também sentia pena do adolescente a sua frente.
- Sim. Nós recebemos um tratamento distinto. Mesmo assim, eu adoro a minha imouto. Só condeno o favoritismo da nossa okaa-san e não o alvo dele. Inclusive, a Shizuka-chan não aprecia esse favoritismo, também.
Então, eles conversam mais alguns assuntos, para depois se despedirem, com o loiro voltando para casa, enquanto que os Mutou trancavam a porta da loja, voltando a subir as escadas para a área dos quartos.
Meia hora mais tarde, quando o jovem deitou na sua cama, após tomar um banho e colocar o pijama, as recordações do que ocorreu na biblioteca retornaram, fazendo-o se revirar na cama.
De repente, ele sentiu suas pálpebras pesadas e as fechou, enquanto o resto da magia de Atemu e do Sennen Pazuru agia em seu corpo, forçando-o a adormecer, sendo que o Faraó havia usado a magia de forma sutil para proporcionar uma noite sem sono, para que o adolescente pudesse relaxar por completo.
Após perceber que o seu anfitrião dormiu, ele suspira aliviado e sai do item na sua forma translúcida, passando a deitar ao lado seu amado, fazendo uma carícia confortante nos cabelos sedosos, usando a sua magia para que o jovem sentisse os seus toques, enquanto lutava arduamente contra o desejo de tocar aqueles lábios macios de pétalas de rosa com os seus, sendo que iria velar a noite inteira pelo sono de Yuugi, como sempre fazia ao mesmo tempo em que apreciava a companhia do jovem.
Então, ele ouve alguém bater no vidro da janela e ao erguer o rosto, fica embasbacado ao ver a mulher de cabelos alvos e olhos azuis olhando para ele, enquanto mantinha as suas asas emplumadas niveladas, batendo-as sutilmente para manter o seu nível de voo.
Yukiko sorri levemente, enquanto a janela abria como um passe de mágica ao mesmo tempo em que Atemu se levantava, ficando surpreso ao ver que ela conseguia vê-lo, conforme os olhos azuis seguiam todos os movimentos dele, indicando que o estava vendo normalmente, além de perceber que os olhos azuis safira dela estavam levemente brilhantes, conforme prestava atenção nele, fazendo-o arquear o cenho.
Após se aproximar da janela, dobra os braços na frente do tórax, enquanto olhava atentamente para a albina, sendo plenamente ciente da diferença extrema de poder entre ambos e não somente pela força física colossal que a albina ostentava. Havia a magia dela, cujo nível real ele desconhecia, pois, acreditava que ela o mantinha selado para que pudesse se ocultar naquele mundo.
- Você fez o Yuugi-kun ter um sono sem sonho, certo? – ela pergunta em tom de confirmação – Posso detectar o padrão da magia. Ou melhor, ver, graças aos meus olhos.
- Então, esse brilho...
- Minha visão especial. Inclusive, pode ser até uma visão raio-x se eu desejar e em cores, podendo ver através das roupas e dentro do corpo, além de conseguir ver a magia, juntamente com o fato de poder observar tudo que está distante com perfeição. Além disso, também consigo vê-lo perfeitamente. Não é somente o seu anfitrião que pode vê-lo nessa forma. Também há outros usos para ela, mas, não importa... – ela fala o final dando de ombros, para depois, olhar atentamente para Atemu – Sua opinião sobre Jounouchi mudou?
O Faraó fica surpreso pela mudança do tópico de discussão e fala:
- Estou surpreso pelo tópico que deseja abordar. Pensei que soubesse o que ocorreu com o Yuugi.
- Eu sei o que ocorreu e foi proposital. Eu não gosto de ser previsível. Afinal, você estava esperando que o assunto fosse o que aquele bastardo tentou fazer com o Yuugi-kun – ela fala dentre rosnados ao se recordar do que Kokurano fez – Então, mudou? Vai liberá-lo dos pesadelos aterrorizantes que o colocou, forçadamente, junto daquele Honda?
- Não seria melhor dizer que você os colocou? – ele pergunta, arqueando o cenho.
- De fato, eu os coloquei. Mas, é você que decidirá até quando. Irá anular o dele?
- Eu acho demasiadamente cedo. Os pesadelos aterrorizantes vívidos irão continuar.
- Que seja. Bem, agora vem o assunto mais importante dessa noite. Kokurano é a minha presa, agora. – ela fala o final em um tom que não deixava margem para uma possível contestação.
- Tudo bem. Você tem meios melhores do que eu possuo de fazer esse desgraçado pagar por tudo o que fez. Além disso, acredito que seja bem imaginativa nesse campo.
A albina exibe um sorriso extremamente sádico e com um brilho de deleite nos olhos a menção de punir Kokurano, fazendo o Faraó sorrir com satisfação, pois, o falso vidente pagaria amargamente pelo que fez.
- Quanto ao que ele fez para conseguir a fama dele... Aquele incêndio. Seria bom se a verdade fosse revelada, antes de reivindicá-lo como a sua presa.
- Concordo. Eu usei a minha magia para que a polícia encontre as provas necessárias para acusá-lo. Isso irá ocorrer, após descobrirem as falsas previsões que ele carregava por baixo daquele manto... – ela sorri ao ver a surpresa no rosto do Faraó – Sim, eu sei o que ele escondia e graças ao clorofórmio e a sua magia, o bastardo não vai acordar até que seja tarde demais. Ademais, ele também será responsabilizado pelo caos na biblioteca, além de ser acusado de tentativa de homicídio contra o Yuugi-kun e contra aquele jovem, além do incêndio criminoso e dano de propriedade em ambos os casos. Somente irei capturá-lo, após ser julgado. Eu irei auxiliá-lo a fugir da prisão, apenas para caçá-lo. É mais divertido quando eu caço as minhas presas. Adoro ver o desespero em seus semblantes e as tentativas inúteis de fugir de mim. Afinal, é demasiadamente emocionante e igualmente divertida a caçada que faço desses desgraçados. Eu confesso que aprecio a batalha inútil deles contra o inevitável.
O Faraó abana a cabeça para os lados, enquanto sorria, pois, a albina parecia uma criança demasiadamente empolgada com algo, conforme falava da caçada, para depois comentar:
- Eu não estou surpreso pela sua preferência por caçar.
- Fala por eu ser um dragão?
- Sim... Aliais, por falar nisso, que tipo de dragão é você?
- Meu pai era humano e a minha mãe uma dragoa da neve divina por causa da ascendência divina dela. Inclusive, por causa dessa ascendência, tenho habilidades e magias adicionais à espécie da minha mãe.
- Uma meia dragoa? – ele fica estarrecido – Não sabia que há dragões nesse mundo.
- Não há dragões nesse mundo. Eu venho de outro mundo, ou mais precisamente, de outra dimensão e antes que pergunte o motivo de estar nesse universo, devo contar que foi por acidente.
- Um acidente?
- Sim. Eu poderia sair desse universo, se desejasse, mas, não quero. Afinal, eu encontrei algo precioso aqui e pretendo vivenciar novamente o que eu perdi há incontáveis milênios, atrás. No caso, duas vezes e por motivos distintos. Inclusive, é algo que me “prende” a este mundo, por assim dizer, mas eu aceito com alegria os grilhões. Afinal, posso quebrá-los, se assim desejar e confesso que não sinto a mínima vontade de fazer isso.
- Qual o seu nome?
- Não importa. É algo que pretendo manter em segredo. Bem, só quis comunicar o fato de que Kokurano é minha presa e perguntar sobre Jounouchi. Irei partir, agora. Nós nos veremos novamente.
Então, antes que Atemu pudesse falar algo, surge um vento gélido pela janela que o obriga a erguer os antebraços em frente ao rosto e que após cessar a rajada de vento, com ele abaixando os braços, a albina havia desaparecido sem deixar vestígios e quando ele se aproximou de Yuugi, preocupado com o vento frio, descobriu que a pele dele estava quente como se um vento gélido não tivesse soprado violentamente naquele instante.
Inclusive, conforme olhava para o quarto, descobriu que nada saiu do lugar, como se nunca houvesse acontecido algo, fazendo-o ficar embasbacado, pois, significa que a albina tinha um exímio controle que era quase que surreal por afetar, apenas, aqueles que ela desejasse, podendo impedir qualquer consequência no entorno.
Então, depois que o Faraó fecha a janela, ele volta para a cama, ficando pensativo sobre o encontro com a estranha meia dragoa, desejando saber quais eram os motivos que a impeliam a continuar naquele mundo.
O espírito suspira, após alguns minutos e decide deixar esses pensamentos de lado, enquanto voltava a velar pelo sono daquele que amava.
No dia seguinte, quando Yuugi e os seus amigos chegam ao colégio, sendo que Jounouchi os acompanhava naquele dia, eles observam uma intensa movimentação em um dos corredores, sendo que Yukiko sabia o motivo.
Porém, para que ninguém desconfiasse, ela finge uma face surpresa, juntamente com os seus amigos e passam a se dirigir até o local.
Ao chegarem, eles passam a tentar ver o que acontecia, enquanto que Yuugi saltava para o alto em seu lugar, lutando para ver algo.
Afinal, por causa da sua constituição física que era demasiadamente abaixo da sua idade, ele não conseguia passar dentre os estudantes que se aglomeraram no local.
Ao perceberem que o amigo deles não conseguia enxergar o que acontecia, Katusya, Yukiko e as gêmeas abrem caminho para ele dentre a multidão, permitindo que ele passasse para poder observar o que acontecia, enquanto o jovem corava ao perceber que fizeram uma espécie de corredor para que pudesse passar dentre os demais estudantes.
Chapter 50: O medo de Kokurano
Summary:
Todos descobrem...
Kokurano fica...
Alguns dias depois...
Yo!
Eu quero pedir desculpas pela demora.
Tenham uma ótima leitura.
Chapter Text
Então, quando olham para frente, com os outros estudantes voltando a se aglomerarem atrás de Mutou, ele e os seus amigos ficam surpresos ao verem Kokurano inconsciente, sendo que todos apontavam para as dezenas de papeis com premonições que o falso vidente mantinha embaixo do manto, indicando assim a sua fraude.
Muitas garotas se encontravam consternadas ao verem que ficaram ansiosas por previsões de um charlatão, sendo que os semblantes das duas estudantes que agiam como auxiliares do adolescente são tomados pela mais pura fúria, conforme assimilavam o quanto foram tolas.
Ao mesmo tempo, a maioria dos rapazes achou engraçada a situação ao se recordarem da ânsia das mulheres e igual animação a uma previsão de Kokurano, com eles comentando entre si o quanto as garotas foram idiotas por idolatrarem um falso vidente, com exceção daqueles que namoravam algumas dessas garotas e que procuravam consolar as suas namoradas, apesar de concordarem com a maioria em seu íntimo, enquanto que alguns rapazes se encontravam revoltados, tal como as mulheres, por terem sido enganados pelo estudante.
Então, todos os olhos se voltam para um lado do corredor onde se encontrava o diretor acompanhado de policiais e que caminhavam na direção do grupo, que abria passagem automaticamente para eles.
Nesse interim, o falso vidente despertava lentamente, sendo tomado por uma breve confusão em virtude da magia e do clorofórmio.
Após passar o ligeiro atordoamento e posterior vertigem, os seus olhos se focam no diretor e nos policiais que exibiam semblantes sérios, sendo que ele percebe a movimentação no entorno e fica estupefato ao ver a fúria no rosto das garotas e de alguns rapazes, enquanto que muitos estudantes achavam graça e ao olhar para as duas adolescentes que eram as suas atendentes, elas exibiam olhares repletos do mais puro ódio, o fuzilando com os olhos.
O estudante arqueia o cenho, tentando compreender o que estava ocorrendo, quando percebe que o seu manto está aberto, revelando as dezenas de previsões que escreveu para usar quando houvesse algum evento, fingindo que era um vidente.
O charlatão passa a olhar para os policiais novamente e sente o sangue gelar ao mesmo tempo em que começa a suar frio conforme era erguido, para em seguida, ser retirado do local sobre vaia dos demais estudantes contra Kokurano que chorava, pois, aquele era o seu pior pesadelo, embora estivesse inclinado a considerar a polícia como sendo um forte rival, após ouvir um dos policiais falando:
- Conseguimos um mandato judicial para verificarmos a sua casa e quarto. Graças às dezenas de papéis com previsões embaixo do seu manto, foi comprovado a sua falsa vidência.
O adolescente fica desesperado ao saber do mandato, enquanto era levado em direção ao carro dos policiais.
Nesse interim, ocorriam murmúrios dentre os estudantes por alguns terem ouvido sobre o mandato, sendo que esta notícia é espalhada pelos demais, com muitos deles acreditando que era referente ao incêndio, fazendo com que surgisse a hipótese de não ter sido um acidente, uma vez que Kokurano era um falso vidente, sendo que a queda das estantes ainda não havia se espalhado por completo no colégio.
- Eu não acredito que ele era um charlatão... E pensar que eu fui um perfeito idiota por acreditar em previsões. – o loiro murmura consigo mesmo, consternado.
- Bem, você não foi o único. A maioria esmagadora das garotas desse colégio agiu como você. A diferença é que ele apreciava a companhia feminina e por isso, não lhe deu muita atenção. – Nuru falava, enquanto corava levemente ao olhar para o loiro.
- Veja pelo lado bom, Jounouchi-kun. Você não foi o único. – Yuugi comenta com uma voz consoladora, dando tapinhas, confortadores, nas costas dele, enquanto o loiro se encontrava com os ombros caídos e a testa debruçada contra a parede ao lado dele.
- De fato, ele não foi o único. – a prateada consente.
- Sim. Mesmo dentre os homens, você não era o único que acreditava naquele charlatão. Portanto, não tem motivo para sentir vergonha de ter desejado ler a sorte com ele. – a albina comenta.
Então, o diretor ordena com uma voz altiva, não permitindo qualquer margem para contestação:
- Muito bem! O show acabou! Entrem nas suas respectivas salas de aula. O sinal já vai tocar.
Todos fazem o que o diretor mandou e enquanto saia do local com os seus amigos, após o loiro se recuperar, Yuugi avista Hanasaki saindo da aglomeração, sendo que parecia envergonhado consigo mesmo.
Após o acontecimento com Sozoji, ele e Yuugi conversavam de vez em quando, sendo que a albina e as gêmeas também faziam isso, com Katsuya conversando algumas vezes com o jovem quando estava com Mutou.
Então, enquanto se dirigiam para a sala de aula, o adolescente se aproxima dele e o cumprimenta:
- Ohayou, Hanasaki-kun!
- Oh! Ohayougozaimassu, Yuugi-kun. – ele fica surpreso por ele lhe dirigir a palavra e como não tinha amigos, ainda se sentia envergonhado quando alguém lhe prestava atenção, mesmo que fosse o jovem de cabelos tricolores que conversava regularmente com ele, assim como os amigos deste.
Os amigos de Yuugi se aproximam e cumprimentam o loiro acastanhado, enquanto andavam até a sua respectiva sala de aula.
- Por que está assim, Hanasaki-kun? – o adolescente de orbes ametistas pergunta, exibindo preocupação em seu semblante.
Após suspirar, o estudante responde:
- Eu também acreditava em Kokurano. Inclusive, consegui que ele lesse a minha sorte. Não acredito que eu fui tão estúpido!
Mutou dá tapinhas, confortadores, nas costas dele e fala gentilmente:
- Não se sinta assim. Ele conseguiu enganar muitas pessoas e dentre nós, homens, você não foi o único. Teve um número considerável que acreditava nele e que conseguiu que ele lesse a sorte.
- O Yuugi-kun está certo, Hanasaki-kun. O Jounouchi-kun é um desses exemplos. – a albina fala sorrindo, enquanto apontava com a sua mão para o loiro.
- Isso mesmo! Eu... – ele inicialmente exclama com orgulho, até que percebe o que fez e exclama indignado para a albina – Ei!
Hanasaki sorri levemente, enquanto a meia dragoa falava, dando de ombros:
- Eu só disse a verdade.
- É como dizem... A verdade dói. – a prateada fala consentindo, com os braços cruzados na frente do corpo, enquanto caminhavam pelo corredor.
- E como dói. – a bronzeada falava, enquanto consentia, controlando o rubor em suas bochechas ao olhar para Katsuya.
O loiro se encontrava agachado, parecendo ter uma nuvem de depressão em torno de si, enquanto batia os dedos indicadores um no outro, com Yuugi procurando confortar o seu amigo, junto de Hanasaki.
Após conseguirem confortar o loiro, eles chegam à sala de aula, segundos antes do sinal tocar e sentam em seus respectivos lugares, sendo que Nuru controlava o rubor em suas bochechas conforme o loiro passava por ela para sentar no seu lugar, enquanto que Jounouchi sempre olhava discretamente para a morena sempre que ela estava distraída, conversando com outra pessoa e quando a bronzeada olhava na direção dele ao se sentir observada, o adolescente desviava o rosto, controlando o leve rubor em sua face.
Conforme havia planejado, Yukiko usou a sua magia para fazer com que um aluno que sentava próximo deles, pedisse para trocar de lugar com Hanasaki, sabendo que o mesmo concordaria e de fato, ele consente, trocando de lugar, passando a se sentar próximo deles, com Mutou passando a puxar conversa com o loiro acastanhado e que é finalizada, assim que o professor entra na sala de aula, com todos se levantando da cadeira conforme o educador entrava na sala, para depois, se sentarem em seus respectivos lugares.
Alguns dias depois, a albina estava de costas para o quadro-negro e enquanto esperava todos se sentarem, após voltarem do intervalo, se encontrava pensativa sobre os acontecimentos que iriam se suceder dali a alguns dias, mais precisamente no dia anterior ao Festival do colégio, sendo que havia planejado o método que usaria para lidar com alguns desgraçados e o seu líder bastardo.
Afinal, seria complicado fazer os eventos acontecerem o mais próximo possível da linha do tempo original, conforme analisava o seu plano sobre todos os ângulos possíveis.
Após todos se sentarem, ela sai dos seus pensamentos, sendo que havia assumido a tarefa que seria de Anzu na linha do tempo original. Nesse caso, ela se tornou representante da Sala B da Comissão Organizadora do Festival Cultural no colégio, sendo que cada classe irá preparar alguma atividade.
Então, a albina exclama:
- Está na hora de escolhermos o que iremos fazer no Festival cultural do colégio. Quem tiver alguma ideia boa, levante a mão.
Nisso, ela começa a ouvir várias propostas, sendo que Yuugi estava com os cotovelos apoiados na mesa e o rosto entre as mãos, enquanto pensava consigo mesmo:
“Daqui a uma semana, nós teremos o festival cultural! Será tão emocionante.”
- Que tal uma casa mal assombrada? – um estudante pergunta.
- Não podemos. A sala C disse que vai fazer.
- Por que não vender só yakissoba? – Honda pergunta, com o rosto apoiado em uma das mãos.
- Alguma outra ideia? – a albina pergunta, revirando os olhos com a sugestão simples dele.
Então, Jounouchi se levanta com uma pose determinada, enquanto exclamava empolgado:
- Escutem todos a minha ideia! O festival cultural é um momento de grande diversão! Temos que fazer algo espetacular que ofusque as outras turmas da escola! – surge um sorriso safado em seu semblante pervertido, sendo que a albina revira os olhos por saber, antecipadamente, a proposta do loiro – Por isso, acho que devemos apelar para o erotismo! Devemos realizar o “Cabaré das colegiais”! Cada uma das alunas prepara uma roupa que atraia clientes e...
Várias garotas começam a exclamar revoltadas, enquanto atiravam objetos nele:
- Cale a boca, Katsuya!
- Morra!
- Por quê? – o loiro pergunta estupefato, sendo que a albina perguntava a si mesma, como alguém podia ser tão idiota para não perceber o motivo de estar sendo alvejado por vários objetos, após fazer uma proposta tão ultrajante.
Elas passam a fuzilar o loiro com um olhar homicida, fazendo o mesmo se encolher na cadeira frente à emanação assassina, oriunda das mulheres.
Então, após a sala se acalmar, nesse caso, as mulheres, Yukiko pergunta:
- Alguma outra ideia?
Então, os estudantes voltam a exclamar as ideias que surgiam em suas mentes.
- Show de luta livre!
- Concurso de cosplay!
- Takoyaki!
- Um de cada vez! – ela exclama autoritária em virtude de todos exclamarem quase que ao mesmo tempo.
A albina sabia pelos eventos da linha do tempo original, que Anzu iria perguntar a Hanasaki se ele tinha alguma ideia e o mesmo iria propor um “ídolo”, que seria um show de calouros, sendo algo que faria todos ficarem consternados, enquanto que o adolescente passaria vergonha, se arrependendo amargamente de ter comunicado tal proposta para todos.
Decidindo que era um acontecimento sem qualquer importância relevante e desejando poupá-lo de se sentir envergonhado, passa a olhar para a sala, sabendo que em breve, graças a um toque de influência do Faraó, sem que Yuugi sentisse qualquer mudança, Atemu daria coragem ao seu amado para expor a ideia que ele teve, mas, que não tinha coragem de falar para todos com medo da reação dos outros estudantes.
Ela se vira para a lousa e começa a escrever as ideias mais populares, citando as mesmas em voz alta, conforme escrevia no quadro-negro:
- Luta-livre, Ioiô, Cosplay e Yakissoba.
Jounouchi comenta com as costas apoiadas na cadeira e os braços cruzados atrás da nuca:
- Não sinto firmeza em nenhum deles.
A albina continua com os acontecimentos na linha do tempo original e pergunta para a sala, primeiro:
- Alguém ainda não deu uma opinião? – ela olha para a sala inteira, para depois, se focar no jovem de cabelos tricolores, perguntando, enquanto sorria maternalmente – Yuugi-kun, não tem nada que queira propor?
Dentro do item, Atemu estava ciente do que estava ocorrendo do lado de fora, assim como sabia da ideia que o seu amado teve e que não tinha coragem para expor por temer a reação de todos.
Portanto, sorrindo consigo mesmo, aproveitando o momento que a albina perguntou diretamente para o jovem, o espírito usa a sua magia de forma sutil, insuflando a coragem em Mutou de forma imperceptível para não assustá-lo, ficando satisfeito ao ver que teve êxito no seu plano, com o jovem falando timidamente, enquanto corava:
- Eu pensei... Acho jogos legais. Aqueles de parques de diversões. Tipo tiro ao alvo, bingo, argola e outros.
Todos ficam pensativos, enquanto refletiam na proposta do jovem de orbes ametistas, sendo que começam a conversar entre si.
- Gostei.
- É legal.
- Pode ser uma boa.
- Vai ser bem animado!
Jounouchi apoia um pé na cadeira e outro na carteira, exclamando com animação para insuflar ainda mais os seus colegas na ideia do seu amigo:
- É isso aí! Vamos de jogos!
- Então, vamos ficar com os jogos! – a albina exclama – Agora, precisamos escolher quais jogos iremos fazer.
Alguns estudantes começam a erguer a mão, enquanto explanavam as ideias para os jogos.
- Tem que ter tiro ao alvo!
- Que tal aquele de derrubar garrafas?
- Tem aquele de acertar a cesta de baquete.
Enquanto alguns estudantes davam ideias para os jogos, Yuugi apoiava o rosto na mão, conforme pensava consigo mesmo, sorrindo, ao mesmo tempo em que se encontrava corado ao ver que a sua ideia foi aceita com animação:
“Isso está começando a ficar bem divertido.”
Após a albina realizar uma votação na sala de aula, os três jogos que foram os vencedores e que se encontravam dentro do orçamento destinado para cada classe foram o pula-pirata humano, derrubar garrafas e tiro ao alvo.
Yukiko, a representante da classe C na Comissão organizadora do Festival Cultural, havia conseguido o melhor lugar de todo o festival e enquanto todos ajudavam a erguer a barraca de jogos, a meia dragoa se encontrava pensativa, sendo que também estava ajudando:
“Como esperado, aquele bastardo ficou irado quando eu consegui o lugar que a sala dele costumava usar todos os anos e eu sei o que o desgraçado irá fazer, junto com outros bastardos... Bem, eu terei novos brinquedos.” – ao pensar na adição de novos brinquedos para as suas torturas sádicas, ela sorri consigo mesma, sendo que sabia da necessidade de usar a mesma técnica de outrora para pegar o bastardo do Goro Inogashira.
Afinal, a meia dragoa sabia o que aconteceria e conforme havia planejado o que iria fazer, decide que algumas modificações não iriam alterar o curso dos acontecimentos ao considerar um evento novo que iria ocorrer em virtude das mudanças da linha do tempo original.
Notas Finais
Takoyaki: espécie de salgadinho redondo muito popular no Japão e recheado com um pedaço de polvo.
Ohayougozaimassu – forma formal de falar Bom dia.
Ohayou – forma informal de falar Bom dia.
Chapter 51: Confusão no festival
Summary:
Na organização do Festival Cultural...
Jounouchi descobre...
Yukiko, Kisara e Nuru se preparam...
Yo!
Eu peço desculpas pela demora.
Tenham uma ótima leitura.
Chapter Text
- A placa ficou legal, não acham? – um dos estudantes pergunta a albina, tirando-a dos seus pensamentos.
- Está ótimo.
Ela sabia que eles estouraram o orçamento com a placa e que foi feita através da doação realizada pela maioria dos estudantes ao doarem um pouco de dinheiro, cada um, além do fato de estarem trabalhando juntos para montarem a barraca da turma.
Inclusive, apesar de Yukiko estar no cargo de organizadora, ela auxiliava como podia, fosse com sugestões ou ajudando no que fosse necessário.
A meia dragoa decide olhar como Yuugi e Jounouchi estavam se saindo, pois, eles ficaram responsáveis pelo pula pirata. Ao chegar no local destinado ao brinquedo, dedica um sorriso maternal ao jovem de orbes ametistas ao vê-lo segurando a cabeça do palhaço coberta de papel marche e pintada com caneta por ele mesmo, sorrindo imensamente, enquanto exclamava feliz, sendo que estava sujo pelas colagens e pinturas:
- Está pronta a cabeça do pirata!
A albina olhou para os lados, vendo Kisara e Nuru ao lado dela, sendo que estavam ajudando na organização geral, sendo visíveis alguns restos de cola nas mãos da prateada e um pouco de glitter nas mãos da morena, pois, elas auxiliavam onde era necessário, não possuindo uma ocupação especifica.
- O Yuugi-kun é sempre fofo. – Nuru comenta, sorrindo gentilmente.
- Verdade. Põe fofinho, nisso. – Kisara fala consentindo, enquanto olhava para os lados, apesar de saber que Seto sempre estava ausente de qualquer evento e ao perceber o que fazia, censura a si mesmo, pois, não compreendia o motivo de amá-lo, apesar de nunca ter falado com ele.
Ao mesmo tempo, a irmã gêmea da prateada corava levemente conforme olhava para o loiro, sendo ciente de que o amava, pois, as gêmeas conversaram entre si há alguns dias, atrás, expondo os seus sentimentos perante aquele que cada uma amava, para depois, jurarem guardar o segredo uma para a outra.
A bronzeada queria compreender como ela havia se apaixonado por Jounouchi, sendo que Nuru sempre se sentiu balançada por ele.
Porém, em virtude da sua conduta para com alguém tão fofo que também era o seu grande amigo de infância, a bronzeada conseguia suplantar esse sentimento com a raiva que beirava ao ódio.
Agora que Katsuya havia mudado, ela não possuía mais a raiva ou ódio contra ele, pois, o adolescente havia mostrado o quanto mudou, se tornando alguém digno de confiança e que nunca voltaria a ser como antes.
Livre desses sentimentos pela mudança do loiro, o amor que sentia por Jounouchi aflorou plenamente e agora, ela precisava fazer um esforço descomunal para tentar não demonstrar o quanto a presença dele a afetava.
Quanto a Yukiko, ela havia percebido a reação das duas e sabia dos sentimentos delas, mas, decidiu fingir que não sabia.
Então, a albina olha para Jounouchi que estava mexendo com martelos e pregos, pois, era o responsável pelo barril de madeira que tinha algumas fendas em sua extensão e o observa virando para Yuugi, falando com alguns pregos presos aos lábios:
- Que bom, Yuugi! O barril vai estar pronto daqui a pouco também.
- Que incrível! – o adolescente de cabelos tricolores exclama feliz, sem perceber a presença das suas amigas de infância.
Quando Katsuya vira o rosto para voltar ao trabalho de pregar uma das tiras de madeira, ele percebe a presença do trio de amigas e seu olhar se encontra com o da bronzeada, quase que instantaneamente, como se fosse um movimento natural. Quando os olhos se conectam, o mundo parece parar para ambos que ficam perdidos no olhar um do outro.
O transe é quebrado quando Yuugi comenta inocentemente, sem perceber o que acontecia, fazendo com que Kisara e Yukiko comentassem em um sussurro o quanto o amigo delas era fofinho e inocente:
- Eu não sabia que você era tão habilidoso com as mãos, Jounouchi-kun!
O loiro consegue sair da espécie de transe em que se encontrava, passando a corar levemente, para depois, se recordar do que o seu amigo disse ao mesmo tempo em que a bronzeada corava intensamente e ao olhar para a irmã pelo canto dos olhos, observa a mesma sorrindo, enquanto abanava a cabeça, fazendo a morena cutucá-la com o ombro, enquanto revirava os olhos.
Jounouchi sorri e fala, ainda mantendo alguns pregos presos nos lábios:
- Desde moleque, eu adoro montar modelos e coisinhas.
Após colocar os pregos que tinha na boca em cima de um banquinho, juntamente com o martelo, Katsuya abre a tampa e começa a entrar no barril, sorrindo com orgulho para a sua criação.
- Dá uma olhada – o adolescente entra, ficando até a parte de cima do tórax dentro do barril, exclamando em seguida – No tamanho exato!
- Que legal! – Yuugi exclama, segurando a cabeça do pirata feita de papel marche, enquanto se aproximava do seu amigo.
Então, o loiro põe uma das mãos na frente da boca e após dar um risinho, pergunta:
- Quem vai fazer o papel do pirata? Vou rir da cara do coitado.
Yukiko se vira para ele e fala ao se aproximar, junto das suas amigas:
- Como assim? Vai ser você, Jounouchi-kun.
- Eu já fiz a cabeça do pirata no tamanho da sua cabeça. – Mutou comenta animado, estendendo o objeto em suas mãos para o seu amigo dentro do barril.
- Como é que é?! – Katsuya exclama em um misto de confusão, descrença e estupefação.
- Está decidido! – a albina exclama, enquanto sorria imensamente.
- Vai ser um bom pirata! – a prateada bate as palmas umas nas outras com satisfação – O corpo do Jounouchi-kun se encaixou com perfeição no barril.
- De fato, não posso contestar essas afirmações, irmã. – a bronzeada falava ao mesmo tempo em que controlava o leve rubor em suas bochechas ao olhar para o loiro, enquanto balançava a cabeça afirmativamente.
Quanto aos demais estudantes que passavam perto do local, eles se encontravam divididos entre sentir pena de Katsuya ou sorrir com a escolha acertada, na visão deles.
Claro que as mulheres eram as que mais sorriam, pois, se recordavam da sugestão estapafúrdia do loiro delas fazem um cabaré e as ideias eróticas dele. Elas achavam um castigo merecido e comemoravam a escolha da albina.
Quanto a Yukiko, ela confessava que sentia certo prazer em elegê-lo como palhaço pela sugestão de cabaré e das ideias de erotismo que o loiro falou, sabendo que o resto do corpo feminino da sala estava comemorando a sua escolha e que consideravam uma punição merecida.
- Espera aí! Isso por acaso é vingança pela minha sugestão na sala de aula? – Jounouchi pergunta com o cenho estreitado, enquanto olhava para a albina.
- O que acha? Observe em volta. – ela comenta, fazendo um gesto amplo com os braços.
Nisso, ele observa as garotas da sala sorrindo com satisfação, enquanto que alguns estudantes que não tinham namoradas olhavam com pena para a situação dele e aqueles que possuíam namoradas, sorriam com satisfação pela punição orquestrada por Yukiko. Quanto ao Yuugi, ele olhava com pena para o seu amigo, pois, fez a cabeça de palhaço na inocência, sem saber que seria uma forma de punição, embora fosse ciente de que as garotas da sala tinham a sua razão de desejar algum castigo em decorrência das suas sugestões descabidas.
Ao mesmo tempo, na câmara da alma de Atemu, mais precisamente no cômodo onde havia o trono e que o mesmo se encontrava sentado nele, o Faraó achava a punição de Katsuya perfeita e adequada pelas ideias absurdas e igualmente pervertidas do loiro, passando a congratular a albina pelo seu plano bem orquestrado e executado com um toque de ironia.
Afinal, Jounouchi acabou construindo o próprio local para a sua própria punição. Foi um belo toque no final, ao ver do espírito.
No lado de fora, o adolescente comenta indignado, sendo evidente o fato de que não aceitava a decisão.
- Quem disse que eu...
Então, o adolescente para de falar ao ver o olhar e sorriso quase que homicida do corpo feminino da sala dele, como se o desafiassem a recusar a sua função de ser o pirata que pula, prometendo um mundo de misérias para ele, caso se recusasse a executar o seu papel.
Engolindo em seco, a cabeça dele cai em derrota, enquanto as garotas comemoravam para desalento do loiro.
De repente, um odor conhecido chega as narinas da albina, fazendo-a se afastar um pouco do local, enquanto olhava atentamente para a porta da barraca deles, cruzando os braços na frente do tórax, enquanto que Kisara e Nuru se juntaram a ela, ficando cada uma ao lado da meia dragoa, assumindo a mesma posição da albina, sendo que a bronzeada havia conseguido sentir o odor do estudante que chegava com os seus subordinados e não colegas, pois, ele dominava a sua turma ao utilizar a sua força e truculência como armas recorrentes de intimidação ao mesmo tempo que um grupo se juntava em torno dele, tornando-os seus subordinados no colégio e capangas nas horas vagas.
A bronzeada tinha o olfato e audição acima do nível humano em decorrência do fato de ter se unido por completo com a sua dragoa interior ao sentir que ela era uma extensão dela por mais estranho que fosse estranho esse pensamento, sendo algo que ocorreu recentemente, com ela trabalhando para gerenciar isso, assim como a força, velocidade e resistência extra que adquiriu, após meditar e se unir a esse ser dentro dela ao ver que essa dragoa negra de olhos vermelhos não era uma ameaça e sim, uma parte de sua alma e corpo.
Inclusive, com os seus sentidos elevados, ela podia sentir que a sua irmã gêmea também tinha uma dragoa dentro dela e pretendia ajudá-la com isso no próximo momento oportuno.
Ademais, a bronzeada acabou descobrindo que havia um card de Duel Monsters, cujo desenho era igual à aparência desse ser dentro dela e que ao vê-lo, se sentiu estranha, de certa forma. Era o card Reddoaizu Burakku Doragon (Red Eyes Black Dragon), sendo que esta descoberta a deixou estupefata.
O recém-chegado estava com os braços cruzados na frente do tórax, exibindo uma postura intimidante e uma faixa branca com caracteres escritos nela que circundava a sua cabeça na altura da testa e que era usada por cozinheiros japoneses no preparo das refeições, sendo que atrás dele se encontrava os seus capangas, segurando uma chapa de ferro imenso.
Então, ele pergunta, exibindo uma face de desagradável surpresa:
- O que é isso? Jogos e diversões? Que estranho... Tem alguém ocupando o nosso espaço.
Então, ele exclama com raiva para a albina que havia ficado na frente da entrada com Nuru e Kisara em cada um dos seus flancos, sendo que o trio estava atento aos movimentos dos recém-chegados:
- O que vocês estão fazendo aqui?!
A albina arqueia uma das sobrancelhas e fala, fingindo não saber o que aconteceria em seguida:
- Como assim? Estamos preparando a nossa barraca.
- Não brinquem! Este lugar sempre foi da turma 3-D em todos os festivais anteriores!
Yuugi olha para a confusão e comenta em pensamento, desanimado:
“Esses estudantes parecem encrenqueiros.”
Não era segredo que Mutou odiava brigas, confusões e tumultos. Ele era pacifico e seu desânimo era pela confusão que estava surgindo, sendo que sabia que qualquer problema seria resolvido por suas amigas, de um jeito ou de outro.
Afinal, elas não eram e nunca seriam donzelas em perigo.
Nisso, os colegas de Yuugi ficam atrás do trio, enquanto observavam o desenrolar dos acontecimentos, com todos sabendo que estavam protegidos com o trio de amigas.
Afinal, duas delas eram artistas marciais e de kenjutsu, sendo mestras em ambos os estilos ao dominarem os ouji (奥義 - técnica secreta) dos respectivos estilos e que venceram vários torneios, desde o nível estadual e até nacional, enquanto que a albina conseguia manter uma luta entre ambas se desejasse.
Inclusive, muitos acreditavam que elas eram as três estudantes mais fortes e hábeis de todo o colégio dentre os alunos do sexo masculino e feminino, apesar de alguns homens contestarem esse título por orgulho masculino, tal como Goro Inogashira, responsável pela turma 3-D, com eles sabendo que ele sempre conseguiu esse título não por votação, como foi com a sala deles ao delegarem para Tsukishiro a função de organizadora e representante deles na Comissão Organizadora do Festival e sim, pela intimidação e truculência, usando-a novamente entre a maioria dos estudantes para conseguir o título de Chefe da comissão organizadora do Festival.
Ademais, era sabido que Yukiko não foi afetada pela postura intimidadora dele e que foi a única a enfrentá-lo com destemor durante a eleição para o cargo de Chefe da Comissão Organizadora do Festival.
Porém, em decorrência da maioria esmagadora dos votos oriundos do medo que os outros sentiram por Goro, ele conseguiu ganhar a votação, sendo que a albina foi à única que votou contra a eleição dele para o cargo.
Claro, ela podia ter usado os seus poderes para manipular o resultado da votação e somente não usou a sua magia para intervir, pois, deveria deixar Goro se tornar o chefe, assim como foi na linha do tempo original.
- Não tem essa de “sempre”, Inogashira. Nós conquistamos esse lugar em um sorteio justo.
- “Sorteio”? – ele finge estar pensativo, para depois exclamar de forma intimidante, conseguindo que muitos se encolhessem, com exceção do trio que o olhava normalmente, sem titubear, aumentando a raiva de Goro – Escutem aqui! Este é o lugar onde a nossa sala sempre monta a barraca de Okonomiyaki! Tirem fora esses joguinhos ridículos!
- Pelo visto, além de surdo é um imbecil. – a bronzeada comenta com os braços flexionados na frente do tórax.
- Com certeza, irmã. – a prateada exibe a mesma postura.
- Isso é um fato incontestável.
Os colegas delas olhavam para o trio em um misto de admiração e estupefação, pois, elas agiam normalmente, além de olharem para Inogashira como se ele fosse um inseto, com os alunos acreditando que Goro não passava de um mero inseto perante elas, mesmo com os capangas atrás dele.
- O quê?! – o estudante exclama possesso de fúria, ficando ainda mais furioso ao ver a forma como olhavam para ele.
- Podem sair daqui se não quiserem se machucar! – uma voz irrompe no ambiente e Goro olha para o lado, identificando Jounouchi como sendo o dono da voz e que ainda estava no barril, sorrindo imensamente, enquanto ria – Sempre tem briga em uma festa! Não pense que eu sou de fugir de uma boa briga!
Honda se aproximava do amigo para se juntar a briga, pois, não se sentiria bem se fosse protegido por três garotas.
Então, o loiro exclama ao perceber que estava entalado, enquanto olhava para o barril:
- Droga! Não consigo sair!
Goro decide humilhá-lo ao exclamar:
- Você fala bonito, mas, está ridículo nesse barril!
Então, ele corre abruptamente na direção do estudante para socá-lo, erguendo o seu braço, enquanto flexionava o mesmo para desferir o soco.
Porém, antes que Honda pudesse interceptar, enquanto considerava Inogashira um covarde por atacar alguém incapacitado no momento, a bronzeada se desloca velozmente e bloqueia o soco desferido contra o loiro ao segurar o punho com a palma de uma das mãos como se não fosse nada, deixando todos estupefatos, com exceção de Yuugi, Yukiko e Kisara que esperavam algo assim.
Inclusive, a morena mantinha facilmente o domínio do punho do seu adversário que se encontrava, ainda, preso em sua mão quando os dedos se fecharam para reter a mão dele ao mesmo que exibia raiva em seu semblante.
Quando Goro olhou para os orbes rubros da bronzeada, teve a ilusão que se encontrava na frente de um enorme dragão negro de olhos vermelhos, cujas mandíbulas estavam escancaradas, exibindo as fileiras de presas alvas e igualmente afiadas, enquanto via-se refletivo nos olhos vermelhos como sangue e que se encontravam coléricos, sendo evidente o fato de que o dragão se encontrava enfurecido.
Então, o ser ruge contra o estudante que se encontrava paralisado pelo terror e que suava frio ao mesmo tempo em que o seu sangue gelava. Era uma visão absurdamente real, a seu ver, pois, ele podia sentir o deslocamento abrupto do ar perante o rugido furioso do dragão.
Chapter 52: Humilhação no Festival Cultural
Summary:
No Festival Cultural...
Goro acaba...
Os seus capangas se encontram...
Chapter Text
Notas do Autor
No Festival Cultural...
Goro acaba...
Os seus capangas se encontram...
Capítulo 52 - Humilhação no Festival Cultural
Ao piscar os olhos, percebe que estava na frente de Nuru, sendo que se encontrava temporariamente desorientado pela visão inusitada, embora pudesse sentir a sua pele úmida pelo suor e a sensação de medo que ainda persistia dentro dele pela visão atemorizante:
- Ostenta que é valente, mas não passa de um rato covarde. Somente um covarde patético atacaria alguém incapacitado no momento. Você não passa de um mero lixo, Inogashira. Não vou chamá-lo de rato novamente, pois, estaria ofendendo o pobre animal. Ele não merece essa comparação.
Essa fala desperta a fúria dentro dele, dissipando quaisquer vestígios de medo remanescentes da visão aterradora:
- Sua...!
Ele se prepara para dar outro golpe, quando a bronzeada o golpeia no rosto, quebrando o nariz dele, para depois girá-lo, arremessando-o pela porta para não quebrar nada, fazendo-o cair aos pés dos seus capangas que seguravam uma chapa enorme de ferro e que exibiam semblantes embasbacados, enquanto olhavam para o seu chefe caído aos pés deles e que havia apanhado de uma garota.
O que eles não sabiam é que Nuru havia treinado arduamente o controle de sua força imensa para não matar ninguém ou mutilar por acidente, sendo que procurava mantê-lo ao nível de um ser humano. Se ela não tivesse treinado arduamente a sua força, velocidade e reflexos sobre-humanos, ela teria esmigalhado todos os ossos do punho do estudante como se não fossem nada.
Claro que a morena confessava, internamente, que havia sentido um grande desejo de fazer exatamente isso ao prender o punho dele em sua palma e que precisou de todo o seu autocontrole para não ceder ao seu desejo, tanto por ele atacar quem ela amava quanto pelo ato covarde dele. A bronzeada odiava covardes, tal como a sua irmã e Yukiko.
- Fez bem de retirar o lixo, irmã! Ele estava fedendo. – a prateada prende o nariz com os dedos e abana o ar na frente dela com a mão, simulando o mau cheiro.
- Verdade. Põe fedor nisso. – a albina fala sorrindo, enquanto consentia, com as mãos em ambos os lados da cintura.
Após socá-lo, a morena cora ao olhar para o loiro que estava maravilhado pelo que presenciou e ao se recordar dos torneios que assistiu, percebeu que devia ter esperado algo assim.
Afinal, Goro não era nada para as gêmeas ou para Yukiko, mesmo trazendo um reforço através dos seus capangas e ao se recordar que ainda estava preso no barril, ele começa a lutar para sair, sendo que Hiroto vai até o seu amigo para ajudá-lo.
- Valeu, Honda!
- É para isso que servem os amigos, certo? Vamos brigar com eles. Vai ser divertido.
- Com certeza!
Na frente da barraca, Goro estava de pé e havia colocado a mão no nariz, para depois afastá-la, vendo o sangue em seus dedos, enquanto sentia que o seu nariz estava quebrado ao mesmo tempo em que começava a doer de forma pungente, sendo que fica estupefato por alguns segundos, processando o fato de que apanhou de uma garota.
Então, ao se recuperar, o seu semblante é tomado pela fúria que o assolava, com ele avançando contra a morena, enquanto ordenava aos seus capangas, sendo que é interceptado por Yukiko:
- Tropa da chapa de ferro! Derrubem as paredes! Vamos acabar com a atração dessa classe!
- Certo! – todos exclamam em usino, avançando com a chapa, mirando as paredes da barraca.
- O bastardo é meu! Se divirtam, amigas! – a albina exclama com um sorriso no rosto, enquanto desviava do gancho de direita de Inogashira.
- Com certeza!
As gêmeas se deslocam e consentem quando se entreolham como se lessem os pensamentos uma da outra.
Se posicionando em cada um dos lados da tropa, elas se agacham e giram as pernas em sentido horizontal, acertando as pernas deles, fazendo-os cair com a chapa no chão, sem conseguirem chegar à parede e quando alguns deles se levantam, sendo aqueles que não tiveram muitos ferimentos, eles tentam golpeá-las.
Porém, são derrubados sumariamente e quando os demais se refazem dos ferimentos e se erguem, juntamente com aqueles que foram golpeados, todos passam a retirar objetos dos seus bolsos e que consistiam de canivetes com lâminas, fazendo os estudantes ofegarem ao verem as armas deles.
As gêmeas reviram os olhos e depois, olham com destemor, agindo de forma inabalável, desviando facilmente dos golpes até que ficam entediadas ao ponto de simular propositalmente um bocejo para irritação dos capangas, cujos golpes falhavam, para depois se entreolharem, com ambas consentindo uma para a outra.
Então, elas começam a nocauteá-los com um golpe certeiro no abdômen, fazendo-os se curvarem, enquanto caíam inconscientes, sendo que tal ato durou menos de dois minutos e após terminarem de surrá-los, ambas erguem um dos braços e chocam as palmas entre si.
- Eu esperava um pouco mais de diversão, irmã... – a bronzeada comenta em um suspiro.
- Concordo. Eles eram patéticos e olha que é um eufemismo. – a prateada fala suspirando, para depois, olhar para a amiga delas.
Yukiko apenas desviava, enquanto sorria imensamente, sentindo grande satisfação ao ver o quanto Goro estava furioso e frustrado por não acertá-la, com o estudante acreditando que ela estava brincando com ele, sendo que ficou ainda mais possesso, se era possível, quando a albina finge um bocejo, colocando uma das mãos na frente da sua boca.
- Sua bastarda! – Inogashira exclama irado ao ver que errou um gancho de esquerda, sendo que não havia acertado um mísero golpe nela.
- Você é patético e sabe disso, certo?
- Sua...!
A bronzeada pergunta sorrindo, enquanto se aproximava de ambos:
- Ainda está brincando e humilhando esse desgraçado, Yukiko-chan?
- Sim. Mas, estou começando a ficar aborrecida.
- Eu imagino. – a prateada se junta a irmã – Os capangas dele não eram de nada. Eu queria algum desafio.
- Bem, vocês venceram vários torneios e são autênticas mestras em ambos as escolas, a de arte marcial e de kenjutsu. É normal que simples estudantes não seriam páreo para vocês. – a albina comenta, enquanto desviava de um golpe.
- Verdade. – Kisara fala em um suspiro.
- Infelizmente. – Nuru deprime os ombros, para depois, flexionar os braços na frente do tórax – Pelo menos, poderiam ter dado um mínimo de diversão. Foi entediante e igualmente patético.
O ato do trio de conversar entre si como se Goro não fosse sequer uma ameaça, aumentava ainda mais a fúria dele e o deixava ainda mais cego, fazendo os seus golpes se tornarem menos precisos em virtude da fúria intensa que o tomava naquele instante, sendo que mesmo anteriormente, em condições normais, não havia acertado nenhum golpe nela.
Ademais, ele podia ouvir risos dos estudantes, não somente daquela sala, assim como das outras e ao olhar pelo canto dos olhos para aqueles que riam, Inogashira notou a diversão em seus rostos, sendo que alguns conseguiram, inclusive, pipoca para assistir um show, ao ver deles e ao olhar para trás, vê os seus capangas caídos no chão por terem sido nocauteados.
Naquele momento, o seu ódio era intenso em virtude da humilhação que estava passando e passou a desejar matar a albina.
Ele se afasta dela e pega um canivete, tirando a lâmina, para depois, apontar a arma para Yukiko que arqueia o cenho, enquanto os outros estudantes ofegavam, para em seguida, avançar nela, pois, havia decidido matá-la, sendo que um dos estudantes que viu os acontecimentos, desde que os capangas dele tiraram os canivetes, correu do local para chamar o diretor.
A meia dragoa faz questão de desviar de todos os movimentos, olhando-o como se fosse patético, com Inogashira xingando a albina o tempo todo.
- Você já me cansou. Fala sério. Ainda continua patético. Você é um lixo covarde e bem irritante.
Antes que ele abrisse a boca, ela agarra o punho esquerdo dele que tinha a arma e enquanto quebrava os ossos da mão, fazendo-o soltar o canivete, torcia violentamente o punho dele, com o som de ossos sendo quebrados revibrando pelo local ao gerar estalos secos que fez todos ofegarem, pois, quebrou o punho e a mão dele como se fosse um mero graveto.
Goro passa a segurar o seu punho que estava em um ângulo estranho, sendo que a mão inchava ao mesmo tempo em que gritava pelas dores lacerantes, caindo de joelhos como reflexo.
Respirando profundamente, enquanto cerrava os dentes, ele se ergue e tenta acertá-la com o punho direito, com a mesma bloqueando como se não fosse nada, para depois, acertá-lo com um soco violento no rosto, fazendo questão de quebrar alguns dentes dele, enquanto o mesmo caía inconsciente no chão com a boca sangrando e vários dentes quebrados em torno dele.
Todos estavam chocados, inclusive Yuugi, apesar de saber que ao contrário das gêmeas, a albina não era gentil em qualquer batalha e que para piorar, ele a havia provocado ao xingá-la.
Inclusive, soube de situações em que ela quebrou vários ossos, além de quebrar mandíbulas e dentes dos seus inimigos.
No caso de Inogashira, ao ver da albina, além de tê-la provocado por xingá-la, a meia dragoa havia ficado ainda mais furiosa por Goro tentar acabar com a felicidade daquele que via como um filho querido, quando desejou quebrar a barraca que eles fizeram com tanto esforço, sendo que Yuugi estava muito animado, além do fato de ter sido ideia do jovem. Quando se lembrava do seu rosto sorridente e da genuína felicidade pela escolha dos jogos e dele trabalhando na cabeça do palhaço, empenhando tanto esforço com uma face feliz, o seu ódio aumentou exacerbadamente, conforme se recordava do intento dele de colocar abaixo a barraca de jogos.
Inclusive, ela não estava satisfeita, ainda, sendo que sabia que teria uma grande mudança nos acontecimentos, enquanto que o evento da linha do tempo original ainda iria ocorrer, de certo modo.
Atemu, que estava sentado no seu trono de pedra em sua câmara, demonstrava fúria em seu semblante, pois, havia sentindo a imensa felicidade do seu amado com a barraca e os preparativos.
Inclusive, podia ver o genuíno sorriso em seu rosto de coração e os olhos ametistas brilhando de tal modo que envergonhava a mais bela ametista. Era um semblante de genuína felicidade e que o fazia feliz.
Portanto, sentir essa felicidade sendo prejudicada por Inogashira quando o mesmo surgiu na barraca deles e o intento do estudante de destruir a barraca que fazia Yuugi tão feliz, fez o Faraó desejar punir o estudante, pois, tal como Yukiko, era imperdoável, a seu ver.
Mesmo após a humilhação e surra de Goro, Atemu não estava satisfeito. Para ele, não era o suficiente.
Afinal, desejava ter a sua chance de se vingar dele e acreditava que a dragoa alva e peluda iria aparecer. Pelo menos, ela costumava aparecer regularmente quando ficava preocupada com Yuugi, para avisar do compartilhamento das presas ou separação dos alvos para ambos.
Nesse caso, ele não conseguiria abrir mão de se vingar de Goro, embora soubesse que albina tinha métodos bem mais eficazes e que após se vingar, concordava da dragoa reivindicar Inogashira para si. Só esperava poder conversar com ela para combinarem os termos.
Afinal, não queria que a dragoa intervisse na justiça que o seu amado merecia e para aplacar a sua raiva pelo ato imperdoável de Goro, sabia que teria que esperar para que surgisse uma situação oportuna para por em prática o que havia planejado.
Enquanto isso, no local do festival, o diretor havia visto tudo, inclusive quando Inogashira avançou com a arma em punho contra a albina, sendo que os estudantes contaram o que ocorreram e apontaram para os estudantes caídos próximos de uma chapa com armas idênticas ao seu lado, comprovando o que o estudante havia contado para ele.
Prontamente, o diretor chama a polícia e ambulâncias para socorrê-los.
Após alguns minutos, eles chegam à escola. Goro e seus capangas são levados para o hospital com policiais junto deles, sendo que ficariam algemados aos leitos, enquanto que os outros policiais ficaram para trás, colhendo o depoimento das testemunhas e do trio, além de terem ensacado as provas, nesse caso, os canivetes.
Algumas horas depois, os estudantes terminaram de montar a barraca, pois, haviam terminado de fornecer o seu depoimento do que aconteceu, enquanto que o trio contava tudo o que ocorreu, com os relatos dos demais corroborando o que elas disseram, sendo que os estudantes odiavam Inogashira e achavam merecido o que ocorreu a ele e aos seus capangas.
Após a polícia sair do local, o ambiente no festival volta a ser descontraído, sendo que o trio é parabenizado por todos que passam a vê-las como heroínas, com elas agradecendo educadamente os aplausos, elogios e cumprimentos.
Honda sentiu que um pouco do seu orgulho foi ferido por ter sido protegido por garotas, sendo que Jounouchi se incomodou, inicialmente, para depois, ignorar em virtude de amar a bronzeada, sendo que havia ficado extasiado com a demonstração dela e das outras perante Goro e os seus capangas.
Ademais, ter sido nocauteado por garotas era uma humilhação que seria adicionada a surra. Se fossem eles que tivessem lutado, não seria a mesma coisa e de fato, foi uma punição adicional o trio ter cuidado de tudo.
Inclusive, nem se importou de Nuru ter bloqueado o golpe que iria atingi-lo por estar admirado com a demonstração de domínio sobre Inogashira, detendo o golpe como se não fosse nada, para depois, arremessa-lo para fora como se fosse um mero lixo.
Foi uma ação bem quente, a seu ver e confessava que havia sentido o seu amigo se animar em sua virilha e passou a agradecer o fato de ter conseguido acalmar a sua ereção, antes de sair do barril com a ajuda do seu amigo.
Chapter 53: O plano de Jounouchi
Summary:
No Festival Cultural...
Alguns dias depois...
Chapter Text
No dia seguinte, ocorre o Festival cultural, sendo que a barraca se torna uma das mais acessadas por ser diferente das demais.
Todos os estudantes estavam se divertindo, principalmente Yuugi que sorria imensamente, enquanto chamava as pessoas para a barraca deles ao ficar na frente da entrada, com Yukiko olhando maternalmente para o jovem de cabelos tricolores ao mesmo que Atemu, sentado no trono de uma das salas da sua câmara da alma, ficava feliz por sentir a felicidade do seu amado, sendo que ansiava por ter a chance de vingá-lo em um Yami no Game contra Goro.
Kisara e Nuru descobriram que Inogashira e sua gangue se encontravam algemados nas macas, enquanto estavam em tratamento e que após receberem alta, iriam para a prisão para aguardar o julgamento.
Desconhecido para todos, Yukiko havia usado a sua magia para que conseguisse ter a chance de se vingar, após o Faraó punir Goro, sendo que era plenamente ciente de que iria demorar mais de uma semana para ter a oportunidade de se vingar dele e de outro bastardo que estava na sua lista negra.
Alguns dias depois, no fim da tarde, enquanto Yuugi saía do colégio, a albina fez com que Kisara e Nuru ficassem junto dela, com a desculpa de pedir uma segunda opinião em uma loja, para que Mutou ficasse sozinho, pois, iria ter mais um acontecimento da linha do tempo original.
Elas haviam aceitado, pois, Jounouchi iria se encontrar com o jovem, conforme havia comentado com o trio de amigas, mais cedo naquele dia.
Após sair dos portões, o adolescente ouve uma voz conhecida que o chama e ao virar para trás, sorri, enquanto falava:
- Ah! Jounouchi-kun. Está indo embora, agora?
- Pois é. – ele responde sorrindo – Eu disse para elas que iriamos juntos. Ainda bem que eu o alcancei.
- Yukiko-chan, Kisara-chan e Nuru-chan haviam falado que precisavam ir até uma loja e que eu teria companhia. Eu peço desculpas por não ter esperado, eu acabei esquecendo. – ele falava, enquanto coçava a nunca por estar envergonhado pelo esquecimento.
- Tudo bem. Eu falei para as nossas amigas e esqueci-me de falar para você.
Então, Yuugi olha para o lado e identifica Hiroto ao lado dele que o olha com uma face aborrecida, fazendo o jovem se encolher levemente, enquanto ficava receoso, pois, o loiro nunca trazia o seu amigo quando eles caminhavam juntos.
“É o Honda-kun. Ele vivia me obrigando a carregar a bolsa dele e a comprar revistas de sacanagem na livraria quando as minhas amigas não estavam junto comigo. Ainda bem que eram raras as vezes que isso ocorria. Isso sem contar as agressões verbais e físicas que eu sofria nas mãos dele e do Jounouchi-kun, antes de Katsuya se tornar meu amigo. Sinceramente, eu não simpatizo muito com ele.”
- Yuugi, nós precisamos da sua ajuda. – o loiro fala, tirando o adolescente dos seus pensamentos.
Mutou fica surpreso, assim como Honda que exclama indignado para Katusya, enquanto corava levemente:
- Ei, Jounouchi! Não me diga que você vai falar “daquilo” para ele?!
- Eu vou – ele responde, demonstrando aborrecimento pela reação do moreno.
- Não brinca comigo! – Hiroto exclama desesperado e fica ainda mais corado, enquanto apontava o dedo em riste para o jovem de olhos ametistas – Ele não!
O loiro suspira, para depois falar, olhando para o seu amigo com visível agastamento em seu semblante, pois, considerava a reação dele ilógica:
- Calma. Calma. Não disse que iria deixar por minha conta?
O moreno suspira e vira o rosto, com evidente insatisfação em sua face, além de coçar a nuca por estar envergonhado, enquanto Katsuya explicava para o seu amigo de cabelos tricolores:
- Yuugi, é claro que você vai guardar segredo, certo? Isso só pode ficar entre a gente.
- Não vou contar para ninguém.
Jounouchi sorri de canto, enquanto falava, olhando pelo canto dos olhos para o moreno:
- É que o Honda está apaixonado por uma garota e não sabe o que fazer.
- Não! Para com isso! Não conta para o Yuugi! – Hiroto exclama desesperado, tampando os seus olhos por estar envergonhado, após atirar a sua mala para o alto.
Yuugi olha com visível surpresa em seu semblante, enquanto tentava compreender como iria ajudar o moreno.
Surpreendendo a todos, Honda, tomado pela vergonha, julga erroneamente que o jovem estava rindo e inesperadamente, agarra o pescoço dele, o sacudindo, enquanto exclamava:
- Você está rindo! Você está rindo de mim! Morra!
- Ninguém está rindo! – o adolescente exclama desesperado.
Rapidamente, o loiro age e separa Hiroto dele, o agarrando por trás ao envolver os seus braços na articulação dos ombros do seu amigo, fazendo-o se afastar de Mutou ao mesmo tempo em que o chamava a razão, enquanto o jovem massageava o seu pescoço, ficando aliviado ao ver que o moreno se acalmou ao ouvir a voz da razão.
Porém, mesmo após recobrar a razão, o estudante não havia pedido desculpas por ter julgado erroneamente que ele estava rindo, sendo que Yuugi sabia que não podia ficar surpreso com esse fato, pois, seria o esperado, considerando o fato de Honda detestá-lo deste o primeiro dia de aula.
Na câmara do Faraó, o mesmo sentia uma fúria imensa pelo que Hiroto fez com o seu amado e que era imperdoável a seu ver. Ele confessava que sentia muita vontade de desafiá-lo a um Yami no game para puni-lo e enquanto pensava nisso, se recorda de que a albina não permitiria. Ela somente permitiu a tortura, seguida de estupros consecutivos por seres com monstros no meio das pernas para ambos através dos pesadelos deles, sendo que não conseguiam despertar ao mesmo tempo em que ninguém mais saberia, pois, não evidenciava na face deles o terror, além de serem vedados os seus gritos.
Eles somente despertavam pela manhã e tinham a liberdade durante o dia, sendo que eles não se lembravam das horas aterrorizantes e do sofrimento lacerante que sofreram. O espirito confessava que não pretendia remover tão cedo essa punição pelo sofrimento que impuseram ao seu amado. Talvez libertasse em algum momento o Jounouchi, dependendo da atitude dele e quanto ao moreno, ele não acreditava que iria cancelar algum dia.
Ademais, quando se lembra de que no futuro eles serão os melhores amigos de Yuugi, conforme o que a albina contou, o salvando e o auxiliando, o Faraó duvidava piamente que isso iria ocorrer em algum momento do futuro, principalmente em relação à Honda.
No lado de fora, o jovem de orbes ametistas está andando ao lado de Katusya, enquanto Hiroto segue atrás deles, olhando para o lado, conforme o loiro falava:
- A garota é a Miho Nosaka da nossa sala, a representante da biblioteca. Ela é bonitinha e quietinha. Sempre anda com um lacinho amarelo no cabelo.
- Eu sei quem é. As amigas dela a chamam de “Lacinho”. – o jovem falava, enquanto sorria, conforme se recordava da adolescente.
Atrás dele, o moreno corava, enquanto fechava os olhos ao se recordar da visão da garota que amava ao mesmo tempo em que murmurava para si mesmo:
- Ah... Minha querida e inocente Lacinho.
Jounouchi continua falando, enquanto apontava o polegar para trás, na direção do seu amigo sonhador ao mesmo tempo em que sorria de lado:
- Bem, de qualquer forma, o troglodita do Honda se apaixonou pela delicada Miho-chan e estamos em busca de um presente legal para chamar a atenção da garota. A sua casa é uma loja com coisas esquisitas, não é? – o loiro pergunta, pois, nunca chegou a reparar na loja com a devida atenção, sendo que nunca entrou no local.
- De fato, é uma loja, mas é uma loja especializada em jogos.
- Jogos? Nada a ver. – Hiroto comenta com as mãos nos bolsos, enquanto chutava uma pedrinha.
O loiro pergunta, enquanto segurava a sua mala embaixo do braço esquerdo:
- Vamos dar uma olhada, quem sabe, não achamos algo? – ele vê o moreno consentir, embora exibisse uma face cética sobre encontrar algo romântico em uma loja de jogos.
Yuugi se encontrava pensativo, enquanto voltava a andar com eles.
“Será que tem algo em casa? Bom, só vai dar para saber perguntando para o jii-chan.”
Após algum tempo, eles chegam à loja e o adolescente de cabelos tricolores exclama animado:
- É aqui!
O trio observa o letreiro Game em cima da loja, sendo que Hiroto exclamava, enquanto coçava atrás da cabeça:
- Eu acho que é uma perda de tempo, Jounouchi!
- Já que viemos aqui, vamos entrar. Quem sabe não tem algo?
Honda suspira e consente, sendo que ainda estava cético que iriam encontrar algo para dar de presente a Miho.
Eles entram na loja e são recebidos por Sugoroku, que fica surpreso ao ver o seu neto com um amigo adicional e não somente com o loiro.
- Jii-chan, tem uma garota e...
O jovem é interrompido por seu avô que exclama com evidente surpresa em seu semblante:
- Oh! Então, achou alguém que você gosta? Incrível!
- Não, jii-chan! – ele exclama rapidamente, erguendo as mãos, enquanto tentava acalmar o entusiasmo do seu avô – Não é para mim, é para o Honda-kun.
Nisso, ele aponta o polegar para Honda e Sugoroku tosse, para depois pigarrear, se refazendo da revelação, enquanto sorria imensamente, conforme exclamava, olhando para o moreno:
- Interessante... Eu tenho uma coisa ótima para você!
- É verdade, jii-chan? – Yuugi pergunta em um misto de surpresa e alívio pela vinda de Hiroto não ter sido um desperdício de tempo.
- Eu não te contei, Yuugi? Foi o presente que usei para conquistar a sua baa-chan (vovozinha).
Honda pergunta com visível preocupação mesclada a medo ao saber que era algo antigo, enquanto olhava desesperado para o seu amigo:
- Tem certeza, Jounouchi?
- Não me pergunte... – Katsuya murmura, olhando para o lado, enquanto exibia uma gota.
O lojista chama a atenção deles ao estender uma caixa, enquanto exclamava:
- Deem uma olhada!
Ele abre a caixa e mostra um quebra-cabeça em branco, contornado por uma bela moldura contendo corações e laços:
- É um quebra-cabeça em branco! Você escreve o que sente aqui e entrega todo desmontado. A moça vai lendo as palavras, enquanto monta as peças. Isso é muito romântico! Vai por mim!
Yuugi olha sem saber o que falar, enquanto o loiro apontava para o objeto ao mesmo tempo em que ria:
- Isso não combina com você, Honda!
Então, Yuugi e Jounouchi ficam estarrecidos quando observam Hiroto pegando a caixa, olhando atentamente para ela, enquanto murmurava:
- Eu gostei.
- O quê?! – Katsuya exprime verbalmente o seu estarrecimento pelo moreno ter gostado do objeto.
- Eu adorei! – Honda continua exibindo uma feição determinada, enquanto segurava firmemente a caixa em suas mãos – Eu achei o máximo! Sim! É perfeito para mim! É muito romântico!
Ele pega o dinheiro do bolso e exclama, enquanto o colocava no balcão:
- Vou levar!
Sugoroku sorri, agradecendo, para depois comentar:
- Ainda bem que você gostou.
O loiro e o jovem de orbes ametistas ainda se encontravam embasbacados pelo fato de Hiroto ter gostado e por achar que era algo romântico.
Então, após saírem da loja, o estudante coloca a palma em seu rosto, enquanto murmurava para si mesmo ao perceber a falha fundamental em seu plano de dar o presente:
- Mas, espera aí. O que eu tenho que escrever? Eu nunca escrevi uma carta de amor. O que eu faço?
Então, ele tem um estalo e olha atentamente para Yuugi, exibindo um semblante pensativo, enquanto Mutou se encolhia, sendo evidente o seu receio, pois, não sabia o que esperar das reações de Honda, enquanto percebia o semblante desesperado do moreno:
- Yuugi, escreva você!
- O quê? – o jovem de olhos ametistas estava estupefato, enquanto tinha gotas na cabeça.
Hiroto pega a mão dele e coloca a palma em seu coração, enquanto exclamava, sendo evidente o seu nervosismo:
- Sente só! O meu coração está acelerado por causa dela! Transforme essa emoção em palavras!
- Eu não entendi nada! – Yuugi exclama atordoado, pois, ainda estava estupefato e agora, se encontrava confuso, também, com o pedido inusitado.
O moreno solta a mão e depois fecha os olhos, enquanto falava consigo mesmo:
- E depois, eu entregarei o quebra-cabeça para a Lacinho. Mas... – ele sai do seu estado sonhador ao ficar nervoso, de repente, passando a grudar novamente no pescoço de Mutou, o sacudindo – Se eu levar um fora, eu acabo com você!
Jounouchi corre para separá-lo do seu amigo, enquanto exclamava desesperado, achando ilógico o que o moreno falava ao mesmo tempo em que passou a questionar a si mesmo se o seu plano de tornar Hiroto, amigo de Yuugi teria êxito, sendo que orava para que não tivesse sido um erro descomunal:
- Não diga absurdos, Honda!
Após retirá-lo de Mutou, o loiro arrasta o moreno para longe, após se despedir do jovem de cabelos tricolores que massageia o seu pescoço, enquanto olhava para a caixa, para depois, suspirar.
Em uma das salas da câmara da alma do Faraó, Atemu ainda estava com raiva das atitudes de Hiroto, sendo que a indignação havia sido adicionada a ofensa, a seu ver, quando o moreno ordenou a Yuugi que escrevesse a mensagem romântica no lugar dele, além de desejar culpá-lo no futuro, caso a jovem o rejeitasse, sendo algo absurdo a seu ver.
Ele confessava que controlava com muito custo a sua vontade de tomar o controle do corpo do seu amado para punir o moreno em um Yami no game, mesmo com a recordação de que o loiro e o moreno sofriam a noite toda em suas mentes.
Afinal, os pesadelos não aplacavam a sua fúria dos atos de Honda que foram intensificados pelos atos recentes dele contra o Yuugi.
Forçando-se a se acalmar ao se lembrar de que a dragoa não iria permitir qualquer ato contra o moreno ou loiro, além dos pesadelos, ele massageia a testa, sentindo plenamente o receio do seu amado pela tarefa que iria cumprir, enquanto sentia que o jovem não nutria qualquer sentimento ruim por Hiroto, mesmo após ser quase asfixiado ao mesmo tempo em que era sacudido como uma boneca de pano pelo pescoço.
Conforme refletia sobre o âmago do seu anfitrião, ele sabia que deveria esperar a ausência de pensamentos de ódio ou raiva, pois, conhecia a gentileza, bondade e amabilidade imensas do seu amado, cujo coração cristalino o tornava vulnerável ao mal do mundo, sendo este um pensamento recorrente de Atemu, que se preocupava com aquele que amava com todo o seu coração.
Chapter 54: O presente
Summary:
Durante a noite...
No colégio...
Chapter Text
Após o jantar, Yuugi senta na sua mesa e começa a pensar em uma mensagem de amor para escrever no quebra-cabeça, enquanto falava consigo mesmo, demonstrando intensa preocupação por temer a reação de Honda, caso não escrevesse nada:
- Caramba... Essa não. Eu também nunca escrevi uma declaração de amor.
O jovem ficou pensando a noite inteira, acabando por não dormir, sendo que somente na parte da manhã, conseguiu terminar de escrever a mensagem, fazendo com que exclamasse com evidente alívio em seu semblante e voz:
- Eu consegui!
Após terminar de escrever, ele desmontou o quebra-cabeça, o colocando em uma caixa envolta em papel de presente com um belo laço, para depois, colocar dentro da mochila.
Então, ele toma um banho e se troca em seguida, colocando o uniforme do colégio e conforme descia para tomar o café da manhã, boceja várias vezes, para depois, observar o seu avô na cozinha, evidenciando o fato dele ter acordado mais cedo do que de costume, fazendo com que o jovem de cabelos tricolores se sentisse culpado, pois, não esperava que o seu amado avô acordasse tão cedo, apenas para preparar o seu café da manhã, depois de ter comentado na noite anterior que precisava ir mais cedo ao colégio, acrescentando que Sugoroku não precisava acordar antes do sol nascer.
O avô dele percebe os bocejos e pergunta:
- Não dormiu bem?
- Não. Eu vou tirar um cochilo quando chegar do colégio, à tarde – ele decide omitir o fato de que não tinha dormindo por ter ficado acordado a noite toda.
Um dos motivos para ele mentir era porque não queria explicar o motivo de ter ficado acordado, pois, com certeza, o seu avô iria brigar com Honda por ter obrigado o seu querido neto a escrever uma mensagem de amor, fazendo com que não dormisse, sendo que era o moreno que deveria perder o sono, debruçado em uma mesa, pensando sobre uma mensagem de amor para a garota que amava.
Além disso, o outro motivo era por temer a reação de Hiroto perante a reclamação e censura do seu avô, pois, temia que Honda golpeasse Sugoroku, juntamente com o fato de Yuugi não desejar contar sobre a perseguição que sofreu no passado e que havia conseguido esconder do seu jii-chan ao conseguir o silêncio delas no tocante bullying ao convencê-las a não falarem nada, usando o argumento de que o seu avô era idoso e não precisava ficar nervoso, pois, poderia prejudicar a sua saúde e ele não desejava provocar qualquer problema cardíaco nele.
Ademais, o jovem não desejava provocar brigas ou conflitos.
Tomado pela sensação de culpa, ele fala, exibindo um semblante que era um misto de vergonha e culpa:
- Me desculpe por fazê-lo acordar mais cedo, jii-chan. Não imaginava que acordaria antes do sol nascer por completo.
- Não tem que pedir desculpas. Eu acordei sozinho. Além disso, não me incomodo com o horário. Você deve ter um bom motivo para querer sair mais cedo. Agora, vamos tomar o café da manhã. Vou aproveitar que acordei mais cedo para organizar algumas caixas.
- Arigatou, jii-chan.
- Doitashimashite (Por nada ou Disponha), Yuugi.
O estudante passa a comer o café da manhã, enquanto conversava alguns assuntos com o seu amado avô, sendo que havia dado uma desculpa qualquer para Yukiko, Kisara e Nuru sobre chegar mais cedo no colégio ao mesmo tempo em que dava uma justificativa para que o trio não precisasse chegar mais cedo à instituição de ensino.
Yuugi confessava que estava surpreso por seu plano ter tido êxito, desconhecendo o fato de que a albina usou a sua magia para influenciar as gêmeas a aceitarem a justificativa e explicação do jovem.
Enquanto isso, na câmara da alma de Atemu, o Faraó era plenamente ciente dos motivos do seu amado mentir para Sugoroku, sendo que era o esperado, considerando o coração e o âmago do seu anfitrião.
Porém, isso somente fazia a sua raiva por Honda aumentar.
Afinal, por culpa dele, o jovem não conseguiu dormir, além de ter vivenciado o medo e preocupação sobre o que escrever por temer a reação do moreno se não conseguisse escrever uma mensagem de amor, sendo que quem deveria ficar acordado a noite inteira e pensando intensamente na mensagem era Hiroto e não Yuugi.
Não obstante, além de Honda ser um folgado, ao ver do Faraó, ele havia usado o passado de Mutou para intimidá-lo, fazendo-o reviver antigos medos para obrigá-lo a obedecê-lo como era no passado, quando o obrigava a carregar suas coisas e a comprar revistas de sacanagem nas lojas, quando Yukiko, Kisara e Nuru não estavam junto dele. O espírito confessava que controlava com muito custo à vontade de desafiá-lo para um Yami no game.
Suspirando, enquanto massageava as suas têmporas, forçando-se a se acalmar, conforme gerenciava a frustração por não poder fazer o que desejava com o moreno, visando se vingar de tudo o que ele fez e pelo que fazia ao seu amado ao obrigá-lo a escrever a mensagem de amor através da intimidação, pois, estava de mãos atadas, por assim dizer.
Mutou chega ao colégio, sendo que chegou mais de uma hora antes da aula começar, pois, Katusya ligou na noite anterior, falando do plano deles se encontrarem mais cedo.
Então, assim que ele entra nos portões que já estavam abertos, Honda e Jounouchi vão ao encontro dele, com o loiro o cumprimentando, enquanto sorria:
- E aí, Yuugi!
- Ohayou, Jounouchi-kun e Honda-kun. – ele fala dentre um bocejo, fazendo com que o loiro ficasse preocupado.
- Espero que tenha terminado, Yuugi. – o moreno fala a guisa de bom dia, sendo que continha um tom de ameaça em sua voz.
- Sim. Eu terminei. Aqui está – ele abre a mochila e prontamente entrega o presente à Hiroto que o pega em mãos, para depois, colocar dentro da sua maleta.
- Bem, agora precisamos pensar em uma forma de entregar o presente para ela. – Katsuya comenta.
Os três começaram a debater sobre a melhor maneira, embora Yuugi não participasse ativamente por não querer ficar no lado ruim do Honda, por acidente.
Afinal, ele ainda tinha receio das reações do moreno por causa do passado e que haviam sido parcialmente revividas pela ameaça no dia anterior, fazendo com que ficasse acordado para que escrevesse a declaração de amor. Quanto ao loiro, ele havia superado os acontecimentos graças a amizade de Jounouchi que o fez se esquecer, gradativamente, de como o tratava antigamente.
Conforme ocorria o debate, surgiram três opções que consistiam em entregar em mãos, mandar pelo correio ou colocar secretamente na carteira dela.
No final, foi eleita a terceira opção, com o trio se dirigindo até a sala de aula que estava vazia, com Honda olhando com visível suspeita e igual desconfiança em seu semblante para o adolescente de cabelos tricolores.
- Ei, Yuugi, você escreveu algo bem bonito para deixar claro o que eu sinto, certo?
- Claro. – o jovem fala, embora fosse evidente o nervosismo em seu semblante e voz, pois, disfarçava precariamente.
Jounouchi segurava o objeto, se preparando para colocar embaixo da carteira de Miho, enquanto exclamava, procurando chamar a atenção do seu amigo para evitar que ficasse intimidando Yuugi, enquanto sentia dúvida que o seu plano daria certo, pois, até aquele instante, havia notado o nervosismo do jovem perto do moreno e não o condenava, assim como notou que a atitude de Hiroto não havia sido suavizada em relação à Mutou:
- Honda... Agora, é só colocar o presente na carteira dela e estará tudo pronto! – ele coloca cuidadosamente o presente – Pronto.
Enquanto isso era visível o quanto Hiroto estava corado, sendo que se encontrava em um misto de nervosismo e preocupação.
O trio se afasta e Yuugi exclama, animado:
- Muito bom!
- Se der certo, eu pago uns “sandubas” para vocês. – o moreno fala, sentando em cima da sua carteira, enquanto apoiava um dos pés na sua cadeira.
Aos poucos foram chegando os estudantes, sendo que junto deles, havia alguns professores e dentre eles havia uma professora loira, considerada uma das mais bonitas do colégio e que andava com roupa impecável, sendo que a sua saia justa ficava alguns dedos acima dos joelhos, enquanto usava meia calça escura com saltos altos, juntamente com uma espécie de blazer, sendo que sempre se encontrava extremamente maquiada, enquanto fazia questão de demonstrar diariamente um falso semblante sorridente.
Claro que os estudantes que a conheciam, não se deixavam levar para aparente visão sorridente e beleza, por saberem como ela era com os estudantes.
Afinal, seu apelido era bem conhecido.
Alguns alunos comentavam, enquanto ela passava pelos corredores, com os sons dos seus saltos altos revibrando pelo ambiente.
- A Chouno-sensei é muito linda.
- Sim. O único problema é aquela maquiagem pesada.
Um aluno se aproxima do grupo que comentava e fala:
- Mas, vocês estão sabendo? Ela já expulsou quinze alunos desta escola em meio ano.
- Está brincando?! – um deles pergunta estarrecido, seguido do seu amigo ao seu lado, que também se encontrava estupefato pela informação.
O que falou sobre a expulsão nega com a cabeça, pois, estava falando a mais pura verdade.
Então, este fala, observando Chouno se afastar:
- O outro apelido dela é a “Bruxa condenadora do colégio”.
Todos ficam embasbacados, olhando do estudante para a professora que já havia se afastado ao virar em um dos corredores.
Então, o professor chefe do colégio a cumprimenta, após ela virar o corredor:
- Ohayougozaimassu, Chouno-sensei.
- Ah! Sayoutou-sensei. Ohayougozaimassu.- ela responde com um aceno.
- Ah... Fiquei sabendo. Como foi o Miai?
- Ah... sim. – ela fala posicionando os dedos em frente ao queixo, enquanto sorria – É um homem maravilhoso.
- Que bom.
- Com licença, eu tenho uma aula para dar. – ela se despede, mantendo um falso sorriso no rosto.
- Claro.
Então, enquanto ele se afastava, Sayoutou falava consigo mesmo com as bochechas coradas e o coração batendo em seu peito:
- Ah, o perfume da Chouno-sensei é maravilhoso. Se eu fosse mais jovem...
Enquanto isso, na sala 1-B, Jounouchi murmura para Yuugi que estava sentado:
- Ei, Yuugi, parece que a Miho-chan não se deu conta do presente.
- É. – ele responde sorrindo, com ambos observando que ela olhava para o caderno de uma amiga, enquanto fazia suas próprias anotações.
Honda também percebeu que a jovem estava tão concentrada em fazer anotações, que não havia percebido o seu presente embaixo da carteira.
Portanto, ele estava nervoso e igualmente corado, pois, se encontrava ansioso para ver a reação dela quando descobrisse o presente, sendo que o moreno estava com o rosto quase que coberto dentre os braços flexionados e apoiados em cima do tampão da sua mesa.
- Olha só a cara do Honda. Ele está todo vermelho e não consegue parar de olhar para ela. Está muito engraçado. – o loiro murmura para o seu amigo.
Eles observam que Miho vira o rosto na direção de Hiroto, que prontamente, desvia o rosto, enquanto exclamava em pensamento:
“Ela olhou!”
Yuugi apoia o seu rosto na mão, cujo cotovelo estava apoiado na mesa, enquanto pensava, sendo que sorria:
“Eu espero que dê tudo certo para o Honda-kun.”
Dentro da câmara da alma de Atemu, o Faraó não se encontrava surpreso pelo seu amado torcer pela felicidade de Hiroto, pois, seria o esperado em virtude do coração cristalino do seu anfitrião.
O trio de amigas chega à sala de aula e cumprimenta Yuugi e Jounouchi, sendo que as gêmeas não notaram nada de errado, inicialmente, enquanto que a albina sabia o que estava ocorrendo e o que iria ocorrer.
Após eles conversarem brevemente, Yukiko, Nuru e Kisara sentam em suas respectivas carteiras, passando a organizar as suas mesas, sendo que a bronzeada conseguia ouvir nitidamente os sussurros deles graças a sua audição apurada.
Claro que ela não compreendia o motivo deles conversarem sobre Honda e Miho, sendo que pelo canto dos olhos, ela notou que o moreno estava extremamente corado, enquanto olhava para a estudante com laço na cabeça que estava ocupada escrevendo anotações no seu caderno.
Nuru somente esperava que isso não trouxesse problemas ao seu amigo, Yuugi, pois, pelo pouco que compreendeu, ele estava envolvido de alguma forma com algo que Honda e Jounouchi fizeram.
O motivo de não comentar para a sua irmã e a albina a sua suspeita era porque teria que explicar como conseguiu ouvir e a bronzeada confessava que não tinha nenhum desejo de revelar o seu segredo.
Próximo dali, a Chouno entra em um banheiro e tomada pela fúria, soca um dos espelhos que se encontrava na parede em cima de uma das pias, sendo que arfava, enquanto exclamava furiosa, exibindo um semblante demoníaco:
- Vai cuidar da sua vida, gordo careca nojento!
Nisso, ela se recorda do Miai no dia anterior e comenta em pensamento, sendo que tal recordação, apenas insuflava a sua fúria naquele instante:
“Bah... Aquele metido do encontro! Não precisava nem ter dito que não me queria. Eu teria dado o fora em você! Eu só faço esses Miais por passatempo! O meu prazer é falar muito mal desses caras e dar um fora legal nesses otários! Mas, o canalha teve a ousadia de machucar o meu orgulho me privando de dar o fora nele!”
Ela arfa e apoia as mãos na pia, enquanto olhava o seu reflexo parcial, pois, o espelho se encontrava quebrado, somente restando alguns fragmentos ainda presos na parede e ao notar o seu rosto demoníaco torcido pela fúria e maldade dentro dela, dando-lhe uma visão medonha, ela tira o seu kit de maquiagem da bolsa, voltando a se maquiar, enquanto falava consigo mesmo:
- Essa não... Que cara feia. Vamos retocar a maquiagem.
“Esse estresse todo faz mal para a pele. Eu preciso descarregar a minha tensão!” – ela comenta em pensamento, enquanto terminava de retocar a sua maquiagem.
Então, ela sai do banheiro e após alguns minutos, chega à classe do Yuugi, sendo que os alunos estavam de pé quando ela entra, para depois, sentarem quando ela coloca as pastas em cima da mesa dela.
Porém, Chouno permanece de pé ao lado da mesa e ordena:
- De pé!
Os alunos tornam a se erguer, sendo visível a confusão em seus semblantes, para depois, a professora falar, enquanto mantinha um semblante sorridente ao mesmo tempo em que suprimia um riso de cruel satisfação pelo plano que traçou para aqueles alunos:
- Queridos alunos! Antes de abrirem os livros, coloquem todo o conteúdo da bolsa e da carteira para fora! É hora da verificação!
Jounouchi e Yuugi exclamam em usino, chocados e igualmente preocupados:
- Não acredito!
Nuru e Kisara se entreolham, sendo que enquanto Kisara está confusa pela reação assustada dos seus amigos, Nuru sabia o motivo deles estarem assim, sendo que finge estar tão confusa quanto à irmã e quando elas olham para Yukiko, a albina replica a mesma face delas, demonstrando confusão em seu rosto, apesar de saber o motivo e o que iria acontecer em seguida.
A bronzeada passa a culpar Honda, pois, não acreditava que Yuugi ajudaria de livre e espontânea vontade. Ela acreditava que o moreno o forçou de alguma forma e ao olhar para o loiro, passa a acreditar que a culpa é dele por envolver o amigo de infância delas em algo referente à Hiroto.
Se algo acontecesse a Mutou, a bronzeada jurou a si mesmo que nunca perdoaria Katsuya e iria tirar satisfação pessoalmente com Honda, sabendo que a sua irmã e Yukiko também iriam fazer o mesmo.
Afinal, todos sabiam do apelido da professora na frente deles em decorrência do fato de ter expulsado quinze alunos em apenas seis meses.
Chapter 55: Yami no Geemu - Chouno
Summary:
Yuugi e Jounouchi se encontram...
Honda está...
As gêmeas e Yukiko ficam...
Atemu decide...
Chapter Text
Conforme passava entre as carteiras, ela continuava exibindo um falso semblante sorridente que omitia o seu verdadeiro rosto oculto sobre uma pesada maquiagem.
Então, ela para ao lado da carteira de Miho Nosaka que estava corada, enquanto ficava cabisbaixa.
Chouno pega em uma de suas mãos o presente e pergunta:
- O que é isto, Nosaka-chan?
Enquanto pegava o objeto, a professora pensava consigo mesmo, sentindo-se satisfeita por conseguir encontrar algo para se divertir, após dar uma risada maligna mental:
“Encontrei uma boa desculpa para me divertir!”
Ao ver o presente nas mãos da sensei, Honda, que estava corado, começa a suar frio, enquanto demonstrava desespero em seu semblante ao mesmo tempo em que Jounouchi e Yuugi exibiam semblantes exasperados.
Ao verem tais semblantes em Katsuya e Mutou, as gêmeas reagem de formas diferentes, assim como a albina. Kisara, que não tinha ouvido os murmúrios entre eles, tentava compreender as reações deles, enquanto que Nuru gemia em pensamento ao mesmo tempo em que fechava as mãos conforme era tomada pela raiva, pois, as suas suposições estavam corretas, infelizmente, fazendo-a se preocupar com o amigo de infância dela. Quanto a Yukiko, ela procurava simular uma face igual ao da prateada, pois, seria o esperado.
Miho, que estava corada e cabisbaixa, responde com a voz falha, gaguejando pela vergonha e nervosismo de ser o centro das atenções:
- Eu não sei. Estava dentro da minha carteira.
Enquanto explicava, Hiroto, que se encontrava extremamente corado e suando frio, coloca a mão em seu rosto, conforme ficava exasperado pelo que estava ocorrendo.
Sorrindo falsamente, enquanto gargalhava malignamente em sua mente perversa, Chouno caminha até a sua mesa e rasga o papel de presente sobre o semblante repleto de raiva e de indignação de Honda e Katusya, sendo que o loiro apoiou as palmas das mãos na carteira e falou com a voz repleta de indignação:
- Que megera.
Após abrir o presente, a loira o coloca em cima do tampão da sua mesa e comenta, controlando com muito custo a sua voz para que as palavras não destilassem o seu prazer doentio em ferir as pessoas de todas as formas possíveis, enquanto se divertia com o sofrimento dos outros, principalmente se fosse provocado por ela mesma:
- Ora... Isso é um quebra-cabeça! – a sensei se inclina sobre a mesa, apoiando um dos cotovelos, enquanto continuava ocultando o seu verdadeiro semblante de deleite perverso – Que interessante. O texto vai se formando enquanto o montamos.
Chouno começa a montá-lo e conforme terminava, procurava ler o texto para humilhar quem escreveu e para fazer as pessoas rirem do mesmo, juntamente com a intenção de fazer Miho se sentir ainda mais desesperada e envergonhada, para completar o seu deleite perverso.
- “Minha querida Lacinho, o seu lacinho amarelo está lindo como sempre. Eu te amo mais do que qualquer outra coisa no universo”. Mas que carta pobre e infantil. – quando a loira termina de falar o final, ela emite uma risada de escárnio.
Nisso, todos da sala gargalham, sendo que Yuugi estava corado e igualmente chocado, enquanto que Jounouchi se encontrava com o rosto de lado, com uma das mãos cobrindo parcialmente a face ao mesmo tempo em que Honda estava deprimido e igualmente envergonhado tal como o loiro e Mutou, enquanto que uma pessoa atrás de Katsuya exclamava com estupefação:
- Que horror!
Conforme observava Miho ficando intensamente envergonhada e igualmente corada, sendo que se encontrava cabisbaixa pela humilhação vexatória proporcionada por Chouno, Honda exibe um semblante corado e de raiva, sendo que pensava consigo mesmo com a voz repleta de indignação:
“Isso é sujeira! Quem mais se machucou com essa história é a Miho-chan!”
A sensei para de montar no final e exclama, enquanto ria levemente:
- A minha grande dúvida agora é quem escreveu essa declaração de amor! Como todos sabem, a regra da escola diz claramente que é proibido namorarem no recinto. Este quebra-cabeça é o estopim para atos de pouca-vergonha em nosso colégio! Quem escreveu isto, apareça já! Posso deixar passar se confessar agora!
Enquanto isso, ela exclamava em pensamento:
“Só vou suspendê-lo!”
Honda fica cabisbaixo, enquanto cerrava os dentes, tomado pela vergonha e raiva ao mesmo tempo em que pensava tristemente consigo mesmo:
“Droga! Eu não queria que a Lacinho passasse por isso. Quando descobrirem que o presente é meu, estará tudo acabado. Afinal, não posso me esconder. Adeus Miho-chan!” – ele exclama o final em pensamento, enquanto cerrava os olhos, inspirando profundamente, conforme se erguia para confessar a sua autoria do presente.
Porém, antes que abrisse a boca para assumir a culpa e encarar a punição, Yuugi se ergue, abruptamente, se encontrando intensamente corado e exclama, enquanto gaguejava por estar envergonhado:
- Fui eu que escrevi a carta!
Honda abre os olhos e fica estarrecido ao ver que Mutou estava assumindo a autoria para livrá-lo de problemas e exclama em pensamento, visivelmente chocado pelo gesto inesperado:
“Yuugi!”
Kisara e Nuru ficam estarrecidas ao verem o seu amigo se levantar e assumir a culpa, pois, nunca o viram prestar atenção em Miho, fazendo com que o presente fosse descabido, juntamente com o ato dele.
A prateada passa a compreender o que ocorreu e tal como Nuru, começa a se preocupar com o amigo de infância delas, enquanto que Yukiko seguia o semblante da prateada para que não houvesse qualquer desconfiança.
Então, as três se entreolham e tomam uma decisão, após murmurarem uma para a outra, consentindo em seguida, enquanto Jounouchi se erguia, com as mãos nos bolsos, enquanto falava:
- Calma! Fui eu que coloquei na carteira!
Nisso, todos os outros riem, sendo que o loiro falava em pensamento, ficando corado pelos risos renovados dos colegas:
“Não importa o fato de sermos alvo de riso. Também não importa se a Miho-chan ficar louca com a gente! Você terá outra chance, Honda!”
Nesse interim, o moreno se encontrava pensativo, enquanto estava corado e após refletir sobre os acontecimentos ao mesmo que se encontrava comovido pelo sacrifício que eles se propunham a fazer por ele, Hiroto coloca uma das mãos do bolso, enquanto fazia um sinal de ok com a outra mão, falando:
- Parem com isso. Jounouchi e Yuugi.
- Não, sua anta! – o loiro exclama estarrecido pelo gesto do moreno, enquanto que Yuugi exibia uma face estarrecida pelo gesto inesperado de Honda.
- Essa mensagem é o que eu sinto realmente por ela!
Os três continuaram de pé, sendo que Yuugi estava um pouco cabisbaixo pela vergonha, corando intensamente, enquanto que o loiro e o moreno ocultavam com muito custo um semblante de fúria e revolta para a professora na frente deles.
Então, os três ouvem um som de cadeiras sendo arrastadas e observam estarrecidos as gêmeas e a albina se erguerem, sendo que a bronzeada fala:
- Nós três tivemos a ideia do presente para o nosso colega, sensei. Afinal, como mulheres, podemos dar dicas do que uma jovem gostaria de ganhar.
Hiroto está estarrecido pela reação delas, enquanto compreendia que era por causa do Yuugi. Por ele, o trio se ergueu das suas cadeiras para encarar a vergonha junto dele, enquanto que Mutou se sentia mal e igualmente culpado por elas serem alvo dos risos, também.
Quando as risadas começam a se renovar, novamente, a albina dedica o seu melhor olhar assassino que mesclava uma fúria sem precedentes, fazendo os outros estudantes pararem de gargalhar, abruptamente, enquanto sentiam que a temperatura parecia cair vários degraus, sendo que o olhar sádico e igualmente homicida fazia surgirem calafrios na espinha deles que engolem em seco, enquanto suavam frio ao mesmo tempo em que começavam a tremer de medo, para em seguida, ficarem cabisbaixos por serem incapazes de olhar diretamente para Yukiko, que sorri de canto, ficando satisfeita ao ver que os silenciou apenas com o olhar.
Chouno não percebeu o silêncio anormal e abrupto da sala por estar imersa em sua própria bolha de felicidade cruel.
Então, ela exclama, enquanto sorria, pensando em meios de punir os outros que se ergueram, pois, a seu ver, somente podia haver um responsável pelo presente:
- Como pode haver seis culpados? Cinco de vocês só podem estar mentindo!
- Sensei... Nós não estamos mentindo. – o loiro fala, contendo com muito custo o desejo intenso que tinha de espancar a megera na frente deles.
“Bem, só a parte das gêmeas e da Yukiko que é mentira.” – ele completa em pensamento.
Ocultando um sorriso maligno, sendo que a leve risada a denunciava parcamente por causa da imensa felicidade perversa que a tomava, ela fala:
- É só completar o quebra-cabeça. Aqui deve estar o nome da pessoa que enviou a mensagem. E quanto descobrir o nome desse estudante, ele será expulso!
Sem conseguir conter a sua satisfação perversa pela punição que estava prestes a aplicar, ela acaba deixando escapar em sua nova risada maligna.
Jounouchi exibe uma face desesperada, enquanto que Honda abaixava a cabeça, fechando os olhos e se preparando para a expulsão, conforme ouvia a professora contar peça por peça encaixada, cada vez que encaixava uma, visando completar o quebra-cabeça.
“Adeus pessoal. Valeu pela amizade de vocês, Jounouchi e Yuugi. Mas, é o fim...” – ele pensa consigo mesmo, exibindo um semblante cabisbaixo e imerso em profunda tristeza.
Quanto a Yukiko, Kisara e Nuru, as três demonstravam intensa raiva em seu semblante, enquanto cerravam os punhos, sendo que desejavam trucidar a megera na frente deles, enquanto que a albina estava ansiosa para intensificar a punição e aprimorar aquela que seria dada por Atemu.
- Segunda peça... Terceira peça...
A professora contava, enquanto gargalhava e exclamava em pensamento com a voz repleta de jubilosa maldade:
“Vou dar uma expulsão!”
O jovem de olhos ametistas fica indignado pela situação do moreno e exclama em pensamento:
“Honda!”
Atemu decide assumir o controle do corpo do seu amado, não por causa de Hiroto e sim, por respeito ao desejo daquele que amava e que estava desesperado pelo destino do moreno, mesmo depois de tudo o que ele fez, sendo que tal reação não surpreendeu o Faraó.
Claro, além do fato de Yuugi se encontrar desesperado pelo destino de Honda, o espírito era plenamente ciente de que precisava deter Chouno de alguma forma, pois, acreditava piamente que ela iria punir o seu amado de alguma forma pela ousadia de ter tentado assumir a culpa do moreno aos olhos da sensei. Quanto a Katusya, o destino dele lhe era indiferente. Quanto à albina e as gêmeas, ele se encontrava preocupado pelo destino delas, considerando a crueldade que emanava da professora.
Também havia Miho, uma jovem inocente que havia sido humilhada e envergonhada por Chouno pela necessidade perversa dela de provocar sofrimento e dor aos outros. A seu ver, ela era um ser maligno que precisava ser punido e conforme acessava as recordações do seu amado sobre a megera, enquanto estava na câmara da alma de Yuugi, ele sabia como detê-la e de quebra, dar a pior punição possível para alguém como ela.
Após tomar o controle por completo, depois de colocar o seu amado para dormir na sua câmara da alma, Atemu exibe um semblante de raiva, enquanto pensava consigo mesmo:
“Sensei Chouno, você machucou os sentimentos da jovem Miho, além de ameaçar e humilhar ao nível vexatório o meu amado Yuugi, Nesse quebra-cabeça reside o sentimento de todos, inclusive das suas vitimas do passado – nisso, o olho de Wadjet no item brilha intensamente, sendo que nenhum dos estudantes conseguia ver o brilho mágico que emanava do item – O poder do meu Sennen Pazuru acabou de transformar esse quebra-cabeça em um Yami no Game. Ao montá-lo, você aceitou os termos. Aprenda que quanto mais você machuca os outros, mais você sairá machucada!”
O som das peças se encaixando cessa, quando a última é encaixada.
- Eu descobri o nome! O aluno expulso será...! - enquanto exclamava, a punição do Yami no Game ocorria, com a maquiagem dela se tornando um quebra-cabeça e conforme ela começava a pronunciar o nome, as peças se soltavam do seu rosto – Hir...
Ela para de falar perante o som de peças se desencaixando, com a sua maquiagem caindo do rosto, expondo o seu verdadeiro semblante, causando alvoroço entre os estudantes que se encontravam estupefatos por verem a verdadeira face da professora deles, sendo que alguns se levantavam, apontando o dedo em riste para ela, enquanto exclamavam:
- Vejam!
- Que cara feia!
- Nossa! – uma jovem exclama com um semblante estupefato.
O resto da sala estava zumbindo por falarem quase que ao mesmo tempo, juntamente com os comentários para os colegas que estavam sentados ao lado deles, para a fúria de Chouno.
Enquanto isso, Atemu pensava consigo mesmo:
“Sensei Chouno, a maquiagem do seu coração foi desfeita. Esse é o seu verdadeiro rosto! Nenhuma maquiagem vai ocultar a feiura do seu caráter, novamente!”
O Faraó decidiu que a perda da beleza falsa, expondo para sempre o verdadeiro rosto dela seria a punição perfeita para uma megera como ela, pois, iria sofrer intensamente pelo resto de sua vida.
Afinal, para aqueles que vivam da beleza, perder a beleza e de quebra, expor a podridão em seu interior era um castigo indescritível de tão abominável na visão dessas pessoas, principalmente para as mulheres como Chouno.
Em um misto de desespero e fúria, ela recolhe rapidamente o seu material e se retira da sala, enquanto exclamava para os estudantes, antes de abandonar o recinto:
- Mas que porcaria! Vamos fazer de conta que esta aula não existiu! Se alguém espalhar o meu segredo vai estar muito encrencado! – ela não sabia que essa era uma punição que irá repercutir para a sua vida inteira, pois, nenhuma maquiagem irá se fixar em seu rosto, novamente, tornando-a impossível ocultar a feiura do seu caráter.
Ela se despede e sai correndo pelos corredores, enquanto exclamava furiosa:
- Alguém vai pagar por isso!
Chapter 56: Fuga do presídio de Dominó.
Summary:
Na sala de aula...
No anoitecer, Yukiko...
Chapter Text
Honda se aproxima de Katsuya e comenta, sendo que estava aliviado por não ser mais expulso:
- Jounouchi... você viu a cara da mulher?
- Eu vi. Essa foi por pouco, amigo. – o loiro comenta com as mãos nos bolsos.
Enquanto isso, Atemu já havia voltado para a sua própria câmara da alma, enquanto retornava o controle do corpo ao seu amado que desperta, sendo que se sentia levemente sonolento por causa da magia usada pelo Faraó, enquanto exibia uma face confusa, pensando consigo mesmo:
“Ué? A aula já acabou?”
Mesmo sem se lembrar do que ocorreu, após a professora voltar a montar o objeto para encontrar o culpado, ele decide não comentar aos seus amigos o ocorrido, pois, não queria preocupá-los.
Então, os três se viram, observando o trio de amigas que exibiam olhares de indignação mesclada à raiva e que era direcionada ao loiro que se encolhe, para depois, dirigirem o olhar para o moreno que não consegue conter um tremor involuntário em seu corpo.
O jovem de cabelos tricolores coçava sem jeito a nuca, enquanto corava levemente ao mesmo tempo em que Jounouchi se encontrava nervoso, engolindo em seco, juntamente com Honda que estava apavorado ao ver um olhar assassinado direcionado para ele que inconscientemente, se posiciona parcialmente atrás do loiro que nota o ato e comenta, arqueando o cenho:
- Você acha mesmo que eu vou durar contra elas? Devia ter se escudado atrás do Yuugi.
Hiroto geme pela sua burrice ao perceber que tinha mais chances usando Mutou como escudo contra a fúria do trio de amigas, pois, ele era o único capaz de aplacá-las, enquanto questionava se de fato, o colega iria fazer isso, considerando tudo o que fez contra o jovem de cabelos tricolores.
Então, Yuugi toma a frente deles, detendo o avanço das suas amigas e conta tudo o que ocorreu, procurando deixar de lado os momentos que o moreno o intimidou com o olhar, postura ou palavras, sendo que o loiro não estava surpreso por esse gesto, enquanto que Honda exibia um semblante de visível surpresa pelo jovem de orbes ametistas tornar o relato dos acontecimentos o mais suave possível para as amigas dele, deturpando alguns fatos, enquanto ocultava outros, chegando ao ponto de mentir que havia se oferecido para escrever a mensagem ao ver o seu desespero e não a verdade de que foi obrigado a escrever e que de quebra, foi ameaçado também.
Conforme assimilava tudo isso, inclusive o ato do jovem que foi o primeiro a se erguer para assumir uma culpa que não era dele, o moreno percebeu o quanto o adolescente de orbes ametistas era diferente dos outros e aceitando plenamente essa constatação tardia, sentiu uma culpa opressora tomá-lo por completo, conforme se recordava do dia em que ele e o seu amigo foram surrados brutalmente por Ushio Tetsuo, sobre a falsa alegação dele que fazia em nome de Mutou, sendo que Yuugi chegou ao local e correu até eles, enquanto falava que não pediu nada, sendo confirmado posteriormente, de certa forma, pelo monitor estudantil. Não obstante, o adolescente usou o seu corpo como escudo para evitassem que fossem surrados novamente.
Pelo menos, foi o que Katsuya contou, pois, em decorrência da surra brutal que recebeu, ele se encontrava inconsciente, antes da chegada do jovem de cabelos tricolores no local.
Na época, Hiroto se recusou veemente a reconhecer os atos de Mutou e a sinceridade das palavras dele, pois, ainda acreditava em seu interior que a surra havia sido solicitada pelo adolescente de olhos ametistas, uma vez que não estava consciente quando ele chegou ao local, juntamente com o fato de Yuugi ter sofrido nas mãos deles, fazendo com que fosse esperado um ato de desforra em algum momento, além de achar que o seu amigo de longa data havia sido ludibriado de alguma forma, fazendo com que as palavras dele não tivessem qualquer peso.
Agora, testemunhando os atos do jovem de cabelos tricolores e o que ele estava fazendo para impedir que a fúria do trio desabasse sobre ele, chegando ao ponto de distorcer e mentir descaradamente para elas, juntamente com o gesto de ser o primeiro a se erguer para assumir uma culpa que não era dele, visando salvá-lo da vergonha e de Chouno ao mesmo tempo em que permitia uma segunda chance para com Miho, fez com que as palavras de Katsuya, enfim, chegassem até o moreno que sentiu a culpa opressora se intensificar, fazendo-o se lastimar por tudo o que fez contra Yuugi, inclusive, a postura e olhar intimidador, juntamente com as ameaças que fez contra o jovem apesar das solicitações do loiro de rever as suas atitudes, sendo que se recusou veementemente a mudar a sua conduta para com o adolescente, apesar dos pedidos do seu amigo.
Ele inspira profundamente, enquanto sentia a culpa opressora acossá-lo, para depois, tomar uma decisão, conforme via Mutou terminando o relato dos acontecimentos.
O moreno havia decidido ser amigo do jovem, enquanto buscaria uma forma de compensar tudo o que fez, embora acreditasse que dificilmente conseguiria resgatar todo o sofrimento e mal que causou ao mesmo tempo em que questionava a si mesmo se era esse o sentimento que Jounouchi carregava consigo, além de desejar saber como ele conseguia lidar com essa culpa opressora em relação ao Yuugi.
Depois das aulas, o moreno ganha coragem para se declarar diretamente para Miho, após conseguir falar com ela em particular, mais precisamente atrás de um dos prédios do colégio, sendo que atrás de um muro próximo do local, Yuugi, Jounouchi, Nuru, Kisara e Yukiko estavam juntos, observando a cena.
O loiro havia ficado surpreso de Mutou ter conseguido persuadi-las a recuarem em seu intento inicial ao reduzir eficazmente a fúria delas, além de fazê-las não condenarem o moreno, embora este último fosse graças ao fato dele ter deturpado a história original, modificando vários fatos e ocultando outros, sendo algo que não o surpreendeu, pois, conhecia o coração do jovem de cabelos tricolores.
No final, elas concordaram em dar uma chance a Honda, desde que ficassem um tempo junto deles para terem plena certeza de que o sentimento de amizade era sincero, após Hiroto falar que queria ser amigo do Yuugi para tentar resgatar tudo o que fez contra ele e apesar dos rostos de desconfiança, elas aceitaram as suas palavras, pois, o adolescente de orbes ametistas endossou o pedido, fazendo-as reverem a sua decisão inicial.
Katsuya sai dos seus pensamentos ao ouvir a rejeição gentil de Miho, que havia deixado o seu amigo chocado, para depois, se afastar, enquanto o moreno se encontrava cabisbaixo, sendo visíveis as lágrimas oriundas da rejeição.
Após o choque que o deixou sem chão, ele se afasta do local, ainda chorando, sendo que cobria os seus olhos com um dos braços, enquanto era confortado por Jounouchi e Yuugi que estavam junto dele, sendo que Yukiko, Nuru e Kisara, os acompanhava, falando algumas palavras de conforto.
O loiro tá um tapinha de conforto na espátula do moreno, enquanto falava:
- Ânimo... a gente te paga um hambúrguer!
- Isso mesmo. – a prateada fala, consentindo.
- Os hambúrgueres são uma delícia. – Yuugi falava, enquanto sorria.
- De fato, são bem gostosos. – a bronzeada fala, consentindo.
- Com certeza. – a albina consente, para depois, sorrir de forma maternal para Yuugi, pois, sabia o quanto ele amava os hambúrgueres.
Afinal, era a sua comida favorita.
Hiroto murmura em um tom repleto de gratidão pelo apoio e amizade:
- Jounouchi, Yuugi, Kisara, Nuru e Yukiko, obrigado.
Conforme caminhava com eles, Mutou se encontrava imensamente feliz por conseguir mais um amigo, sendo que confessava que havia ficado emocionado pelo desejo sincero de Honda de buscar a sua amizade, fazendo com que as recordações do passado que envolvia o moreno se tornassem cada vez mais suprimidas:
“Eu sinto que este caso também serviu para o início de uma longa amizade.”
Quando a noite cai, com Yuugi e os outros se encontrando em suas respectivas casas, Yukiko sai pela varanda do seu apartamento usando a sua magia para ficar invisível, para depois, assumir a sua forma híbrida com orelhas, caudas e asas, além das vestes que eram uma extensão da sua pelagem na forma de dragão.
Ela abre as suas asas que possuíam uma grande envergadura e salta no ar, passando a voar na direção do presídio de Dominó, sendo que estava voando para uma direção especifica nos arredores do presidio.
Alguns minutos depois, a albina desce graciosamente no solo e caminha com elegância até um grupo de fugitivos que havia parado para respirar um pouco, após se unirem para fugir e que somente tiveram êxito, graças a sua magia que os auxiliou, sem que eles soubessem, sendo que dentre eles, se encontrava Kokurano, o único alvo da sua fúria, com ela considerando os outros prisioneiros como um bônus adicional, após acessar a mente deles através da sua magia, conseguindo identificar os crimes hediondos e igualmente brutais que eles cometeram.
O motivo para ajudá-lo a fugir em vez de tirá-lo da cela, sem que ninguém percebesse ao usar magia, era para impedir que inocentes fossem acusados de envolvimento na fuga dele e como o falso vidente iria fugir, junto de outros bandidos, a albina queria garantir que ninguém morresse durante a fuga deles.
Portanto, a magia que os auxiliou a fugir, também protegeu os policiais e carcereiros que ficaram inconscientes e com ferimentos que não eram mortais para que não parecesse demasiadamente estranho e igualmente suspeito.
Kokurano suspira de alívio ao ver que teve êxito em sua fuga, após buscar avidamente uma forma de fugir da prisão, onde aguardava o julgamento.
Afinal, a polícia havia encontrando tudo o que ele usou para incendiar a casa de um estudante, visando fomentar a sua fama e também como vingança em decorrência do fato da irmã dele se recusar a namorá-lo.
Ao ser recusado, ele decidiu privá-la de sua moradia e o fato de ter machucado gravemente o irmão dela, sendo que havia tentado matá-lo, fez com que o sofrimento da garota se tornasse ainda mais intenso, passando a ser considerado um bônus adicional ao ver dele, apesar do fato do adolescente não ter morrido pelas chamas, com ele acreditando que o jovem morreria em breve quando descobriu há alguns dias, atrás, que as chances de sobrevivência do estudante eram demasiadamente irrisórias em virtude da gravidade e extensão das queimaduras.
Ele confessava que ficou estarrecido ao descobrir que o jovem estava se curando de tal forma das queimaduras que havia sido considerado um milagre, acabando por ser noticiado pela imprensa local e nacional, deixando-o chocado, pois, o havia golpeado, antes de colocá-lo perto de onde ateou fogo para garantir que morresse pelas chamas por tê-lo visto ateando o fogo e também como vingança adicional pela rejeição.
Portanto, sabia que com a recuperação milagrosa, a polícia teria o testemunho que confirmaria o fato dele ter ateado fogo na casa. Não precisava ser um gênio para saber que ele seria condenado facilmente pelas provas sólidas e igualmente incontestáveis contra ele, juntamente com o testemunho do adolescente.
Kokurano não sabia que a recuperação milagrosa dele era devido ao poder de cura de Yukiko que o utilizou de forma moderada, apenas para salvar a vida do rapaz ao mesmo tempo em que garantiria com o tempo uma redução drástica em suas cicatrizes, principalmente nos locais que eram facilmente visíveis. O único motivo da albina não ter curado o jovem por completo era para não chamar ainda mais atenção do que já chamou com a cura que proporcionou ao adolescente.
Inclusive, por esse motivo, fez com que a sua magia curasse gradativamente as cicatrizes que seriam facilmente visíveis, conforme ocorria o tratamento.
O falso vidente sai dos seus pensamentos com os fugitivos falando que iriam se separar, fazendo-o concordar, sendo que eles não sabiam que a magia da albina que cercava o grupo os estimulou a se separarem, com Kokurano se afastando do local sem olhar para trás, pois, se fizesse isso, teria achado surreal o fato dos outros fugitivos caminharem na direção do presídio como se estivessem em uma espécie de transe hipnótico, tornando-os alheios ao exterior, apenas para entrarem voluntariamente, em seguida, em uma espécie de portal mágico que surgiu, de repente, na frente deles.
Quando ouve a sirene tocar no presídio, ele corre do local, seguido da albina, após ela recolher os outros criminosos.
Chapter 57: Magia residual
Summary:
Yukiko decide...
Então, ela começa...
Mahaado e Mana...
Após a escola, Jounouchi...
Chapter Text
Então, após correr por alguns minutos, o fugitivo para subitamente quando um redemoinho pequeno com ventos circulares e neve surge na frente dele, para depois, revelar uma mulher que tinha orelhas felpudas, uma cauda com um porrete na ponta e asas peludas com penas, sendo que ele arqueia o cenho, pois, ela parecia uma versão mais velha de Yukiko, que era considerada uma das mais belas beldades de todo o colégio.
Kokurano exibe estupefação em seu semblante, para depois, os seus olhos ficarem esbugalhados ao notar que as asas, cauda e orelha se mexiam tranquilamente, além de ter assimilado o pequeno tornado bizarro, ao ver dele.
Quando ela abre parcialmente os lábios em um sorriso, o falso vidente nota os caninos afiados, fazendo-o suar frio, sendo que não percebeu a mudança em seu entorno e quando observou a estranha névoa que os cercava, ele arqueou o cenho, ainda estupefato para articular qualquer palavra, desconhecendo o fato de que a albina criou uma área de caça ao criar um loop mágico em uma área determinada.
Ou seja, ele sempre iria correr dentro da área determinada, nunca conseguindo se afastar do local, sendo que não conseguiria perceber que estaria correndo em círculos, pois, a sua percepção sensorial foi adulterada por magia.
Afinal, ela amava uma caçada e sabia que não seria sensato que as pessoas avistassem um dragão imenso, pois, iria gerar caos e esse tumulto acabaria machucando inocentes frente a uma horda de humanos aterrorizados, que poderia acabar esmagando as pessoas que caíssem no chão em sua fuga desenfreada. Um humano assustado ofertava perigo. Uma turba aterrorizada, apenas tornava tudo demasiadamente perigoso.
A albina se transforma em um dragão felpudo imenso com orelhas peludas, para em seguida, abrir, para efeito dramático, as suas asas felpudas e emplumadas que possuíam uma envergadura imponente, com Kokurano urinando de medo, enquanto os seus olhos ficavam ainda mais esbugalhados e quando Yukiko abaixou o seu focinho, ela rugiu, mostrando as fileiras de presas afiadas em suas mandíbulas possantes ao mesmo tempo em que a rajada de vento gerada pelo seu rugido arrastava o humano levemente para trás.
Em virtude da visão atemorizante, as pernas dele, anteriormente paralisadas pelo medo, se libertaram e após conseguir uma força súbita em seus membros inferiores, o criminoso passa a correr em puro desespero, gritando a plenos pulmões, chegando ao ponto de desejar ardentemente encontrar o presídio para tentar se salvar do dragão que o perseguia, enquanto custava a acreditar que tal ser existia.
Kokurano corre por várias horas, sendo que não percebe a magia dela atuando em seu corpo para que não ficasse cansado ao mesmo tempo em que o impulsionava a adquirir mais velocidade, pois, essa mesma magia o fazia esquecer-se de perceber que estava correndo de forma inumana.
Afinal, nem mesmo um atleta profissional, aguentaria uma corrida nessa velocidade por tanto tempo.
Após se entediar com a caçada, Yukiko decide derrubá-lo no chão ao mergulhar do céu, para depois, agarrá-lo em uma de suas patas que se assemelhavam a mãos, contendo, inclusive, polegar, sendo que as garras afiadas lembravam um diamante lapidado e possuíam uma leve curvatura elegante na ponta, fazendo com que fossem belos e igualmente mortais.
A albina o aproxima de suas mandíbulas, sorrindo imensamente ao ver as batalhas inúteis dele, enquanto o ouvia gritar até que os gritos de desespero e terror passam a machucar a sua audição, fazendo com que criasse uma mordaça mágica ao mesmo tempo em que sorria consigo mesmo ao ver que o terror dele apenas aumentou, enquanto não conseguia conter o abano feliz da sua cauda, conforme se deleitava com os fortes odores de medo e de desespero que emanavam da sua presa rendida em suas poderosas mãos.
Inclusive, não havia ficado surpresa com o forte cheiro de amônia que surgia dele por ter urinado de medo nas calças, sendo que este cheiro lhe incomodava demasiadamente por causa do seu olfato apurado.
Então, ela usa a sua magia para adormecê-lo, para em seguida, retornar para a sua forma semelhante à humana, voando do local, enquanto desfazia a magia em volta da área.
Após se afastar, a meia dragoa abre um portal para um calabouço que criou com o Ryoushi Kyuubu (Quantum Cube), contendo todos os objetos que usava para brincar com as suas vitimas que olhavam horrorizados para a albina, enquanto observavam a nova adição ser presa na parede, sendo que havia outros que estavam de pé, mas, sobre efeito de um transe mágico poderoso e que aguardavam, obedientemente, novas ordens.
Após terminar de prender Kokurano, ela ordena que eles se aproximem da parede para prendê-los, com os criminosos obedecendo prontamente à ordem dada.
Após eles estarem devidamente presos, a albina posiciona as mãos na cabeça de cada um deles, os fazendo serem envoltos em uma luz brilhante por apenas alguns segundos.
Em seguida, ela abre um compartimento pequeno que usava para armazenar objetos em uma pequena dimensão privativa e retira algumas sementes.
Yukiko abre a boca de cada um deles, fazendo-os engolirem as sementes ao mesmo tempo em que ela despertava os outros bastardos que se encontravam em seu transe mágico e que após piscarem os olhos por alguns segundos, assimilando tudo o que lhes ocorreu, eles começam a gritar em agonia, conforme a semente mágica agia em seus respectivos corpos, enquanto a meia dragoa sorria imensamente.
Após a dor cessar neles, ela fala, enquanto se divertia ao vê-los lutarem inutilmente contra as restrições:
- Agora, vocês são imortais, por assim dizer, pelo menos, por alguns milênios. Vocês não irão morrer, além de se curarem, após o período de vinte e quatro horas. Eu também os tornei mais sensíveis à dor, além de abaixar as vozes de vocês a um nível suportável para a minha audição, mas, sem me privar do prazer de ouvir os seus gritos. Eu também protegi a mente de vocês da loucura, pois, quero que sintam toda a dor que irei proporcionar. Vocês não irão mais defecar e urinar, pois, a semente cuidará disso, assim como não irão morrer de fome ou sede. Legal, né? – ela termina com um sorriso de canto, se deleitando com os semblantes que eram um misto de terror e de desespero.
Eles começam a implorar e ficam ainda mais aterrorizados ao verem uma face sádica no rosto dela, fazendo com que chorassem em puro desespero, sendo que pelo canto dos olhos, Kokurano observa outros na mesma situação que a dele e ao perceber o seu olhar, a albina fala com uma voz divertida:
- São os meus brinquedos, assim como você e os outros criminosos. Confesso que estava entediada com os mesmos brinquedos e queria novidade. Além disso, você, Kokurano, irá pagar amargamente por tudo o que fez contra o Yuugi-kun – ela fala, demonstrando raiva em sua voz, enquanto olhava para o falso vidente que estava aterrorizado - Ele é como um filho para mim. Portanto, irá sentir a fúria de uma mãe, além de pagar pelos outros crimes que cometeu.
Então, Yukiko ergue as mãos e estala os seus dedos, com as suas garras sendo visíveis, fazendo-os renovarem as suas lutas inúteis sobre um sorriso de satisfação dela.
Ele passa a exibir um semblante aterrorizado ao vê-la passando delicadamente as mãos em ferramentas e objetos aterrorizantes como se os afagasse gentilmente, dedicando um olhar carinhoso aos mesmos e após escolher um deles, a albina exibe um sorriso sádico, enquanto que se deleitava com os odores de medo e o semblante aterrorizado de Kokurano que lutava, inutilmente, contra as restrições ao mesmo tempo em que tentava se encolher, conforme a meia dragoa se aproximava lentamente dele, visando prolongar o terror da sua nova presa.
Gritos lacerantes passam a se propagar pelo local, sendo capazes de fazer o sangue de qualquer um gelar, enquanto que sons estranhos revibravam pelo local, provocando calafrios em qualquer pessoa que os ouvisse ao mesmo tempo em que eram audíveis os risos de diversão da albina que estava empolgada com os seus novos brinquedos.
No local que a albina criou a área de caça, duas pessoas se encontravam investigando o entorno.
Um deles era um homem alto e bronzeado que usava uma tiara dourada que envolvia o cafia alvo e um oskh dourado formado por camadas de faixas douradas que cobria o pescoço e o tórax por baixo da manta. Ele usava uma espécie de ombreira dourada por cima da túnica comprida que ia até o tornozelo, sendo que na cintura havia uma faixa azul com contornos dourados e pequenos pingentes de ouro, enquanto que os sapatos eram brancos com detalhes dourados. Em seu antebraço jazia uma faixa dourada e nos seus antebraços havia várias faixas douradas. Ele tinha cabelos castanhos curtos e olhos azuis escuros. Embaixo dos seus olhos, havia uma faixa delineadora feita com pó de khol.
Ao seu lado, havia uma garota bronzeada que parecia ter, apenas, dezesseis anos e que era uma maga em treinamento. Ela usava um vestido com gola em forma de cálice e dourada com ombreiras curtas, sendo que na sua cabeça jazia uma espécie de chapéu diferente que possuía alguns adornos dourados, cobrindo parcialmente os seus cabelos. A jovem usava sapato alvo nos seus pés, além de uma cinta dourada que contornava a sua cintura, juntamente com uma faixa estreita de ouro que circundava a ombreira do vestido. A adolescente tinha orbes verdes e cabelos ônix, com algumas mexas de cabelo armadas e que chegava até metade das suas costas. Ela era aprendiza de magia do mago ao seu lado e tal como o homem ao seu lado, a jovem exibia embaixo dos seus olhos uma faixa delineadora feita com pó de khol.
- Mestre Mahaado, essa magia residual... – a garota comenta pensativa.
- Sim. É a mesma assinatura mágica que sentimos ao chegar nessa cidade, Mana.
- Será que é da mesma mulher misteriosa que enfrentou o senhor Shada alguns anos, atrás?
- Talvez. Pelo menos, eu espero que pertença a ela. Eu odiaria que fosse de outro ser. – o egípcio murmurava, enquanto dedicava um olhar analítico no entorno, chegando a tocar em alguns troncos, exibindo uma expressão compenetrada.
- Por quê? – a egípcia arqueia o cenho.
- Essa dragoa não parece ser uma ameaça ao nosso mundo pelo que Shada nos contou do seu breve encontro e tentativa de batalha contra ela. Portanto, considerando a concepção dele, o melhor nessa situação é que pertença a esse ser e não a outro, cuja natureza e pensamentos são completamente desconhecidos e considerando o nível residual de magia, não teríamos a mínima chance contra esse ser, mesmo se fosse possível invocar os Deuses egípcios como o Faraó inominável fez no passado para evitar que as trevas tomassem esse mundo, sacrificando a sua vida no processo.
O mago não podia deixar de se sentir triste ao pensar nesse monarca, cujo semblante e voz eram desconhecidos para ele, assim como o nome, pois, parecia existir uma estranha magia ou algo que fazia com que não conseguisse se recordar do nome dele, nem do semblante e da voz, sendo que havia a sensação de uma grande amizade e devoção, enquanto que o seu passado na corte deste monarca era envolto em uma névoa mágica, possuindo, apenas, algumas visões, além do seu conhecimento mágico, assim como a noção de que Mana se encontrava no seu passado e lhe inspirava, desde que a viu, o sentimento paternal, com a jovem comentando sobre as visões do seu passado como aprendiz, embora os demais eventos, assim como a aparência, nome e voz do governante permanecem ocultos para ela, também, que confessava sentir uma grande amizade pelo Faraó inominável.
- Quanto ao Sennensui, atualmente chamado de Sennen Pazuru... Será que conseguiremos encontrar o item? É uma pena que Shada não havia nascido na época para descobrir quem pegou esse Sennen Aitemu. – a bronzeada fala em um suspiro.
- Bem, se ele conseguiu passar em todas as proteções mágicas e armadilhas das sombras criadas e planejadas por Shimon Muran, ex-portador do Sennenjou, ex-membro do Rokkushinkan, Grâ Vizir e Conselheiro real da corte do Faraó inominável, isso demonstra que essa pessoa demonstrou ser digno de ter o Sennen Pazuru. A pergunta que resta a nós é se ele foi capaz de montar o Sennen Aitemu. Somente o escolhido pelo item seria capaz de tal proeza.
- Mas, isso não é estranho? Normalmente, somente os escolhidos pelos Sennen Aitemu podem tocar e encontrar um deles. Se qualquer outra pessoa tentar tocar um deles ou usá-lo, terá uma morte horrível, pois, não conseguirá passar pelo julgamento do item.
- Sim. Porém, você deve se lembrar de que o Sennen Pazuru estava desmontado em uma urna dourada, fazendo com que pudesse ser tocado pelas pessoas. Inclusive, esse foi um dos motivos dele ser o único item a ter uma proteção tão elaborada como o labirinto, testes e armadilhas mágicas sombrias, sendo que foi a única forma que encontraram no passado de inibir o roubo, impedindo que os ladrões pudessem obtê-lo visando o lucro por ele ser feito de ouro puro, assim como os outros Sennen Aitemu, além de impedir que pessoas morressem por tentarem tocar o Sennen Pazuru. Juntando esses fatos, podemos supor que pode haver um escolhido para retirar o item, mas, que será incapaz de montá-lo e aquele predestinado a montá-lo e que precisa que o entreguem a ele. A urna dourada garante o transporte seguro dele.
- Bem, observando por esse ângulo, faz muito sentido as proteções extremas no entorno desse objeto. – a bronzeada murmura pensativa.
- Além disso, o outro motivo para tal proteção ofertada a ele, é que de todos os itens, o Sennen Pazuru é de longe o mais poderoso, além de ter habilidades desconhecidas para todos os outros. Nem mesmo Shada e os membros do clã dos Tomb Keeper conhecem os seus poderes. Eles sabem de todos os outros Sennen Aitemu, menos o do Sennensui. Ele é um completo enigma, fazendo jus ao fato de ser um intricado quebra-cabeça. Somente o Faraó inominável conhecia os seus poderes e habilidades, sendo que eu acredito que somente o predestinado a montá-lo conseguirá descobrir os poderes e habilidades até então, desconhecidas. A única coisa que sabemos é que o seu poder supera o de todos os outros itens. De fato, o ouro é a melhor substância para se imbuir magia. Não consigo imaginar nenhuma outra substância conseguindo lidar com esses poderes e sendo capaz de absorvê-los de forma tão eficaz para facilitar o seu uso.
- Ele é tão poderoso assim? – a jovem pergunta estupefata, vendo o seu professor de magia acenar afirmativamente com a cabeça.
Após alguns minutos, o bronzeado suspira cansado, para depois, comentar ao olhar uma última vez para o local:
- Bem, vamos voltar, pois, precisamos organizar tudo o que descobrimos. Além disso, você precisa treinar a sua magia. – ele falava, enquanto se retirava do local, sendo seguido pela bronzeada.
- Podemos comer sushi?
Ele se vira na direção dela que lhe dedica um olhar expectante, fazendo-o suspirar, para depois, falar:
- Se você treinar direitinho as mágicas que irei passar para você, iremos comer sushi. Enquanto você treina, eu vou comprar os ingredientes para preparar os sushis.
- Pode deixar que eu vou estudar direitinho! – ela exclama empolgada, enquanto ele dedicava um sorriso paternal a jovem energética, conforme se afastavam do local.
Alguns dias depois, longe dali, mais precisamente nos portões do colégio de Dominó, as gêmeas passaram a confiar em Honda para que Yuugi ficasse junto dele e de Jounouchi, sem ter a fiscalização delas e da albina, sendo que Yukiko estava satisfeita por ter conseguido manter, de certa forma, o início da amizade entre os três, tal como foi na linha do tempo original e ao olhar pelo canto dos olhos para Hanasaki, que se encontrava próximo dali, saindo pelos portões, ela sabia que ainda iria demorar um pouco para o jovem se juntar a eles, pois, ele ainda tinha receio de Hiroto, além de ser tímido com novas amizades, sendo que o acastanhado havia conseguido conversar, um pouco, com Mutou nas últimas semanas, após os acontecimentos com Sozoji.
A meia dragoa sorri consigo mesma ao se recordar do fato de que ainda precisava punir outros bastardos ao convertê-los em seus brinquedos de tortura, para se juntarem aos que tinha para se divertir, sendo plenamente ciente que o Faraó detinha o direito de aplicar o Yami no game em alguns deles e conforme pensava nisso, ela estava planejando uma forma disso ocorrer naquela linha do tempo alterada, uma vez que usaria magia para que eles fugissem, também, apenas para se tornarem as suas presas.
Ela sai dos seus pensamentos para se despedir de Yuugi, Jounouchi e Honda, assim como as gêmeas fizeram, pois, iria acompanhá-las em uma livraria que abriu próximo dali, enquanto que os rapazes iam acompanhar Katsuya que tinha um pequeno mapa em mãos, com eles combinando de se encontrarem no final da tarde no Burger World, a lanchonete favorita de Mutou.
A albina suspira discretamente, pois, sabia o que iria acontecer naquele dia ao usar os seus poderes para se recordar desses acontecimentos, enquanto se felicitava por ter evitado que as gêmeas os seguissem ao mesmo tempo em que iria esperar o fim do Yami no game para buscar uma oportunidade perfeita de capturar algumas presas adicionais.
Então, a meia dragoa passa a seguir a prateada e a bronzeada, com o trio conversando entre si, enquanto os rapazes se afastavam, sendo que elas notaram o quanto Yuugi estava feliz ao andar junto de rapazes da sua idade, pois, antes de fazer amizade com eles, somente andava com garotas. No caso, Yukiko, Nuru e Kisara.
Meia hora depois, o trio estava andando por uma espécie de viela, seguindo o mapa que o loiro tinha nas mãos, enquanto que o jovem de cabelos tricolores olhava de forma curiosa para o entorno, sendo que nunca havia andado naquela parte da cidade, enquanto que Honda perguntava, após olhar em volta:
- Jounouchi... Onde você está levando a gente?
- Não se preocupe com isso! Tem alguma coisa melhor para fazer? Ainda é cedo para nós encontrarmos com a Nuru-chan e as outras no Burguer World – Katsuya comenta, para depois, apontar com o dedo em uma direção – Ei, a rua é aqui!
Conforme andavam, o jovem de cabelos tricolores passava a demonstrar receio em seu semblante em vez de curiosidade ao ver a viela em que andavam atualmente e pergunta com audível receio em sua voz, enquanto a mantinha baixa para não chamar a atenção de alguns homens caídos no chão e encostados naquelas paredes desgastadas, contendo algumas manchas irreconhecíveis:
- Este lugar é seguro?
Chapter 58: Teste
Summary:
Jounouchi leva os seus amigos para...
Yuugi e Honda ficam...
Chapter Text
Então, o loiro fala com confiança em sua voz:
- Essa espelunca é famosa entre os que manjam. Dizem que o dono é louco pelas coisas que vende.
Após alguns minutos, eles chegam a uma pequena loja com um letreiro oval deitado contendo o desenho de um escorpião negro e as palavras “Junky Scorpion”.
- Legal! Chegamos! Junky Scorpion! – o loiro exclama empolgado.
Yuugi e Honda exclamam em usino, demonstrando semblantes receosos:
- O lugar é muito estranho!
- Eles devem ter o que estou procurando. – Jounouchi comenta consigo mesmo, sendo que estava empolgado.
O trio entra na loja e passa a olhar em volta, percebendo que tinha desde calçados até roupas.
Dentro do Sennen Pazuru, o Faraó massageava as têmporas, pois, estava receoso do local que o loiro os havia levado, sendo que não tinha muita fé nas decisões do adolescente que parecia um tanto quanto inconsequente em seus atos e escolhas, acabando por não inspirar qualquer confiança.
Além disso, Atemu concordava com a visão de Yuugi sobre o local.
De fato, era demasiadamente estranho e em virtude desse fato, estava muito preocupado com a segurança e bem-estar do seu amado.
Portanto, o espírito decidiu que iria prestar mais atenção ao que acontecia no entorno para que pudesse tomar o controle do corpo o mais rápido possível, visando salvá-lo de qualquer perigo.
O Faraó confessava que preferia ver o seu anfitrião caminhando junto de Yukiko, Nuru e Kisara como era antes, apesar de sentir a imensa felicidade oriunda do jovem ao andar com os rapazes.
Afinal, elas nunca entraram em locais estranhos ou tomaram rotas perigosas, fazendo com que Mutou sempre estivesse mais seguro com o trio de amigas do que com os novos amigos, sendo que desconfiava do moreno, pois, ele proporcionou muitos tormentos contra Yuugi, tanto no passado, quanto recentemente, fazendo com que o espírito não conseguisse perdoá-lo e consequentemente, não confiasse nele perto do jovem de orbes ametistas.
Suspirando novamente, após massagear as têmporas com os dedos em sentido anti-horário, ele torna a se sentar adequadamente do trono, apoiando o queixo em uma das mãos flexionadas, enquanto desejava que o seu amado não estivesse em perigo dentro de um local demasiadamente estranho e igualmente suspeito, para que não precisasse intervir, novamente.
Afinal, ele podia sentir o receio de Yuugi, conforme começava a adquirir a percepção de sua existência, embora o adolescente negasse veemente de forma inconsciente, achando que era impressão sua, apesar da desconfiança se instaurar em sua mente, gradativamente, em virtude dos momentos que não se lembrava do que havia ocorrido em um determinado período de tempo, sendo que o Faraó não queria vê-lo aterrorizado, pois, concordava que a concepção de outra entidade dentro de alguém era demasiadamente assustadora para a pessoa.
Do lado de fora, ambos se viram para Katsuya quando o ouvem exclamar extasiado, enquanto olhava para um determinado tênis em uma prateleira:
- Air Muscle! É ele mesmo! – ele pega o tênis na mão e exclama, praticamente babando pelo objeto – Eu tenho que ter ele!
- O quê? Você está procurando um tênis?! – Honda exclama com incredulidade em sua voz, enquanto se encontrava visivelmente chocado pelo fato de terem percorrido uma distância imensa para procurar uma determinada loja, apenas por um par de calçados.
- Esses tênis High-tech estão super na moda, agora. – Yuugi explica ao moreno.
- Sendo confortável, qualquer um serve! – ele exclama com a voz repleta de indignação, pois, ainda não aceitava o fato de terem andarem tanto, apenas para comprar um tênis, após passarem por algumas lojas no caminho.
Então, uma quarta voz irrompe no local e ao olharem na direção dela, observam um homem com um boné enorme e argolas douradas nas orelhas e uma no nariz, usando óculos de sol e uma roupa em estilo despojado formado de casaco, calça e tênis, sendo que jazia em cima do seu tórax, um enfeite em forma de escorpião pendurado pela cauda por uma corrente que passava por trás do pescoço dele, sendo que o adolescente de orbes ametistas jurava que viu o estranho e peculiar pingente se mexer, embora acreditasse que foi impressão sua, pois, era inconcebível ao jovem uma pessoa ficar andando com um escorpião de verdade preso pela cauda em uma corrente em volta do pescoço.
Afinal, ao ver de Mutou, seria algo demasiadamente bizarro, para dizer o mínimo.
- Ei! Não toque nisso! Eles não estão à venda! São super raros. Não dá para encontrar essas gracinhas em lugar nenhum!
Jounouchi exclama desesperado:
- Você é o dono? Você tem que vendê-los para mim! Eu andei muito para encontrar essa loja!
- Tem mais pessoas querendo esse tênis do que estrelas no céu. Mas, não vou vendê-los para qualquer um. Você tem que provar que merece usar esses tênis. Alguns pagam qualquer coisa para conseguirem o que querem, chegando ao ponto de matarem por isso... Nos Estados Unidos, um maluco morreu por causa destes tênis que eu estou usando.
O loiro ri levemente, para depois, exclamar com a voz repleta de ansiedade:
- Valeu pela sua opinião. Vai vender ou não?
O vendedor sorri de canto, para depois, perguntar:
- Vejamos... Que tal isso? Vamos fazer um jogo para ver se você merece usar esse tênis.
- "Um jogo"?! - Katsuya pergunta exibindo desconfiança em seu semblante.
O vendedor pega o pingente e ao fazer isso, o escorpião se mexe, fazendo todos arfarem ao mesmo tempo em que ficavam estupefatos ao verem que era real e não um simples enfeite, enquanto que o homem falava:
- Este escorpião é muito mais do que um simples mascote. Ele é de verdade e tem veneno! Vou colocá-lo no tênis – enquanto falava, ele erguia um dos tênis em sua mão.
Então, ele estica a mão, exibindo o tênis e fala:
- Agora, você tem a manha de colocar o seu pé nele?
Todos ficam embasbacados, sendo que o loiro exclama:
- O... o quê?!
Então, ele começa a fazer pose com as mãos flexionadas como se houvesse música no local, assim como os seus amigos, imitando um grupo japonês famoso chamado Tokyo Shock Boys que faz vários números perigosos, enquanto falava:
- Não sei quanto a ter manha... Mas, eu sei que não somos os Tokyo Shock Boys!
Então, Yuugi e Honda ficam preocupados ao verem o amigo deles olhando atentamente para o tênis que foi colocado no chão, como se ponderasse a sua decisão anterior.
- Jounouchi-kun, você não pode entrar no jogo dele! É perigoso demais!
- Jounouchi, eu dou para você os meus tênis!
Enquanto os amigos exclamavam desesperados, o loiro pensava consigo mesmo:
“Mas, eu estou querendo esses tênis há séculos!”
Após engolir em seco, ele ergue o pé, exclamando, enquanto fechava os olhos, se preparando para o pior:
- Vou mostrar quem tem a manha!
Então, Katsuya coloca o pé dentro do calçado, suando frio ao mesmo tempo em que exibia o rosto petrificado pelo medo, enquanto esperava sentir a temível picada a cada momento.
O vendedor bate palmas, enquanto exclamava, sorrindo:
- Você passou no teste! Não coloquei o escorpião – Yuugi notou que a ponta do escorpião era visível embaixo do casaco que o homem usava, compreendendo que ele o havia colocado discretamente dentro do casaco ao fingir que o colocava no calçado – Não estragaria o tênis desse jeito! Só estava testando você. Certo. São seus e a apesar do preço ser cem mil ienes, vou deixar você levar esses tênis super raros e especiais pela metade do preço.
- Valeu! – Jounouchi exclama animado, abraçando os seus amigos ao envolver os seus braços nos ombros de ambos, um de cada lado dele, sendo que Yuugi compartilhava da felicidade do adolescente, enquanto Honda se recuperava do fato de ter visto alguém arriscar a sua vida por um tênis.
Após o loiro colocar o calçado nos pés, o vendedor fala, voltando a colocar o escorpião por cima do casaco:
- Só vou lhe dar um conselho. É perigoso usar esses tênis nas ruas hoje em dia. Há uma gangue que se autodenominam caçadores de tênis e que anda por aí, roubando tênis raros.
“Caçadores de tênis”?! – Jounouchi e Yuugi exclamam em pensamento.
O lojista vira de costas para o trio e se afasta, exclamando:
- Tome cuidado para não ficar descalço!
Então, enquanto eles andavam pelas ruas, após saírem da loja, Honda comenta:
- Você estava realmente certo quando disse que o dono daquela loja era meio louco pelas coisas que vendia.
O loiro dava risadinhas de satisfação consigo mesmo pelo novo tênis que conseguiu adquirir, para depois, dar um salto no ar, erguendo um dos punhos, enquanto sorria imensamente:
- Os tênis Air Muscle são meus! Meu velho tênis já foi para o lixo!
- Estou feliz por você, Jounouchi-kun. – Yuugi fala sorrindo, enquanto se sentia feliz pelo amigo.
Já, Honda, andava com as mãos nos bolsos e uma feição séria, enquanto falava:
- Ninguém vai esquecer o cara que arriscou a vida por um tênis.
O loiro não ouvia os seus amigos, pois, estava perdido em seu próprio mundinho por se encontrar extasiado pelos novos calçados:
- Ahhh! Esta sola com um leve amortecimento! Isso que é tênis de primeira linha! Mal vejo a hora de mostrar os meus novos tênis para a Nuru-chan, a Yukiko-chan e a Kisara-chan!
Honda demonstra desconforto com a empolgação do amigo que mais parecia uma criança extasiada do que um adulto e comenta:
- Você não é mais uma criança, sabia? – ele se aproxima do jovem de cabelos tricolores e desabafa ao ver que o loiro ainda estava imerso em seu próprio mundinho – Dá vergonha andar com ele desse jeito.
Mutou consente, enquanto continuava sorrindo:
- De fato, nem crianças fazem isso hoje em dia.
O trio desconhecia o fato de que três homens, com um deles segurando um pneu em uma das mãos, o estavam seguindo, aguardando atentamente o momento certo de atacá-los.
Após alguns minutos, eles correm rapidamente até os seus alvos que andavam na frente dos marginais, ignorando os acontecimentos que se desenrolavam atrás deles.
O pneu passou a ser segurado por dois deles que abruptamente o colocam em Jounouchi, selando os seus movimentos ao impedi-lo de se mexer, surpreendendo o loiro e os amigos dele que ficam sem reação com o ataque inesperado e igualmente abrupto.
- Mas que diabos é isso?! – Katusya exclama, lutando inutilmente contra o pneu, enquanto processava o que acontecia.
Então, eles começam a bater nele e quando Honda se preparava para se aproximar do amigo, junto de Yuugi ao se refazerem da surpresa do ataque dos marginais, o terceiro integrante do grupo corre para trás deles erguendo um objeto nas mãos.
Ele atinge o moreno, enquanto que o outro que batia no loiro se afasta para socar Yuugi no rosto, com Jounouchi exclamando desesperado ao ver os seus amigos sendo golpeados brutalmente:
- Yuugi! Honda!
Um dos homens dá um chute nas costas de Katusya, fazendo-o cair contra a calçada, enquanto exclamava:
- No aro!
Após cair no chão, o mesmo que o chutou retira os calçados, fala, enquanto sorria com satisfação:
- Sabe esses tênis? São bons demais para você. – ele dá uma risadinha no final.
- Seu desgraçado. – o loiro murmura com o rosto ferido, enquanto estava caído no chão, sendo que volta a ser golpeado, assim como os seus amigos.
- Quem mais? – um deles perguntava, enquanto dava um soco em Honda.
Então, eles continuam batendo, com um deles exclamando:
- Mais uma vez!
Chapter 59: A revanche de Jounouchi e Honda
Summary:
Jounouchi e Honda decidem...
Yuugi pergunta...
Atemu decide...
Chapter Text
Após golpeá-los novamente, os três se afastam, sendo que um deles fala, acenando de costas:
- Vamos ficar com os tênis. Pode voltar para casa, descalço! – ele termina rindo com satisfação, enquanto os outros dois marginais gargalhavam junto dele.
Atemu estava sentindo uma fúria sem limites que fazia com que as suas unhas arranhassem o apoio do trono onde estava sentado, enquanto controlava a sua magia e as sombras, conforme assimilava a dor que o seu amado sentia, além dos golpes.
O motivo de não ter assumido o controle naquele momento foi porque não desejava assustar o seu anfitrião ao revelar a sua existência para os amigos dele que poderiam questioná-lo, caso o vissem lidar com os bandidos facilmente, considerando a estatura e personalidade de Yuugi, fazendo o seu amado ficar com medo dele ao ter as suas dúvidas confirmadas, pois, iria sentir a perda do controle do seu corpo e mente para alguém dentro dele em virtude do stress da situação, sendo este um pensamento aterrador para qualquer um, já bastando o fato de um dia ele ter que se revelar para o seu amado, pois, era inevitável.
Afinal, a situação em que viviam, atualmente, com o espírito agindo secretamente sem que o jovem de orbes ametistas percebesse a sua existência, embora Mutou desconfiasse inconscientemente da sua presença, não podia ser mantida por muito tempo, considerado a incidência dos lapsos de memória que Yuugi vivenciava quando o Faraó tomava o controle para salvá-lo ou para aplicar a justiça que o seu amado merecia.
Atemu passa a respirar profundamente, enquanto buscava arduamente controlar a sua fúria pelo ato imperdoável, a seu ver, sendo que começa a se acalmar gradativamente, para depois, sorrir imensamente, pois, mesmo que não pudesse ter a oportunidade de vingar o seu amado, a meia dragoa que via o jovem como um filho iria caçá-los pessoalmente para se vingar. Ela nunca deixaria esse ataque passar impune e considerando o sorriso sádico que viu no rosto dela, ele não podia ficar mais feliz ao considerar o fato de que as suas presas deviam sofrer um inferno em vida e que a punição não cessava tão facilmente.
O Faraó confessava que se a oportunidade de reencontrá-la surgisse, iria perguntar o que fazia com aqueles que ela caçava, embora desconfiasse do destino deles.
Do lado de fora, os três amigos começam a se levantar, com o loiro olhando o trio que se afastava cada vez mais, para depois, se sentar, passando a olhar de Honda para Yuugi que estava sentando, também.
- Vo... Você está bem, Yuugi? – ele pergunta com evidente preocupação em sua voz ao ver o jovem de cabelos tricolores massageando um dos lados do rosto, enquanto gemia de dor.
O adolescente de orbes ametistas consegue consentir, para depois, o loiro olhar para o moreno, exclamando:
- Droga! Não passei de dois quarteirões usando aqueles tênis!
- Eles eram os tais caçadores, pelo visto. – Hiroto comenta, exibindo raiva em seu semblante, assim como Katusya.
Jounouchi se vira para o seu amigo e fala com uma voz pesarosa ao ver os ferimentos dele:
- Yuugi, desculpe tê-lo posto nessa encrenca.
- Não tem problema. Eu estou bem.
- Yuugi, você pode ir sozinho até o Burguer World?
- Hã?! E vocês? – ele pergunta com evidente preocupação em sua voz, exibindo confusão em seu semblante.
Hiroto fala, exibindo determinação em seus olhos, assim como o loiro:
- Nós queremos... Revanche!
Ambos se erguem e olham com um semblante que era um misto de determinação e fúria na direção que o trio de bandidos havia tomado para se afastar deles.
- Eu não irei ao Burguer World, enquanto não recuperar os meus tênis!
- Eu devo uma surra para aqueles desgraçados! – o moreno exclama furioso.
Yuugi olha com admiração para ambos, para depois, comentar timidamente:
- Eu também vou. Se não for atrapalhar. – ele murmura o final, temendo que não o deixassem segui-los.
- Yuugi... – o loiro murmura surpreso, notando que o seu amigo estava nervoso, aguardando a resposta deles, para depois, sorrir – É assim que um homem fala!
- Certo! Então, vamos lá! – Honda exclama, sorrindo com satisfação.
Eles começam a correr com Hiroto na liderança, seguido de Jounouchi, sendo que Yuugi estava correndo atrás de Katsuya.
- Eles foram para a direita! – o moreno exclama, apontando para a direita, enquanto virava a rua.
- Yuugi, deixe a luta com a gente! Observe como se dá um soco! – o loiro exclamava, enquanto orientava o jovem.
- Tá! – o adolescente de cabelos tricolores exclama, sendo que sabia que nunca conseguiria golpear ninguém.
Atemu confessava que havia ficado agradavelmente surpreso ao ver que Yuugi estava adquirindo, gradativamente, confiança em si mesmo, conforme interagia com a dupla, depois que ele lhe ajudou em forma de um estímulo quando houve a votação para a Feira cultural do colégio.
Claro, ele ainda tinha um grave problema de confiança que não seria resolvido tão rapidamente, mas, o que importava é que o seu anfitrião estava superando, gradativamente, as suas incertezas e insegurança aos poucos. Um passo de cada vez e isso era o suficiente.
Atemu sentia orgulho ao vê-lo superar as suas dificuldades por si mesmo, sendo que sempre ficava surpreso pela força do coração de Yuugi, pois, o seu amado era verdadeiramente forte. Não odiar os outros, apesar do que eles faziam, sendo capaz de perdoar e de se preocupar, inclusive com o inimigo, não era para qualquer um. Isso mostrava a força e a beleza do coração dele que encantava o Faraó.
Meia hora depois, após muitas buscas, Jounouchi, Honda e Yuugi avistam os ladrões entrando em uma loja de Arcade que continha jogos e karaokê.
Os criminosos entram, sem perceber o trio que se aproximava deles, sendo que conversavam entre si com sorrisos em seus rostos, com um deles emitindo uma leve risada:
- Foi fácil demais!
- Com certeza! Vamos jogar um pouco!
Conforme jogavam, com dois deles ocupando uma máquina cuja tela ficava na frente um do outro, na mesma linha de visão, pois, era um jogo onde duas pessoas lutavam entre si, um deles exclama indignado:
- Não é justo! Você só ataca de longe, cara!
O oponente apenas ri, enquanto o outro bandido comenta com ambas as mãos nos bolsos:
- O que importa é vencer.
Então, um dos que jogavam sente alguém o observando e ao virar o rosto, seguido dos outros, fica estarrecido ao ver que eram os dois rapazes que eles haviam agredido e posteriormente, roubado o tênis de um deles, com eles olhando o terceiro que estava mais atrás.
Jounouchi e Honda estavam com as mãos nos bolsos, os fuzilando com os olhos, sendo que o loiro fala, enquanto sorria perante a satisfação de devolver em dobro o que fizeram com eles:
- Não atacamos pelas costas como vocês, covardes. Atacamos pela frente!
Aproveitando-se do estupor deles, Katsuya agarra um dos criminosos pela frente da blusa e o golpeia violentamente no meio do rosto, conseguindo quebrar o nariz com a força do seu soco, fazendo-o murmurar desesperado:
- Ei... para. Parece que você quebrou o meu nariz.
O loiro o observa como se fosse um mero lixo, enquanto começava a falar com uma voz perigosamente calma:
- Por sua causa... Minhas meias estão furadas agora! – ele exclama o final furioso, soltando a camisa dele, para depois, chutá-lo várias vezes em sua face.
Após ele cair no chão, os outros se recuperam do seu estado estupefato e tentam revidar, porém, são subjugados facilmente. Honda se junta a Katsuya, com ambos começando a golpear violentamente o trio, colocando toda a fúria em seus socos e chutes, enquanto exclamavam, ignorando os pedidos de clemência dos criminosos:
- Tome isto! E isto!
- Vocês não deviam ter mexido com a gente!
Enquanto os golpeavam, Yuugi assistia tudo com os olhos arregalados, sem conseguir falar nada, enquanto murmurava:
- Uau... – ele confessava que nunca imaginou o quanto eles eram fortes e conforme os observava, passou a acreditar que Ushio deve tê-los golpeado por trás para rendê-los, assim como os bandidos, que estavam apanhando naquele momento, fizeram com eles, anteriormente.
Em sua câmara, Atemu concordava que eles sabiam golpear bem e tinham muita força.
Por algum motivo desconhecido para ele, uma vez que não conseguia se recordar do seu passado, antes de Yuugi começar a montar o Sennen Pazuru, o Faraó tinha a sensação que se tivessem um treinamento adequado, seriam mais fortes do que eram atualmente e os golpes seriam mais eficazes, podendo leva-los a serem soldados de Elite dentro do Medjay, o exército do Antigo Egito, cujos militares atuavam também na segurança pública e como guarda-costas do Faraó, além de atuarem como guardas na preservação da ordem nas cidades, juntamente com o fato de fazerem parte das guarnições e das fortificações do império, realizando, também, patrulhas no deserto, com esse exército contemplando soldados de infantaria, além de exploradores para espionar estrangeiros nas fronteiras, sendo que havia o Medjay de alto escalão que contemplava comandantes e general pelo que ele se recordou ao acessar as memórias do seu amado, uma vez que o avô dele amava arqueologia, sendo que o Egito antigo era o que detinha o seu maior interesse, fazendo com que contasse muitas coisas ao seu neto.
Conforme tentava compreender o motivo de ter surgido esse pensamento, ele passou a julgar que foi pelo fato da urna e do sennen pazuru terem sido encontrados no Egito pelo que Sugoroku contou ao dar o item de presente para o seu neto, enquanto que desejava compreender o que era o estranho sentimento de saudade e de tristeza ao pensar no Egito, com ele sentindo que não era apenas pelo fato do objeto ter sido encontrado lá e sim, algo mais profundo e igualmente desconhecido, uma vez que não havia quaisquer recordações da terra natal da relíquia.
No lado de fora, Jounouchi ergue o bandido, que ele quebrou o nariz, pela frente da camisa mais uma vez, sendo que o rosto estava com alguns hematomas, enquanto o nariz quebrado ainda sangrava e pergunta com um olhar frio que refletia uma fúria silenciosa em seus olhos:
- Agora... Vou pegar o meu tênis de volta.
O marginal murmura gaguejando:
- Não estão com a gente. Só fomos contratos como sempre.
- Hein? – Katsuya arqueia o cenho, pois, era algo que ele não esperava, com Honda compartilhando o mesmo semblante – Nós recebemos três mil ienes, sendo que não para jogar nem uma hora com essa grana. Foi ele, o dono da loja, que nos contratou.
- O quê?! – o loiro fica estarrecido, assim como o moreno, enquanto processavam as informações estarrecedoras.
Yuugi demonstra uma face estarrecida, para depois, ser tomado lentamente pela raiva, revolta e indignação, enquanto pensava consigo mesmo:
“Como ele pôde fazer isso! Ele sabia o quanto o Jounouchi-kun queria aqueles tênis. O canalha se apodera do dinheiro e ainda nos agride!”
O Faraó se ergue do seu trono, sendo tomado pela fúria, pois, não aceitava injustiça, além do fato de que não podia retribuir, pessoalmente, a surra que os marginais deram no seu amado ao mesmo tempo em que havia ficado satisfeito ao saber que existia um mandante e que poderia puni-lo pela desonestidade e por ter causado, indiretamente, os ferimentos no seu amado Yuugi.
Aproveitando-se dos sentimentos de Mutou e do fato de Katusya e Hiroto estarem embasbacados pela descoberta inusitada, ele concentra os seus poderes, se conectando ao Sennen pazuru também, fazendo o olho de Wdajet brilhar.
Ele põe o seu amado para dormir, com o mesmo aparecendo na sua cama da câmara da alma, com Atemu o cobrindo gentilmente, enquanto conseguia conter a si mesmo ao ponto de se limitar a passar o dedo no contorno dos lábios macios e rosados, para depois, suspirar de contentamento, sendo que sorri ao olhar para Yuugi que dormia tranquilamente, para depois, falar em um murmúrio:
- Eu não serei o único a me vingar deles... Agora, durma. Eu já curei a maioria dos seus ferimentos, enquanto você corria junto dos outros, os procurando, sendo que vou terminar a cura, enquanto tomo o seu corpo emprestado. O devolverei assim que terminar de aplicar a justiça.
Ele se inclina e beija a sua testa.
Ao se afastar, o espírito quase o beija nos lábios convidativos quando os seus próprios lábios se aproximaram dos que pertenciam ao do macho menor. O pensamento de roubar o primeiro beijo do seu amado, sem o consentimento dele, foi o que o fez se afastar com muito custo, pois, já bastava o fato de tomar o corpo de Mutou e conforme saia do quarto de áurea infantil, com cores suaves nas paredes e uma janela por onde entrava uma luz acalentadora e gentil, enquanto procurava desviar habilmente dos vários brinquedos e jogos espalhados pelo chão, o Faraó suprime eficazmente a culpa que queria surgia nele por tomar o corpo dele ao se recordar que era a única forma de protegê-lo e de aplicar a justiça que o jovem merecia.
Afinal, ferir um coração tão cristalino e puro de uma alma tão amável, bondosa e gentil era um crime imperdoável a seu ver.
Após tomar o corpo do seu amado, ele corre do local, sendo que quando Katsuya e Hiroto ouvem o som de passos se afastando, eles olham para o lado e ficam preocupados ao verem que o amigo deles correu do local, sendo que o moreno pergunta:
- Será que o Yuugi foi até a loja?
- Provavelmente... Droga! Vamos! Não podemos ficar com esses lixos. Precisamos salvar o Yuugi.
- Sim.
Porém, antes que se afastassem o dono do local se aproxima e os segura pelos ombros, perguntando, enquanto arqueava o cenho:
- Vocês acham que podem sair do meu estabelecimento dessa forma? Acabaram de socá-los! – ele aponta para os bandidos caídos no chão - Vou chamar a polícia.
- Então, chame. Com certeza, eles vão bater com as descrições que a polícia tem sobre os ladrões de tênis. Afinal, eu não fui a primeira vítima deles, pelo visto.
- “Ladrões de tênis”? – o comerciante pergunta estupefato, sendo que o fato do loiro falar para ele chamar a policia, o deixou surpreso.
Nisso, um murmúrio surge dentre os demais que frequentavam o local e que haviam parado de jogar ao verem a confusão perto da entrada da loja.
- Sim. Eles roubam tênis raros e o mandante é o dono da loja onde o meu amigo comprou os seus tênis. – Hiroto indica com a cabeça o loiro ao seu lado.
Honda e Jounouchi procuram explicar a situação o mais rápido possível, pois, eles desejavam sair dali o quanto antes por estarem preocupados com o Yuugi.
O dono e as pessoas em volta que pararam de jogar para ver a comoção no local, olham dos semblantes determinados da dupla para os rostos dos que estavam feridos e quando fazem isso, eles percebem que o trio se levantava, visando fugir do local, quando são detidos por alguns colegiais de um colégio ali perto.
- Eu não acho que um inocente fugiria do local que foi espancado, após quem os agrediu ser detido, com muitos em volta para deter qualquer novo golpe. Somente alguém que é culpado iria desejar fugir do local. Além disso, teria implorado pela polícia no instante que começou a ser agredido. – o lojista comenta pensativo, para depois, virar o rosto, dando um aceno discreto a um dos seus funcionários que consente, pegando o telefone no processo, enquanto começava a discar o número da delegacia mais próxima.
- Nosso amigo corre perigo, precisamos ir até ele. – o loiro comenta desesperado.
- É melhor vocês ficarem, ao menos, até darem o seu depoimento para a polícia oficializar a denúncia. Depois, vocês vão até o seu amigo.
- O lojista de uma loja chamada Junk Scorpion é o mandante dos roubos e o nosso amigo foi confrontá-lo.
- Vocês podem aproveitar para ajudar os policiais a chegarem o mais rápido possível nessa loja. Como vão estar de carro, podem chegar rapidamente ao local. Nós não podemos fazer a denúncia por vocês e eles podem usar a confusão para escaparem e aí, vocês não vão ter nenhuma prova.
Após o lojista falar, ambos se entreolham e depois suspiram, reconhecendo as palavras dele e que de fato, era melhor levar os policiais junto deles até a loja e conforme aguardavam a policia chegar ao local, eles oravam para que o amigo deles fosse sensato o suficiente para não confrontá-lo, sendo que Katsuya se sentia imensamente culpado, pois, foi o ato dele de insistir em irem até aquela loja que os levou a toda aquela confusão, sendo espancados e roubados, com o seu amigo correndo por si mesmo para confrontar o dono pelos seus crimes. Se algo acontecesse ao Yuugi, o loiro nunca iria perdoar a si mesmo, desconhecendo o fato de que era o mesmo pensamento de Honda, pois, por mais que tivesse sido ideia do Jounouchi, ele poderia ter insistido no motivo deles andarem tanto, assim como deveria ter tentado persuadi-lo da ideia de ir até uma loja onde tinha um comerciante no mínimo bizarro e que se mostrou desonesto e igualmente perigoso.
O desespero de ambos somente aumenta quando tentam ligar para Yuugi e o celular dele cai na caixa postal, indicando que ele desligou o telefone, sendo que desconheciam o fato de que foi Atemu que desligou o aparelho para que não interrompessem o Yami no game.
Chapter 60: Yami no Geemu - Junky Scorpion
Summary:
Jounouchi e Honda se encontram...
Atemu planeja...
Yo!
Eu melhorei e modifiquei algumas coisas do capítulo um, pois, por ele ser longo, não teve uma revisão adequada.
Eu peço desculpas pela demora.
Tenham uma boa leitura. XDDDD
Chapter Text
Após o lojista falar, ambos se entreolham e depois suspiram, reconhecendo as palavras dele e que de fato, era melhor levar os policiais junto deles até a loja e conforme aguardavam a policia chegar ao local, eles oravam para que o amigo deles fosse sensato o suficiente para não confrontá-lo.
Katsuya se sentia imensamente culpado, pois, foi o ato dele de insistir em irem até aquele estabelecimento que os levou a toda aquela confusão, sendo espancados e roubados, com o seu amigo correndo por si mesmo para confrontar o dono pelos seus crimes. Se algo acontecesse ao Yuugi, o loiro nunca iria perdoar a si mesmo, desconhecendo o fato de que era o mesmo pensamento de Honda, pois, por mais que tivesse sido ideia do Jounouchi, ele poderia ter insistido para descobrir o motivo de andarem tanto, assim como deveria ter tentado persuadi-lo da ideia de ir até uma loja onde tinha um comerciante no mínimo bizarro e que se mostrou desonesto e igualmente perigoso.
O desespero de ambos somente aumenta quando tentam ligar para Yuugi e o celular dele cai na caixa postal, indicando que ele desligou o telefone, sendo que desconheciam o fato de que foi Atemu que desligou o aparelho para que não interrompessem o Yami no game.
No lado de fora da loja Junky Scorpion, o Faraó ouve alguém falando e aproxima o seu ouvido da porta, a tempo de ouvir o comerciante falando consigo mesmo, após dar uma leve risada de satisfação, enquanto segurava os tênis roubados em uma das suas mãos:
- Como eu adoro as pessoas que são trouxas, principalmente os que são fanáticos! Quando eles ouvem que os tênis são muito raros, pagam qualquer preço. Eu diria que é um bom negócio para mim, pois, fazem de tudo por um tênis que é regular e igual a qualquer outro.
Então, o espírito abre abruptamente a porta, falando, enquanto exibia raiva em seu semblante:
- Eu entendi. Então, para você, os tênis não passam de um meio de ganhar dinheiro fácil e para facilitar o seu roubo, você divulga o boato dos tênis serem raros, visando atrair as suas vitimas para fazê-las pagar caro por um calçado comum, para depois, contratar criminosos para roubá-las. Eu imagino quantas vítimas você fez ao longo desse tempo.
O comerciante se vira para a origem da voz barítono implacável, enquanto exclamava indignado, falhando em ocultar o medo que sentia pelo recém-chegado ter escutado o que ele disse, fazendo com que gaguejasse, enquanto suava frio:
- O que é isso?! Não leu a placa? Estamos fechados!
Com as mãos em ambos os bolsos da calça do uniforme, o Faraó entra e fala em um tom autoritário que não aceitava contestação:
- Quero os tênis do meu amigo agora. Eu já sei que você contratou aqueles marginais para roubá-lo.
O lojista fica preocupado ao saber que alguém descobriu o que ele fazia, desconhecendo o fato de que ele não é o único que descobriu o seu esquema e conforme observava o recém-chegado, o comerciante forçava a sua mente para se recordar do grupo daquela tarde, sendo que podia jurar que o estudante tinha uma aparência mais infantil, com olhos expressivos, além de não ter alguns fios dourados que eram espetados no cabelo, além da voz ser mais suave e não de barítono, juntamente com a diferença da altura, pois, podia jurar que ele era mais baixo do que aparentava naquele instante.
Porém, o homem acha que era impressão sua, pois, qualquer outro pensamento seria demasiadamente surreal.
De fato, Atemu havia conseguido aumentar um pouco a altura quando assumia o corpo do seu amado. Mas, não conseguia, ainda, invocar a sua verdadeira altura naquele corpo.
“Droga. Esse pirralho...! Não posso permitir a saída dele dessa loja sabendo o meu segredo.” – ele pensa consigo mesmo, desconhecendo o fato de que o jovem não era o único e que os seus capangas estavam prestes a serem entregues para a polícia.
Então, o comerciante tem um plano e finge confusão em seu semblante, enquanto falava:
- Hã? Como assim? Os tênis do seu amigo? – ele finge uma face surpresa ao ver os calçados e exclama, simulando estupefação e depois, inocência – Hã...?! O que é isso?! Vixe! Como vieram parar aqui?!
Então, ele vira de costas, colocando o escorpião dentro do tênis, enquanto falava:
- Que estranho...
“É só colocar o escorpião dentro e...!” – ele pensa consigo mesmo, rindo mentalmente ao imaginá-lo sendo picado.
Atemu confessava que foi preciso todo o seu autocontrole para não reagir até que fosse o momento certo ao agir como um predador paciente que espreitava a sua presa até o momento certo para abatê-lo, enquanto o vendedor o tratava como se fosse um estúpido, fazendo com que a sua fúria aumentasse drasticamente.
Afinal, era evidente o fato de que o vendedor iria colocar o escorpião dentro do tênis, visando que fosse picado pelo animal quando pegasse os calçados dele. O plano era mal executado e igualmente grotesco, fazendo com que fosse impossível não perceber o plano do homem a sua frente.
O vendedor volta a virar para o jovem e estende o tênis, segurando-o pela sola, enquanto falava, exibindo um sorriso em seu rosto:
- Foi mal... Tome. Pode pegar! São seus!
“Quando você pegar os tênis vai levar uma bela picada venenosa...!” – o lojista pensava consigo mesmo, enquanto se encontrava ansioso para que o jovem pegasse os calçados das suas mãos.
Atemu estende o punho fechado na direção do tênis, fazendo com que a ansiedade do comerciante ficasse ainda mais intensa, obrigando-o a controlar com muito custo o desejo de sorrir imensamente ao julgar que o seu plano teria êxito, sendo que pensava, enquanto o observava aproximar a mão:
“Ponha sua mão mais perto. Mais perto...”.
Então, ele fica estarrecido ao ver a sua pretensa vítima abrir o punho ao colocá-lo em cima da entrada do calçado, fazendo com que várias moedas que se encontravam em sua mão, caíssem dentro do objeto que foi estendido à sua frente, com o homem exibindo estupefação, para depois, exclamar:
- O quê?! Por que jogou as moedas dentro do tênis?!
Atemu sorri de canto, falando com a sua voz barítono, enquanto apontava para a sua presa:
- É um jogo. É como o seu teste de coragem. Só que desta vez, o escorpião está realmente dentro do calçado. As regras são simples. Joguei dez moedas dentro do tênis. Cada um de nós tira uma moeda por vez, torcendo para que o escorpião não pique. Quem conseguir mais moedas vence!
“Qual... Qual é a desse pirralho?!” – o lojista pensava consigo mesmo, enquanto exibia estupefação em sua face ao tentar, inutilmente, compreender o comportamento, atitude e tom de voz tão diferente do que ele havia exibido mais cedo.
Então, ele propõe, enquanto sorria imensamente ao imaginar uma forma de lucrar ainda mais:
- Eu aceito o seu desafio, mas, com uma condição! Se eu vencer, você vai ter que morrer com cem mil iene por cada moeda que eu pegar. Afinal de contas, eu sou um negociante!
O Faraó sorri de forma confiante, pois, havia percebido a fraqueza do coração dele e no Yami no game, aqueles que tinham um coração fraco perdiam o jogo em virtude das trevas exporem tais fraquezas.
- Certo! Cem mil iene por moeda. Por outro lado, se eu vencer... Só quero os tênis de volta. – o espírito decide não exigir a penalidade, pois, ela seria dada naturalmente, além do fato de que precisava fazê-lo aceitar o jogo.
Quando ele consente, Atemu concentra a sua magia e ativa os poderes do Sennen Pazuru, fazendo com que ambos começassem a serem envoltos pelo Yami no game na forma de uma névoa sombria, sendo algo que somente aqueles que tinham magia ou sennen aitemu podiam ver. Para as pessoas comuns era impossível ver as trevas que envolviam o local, criando uma dimensão à parte que ocultava os acontecimentos, se assim o invocador desejasse.
Conforme olhava para o calçado em cima do tampão da mesa, o lojista pensava consigo mesmo, enquanto suava frio:
“O buraco do tênis parece a boca de um tubarão.”
- Então, eu começo. – o Faraó fala, enquanto estendia a mão, com o seu coração se mantendo firme conforme pegava a moeda ao estender, apenas, dois dedos, sendo que o escorpião estava no fundo do tênis.
De fato, como era um Yami no game, ele conseguia ver o seu dedo no calçado e o escorpião parado no fundo do tênis na parte da frente, sendo que suspira de alívio ao conseguir tirar o dedo.
Afinal, para ser justo, o animal não podia ser influenciado pelo invocador do Yami no game e nem pelo ambiente em si. O Yami no game agia sobre ambos os jogadores de forma justa e expunha a fraqueza que qualquer um deles tivesse no seu coração, fazendo com que essa fraqueza causasse a derrota.
- Ufa! Uma a menos.
O comerciante estava suando frio, enquanto demonstrava o medo em sua postura, voz e tremor ao mesmo tempo em que começava a mover a mão para pegar a moeda.
- Uh... Essa mascote não tem respeito pelo seu dono! Minha vez!
Com o coração batendo freneticamente pelo medo intenso que o tomava, ele enfia a mão, esticando dois dedos, enquanto falava para o animal por mais que soubesse que o mesmo não compreendia a linguagem humana, sendo que soava mais como uma súplica do que qualquer outra coisa:
- Não pique a mão que o alimenta... – após pegar a moeda, ele suspira de alívio, enquanto continuava suando frio – Ufa! Bom menino!
“Foi por pouco. Nós arriscamos a vida a cada rodada deste jogo. Droga! Tenho que pensar em uma maneira de vencer para poder arrancar uma boa grana desse moleque. Mas, não vou conseguir isso com uma moeda de cada vez! Tenho que encontrar uma forma de pegar todas de uma vez...” – ele pensava consigo mesmo, enquanto olhava o seu oponente colocando os dois dedos esticados dentro do calçado para pegar a moeda.
- Ufa. – Atemu suspira aliviado, enquanto erguia a moeda.
Então, o lojista tem uma ideia e dá, mentalmente, uma risadinha de triunfo ao planejar como retirar todas as moedas recentes:
“Tem um jeito...!”
- Agora é a minha vez. Uma pergunta. – ele falava, enquanto sorria, olhando para o adversário – Contanto que a gente ponha a mão dentro do tênis, vale qualquer coisa, certo?
Atemu sorri consigo mesmo, sabendo que a fraqueza no coração do seu oponente estava sendo exposto pelo Yami no game, fazendo-o ter uma noção do que o seu adversário estava planejando fazer, pois, havia somente uma forma de alguém tão ganancioso obter dinheiro rápido naquele jogo, considerando o fato do comerciante não ter qualquer apreço real pelo tênis ou amor pelo seu animal de estimação.
- Sim.
- Certo. Nesse caso...
O lojista tira uma faca de caça do coldre que estava preso na sua cintura por baixo do casaco despojado que usava e a ergue, para em seguida, afundá-la ferozmente na direção do calçado, o fincando na parte da frente do tênis onde se encontrava o escorpião, enquanto enfiava a mão inteira dentro do calçado para pegar todas as moedas restantes de uma vez só ao mesmo tempo em que exibia uma face insana de triunfo, fechando a mão em punho dentro do tênis, enquanto exclamava:
– Isso vale também! – Atemu finge uma face de surpresa, sendo que sentia pena do animal por ter um dono capaz de tal crueldade contra a própria mascote – Que pena escorpião! Se você estiver morto, eu posso pegar todas as moedas de uma só vez!
Então, o mercador gargalha insanamente, exclamando, enquanto olhava para o seu oponente:
- Este jogo está no papo! Pode pagar garoto!
Chapter 61: Yami no Geemu - Junky Scorpion - final
Summary:
O lojista acaba...
Atemu começa a...
Jounouchi e Honda se encontram...
Yukiko se encontra...
As amigas ficam...
Chapter Text
- Você acha? Essa é uma carta perigosa de se jogar – Atemu comenta, apontando o dedo para o comerciante, enquanto sorria com satisfação – A ganância subiu a sua cabeça e você encheu a sua mão de moedas.
O lojista começa a lutar inutilmente para tirar as mãos, enquanto exclamava desesperado:
- Minha mão está presa! – ele exclama embasbacado.
Então, o escorpião começa a chiar de dentro do tênis, com o Faraó comentando, enquanto sorria com satisfação:
- E será que o escorpião está realmente morto?
“Esse som! Esse chiado! Não pode ser...!” – ele pensa desesperado, enquanto o seu coração batia freneticamente pelo medo, com o suor frio empapando a sua roupa ao perceber que não o havia matado como julgou erroneamente antes.
Por causa da ganância que se apoderou dele, a sua mão se tornou igualmente gananciosa, pois, era um Yami no Game e em virtude dessa ganância, a mão dele se recusava veemente a abrir os dedos por desejar manter as moedas, fazendo com que continuasse presa, mesmo sobre a ameaça iminente de uma picada, enquanto que o pensamento de abrir a mão para tentar liberá-la, sequer passou na mente do seu dono, também.
Dentro do tênis, o escorpião corre até a mão do lojista e o pica, fazendo-o gritar, com o Yami no game sendo encerrado com a derrota do homem que passa a sofrer com a agonia da toxina em seu sistema ao mesmo tempo em que o espírito usava a sua magia e a do item para manipular a memória dele, fazendo-o esquecer do jogo ao mesmo tempo em que o fazia ter a lembrança de pegar de forma errônea o escorpião, sendo que a magia iria garantir que ele contasse para a polícia o que Atemu desejava, pois, queria se certificar de isentar o seu amado de qualquer culpa pela picada ao usar a sua magia, enquanto garantia que o mandante teria pesadelos para o resto da sua vida com os pensamentos que aterrorizavam o seu inconsciente.
Ademais, o Faraó era ciente de que a dragoa alva e peluda também iria querer a sua parte na vingança, pois, ela sempre parecia saber o que acontecia com Yuugi.
Em seguida, ele retira o escorpião do calçado ao virar o tênis para o animal sair e prontamente, pega um pote de vidro que estava próximo dele e rapidamente, o coloca em cima do animal peçonhento, o prendendo, pois, seria o esperado se alguém encontrasse um animal andando.
Afinal, a pessoa pegaria algum recipiente para colocar em cima, visando prendê-lo.
Então, em seguida, ele chama a emergência e ao encerrar a ligação, fala, olhando para o homem agonizante:
- No Yami no Game, aqueles que têm um coração fraco sempre perdem. Se você tivesse algum amor pelo seu escorpião ou por aqueles tênis, eu não poderia ter previsto como este jogo iria terminar.
Então, os médicos chegam e Atemu explica o que aconteceu:
- Eu vi esse homem caído e esse escorpião no lado dele.
- Onde está o escorpião? – o paramédico pergunta, olhando cuidadosamente para o entorno.
- Eu o prendi naquele pote de vidro – ele aponta o pote onde se encontrava o escorpião - Esse vendedor tinha um escorpião de estimação pendurado no pescoço.
- Entendo. Provavelmente, ele cometeu um erro e o animal o picou. Ele teve muita sorte que o senhor entrou na loja.
Enquanto um dos paramédicos socorria o vendedor, o outro colheu os dados dele, para depois, chamar os profissionais responsáveis para recolherem o escorpião, com eles saindo do local com o mandante em uma maca, para em seguida, partirem velozmente em direção ao hospital mais próximo.
O Faraó pega os tênis em suas mãos, enquanto manipulava as memórias do seu amado para que ele pensasse que havia acabado de chegar à loja e que encontrou o lojista caído no chão, com o escorpião próximo dele, fazendo com que o jovem tivesse a memória de pegar um pote para prender o animal que estava andando, além de inserir a conversa que teve com os paramédicos.
Então, após se certificar que essa seria a memória oficial do seu anfitrião, ele troca de lugar.
Atemu detestava o ato de ter que alterar as memórias daquela forma, pois, sentia que estava roubando as memórias do seu amado e esse era um pensamento demasiadamente deprimente ao mesmo tempo em que sentia o gosto amargo como o fel na boca.
Portanto, evitava ao máximo manipular as memórias dele, somente fazendo tais manipulações quando era estritamente necessário.
Na câmara clara e iluminada da alma do Yuugi, ele vai até o seu amado que dormia placidamente na cama, desviando dos brinquedos e jogos espalhados pelo chão. Ao sentar na beirada da cama dele, o espírito se inclina e o beija amorosamente na testa, afagando gentilmente a bochecha do jovem angelical com o dorso das mãos, antes de se levantar, saindo em seguida para retornar a sua própria câmara da alma, cuja porta ficava na frente da porta da câmara da alma do jovem de orbes ametistas.
No lado de fora, o adolescente abre os olhos e pisca ambos, demonstrando uma ligeira confusão em seu semblante, enquanto procurava identificar o local onde se encontrava.
Então, Mutou percebe que estava na loja que o seu amigo comprou o tênis e enquanto questionava a si mesmo como chegou até o local, olhando para o ambiente, as memórias alteradas surgiam gradativamente, fazendo-o arregalar os olhos após assimilar os acontecimentos, com os seus orbes ametistas passando a olhar os tênis do seu amigo em suas mãos e por mais que forçasse as memórias para tentar se lembrar como o calçado acabou com aquele corte peculiar em um deles, ele não conseguia se recordar de como sucedeu o dano, fazendo com que ficasse chateado por um deles se encontrar ligeiramente danificado, conforme se lembrava da imensa felicidade do seu amigo ao calçá-los.
Ao passar a tristeza pelo estado do tênis, o jovem passa a ficar alarmado ao constatar que não se lembrava do que ocorreu, após os ladrões confessarem que o mandante deles era o lojista, assim como não se recordava de como chegou ao estabelecimento, juntamente com o fato de não conseguir se lembrar de como sucedeu o corte no calçado, fazendo com que ficasse intensamente preocupado com os lapsos de memória que o acometiam, fazendo-o questionar a si mesmo se ele tinha alguma doença que afetava a sua memória.
Então, ele estranha o fato de ouvir sirenes, pois, o vendedor já havia sido socorrido pelos paramédicos.
Exibindo um misto de confusão e curiosidade em seu semblante, o adolescente sai da loja com o cenho arqueado, para depois, avistar dois carros da polícia que estacionavam em frente ao estabelecimento.
Então, um dos policiais sai do veículo, com Yuugi arqueando o cenho, para depois, Jounouchi e Honda surgirem do outro carro, com ambos correndo até o amigo, demonstrando intensa preocupação em seus semblantes, enquanto procuravam por quaisquer ferimentos nele, sendo que eles ficam aliviados ao não detectarem qualquer machucado, para depois, questionarem se ele estava bem e o que ocorreu.
Mutou conta tudo o que ocorreu, ocultando o fato de não se recordar de algumas coisas, visando não preocupá-los e ao terminar o relato, o loiro exclama estarrecido:
- Você entrou e encontrou o lojista caído no chão, sendo que ele foi socorrido por paramédicos e levado ao hospital por causa de uma picada de escorpião?!
- Sim. – ele fala consentindo.
- A gente queria dar uma lição nele sem envolver a polícia... – Honda comenta em um murmúrio, com evidente aborrecimento em sua face.
- Não sei o motivo. Mas... tem um buraco neste tênis. – Yuugi ainda estava chateado pelo rasgo no calçado, enquanto o mostrava a Katsuya.
Após passar a surpresa, o loiro sorri, enquanto pensava consigo mesmo, ficando comovido pelo ato do seu amigo de buscar os seus tênis por si mesmo e por mostrar tristeza pelo corte em um deles:
“Mas, Yuugi... Você recuperou os tênis sozinhos e isso foi incrível. Claro que também foi algo bem imprudente. O que importa é que está bem e salvo.”
O trio de amigos vira a cabeça na direção de outro carro que chega ao local e os policiais o reconhecem como sendo do controle de zoonose, com os profissionais se identificando aos policiais, para depois, entrarem na loja, carregando uma espécie de caixa de transporte pequena. Eles saem alguns minutos depois com o escorpião dentro dela, sendo audível o chiado que o animal emitia enquanto era levado para o veículo, que parte em seguida do local.
- Era questão de tempo até ser picado por ficar carregando o animal daquela forma. – o loiro comenta sem sentir qualquer pena do lojista – Afinal, é um animal selvagem.
- Eu sempre achei cruel a forma como o animal ficava preso pela cauda. – Yuugi comenta, ficando triste ao imaginar o quanto o escorpião sofreu por ficar pendurado daquela forma.
Nisso, os policiais se aproximam e colhem o depoimento do jovem de cabelos tricolores, sendo que haviam identificado o hospital onde o lojista foi levado.
Após finalizarem o depoimento do adolescente e a coleta dos dados dele, os adolescentes recebem autorização para se retiram dos arredores da loja.
O trio de amigos sai do local, visando irem ao Burguer World para encontrarem as amigas, sendo que o loiro exibia o tênis com orgulho, dando uma risadinha, enquanto falava, olhando para o seu amigo:
- Yuugi, eu vou cuidar bem destes tênis. Vou deixar esse buraco como uma cicatriz de batalha!
O jovem de cabelos tricolores consente feliz, enquanto que Hiroto comentava, olhando para o lado:
- Ainda não entendi...
Meia hora depois, no hospital, o comerciante se encontrava algemado na maca, enquanto era tratado por causa da picada, sendo que foi descoberto o fato de que ele tinha alergia a picada.
Do alto de um prédio, com vista para a janela do quarto em que o mandante se encontrava, Yukiko olha de forma predadora, enquanto sorria sadicamente, falando:
- Você e os outros são as minhas presas e consequentemente, meus novos brinquedos. Vocês vão pagar caro pelo que fizeram ao Yuugi. Não se preocupe, vou garantir que você se cure o quanto antes. Afinal, estou ansiosa demais para me divertir.
Ela concentra a sua magia da invisibilidade e entra no local, passando pelos corredores e escadas até que chega ao andar em que a sua presa se encontrava, entrando em seguida no quarto dele e ao se aproximar da marca em que ele se encontrava, a mão dela começa a brilhar e ao posicioná-la na direção dele, ela faz cair uma neve alva divina e com propriedades de cura em cima do corpo do criminoso, com os flocos sendo absorvidos pela pele dele e prontamente, o seu quadro melhora, com a albina evitando curá-lo por completo, pois, iria levantar muitas dúvidas, além de não desejar dados errôneos de tratamento médico.
Portanto, só usou o suficiente para garantir que ele se curasse mais rápido do que foi na linha do tempo original.
Após terminar o procedimento, a meia dragoa se afasta, sendo que olha para trás, falando:
- Em breve, eu irei caçá-lo. Farei você desejar nunca ter nascido. Mas, não se preocupe que os seus capangas vão se juntar a você. – ela fala exibindo um sorriso sádico, olhando para a sua presa, antes de se retirar do quarto.
Ainda invisível, a albina se retira do local, evitando esbarrar nas pessoas e ao sair do edifício, abre as suas asas imensas e voa do local, sendo que Yukiko confessava que estava muito ansiosa para conseguir os seus novos brinquedos.
Enquanto isso, no Burguer World, Kisara, Nuru e o clone de Yukiko demonstravam estupefação em seus semblantes conforme era narrado o que havia acontecido, sendo que elas ficaram furiosas com o lojista e os subordinados dele, demonstrando abertamente o desejo de surrá-los, apenas para ficarem desanimadas ao saberem que o escorpião o havia picado e que os capangas dele estavam nas mãos da polícia.
Ademais, Jounouchi e Katsuya descobriram que quando os três criminosos foram confrontados com o relato de outras pessoas que foram roubadas por eles, a fisionomia deles correspondeu perfeitamente aos dos retratos falados, fazendo com que as pessoas que foram roubadas fossem chamadas pela polícia, para fazerem o reconhecimento deles.
- Droga! Queria tanto quebrar os ossos desses desgraçados! – Nuru exclama, batendo o punho um no outro.
- Nem me fale, imouto. Foi uma pena que a polícia chegou ao local. Eles foram muito sortudos.
- Infelizmente. – o clone de Yukiko suspira profundamente, pois, era uma cópia da original.
Então, o trio de amigas começa a arrulhar em torno de Yuugi que fica corado com a atenção, sendo que as suas amigas sempre foram extremamente protetoras com ele e não escondiam o fato de achá-lo fofinho.
- Com certeza, muitos homens invejam o nosso amigo. – o moreno comenta com um sorriso.
- Bem, os rapazes do nosso colégio, pelo menos, a maioria, sempre demonstraram inveja dele ao andar ao lado das três maiores beldades do colégio. – o loiro comenta, sendo que olhava para Nuru que corava com o olhar dele, olhando rapidamente para Katsuya, antes de voltar a arrulhar o jovem de orbes ametistas, junto da sua irmã e do clone de Yukiko.
A original entra no banheiro, fazendo com que o seu clone detectasse a chegada dela e dando a desculpa de usar o banheiro, se afasta da mesa animada e entra no local, sendo que a albina havia ocultado previamente as suas asas, além de usar magia para impedir que alguém entrasse naquele momento.
Então, o clone desaparece em forma de neve que some no ar, com a albina assimilando tudo o que ocorreu desde que deixou o seu clone com as suas amigas, para que pudesse apressar o processo de cura do criminoso.
Então, ela sai e caminha até a mesa, sendo que todos estavam sentados, comendo os lanches, enquanto conversavam animadamente, com a meia dragoa se juntando a eles.
Chapter 62: Corporação Kaiba
Summary:
Gouzaburou decide...
Seto consegue...
Yukiko decide...
Atemu fica...
Yo!
Eu peço desculpas pela demora em atualizar.
Tenham uma excelente leitura. XDDD
Chapter Text
Longe dali, mais precisamente na sala do presidente da Corporação Kaiba, Kaiba Gouzaburou olha para um dos seus filhos adotivos, Seto, que observa a pasta metálica na frente dele em cima da mesa, com ambos tendo homens ao lado deles e que eram os seus respectivos guarda-costas.
- Por que me chamou?
O CEO estala os dedos e o guarda-costas que estava ao seu lado abre a maleta, revelando várias notas de iene em seu interior.
- Nessa maleta tem trezentos milhões de ienes. Você tem que dobrar esse valor. Eu quero ver se possuí capacidade para fazer isso em trinta dias.
Ele olha friamente para o seu pai adotivo e pega a maleta, após fechá-la, para depois, sair da sala.
Alguns minutos depois, o jovem chega à mansão e entra, ignorando o seu irmão caçula que desejava falar algo e que foi cortado abruptamente com um gesto cortante da sua mão, antes que o adolescente entrasse no seu quarto espaçoso e luxuoso, colocando a maleta no lado, pegando em seguida a sua própria maleta que era toda preenchida com cards, com o chefe dos seus guarda-costas no seu lado, observando o adolescente os alinhando ordenadamente em fileiras, enquanto se encontrava compenetrado.
Então, o jovem que havia conseguido a emancipação há alguns meses, atrás, para ser legalmente um adulto aos olhos da lei, conseguindo assim assinar contratos e fazer transações comerciais, fala, enquanto observava os cards:
- É como um jogo. Eu vou vencer, custe o que custar.
- Qual o seu plano, senhor? – o homem pergunta respeitosamente.
- Pesquise uma empresa que trata os seus funcionários como se fossem da família.
O chefe dos guarda-costas fica surpreso, mas, consente e sai para cumprir as ordens, enquanto Seto voltava a alinhar os cards, exibindo um semblante pensativo.
No dia seguinte, ele está no escritório da mansão e o chefe dos seus guarda-costas entra com um dossiê em mãos, para depois, estender na direção de Kaiba que abre a pasta para ler os documentos.
Após alguns minutos, ele a abandona temporariamente para fazer outra pesquisa na internet, comentando em seguida, enquanto analisava os dados que surgiam na tela:
- A primeira empresa da lista é bem familiar. Ela é perfeita. - ele começa a digitar freneticamente, enquanto os seus olhos percorriam a tela.
- Qual é o plano do senhor?
- Você verá. – ele responde, dando um sorriso de canto ao olhar, novamente, os dados que surgiram no monitor.
Dois dias depois, Seto está sentado na sala de reuniões com todos os sócios da empresa familiar, juntamente com o diretor e outros membros, sendo que o adolescente detinha mais de setenta por cento das ações.
Os demais sócios estavam tentando descobrir como ele havia conseguido comprar tantas ações, apesar de ter sistemas de segurança que deviam impedir a compra excessiva de ações de uma empresa por uma única pessoa, juntamente com a existência de outros métodos para evitar algo assim.
Após eles se sentarem, o adolescente fala sem rodeios, fazendo todas as cabeças virarem na direção dele:
- Vou fechar essa empresa.
Todos os outros ficam alarmados e um deles se levanta, batendo as mãos na mesa, exibindo um semblante que era um misto de raiva e de desespero:
- Você não pode!
- Eu posso. Sou o sócio majoritário.
- Nossas ações foram protegidas. Não era para uma pessoa adquirir tanto! –outra sócia fala, exasperada.
- Vocês não foram devidamente cautelosos. Mas, isso não importa, pois, é passado. O importante é que eu sou o sócio majoritário e vou fechar essa empresa.
- Mas, essa empresa...! – o diretor exclama desesperado.
Kaiba sorri de canto e fala:
- Só há uma forma de impedir isso. Vocês devem comprar as ações de volta. Eu estou disposto a vender todas as ações que eu comprei.
Eles se entreolham e depois, consentem, com o diretor falando:
- Nós iremos devolver o dinheiro do senhor.
- Acha mesmo que é tão simples assim? – ele pergunta friamente, arqueando o cenho.
- Mas, o senhor disse... – outro começa a falar, exibindo confusão em seu semblante, até que um olhar frio do jovem o silencia eficazmente.
- Eu só aceito vender todas as ações e não apenas a maioria, sendo que elas vão custar o dobro do que me custaram. Paguem-me o dobro e irei vender as ações para vocês. – dentro dele, em um canto obscuro do seu coração, as sombras parecem se agitar como se estivessem despertando.
Todos ficam chocados e após passar a estupefação que imperou no recinto, um deles exclama estarrecido:
- O dobro? Mas...!
- Isso mesmo. O dobro e todas as ações que eu detenho. Caso não façam isso, vou fechar essa empresa e os seus queridos funcionários serão demitidos – ele fala, sorrindo malignamente.
Os sócios, diretor e outros membros se levantam e passam a conversar entre eles em um canto, sendo que eram conversas murmuradas, exceto nas poucas vezes que esse murmúrio era quebrado em virtude de alguma fala mais exaltada.
Após vinte minutos, o diretor se afasta do grupo e caminha até ficar na frente do jovem, para depois, falar com visível cansaço em seu rosto e com os ombros caídos em derrota:
- Nós aceitamos a proposta do senhor. Pagaremos o dobro.
Kaiba sorri vitorioso e consente.
Então, são elaborados os documentos pelos advogados de ambas as partes, sendo que eles tiveram que arranjar uma mala para colocar dinheiro vivo nela, pois, era uma exigência do adolescente.
Somente após ele se certificar do valor e ler atentamente o contrato, Seto assina e se retira do local, guardando a sua via do contrato em um dos bolsos que ficava na parte interna do terno de grife que usava, enquanto os seus sapatos italianos o levavam para fora do edifício em direção a limusine estacionada na frente da empresa, sendo que ele era ladeado pelos seus guarda-costas.
No dia seguinte, na sede da Corporação Kaiba na cidade de Dominó, mais precisamente no luxuoso e espaçoso escritório do prédio imponente, Gouzaburou está verificando alguns dados, enquanto fumava o seu usual charuto, quando ouve algumas batidas na porta.
- Entre.
A secretária dele entra e fala, após ajeitar os óculos:
- Seto Kaiba-sama deseja uma reunião com o senhor, agora. Quer que eu marque para outro dia?
Ele traga profundamente o charuto, antes de expelir pelo nariz, para depois, falar:
- Não precisa. Eu vou atendê-lo.
Ele abre a porta e se curva levemente para Seto, antes de se retirar, fechando-a em seguida, sendo que Gozaburo o observa com uma maleta maior do que ele deu e arqueia o cenho.
- Essa maleta...
Seto se adianta e a coloca em cima da mesa, abrindo o objeto, para depois, virar na direção do seu pai adotivo que fica estupefato ao ver a quantia.
- Aqui tem o dobro. Seiscentos milhões de ienes em menos de seis dias.
Gouzaburou está estupefato e após passar a estupefação, ele verifica atentamente o valor na maleta, para depois, sorrir imensamente, enquanto exclamava em um tom surpreso:
- Você dobrou em um tempo incrível! Como você fez isso?
- É o meu segredo. – ele fala dando de ombros.
- Você passou com louvor, Seto. Meus parabéns.
Ele não fala nada e se retira, enquanto Gouzaburou voltava a digitar no computador, sendo que no corredor, o moreno sorri consigo mesmo, para depois, comentar em um murmúrio, olhando para a porta que havia acabado de sair:
- Eu ainda não dei o xeque-mate. Mas, em breve, esse jogo irá terminar “otou-san”. – ele se refere ao pai adotivo com escárnio, antes de se retirar.
Alguns dias depois, longe dali, no hospital da cidade, ocorre uma movimentação intensa dentro do local e nos arredores, pois, os policiais procuravam por um fugitivo que havia conseguido escapar do quarto em que se encontrava, com eles desconhecendo o fato de que uma meia dragoa usou magia para que esse criminoso pudesse escapar, sem que o mesmo percebesse, garantindo assim que nenhum inocente fosse ferido no processo.
Longe do hospital, Inogashira apoia uma das mãos na parede de um beco, enquanto arfava pesadamente, lutando para se recuperar da sua fuga que havia sido demasiadamente fácil, a seu ver, com ele não questionando a sua sorte, desconhecendo o fato de que não foi por ter sorte e sim, pelo auxílio de magia, sendo que ansiava por vingança contra as gêmeas e a albina que o derrotaram ao mesmo tempo em que detiveram os seus capangas, com o seu ódio aumentando a níveis alarmantes mediante a humilhação que sentiu na pele.
Goro olha para a sua outra mão, ainda enfaixada, pois, ela havia sido quebrada pela albina e ao se lembrar da humilhação que sofreu, não desejava, apenas, uma simples vingança e conforme se lembrava do que sabia sobre o trio de garotas, ele sorri malignamente ao se recordar do fato delas se importarem muito com Yuugi.
Então, sorrindo consigo mesmo, o marginal decide que iria torturá-lo brutalmente e depois, matá-lo, pois, seria uma vingança perfeita contra elas.
Yukiko o observa do alto e se prepara para usar a sua magia novamente, enquanto emitia um rosnado de gelar o sangue de qualquer um, conforme lia a mente dele sobre os seus planos para com aquele que via como um filho querido.
Enquanto isso, longe dali, mais precisamente no último andar do prédio da Corporação Kaiba, na sala usada para reuniões, Gouzaburou estava sozinho em uma ponta da mesa retangular extensa, enquanto que Seto se encontrava sentado na outra ponta, cercado pelo Conselho que demonstrava a sua escolha ao apoiar o adolescente como o novo CEO.
Com um sorriso de cruel satisfação, o moreno fala:
- O Conselho se pronunciou. A partir de hoje, a Corporação Kaiba pertence a mim. Aprendi o que o senhor queria, “otou-san”? – ele se refere ao pai com nítido sarcasmo em sua voz.
Gouzaburou exibe uma face de revolta, para depois, exclamar ao ser tomado pela insanidade ao perder a sua corporação:
- Seto! Eu perdi meu jogo com você! Veja agora o que os perdedores merecem de verdade!
Ele termina de falar, gargalhando de forma ensandecida, antes de se levantar da poltrona e se atirar contra uma das janelas imensas que iam do chão até o teto da sala que era toda envidraçada de um só lado, com o seu corpo despencando rumo ao chão, enquanto era possível ouvir gritos de terror e de desespero daqueles que viam um corpo caindo, para depois, se chocar contra o solo.
Seto continua com a mesma expressão de júbilo cruel e dá uma risadinha mental, enquanto falava em pensamento, ignorando a comoção dos outros conselheiros para uma cena que seria chocante para a maioria das pessoas ao mesmo tempo em que não inesperada por aqueles que conheciam Gouzaburou:
“Perder significa morrer. Obrigado por me ensinar.”
Dentro dele, na parte obscura do seu coração, as sombras terminam de se agitar e um ser distorcido surge, exibindo um sorriso cruel e igualmente ensandecido, enquanto sentia um deleite imenso ao se alimentar dos sentimentos do coração de Seto ao mesmo tempo em que estimulava ainda mais esses sentimentos negativos, agradecendo ao falecido ex-CEO por tê-lo ajudado ao fomentar a escuridão no coração do jovem através da forma como o tratou e dos métodos cruéis empregados, além de humilhantes, para torná-lo o que ele era atualmente.
O ser esperava que com o tempo, conforme ficava mais poderoso, pudesse assumir o controle total do adolescente, transformando-o em sua marionete.
Algumas horas depois, longe dali, mais precisamente na Kame Game shop, Yuugi estava com o seu pijama, pronto para dormir, quando o som de algo quebrando reverbera pelo local, o alarmando.
Ao olhar para o lado, avista uma pedra com um pedaço de papel amarrado, compreendendo que o objeto havia quebrado uma das folhas da janela ao ver o vidro quebrado e estilhaços próximos da pedra.
Tomando cuidado com os cacos, enquanto percebia que o seu amado avô não ouviu nada, ele pega e desembrulha o papel que o envolvia, ficando desesperado ao ler o recado de Inogashira que ameaçava o seu avô, se ele não o encontrasse nos arredores do colégio de Dominó.
Nesse instante, Atemu assume o controle do corpo dele, o colocando para dormir, para depois, amassar com força o papel em suas mãos, cerrando os dentes no processo, pois, era inadmissível ameaçar o seu amado e conforme relia o recado, a fúria dá lugar a um semblante de felicidade quando um sorriso de satisfação se espalha pelo seu rosto.
Afinal, ele tinha a chance de se vingar de Goro.
O som do farfalhar de asas chama a sua atenção e ele observa a máscara que cobria o rosto da meia dragoa que surgiu em frente a janela, pairando no ar, enquanto as suas asas emplumadas alvas de envergadura imponente se destacam na noite, sendo visível apenas a área da sua boca, pois, o resto do rosto estava oculto por sua usual máscara.
Ele se aproxima da janela e a cumprimenta, com ela o cumprimentando também, para depois, falar:
- Eu sei da ameaça do Inogashira. – a albina detestava o fato de ter permitido que Goro lançasse a pedra, sendo que somente permitiu para que pudesse conversar com o espírito ao fazê-lo tomar o controle do corpo de Yuugi.
Agora que conseguiu o seu intento, ela usou a sua magia em Inogashira, pois, precisava fazer um acontecimento da outra linha do tempo, ocorrer, novamente.
- Eu quero entender como ele conseguiu fugir.
- Você não queria vingança?
- Sim, mas, quanto ao Yuugi... – ele suspira tristemente – Eu odeio modificar as suas memórias. Eu sinto que as estou roubando dele e esse é um sentimento que deixa um sabor amargo em minha boca.
- Eu também não aprecio isso, mas, compreendo que é o melhor para ele – Yukiko acaba se recordando de quando fez algo similar no outro universo com uma das contrapartes de Yuugi, para depois, sair das suas recordações, passando a olhar para o Faraó – É necessário apagar essa lembrança dele e colocá-lo na cama, antes de devolver o controle. Se ele acordar na cama, pode pensar que foi apenas um pesadelo, pois, eu irei consertar a janela e ao vê-la inteira, acreditará, piamente, que foi apenas um pesadelo. Eu acredito que a sua magia ainda está um pouco limitada.
Ele fica surpreso pela constatação dela, sendo visível um sorriso de canto.
- Como...?
- Eu posso sentir a sua magia. Ela ainda não está no seu auge. Acredito que não irá demorar muito para invocar mais da sua aparência e altura real. Portanto, eu vou cuidar da parte da janela.
- Obrigado. Eu não gosto de manipular a memória do Mou hitori no ore (Meu outro eu).
- Eu sei como você se sente e compreendo o motivo de fazer tais alterações, sendo que sou plenamente ciente de que só faz quando é absolutamente necessário.
- Sim. Somente quando é necessário. Eu me sinto mal toda a vez que tenho que roubar as suas verdadeiras memórias e substitui-las por falsas ou modificá-las.
Ela consente, para depois, falar:
- Agora, vamos ao outro tópico. O bastardo do Inogashira.
- Sim. Ele chantageou o Mou hitori no ore para encontrá-lo no colégio. Provavelmente, ele quer se vingar delas e pretende usar o meu amado para fazê-las sofrerem.
- Você está certo. Mesmo não tendo feito nada contra ele, o desgraçado decidiu usar o Yuugi-kun como ferramenta de punição para elas.
- Eu não vou permitir isso. Farei de tudo para arrastá-lo para um Yami no game.
- Eu vou ajudá-lo. Não se preocupe. Você terá a oportunidade de se vingar da chantagem contra o Yuugi-kun e o fato do bastardo quase ter destruído a felicidade dele ao tentar destruir tudo o que ele e os outros fizeram para o Festival cultural, através daquela chapa de ferro imensa, juntamente com os seus capangas.
- Como irá me ajudar? – ele pergunta, arqueando o cenho.
Chapter 63: Yami no Geemu – Goro Inogashira
Summary:
Yukiko manipula a mente de Goro e...
Atemu e Yukiko conversam e...
Atemu escolhe...
Yo!
Eu postei uma fanfiction especial sobre o passado de Yukiko. Chama-se "Inevitável".
Tenham uma boa leitura. XDDD
Chapter Text
- Eu vou manipular a mente dele para acreditar que ainda esta no Festival cultural e que você o chamou.
- Você fará isso para aceitar mais facilmente o Yami no game. – o Faraó fala em tom de confirmação.
- Sim. Ele não se lembrará, temporariamente, do que ocorreu. A seu ver, ele conseguiu por a chapa de ferro e tomar o lugar da sala do Yuugi. Isso irá facilitar a situação, juntamente com o fato de eu usar a minha mágica para fazê-lo ter o uniforme e a faixa na testa de quando estava no colégio, além do fato de eu ter curado a mão dele para o Yami no game. Ademais, acredito que uma humilhação aliada a punição seria derrotando-o no que ele se gaba de fazer, que é manipular a chapa de ferro quente. – ela fala, tentando estimular o espírito a recriar o Yami no game da linha original.
- Verdade. Eu tinha pensado em usar a chapa de ferro quando você falou que manipulou as memórias dele. Além disso, de fato, seria uma humilhação aliada a punição. Você sabe o que pretendo fazer com a mente dele?
- Eu sei. Mas, mesmo assim, ele não deixará de ser a minha presa, após terminar com ele.
- Estou surpreso por permitir que eu me vingue.
Ela dá de ombros, para depois falar:
- Eu acredito que podemos compartilhar presas, além de dividimos. No caso de compartilhamento, eu sei que preciso ficar por último.
Ele consente, com a albina consentindo também, enquanto usava a sua magia, com Atemu vendo os pedaços de vidro voltando a janela ao mesmo tempo em que retornavam a forma anterior como se nunca tivesse sido quebrado, além da pedra e da corda que amarrou o papel e o mesmo, desaparecer em um passe de mágica, para depois, vê-la voar rumo ao céu, desaparecendo dentre as nuvens.
Suspirando, o espirito se troca, colocando a camisa de couro apertada com correias embaixo da camisa do colégio, juntamente com o cinto no pescoço, para em seguida, colocar a calça e o casaco do colégio, antes de sair silenciosamente da loja para se dirigir aos arredores do colégio.
Conforme Yukiko falou, Inogashira o estava esperando com o uniforme escolar e a faixa branca na testa que todos os preparadores de okonomiyaki exibiam, sendo que o Faraó percebeu que o pátio do colégio exibia a decoração do festival cultural para ajudar na ilusão, fazendo-o questionar como ela sabia sobre a decoração, pois, era uma réplica mágica exata, com ele se inclinando para o fato dela ser capaz de disfarçar a sua real aparência em uma falsa para andar sem ser notada e conforme refletia, percebeu que essa poderia ser a explicação para o motivo de saber tudo o que acontecia ao jovem, sendo que tal capacidade não era difícil para um mágico muito poderoso e no caso dela, considerando os seus poderes, seria algo extremamente fácil, com o espírito acreditando que era assim que a meia dragoa seguia Yuugi para saber o que acontecia com ele, podendo se disfarçar de qualquer pessoa na rua, segundo a dedução preliminar dele.
O Faraó sai dos seus pensamentos ao se aproximar da sua pretensa presa e ao ficar no campo de visão do criminoso, o mesmo fala com as mãos nos bolsos e uma postura intimidante que falhava miseravelmente, enquanto Atemu estava com os braços cruzados na frente do corpo, agindo com a paciência de um predador, antes de decidir o momento ideal para abater a sua presa:
- Então, você é o tal de Yuugi que me chamou até aqui? Você é muito valente. E sobre o que você quer falar?
- Você invadiu a fronteira do coração de todos da minha classe – ele fala como se fosse o Yuugi, para que Inogashira não desconfiasse de qualquer coisa estranha, bastando a diferença no cabelo, na voz e na altura um pouco diferente, mas, um pouco abaixo da sua altura original – E de quem eu amo profundamente. Isso por si só é imperdoável, mesmo se não tivesse a minha classe envolvida. Portanto, você vai ter que brincar comigo.
Inogashira sorri de escárnio e exclama:
- Bah! Você está delirando? Agora eu estou reconhecendo você. Você é aquele chorão de hoje a tarde. Vá chorar para a sua okaa-san, bebezinho!
Conforme observava a altura um pouco diferente, assim como as franjas douradas espetadas, com algumas subindo pelo seu cabelo em vez de emoldurar o rosto que estava um pouco mais anguloso, além dos olhos se encontrarem mais estreitos, juntamente com o fato da voz ser de um barítono profundo, destoando da voz que se recordava, ele fica, inicialmente, desconsertado até que decide ignorar, pois, julgava que era impossível alguém sofrer tal transformação, sendo mais lógico o fato de tudo isso ser fruto da sua mente e que não havia prestado a devida atenção antes.
Atemu sorri de forma confiante e fala, após decidir quais palavras ele devia usar para induzir a sua presa a cair em sua armadilha:
- Se você for corajoso e não um covarde aceitará jogar comigo o Yami no game!
"Jogo? Esse moleque ficou doido?" – Inogashira pensava consigo mesmo, enquanto exibia estupefação por ver alguém como ele, desafiá-lo, ainda mais considerando o fato de como reagiu anteriormente.
O bandido se refaz e após dar uma risadinha de escárnio, fala, com os braços dobrados na frente do corpo, exibindo felicidade antecipada ao imaginar o derrotando:
- Que decadência ser desafiado por alguém ridículo como você. Mas, eu aceito porque não tenho medo de nada! E como é esse jogo?
O Faraó exibe satisfação em seu rosto ao ver que a sua presa caiu em sua armadilha e que mal via a hora de abatê-lo, enquanto as sombras envolviam ambos, os levando a uma dimensão a parte, com a magia começando a construir o local do teste.
Inogashira fica estupefato ao ver a chapa de ferro fumegando entre eles, sendo que quando decide achar estranho esse fato que o deixa estupefato, a magia age rapidamente, fazendo-o aceitar inconscientemente, sem que o mesmo percebesse, enquanto o espírito exclamava:
- Vamos jogar usando a chapa de ferro que você trouxe! A chapa está bem quente. A temperatura está acima de cem graus Celsius. – ele mostra em suas mãos um pedaço de gelo com um tubo dentro que foi criado pela magia do Yami no game – Junto com a chapa, temos esse pedaço de gelo com um tubo de ensaio cravado no centro dele, contendo pólvora em seu interior. Se esse tubo encontrar à superfície quente da chapa, ele irá explodir e você pode virar um okonomiyaki. Vou chamar de hóquei na chapa de ferro!
Então, ele tira duas espátulas de trás dele, após elas se materializarem em sua mão através da magia do jogo, falando, enquanto as exibia:
- Em vez de usamos raquetes, usaremos suas espátulas – ele joga uma para o seu adversário – Quem perder este jogo terá que ceder o lugar ao outro e arcará com a punição do jogo. Alguma dúvida, Inogashira?
- Eu aceito! – ele exclama com confiança, pois, operava as espátulas há algum tempo e tinha confiança em suas habilidades com a chapa.
- É hora do duelo! – o Faraó exclama e coloca o pedaço de gelo na chapa, com o mesmo começando a derreter, enquanto exalava vapor, acertando-o lateralmente com a espátula, fazendo-a ser atirada em direção ao seu adversário.
- Tome! Eu sou muito bom em lidar com a espátula! – ele exclama, usando a sua força e técnica para devolver o bloco de gelo para o seu oponente.
Atemu consegue rebater o bloco de gelo usando toda a sua força possível naquele corpo, pois, era ciente do fato de que, atualmente, só conseguia um pequeno aumento na força que aquele corpo podia dispor e que somente conseguiria a sua verdadeira força física de volta quando conseguisse invocar o seu corpo original, fazendo com que se lastimasse de não tê-la atualmente, porque se a tivesse, não estaria passando uma dificuldade considerável em lidar com a força bruta do seu oponente.
Goro exibe visível preocupação em seu semblante ao perceber o estado do gelo, conforme o rebatia de volta ao seu adversário.
- Droga! O gelo está diminuindo enquanto corre pela chapa! É uma verdadeira bomba relógio em movimento! – então, ele sorri de repente – Mas se continuar atacando com força e velocidade, o gelo explodirá no lado do inimigo!
Atemu rebate mais uma vez e pensa consigo mesmo:
"Tsc! Esse pedaço de gelo parece uma rocha pesada na hora de rebater! A velocidade e a potência são incríveis! Droga! Se eu tivesse a minha força original, eu conseguiria rebater facilmente. Eu preciso reaver o quanto antes a minha força original quando conseguir invocar o meu corpo original."
Inogashira exclama, enquanto exibia um sorriso vitorioso no rosto:
- O que foi? Só consegue rebater de volta, fracote? Eu tenho a vantagem deste jogo! A minha força acabará com isto! – ele exclama o final, rebatendo com toda a sua força o bloco em direção ao seu oponente.
Com algum custo, o espírito consegue rebater, enquanto comentava consigo mesmo:
"Eu consegui rebater... Mas, vem tão forte que esse corpo é arremessado para trás!"
Goro gargalha vitorioso, enquanto exclamava:
- Eu vou botar mais força ainda! – então, ele rebate o objeto usando força adicional.
Enquanto isso ocorria, o Faraó buscava algum meio de conseguir vencer esse jogo, enquanto pensava consigo mesmo:
"Preciso achar um jeito de aproveitar a força e a velocidade dele! – surge uma ideia em sua mente que apesar de se arriscada, era a única forma de lidar com a força física do seu oponente – Se errar nesta aposta, eu serei o perdedor!"
Então, o espírito decide aplicar a sua estratégia e se concentra na espátula em sua mão, a posicionando no ângulo exigido para a execução do seu plano, enquanto se preparava para o impacto, sendo que iria usar a força do oponente contra ele mesmo, fazendo o objeto encontrar a ponta em vez da lateral da espátula como vinha fazendo desde que o Yami no game começou.
Após rebater o objeto com a ponta da espátula contra Inogashira que viu o movimento, o mesmo exclama ainda se sentindo vitorioso, exibindo um semblante de jubilosa vitória:
- Essa estocada é tudo o que pode fazer? – ele começa em um tom incrédulo, para depois, assumir um tom de sarcasmo - Que pena! Quero ver se você aguenta toda a minha força!
O marginal exclama no final, usando toda a sua força para rebater o bloco, sendo que fica chocado ao ver o gelo ser partido no meio, com o tubo de ensaio sendo ejetado para o alto em virtude da separação abrupta, enquanto o seu semblante era tomado pelo mais puro desespero mesclado à confusão absoluta, fazendo-o balbuciar:
- O que aconteceu?
Então, ele se lembra do movimento do seu adversário e pensa consigo mesmo, exclamando desesperado:
"Ele usou a ponta para criar uma fissura no gelo!"
O tubo se choca na chapa fumegante e gera uma explosão violenta, embora fosse concentrada e igualmente limitada no lado do campo do criminoso, explodindo Inogashira, para depois, o Yami no game ser encerrado e quando as trevas de dissipam do local, com a chapa de ferro e as espátulas desaparecendo, Goro se encontra caído no chão sem qualquer ferimento físico evidente, pois, foi a sua mente que sofreu a explosão e não o seu corpo físico.
O Faraó se retira do local, mas, olha por cima dos ombros para o seu adversário caído no chão e fala friamente:
- Os canalhas que não respeitam a fronteira do coração das pessoas ou que prejudicam o meu amado Yuugi, sendo este um crime imperdoável, acabam sempre se queimando no final! Lembre-se disso.
Então, antes que se afastasse por completo do local, ele ouve o farfalhar de asas e olha para o alto, avistando a albina que se aproxima do chão, pousando com graça e elegância, sendo que o seu rosto era ilegível pela máscara que ostentava e que somente permitia ver a área ao redor da boca.
O espírito consente, sendo correspondido pela albina que caminha em direção ao corpo de Inogashira, enquanto ele se afastava do local.
Mais tarde, o espírito abre lentamente a porta da loja, evitando assim que fizesse qualquer barulho, fechando-a atrás de si e trancando-a em seguida, para depois, subir cuidadosamente até o quarto do jovem, visando evitar qualquer barulho que viesse a acordar Sugoroku.
Após entrar no quarto, o Faraó retira o uniforme, o ajeitando na cadeira, sendo que estava devidamente dobrado como o seu amado havia deixado.
Então, ele coloca de volta o pijama estampado de estrelas, para depois, deitar na cama, se cobrindo, sendo que havia retirado do pescoço o Sennen pazuru, embora o mantivesse ao lado do seu amado, fazendo questão de ter uma das mãos o segurando, pois, era necessário ter algum toque no objeto para fazer a troca.
O espírito fecha os olhos e ao abri-los, estava no corredor que dava acesso a sua câmara da alma e a do seu amado.
O Faraó observa o adolescente dormindo, sendo que o achava fofo e controlando a vontade de tocar naqueles lábios macios como seda ao toque, quando passou delicadamente os dedos neles no passado, ele se afasta e entra na sua câmara que era um enorme labirinto, fechando a porta atrás de si.
Ao fazer isso, Yuugi desperta abruptamente e ao se lembrar do vidro quebrado e da pedra, assim como da mensagem, olha assustado para a janela do seu quarto e arqueia o cenho ao ver o vidro sem qualquer dano, além de não ver nenhum sinal da pedra, fazendo-o acreditar, com um suspiro de alívio, que se tratou de um pesadelo.
Então, o adolescente torna a deitar e fecha os olhos.
Somente quando Atemu sente a mente do jovem completamente relaxada e tranquila, indicando que havia adormecido, ele sai do objeto, exibindo uma aparência quase que translúcida e que somente podia ser vista pelo portador do objeto.
O Faraó se encontra ao lado do seu amado e afaga com o dorso das mãos o rosto acetinado ao toque, enquanto inspirava o delicioso perfume que exalava no corpo pequeno e delicado ao curvar o corpo, roçando gentilmente o nariz no rosto oval e que invocava uma aparência juvenil, juntamente com os grandes e expressivos olhos, cuja cor envergonhava a mais bela ametista.
Após apoiar os braços flexionados na cama, ele passa a zelar pelo sono do adolescente como sempre fazia, exibindo um sorriso em seu rosto enquanto contemplava aquele que amava com toda a força do seu coração.
Chapter 64: Duel Monsters
Summary:
Yuugi explica sobre Duel Monsters e...
Jounouchi se encontra...
Nuru se encontra...
Chapter Text
Alguns dias depois, Yuugi e os seus amigos estavam conversando com o avô do jovem na loja. Honda não estava com eles, pois, precisou levar o cachorro dele ao veterinário.
Então, Sugoroku mostrou cards em suas mãos e falou:
- Este jogo de cards é um grande sucesso nos Estados Unidos. Ele se chama Duel Monsters! – ele exclama empolgado no final.
Os jovens pegam os cards de uma pilha e observam o verso e a frente que continha estampas diferentes, com Yukiko, Nuru e Kisara já conhecendo aqueles cards, sendo que o adolescente de orbes ametistas havia ganhado alguns do seu avô que comprou em outro país em uma de suas viagens, fazendo com que conhecesse o jogo que ainda não era muito popular no Japão, embora a popularidade estivesse aumentando gradativamente ao surgir jogadores japoneses experientes ao mesmo tempo em que mais lojas de jogos tinham acesso aos produtos.
- Tem alguns fãs no Japão e em vários outros países. Considerando que é um jogo que surgiu há pouco tempo, o seu grau de aceitação e de popularidade está em uma curva bem ascendente. – Yuugi comenta, fazendo Jounouchi olhar para ele, sendo que o adolescente e o seu avô haviam mostrado há algum tempo, atrás, alguns cards para as suas amigas, fazendo com que elas conhecessem o jogo.
O loiro presta atenção no amigo que explicava os tipos de cards, conforme mostrava as estampas e símbolos:
- São diferentes dos cards normais, está vendo? – Katusya consente completamente absorto na explicação – Tem vários tipos de figuras nele. Há milhares de cards de monstros e magias. Parece que o criador, Pegasus J. Crawford (Maximillion Pegasus) vai adicionar outro tipo de Card para equilibrar o jogo. Ele está mantendo segredo do novo tipo. Eu e o meu avô achamos que vão ser cards de armadilha ou algo similar a isso.
- E como se joga isto? É como Buraco? – Jounouchi pergunta com alguns cards em suas mãos.
- É um TCG, ou seja, Trading Card Game... É um jogo onde se trocam cards! – Yuugi exclama empolgado, pois, amava jogos e podia ficar falando por horas, sendo que procurava ser cometido em virtude do fato de nem todos compartilharem do seu amor pelos jogos – Duas pessoas jogam uma contra a outra, com cada um apostando um card e quem vencer, fica com os dois. No jogo, ambos os jogadores são magos e usam os cards para fazer magia e invocar monstros para lutar. Cada card tem os seus respectivos pontos de ataque e defesa. A primeira pessoa que perder todos os seus pontos de vida, perde o jogo.
Conforme explanava, ele mostrava os elementos presentes em cada card, explicando o que significavam, juntamente com o nome que aparecia na parte de cima.
- Parece incrível.
- Com certeza. Além disso, há cards fortes e fracos. – o jovem de cabelos tricolores fala empolgado, enquanto Sugoroku olhava com orgulho para o seu neto, cuja paixão que tinha pelos jogos era compartilhada com ele.
Dentro do Sennen Pazuru, Atemu também sorria, sendo que havia ouvido o debate empolgado que o avô e o neto tiveram sobre o novo jogo que estava se tornando, gradativamente, popular fora dos Estados Unidos e confessava que gostaria de poder conversar sobre jogos, também.
Afinal, amava jogos e acreditava que a sua paixão pelos jogos era semelhante ao do seu amado, conforme acompanhava avô e neto jogando um contra o outro, compreendendo que Sugoroku foi o mentor do jovem, por assim dizer, com o Faraó percebendo que ele amava jogar, sendo que ficava feliz pelo fato dele e do seu amado compartilharem o mesmo amor pelos jogos.
Inclusive, o espírito teria adorado conversar sobre jogos por várias horas, assim como neto e avô fizeram há alguns dias, atrás, compartilhando da empolgação deles pelo fato dos cards começarem a se tornarem mais acessíveis no Japão, pois, o jogo Duel Monster lhe interessou demasiadamente e por algum motivo, ao ver os cards, sentiu um sentimento de saudade e de tristeza que não soube definir de onde veio, fazendo-o questionar se já teve contato com algo similar a aquele jogo, apesar dele ser relativamente novo, se popularizando nos Estados Unidos antes de ser exportado para o mundo, após se consolidar no seu país de origem.
Yukiko sorria maternalmente para Yuugi, enquanto ficava feliz ao ver a empolgação dele para os jogos, com ela acreditando que era igual em qualquer universo.
- Bem, com tantos cards, é impossível colecionar todos. – a bronzeada comenta.
- A menos que a pessoa seja absurdamente rica e ame esse jogo de uma forma extrema, usando a sua fortuna para comprar cards e preferencialmente, conseguindo repor a quantidade gasta em pouco tempo. – a prateada comenta olhando os cards, sendo que as gêmeas apreciavam os tipos Dragon, assim como aqueles que possuíam a temática de artes marciais e kenjutsu.
- Verdade, onee-chan. Eu não duvido que tenha pessoas assim. Bem, já ouvimos falar de indivíduos que esbanjam verdadeiras fortunas para colecionar itens diversos. Inclusive, tem os colecionadores que vão ao extremo pela sua paixão exacerbada.
- Com certeza, imouto.
- Também ouvi sobre as loucuras que colecionadores fizeram ao redor do mundo. – a albina comenta pensativa.
- Sim. Inclusive, eu ouvi que um cara nos Estados Unidos vendeu a casa só para comprar um card. – Yuugi comenta, enquanto se recordava da noticia.
- Caramba! – o loiro exclama estupefato – Bem, eu sempre soube que alguns colecionadores vão ao extremo por algo, mas...
- O jii-chan pode mostrar a você um desses cards cobiçados. – Yukiko comenta, sendo que todos os amigos de Yuugi o chamavam assim.
Claro, ela sabia as consequências de mostrar o card e os acontecimentos que iriam se suceder.
Porém, era plenamente ciente que eles precisavam ocorrer por mais que os detestasse, sabendo que se não tivesse comentado, Sugoroku teria mostrado o card como foi na linha do tempo anterior.
- O quê?! – ele exibe estupefação em seu semblante e olha para Sugoroku – É verdade, jii-chan?
- Sim. Este velho aqui é tão fã que tem um card incrível! Este card é o meu tesouro! Inclusive, muitos colecionares fariam loucuras para adquiri-lo. Eu acho que vou mostrar para você. A Kisara-chan, Nuru-chan e a Yukiko-chan, além do Yuugi-kun já viram esse card. – ele falava, enquanto retirava algo de uma caixa com um manto de veludo interno, para depois, estender o card para o loiro, após retirá-lo cuidadosamente – É este!
Jounouchi pega o objeto e concorda que a arte era linda, sendo que o dragão parecia bem imponente e igualmente majestoso, enquanto que Kisara se sentia estranha ao ver esse card.
Inclusive, quando o tocou uma vez, foi tomada por uma estranha conexão, enquanto sentia que algo se remexia em seu interior de uma forma distinta e igualmente irreconhecível, passando a acreditar que era fruto da sua imaginação por ser demasiadamente surreal. Mesmo assim, ela se absteve de tocar novamente, pois, bastava olhar para o card para fazê-la se sentir estranha, enquanto surgia um instinto de proteção por algo que não conseguia decifrar e que havia desistido de tentar compreender por achar que era surreal demais.
- Ele parece magnifico. – o loiro comenta, exibindo surpresa e fascínio em seu semblante, enquanto admirava o card.
- É o Buruuaizu Howaito Doragon (Blue Eyes White Dragon)! Ele é tão poderoso que a empresa parou de produzi-lo. Só existem quatro exemplares no mundo inteiro. Os colecionadores pagariam qualquer coisa para pôr as suas mãos em cards super raros como este!
Jounouchi fica animado e sorri, olhando para o seu amigo:
- Certo, Yuugi! Vamos jogar Duel Monsters na escola amanhã!
- Legal! – o adolescente de olhos ametistas exclama empolgado, enquanto ficava ansioso para ensinar o seu amigo a jogar.
Afinal, estava feliz de Katusya querer jogar, sendo que Kisara, Nuru e Yukiko também tinham cards, mas, não queriam jogar profissionalmente, pois, os focos das gêmeas eram as artes marciais e kenjutsu, apesar de serem boas jogadoras ao ver do jovem, enquanto que Yukiko não jogava muito, apesar de gostar de outros jogos, sendo que também era boa jogando Duel Monsters.
- E vocês? – o loiro pergunta para as irmãs e a albina, sendo que cora ao olhar para Nuru, que corresponde com o rubor em suas bochechas.
- Nós também jogamos, mas, só fazemos isso algumas vezes. Nosso foco é o kenjutsu e as artes marciais. – a bronzeada falava, enquanto sorria.
- Sim. Nós temos decks e se desejar, nós podemos ser as suas oponentes, também. – a prateada comenta, sorrindo.
- Eu também tenho um. Eu montei o meu deck, mas, não tenho muito interesse em jogar Duel Monster. – a albina comenta – O Yuugi-kun é um excelente professor. Foi ele quem nos ensinou a jogar, além de ajudar na construção dos nossos decks.
Yuugi cora intensamente em virtude do elogio ao mesmo tempo em que Jounouchi pegava a sua carteira e tirava algum dinheiro, exclamando animado:
- Vou levar alguns cards, jii-chan! Eu quero um pacote cheio de cards fortes!
- Desculpe, mas só da para saber depois de abrir o pacote – Sugoroku fala com uma risada risonha, pegando o dinheiro, para depois, estender a quantidade de pacotes referente ao valor dado, agradecendo o pagamento – Obrigado.
O loiro abriu os pacotes, mostrando os cards para o seu amigo, sendo que ao olhar para um em especifico, exclama com empolgação:
- Uau! Este parece forte!
- Qual? – Yuugi perguntou gentilmente.
Ao mesmo tempo, a porta da loja abre e Seto entra, com Sugoroku usando a saudação utilizada por lojistas quando um cliente entrava em seu estabelecimento:
- Irasshaimase (Bem-vindo)!
O CEO observa Katusya olhando vários cards, sendo que os seus olhos foram atraídos, como se tivessem vida própria, para Kisara, que estava ao lado da sua irmã, fazendo com que Seto não visse mais ninguém na loja além dela, enquanto sentia o seu coração se aquecer ao mesmo tempo em que as batidas cardíacas se tornavam frenéticas, fazendo com que lutasse arduamente contra os sentimentos que o tomavam sempre que olhava para a prateada, pois, o enervavam.
Afinal, ele detestava tais sentimentos, pois, se sentia fraco e igual aos outros, sendo visto como um atestado de fraqueza, a seu ver.
Kisara olhou para Seto e sentiu o rubor surgir em suas bochechas, enquanto o seu coração batia acelerado como sempre acontecia ao observá-lo, juntamente com o fato de sentir algo dentro de si que desejava ficar junto dele, com ela decidindo ignorar tais sensações por achar que era impressão sua, sendo que nunca havia contado a ninguém esses sentimentos, nem mesmo a sua imouto, pois, não queria assustá-la.
Amaldiçoando-se internamente, enquanto condenava os seus olhos traidores que insistiam em sempre olhar para a prateada, Seto consegue olhar para Sugoroku, fazendo com que ficasse satisfeito ao ter conseguido retornar a sua postura fria e indiferente de outrora, passando a perguntar em tom de confirmação:
- Então, esta loja de jogos é da sua família, Yuugi?
O adolescente se vira para o CEO, enquanto segurava os cards de Katusya em suas mãos, exibindo o seu usual sorriso ao mesmo tempo em que demonstrava uma agradável surpresa em seu rosto:
- Você é o Kaiba-kun da nossa classe!
- Sim – ele olha em volta e em seguida, para o cards nas mãos de Jounouchi, avistando alguns na mesa, com ele perguntando em tom de confirmação – Então, vocês jogam Duel Monsters?
O loiro pergunta com evidente surpresa em seu semblante:
- Você também joga, Kaiba?! Isso é perfeito! Vamos jogar no colégio amanhã! Você pode se juntar ao nosso grupo!
- Hã? Juntar-me ao seu grupo? - ele sorri de forma arrogante – Não fale besteira! Vocês acham que estão no meu nível? Deixe-me ver os seus cards...
Jounouchi entrega para ele que folheia rapidamente, para depois, jogá-los no ar como se não passassem de lixo, exclamando, enquanto gargalhava cruelmente:
- São inúteis! Que principiante! Você não chega nem aos meus pés! Estes cards são ridículos!
- Ei! Esses cards são meus! – ele exclama indignado, enquanto os pegava em suas mãos, recolhendo alguns que haviam caído no chão por não conseguir pegá-los a tempo.
Kisara e Nuru o fuzilavam com os olhos, sendo que a bronzeada sentia vontade de quebrar Kaiba no meio, independente dos sentimentos da sua irmã e quando olha para a prateada, percebe a face de raiva e asco.
De fato, as atitudes e conduta do CEO cessaram qualquer sensação dentro dela, fazendo com que surgisse um forte desejo de humilhá-lo em público, sendo esta uma ideia demasiadamente tentadora ao mesmo tempo em que conseguia ignorar facilmente o sentimento de desprazer por tal pensamento que surgiu dentro dela, com ela dissipando qualquer incômodo sobre este sentimento, posteriormente, sendo que não era dela por mais estranho que fosse tal pensamento e sensação.
Porém, ambas as irmãs tinham o seu orgulho e honra como mestras de artes marciais e kenjutsu.
Portanto, elas nunca agrediriam alguém que não podia lutar contra elas, sendo que ambas somente atacaram Inogashira e os outros, pois, estavam defendendo os seus colegas e o sonho do melhor amigo delas, além do fato de Goro ter começado a luta.
Nuru exibe determinação em seu semblante e começa a caminhar em direção ao Kaiba, visando dar um pedaço da sua mente para o CEO, enquanto cerrava os punhos em pura fúria, contendo a todo o custo o rosnado gutural que queria sair da garganta dela e que era proveniente da sua dragoa que se agitava em seu interior, desejando destroçar Seto com as suas garras e presas.
Chapter 65: O card estimado
Summary:
Nuru fica...
Yukiko luta arduamente para...
Seto se encontra...
Atemu fica...
Chapter Text
Porém, é detida pela irmã que fala:
- Eu também sinto vontade de humilhar verbalmente este bastardo. Porém, esta é a loja do jii-chan e do Yuugi-kun. Talvez, ele compre algo. Portanto, não podemos fazer nada.
Elas olham para Yukiko que consente, sendo que o sorriso em seu rosto dedicado para as gêmeas se esvanece quando olha para o CEO, fazendo com que elas ficassem surpresas ao verem um olhar homicida direcionado para Seto, pois, desconheciam o fato de que o ódio da albina era pelo que irá ocorrer no colégio no dia seguinte e pelo Death-T que será aplicado em Yuugi e nos outros, com ela se obrigando a conter arduamente o desejo de transformá-lo em seu brinquedo de tortura.
Mesmo que houvesse vários atenuantes a favor dele, Yukiko não conseguia perdoar facilmente quem machucava aquele que via como um filho querido, pois, Kaiba iria impor a dor nele ao fazê-lo presenciar o seu amado avô sendo torturado ao ponto de ter um problema cardíaco, sendo que somente irá liberar Sugoroku da tortura quando Yuugi prometer participar do Death-T, cujas provas irão proporcionar stress emocional e tortura psicológica, fazendo com que os atos dele fossem imperdoáveis, a seu ver.
Mokuba era outro que detinha o seu ódio e se seguisse o seu desejo, ignorando a importância dos irmãos Kaiba para o amadurecimento de Yuugi e pelos acontecimentos futuros, ela os tornaria seus brinquedos de tortura, sendo que iria envelhecer o mais novo para facilitar a execução das suas torturas e jogos sádicos.
Afinal, a meia dragoa era uma sádica e amava os gritos de desespero e dor das suas presas.
- Volte a falar comigo depois que tiver conseguido, pelo menos, dez mil cards – ele dá uma risada de escárnio, enquanto o loiro ficava furioso.
- Tudo bem... Eu jogo com você, Jounouchi-kun! – o jovem de cabelos tricolores fala, tentando aplacar o seu amigo que havia cerrado os punhos ao se preparar para golpeá-lo.
- Cara! Ele me deixa furioso!
"Eu não perderia se fosse uma briga!" – o loiro exclama em pensamento.
O CEO se vira para Sugoroku e pergunta:
- Tem algum card que preste nesta loja? Poderia me convencer a comprá-lo.
Sem se incomodar com a forma como ele falou e ignorando a atitude dele para com Jounouchi, embora não concordasse com tal comportamento, o avô de Yuugi volta a assumir a postura e semblante de um comerciante, exibindo o seu melhor sorriso, pois, precisava pagar as contas no final do mês.
- Sim! Um minuto!
Enquanto Sugoroku pegava algumas caixas atrás do balcão, Kaiba olha para os lados, avistando os vários jogos arrumados em prateleiras, com os seus olhos azuis se dirigindo, em seguida, para o tampão de vidro transparente da loja visando observar a diversidade de jogos arrumados ordenadamente no mostruário.
Então, ele fica estupefato ao avistar um card que nunca imaginou ver em um local como aquele, fazendo com que demonstrasse um semblante estupefato:
- O quê?! Não pode ser!
"E... Este card é o lendário Buruuaizu Howaito Doragon (Blue-Eyes White Dragon - Dragon branco de olhos azuis)!" – ele exclama em pensamento.
Prontamente, Sugoroku retira o card de cima do tampão de vidro do balcão, o segurando com ambas as mãos de forma protetora, enquanto se afastava do CEO que exclamava desesperado:
- Senhor! Onde conseguiu esse card? O que ele está fazendo aqui? Deixe eu dar uma olhada nele!
- Bem, só uma olhada. – o lojista fala, decidindo que deveria deixar o jovem ver o card.
Kaiba o pega com as mãos trêmulas e lentamente processa o que estava vendo, pensando consigo mesmo, enquanto permanecia estupefato pela descoberta inusitada:
"Eu nunca tinha visto um pessoalmente e nunca pensei que teria um em minhas mãos, algum dia. É um card de nível oito. Os seus pontos de ataque e defesa são altíssimos, além de ser extremamente raro! Se eu tivesse este card... Eu seria invencível!"
Conforme o observava, Seto confessava que desde que tomou conhecimento da sua existência, sentia sentimentos inexplicáveis que o deixavam desnorteado, fazendo-o recordar dos seus sonhos de quando era pequeno e que eram povoados por um majestoso e imponente dragão branco de olhos azuis, assim como, do vulto de uma mulher de longos cabelos prateados com roupas simples e igualmente surradas, distintas das roupas atuais e por mais que tentasse ver o seu rosto, ele não conseguia, sendo que ele nunca sentiu qualquer medo do dragão. Eles sempre apareciam em seus sonhos que com o advento dos anos se tornaram gradativamente escassos ao ponto de não ter esse sonho novamente desde que foi adotado por Gouzaburou, onde passou por humilhações e torturas sobre o pretexto de ser preparado para herdar um império nos negócios.
O adolescente confessava que havia ficado estupefato ao identificar o quanto o dragão dos seus sonhos era semelhante ao do card criado recentemente, fazendo com que ficasse atônito, enquanto sentia que os sentimentos incompreensíveis e igualmente indescritíveis se tornaram mais intensos ao tê-lo em suas mãos, sendo que o CEO estranhava o fato do rosto de Kisara surgir em sua mente ao ver a arte do dragão impressa na superfície, além do fato de sempre tê-la achado familiar, desde que a viu pela primeira vez.
- Certo, já chega! – Sugoroku tira abruptamente o card das mãos de Seto.
O gesto dele retira o adolescente dos seus pensamentos, com ele decidindo ter aquele card a qualquer custo.
Então, Seto ergue a maleta de aço que trazia em suas mãos e a coloca em cima da bancada.
Após abri-la, ele vira o conteúdo para o lojista que observa embasbacado os inúmeros cards ordenados, sendo que não parecia ter cards repetidos, com Yuugi e os outros compartilhando um semblante genuinamente perplexo, com exceção da albina, pois, já tinha visto essa cena nas suas visões.
- Uma maleta cheia de cards! – o loiro exclama abismado.
- Senhor, se me der esse Buruuaizu Howaito Doragon (Blue-Eyes White Dragon), eu lhe dou todos estes cards!
Surogoku se afasta da maleta, mantendo protetoramente o card em suas mãos, enquanto falava:
- Sinto muito, mas não posso trocá-lo.
- O jii-chan recusou a proposta dele?! – Jounouchi exclama estupefato.
- Não é o suficiente? – o CEO pergunta, enquanto exibia irritação em seu semblante, para depois, trincar os dentes.
"Faz sentido... Eu não o trocaria por nada. Então, esse velho sabe o valor deste card!"
Surogoku dá uma risada risonha e fala, gentilmente, se aproximando do estudante:
- O seu nome é Kaiba-kun, né? Eu sei o motivo de você desejá-lo nessa intensidade. Entretanto... Eu tenho uma boa razão para mantê-lo comigo. Não é somente pelo fato dele ser poderoso e raro. Um amigo meu que é um jogador importante dos Estados Unidos me deu este card, fazendo com este card seja tão importante para mim, assim como o meu amigo. Eu não abriria mão dele por nada desse mundo. Eu teria o mesmo sentimento se fosse um card comum – ele baixa o olhar para o objeto em suas mãos, exibindo carinho e saudade em seus olhos – Quanto você realmente estima algo é como se essa coisa ganhasse um coração. Você não trocaria esse coração por nada. Então, cuide muito bem de todos os cards desta maleta, Kaiba-kun. Assim, você aprenderá o verdadeiro poder desse jogo.
Ele termina o final, olhando para Seto, enquanto exibia um semblante gentil.
Kaiba fecha os olhos e a maleta, a segurando em uma mão, enquanto colocava a outra no bolso, virando as costas, enquanto exclamava:
- Certo... Eu entendi! Até mais.
Ele vira lateralmente para olhar o lojista, sendo que os seus olhos traidores se dirigem até a prateada que exibia uma face aborrecida e os braços cruzados em frente ao tórax pela fala anterior dele e descaso para com os cards do loiro, sendo que ela procurou ocultar o máximo possível o rubor em suas bochechas e o coração traidor que insistia em bater pelo CEO.
Rangendo os dentes pelo fato dos seus olhos buscarem avidamente a bela prateada, independentemente do seu desejo, ele se amaldiçoa mentalmente pelos pensamentos e sentimentos que lhe veem a mente e no coração ao olhá-la, julgando que ela tivesse algum poder magnético por mais surreal que fosse tal pensamento, pois, a seu ver, somente essa hipótese justificaria essa atração indesejada e inexplicável que ela exercia nele, além da sensação de conhecê-la de algum lugar quando a viu pela primeira vez.
Conseguindo afastar os olhos com muito custo, Kaiba se vira para a porta e sai da loja, com a sineta fazendo o som característico ao ser aberta e após a saída dele, Jounouchi exclama com admiração, olhando para Sugoroku:
- Foi um grande discurso, jii-chan! – o lojista dá uma risada risonha.
- Com certeza, foi um grande discurso. – a bronzeada fala sorrindo.
- Tirou as palavras da minha boca, imouto.
- Foi um discurso emocionante, jii-chan. – Yuugi fala, sorrindo.
Dentro da câmara da alma, o Faraó se encontrava sentado em seu trono, enquanto sorria perante as palavras de Sugoroku, sendo que ele também compartilhava da opinião dele.
De fato, o discurso foi emocionante, pois, era visível para qualquer um que o avô do seu amado Yuugi havia colocado o seu coração em suas palavras. A importância do card não era por causa da raridade e poder que detinha, tornando-o um dos mais poderosos e sim, pelo fato de ter sido o presente de um amigo querido, tornando-o tão importante quanto este estimado amigo, sendo que Atemu estava preocupado que houvesse alguma retaliação contra aquele que amava, pois, ele não acreditava que Kaiba aceitaria tão facilmente a negação da venda ou troca do card pela forma como olhava o objeto, assim como o fascínio extremo, além do fato de se dispor a entregar todos os cards na maleta apenas para tê-lo.
Claro, poderia ser apenas impressão dele, mas, o espírito não acreditava que Seto permitiria que o avô de Yuugi mantivesse o card para si e conforme refletia sobre a sua capacidade de julgar as pessoas, passa a considerar a hipótese de que é um reflexo do seu passado que não conseguia se recordar e que consistia da impressão de ter um grande conhecimento em interpretar reações e semblantes das pessoas, como se tivesse interpretado muitas vezes por algum motivo desconhecido, apesar de sentir que foi demasiadamente importante.
Atemu perdeu as contas das vezes em que se aventurou no labirinto da sua alma em busca das suas lembranças e o quanto se ressentiu por ser incapaz de encontrar alguma porta útil.
Afinal, além da confusão natural que um labirinto gerava, ainda mais um tão surreal quanto o dele, cujas escadas podiam se projetar para a parede e pelo teto, havia armadilhas e portas falsas para impedi-lo de acessar as suas memórias, fazendo com que a sua exploração nunca desse qualquer fruto por mais que tentasse buscar qualquer recordação, por menor que fosse. Viver sem lembranças era demasiadamente doloroso e o fato de sequer saber o seu próprio nome, apenas intensificava a dor e a desolação.
De fato, Yuugi é a sua luz, fornecendo calor, esperança e amor perante a solidão naquelas paredes e no labirinto sem fim. Era uma luz cálida e aconchegante que lhe confortava, sendo que o jovem de orbes ametistas era belo tanto por fora, quanto por dentro, com o espírito desejando manter essa luz para sempre.
Conforme pensava na ameaça que Kaiba podia se tornar em virtude da riqueza e poder que detinha em suas mãos, pois, a cidade de Dominó pertencia a Corporação Kaiba, o Faraó esperava estar errado em sua desconfiança e suposição pelo bem do seu amado Yuugi e também por Sugoroku.
Ele decide que ficaria demasiadamente atento quando Seto se aproximasse daquele que amava ou do avô dele, sendo que sempre questionou o motivo de achar o avô do seu amado estranhamente familiar ao vê-lo pela primeira vez, pois, havia a sensação nele de que não era a primeira vez que o via.
Inclusive, as suas memórias de quando o salvou de cair eram nubladas e igualmente confusas, fazendo-o não se recordar o que disse para ele ao estender as suas mãos e mesmo com as lembranças demasiadamente confusas, a sensação de familiaridade e de saudade ainda persistia.
Enquanto isso, Yuugi e os outros voltam a conversar sobre os cards, que havia sido interrompida momentaneamente com a chegada inusitada do CEO.
Yukiko olha discretamente para a porta e suspira silenciosamente, pois, teve que deixar ocorrer a cena da descoberta do Kaiba e as próximas que surgiriam referente ao card ao mesmo tempo em que deixaria os irmãos incólumes, por mais que ela sentisse uma raiva imensa e desejo de destroçar Seto por causa do Death T, assim como sentia em relação ao Mokuba pela dor e sofrimento que iria proporcionar a aquele que via como um filho querido.
Afinal, a dor que Yuugi iria sentir em seu coração e o seu intenso sofrimento, assim como a tortura mental, principalmente durante o Death T, rasgariam o seu coração e por mais que houvesse um desejo intenso nela de poupá-lo, assim como de poupar Sugoroku ao evitar que fosse arrastado para aquela cabine de duelo, quando Kaiba o enganou para fazê-lo entrar e aceitar o duelo, ela não poderia fazer nada para impedir tais acontecimentos, pois, era uma experiência necessária.
Afinal, era parte da jornada que Yuugi precisava passar.
Inclusive, se a albina não permitisse que ele passasse por essa experiência, as consequências seriam graves, sendo que havia eventos que não podia impedir de ocorrer e o Death T era um deles.
Portanto, contrário aos sentimentos do seu coração maternal, ela não iria impedir que esse evento ocorresse, assim como aqueles relacionados ao Mokuba.
Porém, isso não significava que não poderia ajudar de alguma forma, desde que os eventos principais ocorressem da forma como deveriam ocorrer, com a albina garantindo tais eventos ao possuir o conhecimento necessário.
De fato, esse conhecimento era uma benção e uma maldição ao se tornar um fardo demasiadamente pesado. Mas, considerando o que ocorreu no passado, por mais que não pudesse ser considerada sua culpa, ela ainda se sentia extremamente culpada. Nada e nem ninguém, nem mesmo o tempo, pode mudar esse sentimento dentro de si.
No dia seguinte, mais precisamente no intervalo, Yuugi estava jogando contra Jounouchi, com os colegas assistindo ao duelo, sendo que Honda pergunta, enquanto cruzava os braços:
- Ei... O que é isso, Jounouchi?
O loiro ri animado e exclama com empolgação em sua voz ao virar o rosto lateralmente para olhar o seu amigo:
- É um novo jogo de cards chamado Duel Monsters! – ele torna a virar o rosto para frente, olhando para o jovem de cabelos tricolores - Yuugi, eu vou atacar com o meu Zonbi (Zombie – Zumbi)!
- Eu vou me defender com este. Agora é a minha vez!
Ele tira um card da sua mão e o coloca em posição de ataque, enquanto exclamava animado:
- Legal! É o Ankoku no Doragon (Blackland Fire Dragon - Dragão de Fogo da Terra Negra)! Ele é forte!
Jounouchi fica chocado e exclama com visível desespero em seu semblante:
- Não dá para competir!
- Eu ataco o Zonbi do Jounouchi-kun e ele é destruído! Isso abaixou os pontos de vida do Jounouchi-kun de dois mil para mil e quinhentos!
Katusya olha em completo desespero os seus cards, enquanto exclamava ao escolher um deles:
- Droga! Eu tenho que usar a minha arma secreta!
- Parece um jogo interessante – o moreno comenta.
- Gostaria de saber as regras e como se joga? – Kisara se aproxima e pergunta gentilmente, sendo que ela, Nuru e Yukiko assistiam o duelo.
A prateada sorri ao ver as bochechas coradas da sua imouto enquanto olhava Katusya jogar, sendo que estava satisfeita ao ver a mudança visível no loiro ao se tornar alguém digno da sua querida irmã.
- Eu gostaria.
Nisso, a prateada começa a explicar as regras, assim como, os elementos presentes nos cards ao pegar um dos seus como exemplo, com o moreno consentindo com a cabeça, enquanto ouvia atentamente a explicação dela.
Após algumas voltas, os pontos de vida do loiro são zerados e Yuugi exclama:
- Legal! Eu venci!
- Droga! Fiquei sem vida de novo! – o loiro exclama desesperado frente a sua segunda derrota.
Um dos estudantes ri, para depois, exclamar:
- Até a sua arma secreta é fraca!
- Katusya, você é tão fraco!
- Você tem que conseguir cards melhores!
Os que estavam exclamando sentem o sangue gelar em suas veias ao verem o olhar homicida da jovem de pele marrom dourada que os fuzilava sumariamente com os olhos carmesins, fazendo todos eles se encolherem perante a intensidade do seu olhar, enquanto engoliam em seco, silenciando eficazmente todos aqueles que estavam zoando com aquele que amava, sendo que os estudantes estranhavam o fato de terem a ilusão de que um dragão negro imenso de olhos vermelhos rugia em pura fúria, enquanto eram refletidos nos olhos rubros como sangue e que se encontravam coléricos.
Yukiko e Kisara sorriam imensamente, pois, esperavam algo assim e ao ver delas, já bastava os estudantes encararem um par de olhos homicidas. Juntar mais dois pares seria demasiadamente exagerado.
Então, Nuru desfaz o semblante aterrador e coloca gentilmente a mão em um dos ombros do loiro, fazendo-o olhar para ela, sendo que ambos coram, enquanto a bronzeada falava:
- Você só precisa melhorar o seu deck. Yuugi-kun pode ajudar você a montar um deck bom. Além disso, é questão de treino. O Yuugi-kun joga contra o seu avô, vários jogos, há anos, sendo que eles jogam Duel Monsters há algum tempo.
- Verdade, Yuugi? – o loiro pergunta animado.
- Sim. Quando o meu avô voltou dos Estados Unidos, ele trouxe vários envelopes e eu montei o meu deck. Claro que adicionei novos cards, conforme foi sendo ampliada a exportação deles no mundo, inclusive aqui no Japão. Eu jogo há quase um ano contra o meu jii-chan.
- É um jogo que está ficando muito popular, né? – Honda pergunta com curiosidade em seu semblante.
- Sim e em um ritmo espantoso. A ascensão desse jogo é incrível! Os jogadores estão ficando cada vez mais famosos e igualmente conhecidos, sendo que o título de melhor jogador de Duel Monsters é do criador do jogo, Pegasus J. Crawford e era esperado que possuísse tal título. Se há alguém que conhece o jogo profundamente, é ele.
O loiro se encontrava em estado reflexivo conforme ouvia as palavras do seu amigo.
Então, ele pergunta, exibindo um semblante ansioso:
- Yuugi, eu posso me tornar um excelente jogador? Não acho que chego ao topo, mas, eu desejo ter, ao menos, uma fama considerável.
- Com bastante treino, juntamente com um deck melhor é possível alcançar um nível muito bom ao se tornar um duelista profissional. Além disso, há o fator equilíbrio do deck. Se um deck não for bem equilibrado, será difícil vencer com ele. Claro que com o coração dos cards tudo é possível. Se você deseja se tornar um jogador profissional, eu o ajudarei com prazer. Por que você perguntou sobre isso? – ele pergunta, inclinando a cabeça fofamente para o lado.
Chapter 66: O roubo de Kaiba
Summary:
Jounouchi explica...
Yuugi e os outros decidem...
Kaiba decide roubar um card e...
Atemu se encontra...
Chapter Text
- É que se o otou-san estiver por aí, a única forma que eu poderia encontrar de contatá-lo seria aparecer na mídia e você somente aparece na mídia se for famoso ou especial. Eu acho que ele não fez contato conosco por causa da minha okaa-san. Talvez, se eu for famoso, ele poderá me contatar durante um torneio. – o adolescente murmura cabisbaixo.
- Jounouchi-kun... – a bronzeada murmura condoída com a situação dele.
Afinal, o loiro contou para eles sobre o desaparecimento do seu pai, assim como das brigas do casal antes que ele desaparecesse, fazendo com que Katusya acreditasse piamente que o seu genitor estava vivo em algum lugar.
- Bem, com alguma fama, as suas chances aumentam dele vê-lo onde estiver. Pode contar comigo para ajudá-lo! – o adolescente de orbes ametistas exclama com determinação, contagiando o loiro – E o meu jii-chan vai ajudar, com certeza! Afinal, no passado, ele foi o Jogador lendário e me ensinou tudo o que sabe sobre jogos.
- Você é um amigão, Yuugi! Obrigado!
Seto estava observando o duelo e pensava consigo mesmo, exibindo um semblante de escárnio:
"Que duelo de nível baixo. Os estudantes primários do campeonato nacional são mais fortes que eles!"
Então, ele decide colocar o seu plano em prática e finge uma face simpática, enquanto se aproximava do seu alvo:
- Yuugi.
O jovem de orbes ametistas olha para a origem da voz, exibindo visível surpresa em seu semblante ao identificar o dono dela.
- Kaiba-kun!
Quando os olhos azuis da prateada repousam no CEO ao olhar na direção da voz dele, os seus batimentos cardíacos ficam acelerados ao mesmo tempo em que as bochechas coravam.
Mesmo com tais sentimentos em seu interior, ela passa a observá-lo exibindo desconfiança em seu olhar, sendo o mesmo para Nuru, enquanto que Yukiko cerrava os punhos, controlando arduamente a vontade de socar a face de Kaiba ao ponto de desfigurá-lo.
Então, Seto coloca o melhor sorriso falso em seu rosto e exclama:
- É divertido ver vocês jogarem!
O falso semblante sorridente é o suficiente para fazer Yuugi acreditar nas falsas palavras ao sorrir gentilmente em resposta.
Dentro da câmara da alma de Atemu, o mesmo estava tenso e igualmente preocupado com o seu amado, pois, não acreditava no semblante de Kaiba.
Afinal, não era a reação esperada considerando os acontecimentos no dia anterior e o olhar que dedicou ao card, com o espírito sentindo que as suas suspeitas e concepções eram corretas.
Para o seu desalento, Yuugi acreditou no falso semblante que Seto exibia, sendo que sabia que isso iria ocorrer em virtude do coração cristalino, amável e gentil do seu amado, além da inocência característica dele ao acreditar no que os outros falavam, fazendo com que o espírito ficasse preocupado, juntamente com o fato de não perdoar aqueles que magoavam quem ele amava.
Em virtude da preocupação que o tomava, ele decide ficar atento aos próximos movimentos e fala de Kaiba, enquanto esperava que estivesse errado, embora ele pudesse sentir que as suas suposições e desconfianças não eram errôneas.
- A propósito... Por acaso, você está com o Buruuaizu Howaito Doragon (Blue-Eyes White Dragon) na sua mochila? – Seto pergunta, ainda exibindo um falso sorriso gentil, mas, que era o suficiente para enganar o jovem de cabelos tricolores.
- Bem, é a minha mochila, mas... – ele fala, olhando para a sua mochila pendurada em um gancho lateral existente na carteira, para depois, olhar para o CEO – Uau! Como você sabia que ele estava lá? Eu implorei para o meu jii-chan emprestá-lo por um dia. Porém, eu tive que prometer que não ia jogar com ele.
- Você poderia mostrá-lo para mim, só mais uma vez? Desde que eu peguei pela primeira vez nesse card, eu fiquei tão emocionado que perdi o sono.
De fato, Kaiba sentiu estranhos sentimentos, sendo que não soube explicá-los e conforme refletia sobre isso, acreditava que não era pelo objeto em si, mas, pelo dragão, por mais surreal que fosse tal pensamento e o fato de ter sonhado anos antes desse card surgir, ainda o deixava desconcertado, pois, ele não conseguiu encontrar nenhuma explicação racional.
Ao ler o semblante de Yuugi, Seto percebeu que o adolescente estava ponderando sobre atender o seu pedido, sendo que decide seguir para a segunda parte do seu plano, após o êxito da primeira parte, visando conseguir o que almejava:
- O que o seu ojii-san disse ontem me fez entender muito bem o que significa amar os cards. – ele termina de falar, dando o seu sorriso mais convincente, enquanto exibia um falso semblante gentil.
O CEO fica satisfeito ao ver que o seu plano em duas partes teve êxito ao ver a indecisão de emprestar o card sumir do rosto do adolescente, que exibe o seu usual semblante feliz com um imenso sorriso, enquanto exclamava:
- Certo! Vou mostrá-lo para você!
Ele pega o card da mochila e empresta para Seto que o pega em suas mãos, sendo que o semblante de admiração e de felicidade ao olhar para o card era genuíno, enquanto que o CEO podia sentir as estranhas sensações que o card invocava nele, sendo que faz um comentário com toda a sinceridade do seu coração:
- É um card lindo!
Então, o adolescente move discretamente a outra mão dele para o bolso traseiro do seu uniforme, retirando outro card, enquanto pensava consigo mesmo, após dar uma leve risada:
"Vou trocar o Buruuaizu Howaito Doragon dele por esta cópia colorida que tirei do catálogo!"
Então, após fazer sorrateiramente a troca, guardando no bolso o original e entregando o falso no lugar, ele o estende, ainda mantendo o falso semblante gentil, assim como as palavras igualmente falsas:
- Arigatou, Yuugi. Só de pegar neste card, ele me fez amar esse jogo ainda mais.
O semblante de genuína felicidade de Yuugi por aquelas palavras desaparece gradativamente ao olhar para o card entregue, pois, percebeu a troca e desejando não constranger Kaiba em público, ele fica em silêncio, decidindo solicitar a troca em particular.
Julgando erroneamente que o jovem não percebeu a troca, Kaiba ainda continuava exibindo o falso semblante gentil, para depois, se virar lateralmente, falando:
- Até mais. Divirtam-se com o jogo!
"Consegui! O meu plano deu certo! Esse bobo do Yuugi não percebeu nada!" – ele pensou extasiado consigo mesmo.
Então, contra a sua vontade, o seu rosto vira na direção de Kisara, com o olhar de ambos se encontrando, fazendo com que surgissem sentimentos indesejados dentro do CEO, além dos seus batimentos cardíacos acelerarem, sendo que tais sentimentos o irritavam, pois, os via como uma fraqueza indesejada, fazendo com que lutasse arduamente contra os seus olhos e coração traidores.
Com muito custo, consegue afastar o seu olhar da prateada, ignorando a sensação de perda em seu interior, enquanto se afastava do local, desaparecendo dentre os estudantes que rodeavam Jounouchi e Yuugi, visando assistir o duelo deles.
Nesse interim, o jovem de cabelos tricolores ainda estava olhando para o Kaiba, exibindo uma feição triste e sem perceber os sentimentos que tomavam o seu amigo, Jounouchi exclama esperançosamente:
- Ei, Yuugi! Vamos fazer uma revanche!
- Tá. – ele se refaz e consente, voltando a jogar, enquanto os seus pensamentos estavam com o card do seu amado avô que se encontrava nas mãos do Kaiba.
Dentro da câmara da alma de Atemu, o Faraó estava enfurecido com o ato de Seto e ao sentir a tristeza e preocupação do seu amado, a sua fúria era mais intensificada ainda, se era possível.
Quanto ao ato de Yuugi não comentar nada para não constranger Kaiba, era o esperado de uma alma tão gentil e pura com um coração tão cristalino e ao contrário do seu anfitrião que em sua inocência e pureza, ainda acreditava que a troca foi um engano, o espírito sabia que não foi um engano e sim, proposital.
Ademais, ele teve a sensação anterior de que o semblante gentil e amigável era falso desde que o CEO se aproximou do adolescente de orbes ametistas ao mesmo tempo em que tinha ficado preocupado com o seu amado por saber que ele não conseguiria enxergar a falsidade na voz, semblante e atitude de Seto naquele instante.
O espírito suspira profundamente, enquanto tentava gerenciar a sua fúria por mais difícil que fosse, pois, precisava ter uma mente calma para aplicar o Yami no Game.
Afinal, duvidava piamente de que Kaiba iria devolver o card original ao mesmo tempo em que ficava preocupado que fizesse algo contra quem ele amava com toda a força do seu coração.
Ao mesmo tempo, Yukiko controlava a fúria intensa que a tomava e o desejo de destroçar Kaiba, sendo que era uma tarefa extremamente difícil e igualmente árdua.
No entardecer, na saída do colégio, o adolescente de olhos azuis estava passando pelo portão, segurando a sua inseparável maleta de aço com cards, enquanto falava consigo mesmo, visivelmente satisfeito, após dar uma leve risada:
- Não tem como eu perder o próximo campeonato!
- Kaiba-kun!
Ele para de andar ao ouvir a voz de Yuugi que o fez virar para trás, com o CEO avistando o jovem que segurava as alças da sua mochila com as mãos, enquanto exibia uma feição triste.
O jovem de cabelos tricolores estava aliviado por Yukiko ter chamado as gêmeas para irem com ela até uma nova loja em busca de uma segunda opinião sobre moveis, enquanto que Jounouchi havido saído com Honda, fazendo com que o adolescente ficasse aliviado ao poder encontrar Seto sozinho, pois, não queria constrangê-lo.
- Yuugi! – uma gota de suor escorre no seu rosto e ele pergunta hesitante – Está indo para casa?
- Kaiba-kun, por favor, me devolva o card.
- O quê?! – ele está estarrecido pelo fato dele ter percebido a troca.
- Eu não falei na frente de todos que você tinha trocado o card, porque eles estavam olhando.
Kaiba decide fingir que era mentira e exclama, simulando uma falsa face de incredulidade:
- Então, você acha que eu roubei o seu card?! Eu o devolvi para você!
- Até eu consigo perceber a diferença entre uma cópia e um card original... Por favor, devolva. – ele fala mantendo o semblante triste.
- Não sei do que está falando! – o CEO exclama, sendo que continua fingindo inocência.
- Você sabe sim! Você sabe como esse card é importante para o meu jii-chan! – Yuugi exclama exasperado pela recusa de Kaiba de devolver o card – Se eu não cumprir a minha promessa de devolver o card ao meu jii-chan, ele ficará arrasado! Não posso fazer isso com ele! Ele é o meu jii-chan! Não posso traí-lo!
Kaiba continua fingindo e fala:
- E os meus sentimentos? Realmente, não sei nada sobre esse card. Antes de choramingar por causa do seu jii-chan, porque não tenta acreditar no seu amigo aqui?!
Ele se vira para se afastar, com Yuugi exclamando:
- Mas, Kaiba-kun...!
- Cale essa boca! – ele exclama e acerta a mala de aço com cards no rosto do adolescente ao ficar cansado de fingir inocência.
Yuugi exibe um misto de dor, tristeza e de espanto pela ação inesperada, enquanto colocava a mão na bochecha onde sabia que ficaria um hematoma ao mesmo tempo em que presenciava o verdadeiro semblante e conduta de Kaiba, assim como a sua opinião sincera.
- Não estou nem aí para essa história de "amor pelos cards" e todo esse papo furado! Diga uma coisa para aquele velhote! Não importa como você joga, pois, o que importa é vencer! – nisso, ele gargalha, enquanto se afastava, deixando um adolescente com um machucado no rosto e visivelmente chocado por ter sido enganado.
Prontamente, Atemu assume o corpo do seu amado, o colocando para dormir profundamente na câmara da alma do adolescente, sendo que suspira de tristeza ao ver o machucado na bochecha do jovem, para depois, sair da câmara da alma dele, passando a exibir um semblante furioso para Kaiba que se afastava do local, pois o que ele fez foi imperdoável ao ver dele.
"Kaiba... Parece que vou ter que dar uma lição em você em um Yami no game e quando eu tiver terminado, vou recuperar o card do jii-chan, o coração dele, além de puni-lo pelo crime imperdoável de ferir uma alma tão cristalina."
Então, quando ele se preparava para seguir Seto ao planejar o Yami no game, sendo que estava ansioso para puni-lo pelo seu crime triplo ao envolver o roubo e posteriormente, o ferimento no rosto do seu amado, assim como a dor no coração de Yuugi ao descobrir que foi enganado, o Faraó ouve o farfalhar de asas e observa uma névoa envolver o local, sendo que podia sentir a magia no entorno e ao olhar para frente, percebe que outra névoa mágica envolveu Seto que para de andar, abruptamente, com o mesmo parecendo estar em uma espécie de transe.
Ao olhar na direção do som, avista a meia dragoa descendo do céu e pousando graciosamente no chão, para depois, dobrar as suas asas emplumadas imponentes, enquanto exibia a usual mascara em seu rosto, deixando apenas a sua boca de fora.
- Você manipulou essa área, certo? – ele pergunta em tom de confirmação, enquanto colocava as mãos nos bolsos – Parece ser semelhante quando eu invoco o Yami no game, fazendo com que o local se torne uma dimensão à parte.
- Sim. É o mesmo mecanismo, por assim dizer. Afinal, eu não quero provocar pânico em massa, além de ser necessário deter o bastardo do Kaiba para que pudéssemos conversar. No caso dele, o desgraçado também se encontra em um transe mágico poderoso, fazendo com que o tempo não passe para ele.
- Imagino que tem a ver com o que acabou de acontecer.
- Sim. Eu vi o que aconteceu e também sei sobre o roubo.
- E mesmo assim o deixou vivo?! – o espírito confessava que estava surpreso, pois, acreditava que qualquer um que fizesse um terço do que Kaiba fez, ganharia o ódio imediato dela e sofreria a pior tortura possível - Ou o poupou para me deixar tê-lo como minha presa, primeiro, antes de puni-lo pelos crimes que ele cometeu contra o Mou Hitori no Ore?
Chapter 67: Yami no Geemu – Seto Kaiba
Summary:
Atemu fica...
Yukiko se encontra...
Seto fica...
Chapter Text
- Quanto a primeira pergunta, senti desejo de fazer isso. Porém, eu pressinto que ele terá importância nos acontecimentos futuros, além de ser um dos responsáveis por promover o amadurecimento do Yuugi-kun. Eu sinto que trarei graves consequências se fizer o que eu desejo. Na minha raça, nós sempre seguimos nossa intuição oriunda da magia. Portanto, isso acarreta a segunda pergunta. Sim, ele é a sua presa e depois, será meu. O ato de não transformá-lo em meu brinquedo de tortura não implica que não possa puni-lo pelo crime imperdoável que esse bastardo cometeu.
- Entendo...
- O que você pretendia fazer com ele?
- Inicialmente, ao saber do roubo, pois, era intencional, eu planejei caso ele não devolvesse, uma punição por uma noite ao aprisionar a mente dele em uma ilusão. Porém, frente ao ferimento do meu amado, estou planejando algo mais duradouro. Em vez de apenas uma noite será mais tempo. Vou fazer em forma de pesadelo para repercutir por algum tempo.
Ela sorri, falando:
- Excelente. Após você puni-lo será a minha vez. Não se preocupe que eu farei de modo que não mudará a punição que você vai dar para ele.
O Faraó consente e a magia em torno da área se concentra nela, assim como a neve que toma a forma de uma nevasca que a envolve como um redemoinho ao ponto de cobri-la e que ao dissipar, revela o nada.
- Eu pensei que só voava. Pelo visto, ela gosta de fazer saídas triunfais também.
Então, o espírito se afasta, planejando atrair Kaiba para um Yami no game ao caminhar em direção ao CEO que foi libertado da espécie de transe quando a magia em torno dele se dispersou, sendo visível o fato de que ele não percebeu nada de estranho porque voltou a andar normalmente.
Enquanto isso, longe dali, em uma floresta densa e fechada, mais precisamente em uma caverna, um homem usando um terno de grife realizava um cântico enquanto ficava de frente a um círculo mágico com desenhos intricados em seu centro. Havia tochas em torno do círculo fornecendo uma luz bruxuleante. Seus olhos ônix fitavam atentamente os traços intricados no centro, sabendo que ainda iria demorar um pouco para recolher as informações que almejava, sendo que o tempo não lhe importava. Apenas lhe importava descobrir tudo o que ansiava.
Ele somente se lastimava de não poder usar o seu poder total por enquanto porque era necessário demasiada cautela no processo de colher as informações que almejava.
Longe dali, no colégio de Dominó, mais precisamente em uma sala de aula vazia que era usada pela turma de Yuugi, o Faraó estava sentado em uma cadeira e Kaiba na outra, com uma mesa dentre eles, sendo que ambos estavam na frente um do outro com os respectivos decks repousando no lado direito deles.
O espírito havia mandado uma mensagem ao avô do seu amado avisando que se atrasaria porque iria passar na casa do Jounouchi e por saber que o senhor confiava em seu neto, ele não ligaria para o loiro desde que voltasse antes das vinte e uma horas. Quanto a Yukiko e as gêmeas, ele deixou o celular no modo de vibrar, para depois, retornar qualquer eventual ligação delas caso realizassem alguma a noite, algo que somente acontecia mais tarde.
Sem que o CEO soubesse, uma névoa negra os rodeava e começa a se consolidar em torno deles com a aceitação do jogo por parte de Seto, oficializando assim o Yami no Game e ao envolvê-los por completo, quem olhasse para aquela sala não veria ou ouviria ninguém, pois, ambos estavam em uma espécie de dimensão privativa. Somente quem tivesse poderes mágicos ou um Sennen Aitemu poderia vê-los.
- Bem, Yuugi. Não acredito que você me desafiou para uma partida de Duel Monsters... O que você tem na cabeça? – ele termina o final dando uma risadinha de escárnio.
- As regras dessa partida de Duel Mosters vão ser um pouco diferentes do que você viu até agora. Você vai entender quando começarmos.
- Bem, parece divertido...
"Não importa quais sejam as regras, não vou perder com os cards que eu tenho. Se eu entrar numa fria, sempre posso contar com o Buruuaizu Howaito Doragon (Blue-Eyes White Dragon - Dragon branco de olhos azuis). Só preciso dizer que consegui o card em outro lugar!"
- Começamos com dois mil pontos de vida cada um. Quem tiver os seus pontos de vida zerados, perde. Cada deck tem quarenta cards. – Atemu fala confirmando as exigências oficiais do jogo.
- Hora do duelo! – o Faraó e Seto exclamam em usino.
- Bem, então eu começo. – Seto fala e após sacar cinco cards, escolhe uma delas – Ótimo! É um de cinco estrelas! O monstro Gaagoiru (Ryu-Kishin)!
Assim que o coloca em modo de ataque, Seto fica estupefato ao ver o monstro surgir do card ao se materializar na frente dele.
- O quê?! O card ganhou vida?!
Atemu dá uma leve risada e depois fala:
- Eu disse que este jogo era diferente. Agora, o card que eu escolho para enfrentar o ataque do seu monstro é este! O Ankoku no Doragon (Blackland Fire Dragon - Dragão de Fogo da Terra Negra)! – ele escolhe um dos cards da sua mão e após coloca-lo em modo de ataque, o dragão se materializa em cima do seu card.
Então, ele ataca o Gaagoiru com as suas chamas ao liberar a rajada flamejante que envolve o monstro do oponente, o derrotando.
- A chama do dragão derrota o seu monstro.
Como ainda assimilava o que estava vendo, o CEO ainda exibia um semblante estupefato e após a derrota do seu monstro, exclama:
- Maldição! Eu perdi...
"O card que perdeu está desaparecendo...!" – ele pensa consigo mesmo ao ver o monstro retornando para dentro do seu card.
- Os monstros dos cards se tornam reais e uma punição espera o perdedor! Essas são as regras da versão Yami no game de Duel Monsters!
- Yami no Game Duel Monsters?! Meu monstro está desaparecendo…?
Sorrindo com satisfação ao imaginar a punição que iria dar a aquele que feriu quem amava, o Faraó exclama:
- Os seus pontos de vida baixam de dois mil pontos para mil e quinhentos pontos! O primeiro que ficar sem pontos de vida perde o duelo e como castigo, aquele que for derrotado conhecerá a morte como punição!
"Conhecerá a morte?" – Kaiba repete em pensamento, exibindo um semblante estarrecido.
Então, ele assimila tudo o que ocorreu e o que foi dito, passando a exibir uma face quase ensandecida enquanto sentia um imenso prazer e igual felicidade expressa em um semblante quase insano, após gargalhar de deleite:
- Essa é boa! Que bom que eu aceitei o seu desafio! Este é o jogo radical que eu estava procurando!
"Vou vencer esse duelo e recuperar o card do jii-chan Sugoroku, o coração dele!" – Atemu pensava consigo mesmo enquanto exibia um semblante sério e igualmente determinado.
- E agora é a sua vez de comprar um card.
- Certo. – ele fala, sacando do seu deck e olha com satisfação para o novo card – Legal! O Minotaurusu (Battle Ox)! Com mil e setecentos pontos de ataque e mil de defesa, este card raro é uma das bestas guerreiras mais fortes!
Ele o coloca no campo em posição de ataque e o monstro começa a se materializar, com Kaiba exclamando extasiado:
- Está tomando forma!
Após ocorrer a manifestação do card, o CEO fala:
- O Minotaurusu supera o seu Ankoku no Doragon tanto em ataque, quanto em defesa! Não há como derrotá-lo! Vá, Minotaurusu! Corte o Ankoku no Doragon em pedacinhos! – ele ordena apontando o dedo em riste para o monstro de Atemu.
O dragão escancara as suas mandíbulas e libera rajadas de chamas contra o seu oponente que avançou na direção dele com o seu machado imponente em suas mãos.
O Minotaurusu detém momentaneamente o seu avanço e usa a lâmina da sua arma para bloquear as chamas do dragão, com Seto exclamando extasiado, após rir de prazer:
- Seu ataque foi em vão! O Machado do Minotaurusu deteve a chama do seu dragão!
Então, após bloquear as chamas, ele avança e corta o dragão algumas vezes ao brandir o seu machado, fazendo com que o dragão retornasse ao card após ser derrotado.
Kaiba gargalha novamente de satisfação, para depois, exclamar:
- Suma! Desapareça!
- Então, eu perco duzentos pontos de vida.
- Agora é a sua vez de comprar do monte, Yuugi. Mas não vai ser fácil tirar um card que supere o meu Minotaurusu.
Ao longe, Yukiko usava a sua visão mágica para transpassar as paredes da escola e a redoma sombria gerada pelo Sennen Pazuru que envolvia o Faraó e o CEO.
Mesmo que tivesse visto esse duelo em suas visões, ela desejou observar ao vivo a batalha e por isso estava sentada em um parapeito no alto do edifício que ficava na frente do colégio ao mesmo tempo em que usava a sua magia para ficar oculta da visão dos humanos. A albina observa atentamente o desenrolar daquele embate de Duel Monsters, sabendo as consequências que acarretaria quando Kaiba presenciasse a manifestação dos monstros.
A meia dragoa estava tranquila em relação às gêmeas, pois, o seu clone mágico de gelo era uma cópia fiel dela tanto em aparência, quanto em personalidade e com uma cópia dos seus pensamentos. Ela a criou quando entrou no banheiro da loja e enquanto a sua criação saía do banheiro em direção as irmãs que observavam alguns móveis, a princesa dos dragões usava a sua magia para ficar invisível ao utilizar cristais de gelo em torno dela e após sair do estabelecimento, a albina abriu as suas asas e ascendeu para o céu visando ir até onde se encontrava o Yuugi.
Yukiko se recorda do momento que saiu da loja e avistou do outro lado da rua uma jovem com pele marrom dourada, com uma linha de krol embaixo dos olhos e uma roupa distinta, sendo que a sua aparência já chamava a atenção e ao se focar na aparência dela, ela se recorda de Mana no Egito antigo de outro universo, percebendo que neste ela reencarnou e ao olhar para trás dela, avista um homem bronzeado correndo até a jovem e ao olhar atentamente para as vestes e a linha de kroll embaixo dos olhos, juntamente com o semblante, percebe que era Mahaado, indicando que o desejo da shinkan Isis foi cumprido. Ele reencarnou, assim como Isis reencarnou como Ishizu Ishitar.
Ao pensar na família Ishitar, ela se recorda da sua decisão de não intervir nos acontecimentos que fizeram Mariku criar as trevas em seu coração em virtude da revolta pelo seu destino juntamente com o fato de achar que foi culpa do Faraó que o pai dele foi morto. Ela compreendeu o motivo deles ocultarem da criança o que ocorreu, sendo que ela sabia que o Sennen Shakujou apenas ajudou no fortalecimento das trevas que surgiram no coração pueril oriundo da revolta, tristeza e dor lacerante pelo seu destino.
O motivo de não ter intervindo é que era necessário ocorrer esse acontecimento, tanto para Mariku quanto para Yuugi e até para Atemu. Esse era um dos vários eventos que ela não podia alterar e que devia apenas intervir para garantir que ocorresse.
Ao se lembrar da dor que aquele que via como um filho iria experimentar no duelo entre Atemu e a parte sombria de Mariku, assim como os outros acontecimentos no decorrer do Batlle City, sua fúria atingia níveis altíssimos com ela confessando que era demasiadamente difícil suprimir a sua fúria e o desejo natural de evitar que Yuugi passasse por tais sofrimentos.
Afinal, para ela, era como um filho querido e como toda a mãe, não desejava vê-lo sofrer.
Porém, no fundo do seu coração maternal, a albina sabia que o espírito humano precisava passar por provações para amadurecer e se fortalecer, assim como para evoluir. Era um sofrimento necessário.
Suspirando, a meia dragoa sai dos seus pensamentos e volta a olhar para a batalha enquanto os seus olhos brilhavam em um tom azulado.
No local, Atemu pega um card e o coloca em posição de defesa.
- Meu próximo card é a Hourii Erufu (Mystical Elf)!
"A Hourii Erufu tem uma boa defesa, mas o seu ataque não é páreo para o Minotaurusu. Vou coloca-la em modo de defesa e ganhar algum tempo." – ele pensa consigo mesmo.
Kaiba sorri, enquanto falava:
- Muito esperto... A defesa da Hourii Erufu vence o ataque do Minotaurusu por uma boa margem. Se eu atacar, vou perder pontos de vida. Então, vou ficar em modo de defesa também. – ele fala o final, colocando o seu monstro em modo de defesa – Parece que chegamos a um impasse... Então, vamos ficar sacando e alimentando as nossas mãos até que eu consiga tirar um card que possa derrotar a sua elfa.
Ele saca e ri levemente, para depois, falar:
- De cara, eu saquei um! Vou guardá-lo para a próxima rodada. – ele coloca o card de Magia com a face para baixo na zona destinada a cards mágicos.
“Que tipo de card ele sacou? Se o Minotaurusu dele ficar mais forte, não vou conseguir detê-lo!” – Atemu pensava consigo mesmo enquanto exibia uma face tensa.
Chapter 68: Yami no Geemu – Seto Kaiba parte II
Summary:
O duelo de Atemu contra Seto continua...
Mahaado decide...
Ishizu entra em contato com...
Seto decide...
Notas extras
Yo!
Eu modifiquei a capa. A deixei menos carregada de imagens e mais nítida.
Tenham uma boa leitura.
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Notas sobre os cards.
Na primeira edição de Duel Monsters, três mil pontos de ataque e dois mil e quinhentos pontos de defesa eram os valores máximos que os monstros podiam ter.
Portanto, o Buruuaizu Howaito Doragon (Blue-Eyes White Dragon) detinha os valores máximos que eram permitidos na primeira edição.
Atemu saca uma carta do deck que revela ser o Waito (Skull Servant), com trezentos de ataque e duzentos de defesa, fazendo-o exclamar:
- Um zumbi fraco como este não pode fazer nada contra o Minotaurusu (Battle Ox).
- Já terminou? – Kaiba pergunta com um sorriso arrogante – Vou usar um card de magia no meu Minotaurusu! E ele é... Kyodaika (Megamorph)! Todos os pontos de ataque e defesa dele aumentam vinte por cento! Agora cresça!
De fato, o monstro fica maior enquanto nuvens o envolviam durante o processo de crescimento indicando o aumento em vinte por cento do seu ataque e defesa.
Seto gargalha de satisfação, para depois, exclamar extasiado:
- Agora tenho dois mil e quarenta pontos de ataque! O meu ataque é maior do que a defesa da sua elfa idiota!
O espírito fica estarrecido enquanto o Minotaurusu avançava, com o CEO ordenando:
- Ataque a Hourii Erufu (Mystical Elf)! Corte o pescoço dela!
Ele fica em frente a Hourii Erufu e seguindo a ordem dada, brande o seu machado duplo e decepa a cabeça dela com um único golpe.
A partir daí, todos os cards que Atemu colocava em modo de defesa eram destruídos sucessivamente pelo Minotaurusu fortalecido. Waito (Skull Servant), Kinokoman (Mushroom Man) e outros enquanto Kaiba gargalhava em triunfo porque acreditava ser o vencedor do duelo.
- Desista Yuugi! Não há como vencer! – ele exclama ao ver que os pontos de vida do seu adversário se encontravam em quinhentos pontos.
O espírito se prepara para sacar mais um card do deck enquanto exclamava consigo mesmo em pensamento:
"Se o próximo card que eu comprar não for mais forte que o Minotaurusu, tudo estará perdido!"
Ele pega o card, o aproximando lentamente do seu rosto para olhar qual ele havia sacado e ao constatar qual monstro era, arregala os olhos enquanto exclamava aliviado:
- Legal! Um dos card mais forte do meu deck, o Deemon no Shoukan (Summoned Skull)! – ele sabia que aquele monstro era um dos mais poderosos daquele deck porque havia acessado as memórias do seu amado e havia visto os seus duelos contra Sugoroku, assim como a composição do deck do Yuugi.
Kaiba fica estarrecido enquanto exclamava, lutando para assimilar a surpresa inesperada:
- O Deemon no Shoukan?! – ele exclama estupefato - É um dos demônios mais fortes! Como você pode ter um card tão raro?
O Faraó sorri enquanto exclamava:
- Diga adeus ao seu Minotaurusu! Deemon no Shoukan! Use Makourai!
Seguindo as ordens do seu mestre, o monstro concentra o seu poder elétrico e lança o seu ataque, eletrocutando o seu oponente que retorna para dentro do seu card.
A partir daí, o contra ataque de Atemu começou, com o Deemon no Shoukan destruindo todos os monstros que Kaiba sacava.
Longe dali, mais precisamente em um apartamento que foi alugado por Mahaado, o bronzeado estava em uma ligação com aquela que amava em segredo, com a mesma falando:
- Eu consegui evitar que Mariki pegasse o Oberisuku no Kyoshinhei (Obelisk the Tormentor). Infelizmente, ele tem em suas mãos o Oshirisu no Tenkuuryuu (Slifer the Sky Dragon) e o Raa no Yokushinryuu (The Winged Dragon of Ra). Eu vou avisar o Pegasus J. Crawford (Maximillion Pegasus). Com certeza, ele ficará assustado pelo fato de alguém deter dois deles.
- Que bom que conseguiu salvar o Oberisuku no Kyoshinhei. Eu acredito que o Sennen Shakujou que se encontra com o seu irmão prejudicou a visão do seu Sennen Tauku, né? – ele pergunta em tom de confirmação.
- Sim. Por sorte, conseguir ver o próximo passo do meu irmãozinho. Mahaado, eu temo pelo meu irmão. Eu sei que Rishido está com ele e consegue manter selada a escuridão no coração dele. Mas, eu temo que um dia ele tome o controle dele, novamente. Se isso ocorrer...
- Não se preocupe. Eu tenho certeza que o Per'a'ah (Faraó) vai conseguir detê-lo e ajudar o seu servo. Ele conseguirá salvá-lo. Não acredito que irá condená-lo.
- Eu sei que devemos ter confiança no Faraó, mas...
- Acredite no Per'a'ah, Ishizu. Ele salvou o mundo no passado e com certeza vai salvar o seu irmão quando ele for procurá-lo. Eu tenho fé que ele irá conseguir salvá-lo. – o mago fala, procurando transmitir o máximo de confiança possível em sua voz para aplacar o medo da sua amada.
Ele ouve um suspiro do outro lado da linha, para depois, ficar aliviado ao perceber na voz dela que ela havia se acalmado.
- Os Ghouls (Rare Hunters) estão se expandido. Eu prevejo que antes do final desse ano, eles vão se tornar uma organização criminosa a ser temida. O Sennen Shakujou garantirá isso ao Mariki. Eu agradeço por manter a verdade em segredo.
- Você contou para mim e eu jurei guardar segredo. Não se preocupe.
- Muito obrigada. Como está a sua investigação?
- Encontrei locais com magia remanescente e acredito que o ser em questão é bem poderoso. O vestígio mágico é uma pequena fração quase irrisória do seu poder. Nós estamos investigando os locais e as possíveis testemunhas, mas, é impossível conseguimos qualquer relato. Com certeza, usou magia para ficar invisível visando modificar as memórias das pessoas ou para manipular o espaço em seu entorno. Eu me inclino para a segunda opção porque não detectei vestígios mágicos nas pessoas. Agora a pouco eu senti por alguns instantes um pico mágico, por assim dizer, que sumiu rapidamente.
- Era do ser?
- Eu não sei. Eu tenho quase certeza que era de outro ser. Mas, já desapareceu e não tenho como rastrear. Eu acho há outro ser mágico que está a algum tempo emanando magia, mas, não tem como eu rastrear. Também é muito fraco. Eu espero que seja um engano e que não tenha mais nenhum ser além dela. Pelo que Shaadii comentou, ela não representa uma ameaça. Pelo menos é o que ele acredita.
- De fato, Shaadii comentou sobre isso comigo. Eu acho incrível que um simples humano detenha influência sobre um ser tão poderoso. É algo surreal.
- O mesmo para mim. Vamos esperar que essa pessoa tenha um coração bom.
- Sim. Mudando de assunto, como está a Mana?
- Ela está bem. Agora, ela está treinando a invocação do seu Ka. Apesar de ter as memórias do passado, não conseguiu invocá-la ainda. Claro, ajuda ter essas memórias e conhecimento anterior. Porém, é preciso que ela pratique novamente. Deixei-a na sala praticando e ergui uma barreira mágica no entorno para evitar que aja dano na estrutura adjacente. Também coloquei um bloqueio de voz para que ninguém ouça o que falamos.
- Fez bem. Você conseguiu invocar o seu Ka, o Ilusionista negro?
- Sim. Além disso, detenho controle sobre ele. Eu o mandei investigar alguns locais usando magia para ficar invisível.
- É uma ótima ideia. Quanto ao Ka pessoal de vocês... No futuro, vocês não vão precisar ser tão conscienciosos sobre manifestá-los.
- Como assim? Eu sei que precisamos evitar que outros os vejam. Quer dizer que no futuro não será preciso ocultá-los?
- Eu tive uma visão de monstros de cards sendo manifestados através da tecnologia de estranhos objetos presos nos punhos dos duelistas. Inclusive, poderá ser feita em qualquer lugar. Isso indica que em algum momento, vocês não vão precisar ocultá-los tanto.
- É uma boa notícia. Não por mim, mas, por Mana. Ela pode ser muito impulsiva. – ele fala o final suspirando.
- Eu sei.
- Mudando de assunto... Como está a exibição aí no Cairo?
- Está muito bom. Conseguimos peças históricas importantes. Eu fiscalizei algumas escavações e consegui impedir todos os roubos que iriam acontecer graças ao meu Sennen Tauku. Os meus servos estão me auxiliando.
- Sim. O Sennen Tauku é bem útil.
- Eu só queria conseguir uma visão do futuro do meu irmão... Porém, apesar das várias tentativas para obter essa visão, o Sennen Aitemu não revela qualquer visão do futuro dele.
- Deve ter algum motivo. Talvez, o destino dele não esteja escrito. Aconteceu o mesmo no passado quando éramos os Guardiões sagrados do Per'a'ah (Faraó).
- Provavelmente...
- Você consegue se lembrar do nome dele? Minhas lembranças do selamento de milênios atrás são demasiadamente difusas.
- É o mesmo para mim. Por que será?
- Eu sinto que foi necessário e acredito que nós mesmos que decidimos isso. Pelo menos, é a sensação que eu tenho.
- Provavelmente...
Eles conversam mais um pouco até se despedirem:
- Tenha uma boa noite, Ishizu.
- Para você também, Mahaado.
Então, após desconectar a ligação no celular, ele vira para trás e observa Mana inflando as bochechas, fazendo-o arquear o cenho, para depois, ela falar:
- Quando vocês vão confessar os seus sentimentos um para o outro? O pouco que me lembro de minha outra vida, vocês tinham sentimentos um pelo outro. Naquela época vocês suprimiram
- Foi necessário. Éramos os Guardiões sagrados da corte do Per'a'ah.
- Não me lembro de nenhuma lei proibindo a união de dois Guardiões Sagrados.
- De fato, não tinha nenhuma lei sobre isso. É que nós achávamos que não era adequado. Agora, eu não sei se esses sentimentos permaneceram. E se ela... – ele murmura o final enquanto ficava cabisbaixo.
- Claro que permaneceram! Eu acredito nisso. – a bronzeada fala com convicção.
Ao ver que o seu mestre ainda mantinha dúvidas, ela revira os olhos e depois, suspira enquanto Mahaado se refazia, pigarreando ao por a mão fechada em frente a sua boca, antes de olhar seriamente para a sua jovem aprendiza:
- Era para você estar treinando a manifestação do seu Ka. Daqui a pouco, você vai ter que dormir.
- Mas, é cedo.
- Não é.
- Eu queria ficar até tarde. – ela fala bufando enquanto cruzava os braços.
- Quando você for adulta, nós conversaremos sobre isso.
Os ombros dela caem e ela murmura palavras ininteligíveis enquanto retornava para a sala ao mesmo tempo em que Mahaado abanava a cabeça para os lados.
Há centenas de quilômetros dali, na sede principal da Industrial Illusions na cidade de São Francisco nos Estados Unidos, mais precisamente no escritório do CEO Pegasus J. Crawford, o mesmo estava lendo alguns relatórios em seu computador até que ele ergue os olhos para observar os dois quadros imensos que se encontravam em seu escritório espaçoso e imponente. Um era de Shaadii e o outro era da sua amada Cyndia.
Conforme observava o quadro dela, se recorda de quando o misterioso ser apareceu para ele quando a sua amada caiu doente. As palavras lhe deram esperança e desde aquele dia, aguardava ansiosamente o seu retorno para que revelasse o que havia prometido e conforme se permite passar a palma da sua mão no Sennen Aitemu que ocupava o lugar de um dos seus olhos, se recorda de que ao seguir as instruções que lhe foram fornecidas, ele havia conseguido o que lhe fora prometido.
Portanto, confiava plenamente nas orientações e se lastimava por ter sido proibido de pintar a sua aparência como havia feito com Shaadii e com a sua amada Cyndia.
Ele sai das suas recordações quando o telefone da sua mesa toca, com ele apertando um botão para colocar no viva-voz e ao fazer isso, ouve a voz da sua secretária:
- Senhor Crawford, tem uma ligação para o senhor e é urgente.
- Quem é?
- É de uma senhorita chamada Ishizu Ishtar.
- Complete a ligação.
- Como o senhor desejar.
Pegasus arqueia o cenho enquanto exibia preocupação em seu semblante porque somente um motivo muito importante faria Ishizu ligar para ele após ajudá-lo a ocultar o card dos três deuses egípcios.
- Aconteceu algo, senhorita Ishizu?
- O Líder dos Ghouls obteve duas cartas dos Deuses Egípcios, o Oshirisu no Tenkuuryuu e o Raa no Yokushinryuu.
- O quê?! Mas...! – ele exclama aterrorizado enquanto era assaltado pelas lembranças fatídicas envolvendo a criação dos três cards.
Suas memórias flutuam para o dia em que Shaadii apareceu para ele enquanto estava no Egito com uma equipe para procurar catacumbas egípcias em busca dos segredos do Egito antigo devido à visão deles da vida e da morte ao seguir as orientações desse ser.
Então, em uma manhã, enquanto se encontrava em um sítio arqueológico, o egípcio apareceu e contou sobre o Yami no Game e duelos envolvendo Ka´s, fazendo o CEO ter interesse em adquirir tais conhecimentos.
Shaadii os levou até o local que Pegasus podia encontrar as informações que desejava e usando os poderes do seu item, conseguiu fazer com que ele, o cameraman e os outros membros da sua expedição conseguissem entrar no subsolo do local onde ficavam os Guardiões da tumba, fazendo com que tivessem acesso as ilustrações de placas contendo monstros e outras tábuas de arenito guardadas por aquele clã ao longo dos milênios.
Depois, de volta aos Estados Unidos, três pessoas que participaram na expedição acabaram morrendo, sendo que foram mortes misteriosas que fizeram ressurgir o boato sobre maldições envolvendo todos aqueles que participavam de escavações de tumbas e sítios arqueológicos egípcios.
Dentre os mortos se encontrava aquele que filmou as placas, o que fotografou as placas e o artista que pintava os monstros em uma tela para a confecção dos cards ao retratar as ilustrações das placas impressas em fotos.
Cansado dos boatos e tomado pela decisão férrea de terminar a pintura dos monstros que seriam reproduzidos no card, Pegasus tomou para si a função de ilustrar os cards dos deuses que eram os últimos que faltavam, pintando-os primeiro em uma tela. Quando adormeceu em frente a última tela pintada, o seu Sennengan o levou ao local das pirâmides e forneceu uma visão assustadora da fúria dos Deuses quando os três seres se materializaram, para depois, o trio olhar irado para ele antes de lançarem o seu ataque em conjunto que continha toda a fúria divina deles.
Ele acordou aterrorizado e suando frio, sendo que a sensação ainda prosseguiu por vários dias e após terminar a criação dos três cards, Pégasus compreendeu que eles eram perigosos demais para serem liberados para o público e mesmo ele não podia mantê-los consigo.
Portanto, decidiu retornar ao Egito visando buscar algum meio de ocultá-los do mundo apesar de ter surgido na internet alguns boatos envolvendo a existência desses cards poderosos.
Ishizu chegou até ele e mostrou o poder do item que portava enquanto se prontificava a ajudá-lo a ocultar os cards, os separando ao escondê-los em três lugares distintos.
Então, o CEO apoia os cotovelos no tampão da mesa de mogno antes de apoiar a testa em ambas as mãos enquanto terminava de reviver as lembranças fatídicas envolvendo a criação daqueles três cards.
- Isso é... Quer dizer, é impossível controlá-los.
- Não é. Alguns conseguem controlar eles e eu temo que o Líder dos Ghouls seja uma dessas pessoas. Ele tem um Sennen Aitemu com ele, o Sennen Shakujou. Ele usa o objeto para escravizar a mente dos seus subordinados e controlá-los se assim desejar.
- E o Oberisuku no Kyoshinhei?
- Está comigo. Eu o retirei do local antes que o Líder dos Ghouls o encontrasse. – ela fala enquanto ocultava o fato de que era o seu irmão, sendo que somente Mahaado, Mana e Shaadi sabiam sobre esse fato.
Pegasus suspira de alívio para depois, falar:
- Eu temo que eles se enfureçam. Eu vi e senti a fúria divina deles, assim como o seu poder ao ser levado para aquela visão. Eu não consigo descrever em palavras o que eu senti naquela vez, sendo que fiquei aterrorizado por vários dias.
- Não podemos fazer nada, por enquanto. Eu acredito que ainda não precisamos nos alarmar.
- Mas, um dia precisaremos. – ele fala o final enquanto suava frio, pois, a lembrança daquele momento que presenciou a fúria divina deles e o seu poder imensurável ao unirem os seus poderes em um único ataque foi o suficiente para fazê-lo sentir calafrios e suar frio por muito tempo depois do ocorrido.
Inclusive, usar a palavra aterrorizante para aquela visão podia ser considerado um eufemismo porque não conseguia chegar nem perto das sensações que surgiram naquele instante e que persistiram por vários dias e ás vezes, em seus pesadelos.
- O destino irá decidir. Eu o manterei informado.
- Eu agradeço pela consideração, senhorita Ishizu.
- Por nada, Senhor Crawford. Eu preciso fiscalizar alguns documentos, agora.
- Tenha um ótimo dia.
- Obrigada. Para o senhor também.
Após encerrar a chamada, ele aperta um botão do aparelho em cima do tampão da sua mesa, se conectando com a sua secretária que atende a sua ligação no primeiro toque.
- O que o senhor deseja, Senhor Crawford? – ela pergunta respeitosamente.
- Cancele qualquer ligação para o meu escritório. Só vou aceitar chamadas que estejam na minha lista pessoal. Também quero cancelar todos os meus compromissos na parte da tarde. Os remarque. O único que não vou cancelar é o que está agendado para as dezessete horas. Ele tem prioridade sobre qualquer compromisso.
- Como o senhor desejar, Senhor Crawford. O senhor deseja algo mais?
- Não.
Nisso, ele encerra a ligação e vira a poltrona acolchoada giratória para as imensas janelas que saíam do chão para se encontrarem no teto. O CEO passa a olhar para o céu enquanto entrelaçava os dedos após apoiar os respectivos cotovelos no apoio dos braços ao mesmo tempo em que se perdia em recordações.
Há centenas de quilômetros dali, na cidade de Dominó no Japão, mais precisamente no colégio da cidade, em uma das salas de aula daquele edifício, Atemu derrotava mais um monstro, com o CEO possuindo oitocentos pontos de vida enquanto o Faraó permanecia com quinhentos pontos de vida.
- Agora o desfecho não parece mais tão claro, né?
Então, Seto pensa, consigo mesmo:
"Droga! Se continuar assim eu vou perder. Eu sei que há cards no meu baralho que podem derrotar o Deemon no Shoukan. Porém, as chances de eu sacar um deles na próxima rodada são muito pequenas. Mas há uma maneira de vencer. Ele não está neste baralho e sim no meu bolso. A meu ver, as regras deste jogo foram para o lixo quando os monstros começaram a ganhar vida! Se eu usar o meu trunfo, eu vencerei!" – ele termina o final exibindo uma face próxima da insanidade ao pensar na vitória certa ao colocar esse card na mesa.
Seto trata de distrair Atemu ao desfazer rapidamente a sua face de insanidade enquanto falava, exibindo uma falsa face de admiração:
- Tenho que admitir que você é muito bom, Yuugi. Não pensei que fosse ser tão difícil! Mas você não vai passar daqui! – ele falava enquanto tirava discretamente o card do bolso da sua calça, fingindo que ele estava dentre os cards da sua mão – Eu estava guardando um card especial para uma ocasião como esta. E o card é...
Ele o coloca em posição de ataque no campo enquanto exclamava:
- Este! O Buruuaizu Howaito Doragon (Blue-Eyes White Dragon)! O card mais raro do mundo! – ele gargalha o final ao ver o monstro ganhar vida enquanto exibia genuína admiração e empolgação com a materialização do monstro na sua frente – Uau! Isso é demais! É muito legal!
- Este card é do meu jii-chan! – ele exclama se referindo a Sugoroku como o seu avô por estar usando o corpo do seu hospedeiro e para não levantar quaisquer suspeitas de que era outra pessoa duelando.
Seto dá uma risada de escárnio enquanto exibia uma face ensandecida.
– O card do seu jii-chan?! Você está enganado! Este card é meu! Eu o consegui com outra pessoa! O poder de ataque do seu Deemon no Shoukan é dois mil e quinhentos pontos e o do meu Buruuaizu Howaito Doragon é três mil. A diferença é de quinhentos pontos! Os mesmos quinhentos pontos que lhe restam Yuugi. Em outras palavras, quando eu atacá-lo, você vai ter os seus pontos de vida zerados e com isso, eu vou vencer o jogo! – ele termina o final gargalhando ao acreditar que era o vencedor do duelo.
Chapter 69: Yami no Geemu – Seto Kaiba - Final
Summary:
Seto fica...
Atemu decide...
Chapter Text
- Vá, Buruuaizu Howaito Doragon! Acabe com o Yuugi!
Porém, ele fica estupefato ao ver que o dragão não ataca o Deemon no Shoukan, fazendo-o questionar o dragão enquanto mantinha um semblante estupefato:
- Hã?! O quê?! Por que você não ataca?
Atemu fala olhando seriamente para o seu oponente:
- Kaiba, você ainda não entendeu o verdadeiro significado deste jogo. O card não vai me atacar porque a sua alma não está nesse Buruuaizu Howaito Doragon.
- O quê?! – ele exclama enquanto exibia uma face que demonstrava um misto de estupefação e desespero.
- Eu posso vê-la... Vejo a alma do meu jii-chan atrás do Buruuaizu Howaito Doragon – O faraó fala enquanto via a representação da alma do avô de Yuugi por trás do monstro que ignorava as ordens do ladrão que o roubou do neto de Sugoroku.
Então, o dragão se autodestrói ao desaparecer como se tivesse sido atacado enquanto Kaiba murmurava ao mesmo tempo em que suava frio:
- O meu Buruuaizu Howaito Doragon está... desaparecendo.
- Para o meu jii-chan, esse card é mais do que uma peça de coleção. O dragão ficou dividido entre sua missão de destruir e a lealdade para com o meu jii-chan. Destruir a si mesmo foi a única maneira dele cumprir com o seu dever.
- Isso é impossível! Não há como os cards pensarem! – Seto exclama exibindo uma face que era um misto de incredulidade e desespero.
- Agora é a minha vez. Como você pode ver, eu mantive esse card para baixo até agora – Atemu falava enquanto aproximava a sua mão no card de magia virado para baixo – Resolvi usá-lo nesta rodada.
- Quando ele... que card é esse? – Kaiba pergunta enquanto lutava para digerir o acontecimento inesperado e igualmente absurdo para ele.
- Shisha Sosei (Monster Reborn)! Claro que o monstro que escolho ressuscitar é...
Nisso, o Buruuaizu Howaito Doragon ressurge no campo no lado do Faraó enquanto que Seto suava frio, exibindo um semblante que era um misto de desespero e estupefação enquanto apontava com o indicador:
- O quê?! Como você pode ter esse card? – ele lutava para acreditar que o duelista a sua frente detinha o card Shisha Sosei em seu deck ao mesmo tempo em que exibia o mais puro medo em seu rosto quando o dragão rugiu em completa fúria contra o rosto dele.
- Ataque! Horobino Baasuto Suteriimu (滅びる バーストストリーム - Fluxo da explosão destrutiva)!
O dragão concentra o seu poder nas mandíbulas potentes e libera uma rajada potente contra Seto, zerando os seus pontos de vida:
- Eu perdi! – ele exclama desesperado ao mesmo tempo em que exibia uma face que era um misto de estupefação e incredulidade porque não esperava ser derrotado.
- E agora vem a sua punição. – Atemu fala apontando o dedo em riste para ele enquanto sorria com satisfação ao mesmo tempo em que aparecia o símbolo de um olho em sua testa.
Concentrando os poderes do Sennen Pazuru juntamente com a sua magia, ele tranca a mente de Seto dentro da ilusão de um card, com o adolescente vendo a si mesmo preso dentro do objeto que exibia a sua face aterrorizada e as suas mãos espalmadas como se tentasse sair enquanto gritava por estar aprisionado dentro de um card.
Então, o CEO pisca os olhos em um determinado momento e ao fazer isso, ele está em um local desconhecido e exclama estupefato:
- O quê?! Estou dentro de um card? Este é o mundo de Duel Monsters?
Então, depois que olha para os lados, seu rosto vira para frente e ao fazer isso, todos os monstros que foram enviados para o cemitério durante o duelo de ambos surgem na sua frente demonstrando fúria em seus semblantes enquanto mostravam as suas garras e presas ao mesmo tempo em que o estudante gritava por se encontrar aterrorizado.
No mundo real, Atemu se levanta, pegando o card do avô de Yuugi enquanto olhava para o corpo de Kaiba caído no chão.
- Kaiba... você provavelmente vai experimentar a morte neste mundo. Um dos meus desejos é que ao se tornar um card, você venha a entender o coração dos cards. O outro foi a retribuição por ter ferido o meu amado e por tê-lo feito sofrer. É uma pena que será um pesadelo de apenas uma noite por ter aprisionado a sua consciência em uma ilusão. Eu desejava manter o seu sofrimento por mais tempo pelo que fez contra aquele que eu amo. Talvez, você possa se tornar um verdadeiro duelista após essa experiência. Quanto ao Buruuaizu Howaito Doragon, eu vou devolvê-lo ao Sugoroku. Assim o card vai ficar feliz, também.
Ele começa a sair do local com uma das mãos do bolso quando vira o rosto lateralmente para olhar o CEO inconsciente no chão.
- Quem dera que eu pudesse prorrogar isso por vários dias pelo que fez contra o Yuugi. Porém, se eu fizesse isso, os demais alunos iriam encontrar o seu corpo inconsciente de manhã e quero evitar qualquer problema para o meu amado porque alguém pode ter visto ele se encontrando com você na saída do colégio e tudo o que eu menos quero é a polícia questionando aquele que eu amo. Eu espero que, pelo menos, você venha a ter pesadelos por causa dessa experiência. Bem, eu acredito que aquele dragão virá se vingar pelo que fez ao Mou Hitori no Ore.
Então, ele sai discretamente do colégio e ao se afastar, olha para o lado ao surgir uma sensação conhecida e ao fazer isso, avista a albina em cima de um muro com as suas asas peludas e emplumadas dobradas nas suas costas enquanto que as suas orelhas de gato se mexiam nos lados da sua cabeça, provavelmente captando sons. O Faraó acreditava que ela estava usando magia para ficar invisível aos demais, mas não para ele.
- Ele é todo seu.
- Obrigada. Eu preciso de retribuição.
- Eu queria poder prolongar mais, mas se eu o mantivesse preso nessa ilusão por muitos dias que o faz ficar inconsciente, poderia trazer problemas para o Mou Hitori no Ore.
- Eu vou intensificar os pesadelos e fazê-los durar vários meses como retribuição. Será no mesmo estilo e conteúdo que fiz contra Jounouchi e Honda. Eu também quero evitar problemas para o fofo do Yuugi-kun. Por falar naqueles dois... você ainda deseja manter o castigo dos pesadelos vívidos todas as noites? – ela pergunta o final arqueando o cenho.
- Vou manter esse castigo, ainda. Eu preciso ter certeza de que não vão ter uma recaída. Além disso, eu preciso de uma prova incontestável de que eles mudaram e que nunca mais vão ser os bastardos que foram no passado. Eles atormentaram, humilharam e machucaram o meu amado por vários meses. Portanto, essa punição vai continuar por vários meses até que possam resgatar o que fizeram contra o Mou Hitori no Ore.
- Eu também confesso que não queria desfazer tão cedo. Eu fico feliz que você compartilha da mesma opinião que eu possuo sobre esse assunto.
O espírito consente e se afasta com as mãos nos bolsos enquanto Yukiko abria as suas asas e usava magia para entrar no colégio. Ao encontrar Kaiba, usa a sua magia nele antes de se retirar, garantindo pesadelos vívidos consecutivos iguais ao que Jounouchi e Honda compartilhavam, com o pesadelo dado por Atemu sendo o último que ele iria vivenciar todas as noites. O pesadelo criado pelo Faraó para o CEO seria o único que Seto irá se lembrar ao acordar.
No ponto de ônibus, próximo do colégio, o espírito fica aliviado ao ver que chegou a tempo de pegar o ônibus e quando o coletivo parou no ponto que se encontrava próximo a loja do avô de Yuugi, Atemu caminha até ficar em frente à entrada da cozinha e antes de erguer a mão para pegar na maçaneta para entrar no local, ele se prepara para trocar de lugar com o seu amado.
O Faraó fecha os olhos ao mesmo tempo em que fazia com que o corpo voltasse a ter a aparência do seu amado e ao abri-los, ele se encontra no corredor de alma e entra na câmara do seu amado cuja porta estava fechada.
Após abrir a porta, o espírito se dirige até onde estava o jovem que dormia profundamente.
O espírito senta na cama, afastando gentilmente uma das franjas douradas enquanto ficava absorto na apreciação daquele rosto em forma de coração de contornos suaves e sem conseguir se conter, ele passa um dos dedos nas bochechas do macho menor, para depois, contornar suavemente os lábios macios de pétalas de rosa ao mesmo tempo em que suprimia um suspiro. O Faraó também suprime o desejo de encostar seus lábios naqueles lábios pequenos e delicados.
Afinal, ele achava injusto roubar o primeiro beijo do seu amado quando ele estava inconsciente e mesmo que estivesse acordado, nunca roubaria sem que os sentimentos fossem recíprocos.
- Você roubou o meu coração pequeno. Mesmo que os seus sentimentos não sejam recíprocos aos meus, eu vou protegê-lo com a minha vida e também vou proteger a sua luz. Nada me dá mais paz e tranquilidade do que ver o seu belo sorriso e a genuína felicidade em seus belos olhos de ametista.
Ele inclina o seu rosto e por pouco, os seus lábios não roçam os lábios do adolescente.
Com muito custo, ele ergue o rosto e beija a testa de Yuugi, para depois, suspirar, encostando a sua testa na dele e após alguns segundos, o Faraó se levanta e usa os seus poderes e os do item para manipular as memórias do seu amado enquanto suprimia a forte sensação de culpa que sentia sempre que fazia isso apesar de saber que era feito para garantir a tranquilidade mental e paz de espírito do seu amado. O espírito conseguia sentir uma resistência inconsciente cada vez maior de Yuugi às alterações na memória dele, fazendo-o temer o dia que não conseguiria modificá-las da forma que desejava, tornando impossível a permanência da garantia de tranquilidade mental e paz de espírito.
Ele manipula as memórias desde o colégio, suprimindo o roubo de Kaiba e dando falsas lembranças para que Yuugi pensasse que foi um dia normal e que havia chegado tarde porque perdeu o ônibus ao ficar olhando para uma loja próxima do ponto de ônibus, fazendo com que tivesse que esperar o próximo coletivo para que pudesse voltar para casa.
Após ficar satisfeito com as lembranças que impediriam o jovem de desconfiar do que ocorreu, ele entrega o controle do corpo de volta ao seu amado, com os olhos piscando levemente antes de clarear ao mesmo tempo em que Atemu havia se recolhido ao labirinto da sua câmara da alma.
Quando a visão de Yuugi clareia, ele é inundado pelas falsas lembranças enquanto suprimia uma sensação estranha na forma de um pressentimento de que aquelas não eram as suas lembranças.
Decidindo que era algo surreal e fruto da sua mente impressionada com alguns filmes de terror que viu recentemente junto dos seus amigos, ele abana a cabeça para os lados e entra na sua casa, observando o seu amado avô terminando de ajeitar o jantar em cima da mesa da cozinha que ficava atrás da loja enquanto que os quartos e o banheiro ficavam na parte de cima.
- Tadaima, jii-chan!
- Okaeri! Está com fome?
- Muito.
Ele coloca a mochila em uma das cadeiras e senta em uma cadeira, com o avô perguntando após se servir da comida enquanto o seu querido neto colocava a sua porção de comida em seu prato:
- Você chegou tarde, hoje. Eu estava prestes a ligar para os seus amigos.
- Desculpe, jii-chan. Eu me distraí olhando para uma loja próxima do ponto e acabei perdendo o ônibus. Eu tive que esperar o próximo.
- Da próxima vez me avise, por favor.
- Pode deixar, jii-chan.
Sugoroku consente enquanto sorria e após comerem, Yuugi ajuda na louça para depois, ir até o seu quarto.
Depois que ele põe o seu pijama de estrela que era o seu favorito, o jovem deita na cama macia e adormece, desconhecendo o fato do espírito do Faraó aparecer ao seu lado para observá-lo dormir como sempre fazia ao se deitar no lado dele, admirando aquele que amava com toda a força do seu coração.
Alguns dias depois, no intervalo das aulas, aproveitando que as gêmeas haviam saído, com uma delas indo ao banheiro e a outra para a biblioteca enquanto Yuugi estava revisando as lições do professor que iria entrar para a próxima aula, Jounouchi se aproxima da meia dragoa que estava verificando alguns itens em sua maleta, com ela sabendo o que iria acontecer ao mesmo tempo em que era ciente que devia permitir que os acontecimentos alterados fluíssem por mais que odiasse o resultado deles.
- Ei, Yukiko-chan. – o loiro chama a atenção da albina ao sentar em uma cadeira ao lado dela, que naquele momento estava desocupada enquanto que Honda havia visto o movimento do seu amigo, sabendo o motivo dele se aproximar da albina.
Em virtude de terem se tornado amigos, o moreno e o loiro não temiam mais a albina e as gêmeas.
Então, Yukiko ergue o olhar para Katusya ao se virar lateralmente na sua cadeira e finge inocência sobre o assunto que ele queria falar com ela.
- Sim, Jounouchi-kun?
- Eu estava pensando se você poderia me encontrar na saída do colégio, perto daquela loja de doces na esquina.
Ela finge curiosidade, para depois, consentir.
- Obrigado. – o adolescente de cabelos loiros agradece enquanto sorria.
Então, as irmãs entram na sala de aula e ao olhar para a morena, o loiro cora intensamente e sente o seu coração bater acelerado enquanto se encontrava preso em uma espécie de transe por não conseguir desviar os olhos de Nuru. Ele a observou colocar distraidamente os dedos dentre alguns fios ônix soltos para escová-los levemente enquanto conversava com Kisara, com a bronzeada rindo levemente de algo que a prateada disse. Katsuya confessava que não se importava de ficar contemplando por várias horas aquela que ele amava com toda a força do seu coração.
- Ei, Jounouchi. – o moreno vai até o amigo e o cutuca no ombro para tirá-lo do transe enquanto revirava os olhos.
O adolescente de olhos cor de mel sai do seu estupor e sacode a cabeça para os lados, para depois, se afastar da cadeira para retornar ao seu lugar enquanto Honda abanava a cabeça para os lados após suspirar.
Mais tarde naquele dia, as gêmeas decidem passar na biblioteca para pegar alguns livros porque apesar das facilidades proporcionadas pela internet, elas ainda preferiam os livros e usavam a internet apenas para buscar algum complemento. Yuugi iria acompanhar as gêmeas a biblioteca porque precisava pegar alguns livros, também. Quanto a Honda, ele havia decidido ir para uma loja de maletas para comprar uma nova após notar o rasgo em uma parte das costuras laterais.
Então, ao chegarem no portão, a albina se afasta junto de Katsuya, com ambos se dirigindo para a frente da loja de doces, com o loiro desconhecendo o fato de que ambos eram observados a distância enquanto que Yukiko era ciente dos olhares que os seguiam atentamente.
Chapter 70: Ausência
Summary:
Yuugi se encontra...
Hanasaki fica...
Yuugi e os outros decidem...
Chapter Text
No dia seguinte, Yuugi pega sozinho o ônibus para ir até o colégio porque Yukiko e as gêmeas decidiram ir mais cedo para que pudessem passar na biblioteca para trocarem alguns livros que haviam pegado no dia anterior.
Mutou ficou surpreso pela ausência de Jounouchi porque ele e Honda passaram a pegar o mesmo ônibus que ele e costumavam usar o tempo extra para conversarem junto de Yukiko, Nuru e Kisara. Em relação a Hiroto, o moreno havia avisado que precisava dar um medicamento para a sua cachorra no horário correto e por isso, iria pegar o ônibus depois daquele que eles pegavam por uma semana.
Ao terminar de se posicionar de pé, próximo da porta, uma voz suave chama a sua atenção, com ele reconhecendo o dono.
- Ohayougozaimassu, Yuugi-kun.
- Ohayou, Hanasaki-kun!
O loiro consente, para depois, perguntar:
- O trabalho da sensei Midori-san é para a próxima semana, certo?
- Sim. – o jovem de cabelos tricolores fala com o seu sorriso usual.
Hanasaki põe a mão em cima do tórax, suspirando de alívio, para depois, falar:
- Que bom! Eu ia entregar hoje, mas, queria melhorar a conclusão do trabalho. Eu sinto que pode ficar melhor.
- Eu sei como é. É o mesmo comigo.
- Yuugi-kun, eu estava pensando se... – ele demonstra um pouco de nervosismo fazendo com que Mutou arqueasse o cenho.
Sorrindo gentilmente, ele põe uma das mãos no ombro do acastanhado, mantendo ao mesmo tempo a sua outra mão segurando uma das barras de metal dentro do coletivo, para depois, apertar levemente o ombro no sentido de tranquilizar o seu colega enquanto exibia o seu usual sorriso gentil.
O jovem de óculos se acalma e depois, repete a pergunta após Yuugi tirar a mão do seu ombro, voltando a segurar à barra metálica com ambas as mãos enquanto Hanasaki agradecia mentalmente pelo fato de Mutou está sozinho porque a presença de Jounouchi e Honda o intimidava por causa do passado de ambos como praticantes de bulliyng e por mais que eles procurassem conversar amigavelmente com ele, ainda sentia hesitação e nervosismo perto deles:
- Eu estava pensando se um dia desses, eu poderia convidar você e os outros para irem até a minha casa. – ele termina de falar e fecha os olhos, temendo receber uma resposta negativa.
Afinal, eles apenas conversaram algumas vezes porque ele ainda temia um pouco Jounouchi e Honda pelo tempo que eles agiam como valentões praticando bulliyng, com Yuugi não sendo a sua única vitima embora fosse o que mais sofresse em suas mãos por ter sido o favorito para eles agredirem verbalmente e fisicamente, além de humilhá-lo em público antes que as amigas de infância de Mutou chegassem para colocarem ambos em seus devidos lugares, com o diretor ignorando a surra que elas davam neles após a saída porque Kisara e Nuru eram artistas marciais e praticantes de Kenjutsu que sempre conseguiam medalhas nas competições interescolares enquanto que Yukiko assumia a função de arco e flecha e outras modalidades, fazendo com que também trouxesse medalhas para a instituição de ensino.
Portanto, não havia lógica ele fazer algo contra aqueles que traziam medalhas por agredirem fora da área do colégio, dois adolescente que não traziam nada de bom para o colégio, além de má fama por causa dos seus atos.
- Eu adoraria, Hanasaki-kun! E eu acredito que os outros também vão adorar! – o jovem de cabelos tricolores exclama animado.
Hanasaki abre os olhos, exibindo estupefação em seu semblante, para depois, sorrir imensamente porque estava feliz ao saber que as suas suposições estavam errôneas e que Mutou gostaria de ir até a sua casa, com ele acreditando que os outros também gostariam de visitá-lo.
Afinal, Yuugi os conhecia bem e por isso, ele acreditava no que o seu colega havia dito.
Então, eles conversam alguns assuntos enquanto ambos esperavam o ônibus chegar até o ponto próximo do colégio para poderem descer.
Em um determinado momento, o acastanhado olha pela janela e avista ao longe uma cabeleira loira estranhamente familiar junto de outros homens, com ele achando que o loiro se parecia com Katsuya.
Ele pega o seu óculos e limpa com uma flanela antes de colocar no rosto novamente, com o adolescente piscando ao ver apenas a ponta de um calcanhar desaparecendo ao virar a esquina.
Yuugi pergunta com evidente preocupação em seu semblante ao ver que o seu amigo não respondeu a pergunta dele enquanto parecia olhar um ponto especifico na frente dele porque Mutou havia acompanhado o seu olhar e não havia visto nada de estranho:
- Hanasaki-kun, tudo bem?
Então, o acastanhado sai do seu estupor, para depois, falar, coçando levemente o queixo:
- Gomennasai. Eu achei que tinha visto alguém familiar. Mas, eu acho que me enganei.
De fato, conforme pensava no que viu, ele achou que não podia ser Jounouchi porque desde que passou a andar junto de Yuugi e dos outros, o seu comportamento mudou.
Inclusive, os professores haviam notado essa mudança em ambos e fizeram alguns comentários em forma de elogios discretos.
- Tudo bem. Eu fico aliviado em saber que foi por esse motivo. Eu estava preocupado. – Yuugi comenta e depois, suspira de alívio enquanto colocava uma das mãos em cima do seu tórax.
- Novamente, eu peço desculpas. – Hanasaki se solta brevemente da barra metálica para se curvar apropriadamente ao seu amigo antes de voltar a se segurar.
- Não precisa se desculpar... – o adolescente pigarreia para depois, mudar de assunto antes que o seu amigo pedisse desculpas novamente – O que achou do conteúdo de ontem da aula do sensei Akira-san?
- Eu achei incrível! Quer dizer, é apenas uma teoria, mas ela é formidável.
- Eu também achei. Seria tão legal se isso fosse verdade. – Mutou comenta animado.
Ambos conversam mais alguns assuntos até que param ao ver que o ponto deles se aproximava e após darem sinal para o motorista parar, eles e outros estudantes do mesmo colégio descem do ônibus em direção à instituição de ensino.
Eles continuam conversando conforme andavam e quando entram na sala de aula, Hanasaki se dirige até a sua carteira enquanto Yuugi se sentava na sua ao mesmo tempo em que Yukiko, Nuru e Kisara entravam na sala de aula.
- Ohayou, Yuugi-kun!
- Ohayou!
- Ohayou, Yuugi-kun!
- Ohayou! – ele as cumprimenta enquanto elas sentavam em seus respectivos lugares.
Como se sentavam próximos um do outros, eles começam a conversar, com Yuugi falando em um determinado momento ao mesmo tempo em que era evidente a preocupação em seu tom de voz:
- Eu não vi o Jounouchi-kun no ônibus.
Elas se entreolham com Yukiko fingindo que não sabia o que havia acontecido.
- Talvez, ele ficou de vir com o Honda-kun. Afinal, eles são amigos de longa data. – a prateada falava enquanto sorria.
- Sim. Provavelmente foi isso o que ocorreu, Yuugi-kun. – a bronzeada falava enquanto apoiava gentilmente uma das suas mãos no ombro dele.
A albina comenta enquanto controlava a vontade intensa de pegar Hirutani e seus capangas como seus brinquedos de tortura, confessando que era irritante esperar o momento que ela poderá pegá-los para que pudesse se vingar do que eles irão fazer contra aquele que via como um filho querido:
- De fato, ele pode ter se esquecido de avisar que viria com o Honda-kun.
- Verdade. – o jovem consente, exibindo o seu sorriso usual.
Então, Honda entra na sala, massageando a nuca e se aproxima deles, os cumprimentando, para depois, olhar em volta, arqueando o cenho ao mesmo tempo em que as gêmeas, a albina e o jovem de olhos ametistas se entreolhavam, com Mutou perguntando antes que Hiroto formulasse a sua pergunta:
- Honda-kun, onde está o Jounouchi-kun? – ele pergunta com visível preocupação em sua voz porque eles haviam combinado de treinarem alguns duelos de Duel Monsters.
O moreno se vira para eles, exibindo estupefação em seu semblante, fazendo com que Yuugi começasse a temer pelo seu amigo loiro.
- Eu pensei que ele estava no ônibus com você. Eu ia perguntar agora onde ele está.
- Ele não veio. Eu achei que ele viria junto com você.
Prontamente, eles pegam os seus smartphones e enviam mensagens ao loiro enquanto exibiam preocupação em seus semblantes, com Yukiko fingindo preocupação porque ela sabia o que ocorreu.
Hiroto coloca a mão no ombro de Mutou e aperta levemente para confortá-lo, fazendo o jovem de cabelos tricolores olhasse para ele.
- Talvez, ele precisou acompanhar a irmã dele no médico e se esqueceu de avisar. Não é a primeira vez que ele se esqueceu de dar um recado, principalmente quando envolve a sua adorada imouto. Vamos esperar, ok?
O adolescente consente e Honda sorri, consentindo, para depois, se sentar em seu lugar quando o sensei entra na sala de aula e após colocar o seu material na mesa, os alunos se levantam e cumprimentam o professor, voltando a se sentar em seguida enquanto que o docente se preparava para dar aula ao mandar os alunos abrirem os livros em uma determinada página.
Nesse interim, Hanasaki ouviu a conversa deles e começa a duvidar da sua suposição inicial que era apenas alguém semelhante ao loiro que ele viu virando a esquina do novo fliperama que abriu na semana passada e conforme pensava nisso, decidiu que se Jounouchi não respondesse a mensagem deles, ele iria contar as suas suspeitas para aliviar a sua consciência.
Enquanto isso, na câmara da alma de Atemu, o Faraó estava sentado em seu trono de pedra enquanto exibia preocupação em seu semblante que não era referente à ausência do loiro e falta de comunicação dele e sim, que algo tivesse acontecido, fazendo com que o seu amado Yuugi decida socorrê-lo, acabando por se colocar em perigo.
Afinal, ele queria protegê-lo enquanto que havia prometido a si mesmo que somente iria modificar as memórias dele se fosse estritamente necessário e caso não houvesse outra forma de tentar dar paz de espirito para o jovem, embora sentisse que cada vez mais ficava difícil alterar as memórias sem que o seu anfitrião sentisse que havia algo estranho. Ele temia o dia que o jovem percebesse as memórias falsas ou lacunas de conhecimento que poderia surgir da indagação ou comentários de terceiros, algo que o espírito não podia controlar e tudo o que ele menos queria era que o seu amado passasse a temer que houvesse algo que podia subjugá-lo e modificar as suas memórias porque era um pensamento demasiadamente assustador para qualquer um.
Portanto, o espírito desejava que Katsuya não tivesse se metido em problemas porque não queria que Yuugi acabasse em perigo em virtude do fato do seu amado ser compassível, benevolente, doce, amável, bondoso e gentil ao ponto de não hesitar em arriscar a sua vida por um amigo e também por um inimigo em virtude do seu coração de ouro.
No final do dia, quando as aulas terminam, Yuugi, Honda, Yukiko, Kisara e Nuru estão no portão e era visível o quanto o jovem de olhos ametistas estava preocupado porque o amigo não retornou as mensagens e quando ligaram para o telefone móvel dele, eles ouviram a mensagem que o aparelho se encontrava desligado.
Naquela linha do tempo alterada, como Jounouchi morava com a mãe e irmã, a genitora deles trabalhava fora o dia inteiro e com Katsuya em casa, podia delegar a ele a responsabilidade de levar Shizuka ao médico para acompanhamento em vez de precisar faltar ao trabalho como era na linha do tempo original quando a sua filha morava com ela e o seu filho morava com o pai.
Portanto, nessa linha alterada, o loiro precisava faltar no colégio algumas vezes ao contrário da linha do tempo original que ele nunca faltava e o motivo dele precisar faltar às aulas era porque o melhor oftalmologista daquela região somente atendia em Dominó na parte da manhã, fazendo com que a mãe deles avisasse a instituição de ensino sobre a necessidade do filho de faltar nas aulas e após a deliberação do diretor que aprovou as ausências do loiro, ficou acordado que ele traria um atestado médico para justificar a sua falta.
Inclusive, por causa dessa alteração, Honda não ficou exasperado na hora do intervalo quando ficou comprovado que o loiro havia faltado como foi na linha do tempo original.
Portanto, ele e os outros somente se preocuparam com Katsuya quando ele não retornou as mensagens e pelo fato do seu smartphone estar desligado.
- Podemos ir para a casa dele. Eu sei onde ele mora. Talvez, a irmã dele saiba de algo.
- Certo. – o jovem de orbes ametistas consente, com as demais consentindo.
Então, eles pegam o ônibus enquanto Yuugi avisava ao seu amado avô que iria se atrasar, com Sugoroku agradecendo o aviso.
Enquanto isso, na câmara da alma de Atemu, o vinco nas sobrancelhas do Faraó aumentava devido ao receio de que fosse algo mais grave e que poderia colocar em perigo o seu amado porque ele odiava expô-lo ao perigo, assim como detestava mudar as memórias dele e quando precisava fazer isso, o espírito sempre se sentia culpado mesmo que soubesse que era necessário para dar paz de espírito ao seu amado e para evitar que ele desconfiasse de algo, embora soubesse que era inevitável a descoberta dele porque um dia, ele iria perceber a sua presença.
Atemu suspirava novamente enquanto massageava uma das têmporas em sentido anti-horário.
No lado de fora, eles aguardavam o ônibus chegar ao destino deles, com Yuugi perguntando ao moreno:
- Você conhece o Jounouchi-kun desde o ensino fundamental, Honda-kun?
- Sim.
- Imagino que o visitou várias vezes.
- Nunca o visitei por causa da mãe dele. Ela é super protetora com a filha, ainda mais com o problema que ela tem nos olhos e por causa da fase de revolta de Jounouchi, que o fez se envolver brevemente com gangues no passado e que somente parou após eu fazer amizade com ele. Portanto, a mãe dele tem extrema desconfiança com os amigos dele. Em relação a Shizuka-chan, segundo o que Jounouchi disse, ela ainda não tem a capacidade de enfrentar a mãe. No máximo, ela se ressente pela diferença de tratamento entre ambos. Ele tem a esperança que a sua irmã ganhe confiança para enfrentar a mãe deles porque ela chega ao ponto de limitar as amizades da Shizuka-chan por ser muito controladora.
- Nossa... ela deve ser um horror. Coitada da Shizuka-chan. – Kisara comenta com o coração na mão.
- Verdade. Não desejo uma mãe dessas nem ao meu pior inimigo. – Nuru comenta.
- Coitada... – Yuugi comenta com pesar em sua voz.
Hiroto ergue o seu punho e observa o seu relógio, comentando:
- Ainda falta quarenta minutos para ela chegar em casa. Creio que temos tempo para conversar com a Shizuka-chan. Por causa do seu problema de visão, ela só pode sair acompanhada de Jounouchi ou dela. Normalmente, a mãe dela a leva para o colégio e quando terminam as aulas, ela busca a filha e quando não pode fazer isso, Jounouchi assume essa função. Porém, isso raramente acontece.
- Uma vida bem limitada... Pobrezinha. – Yukiko comenta ao fingir que não sabia o que acontecia na casa do loiro.
- A mãe deles é tão controladora e desconfiada, que eu nunca cheguei a vê-la. Mas, Jounouchi a descreveu e por isso, eu posso identificá-la.
- Nossa... Mas, é sério que nunca a viu? – Yuugi pergunta exibindo estupefação em seu semblante porque esperava que o amigo dele tivesse visto ela, pelo menos, algumas vezes.
- Sim. Ele queria evitar que eu tivesse problemas caso a mãe deles descobrisse que algum amigo dele falou com ela e considerando o fato dela não ter coragem para enfrentar a genitora, Jounouchi decidiu que não era indicado arranjar este problema adicional. Porém, com o sumiço dele, não vejo outra solução além de me indispor com a genitora deles para conseguirmos qualquer informação que possa ser útil.
- Você não está sozinho. Ela se acha intimidadora? É porque essa desgraçada não nos conhece, certo? – a albina sorri e pergunta em tom de confirmação, olhando para as gêmeas que consentem.
- Com certeza. – a prateada falava enquanto compartilhava do sorriso da albina.
- Ela merece enfrentar alguém que pode ser mais intimidadora do que ela. – Nuru fala animadamente ao mesmo tempo em que exibia um imenso sorriso.
O moreno consente enquanto demonstrava alívio em seu semblante por elas estarem junto deles.
Afinal, ele não queria se indispor com uma mulher porque achava desonroso um homem fazer isso.
Inclusive, mesmo quando praticavam bullying, ele e Jounouchi nunca fizeram nada violento contra as mulheres, a não ser tentar ver as peças intimas delas, com eles encerrando essas tentativas ao fazerem amizade com Yukiko e as gêmeas.
Yuugi, que estava ao lado da albina, sorri ao se sentir confiante com a presença das suas amigas ao mesmo tempo em que decidiu ser forte para não mostrar fraqueza frente a qualquer intimidação que surgisse da mãe de Jounouchi e Shizuka.
Então, eles descem no ponto designado pelo moreno, com eles não percebendo que Hanasaki os estava seguindo e que se encontrava nervoso por não ter tido a coragem de se aproximar deles para falar da desconfiança dele enquanto orava para que não fosse nada e que de fato, Katsuya havia se esquecido de comunicar os seus planos para aquele dia.
Eles estavam tão entretidos, procurando a numeração correta da casa de Jounouchi que não perceberam o acastanhado que os seguia timidamente.
Então, o grupo de Yuugi acha a casa ao mesmo tempo em que Hiroto consultava o seu relógio porque queria evitar que eles se encontrassem com a mãe do loiro porque estava preocupado com o Yuugi que era facilmente intimidado, com ele desejando poupá-lo disso.
Eles se aproximam e Honda toca a campainha, com o som revibrando pela casa na frente deles que era ampla, considerando o padrão das casas japonesas no centro das cidades.
Chapter 71: Ilusões mágicas
Summary:
Honda fica...
Shizuka se encontra...
Yukiko decide...
Chapter Text
Eles ouvem passos e depois, a porta abre, com Honda ficando em uma perda de palavras ao ver a jovem a sua frente.
Ela tinha cabelos castanhos compridos e os seus orbes cor de mel estavam olhando para os recém-chegados em um misto de curiosidade e receio ao mesmo tempo em que parecia forçar levemente os olhos para observá-los.
O moreno estava em uma perda de palavras ao mesmo tempo em que se encontrava preso em uma espécie de transe frente a beleza da acastanhada ao ponto de balbuciar palavras inteligíveis sobre o olhar estupefatos de todos, com as gêmeas e albina compreendendo o que acontecia ao moreno ao contrário de Yuugi que não compreendia, fazendo com que ficasse preocupado com o comportamento de Hiroto. Na câmara da alma do Faraó, o mesmo abanava a cabeça para os lados enquanto sorria frente a inocência do seu amado porque era visível o fato de que Honda estava apaixonado pela garota a sua frente.
Quanto a jovem, ela não conseguia ver as pessoas nitidamente, mas conseguia distinguir feições e como estavam em frente a Honda, conseguiu ver melhor os seus traços ao ponto de reconhecer nitidamente o rosto, fazendo com que corasse ao ver o adolescente alto na frente dela que a fazia sentir borboletas no estômago ao mesmo tempo em que o seu coração batia acelerado.
A adolescente sai de sua contemplação quando Nuru pigarreia, chamado a atenção dela para depois, perguntar gentilmente em tom de confirmação:
- Você é a Shizuka-chan, certo?
- Sim. Quem são vocês? – a jovem pergunta ao mesmo tempo em que ficou surpresa pela cor exótica da pele da bronzeada e os orbes carmesins dela porque eram demasiadamente incomuns.
- Somos amigos do seu irmão. Eu me chamo Yukiko, esta é Kisara, ela é Nuru, esse é o Yuugi e aquele é o Honda. – ela dá os respectivos nomes conforme apontava para si mesmo e para os outros.
- Prazer em conhecê-los.
Enquanto falava, ela se curvava levemente para todos, fazendo com que o seu gesto fosse correspondido por eles, exceto por Hiroto que ainda estava perdido na contemplação da jovem a sua frente porque não sabia que a irmã do seu amigo era tão linda, além da presença dela fazer o seu coração bater freneticamente no tórax enquanto sentia as suas bochechas corarem.
- O prazer é nosso. – a albina fala consentindo.
- Oh! Onde está a minha educação? Por favor, entrem. – a acastanhada fala se afastando da porta após olhar discretamente para o relógio atrás dela.
Todos entram, com Honda precisando de ajuda para entrar ao ser empurrado levemente para dentro da sala porque não conseguia tirar os olhos da bela jovem a sua frente, chegando ao ponto de tirar inconscientemente o calçado no genkan (玄関) com a frente virada para a rua assim como todos os outros fizeram ao retirarem os seus respectivos calçados, subindo em seguida no shikidai para poderem entrar na sala.
- O que desejam? – ela pergunta com ansiedade após olhar novamente o relógio na parede atrás dela.
- Nós sabemos como é a sua mãe. Não se preocupe. Eu, Nuru e Kisara podemos ser muito mais intimidadoras do que ela. Acredite.
Ao ver o olhar confiante da albina e das outras duas, a acastanhada acredita nas palavras delas e consente.
Em virtude do comportamento e conduta da mãe de Shizuka e Jounouchi, a jovem tinha muito receio em trazer as suas amigas e quando conversava com alguém, temia passar vergonha com a conduta intimidadora e com o arsenal de perguntas da sua genitora que não se importava de ser áspera e fria enquanto fazia um inquérito minucioso em qualquer convidado que a sua filha trouxesse para casa.
Portanto, para evitar este constrangimento, a adolescente optou por não trazer nenhum amigo porque bastou uma vez para ela se arrepender amargamente de ter trazido uma de suas melhores amigas, que não a condenou pela mãe controladora e intimidadora que tinha ao mesmo tempo em que sentia pena dela, com este sentimento sendo compartilhado por todos os seus amigos.
- Nós estamos preocupados com o Jounouchi-kun porque ele não apareceu no colégio. Você tem alguma informação?
- O nii-san está desaparecido?! – a jovem exclama com lágrimas nos olhos ao mesmo tempo em que colocava as mãos em cima do peito, demonstrando preocupação e medo em seu semblante.
O moreno sai prontamente do seu estupor ao ver lágrimas brotando dos belos orbes cor de mel e fala com evidente preocupação em seu semblante ao mesmo tempo em que exclamava com convicção e ardor:
- Nós vamos encontrá-lo! Eu prometo, Shizuka-chan! Além disso, o seu irmão é um lutador destemido. Com certeza, ele está bem. Ele deve ter passado em algum lugar e se esqueceu de avisar. Ele já fez isso antes.
A acastanhada olha para ele e consente enquanto era visível o leve rubor em suas bochechas assim como nas bochechas de Honda ao mesmo tempo em que Hiroto tentava controlar os batimentos cardíacos que o tomavam desde que viu a beldade a sua frente, reconhecendo que as sensações que o tomavam eram muito mais intensas do que foi com Miho Nosaka.
Yuugi fica aliviado ao ver que o seu amigo estava bem enquanto tentava compreender a reação que ele teve ao ver a irmã mais nova de Katsuya.
Shizuka fica surpresa e consente, sentindo-se estranhamente confiante com a determinação e confiança evidentes no semblante, postura e voz do moreno enquanto corava com o olhar que Hiroto dedicava para ela.
- Você se lembra de algo? Algum comentário dele? – Yuugi pergunta com evidente preocupação em seu semblante.
A acastanhada fica pensativa até que se lembra de algo e fala:
- Ele recebeu uma ligação ontem à noite. O nii-san parecia bem nervoso ao atender e andava de um lado para o outro em seu quarto. Eu somente consegui captar algumas palavras como "não", "nem ouse", "como assim?", "Ok" e "Eu irei aí, não ousem fazer nada". Eu devia ter perguntando o que está havendo. – ela termina o final colocando o rosto dentre as mãos ao baixar a cabeça enquanto se culpava por não ter perguntando ao seu adorado irmão o que estava ocorrendo.
- Você não tem qualquer culpa, Shizuka-chan! – Honda exclama para enfatizar o seu ponto ao ver que se formavam novamente lágrimas nos cantos dos orbes cor de mel - Mesmo que você tivesse perguntado o que estava acontecendo, Jounouchi nunca iria contar para você! Portanto, você não tem qualquer culpa. Acredite, Shizuka-chan.
Ela seca as lágrimas que se formaram e consente com a cabeça enquanto corava pela proximidade assim como o moreno, com Hiroto acreditando que havia se apaixonado a primeira vista e que os sentimentos que havia sentido pela Miho não se comparavam aos que o tomavam naquele instante.
- Obrigada, Hiroto-san. – a jovem agradece ao mesmo tempo em que se curvava levemente.
- Pode me chamar de Honda. Não precisa ser tão formal, mesmo eu sendo mais velho.
Ela consente enquanto sorria, com Honda sentindo que o seu coração falhou uma batida ao ver o sorriso angelical dela ao mesmo tempo em que Yukiko e as gêmeas compreendiam o que estava acontecendo enquanto que Yuugi não compreendia.
Então, a porta é aberta e surge uma mulher vestindo um terno formal feminino com calças justas em vez de saia. Ela entra na casa exibindo surpresa em seu semblante, para depois, estreitar os olhos, assumindo uma postura beligerante conforme olhava para Yuugi e os outros, com as gêmeas e a albina percebendo que Shizuka se encolhia involuntariamente ao mesmo tempo em que exibia um sorriso tenso enquanto cumprimentava a recém-chegada:
- Okaerinasai, kaa-san.
Ela ignora o cumprimento e após colocar as mãos na sua cintura enquanto assumia uma postura intimidante, pergunta em um tom de voz cortante:
- Quem são vocês?
Yuugi engole em seco ao mesmo tempo em que lutava contra o medo ao ver a postura intimidante da mulher a sua frente, com o jovem ficando surpreso ao se sentir confortado e amparado, não compreendendo de onde vinham essas sensações porque desconhecia o fato que esses sentimentos eram proporcionados por Atemu que buscava confortar o seu amado enquanto desejava ensinar a mulher a sua frente uma lição por intimidar o seu amado.
Honda confessava que de fato ela era intimidante e que senão fosse uma mulher, ele teria assumido uma postura mais beligerante do que ela ao mesmo tempo em que usaria os seus punhos.
Prontamente, Yukiko e as gêmeas ficam na frente de Yuugi, Honda e Shizuka ao mesmo tempo em que atiravam punhais com os olhos contra a mulher que recua um pouco com a postura das três, principalmente da albina que se aproxima lentamente, para depois, encará-la, fazendo-a dar mais um passo para trás enquanto que a genitora de Shizuka e de Jounouchi tentava compreender de onde vinha a sensação gélida que surgiu de repente e que provocava calafrios de terror em sua coluna.
Yukiko exibe o seu melhor sorriso sádico, com a mulher jurando que havia um brilho intimidante nos orbes azuis safira que exibiam frieza e ao piscar os olhos, ela tem a ilusão que estava na frente de um dragão colossal peludo e alvo de olhos azuis, com garras afiadas e mandíbulas possantes contendo presas proeminentes e que rosnava furiosamente, com ela se vendo refletida nas íris coléricas do ser que abre as suas asas emplumadas de envergadura imponente enquanto que a mulher começava a suar frio, exibindo olhos esbugalhados pelo terror conforme uma névoa congelante saía das mandíbulas ao mesmo tempo em que o dragão colossal emitia rosnados furiosos junto com o impacto no chão ao lado dele da ponta da cauda peluda que continha um porrete imponente, provocando ainda mais terror na humana e ao emitir um rugido de completa fúria, escancarando as suas mandíbulas possantes repletas de dentes afiados na frente dela, gerando um vento cortante pelo deslocamento abrupto do ar com o seu rugido intimidante e igualmente aterrador, ela sente o controle sobre os seus esfíncteres cessarem ao ponto de urinar de medo, com a urina encharcando a sua calcinha e consequentemente, a calça apertada que usava ao escorrer para as suas pernas.
A mulher pisca os olhos novamente e percebe que estava em sua casa, olhando para a albina que exibia uma face sádica enquanto falava:
- Nós estamos indo embora e acredito que a senhora pode ser conscienciosa no fato de Jounouchi não ter qualquer culpa pela nossa presença porque ele segue as suas regras estúpidas e igualmente ignorantes, nascidas da sua necessidade doentia de controle.
Ela tenta retrucar ao buscar alguma voz frente ao fato de uma jovem querer mandar nela quando a albina a silencia eficazmente com um sorriso que não chegava aos lábios ao mesmo tempo em que fechava os olhos para depois, abri-los, com a mulher recuando ao ver por alguns segundos a íris dela se contrair rapidamente na forma das íris do dragão antes de voltar ao normal, fazendo-a ficar assustada enquanto questionava se estava perdendo a sua sanidade ou que estava sofrendo de algum problema mental repentino pela visão de um ser que não existia, pelo ar gélido que a envolvia e pela visão do olho da aparente adolescente porque julgava que estava vendo e sentindo coisas surreais, fazendo-a se preocupar com a sua sanidade ao mesmo tempo em que jurava a si mesmo que iria passar no médico para solicitar vários exames e dentre eles, a solicitação urgente de uma tomografia.
A albina apoia uma das mãos no ombro da mulher, fazendo com que a mãe de Shizuka e de Jounouchi sentisse um tremor intenso tomá-la onde foi tocada e que se espalhava pelo corpo ao mesmo tempo em que sentia a sensação gélida da morte se intensificar em seu entorno e ao olhar para a mão da albina, ela arregala os olhos porque viu uma mão felpuda com garras e ao piscá-los, observa que era uma mão normal, fazendo a mulher duvidar ainda mais da sua sanidade enquanto que Yukiko se divertia ao usar magia para provocar as ilusões nela visando atormentar a mente daquela mulher, pelo menos um pouco, por ter intimidade aquele que via como um filho querido.
- Bem, nós estamos indo. Tenha um ótimo dia. – ela fala com uma voz gélida e com um sorriso que não alcançava os olhos enquanto que o semblante apenas deixava a mulher mais aterrorizada, fazendo-a suar frio.
Nesse interim, as gêmeas se divertiam ao ver a mulher aterrorizada com a presença da albina enquanto que Hiroto pensava consigo mesmo:
"Ainda bem que sou amigo dela, agora. No passado, ela conseguia aterrorizar apenas com a sua presença."
Yuugi se despede timidamente de Shizuka e depois, da mãe dela enquanto caminhava entre as gêmeas, com Honda os seguindo.
As irmãs se despedem dela ao mesmo tempo em que Hiroto pegou gentilmente na mão da acastanhada que ainda exibia estupefação em seu semblante ao ver que a sua mãe foi eficazmente silenciada e intimidada, com ela saindo do seu estupor com o toque gentil dele enquanto corava intensamente ao ver que o moreno beijava suavemente o dorso da sua mão, para depois, erguer os olhos para ela, falando:
- Vou estar ansioso pelo nosso próximo encontro, se for possível.
- Obrigada. – ela fala timidamente enquanto erguia a mão contra o tórax, segurando levemente o dorso com a outra mão ao mesmo tempo em que o seu rubor se aprofundava ao ver o sorriso no rosto másculo de Honda que fazia o seu coração bater acelerado.
A albina passa pela mulher que está pregada no chão, lutando arduamente para processar tudo o que ocorreu enquanto a sensação gélida da morte persistia como um manto que a envolvia, com ela jurando que surgia névoa de sua boca ao respirar como se estivesse em um ambiente gélido apenas para piscar e ver que não havia qualquer névoa, fazendo com que ficasse aterrorizada com o pensamento de ter algum problema médico para justificar as ilusões visuais, táteis e auditivas que a tomavam porque era a única explicação que a sua mente conseguia processar.
- Adeus, Shizuka-chan – a albina se vira para a acastanhada e fala, exibindo um sorriso gentil e um olhar confiante – Lembre-se. A liberdade tem que ser conquistada e sempre deve ser protegida porque a liberdade e os direitos conquistados através de uma luta árdua podem ser facilmente perdidos. Portanto, lute por eles e os mantenha após conquistá-los ao executar uma vigilância constante.
Usando magia, a albina despeja um pouco de sensação de coragem e de determinação na jovem na forma de uma inspiração que não iria desaparecer enquanto que precisaria ser cultivada para desabrochar perante o desejo e a vontade da acastanhada.
Portanto, desabrochar ou não, dependeria totalmente dela porque a jovem teria que lutar com as suas próprias forças. A princesa dos dragões apenas concedeu um sopro de inspiração em forma de uma semente que somente geminará e dará frutos se a adolescente assim desejar. Caso ela não deseje, a semente não vingará e irá continuar sem germinar.
Após eles saírem, a mulher se recorda de que urinou nas calças e tomada pela vergonha, corre pela sala, passando pela filha em direção ao banheiro do quarto para poder tomar um banho e se livrar da roupa enquanto sentia que qualquer desejo de reclamar com o seu filho sobre os jovens que usavam o uniforme do colégio dele havia desaparecido como mágica, com ela sentindo ainda uma sensação aterrorizante, fazendo com que buscasse desesperadamente o conforto da água quente do chuveiro para poder apagar as sensações que impregnaram a sua pele.
Ao olhar para o espelho no seu banheiro, ela avista a cabeça do mesmo dragão que a encarava para depois, rugir, a fazendo tropeçar para trás, com ela agarrando o apoio da toalha para não cair no chão e ao piscar os olhos, percebe que era o seu próprio reflexo aterrorizado, com essa visão fazendo com que ela desejasse arduamente consultar um médico o mais rápido possível, decidindo fazer isso após o banho.
No lado de fora, Yukiko caminhava junto do grupo e ao lado de Yuugi, exibindo um sorriso de satisfação que passa despercebido por todos.
Afinal, ela não conseguiu resistir a brincadeira do espelho do banheiro ao deixar uma magia residual na mulher, com a albina confessando que foi bem divertido brincar com a mente da mãe de Jounouchi e Shizuka.
Normalmente, ela se limitava a ilusão mágica da sua forma verdadeira e a sensação gélida da morte em suas presas.
Porém, frente ao fato dela aterrorizar Yuugi pela sua presença intimidadora, ela decidiu ir além e confessava que havia se divertido muito enquanto se deleitava com o odor de medo que a sua presa exalava e que era inebriante juntamente com o terror nos olhos e semblante.
Então, alguém pigarreia, chamando a atenção de todos que viram para trás, buscando a origem do som.
Chapter 72: Em busca de Jounouchi
Summary:
Hanasaki decide...
Honda fica...
Yuugi demonstra...
Chapter Text
- Hanasaki-kun? – Yuugi pergunta com evidente curiosidade em seu semblante, arqueando o cenho ao ver que o acastanhado parecia nervoso.
- Aconteceu algo? Você parece nervoso. – Honda pergunta exibindo um semblante preocupado que era compartilhado pelos demais.
- É que enquanto estávamos no ônibus indo para o colégio, eu acho que vi o Jounouchi-kun virando a esquina daquele novo fliperama que abriu na semana passada. Ela estava junto com outra pessoa que usava um uniforme de outro colégio. Eu peço desculpas. Na hora, achei que não era ele. – o acastanhado termina o final cabisbaixo enquanto era tomado pela vergonha porque sentia que devia ter compartilhado essa informação antes que eles fossem até a casa do Katsuya.
Hiroto havia percebido o olhar receoso que ele demonstrava ao olhá-lo por alguns segundos antes de desviar os olhos para os outros e passa a suspeitar do motivo do jovem de óculos não ter falado antes ao se recordar do tempo que eles praticavam bullying, com Hanasaki sendo uma das vitimas deles embora atormentassem mais o Yuugi porque ele foi à vítima favorita de ambos.
As gêmeas haviam percebido o receio dele ao olhar para o Honda, fazendo com que compreendessem o motivo de não ter falado com eles antes enquanto que Yukiko sabia com antecedência o motivo dele.
- Tudo bem. – o moreno fala enquanto sorria.
- Não se culpe, Hanasaki-kun. Nós agradecemos pela informação. – Yuugi agradece com o seu típico sorriso.
- Isso mesmo. – a princesa dos dragões falava enquanto consentia.
- O Yuugi-kun está certo. O que importa é que nos contou. – Kisara agradece enquanto sorria gentilmente.
- Sim. Por isso, não se culpe. – a bronzeada falava enquanto sorria.
Ele fica surpreso pelos semblantes de agradecimento porque era o oposto do que estava esperando por não ter contado antes sobre o que viu naquela manhã. A reação deles foi inesperada e após absorver o fato dos seus temores anteriores terem sido infundados, ele suspira de alívio e sorri timidamente enquanto consentia.
- Vamos até o local onde Hanasaki-kun viu o Jounouchi-kun. Alguém deve se lembrar de ter visto eles e a direção que tomaram. – Kisara fala sorrindo, com os demais consentindo.
- Eu gostaria de poder me juntar a vocês. – o acastanhado fala timidamente, esfregando as mãos enquanto esperava uma negação por parte deles.
- Se você quiser, pode se juntar a nós. – Yuugi fala sorrindo gentilmente.
O jovem ergue os olhos e observa todos consentindo com as palavras do adolescente de cabelos tricolores e após passar a surpresa, ele consente e passa a seguir o grupo que pegará um ônibus para irem até o local.
Após alguns minutos, eles estavam no ônibus e Nuru pergunta a Hanasaki:
- Como ele era? Você conseguiu vê-lo?
- Sim. Mas, foi brevemente. – ele fala, para depois, descrever a pessoa que viu junto do loiro.
Todos olham para Honda ao ver que ele exibia um semblante estarrecido, com eles arqueando o cenho e após assimilar a informação do acastanhado, Hiroto fala ao mesmo tempo em que cerrava os punhos enquanto desciam do ônibus em um ponto próximo ao local onde o loiro foi avistado:
- Eu não acredito que ele fez isso, novamente. Não depois que eu fiz amizade com ele.
- Como assim, Honda-kun? – Yuugi pergunta arqueando o cenho.
- O rapaz que ele descreveu é o braço direito de Hirutani. Hirutani é o líder de uma das gangues locais de Domino. O nome dessa gangue é Rintama.
- Rintama não é o nome de um colégio? – o acastanhado pergunta com evidente confusão em seu semblante.
- Sim. É um colégio. Porém, ele é famoso por causa dessa gangue. – o moreno falava enquanto se sentava em um banco próximo dali.
- Mas, como um colégio pode permitir uma fama tão ruim? – Hanasaki pergunta exibindo surpresa em seu semblante.
- Não sabemos. O fato é que essa gangue é associada a este colégio, fazendo com que Hirutani nomeasse a sua gangue com o nome do colégio que ele e os outros frequentam.
- Esse nome não é estranho. Nós já ouvimos o nome desse líder. – Kisara comenta pensativa.
- Não foi aquele grupo que surramos quatro meses atrás ao proteger algumas crianças que estavam sendo ameaçados por aqueles marginais? – Nuru pergunta para a irmã.
A prateada se lembra do incidente e consente, com Yukiko falando:
- Eu já espanquei o próprio Hirutani quando ele estava com alguns membros há quatro meses, atrás. Eles estavam indo atrás de vocês duas e acabou se encontrando comigo ao mesmo tempo em que descobriu que eu andava junto de vocês. Claro que ele disse que também queria me derrotar por causa da minha fama ao derrotar várias gangues. Eu ensinei uma lição a ele, fazendo questão de humilhá-lo perante os membros da sua gangue após surrá-los, também. No momento, passava uma pessoa na rua e filmou a humilhação. Eu consegui que compartilhasse o vídeo comigo e postei na internet.
A meia dragoa havia criado um clone mágico e modificou a aparência dele, fazendo com que filmasse a cena desde o início, visando ampliar a humilhação através da internet.
- Você nos mostrou! Então, aquele era o Hirutani! – a prateada exclama ao se recordar da gravação.
- Foi muito bom. De fato, virilizou na internet e teve muitos comentários de pessoas que sofreram nas mãos de Hirutani e que amaram vê-lo humilhado e surrado, assim como a gangue dele. – a bronzeada fala com um sorriso no rosto.
- Sim. Eu vi o vídeo e adorei. Jounouchi também adorou. – Honda comenta – Fez bem em humilhá-los publicamente. Mas, estou preocupado com o fato de Jounouchi ter sido visto com o braço direito dele embora ele tenha um passado com aquela gangue.
- Ele já esteve com o Hirutani, antes? – Yuugi pergunta com evidente surpresa em seu semblante.
- Sim. Mas foi no passado.
- Como assim? Não consigo imaginá-lo como membro de uma gangue. – o jovem de orbes ametistas comenta gerenciando a surpresa que teve pelas revelações.
- Houve uma época que o Jounouchi vivia envolvido em brigas com gangues de outras escolas... ás vezes, até gangues do ensino médio. Ele tinha uma ficha bem extensa e quase foi parar na cadeia. Isso tudo quando ele andava com o Hirutani. Mesmo andando com esta gangue, ele nunca agredia crianças ao mesmo tempo em que procurava protegê-las dos membros da gangue. Agora, nós andamos juntos. Quando eu fiz amizade com ele, Jounouchi saiu da Rintama e desde então, nunca mais se envolveu com eles. Antes de me tornar amigo dele, eu queria muito ser igual a ele, só que nunca tive coragem de me envolver com uma gangue.
- Isso explica a desconfiança da mãe dele. – Yuugi comenta pensativo.
- Mas, isso não justifica ela ser uma vadia o tempo todo. – Yukiko comenta.
- A mãe do Jounouchi-kun? – Hanasaki pergunta com um semblante confuso.
Kisara conta sobre o que ocorreu e as conversas na casa do loiro, fazendo Hanasaki compreender, para depois, falar:
- É compreensível. Se ele teve essa fase de se envolver com uma gangue, a atitude da mãe deles é esperada. Mas, pelo visto, ela age de forma meio extrema pelo que me contaram.
- "Meio-extrema" é um eufemismo. Ela ama o controle. Ser preocupada com a filha, tudo bem, ainda mais com o problema nos olhos dela. Mas, ela age de forma desprezível se considerar também o fato dela não se importar com o filho, além das atitudes dela perante os próprios amigos da filha. – a prateada comenta – Eu não duvido que um dos motivos para o Jounouchi-kun ter se envolvido com uma gangue foi esse desprezo por parte da genitora. Claro, não justifica as atitudes dele, mas, explica parte do seu comportamento.
- Sim. Eu não desejo uma mãe dessas para ninguém. – a bronzeada comenta.
- Mas, ele voltou a andar com o Hirutani. Estava junto dos membros dele. – o acastanhado fala – Será que ele ainda quer voltar à vida antes de conhecê-lo?
- Eu não sei – Honda flexiona os braços, apoiando os cotovelos nos joelhos enquanto se curvava juntando as mãos, uma fechada e a outra flexionada sobre esta mão fechada ao mesmo tempo em que fechava os olhos e ficava cabisbaixo – Não entendo... O que deu nele? Pode ser que ele não volte mais. Droga!
Após exclamar, ele olha para discretamente para Nuru enquanto tentava compreender como o seu amigo poderia voltar ao que era antes em troca de perder aquela que amava com toda a força do coração, ainda mais após conseguir se aproximar dela e conversar com ela ao superarem a aversão da bronzeada pelo loiro quando Katsuya parou de praticar bullying contra Yuugi ao mesmo tempo em que mudava. Perder tudo o que conquistou ao voltar para Hirutani era incompreensível.
Yuugi, que havia sentado ao lado de Honda, se recorda de Jounouchi e do tempo que andou junto dele enquanto segurava o Sennen Aitemu em suas mãos, pensando consigo mesmo:
"Isso mesmo... Foi por causa do Sennen Pazuru que fiquei amigo do Jounouchi-kun."
Então, ele fecha os olhos por alguns minutos, refletindo no tempo que andou com o loiro, para depois, sorrir, abrindo os olhos em seguida.
- Eu acredito nele... – ele ergue o rosto e exibe um sorriso repleto de confiança e de determinação – O Jounouchi-kun não mudou! Ele não poderia!
Honda exibe surpresa em seu semblante enquanto murmurava:
- Yuugi... – ele exibe um sorriso ao ser contagiado pela confiança explicita no semblante do jovem de cabelos tricolores, fazendo com que se erguesse enquanto exclamava – Tudo bem! Ele pode não ser um gênio, mas, Jounouchi nunca sacrificaria tudo o que conquistou dessa forma.
- Além disso, tem aquela chamada de ontem à noite. Vocês se recordam das palavras que a Shizuka-chan disse? – o adolescente de orbes ametistas pergunta olhando para todos e depois, para Hiroto.
- Verdade. Talvez, a explicação esteja nesse telefonema. – Kisara comenta pensativa.
- Para mim, parecia que a outra pessoa do outro lado da linha estava ameaçando ele. – Nuru comenta enquanto sentia seu coração se aquecer ao pensar nisso ao mesmo tempo em que foi contagiada pelas palavras do seu amigo de infância.
Nuru ficou aliviada que a impressão que ela teve estava correta quando soube que ele se juntou a gangue Rintama. No fundo, ela não acreditava que o loiro havia voltado ao que era antes após o tempo que passaram juntos.
Porém, a bronzeada não queria verbalizar em voz alta por achar que estava sendo uma idiota por ser influenciada pelo seu coração.
Afinal, ela amava o loiro.
Agora, estava aliviada ao saber que o seu coração estava certo o tempo todo e estava ansiosa para encontrá-lo, assim como para encontrar Hirutani.
Afinal, ela sentia vontade de quebrar o líder da Rintama e qualquer membro da gangue dele ao ponto de esmigalhar todos os ossos deles e romper os tendões, deixando intacto apenas as áreas vitais, para deixá-los presos em uma cama por mais de seis meses, pelo menos, além de confessar que sentia um desejo intenso de liberar a sua dragoa interior para aterrorizá-los.
Ela sai dos seus pensamentos com a voz de Hanasaki:
- Como vamos encontrá-lo? Precisamos de alguma dica.
Nesse interim, dentro da câmara da alma do Faraó, Atemu estava assimilando o fato de Yuugi acreditar que Jounouchi não mudou, com ele sabendo que o seu amado nunca deixou de acreditar nisso nem por um instante. O adolescente tinha uma fé inabalável em Katsuya e isso surpreendeu o espírito.
Claro, ele já esperava algo assim, considerando o coração do seu amado, mas, essa confiança extrema na inocência do loiro, mesmo após a revelação de que Jounouchi fez parte da gangue de Hirutani no passado, não deixava de surpreendê-lo. Para qualquer um, essa informação seria o suficiente para fazer muitos acreditarem que talvez o telefonema não fosse do líder da Rintama e que Katusya decidiu retornar aos velhos hábitos por si mesmo.
Afinal, mesmo Honda, um amigo que andava muito com o adolescente, duvidou do loiro. Ele precisou da determinação absoluta de Mutou para fazê-lo acreditar que teve um motivo forte envolvendo uma ameaça, para fazer Jounouchi retornar a Rintama.
Para Mutou, essa informação o surpreendeu, mas, não teve qualquer importância e sequer abalou a sua convicção.
De fato, analisando os acontecimentos e as novas informações a partir do telefonema do loiro que parecia soar como sendo repleta de ameaças, fez com que surgisse a hipótese dele ter sido ameaçado de alguma forma e apesar de ainda ser cético em relação à ameaça contra Jounouchi, Atemu não podia ignorar algumas evidências, além de não conseguir impedir de ser influenciado pelos sentimentos do seu amado porque a determinação e confiança dele eram tão fortes que revibravam pela câmara do espírito.
De fato, o seu amado era forte, com a sua força sendo proveniente do seu coração, com o Faraó sabendo que Yuugi não reconhecia a sua própria força interior por causa da sua baixa autoestima, somente conseguindo ter confiança nessa força quando envolvia proteger os outros, mesmo que fosse um inimigo. O coração do jovem era ímpar e igualmente distinto. Era uma alma nobre, doce, gentil, amorosa e abnegada. O altruísmo dele era incrível tanto quanto perigoso para o jovem, fazendo com o que espírito se sentisse extremamente protetor e que a aparência física delicada do adolescente junto das características fofas com olhos grandes e expressivos de ametista, apenas fazia os seus instintos protetores ficarem ainda mais intensos.
Ele suspira profundamente enquanto sentia a preocupação tomá-lo novamente porque agora sabia que estavam lidando com uma gangue e o Faraó temia que o seu amado acabasse em perigo.
Afinal, parecia que o perigo sempre o rondava, de alguma forma.
Claro, o espírito sabia que desde que ficasse junto de Yukiko e das gêmeas, ele estaria seguro. Elas nunca permitiriam que algo acontecesse com ele porque sabiam como lutar e se defender.
Atemu encosta as suas costas no trono enquanto buscava prestar atenção ao entorno do seu amado para intervir se fosse necessário. Ele nunca permitiria que Yuugi se ferisse. Se o adolescente estiver em perigo, ele assumirá o corpo do jovem para poder usar os seus poderes e com este pensamento em mente, o Faraó fecha os olhos e começa a se concentrar, para que pudesse tomar o controle o mais rapidamente possível porque estavam lidando com uma gangue perigosa.
No lado de fora, Kisara fala:
- Devemos buscar alguma informação entre os lojistas. Talvez, alguém tenha alguma informação adicional ou que pode apontar a direção que eles tomaram.
- Verdade. Precisamos encontrar alguma informação para ajudar na nossa busca. – Nuru comenta enquanto todos consentiam.
- Vamos nos separar para cobrirmos mais terreno. Isso irá acelerar a busca de informações. – Yuugi comenta.
- Sim. Depois, vamos retornar para esse local para compartilhamos as informações reunidas. – Yukiko comenta.
- Verdade. Vamos fazer isso. – Honda consente.
- Sim.
Então, eles combinam onde cada um entraria e a direção, antes de se separarem e após vinte minutos, eles retornam da sua busca infrutífera porque não conseguiram nenhuma informação, fazendo com que o grupo ficasse frustrado, com Honda exclamando exasperado:
- Droga! Ninguém viu para onde eles foram.
Então, todos ficam surpresos ao olharem para o lado, desconhecendo o fato de que Yukiko não estava com eles e sim, um clone mágico da albina porque a meia dragoa aproveitou o momento da busca de informações para se afastar do grupo, deixando um clone com eles enquanto passava a observá-los do alto de um prédio.
Chapter 73: Em busca de Jounouchi – parte 2
Summary:
O grupo consegue...
Nuru decide...
O trio de amigas decide...
Yo!
Enquanto passo os capítulos para o inglês, eu também estou aproveitando para revisar ortografia.
Atualmente, revisei até o capítulo 18. A revisão dos capítulos sempre irá acompanhar a postagem em inglês.
Tenham uma boa leitura.
Chapter Text
Eles observam com evidente curiosidade em seus semblantes, uma funcionária do fliperama se aproximando deles, exibindo nervosismo em sua postura e semblante enquanto murmurava ao se aproximar deles, com eles ficando surpresos ao ouvirem a mulher falar em inglês e não em japonês, com eles decidindo responder em inglês para facilitar a conversa:
- Eu acho que vi um dos homens que estava com esse tal de Jounouchi. O rapaz alto e loiro de olhos cor de mel, certo?
- Isso mesmo. Onde ele está? – Yuugi pergunta com esperança em seu semblante.
- Ele está atrás daquela parede, fumando um cigarro – a funcionária aponta a direção – Dá para ver de dentro da loja. Eles parecem perigosos. Por favor, não falem que eu contei sobre ele.
- Não vamos fazer isso. Tem a nossa promessa, certo? – Yuugi pergunta aos seus amigos ao olhá-los, com eles consentindo, para depois, olhar para ela – Muito obrigado!
- O que a fez contar para nós? É evidente que está com medo.
- Não resisti em ver alguém tão fofinho com um semblante desesperado. Eu me senti mal. – ela fala olhando para o jovem de cabelos tricolores, fazendo-o corar – Você é muito fofo. É um crime ver alguém tão fofo com o rosto imerso em angústia. Eu não podia ficar calada. Além disso, vocês pareciam confiáveis e eu reconheci vocês duas como campeãs do torneio de Kung Fu e de Kenjutsu, também li sobre o doujo de vocês que saiu em alguns jornais após o torneio. Com certeza, vocês conseguem lidar com eles.
Ela termina o final olhando para as gêmeas que exibem um sorriso enquanto consentiam.
- Eu preciso voltar ao trabalho. Eu espero que vocês encontrem o seu amigo. – ela se inclina e rouba um beijo da bochecha de Yuugi que cora intensamente, com a mulher murmurando após se afastar – Tão fofo.
Dentro da câmara da alma do Faraó, Atemu gerenciava o sentimento que o tomou perante a reação da mulher que era compreensível e igualmente previsível porque Yuugi era muito fofo e esse era um fato inegável.
Ele sentiu o ciúme tomá-lo quando ela beijou o seu amado e ao perceber o seu ciúme, inspirou profundamente para tentar se acalmar porque foi apenas um beijo no rosto.
Ademais, o espírito sabia que precisaria lidar com este sentimento porque, atualmente, Mutou era apenas o seu anfitrião, fazendo com o seu ciúme fosse indevido na atual situação em que se encontravam.
O problema era conseguir se controlar e conforme pensava nisso, massageava a sua testa enquanto inspirava profundamente para conter esse sentimento ao mesmo tempo em que o faraó esperava conseguir lidar com aproximações indesejadas. Ele não se incomodava com as demonstrações de afeto de Yukiko e das gêmeas porque sabia que elas o viam como um amigo querido e eram demonstrações oriundas do fato de serem amigos de infância. O Faraó também não sentia ciúmes da aproximação delas. Mas quanto ao de outras pessoas, ele precisava controlar esse sentimento.
Atemu decide sair dos seus pensamentos para voltar a se concentrar porque aquele não era um momento propício para ficar pensativo.
Afinal, ele precisava se concentrar e se preparar para agir caso o pior acontecesse.
No lado de fora, a albina murmura pensativa:
- Se ela não falasse nada e somente agisse dessa forma, seria evidente que ela não era japonesa.
A princesa dos dragões sabia que os japoneses não demonstravam afeto em público e que isso era feito somente em privado. No máximo, eles davam as mãos, com isso ocorrendo apenas com os jovens.
Portanto, o ato da mulher de se inclinar e beijar a bochecha dele indicava que ela era estrangeira junto do fato dela falar em inglês com eles.
Honda, Yuugi, Kisara e Nuru conseguiram falar em inglês com a atendente porque a meia dragão era ciente de que os japoneses dominavam este idioma desde o ensino fundamental enquanto que ela conseguiu falar em inglês graças a sua magia.
- Eu também acho. – Honda comenta, com as gêmeas consentindo, assim como Hanasaki – Bem, vamos até ele e...
O moreno para de falar ao mesmo tempo em que arregala os olhos ao olhar na direção que foi apontado pela funcionária.
Nuru havia se adiantado, caminhando com passos determinados e quando se aproximam do local, eles ouvem gritos de dor e pedidos desesperados para parar, com eles ouvindo o som pungente de ossos sendo quebrados e novos gritos de dor.
Ao olharem para os lados, percebem que não havia muitas pessoas e que ao ouvirem os sons, procuram se afastar discretamente do local.
Ao virarem a esquina, observam o rapaz sangrando, com eles avistando alguns ossos que romperam a pele, com ela fazendo questão de colocá-los no lugar, arrancando novos gritos dele, antes de rasgar pedaços da blusa do meliante para estancar os sangramentos.
- Agora, você irá falar onde está o Jounouchi-kun!
- Eu não sei! Por favor, eu não sei! Eu estou nesse beco desde ontem curtindo o meu baseado! – ele exclama desesperado, com lágrimas escorrendo dos seus olhos enquanto era visível o ranho escorrendo do seu nariz quebrado em mais de um local.
Yuugi está com os olhos arregalados, assim como Hanasaki enquanto Kisara comentava com um olhar neutro:
- Eu acho que ele está sendo sincero, imouto.
- Eu acho que agora ele está. Antes, ele agiu com sarcasmo e eu não acho que aquilo é um cigarro regular. – a bronzeada comenta.
- Eu não ficaria surpreso se fosse um entorpecente. – o moreno comenta enquanto suava frio porque nunca imaginou que elas cumpririam a ameaça de quebrar ossos, como ouviu uma vez quando ele e Katusya agiam como idiotas.
- Nuru-chan, já chega, por favor. – Yuugi fala se aproximando, exibindo olhos lacrimosos porque odiava a violência.
A bronzeada olha para o seu amigo e é tomada pela culpa ao ver ele triste enquanto largava o marginal no chão, com o mesmo chorando de dor porque os ossos do seu braço esquerdo e das duas pernas foram quebrados pela estudante.
- Eu ouvi dizer que vocês só podem usar as artes marciais para se defenderem. – Hanasaki pergunta timidamente ao se aproximar delas, evitando a todo o custo o contato visual com o criminoso ferido.
- Eu não usei nenhum golpe de artes marciais. Simplesmente, dei alguns socos no rosto e quebrei um braço e as duas pernas dele, provocando uma fratura exposta no braço apenas para curvar os ossos para o local correto após imobilizá-lo na coluna. Eu nunca mancharia o Kung Fu, mesmo contra um marginal e drogado como este bastardo. – a bronzeada fala virando as costas para ele enquanto permitia que o seu amigo a afastasse.
Então, a albina se aproxima dele e pergunta com um sorriso que não chegava aos lábios, aproveitando o fato de Yuugi ter sido afastado do local pelas gêmeas:
- Onde o seu grupo se encontra? Se não falar, o que a minha amiga fez com você não será nada comparado ao que vou fazer com você assim que conseguir afastar o meu amigo do local.
Temendo o pior, ele confessa onde o seu grupo se reunia, com a albina sabendo que era verdade antes de se afastar e dar a informação para eles, com Kisara buscando prontamente a localização em seu celular.
- Vamos. Precisamos encontrá-lo. O desgraçado disse que eles se reuniam em um local chamado J"Z", certo?
- Sim. Eu já tenho a rota no celular. Devemos ir naquela direção – a prateada apontou para a rua que deviam seguir.
Todos consentem e se afastam do local para encontrar o loiro o quanto antes porque temiam que ele estivesse em perigo de vida, considerando a periculosidade daquela gangue.
Após Yuugi e os outros se afastarem, Yukiko, que estava olhando do alto, olhando o seu grupo de amigos e o seu clone mágico se afastando do local, pousa na frente do marginal que fica estupefato ao ver que nevava em cima dele, para depois, ficar maravilhado ao ter os seus ferimentos curados apenas para gritar ao ver uma mulher surgir de repente na sua frente, com ela lembrando uma versão mais velha da jovem albina que arrancou a informação dele, fazendo com que ficasse estupefato ao ponto de ser incapaz de falar algo.
- Eu vi em sua mente as crueldades que você praticou. Inclusive o estupro daquela jovem que não conseguiu identificá-lo por causa da máscara que você usou.
- Como...! – ele exclama atordoado.
- Eu estou precisando de novos brinquedos. Um desgraçado criminoso como você e drogado vai servir. Além disso, eu achei os seus gritos de dor lindos. Parece que quanto mais cruel é a pessoa, mais belos são os seus gritos. Claro, pode ser apenas uma coincidência. Let´s play a game? - ela pergunta com um semblante sádico, fazendo com que o bandido urinasse ao perder o controle dos esfíncteres.
Antes que ele pudesse gritar por ajuda, não se importando com a pena no seu país por posse de droga e uso, ele é silenciado com uma onda mágica proveniente dela que o pega de qualquer jeito, para depois, envolver o seu gelo especial nele antes de condicioná-lo em um compartimento circular que surgiu ao seu lado com um movimento das suas mãos ao mesmo tempo em que o bandido ficava inconsciente por causa da sua magia.
Após aguardá-lo, ela abre as suas asas e voa do local para seguir o grupo.
Quando eles chegam ao local, observam um meliante encostado na entrada da porta e quando Hiroto ia falar algo, Nuru o corta, falando:
- Eu imagino que deseja ir sozinho. Mas, como deve saber, eu e a minha irmã junto da Yukiko-chan somos perfeitamente capazes de enfrentá-los.
- Ademais, se esses criminosos estiverem reunidos no local, eles irão surrá-lo e não vão se limitar a socos. Eles têm armas. – o clone mágico da albina comenta enquanto cruzava os braços.
- E quanto ao Yuugi-kun e o Hanasaki-kun? Não é bom deixá-los sozinhos. – a bronzeada fala.
- Nesse caso, você fica com eles e nós três vamos entrar. Além disso, conhecendo a minha imouto, ela está muito furiosa e vai precisar descontar a sua fúria. Aquela surra não foi suficiente. Ela conseguirá arrancar facilmente quaisquer informações deles. – a prateada fala enquanto olhava da sua irmã para Honda.
Hiroto sabia que era melhor o trio entrar enquanto que ele deveria proteger Yuugi e Hanasaki, os vulneráveis do grupo e ao se lembrar do estado que o criminoso anterior ficou após enfrentar a bronzeada, Honda concordou com a prateada. Nuru precisava liberar a sua fúria e surrar bastardos ajudaria nisso.
Claro, isso era um golpe para o seu orgulho masculino porque ele era um homem e era ele que deveria entrar e não três mulheres.
Porém, o moreno sabia que para aquela situação, era melhor que as três entrassem enquanto ele ficava de guarda.
Empurrando os outros dois para trás da parede ao mesmo tempo em que mantinha uma distância considerável da entrada do local, Hiroto observa o trio se afastar enquanto se dirigiam até o meliante encostado próximo da entrada.
Yuugi murmura preocupado porque mesmo que soubesse das habilidades delas, ele nunca deixaria de ficar preocupado ao ver as suas amigas de infância entrando em um local repleto de bandidos:
- Kisara-chan, Nuru-chan e Yukiko-chan...
- Não se preocupe. Elas são mais do que capazes de enfrentar uma gangue inteira.
- Eu sei... Mas, não vou deixar de me preocupar com elas.
O trio se aproxima do meliante que estava distraído olhando para o outro lado e quando ele nota a aproximação, é tarde demais. Ele recebe um golpe violento no abdômen que o faz segurar o local enquanto vomitava o conteúdo no chão na frente dele, antes de cair.
Porém, antes que tocasse o vômito, ele é pego pela gola da camisa e jogado no canto.
- Você evitou que ele caísse para usar o plano B caso o A falhasse, certo?- a prateada pergunta em tom de confirmação ao olhar para a sua irmã.
- Sim. Seria nojento surrá-lo se ele estivesse sujo de vômito. Não saiu muito, mas, mesmo assim, seria nojento.
- Concordo. Vamos. – o clone mágico fala enquanto consentia, com a bronzeada consentindo também.
O trio se aproxima da entrada e entra enquanto Yuugi observava tudo com angústia ao mesmo tempo em que Hanasaki e Honda se encontravam preocupados.
Chapter 74: O olho de Wadjet
Summary:
Nuru consegue...
Yukiko decide...
Yuugi se encontra...
Atemu decide...
Chapter Text
O trio entra no local sorrateiramente, para depois, perceber que não havia ninguém, fazendo com que elas relaxassem a postura.
Depois de fazerem uma varredura infrutífera em busca de alguma pista, Kisara e o clone mágico de Yukiko se preparam para sair e ao olharem para trás, não avistam Nuru.
Antes que ficassem preocupadas com o sumiço da bronzeada, elas ouvem gritos de desespero e de clemência, assim como o de ossos sendo quebrados, fazendo com que descobrissem onde ela se encontrava.
Ao saírem, a encontram surrando o meliante enquanto buscava arrancar informações dele.
Pelo que compreenderam, o rapaz falou de um galpão abandonado onde a gangue levava as pessoas para punições.
- Por que fizeram isso com o Jounouchi-kun? – a bronzeada pergunta enfurecida erguendo o marginal surrado pela gola do uniforme que usava.
- Ele o usou como isca. Inicialmente, Hirutani cogitou dele voltar para a gangue e ajudar na vingança contra Yukiko pela humilhação, além da surra que o levou a ficar vários meses internado ao mesmo tempo em que passava por várias cirurgias. Porém, ao ver Jounouchi mostrar um presente a sua arqui-inimiga e exibir um olhar de amor ao ver o objeto em suas mãos, ele acreditou que Katsuya nunca se juntaria a eles para ajudar na vingança por amar você – ele fala fracamente, olhando debilmente para o clone mágico enquanto sentia dores lacerantes pelo corpo – Então, o chefe decidiu ameaçar os amigos dele para que fosse até o local combinado e depois, revelou as suas verdadeiras intenções. Foram necessários muitos para subjugá-lo, para depois, ele ser levado para este galpão abandonado. Era para você ir até ele. Hirutani enviou um subordinado para por um bilhete no seu armário.
- Eu não recebi nenhum bilhete. Além disso, ele não me ama. Ele apenas queria uma opinião sincera sobre o presente que pretendia dar a uma garota. Afinal, ele ama outra pessoa. Vocês são inúteis até para pesquisar.
- Mas... – ele demonstra um semblante estarrecido com a revelação da albina e o fato do bilhete não ter chegado às mãos dela, desconhecendo o fato de que ela mentiu sobre o bilhete.
- Pelo visto, o subordinado dele falhou em sua missão. Isso explica a ausência do recado.
- Onde fica esse galpão abandonado? – a bronzeada pergunta com um semblante de pura raiva.
Ele fornece o endereço e Kisara prontamente pesquisa no seu smartphone, conseguindo a localização e a rota a ser tomada.
- Nuru-chan! Por favor, pare! – a bronzeada olha para o lado e observa o seu amigo de infância chorando enquanto exibia um semblante desesperado conforme corria até ela, seguido de Honda e de Hanasaki.
- Desculpe, Yugi-kun. Eu vou parar.
Ele a agradece enquanto exibia pena ao ver o estado do marginal quando ele foi jogado por Nuru no chão como se fosse um lixo.
- Pelo visto, não tinha ninguém. – Hanasaki comenta enquanto desviava os olhos do estado deplorável do meliante.
- Sim. Estava vazio.
- Vamos, eu já tenho a rota.
Todos consentem e correm na direção que ela apontou.
No alto, Yukiko concentra os seus poderes e faz chover sobre dominó, com relâmpagos cortando as nuvens tenebrosas ao mesmo tempo em que usava magia no grupo para retardar Yuugi.
De fato, quando cruzam uma estrada, a albina usa magia e cria a ilusão do surgimento de vários carros que aparecem após Honda, Hanasaki, Nuru, Kisara e o clone mágico cruzarem a rua, com a cópia mágica dela percebendo a ação da original.
Quando os carros impedem a passagem dele, o jovem olha para o sinal de pedestres, percebendo que estava vermelho.
Então, a princesa dos dragões usa magia para fazer Yuugi esquecer o nome do local onde o barracão estava. Quando o sinal para pedestres abre e ele corre, o adolescente percebe que se perdeu porque não avistou os seus amigos ao mesmo tempo em que ficava desesperado ao não se lembrar do local e quando tenta ligar para eles, a albina bloqueia o sinal.
Frente a situação em que se encontrava, Yuugi decide buscar por si mesmo enquanto continuava tentando ligar para eles, com a meia dragoa o confundindo magicamente para pegar outra rota enquanto fazia o grupo correr em círculos sem que percebessem para retardar a chegada deles ao barracão, quando criou uma área mágica que envolveu o grupo ao mesmo tempo em que o faziam ignorar a ausência de Mutou.
Rapidamente, ele voa até o local onde estava o marginal e prontamente, o cura, o fazendo ficar estupefato com a neve que caía sobre ele e que o curava, antes de ficar apavorado ao ver uma versão mais velha da albina com asas emplumadas, para depois, ele murmurar fracamente enquanto julgava que estava sobre o efeito alucinógeno da droga:
- Um tenshi (anjo)?
Então, fica aterrorizado ao ver surgir um semblante sádico junto de um sorriso que o faz ficar aterrorizado e antes que pudesse se levantar para fugir, é pego pelo braço, com ele ficando desesperado ao ver que os seus esforços eram inúteis ao mesmo tempo em que não compreendia de onde vinha a forte sonolência que o tomava ao ponto de fazê-lo cair em um sono profundo.
Quando ele cai no chão, ela cria um esquife de cristal que o prende antes de abrir um dos compartimentos dimensionais que possuía, para depois, colocá-lo nesse local junto do outro porque só poderia lidar com os seus novos brinquedos após garantir que o acontecimento daquele dia seguisse o seu curso normal.
Após terminar de guardá-lo, ela abre as suas asas e voa para seguir Yuugi enquanto passava a função de manter a área mágica para o seu clone mágico ao se comunicar via pensamento com ela que consente, começando a manter a magia que os estava prendendo naquele loop impossível de ser percebido pelos outros ao deslocá-los sem que percebessem ao mesmo tempo em que os fazia ignorarem os celulares que apagaram a sua tela por ficarem sem uso.
Longe dali, em um barracão abandonado, Jounouchi recobra a consciência e percebe que estava amarrado no alto pelos punhos, fazendo com que os seus pés ficassem alguns centímetros longe do solo enquanto que estava cercado pela gangue.
Ele gerencia as dores em seu corpo ao mesmo tempo em que se recordava de segui-los quando ameaçaram ferirem o Yuugi porque segundo as palavras deles, era o mais vulnerável do grupo e ao chegarem perto do barracão, o cercaram e começaram a golpeá-lo.
Inicialmente, o loiro conseguiu se esquivar dos golpes enquanto passava a golpear muitos até que alguém lhe deu um murro nas costas ao avançar por trás dele, o desequilibrando, fazendo com que eles conseguissem a brecha que buscavam para golpeá-lo, fazendo-o ficar sem ação e consequentemente, inconsciente pelos golpes e antes que perdesse por completo a consciência, ouviu o líder da gangue falando sobre levá-lo e amarrá-lo.
Ele exibe um hematoma em sua bochecha por ser o único visível porque os outros estavam cobertos pelas suas roupas ao mesmo tempo em que olhava com fúria para eles, com Hirutani falando enquanto sorria:
- Eu gosto dessa visão Jounouchi.
Katsuya sorri e fala:
- A visão daqui também não é tão ruim. Olha! O rato chefe e as suas ratazanas!
Então, ele é socado e leva joelhadas de dois capangas de Hirutani, com outros fazendo o mesmo.
- Jounouchi, você é assim desde o ginásio. Sempre agindo como se fosse igual a mim. – eles param de socá-lo - É verdade que ninguém podia nos deter quando estávamos juntos... Até algumas gangues do colegial tinham medo da gente. A nossa gangue cresceu muito. Mas uma coisa que não consegui fazer foi ensiná-lo que eu sou o chefe e que você sempre estará abaixo de mim.
Jounouchi gargalha levemente para depois, exclamar:
- É claro! É exatamente isso que o rato chefe pensaria!
- Sabia que mesmo com essa atitude, eu cogitei de pedir para se juntar a minha gangue novamente. Mas, eu sei que você nunca aceitaria.
- Você parece ter bastante certeza disso, rato chefe. O que o fez pensar assim? O meu repúdio ou raiva de vocês?
- O fato de você estar apaixonado pela minha arqui-inimiga.
- Hã? – ele finge confusão enquanto orava para que não fosse de Nuru que eles falavam enquanto questionava como eles poderiam saber os seus sentimentos por ela porque somente Honda e Yukiko sabiam do seu amor pela bronzeada, com o loiro confiando no fato de que eles nunca revelariam o seu segredo.
- Quem mais? Yukiko Tsukishiro. A desgraçada que nos espancou e nos humilhou. Aquele vídeo nos tornou uma piada, mesmo dentre os alunos do meu colégio. Nuru e Kisara Ryuutenjin (竜天神 – Deus celestial dragão) que nos surraram e que odiamos também, não nos humilharam como aquela desgraça fez, aumentando essa humilhação ao postar na internet, tornando o vídeo viral.
O loiro suspira aliviado em segredo porque eles erraram ao adivinhar quem ele amava e também pelo fato dele sempre ter achado a albina a mais forte das três.
- Como descobriu isso? – Katsuya decide continuar fazendo com que eles pensassem que quem ele amava era a albina para impedir de elegerem Nuru como alvo.
- Um dos meus subordinados viu você dando um presente para ela em frente a uma loja há alguns dias, atrás. Havia um olhar de amor.
O loiro se lembra do dia que conseguiu fazer Yukiko ir junto dele até uma loja para que pudesse mostrar o presente que queria dar a Nuru, para depois, confessar os seus sentimentos por ela. Ele queria uma opinião feminina e não desejava pedir a Kisara por ela ser irmã da Nuru, acabando por restar à albina.
Agora, ele agradecia a Kami-sama (Deus) por ter tido a ideia de pedir a Tsukishiro e não a prateada para que desse uma opinião feminina sobre o presente.
De fato, quando mostrou o presente para ela, ele estava imaginando a reação da bronzeada e daí veio o olhar de amor.
- Como você não se juntaria a nós em virtude de amá-la, eu decidi usá-lo como isca. Ordenei que um dos meus subordinados deixasse um bilhete para a Tsukishiro com o endereço deste local. Deixei explicito no bilhete que ela deveria vir sozinha ou mandaria os meus capangas se vingarem ao atingir os amigos dela, principalmente o mais vulnerável deles, o Yuugi Mutou, além dos familiares deles.
- E vocês acham que podem lutar contra ela... Isso é ridículo. A surra dela não o ensinou?
Hirutani exibe fúria em seu semblante e dá um soco potente no estômago do loiro, fazendo-o vomitar um pouco de liquido estomacal ao mesmo tempo em que as correntes chacoalhavam pelo impacto do soco dele que atirou o corpo do loiro momentaneamente para trás, para depois, falar com a voz repleta de fúria:
- Nunca esqueci! Eis as minhas cicatrizes! – ele exclama furioso e levanta a camisa, revelando muitas cicatrizes profundas que retalhavam a sua pele – Tive que pegar uma parte do dinheiro que consegui através da gangue ao realizar roubos e outros crimes para pagar pelas cirurgias. Eu precisei de várias cirurgias. Isso sem contar os meses que eu fiquei preso em uma cama com pinos e placas metálicas. Também tem o dano que sofri em alguns órgãos. Por sorte, não foram em órgãos importantes. Com as cirurgias, eu consegui tratar a maioria dos danos. Porém, eu preciso tomar alguns remédios para o resto da minha vida.
- Nós também sofremos danos e precisamos tomar remédios para o resto da vida. – um dos capangas fala e mostra as cicatrizes, assim como a maioria dos outros marginais.
O líder da gangue abaixa a camisa e torna a fechar o casaco do uniforme, com o loiro sorrindo de canto enquanto falava porque havia adorado ver os danos que o bastardo sofreu nas mãos da albina, assim como os ferimentos dos outros desgraçados:
- Já acabou? Ainda torno a afirmar que não aprendeu a lição. Vocês nunca irão derrotá-la. Além disso, saibam que tenho uma boa memória. Conheço bem as suas caras idiotas. Lembro quantas vezes cada um de vocês me bateu.
Hirutani sorri de canto e fala:
- Não se preocupe. Esse ainda não é o prato principal. O próximo item do menu vai fazer você perder a cabeça. Afinal, é entediante ficar esperando alguém sem fazer nada para passar o tempo. Esse item também o fará perceber que temos uma estratégia para lidar com aquela desgraçada.
Katsuya fica preocupado porque sabia que Hirutani não fazia ameaças em vão. Se ele ameaçava é porque tinha certeza que o seu plano daria certo.
De fato, a sua preocupação é confirmada ao ver vários capangas tirando armas de choque do bolso, para depois, ligá-los na frente dele.
- E talvez, tomemos a sua vida também... – um dos marginais fala enquanto exibia a arma de choque - Estas são pistolas de choque de duzentos mil volts. Quando eu apertar o botão, a eletricidade vai ser liberada e quando isso acontecer, as suas memórias serão apagadas da sua mente.
- Seus idiotas malditos! – ele exclama e dá um chute naquele que falava, fazendo com que o criminoso caísse inconsciente com a pistola em sua mão enquanto ainda estava ligada.
- Cretino! – outro capanga exclama ao ver o colega caído no chão.
Rapidamente, ele consegue encostar a arma em Katsuya, o eletrocutando, fazendo-o gritar ao atingi-lo pelas costas.
Não muito longe dali, Yuugi para de correr ao sentir que algo estava errado com o seu amigo.
O fato de Katsuya ter tocado na peça que continha o relevo do olho de Wadjet, fez com que aquela peça conseguisse ter uma espécie de conexão remanescente com o loiro e que juntamente com o forte desejo de Yuugi de encontrá-lo, fez com que o jovem sentisse que havia algo de errado.
Porém, o adolescente não tinha magia e por isso, só podia ter uma sensação oriunda da dor lacerante de Jounouchi.
Afinal, ele não conseguia ativar todos os poderes do Sennen pazuru por não ter magia em seu corpo.
- Jounouchi-kun! – ele exclama desesperado, para depois, segurar o Sennen Aitemu em suas mãos.
"Por favor, Sennen pazuru, me diga onde está o Jounouchi-kun!"
O jovem estava tão concentrado em tentar encontrar o seu amigo que Atemu conseguiu tomar o controle do corpo facilmente enquanto colocava o seu amado para dormir profundamente ao mesmo tempo em que acessava o poder do item para localizar Katsuya.
O espírito ainda não o havia perdoado e o motivo de fazer isso era pelo seu amado Yuugi, que estava sofrendo.
Afinal, o Faraó odiava vê-lo sofrer enquanto que as lágrimas do adolescente o feriam demasiadamente. Pelo amor que sentia por seu anfitrião e desejo de vê-lo sorrir novamente, ele iria encontrar e resgatar Jounouchi,
Ao usar profundamente os poderes do item junto da sua magia, ele conseguiu ver um barracão e descobriu qual rota deveria seguir, passando a correr em direção ao local, agradecendo o fato de ter conseguido um pouco da sua resistência e força original.
Claro, ainda não era o ideal, mas serviria para a distância que precisava percorrer porque na sua investigação usando o poder do item e a sua magia, o espírito descobriu que Katsuya iria morrer se ele não conseguisse chegar a tempo, considerando o estado mental e físico em que se encontrava e se Jounouchi morresse, o Faraó não queria imaginar o estado que Yuugi ficaria com a sua morte. Pelos sentimentos que nutria pelo jovem, ele iria salvar a vida do loiro.
No barracão, o adolescente estava no limiar da consciência enquanto estava começando a ter pequenas convulsões por causa da descarga elétrica em seu corpo.
- Ei, Hirutani, ele nem consegue falar mais e já está tendo até convulsões. Acho que podemos parar. – um dos capangas recém-juntado a gangue comenta.
- Que nada, continue.
- Isso mesmo, idiota. Eu vou me vingar nele pelo que aquela bastarda fez conosco! – outro marginal fala.
- Isso mesmo!
- Pare de falar besteira e continue com as ordens do Hirutani-sama!
Então, os outros que sofreram danos se juntam ao coro enquanto que os demais, que compreendiam apenas alguns membros, estes recém-adicionados à gangue, demonstravam desconforto com a ideia de matar alguém.
- Hã? Mas se a gente continuar, ele vai morrer.
- Eu disse, continue! – Hirutani ordena ao olhar friamente para aquele que ousou falar em parar.
- Parem!
Todos eles se viram para a origem da voz barítono.
Atemu observa as pistolas de choque e percebe que o loiro se encontrava em um estado inconsciente embora fossem visíveis pequenas convulsões e por mais que ainda nutrisse certa raiva pelos atos de Jounouchi no passado, odiava atos de covardia, como o que estava na sua frente, com um homem amarrado e incapaz de se defender enquanto era cercado por vários agressores que o atacaram covardemente.
Além disso, ele podia antecipar a tristeza e o sofrimento do seu amado ao ver o estado lastimável do amigo.
Para o Faraó, aquela gangue invadiu a fronteira do coração do seu amado ao ferirem o amigo dele e junto do sofrimento de Yuugi e do ato covarde, o espírito ficou furioso e exclamou em pensamento enquanto fechava os punhos:
"Vocês vão me pagar por isso!"
Chapter 75: Jogo - Encontre a bomba-relógio
Summary:
Atemu planeja...
Hirutani acha que...
Antes que o Faraó pudesse...
Chapter Text
Atemu aproveita a surpresa deles para se posicionar estrategicamente onde desejava, antecipando o ato deles ao planejar o que iria fazer após fazer uma rápida análise do local, por não ter permitido que as emoções o dominassem.
Hirutani fala com um sorriso de canto:
- É o pirralho do Yuugi.
- Se essa é toda a ajuda que Jounouchi tem, ele está perdido. – um dos capangas comenta.
Então, todos gargalham até que cessam as risadas enquanto um deles exclamava junto de outros dois criminosos que avançavam em direção ao espírito ao mesmo tempo em que um deles erguia o seu punho:
- Ei garotinho, este é o nosso lugar, não é o seu parque de diversões!
Atemu podia ter impedido o soco, mas ele é obrigado a recebê-lo porque era parte do seu plano, com ele planejando curar o dano no rosto antes de devolver o corpo para o seu amado.
Ao ser golpeado na bochecha esquerda, ele é arremessado para trás e no ângulo que havia calculado, fazendo com ele derrubasse um pneu de caminhão que cai no canto de uma poça, cuja água da chuva se acumulou por causa do telhado que se encontrava quebrado.
Um dos capangas exclama após gargalhar junto dos outros:
- Que ajuda mais ridícula!
Aproveitando o escárnio deles e gargalhadas, Atemu, que havia sido arremessado pelo golpe, começa a colocar o seu plano em prática.
Após terminar de configurar o que havia planejado, o Faraó se levanta e fala ainda de costas para os marginais:
- Certo, agora é a minha vez de começar alguma coisa – ele se vira para os bandidos – Eu desafio vocês para um jogo.
- O quê? Um jogo? – Todos olham para ele com os semblantes surpresos porque não esperavam tais palavras.
Aproveitando o aturdimento deles, o espírito caminha até ficar em cima do pneu que ele posicionou estrategicamente quando foi atirado para trás pela força do soco em seu rosto.
- Vocês ainda não perceberam? Há uma bomba-relógio conectada a um detonador e ela está escondida bem debaixo dos seus pés. O tempo já está passando.
- Uma "bomba-relógio"?! – um deles exclama incrédulo.
- Do que você está falando, maricas?
Atemu não se abala com a ofensa e continua sorrindo enquanto falava:
- Agora, a questão é se vocês conseguem encontrar o detonador. Se conseguirem, vocês vencem e podem ficar com a minha vida. Mas, se não conseguirem encontrá-lo, receberão um castigo especial. A bomba explodirá levando todos vocês para os ares. Agora, usem a cabeça para tentarem achar a resposta.
- Hirutani-san, o cara só pode estar blefando. – um dos capangas fala.
O outro fala enquanto se aproximava do espírito com a pistola de choque em suas mãos:
- Ele está frito. Vamos cozinhar ele e ver o que poderá fazer.
Quando este capanga se prepara para ligar o dispositivo, Hirutani fica estarrecido e percebe o perigo em que se encontravam por estarem em cima de uma poça, além de se encontrarem ensopados.
- Esperem! Não usem as pistolas de choque!
Todos olham surpresos para ele que fala:
- Saquei o que ele está dizendo. Ele não está blefando. Nós estamos todos ensopados da chuva. Esse pirralho ficou ali só para nos atrair para a poça ao mesmo tempo em que fazia com que nós ficássemos molhados pela chuva que cai através do buraco no teto. Ele deixou que a gente batesse nele com isso em mente.
Todos olham para baixo enquanto o chefe deles falava, com um dos capangas exclamando estarrecido:
- Ele tem razão! Estamos todos molhados!
- Vocês entenderam? Se um de nós ligar a pistola de choque, os duzentos mil volts irão direto para a poça e nós vamos explodir com a bomba do garoto. Nós encontramos o detonador, moleque! Ficaremos a salvo se não usarmos as pistolas de choque. Então, vamos usar os nossos punhos!
O Faraó confessava que havia ficado surpreso pela análise de Hirutani da poça e do fato deles estarem encharcados, percebendo o perigo de usarem as armas de choque enquanto que o chefe deles havia se esquecido do fato de que havia um limite de tempo.
Sem se alarmar, ele olha discretamente pelo canto dos olhos para trás dele, para depois, voltar a olhar para frente, observando os bandidos se dirigindo para ele enquanto erguiam os punhos, se preparando para socá-lo, com um deles exclamando após gargalhar vitorioso:
- Nós vencemos o jogo!
- Agora, como punição, você vai morrer!
Porém, antes que eles continuassem o seu avanço contra o espírito, os marginais ficam estarrecidos quando observam um sorriso de vitória no rosto de Atemu enquanto ele falava:
- Mas vocês não encontraram o detonador. Eu sou o vencedor.
- O quê?! – um dos capangas exclama estupefato.
- E a bomba está prestes a explodir, bem agora.
- Onde? – Hirutani perguntava enquanto gaguejava.
Todos ouvem um gemido fraco e ao procurarem a fonte do som, observam com semblantes estarrecidos o capanga que até aquele momento estava inconsciente com o golpe do loiro e que estava despertando gradativamente do seu estado inconsciente. Ele tinha o braço erguido por um pedaço de metal ao mesmo tempo em que a pistola de choque se encontrava ligada.
- O detonador é o braço dele! – o líder deles exclama estupefato.
Conforme olhava a cena, percebe que o objeto dourado estava pendurado estrategicamente no alto e em cima do rosto do seu subordinado inconsciente, fazendo com que gotas de água que escorriam pela superfície dourada caíssem no rosto do marginal inconsciente, provocando o seu despertar gradativo.
"Ele planejou tudo isso quando o acertamos! Por isso, ele não tentou se esquivar!" – Hirutani exclama consigo mesmo em pensamento enquanto exibia um semblante estarrecido pela engenhosidade do plano do jovem.
Com o despertar, o capanga mexe os braços com a pistola de choque ainda ligada, fazendo com que a barra de metal que segurava o braço dele no ar começasse a cair para o lado ao mesmo tempo em que a mão com a arma mergulhava em direção a poça de água onde ele e os outros se encontravam.
- Não acorde! – Hirutani grita em desespero enquanto que não conseguia se mexer a tempo assim como os seus capangas em virtude da descoberta estarrecedora que provocou uma mudança abrupta nos acontecimentos.
Enfim, a arma do marginal cai na poça e a descarga elétrica se espalha, eletrocutando todos e como eles estavam molhados, a descarga era distribuída mais eficazmente enquanto que o pneu onde Atemu se encontrava de pé fornecia proteção para ele contra a eletricidade gerada pela arma que estava atrás dele.
Todos caem no chão, com muitos deles convulsionando enquanto o Faraó sentia uma intensa satisfação ao vê-los naquele estado deplorável.
Porém, antes que pudesse começar a fazer algo contra a mente deles usando o poder do item, ele ouve passos e pelas vozes, eram os amigos do seu amado.
Após retirar Jounouchi das correntes e curar o golpe que sofreu propositalmente na bochecha, ele se ajoelha ao lado do loiro e o segura conforme o seu amado faria, devolvendo em seguida o controle do corpo ao jovem ao mesmo tempo em que os amigos de Mutou apareciam na porta do barracão, gritando por ele enquanto tentavam compreender o motivo de não terem sentido a falta de Yuugi. Eles somente perceberam a ausência do jovem de olhos ametistas junto deles ao avistarem ele ao lado do inconsciente Katsuya.
A sensação de culpa que tomava o grupo desapareceu quase que por completo em um passe de mágica, graças à ação de Yukiko, que após observar tudo do alto, aproveitou o fato do grupo entrar no barracão para trocar de lugar com o seu clone mágico que havia mantido uma pequena distância atrás deles para que pudesse realizar a troca sem que percebessem.
O clone sorri e consente, voando para o alto ao fazer surgir asas emplumadas porque tinha mais uma missão antes que desaparecesse em uma névoa mágica enquanto que as suas memorias do que ocorreu seriam enviadas a original.
Enquanto isso, Yuugi estava feliz por encontrá-lo ao mesmo tempo em que as memórias alteradas surgiam em sua mente, fazendo-o acreditar que quando entrou no barracão, encontrou os capangas desacordados na poça e que ao ver a arma de choque na poça de água, buscou não se aproximar, para depois, descer o seu amigo e segurá-lo em seus braços.
Porém, mesmo que tais memórias fossem nítidas, ele tinha uma sensação inquietante dentro dele e que não conseguia definir o que era, com ele decidindo colocar para escanteio ao ver os seus amigos ao seu lado, com eles demonstrando preocupação em seus semblantes.
A sua preocupação foi esquecida quando viu o estado deplorável de Katsuya enquanto que Nuru havia se ajoelhado ao lado dele, com as suas lágrimas brotando dos seus olhos carmesins ao ver o estado lastimável dele.
Ao olhar para o lado e ver os marginais convulsionando, com a arma de choque de um deles mergulhada na poça de água, a bronzeada percebeu o que ocorreu. Ela confessava que sentia muita vontade de socá-los, mas, não ia se arriscar a levar um choque por não saber se a pistola ainda estava funcionando.
- Yuugi, o que aconteceu? – Honda pergunta preocupado.
- Parece que os desgraçados eletrocutaram a si mesmos. – Hanasaki comenta com satisfação em seu semblante.
- Verdade. Eles entraram na poça e um deles caiu na água com a arma ligada. É o que eu acho. – Kisara comenta pensativa.
Yukiko se ajoelha ao lado de Yuugi e afaga maternalmente a sua cabeça, perguntando em um tom de voz maternal:
- Você está bem, Yuugi-kun?
- Sim, Yukiko-chan.- ele fala com o seu típico sorriso radiante e adorável, olhando em seguida para Honda – Eu não sei. Eu cheguei aqui e o encontrei pendurado naquele gancho. Eu achei a corda da roldana dele e consegui abaixá-lo até o chão, para depois, soltá-lo. Eles já estavam desacordados na poça quando eu cheguei nesse galpão.
- Jounouchi-kun! Abra os olhos, por favor! – Nuru exclama desesperada enquanto segurava o rosto daquele que amava em suas mãos ao mesmo tempo em que todos se lastimavam ao ver o estado do loiro, com exceção de Yukiko.
Afinal, a albina era ciente de que perdão era uma palavra consideravelmente desconhecida para ela, principalmente para aqueles que feriam quem ela amava de forma maternal. Ferir Yuugi era inaceitável a seu ver e se lastimava por ter que se contentar com os capangas de Hirutani como as suas presas enquanto que não poderia levar o líder dos marginais consigo como o seu brinquedo, ainda.
Afinal, havia mais um acontecimento envolvendo ele e era necessário que ocorresse.
O loiro abre os olhos ao virar de lado, acabando por ver Yuugi primeiro, fazendo com que ele exclamasse de alívio ao segurá-lo:
- Yuugi! - ele olha para todos e fica feliz ao vê-los – Honda! Hanasaki! Yukiko-chan! Kisara-chan! Cadê a Nuru-chan?!
Ao notar a ausência da bronzeada, ele fica aterrorizado, para depois, arquear o cenho ao ouvir risadinhas por parte de Yuugi e dos outros enquanto ouvia alguém dar uma leve tossida no seu lado direito.
Ele vira o semblante para o lado e vê Nuru com o rosto umedecido pelas lágrimas enquanto o olhava com censura em seus olhos carmesins, com o seu sorriso aquoso traindo os sentimentos que a tomavam naquele instante e que eram de alívio, felicidade e de tristeza ao ver os ferimentos no seu amado, com a bronzeada conseguindo ouvir os rugidos furiosos da sua dragoa interior que queria estraçalhar os criminosos inconscientes. Se ela estivesse sozinha e com Jounouchi ainda inconsciente, a jovem se transformaria em sua dragoa, permitindo que estraçalhasse os corpos ao ponto de ninguém discernir qual pedaço de corpo era o que viam de tão deformados que ficariam pelas mandíbulas possantes e garras afiadas.
- Nuru-chan?! – ele exclama preocupado enquanto a segurava gentilmente pelos ombros, sendo evidente a intensa preocupação no semblante do loiro.
- Eu estou tão feliz por conseguir encontrá-lo, mas, também estou triste pelo estado em que você se encontra. O que eles fizeram com você além de surrá-lo? Eu vi alguns ferimentos que não parecem golpes.
O loiro engole em seco enquanto se lastimava por não poder ocultar o que aconteceu porque não desejava fazer os seus amigos ficarem mais tristes do que já estavam.
Após suspirar profundamente, ele fala:
- Eles usaram armas de choque contra mim. - todos choravam com exceção de Yukiko que fingia sentir choque e tristeza.
Como se algo despertasse no loiro, ele abraça a bronzeada protetoramente, gemendo com a dor que sentiu pelo impacto do seu corpo dolorido contra o de Nuru, que estava corando intensamente enquanto sentia o seu coração bater descontroladamente em seu tórax ao mesmo tempo em que sentia calafrios prazerosos.
- Onde estão os bastardos? Eles podem usar as...!
- Eles estão incapacitados no momento. Veja, Jounouchi – a albina comenta enquanto apontava com o dedo para um local próximo de onde estavam.
O loiro fica surpreso ao vê-los caídos em uma poça com a pistola de choque na água, indicando que foram eletrocutados, com Katsuya passando a sorrir com intenso prazer e satisfação ao mesmo tempo em que Hiroto se aproximava enquanto perguntava:
- Você sabe o que aconteceu?
Chapter 76: O reencontro de amigos
Summary:
dos cogitam a hipótese de...
Jounouchi e Nuru surpreendem todos quando...
No aeroporto de Dominó, Mahaado e Mana se encontram...
Chapter Text
- Um deles tentou me eletrocutar, mas, eu o chutei. No caso, aquele que está com a arma de choque afundada na água. Porém, as minhas memórias estão confusas a partir daí porque cheguei a sentir uma dor lacerante e indescritível quando uma das armas encostou na minha pele. Depois disso, eu não consigo me lembrar de mais nada.
- Provavelmente, aquele que você acertou e que estava caído no chão, deve ter movido o seu braço para tentar se levantar e acabou encostando a arma na água, eletrocutando ele e os outros. Você escapou por estar pendurado acima do solo. Isso explica porque o Yuugi-kun disse que o encontrou pendurado e os marginais caídos no chão com marcas de queimadura. – a prateada comenta pensativa.
- De fato, o que vemos é condizente com essa teoria. – Hanasaki murmura pensativo.
- Tem lógica. – a bronzeada fala em um murmúrio enquanto percebia que Jounouchi continuava envolvendo protetoramente os seus braços nela.
Como se notasse o seu gesto, Katsuya cora e se afasta, falando sem jeito enquanto o seu semblante demonstrava que sentia dor ao simples movimento:
- Desculpe, Nuru-chan, abraça-la assim, é que...
Porém, antes que terminasse de falar, com a bronzeada se enchendo de coragem ao mesmo tempo em que se lembrava do sofrimento que experimentou pelo desaparecimento dele e consequentemente ao descobrir o que ocorreu juntamente com o gesto protetor dele e ao experimentar o calor dos seus braços, ela o silenciou ao beijá-lo nos lábios. Era um selinho, mas, foi o suficiente para deixar o loiro inicialmente aturdido, para depois, olhar embasbacado para a bronzeada que corava intensamente ao mesmo tempo em que se afastava.
Os outros estavam corados, com exceção de Yukiko enquanto que a bronzeada se sente mal ao ver o semblante estarrecido do loiro ao interpretar erroneamente como algo que ele não gostou ao mesmo tempo em que se condenava por agir de forma impulsiva, beijando alguém sem o seu consentimento ao ser levada pelas emoções que a tomavam junto do fato de se recordar de que ele amava alguém. Esta última recordação fez com que ela ficasse deprimida.
Então, a prateada abaixa a cabeça e murmura:
- Me desculpe. Eu não deveria ter feito isso.
A voz triste e pesarosa faz o loiro sair do seu estupor, percebendo que havia dado a impressão errada a ela por ter ficado sem reação com o gesto inesperado e ao ver novas lágrimas no semblante dela junto com a dor e culpa em sua voz, ele rapidamente envolve as suas mãos no rosto da bronzeada e fala, fazendo-a erguer o seu semblante visivelmente confuso, com os seus polegares secando algumas das lágrimas que brotaram dos belos orbes carmesins dela:
- Não tem nada para se desculpar. Ao contrário, eu deveria me desculpar por ter reagido daquela forma. Eu fiquei agradavelmente surpreso pelo seu gesto. Eu nunca esperei algo assim de quem eu amo profundamente e fico feliz em ver que nossos sentimentos são recíprocos, meu amor.
Agora era a vez da bronzeada ficar estupefata, olhando-o com consternação em seu semblante por ouvir tais palavras dele, não acreditando que a garota que ele amava era ela.
- É verdade? – a bronzeada balbucia enquanto exibia surpresa em seu semblante, com a revelação dele cessando as suas lágrimas.
- Sim. – ele fala e aproxima o seu rosto corado do dela, que também estava corando enquanto os seus lábios se aproximavam até que selam os seus sentimentos com um beijo apaixonado.
A bronzeada o abraça enquanto que o loiro a abraçava, com ambos desfrutando do beijo até que a bronzeada acaba apertando, sem querer, um dos hematomas de Katsuya, fazendo-o gemer de dor e consequentemente, quebrando o beijo deles.
Então, ambos coram intensamente ao ver que estavam em público, com os seus amigos corando ao ver a cena enquanto demonstravam vergonha em seus semblantes ao mesmo tempo em que todos eles desviavam o rosto, com o casal notando que Yukiko os olhava normalmente, fazendo o loiro achar estranho o gesto da albina porque o normal seria reagir como os seus amigos reagiam com demonstrações de afeto em público, com ele acreditando que ela não era japonesa apesar no nome e sobrenome que possuía.
O loiro fica sem jeito e quando vai coçar a nuca, um novo gemido de dor sai dos seus lábios, fazendo sumir o rubor de todos que era substituído pela preocupação enquanto Nuru falava:
- Devemos ir ao hospital.
Katsuya tenta se levantar, mas, acaba caindo, fazendo com que a bronzeada e Yuugi segurassem o seu braço, evitando uma queda feia.
- Eu vou levar você. Há um hospital não muito longe daqui. – Honda falava enquanto se preparava para pegá-lo ao notar que qualquer movimento que o loiro fazia se tornava doloroso.
Jounouchi não queria ser carregado nas costas de outro homem, mesmo que este fosse o seu melhor amigo porque não queria atrair olhares estranhos, além de ser orgulhoso ao desejar andar por si mesmo.
Porém, quando o pensamento de tentar andar por si mesmo cruza a sua mente, o loiro percebe o olhar de todos que demonstravam que não iriam permitir esse gesto por parte dele ao verem que ele tentava se levantar novamente.
O adolescente suspira em derrota e deita nas costas de Honda que sai do local com ele, com Nuru comentando:
- Devíamos ter chamado a polícia. Precisamos denunciar esses bastardos.
- Eu não acho uma boa ideia. Eu ouvi alguns boatos de que ele chegou a fazer parceira com um membro da Yakuza.
- Será que não é só boato? – Kisara pergunta.
- Eu não sei. Mas, eu não acho sábio arriscar algo assim. Já basta o fato da Yukiko-chan estar em perigo por causa daquele vídeo. – o moreno comenta com evidente preocupação em seu semblante ao olhar para a albina.
- Fique tranquilo. Eu não acho que isso seja verdade e mesmo que venha a ser verdadeiro esse boato. Acha mesmo que a Yakuza quer ter o seu nome mencionado em um incidente que envolve um bando de homens sendo surrados facilmente por uma mulher? Eu não acho que os membros orgulhosos da Yakuza aprovariam essa associação. – a albina comenta.
- De fato, tem lógica. Seria muito vergonhoso. – Hanasaki comenta pensativo.
- Mesmo assim, eu acho melhor fazermos o que o Honda-kun disse. Melhor não envolvemos a polícia no caso. – Yuugi comenta com medo em sua voz – Por favor, me prometam que não vão denunciar o que ocorreu a polícia. Tudo o que menos queremos é sermos alvo da Yakuza.
Eles se entreolham e depois, olham para Yuugi, com todos consentindo enquanto o loiro comentava:
- Eu odiaria ver os meus amigos em problemas com a Yakuza. Eu me sentiria deprimido se isso ocorresse. Eu já me sinto mal por aquele bastardo acabar envolvendo vocês.
- Não se sinta mal, amigo. Eles são bastardos. Infelizmente, o mundo esta cheio de escórias como eles.
- Verdade.
Enquanto corriam para o hospital, o clone mágico pousava na frente dos criminosos desacordados na poça dentro do barracão, com ela compartilhando do prazer da original ao imaginar os novos brinquedos que ela iria possuir.
Decidindo não perder tempo, o clone usa a sua neve divina e cura todos com exceção de Hirutani, para depois, eles despertarem porque a descarga elétrica na água queimou a arma de choque após ela liberar a sua carga.
Ao verem a albina parada na frente deles, exibindo asas emplumadas imensas, eles murmuram embasbacados:
- Uma tenshi?
Porém, um sorriso cruel e igualmente sádico brota dos seus lábios delicados, fazendo-os ficarem apavorados, para depois, serem envolvidos por uma névoa magica translúcida que fez com que eles caíssem inconscientes.
Então, ela envolve cada um deles em esquifes de gelo, para depois, fazê-los flutuar com a sua magia, os levando até um dos compartimentos mágicos que abriu e onde jaziam outros dois esquifes.
Após condicioná-los no compartimento, ela o fecha e depois, o seu corpo se transforma em neve enquanto esmaecia gradativamente conforme os flocos de neve caíam no chão, desaparecendo em seguida sem deixar qualquer rastro da sua existência.
Algumas semanas depois, no aeroporto de Dominó, Mahaado e Mana aguardavam no salão, próximo do desembarque dos aviões, a chegada do amigo deles. Para evitar chamarem a atenção, eles usavam roupas casuais para se misturarem com a multidão, com eles podendo convocar as suas roupas originais em um passe de mágica se assim desejassem.
- Mestre Mahaado, o senhor Shaadii ainda vai demorar?
O mago olha para o relógio no pulso, para depois, comentar:
- O voo dele deve ter se atrasado. Ele adiantou a viagem em um dia, segundo Ishizu.
- Vocês conversaram bastante ontem. – ela comenta com um sorriso de canto olhando para o seu professor de magia e pai adotivo.
Ela sorri ainda mais ao vê-lo corar, com a cor sendo proeminente mesmo na pele bronzeada dele, para depois, ele pigarrear.
- Não sei o que está insinuando. Eu apenas estava comentando sobre as nossas descobertas e nossos planos de investigação.
- De fato, o início da conversa de vocês foi sobre isso, depois, foi sobre outros assuntos e não me refiro ao assunto envolvendo o irmão novo de Ishizu, o Mariki.
- Ela precisava de um ombro amigo. Mesmo sendo ciente da traição do seu irmão e o caminho tortuoso que escolheu por desconhecer a verdade, ele ainda é o amado irmão mais novo dela. Ela sofre muito ao ver o caminho que ele tomou para si, além da culpa que ela sente por ter estimulado isso indiretamente ao mostrar o mundo além das areias em que viviam. Ela acha que plantou a semente de tudo o que se sucedeu e dos acontecimentos futuros.
- Sim. Eu sei da culpa dela e lamento pelo que ocorreu. Mas, a conversa durou bastante tempo e foi bem além de um simples conforto. – ela fala com um sorriso ainda mais proeminente ao vê-lo corar novamente enquanto torcia para que ambos ficassem juntos ao contrário do passado em que não puderam ficar juntos no Egito antigo por causa dos seus cargos, com esta decisão sendo uma escolha pessoal de ambos.
Afinal, não havia nenhuma proibição por escrito que impedia os Guardiões sagrados de casarem entre si.
Então, os olhos de Mahaado se arregalam ao notar uma informação crucial na fala de Mana que o fez virar o seu semblante sério para ela, com o sorriso no rosto da bronzeada desaparecendo por completo enquanto começava a suar frio.
- Você deveria estar estudando naquele momento e não ouvindo escondida a ligação dos outros. Isso explica porque não conseguiu terminar a tempo os exercícios mágicos que passei para você.
- Ops.
- É "ops" mesmo. Quando chegarmos ao apartamento, você ficará de castigo.
- Isso é maldade. – ela fala fazendo beicinho.
- Pensasse nisso antes de sacrificar os estudos para espionar escondida a ligação dos outros.
Então, eles olham na direção geral ao ouvirem o anúncio pelo alto falante da chegada do voo vindo do Cairo e o portão onde ocorreria o desembarque.
Prontamente, eles se levantam e se dirigem até a saída.
Alguns minutos depois, os passageiros começam a sair pela porta, com eles avistando Shaadii em sua roupa tradicional composta de manto e túnica branca com um turbante da mesma cor contendo uma pena de falcão fincada nas dobras. Ele possuía o Sennenjou pendurado em seu pescoço enquanto jazia na sua mão direita, o Sennenbakari (balança do milênio).
- Como ele conseguiu embarcar com esses itens em suas mãos? Ele não é um mago como o senhor.
- Provavelmente, usou a magia dos itens para ocultá-los e confundir qualquer pessoa ou aparelho tecnológico como o detector de metais. Não é uma magia complexa, considerando o fato de possuir dois Sennen Aitemu em suas mãos. Principalmente, o Sennenjou. Ele pode ficar invisível ao entrar nos lugares, conseguindo fazer com que outros fiquem invisíveis se assim desejar. Esta é uma das habilidades mágicas concedidas ao portador deste item. É incrível o fato de ter passado no teste do Sennenbakari, também. Quanto ao teste do Sennenjou, não estou surpreso por ele ter passado. Afinal, ele é reencarnação de um dos Guardiões sagrados que era o portador do Sennenjou no Egito antigo.
- Verdade. Eu me esqueci. – ela comenta enquanto coçava sem jeito a nuca.
Ele sai das portas exibindo uma feição séria, para depois, sorrir ao avistar os seus dois amigos e ao se aproximar deles, os três se cumprimentam antes de Mahaado comentar:
- Ishizu me contou o que ocorreu. Eu oriento você a usar a magia do Sennenjou para ficar invisível quando for atrás dos culpados. Hoje em dia, muitos estabelecimentos têm câmeras de vigilância.
- Obrigado por me lembrar, meu amigo – ele olha para Mana e afaga gentilmente a cabeça da jovem – Você cresceu. Eu espero que esteja sendo uma aprendiza exemplar.
- Eu estou sendo, mestre Shaadii. – ela responde com um sorriso.
- Sim. Ela é. Desde que não sejam os momentos que ela foge dos estudos quando deseja espionar as minhas ligações, por exemplo.
Ela fica sem graça, batendo os indicadores dos dedos enquanto Shaadii sorria após abanar a cabeça para os lados:
- Ela ainda é jovem. Eu sei disso porque adotei muitas crianças. Com o tempo, ela se tornará responsável.
- Eu espero que chegue logo o tempo dela se tornar responsável. Por falar nas crianças, como elas estão?
- Bem. Eu também tenho problemas com alguns deles, mas a maioria é bem responsável. Eu deixei Diiva responsável por eles até eu voltar. Claro, eu possuo os meus subordinados para protegê-los, mas, cabe a Diiva garantir que eles estão estudando. Eu também tive que arranjar um celular via satélite com a ajuda de Ishizu. Diiva ficou responsável pelo outro telefone. Mas, ele sabe que somente pode usar para emergências.
- Eu também arranjei um com a ajuda dela e também uso somente para emergência.
- Eu também queria um celular via satélite. – Mana comenta chorosa.
- Quando você crescer, nós conversamos.
Mana dobra os braços na frente do corpo e faz biquinho enquanto bufava, fazendo os dois adultos revirarem os olhos.
- Como está a sua investigação?
- Eu consegui algumas informações interessantes. Podemos conversar agora ou depois que você cumprir a sua missão como Guardião do túmulo.
- Podemos conversar agora. Ademais, eu soube que só irei conseguir encontrar um deles amanhã. Pretendo partir depois do almoço.
- É uma ótima notícia. Poderei passar as minhas descobertas e podemos colocar a conversa em dia, meu amigo.
- Com certeza. – ele sorri enquanto consente.
Então, o trio se retira do aeroporto, com os dois adultos conversando enquanto a aprendiza de mago continuava emburrada.
Nesse interim, longe dali, no Game Shop, mais precisamente na cozinha, Yuugi estava tomando o café da manhã com o seu avô quando avista a manchete principal de um jornal que estava dobrado em cima da mesa, com ele acreditando pela manchete principal na primeira página, que o seu amado avô não tinha prestado atenção no jornal quando o pegou nas mãos antes de preparar o café da manhã porque se tivesse prestado atenção, estaria sentando comentando sobre a notícia.
- Uau! Encontraram a tumba de um Faraó no Egito e ela estava cheia de tesouros! – ele exclamava enquanto observava algumas fotos da tumba no jornal, além da foto que constava o professor universitário e arqueólogo Yoshimori e o chefe da expedição Kanekura que também era o curador do Museu de Dominó.
- O jornal fala quando eles pretendem fazer a exibição? Como foi o curador do museu da nossa cidade o chefe da expedição, provavelmente, seremos agraciados com esta exposição no museu da nossa cidade. – Sugoroku pergunta com um semblante ansioso, fazendo Yuugi sorrir porque ele sabia do imenso amor que o seu avô sentia por tudo que envolvia o Egito antigo.
- Parece que a exposição será inaugurada neste domingo no museu aqui da cidade. Deve ser interessante. Podemos ir nesse domingo. Afinal, só vou ter aula no próximo domingo.
- É uma ideia excelente.
- Eu vou convidar os meus amigos. Nós pretendíamos ir ao fliperama novo que inaugurou há alguns dias atrás, mas, acho que uma visita ao museu seria interessante, ainda mais com essa nova exposição.
- Com certeza. Podemos ir todos juntos.
- Sim.
Então, eles ouvem o telefone e o avô de Yuugi vai até o aparelho ao mesmo tempo em que o jovem fechava o jornal e voltava a apoiá-lo na mesa, para depois, começar a tomar o seu café da manhã enquanto ouvia a voz do seu avô ao telefone.
Chapter 77: Convite
Summary:
Yuugi fica surpreso quando...
Os amigos de Yuugi se encontram...
Yuugi decide...
Chapter Text
- Moshi moshi?
- Oh! Faz tempo! Como está o professor Arthur Hopkins (Arthur Hawkins)?
- Também faz algum tempo que não o vejo. Eu achei que ele estava junto de você nessa escavação.
- Que noticia maravilhosa! Claro que nós adoraríamos! – Yuugi observa o seu avô olhando para o calendário próximo do local onde ficava o telefone – Pode ser nesse domingo, depois do almoço?
- Ótimo! Mal vejo a hora de revê-lo. Além disso, estou ansioso para ver a exposição. Você sabe que o meu assunto favorito é o Egito antigo.
- Eu imagino. Foi uma grande vitória.
- Não estou surpreso pela sua opinião sobre Kanekura-san. O professor Arthur compartilha dessa mesma opinião. Eu acho que não há um único arqueólogo que não compartilha dessa opinião. Mas, eu acho que é algo usual dentre os homens que ocupam essa posição.
- Verdade. E quanto a sua esposa e filhos?
- Bem, você escolheu seguir os seus sonhos e esse sonho fez com que tivesse que fazer uma escolha. Infelizmente.
- Eu nunca iria permitir que a minha paixão por algo ficasse acima da minha família. No seu lugar, eu não as teria sacrificado. Claro, é a minha opinião.
- Eu não acho que seja tarde. Se você refletiu e percebeu que não devia ter feito tal sacrifício, você tem a capacidade de remediar o que aconteceu nesses anos todos.
- Eu não tenho dúvida.
- Eu imagino o trabalho. Na expedição que fiz com o Kyouju (教授 – professor universitário) Arthur, eu fiquei de ajudá-lo com essa parte.
- Então, até amanhã, meu amigo. – ele encerra a ligação ao se despedir e se aproxima da mesa.
Yuugi que ouviu tudo, pergunta:
- Quem era?
- O Kyouju Yoshimori. Ele é um amigo meu.
O jovem fica estupefato e pergunta em tom de confirmação:
- O que apareceu no jornal?
- Sim. Ele nos convidou para ir ao museu. Eu consegui encaixar o mesmo horário que havíamos combinado e como estamos sendo convidados, com ele nos esperando em frente ao museu, não precisaremos pagar a entrada.
- Vou convidar os meus amigos!
- Só os avise do dia e horário. – Sugoroku falava enquanto sorria.
- Pode deixar. – ele fala dando um grande sorriso amável, fazendo com que o avô sorrisse também.
Após terminar de tomar o café da manhã, ele caminha até o ponto de ônibus e no caminho, encontra Yukiko, Nuru e Kisara que se juntam a ele. Jounouchi e Honda se encontram no ponto de ônibus e os cumprimentam com ambos pegando o transporte até o colégio enquanto que Jounouchi e Nuru estavam de mãos dadas ao mesmo tempo em que ambos coravam sobre o sorriso dos seus amigos.
Eles comentam sobre algumas lições, comparando resultados, com Hanasaki subindo alguns pontos depois deles e ao avistá-los, os cumprimenta enquanto se aproximava, para depois, todos descerem em frente à instituição de ensino.
No intervalo da manhã, eles se reúnem em torno de Yuugi, que fala:
- O que acha de irmos amanhã a uma exposição egípcia no museu de Dominó? Será na parte da tarde. Ás treze horas.
- Com certeza, será interessante. – Kisara comenta com um sorriso.
- Eu não duvido disso. O jii-chan adora tudo o que envolve o Egito antigo, né? – Nuru pergunta em tom de confirmação, olhando para o seu amigo de infância que consente.
- Sim. Ele está bem empolgado. Eu também confesso que tenho um grande interesse por causa das histórias do meu jii-chan. Há alguns anos, atrás, eu conheci um grande amigo dele, que também é arqueólogo. É um professor também e se chama Arthur Hopkins. Ele até levou o meu jii-chan em uma das suas expedições.
- Uau! Incrível é pouco! – Hanasaki exclama animado.
- Eu não sabia que o jii-chan adorava esse assunto. – Jounouchi comenta olhando para a sua amada.
- Você precisa ver a paixão nos olhos dele quando fala sobre o Egito antigo! – Nuru exclama animada, para depois, corar com o olhar do seu namorado.
- Inclusive, o Buruuaizu Howaito Doragon (Blue-Eyes White Dragon) do meu jii-chan foi um presente que o próprio professor universitário Arthur Hopkins deu para ele.
- Esse professor abriu mão de um card tão raro? Isso é inacreditável. – Hanasaki comenta com espanto em seu rosto e que era compartilhado por Jounouchi e Honda.
Afinal, ao contrário das gêmeas, da albina e de Yuugi, eles não conheciam a história por trás desse gesto.
- Ele deu este card após eles sobreviverem ao desmoronamento do teto de uma câmara que ficava embaixo da areia. Eles haviam entrado naquele local para investigar os hieróglifos e alguns entalhes nas colunas, assim como uma parte remanescente de uma parede. De repente, o teto desabou em uma parte do túnel e fechou a entrada deles, deixando-os presos naquele local com um lampião a gás e com dois cantis de água que não estavam cheios. Com o passar das horas, havia restado apenas um gole de água de um dos cantis. O professor Arthur-san propôs jogarem Duel Monsters para disputar o resto da água e para passar o tempo. Como eles tinham uma lamparina remanescente, eles conseguiriam enxergar os cards. O meu jii-chan iria vencer o jogo quando o professor desmaiou na sua frente. Prontamente, ele o ajudou a beber o resto da água para que pudesse sobreviver por mais tempo. De fato, esse gole salvou a vida dele, permitindo que ele sobrevivesse até o resgate. Como prova de gratidão e amizade, ele entregou o seu Buruuaizu Howaito Doragon ao meu jii-chan.
- Nossa! Eu não sabia disso. – Honda comenta com visível surpresa em seu semblante.
- O seu jii-chan foi um herói aquele dia. Ele salvou a vida dele. – Jounouchi comenta com admiração em seu semblante.
- Foi um gesto nobre e altruísta da parte dele. – Hanasaki comenta com um semblante admirado.
- Sim. Ele estava muito fraco naquele momento.
Enquanto conversavam, Jounouchi ignorava por completo o olhar de inveja dos estudantes ao verem ele junto de uma das maiores beldades daquele colégio, assim que eles entraram de mãos dadas.
O loiro a amava não pelo fato dela ser considerada uma das beldades daquele colégio e sim, pelo caráter e personalidade dela, assim como o seu sorriso e lindos olhos carmesins tão incomuns que envergonhavam o mais belo rubi enquanto que a pele bronzeada dourada a tornava uma joia rara.
Inclusive, ele havia ido à casa da jovem para pedir autorização dos pais dela para namorá-la ao descobrir o quanto eles eram tradicionais. Nuru havia falado que eles prezavam a honra e o respeito acima de tudo e ao pedir a mão dela em namoro, estaria agindo com honra e respeito, além de ser evidente o quanto eles se preocupavam com as filhas apesar de ambas serem mestras no estilo Hiten Mitsurugi Ryuu e no estilo dragão.
Após o jantar, respondendo respeitosamente algumas indagações dos pais dela, ele fez formalmente o pedido e ficou feliz pelos genitores dela aceitarem o namoro, com ele sendo obrigado a seguir algumas regras que concordou de imediato, arrancando outro sorriso de satisfação do rosto dos pais da bronzeada.
Katsuya sai das suas recordações com a voz de Yuugi:
- O professor universitário Yoshimori-san que descobriu a tumba é amigo do meu jii-chan. Ele nos convidou essa manhã por telefone. Nós podemos entrar de graça ao encontrá-lo em frente à entrada do museu.
- Eu ouvi o meu otou-san (pai) comentando sobre o anúncio da descoberta dessa tumba e o nome de um dos responsáveis era Yoshimori, um professor universitário. Então, ele é amigo do seu jii-chan. De fato, vivemos em um mundo pequeno. – Honda comenta e depois, olha para Yuugi – Eles encontraram uma múmia, certo?
- Sim. Além dos tesouros, havia a múmia e os recipientes usados para colocar alguns dos seus órgãos como parte do ritual de mumificação.
- Uma múmia?! Eu não quero ser amaldiçoado! – Jounouchi exclama enquanto exibia um semblante aterrorizado, com um suor frio escorrendo pelo seu rosto conforme se recordava dos filmes de terror que envolvia maldições e múmias.
- São somente mitos, Jounouchi-kun. Não se preocupe. – a bronzeada pega na mão dele e a aperta levemente, com o loiro olhando para a sua namorada que sorria de forma confiante, o acalmando.
- É que eu tenho muito medo, Nuru-chan... – ele vira o rosto para o lado enquanto corava ao se sentir envergonhado – Eu sei que é vergonhoso um homem agir dessa maneira e é esperado que...
Ela leva gentilmente o dedo indicador nos lábios dele, o silenciando enquanto exibia um sorriso terno, para depois, falar:
- Isso é uma besteira. Todos sentem medo de algo. Não é nenhuma vergonha sentir medo. Inclusive, dependendo da situação, o medo é benéfico porque nos impede de cometer atos que podem levar a sérios ferimentos e até a morte. Aquele que afirma não temer nada e fala que é assim que um homem de verdade age, não passa de um tolo. O medo é necessário, desde que não seja um medo irracional ou um medo em forma de fobia que o impede de viver a vida. Nesse caso, o medo se torna um malefício porque prejudica a vida da pessoa.
Ele olha para ela, exibindo surpresa em seu semblante, para depois, sorrir aliviado enquanto falava:
- Eu fico feliz em saber disso porque eu acho que nunca me livrarei do medo que sinto pelas múmias.
- Está tudo bem. – a bronzeada fala ao mesmo tempo em que consentia, fazendo o loiro sorrir.
- Bem, o Egito antigo é místico, além de ser misterioso. Até hoje, não conhecemos todos os aspectos da vida do povo e muitas construções sofreram danos nas mãos dos homens, das guerras e do tempo. Infelizmente. – a prateada comenta após suspirar.
- Yuugi-kun, o seu Sennen Pazuru é do Egito antigo, né? Você comentou uma vez para mim. – Hanasaki pergunta com um semblante curioso e em tom de confirmação.
- Sim. O meu querido Sennen pazuru é o meu tesouro. – o jovem fala com um sorriso no rosto enquanto segurava gentilmente o item dentre as suas mãos.
- O seu jii-chan não comentou no passado que os arqueólogos que o encontraram tiveram mortes misteriosas? – a albina pergunta enquanto sabia que aquela não era a explicação verdadeira da origem do item.
Prontamente, o loiro fica aterrorizado com esta informação, para depois, perguntar desesperadamente para o seu amigo:
- Não pode ser! Yuugi! Você está bem?! Você não está amaldiçoado, né?
- Claro que não estou amaldiçoado!
- Tem certeza?
- Sim. Eu não estou amaldiçoado.
- Não se esqueça, Jounouchi. Você tocou a caixa dourada. Portanto... – Hiroto comenta com um sorriso de canto ao ver o semblante do loiro ficar pálido.
Levou vários minutos de persuasão da bronzeada para o loiro sair do estado apavorado que ele ficou ao ser lembrado sobre este detalhe.
Enquanto Nuru procurava confortar Jounouchi, Yuugi começa a pensar consigo mesmo, ainda segurando o Sennen Aitemu em suas mãos:
"Se bem que desde que solucionei este enigma, há vezes em que eu sinto que as minhas memórias não são reais, pelo menos, em um determinado período de tempo, além de alguns episódios esporádicos em que eu perco a memória. É melhor eu não contar para eles porque não desejo que fiquem assustados."
Nesse interim, a prateada suspira ao olhar na direção da carteira que Seto ocupava anteriormente. Nos últimos tempos ela havia ficado vazia e isso ocorreu após o dia que Yuugi trouxe o card do seu avô ao colégio. Kisara confessava que estava muito preocupada com o sumiço dele apesar de saber que ele estava bem pelo pouco que saia nos jornais e revistas.
Todas falavam sobre o fato do mais jovem CEO do mundo estar envolvido na criação de uma nova atração ao transformar a empresa de pesquisas bélicas e de armamento em uma empresa de jogos e atrações, conseguindo fazer a transição sem intercorrências após o suicídio do pai adotivo dele, que estampou inúmeras páginas sensacionalistas de jornais e revistas. Muitos atribuíam este ato pelo filho mais velho ter tomado à empresa Kaiba, que foi construída e erguida pelo próprio Gozaburu. Muitos jornalistas afirmaram em suas matérias que a tomada da empresa dele por um golpe certeiro de Seto, acabou por motivar o antigo CEO a se jogar pela janela do último andar onde eram realizadas as reuniões entre ele e os membros da diretoria. Para estes jornalistas, a ideia de perder a sua empresa para alguém que não passava de um adolescente foi um golpe demasiadamente brutal para o orgulho de Gozaburu, considerando o fato de ser muito orgulhoso conforme o que foi demonstrado em inúmeras entrevistas.
Claro que este último era apenas fofoca baseada em boatos enquanto que o motivo do suicídio parecia plausível ao mesmo tempo em que os Conselheiros e Seto não se pronunciaram sobre as causas do suicídio ou se houve algumas últimas palavras antes dele se jogar pela janela que ia do chão até o teto.
Inclusive, os mesmos jornais e revistas noticiaram sobre o descontentamento do conselho pelo fim do desenvolvimento de armas e de pesquisas bélicas para que a empresa se dedicasse apenas a indústria de jogos e de atrações.
Sobre a nova atração desenvolvida imersa em segredos e supervisionada pessoalmente pelo próprio CEO, havia boatos e conjeturas do que seriam essas atrações que pareciam ocupar um prédio inteiro e cuja obra se encontrava adiantada, considerando a data que forneceram para a inauguração enquanto que as atrações eram mantidas em segredo absoluto apesar de alguns tabloides claramente sensacionalistas, comentarem sobre o boato do desaparecimento de algumas pessoas envolvidas em algumas das atrações e o aparente aparecimento de alguns moradores de rua que foram encontrados tomados pela loucura, algumas quadras depois desse prédio e que balbuciavam sobre monstros além de gritarem de forma histérica, acabando por serem internados em instituições psiquiátricas.
Claro que por serem tabloides notoriamente sensacionalistas, não havia sido dado um reconhecimento maior e muitos consideravam uma tentativa inútil de conseguir popularidade porque a futura atração havia sido anunciada como sendo composta de jogos para todas as idades e que teriam jogadores VIP´s que seriam os primeiros a entrarem nas atrações no dia da sua inauguração, além de contar com um jogo de Duel Monsters no final, segundo alguns boatos.
Kisara era plenamente ciente, assim como a sua irmã e amigos, que a empresa internacional Kaiba era dona da cidade de Dominó apesar de muitos tratarem essa informação como um boato puramente sensacionalista porque para muitos, não havia como uma empresa dominar toda a cidade.
Ela suspira novamente enquanto imaginava se um dia ele iria voltar ao colégio, ainda mais ao saber que Seto havia conseguido a emancipação para garantir a capacidade civil, o que podia ser considerado necessário pelo fato de ter se tornado um CEO.
Afinal, era necessária essa emancipação para que pudesse assinar documentos e tomar outras decisões legais ao possuir todos os direitos de um adulto que vinham atrelados aos deveres.
Além disso, com tanto dinheiro que possuía, ele poderia estudar em casa e conseguir o diploma sem frequentar um colégio, levando-a a questionar o motivo de ter se dado ao trabalho de permanecer no colégio mesmo após se tornar o novo CEO.
Então, decidindo que não adiantava ficar pensando sobre isso e que devia considerar a ideia de que nunca mais iria vê-lo pessoalmente, ela volta a se concentrar na conversa entre eles enquanto gerenciava a tristeza profunda que a acometia ao mesmo tempo em que não conseguia compreender porque se sentia assim em relação a alguém que sequer trocou alguma palavra.
Chapter 78: Museu de Dominó
Summary:
Yuugi fica...
Atemu se encontra...
No museu...
Chapter Text
No domingo, Sugoroku e o seu neto estavam parados em frente ao museu de Dominó, esperando a chegada dos seus amigos no ponto de encontro.
Eles ouvem passos e ao olharem na direção do som, avistam Jounouchi e Nuru conversando animadamente um com o outro, com a bronzeada corando enquanto o loiro sorria completamente hipnotizado pela jovem. Kisara vinha logo atrás conversando com Shizuka que também trocava palavras com Hanasaki enquanto Honda, ao lado deles, corava intensamente sempre que ficava olhando para a garota de cabelos alaranjados ao mesmo tempo em que se amaldiçoava mentalmente por não conseguir falar nada coerente na frente da irmã do seu melhor amigo.
- Quem é aquela jovem, Yuugi?
- É a Shizuka-chan. Ela é imouto do Jounouchi-kun. Estou surpreso por vê-la, considerando a mãe super controladora que ela tem.
- Oh! Pobre garota. Não desejo uma mãe dessas para ninguém. Uma vez conheci uma que era mãe de um amigo meu quando eu era mais jovem. Era simplesmente assustadora, além de absurdamente controladora. Eu tinha muita pena do meu amigo.
- Eu tive a chance de testemunhar isso com a mãe dela e de Jounouchi-kun.
Então, neto e avô olham para o outro lado e avistam Yukiko se aproximando.
Ela cumprimenta o grupo que se aproximava do local, antes de se dirigir para o Yuugi e o seu avô.
- Konnichiwa! – a albina exclama para eles, com todos os outros os cumprimentando também.
- Konnochiwa. – Shizuka fala timidamente.
- Fico feliz em ver que conseguiu vir. – o jovem de cabelos tricolores comenta com o seu típico sorriso no rosto ao olhar para a alaranjada.
- Ultimamente, a okaa-san (modo formal de se referir a mãe) tem me controlado menos. Ela parece um pouco distraída nesses dias. Eu também fiquei surpresa por ela não falar nada quando eu disse que viria ao museu. Eu esperava um inquérito completo. – a jovem olha para Sugoroku e se aproxima para vê-lo melhor – O senhor é o Sugoroku Mutou-san, certo?
- Sim. Que bom que pode vir. Vamos encontrar um amigo meu.
- Faz tempo que não frequento um museu.
- Vamos esperar mais um pouco. O meu amigo ficou de nos encontrar aqui. – Sugoroku comenta olhando para a jovem, para depois, olhar para os lados procurando o seu amigo.
Enquanto isso, um sorriso permanecia no rosto da albina, com o mesmo surgindo após a menção de Shizuka da reação da sua mãe.
Afinal, ela ainda usava magia contra a mulher, depois que ela intimidou aquele que via como um filho querido e confessava que era divertido ver alguém tão controlada se questionando se não estava perdendo a sanidade ao surgir ilusões esporádicas em seu campo de visão.
Inclusive, ela sabia que a mulher estava passando com um psiquiatra e os remédios faziam com que ela perdesse um pouco o foco, fazendo com que a irmã de Katsuya pudesse ter mais liberdade sem o extremo pulso controlador da genitora como consequência do uso dos medicamentos.
Nesse interim, Jounouchi olha para Yuugi que usava o uniforme do colégio e suspira, para depois, comentar, não acreditando no que via:
- Yuugi... Não use o seu uniforme no domingo que não temos aula.
- Por que não? – ele pergunta inclinando a cabeça fofamente para o lado.
Antes que o loiro pudesse responder, uma voz irrompe próximo deles. Todos olham para a origem dela e avistam dois homens se aproximando deles, com o que estava mais na frente, cumprimentando o avô do jovem de cabelos tricolores:
- Mutou-san!
Suguroku ri levemente em sua risada digna de um papai noel e exclama em seguida:
- Aí está ele!
- Quanto tempo! Que bom vê-lo novamente. – o professor fala enquanto sorria.
- Obrigado por nos convidar para a exposição. Eu estou muito animado.
- Eu imagino. Eu me lembro, perfeitamente, do quanto você é entusiasmado pelo Egito antigo.
Sugoroku se vira para os jovens e apresenta o professor.
- Deixe-me lhes apresentar. Este é o Kyouju (教授 – professor universitário) Yoshimori.
- Hajimemashite (Prazer em conhecê-los)! – o homem fala com um sorriso gentil no rosto.
Todos o cumprimentam formalmente ao se curvarem levemente, para depois, o loiro falar:
- Uau! Você ficou famoso com aquela escavação ao descobrir a tumba de um Faraó.
Então, o outro homem que estava um pouco mais atrás, se aproxima. Ele usava um chapéu, além de um terno na cor parda, com o professor o apresentando:
- Ah, sim! Este é o proprietário do museu. Foi ele que financiou as escavações e está patrocinando a exposição.
- O meu é Kanekura. Bem-vindos ao meu museu!
Então, ele se aproxima e sussurra na orelha do professor universitário:
- Yoshimori-san, pergunte a eles sobre aquela coisa que falamos.
- Ah... claro – ele olha para o seu amigo – Mutou-san, você me disse mais tarde no dia que liguei, que o seu neto solucionou o Sennen Pazuru. Você estava tão empolgado com o meu convite que se esqueceu de comentar na ligação.
Ele dá a sua típica risada digna de um papai noel e fala:
- Verdade. Eu estava muito empolgado pelo convite e esqueci-me de comentar. Afinal, eu contei que dei o item de presente para o meu neto e prometi a você e ao Hopkins-san que os comunicaria, caso o meu neto resolvesse o Sennen Pazuru.
- Então, você é o Yuugi-kun! - Kanekura exclama extasiado ao ver o item completo e pendurado no pescoço do jovem - É ele! O lendário Sennen Pazuru! Você tem que mostrá-lo para mim!
Yuugi fica sem jeito e retira o item, com o homem o pegando em suas mãos enquanto exclamava:
- Isto é maravilhoso! Uma peça tão importante da história faraônica e está pendura no seu pescoço!
Vendo a confusão na face do neto do seu amigo, o professor explica gentilmente:
- O Kanekura-san ganha a vida no mercado de artes. Ele tem faro para antiguidades.
"Uau! É tão valioso assim?" – Yuugi pergunta a si mesmo em pensamento.
- Yuugi-kun! Eu lhe imploro! As pessoas tem que ver isto! Deixe-me exibi-lo na exposição!
- O quê?!
- Por favor! – ele exclama, se curvando levemente.
"O que eu faço? Não posso me separar do meu tesouro por tanto tempo." – ele pensa consigo mesmo.
Em virtude do seu coração gentil e prestativo, ao olhar para o semblante expectante do homem, ele suspira profundamente e depois, fala ao olhar para o diretor:
- Bem... e se fosse só por um dia?
- Ah... Claro! Um dia é o bastante! – Kanekura exclama.
Yuugi suspira aliviado por ele ter aceitado apenas um dia porque ele não conseguiria ficar afastado do seu tesouro por mais de um dia.
Sem que ninguém percebesse, o homem olha com ganância para o objeto enquanto se regorjeava em pensamento por tê-lo em suas mãos após dar uma leve risada mental de deleite:
"Um dia é o bastante..."
Na câmara de alma de Atemu, ele suspirava pesadamente, para depois, enrugar a testa em intensa preocupação pelo ato do seu amado.
Quando ele viu aquele homem exaltando o objeto ao ponto de Yuugi permitir que o pegasse em suas mãos, o Faraó havia previsto amargamente que aquele que amava, em virtude do seu coração gentil e altruísta, iria permitir a exposição do item juntamente com o fato dele estar ficando cada vez mais resistente a sua magia, algo que era esperado considerado os momentos em que ele foi obrigado a assumir o corpo dele para salvá-lo. A magia que fazia com que o seu anfitrião carregasse o item consigo estava enfraquecendo gradativamente e o coração gentil do seu amado apenas o prejudicou nesse momento ao fazê-lo concordar com um empréstimo.
O espírito conseguiu sentir claramente o encerramento de parte da sua conexão com o seu amado assim que o item foi separado do corpo dele.
O motivo da sua preocupação era em decorrência do fato de que ele precisava do contato do objeto com o seu anfitrião para fazer a troca, visando salvá-lo caso estivesse em perigo.
Agora, Atemu nada podia fazer para ajudar ou salvar o seu amado.
Claro, ainda podia sentir e ver o que Yuugi via, mas, as suas ações estavam drasticamente limitadas e isso o preocupava exacerbadamente.
Claro, o jovem estava rodeado dos seus amigos e tinha as gêmeas, além de Yukiko para protegê-lo, mas, tudo podia ocorrer, inclusive, longe delas, fazendo com que ficasse sem qualquer proteção. Mesmo algumas horas de afastamento do item e a consequente incapacidade de defender o seu amado, deixava o espírito angustiado porque tudo o que podia fazer era ver e ouvir. Naquele momento e até o fim da tarde, precisaria depender deles para defenderem o jovem enquanto orava aos Deuses para que nada acontecesse e se fosse para acontecer algo, que ao menos ocorresse quando ele estava na companhia delas.
Conforme se lembrava do homem, a desconfiança que o tomava em relação à Kanekura ainda persistia e se intensificava gradativamente.
Afinal, algo naquele homem lhe inspirava intensa desconfiança e igual receio. Quando o objeto foi colocado nas mãos do diretor do museu, o Faraó não pode deixar de sentir repulsa pelo toque dele no item e o sentimento combinado de raiva por um motivo que não compreendia por completo enquanto cogitava se era algo relacionado a magia do objeto, embora pudesse ser originário também da sua aversão inicial pelo homem assim que o olhou através dos olhos do seu amado.
Claro que ele se inclinava para a hipótese de poder do item e não algo oriundo de uma aversão inicial embora a sensação ainda persistisse, com Atemu orando aos Deuses para que fosse apenas impressão sua e que nada aconteceria ao item, com ele voltando para as mãos do seu amado dali a algumas horas.
Afinal, não havia nada que o espírito pudesse fazer, além de orar aos Deuses.
Longe dali, mais precisamente em um apartamento, Mahaado, Mana e Shaadii estavam terminando de almoçar.
Então, a bronzeada pergunta ao ver que o portador de dois Sennen Aitemu terminava de almoçar:
- O senhor já está indo, tio Shaadii?
- Sim. Eu preciso punir duas pessoas ainda hoje embora eu tenha o pressentimento que serão mais de duas.
- Então, com certeza, serão mais do que duas, meu amigo. Sobre essa exibição, o fato de expor aquele Faraó... Eu sinto por ele. O descanso lhe foi negado. – Mahaado suspira profundamente.
- Pobrezinho. – Mana fala em um suspiro.
- Infelizmente, cada vez mais surgem aqueles que desejam ardentemente saquear o passado e buscar por tesouros sem qualquer consideração, com muitos destes bastardos sendo motivados pela ganância. Principalmente no mercado negro de antiguidades. – Shaadii fala após terminar de sorver o conteúdo da bebida em seu copo.
- Põe bastardos nisso... Você acredita que eles pertencem a este tipo?
O egípcio de turbante na cabeça apoia o copo na mesa, para depois, falar:
- Eu tenho certeza em relação a aquele Kanekura pelo que Ishizu me contou das investigações que ela fez e o que descobriu através do poder do seu Sennen Tauku. Quanto ao outro, mesmo que ele não contemple grupos de venda de itens, isso não o exime do crime que cometeu ao privar aquele Faraó da sua dignidade e descanso.
- Imagino que Ishizu irá denunciá-lo formalmente.
- Sim. Mas, ela disse que o processo era lento e que ficava feliz por eu puni-lo adequadamente pelos crimes que cometeu. O ato de denunciar é apenas um procedimento formal que ela é obrigada a fazer se descobrir algo envolvendo o mercado negro de antiguidades.
- Verdade.
Mana não apreciava as punições, mesmo perante os malfeitores, mas, respeitava e compreendia as concepções do seu mestre e do tio Shaadii, como o apelidara quando era pequena.
Ademais, o portador dos dois Sennen Aitemu fazia parte dos Guardiões do túmulo embora pertencesse a outro clã, diferente daquele que Ishizu e Mariki pertenciam.
Inclusive, a bronzeada não ficou surpreso pelo que soube de Ishizu em relação a esse assunto porque sabia que compartilhava da mesma visão deles sobre a punição de malfeitores e criminosos, assim como daqueles que violavam tumbas.
Afinal, ela também pertencia ao clã dos Guardiões da tumba.
A aprendiza de mago sai dos seus pensamentos ao ouvir o barulho de cadeiras, avistando Shaadii se levantado seguido do seu pai adotivo e mestre de magia, com ela se levantando também.
- Após puni-los, eu vou retornar. Ainda não terminamos de colocar a conversa em dia, meu amigo.
- Com certeza. Até mais, meu amigo.
- Até, tio Shaadii! – Mana exclama empolgada.
O bronzeado consente, sorrindo gentilmente enquanto o mago balançava a cabeça para os lados ao mesmo tempo em que exibia um sorriso divertido.
- Até. Eu volto até o fim da tarde.
- Não se esqueça das câmeras de segurança. É inevitável o surgimento de uma investigação da polícia em virtude das mortes.
- Eu agradeço por me lembrar.
Então, ele se retira do apartamento enquanto o mago e a sua aprendiza observavam a saída dele.
Longe dali, mais precisamente dentro do Museu de Dominó, Jounouchi exclamava fascinado ao ver as antiguidades expostas dentro de caixas protetoras de vidro reforçado:
- Uau! Então, todas essas coisas pertencem a quem as encontrou?!
O professor ri levemente, para depois, falar com um sorriso jovial no rosto:
- Isso seria ótimo! Até o ano de mil novecentos e vinte e um, o escavador podia ficar com metade dos artefatos que encontrasse. Mas, agora, eles pertencem ao Conselho supremo de antiguidades do Egito porque possuem propriedades culturais. A venda de artefatos é ilegal porque são preciosos demais. O homem que descobriu o famoso tesouro de Tutancamon, não ficou com nenhuma das peças que encontrou, por exemplo.
- Entendo... Eu pensei que os arqueólogos fossem caçadores de tesouros com o sonho de ficarem ricos. – Katsuya comenta.
O professor dá uma leve risada, para depois, falar:
- Isso só acontece nos filmes. A arqueologia é uma das profissões mais mal pagas. Mas, quando você abre a porta para um pedaço da história que ninguém nunca viu antes após vários anos de pesquisas, há uma empolgação que não se pode descrever. É isso o que me move!
- Bem, eu peço licença a vocês por alguns minutos porque vou colocar o Sennen Pazuru em exibição – Kanekura comenta enquanto se afastava com o Sennen Aitemu em suas mãos – Fiquem a vontade. Divirtam-se.
Após o diretor do Museu se afastar, Yuugi pensava consigo mesmo enquanto era tomado por uma sensação de tristeza inexplicável que surgiu assim que retirou o item do seu pescoço e que conforme ficava longe dele, parecia se intensificar:
"De alguma forma, eu me sinto estranho sem o Sennen Pazuru...".
A voz de Jounouchi o tira dos seus pensamentos e o afasta da sensação que o tomava gradativamente:
- Isso é incrível, Yuugi! O seu tesouro vai ficar famoso!
O jovem de orbes ametistas coça a nuca e dá uma leve risada, para depois, perguntar:
- Você acha isso?
- Vamos tirar uma foto na frente dele depois, Yuugi-kun, quando ele for colocado em exibição. – Hanasaki comenta com um sorriso no rosto.
- Sinto muito, Yuugi-kun. Eu sei que você não queria emprestá-lo a ele. – Yoshimori se desculpa enquanto se sentia culpado por ter comentado do Sennen Pazuru para o diretor em um momento de empolgação por parte dele, pelo fato do item ter sido montado.
- Tudo bem. É só por um dia. – Yuugi fala com o seu típico sorriso adorável.
- Essa expedição não teria acontecido sem o Kanekura-san. Portanto, não estou em posição de reclamar. Porém, ele é um pouco egocêntrico, ás vezes.
Enquanto eles conversavam, todos olhavam com fascínio para as descobertas e para os murais contendo hieróglifos e ilustrações.
Chapter 79: Shaadii
Summary:
Jounouchi consegue...
Yukiko fica...
Yuugi está...
Chapter Text
Eles se focam naquele momento em um quadro com vidro que continha dentro dele um pedaço de papiro, com o Kyouju (教授 – professor universitário) Yoshimori explicando:
- Esta é uma cena desenhada em papiro mostrando o "peso do coração", o julgamento dos mortos. O juiz é o Deus Osíris. Aquele a esquerda é o Deus Anúbis. Anúbis leva as almas até Osíris que pesa os atos dos mortos em uma balança. Se a balança pesar para o lado das boas ações, eles passam para a além-vida. Mas se a balança pesar para o lado das más ações, eles são entregues para Ammit, "o devorador".
- Ele é um Enma egípcio! – Honda exclama surpreso.
- Bem, ele é um juiz dos mortos, assim como o juiz Enma em nossa cultura. – Shizuka comenta enquanto olhava atentamente os hieróglifos.
- De fato, tem lógica essa comparação. – Hanasaki fala consentindo.
- E aqui temos a múmia! – o professor exclama em um misto de animação e orgulho pela sua descoberta.
- Temos mesmo que ver a múmia?! – Jounouchi exclama com um semblante aterrorizado – Vamos embora! Se ficarmos olhando, vamos ser amaldiçoados!
Nuru aperta levemente a mão do seu amado que olha para ela, que exibe um sorriso gentil, para depois, falar:
- Eu estou com você. Além disso, são somente lendas. Se mesmo assim sentir medo, eu estarei ao seu lado para confortá-lo. Pode contar comigo.
- Obrigado, Nuru-chan – ele responde a olhando com olhos amorosos, para depois, olhar para frente e inspirar profundamente.
Então, ele sente uma mão gentil pousar em um dos seus ombros e ao olhar na direção da mão, ele vê Shizuka, sorrindo gentilmente enquanto exibia um olhar caloroso, para depois, falar:
- Eu também estou com você, onii-chan. Pode contar comigo.
Ela segura a outra mão dele, a apertando levemente, fazendo o loiro sorrir imensamente, para depois, ser tomado pela coragem graças aos atos delas e lentamente, ele se aproxima da múmia enquanto que Yoshimori falava gentilmente para Katsuya após dar uma leve risada:
- Essa história de maldição não existe.
Após olhar por alguns minutos, apertando levemente as mãos delas enquanto ele suava levemente, eles se afastam, com ambas elogiando o loiro ao mesmo tempo em que os amigos deles passaram a olhar para alguns objetos no entorno.
Yuugi estava fascinado pela múmia e continuou olhando para ela, com as duas mãos apoiadas no vidro quando percebe que alguém parou ao seu lado. Era um homem bronzeado com uma túnica branca e um turbante da mesma cor, com uma pena fincada em uma das bordas. O jovem notou dois itens com ele. Um deles estava pendurado em seu pescoço por uma corda e era dourado, possuindo a forma do símbolo egípcio de alma, segundo o que se lembrava das histórias do seu amado avô sobre o Egito antigo e o outro item, que estava em cima de uma de suas mãos, possuía uma superfície escura com detalhes dourados além de dois pratos de ouro em perfeito equilíbrio, com Mutou ficando curioso ao ver o símbolo do olho de Wadjet no centro da balança, assim como era no seu tesouro.
Porém, o que o deixou surpreso e depois, com pena, foi ver o homem vertendo lágrimas enquanto olhava para a múmia em exibição.
- Por que o senhor está chorando?
Shaadii percebe o jovem ao seu lado e vira o rosto momentaneamente para ele, para depois, voltar a olhar para o sarcófago aberto e que estava parcialmente de pé com a múmia dentro dele, com Yuugi podendo ouvir o pesar na sua voz:
- Estas lágrimas não pertencem a mim. Essa forma enrugada é como se fosse um boneco de poeira. Mas ele ainda é o Faraó eterno. O seu espírito continua vivo com o seu nome. Até mesmo o descanso eterno lhe foi negado. A dor da sua alma se transformou em lágrimas que descem pelo meu rosto.
O jovem torna a olhar para o objeto que lembrava uma balança e pensa consigo mesmo:
"Que esquisito... Ele está carregando uma balança."
Então, Shaadii afaga a cabeça do jovem enquanto falava, exibindo um sorriso gentil:
- Você é um menininho muito amável.
Após se refazer da surpresa do gesto inesperado do homem, as bochechas de Yuugi bufam, para depois, ele exclamar indignado em pensamento:
"Menininho"? Eu já estou no ensino médio! "Que egípcio estranho."
Então, ele vai até os seus amigos, com Yukiko sendo a que estava mais perto dele e que tinha assistido discretamente a interação dele com Shaadii.
- Ei, Yukiko-chan, eu vi um egípcio.
Ela finge uma face confusa e fala:
- Um egípcio? Eu não vi.
A albina não gostava de mentir para o seu amigo.
Porém, ela foi obrigada a mentir que não o viu porque sabia que Shaadii estava usando a magia dos Sennen Aitemu para ficar invisível para as câmeras de segurança, além de desejar evitar que o seu amigo fizesse mais comentários sobre ele para o caso de alguém ouvir e levar esse comentário para os policiais, quando fosse aberta uma investigação policial pelas mortes naquele museu enquanto agradecia o fato de que Yuugi iria encontrá-lo no salão que continha as exposições, impedindo assim que houvesse qualquer impressão digital ou vestígio do jovem no local das mortes.
Afinal, iria demorar um pouco para sair o laudo do óbito de ambos onde constará como natural a causa da morte deles, fazendo a policia encerrar as investigações.
Ademais, assim que Yuugi tivesse o Sennen Pazuru em suas mãos, Atemu iria usar a sua magia e a do item para manipular as câmeras de segurança e a memória dos funcionários que o avistaram para apagar qualquer evidência do jovem entrando no museu após ele fechar, depois do encontro do Faraó com Shaadii.
Enquanto isso, o jovem de cabelos tricolores havia ficado surpreso pela sua amiga não ter visto o homem e quando se preparava para tentar compreender porque eles não o haviam visto, Jounouchi exclama ao mesmo tempo em que apontava para onde estava o Sennen Aitemu do seu amigo:
- Ei! Olhem! Ali! O Sennen Pazuru do Yuugi está naquela vitrine!
- Verdade? – o jovem sai dos seus pensamentos, ficando entusiasmado e feliz ao ver o seu tesouro.
Kanekura estava em frente ao item com um homem de terno e óculos que estava com as mãos apoiadas no vidro enquanto exclamava com admiração:
- Magnifico!
O diretor do museu o faz falar mais baixo, com o homem se virando para ele com um sorriso no rosto:
- Kanekura-san, o Sennen Pazuru é espetacular. Eu pago qualquer preço por ele!
- Sim, bem, vamos conversar sobre isso mais tarde. – Kanekura fala com um imenso sorriso no rosto, se sentindo satisfeito por poder lucrar novamente com a venda de tesouros egípcios.
Então, eles se afastam enquanto Yuugi e os outros enxameavam em torno no vidro, admirando o Sennen Aitemu pendurado no centro, com o jovem de cabelos tricolores exclamando empolgado:
- Uau! Ficou tão legal na vitrine!
- Vamos tirar uma foto! – Sugoroku exclama animado.
- Pode deixar que eu tiro! – Yukiko exclama com um sorriso falso no rosto porque além de saber o que Kanekura planejava através das lembranças daquela linha do tempo, ela ouviu a conversa entre eles e confessava que desejava transformar ambos em suas presas.
Porém, sabia que precisava deixar Shaadii distribuir a punição deles e por isso, não podia intervir.
Então, a albina sai dos seus pensamentos enquanto todos os outros se aglomeravam, com Nuru e Jounouchi abraçados ao mesmo tempo em que Shizuka sorria segurando no ombro do seu irmão, com os demais sorrindo para a foto.
- Xis!
- Hambúrguer! – Jounouchi resolve falar diferente dos demais, arrancando novos risos, para depois, a albina bater a foto.
Enquanto isso, Kanekura, que se encontrava afastado do local, pensava consigo mesmo, exibindo um sorriso maligno após dar uma risada mental de triunfo:
"Aquele Sennen Pazuru vai me deixar rico. É claro que darei algum dinheiro ao Yuugi para que ele fique de boca fechada."
Então, ele comenta antes de se afastar:
- Uma foto para ficar de lembrança.
No fim da tarde, todos saem do museu, acompanhados do Kyouju Yoshimori que se tornou o guia particular deles na exposição e conforme eles saíam do local, o loiro exclamou empolgado enquanto andava de mãos dadas com a sua amada que corava levemente:
- Foi super legal!
- Eu gostaria de poder ir ao Egito. – Yuugi comenta.
Sugoroku se vira e olha para o seu amigo, o agradecendo após dar a sua típica risada de papai noel:
- Kyou wa arigatou gozaimashita (Obrigado por hoje).
- Foi um prazer! – ele responde com um sorriso no rosto – Por que não aparece no meu laboratório qualquer hora para eu lhe mostrar mais?
- Eu adoraria.
- Bem, eu tenho que voltar a universidade. Ki wo tsukete (Cuidem-se)! – ele fala se despedindo enquanto acenava.
- Kyou wa arigatou gozaimashita! – Yuugi exclama enquanto os outros se despediam.
Então, Hansaki pergunta:
- O que vocês vão fazer agora?
- Eu preciso catalogar alguns objetos novos que chegaram ontem à tarde. – Sugoroku fala.
- Eu e o Jounouchi-kun estávamos pensando em passear por algumas lojas no shopping aqui perto antes dele me levar para casa.
- Faz bem, imouto. Só não se esqueça do horário que nossos pais deram. – a prateada comenta sorrindo.
- Pode deixar. Eu vou levá-la para a casa de vocês no horário certo. – o loiro fala com um sorriso.
- E você, onee-chan? – a bronzeada pergunta.
- Eu vou ajudar a nossa okaa-san a polir as armas no doujo.
- Eu esqueci... – ela olha para o loiro que arqueia o cenho direito – Sumimasen (desculpe-me), Jounouchi-kun, mas, nós temos esse compromisso de ajudar a nossa okaa-san.
- Imouto, eu falei com os nossos pais e eles propuseram que você ficaria com a parte de arrumar os tatames e tirar o pó deles, uma vez que eu farei a sua parte da limpeza das armas do doujo. Assim, você pode aproveitar o domingo com o seu namorado.
- Sumanai (desculpe-me), onee-chan. Doumo (obrigado – modo informal usado para pessoas conhecidas)! – a bronzeada vai até a irmã e a abraça, com ela correspondendo, para depois, Nuru ir até o loiro e dar as mãos para ele que sorri gentilmente para a sua amada.
- Eu posso ajudá-la, Nuru-chan. Nós dois podemos tirar o pó juntos.
Ela olha surpresa para ele.
- É sério? É uma tarefa que exige paciência. São muitos tatames.
- Isso só me dará mais uma desculpa para passarmos mais tempo juntos. – ele fala sorrindo de canto, com os outros rindo levemente.
- Isso é o que eu chamo de ver o lado bom das coisas. – Honda comenta abraçando os ombros do loiro, que os remexe, expulsando o braço do seu amigo de longa data.
- Bem, eu vou voltar para casa e me preparar para o inquérito da okaa-san. – Shizuka comenta, com o seu sorriso caindo do rosto.
- Eu vou acompanhá-la e a deixarei na porta da sua casa. – Hiroto falava enquanto corava.
A jovem desconhecia o fato de que originalmente o seu irmão a levaria para casa e que foi Honda que pediu autorização ao Jounouchi para levá-la, com o loiro concordando enquanto se encontrava intrigado com o comportamento do seu amigo ao mesmo tempo em que a bronzeada sorria de canto porque havia percebido os sentimentos do moreno pela jovem de cabelos alaranjados.
- Mas, fica longe do seu caminho e...
Ela para de murmurar com preocupação quando ele faz um gesto suave, para depois, falar:
- Não é nenhum problema. Além disso, eu nunca conseguiria deixar uma jovem andando sozinha nas ruas. Eu faço questão. Acredite, é um prazer.
- Oh! Doumo arigatou gozaimasu (Muito obrigada). – ela se curva levemente enquanto corava.
- Eu vou passar no mercado e fazer algumas compras. Eu preciso abastecer os armários lá em casa. – a albina mente enquanto sorria.
- Bem, eu vou para casa. O meu pai ficou de voltar dos Estados Unidos hoje. Ele vai ficar alguns dias aqui no Japão antes de partir para os Estados Unidos, de novo. – Hanasaki comenta com um sorriso.
- Deve ser legal ter um pai que viaja para o exterior e que depois, volta com presentes. Com certeza, ele deve trazer presentes para você e para a sua okaa-san. – Honda comenta com um sorriso no rosto.
- Sim. É legal e ele não fica muito tempo longe de casa, além de ficar algum tempo conosco. É só dessa vez que vai ser apenas alguns dias. Bem, eu tenho que ir. Vou recebê-lo no aeroporto junto da minha okaa-san. Mata ashita (até amanhã)! – ele se despede após acenar, com os outros acenando.
- Bem, eu estou indo. Mas, se quiser, eu posso ficar com você.
- Não é necessário, jii-chan. O museu vai fechar em breve. Assim que eu pegar o meu tesouro de volta, eu vou para casa – ele comenta ao olhar para o seu relógio no pulso.
- Ok. Vou aguardá-lo em casa.
Ele se afasta, se despedindo.
- Mata ashita, Yuugi-kun! – a bronzeada exclama se despedindo de mãos dadas com o loiro.
- Mata ashita, Yuugi! – o loiro exclama antes de se afastar.
- Mata ashita, Yuugi! – Honda exclamava enquanto se preparava para acompanhar a alaranjada.
- Domo arigatou pelo convite. Eu me diverti bastante. Kyou wa arigatou gozaimashita, Yuugi-san. – a alaranjada fala, se despedindo.
- Mata ashita, Yuugi-kun. Se cuide. – a albina fala antes de se despedir.
- Mata ashita! – Yuugi acena para todos, para depois, olhar novamente as horas antes de sentar no chão, abraçando as suas pernas enquanto esperava o horário de encerramento do museu.
Dentro da câmara da alma do espírito, o Faraó foi tomado pelo medo ao ver que o seu amado estava sozinho e mesmo que estivesse próximo da entrada do museu, não mudava o fato de que estava desprotegido porque ele não poderia assumir o corpo dele para protegê-lo de um eventual problema. Junto do medo havia a revolta por não ser capaz de fazer algo se alguma coisa acontecesse com o seu anfitrião.
A sensação era enervante e desesperadora porque ele desconfiava que o coração de ouro do adolescente se tornava um atrativo para as pessoas malvadas e isso lhe preocupava imensamente.
Porém, Atemu nada podia fazer enquanto pensava amargurado que precisava continuar orando aos Deuses para que nada acontecesse até o seu amado ter o item em volta do seu pescoço ao mesmo tempo em que a sensação inquietante de que algo iria acontecer não lhe dava trégua e apenas aumentava a sua preocupação. Era uma sensação que o tomou assim que o objeto foi colocado nas mãos de Kanakura. Algo dentro daquele homem fazia o Faraó sentir fúria e asco.
Suspirando profundamente, o espírito volta a sentar no trono ao mesmo tempo em que aguardava ansioso o retorno do Sennen Pazuru para o seu anfitrião enquanto esperava que aquela sensação fosse apenas uma antipatia repentina pelo homem.
Então, quando o museu começa a fechar, Kanekura está em seu escritório com o Sennen Aitemu em suas mãos, o admirando ao mesmo tempo em que comentava consigo mesmo após dar uma risada de satisfação:
- O meu investimento financiou a descoberta da tumba de um Faraó e agora, eu posso ganhar uma fortuna com este Sennen Aitemu. A sorte está ao meu lado.
Então, ele ouve uma sequência de batidas na porta e sorrindo imensamente, exclama:
- Ah! Ele chegou! Entre!
Chapter 80: Dois Yami no Geemu – Museu
Summary:
Shaadii começa...
Yuugi se encontra...
O Guardião da tumba fica...
Chapter Text
O Guardião da tumba abre a porta após desviar do corpo do homem que pretendia comprar o Sennen Pazuru após este perder a sua vida quando Shaadii o julgou.
Afinal, através do Sennenjou, ele viu a essência daquele homem além do fato dele comprar tesouros egípcios do mercado negro sendo plenamente ciente de que eram compras ilegais. O membro de um dos clãs de Guardiões da Tumba o julgou culpado e o matou com o poder do Sennenjou ao revelar o Ammit que habitava a câmara da alma dele.
Kanekura fica chocado ao ver um egípcio com manto e turbante em vez do homem que ia comprar o Sennen Aitemu e exclama embasbacado:
- O quê?!
O egípcio se encontra em silêncio enquanto exibia um semblante impassível para o homem, que levanta o dedo em riste para o egípcio ao mesmo tempo em que exclamava estarrecido:
- Mas... quem é você?!
Então, Shaadii fala mantendo o mesmo semblante anterior:
- A minha linhagem tem guardado as tumbas há mais de três mil anos. Eu sou um servo de Anúbis.
- "Anúbis"?! – Kanekura exclama enquanto gaguejava pelo nervosismo e medo a menção do Deus egípcio.
"O Deus egípcio da morte?!" – O diretor do museu exclama mentalmente consigo mesmo.
- Por causa da sua ganância, outra tumba do Vale dos Reis foi profanada. Você invadiu o território dos Deuses. Por isso, irá a julgamento. Porém, acredito que há mais crimes o envolvendo.
- Eu entendi! Você é do governo egípcio! Eu não vendo antiguidades no mercado negro!
Shaadii ignora o que o homem disse por saber que da sua boca só saía mentiras e posiciona o Sennen Bakari em cima da mesa de Kanekura, para depois, retirar a pena do seu turbante enquanto falava friamente:
- Sabe a cena do julgamento final no capítulo cento e vinte e cinco do que é chamado o Livro dos mortos? Esta é a Balança da verdade. Vocês a chamam de Sennen Bakari.
"O julgamento final, quando os atos dos mortos são pesados perante Osíris, o senhor do mundo do além. De um lado da balança está a pena de Maat, a Deusa da verdade e do outro lado, o coração do falecido representando a sua alma. Se os seus pecados forem mais pesados que a pena de Maat, ele é entregue para ser devorado por Ammit, um monstro que tem partes de crocodilo, hipopótamo e leão. Mas isso não passa de um mito..." – ele pensa consigo mesmo enquanto olhava o homem posicionando a pena em um dos pratos da balança.
O diretor não sabia que uma área de Yami no game estava sendo gerada pelo Sennen Aitemu, fazendo com que ninguém conseguisse ouvir qualquer som do lado de fora. Em relação as câmeras de segurança do museu, o próprio Kanekura havia desligado ao promover um mau funcionamento no equipamento, para depois, chamar um técnico que somente poderia vir no dia seguinte.
Afinal, ele estava fazendo um ato ilegal e não pretendia deixar evidências visuais do seu crime.
Claro que por precaução, Shaadii usava o poder do seu Sennenjou para ocultar a sua presença além de utilizar as áreas do Yami no game para ocultar qualquer evidência de que algo aconteceu.
- Agora começaremos um jogo. O Yami no Game.
"Um jogo...?!" – o diretor do museu exclama consigo mesmo em pensamento enquanto exibia um semblante estarrecido.
O Guardião da tumba coloca a sua pena em um dos pratos dourados, para depois, falar:
- Nesse lado da balança, eu coloco a pena de Maat. Como você pode ver, a balança está equilibrada. Agora, vou fazer várias perguntas. Se você não disser a verdade, o outro lado vai ficar mais pesado com os seus crimes. Se esse lado da balança tocar o tampão da mesa, um jogo mortal de punição o aguardará. – ele optou por esse Yami no Game porque sabia que o homem a sua frente mentiria até o final do jogo, promovendo assim a sua própria punição.
- "Jogo de punição"?! – Kanekura exclama mantendo o semblante estarrecido enquanto suava frio.
- Então, vamos a primeira pergunta. Uma garotinha cai em um poço profundo e você é a única pessoa que viu o que aconteceu. No entanto, aos seus pés está o anel de ouro que a garota estava usando. O que você faz?
- Eu a salvo! Eu salvo a garotinha!
O prato vazio que representava o coração do diretor baixa um pouco sobre o semblante estarrecido de Kanekura que exclama:
- O quê?! Eu estou dizendo a verdade!
- Próxima pergunta – Shaadi continua falando friamente enquanto Kanekura se encontrava aterrorizado.
Enquanto isso, no lado de fora do museu, quando Yuugi verificou que horas eram em seu relógio de pulso digital, percebeu que chegou o horário em que o museu seria fechado.
Portanto, ele se levanta enquanto exclama animado por se encontrar ansioso para ter o seu tesouro de volta:
- Certo! O museu esta prestes a fechar. E hora de pegar o meu Sennen Pazuru de volta.
Então, ele entra saltitando animado no museu pela empolgação de poder ter o seu Tesouro consigo novamente.
Enquanto isso, na sala do Diretor do museu, o prato vazio havia descido mais um pouco após ele mentir para a pergunta que Shaadii fez alguns instantes atrás.
- Por quê? Eu não estou mentindo! Como o prato está abaixando sem ter nada em cima dele? Isso só pode ser um truque! – ele exclamava enquanto começava a julgar erroneamente que era um truque porque o prato estava vazio na sua visão e mesmo assim, estava abaixando sem qualquer auxilio visível – O que diabos é um jogo de punição?
- Muito bem... antes da última pergunta, eu vou lhe contar sobre o jogo de punição. Ele o aguarda dentro do seu coração.
O homem sente algo na cadeira e olha para o lado, notando que parte do encosto parecia se mexer e antes que pudesse se levantar, toda a cadeira começa a se transformar, surgindo garras que brotam dos braços da poltrona, o prendendo firmemente ao assento enquanto ocorriam outras transformações ao mesmo tempo em que Kanekura exclamava com um semblante aterrorizado:
- A cadeira está mudando! – ele exclama e dá um grito final ao ver que em vez da sua cadeira, estava sentado em cima do ventre de um monstro com corpo e cabeça de crocodilo que salivava em cima dele, exibindo presas afiadas, com algumas se projetando das enormes mandíbulas enquanto exibia uma espécie de juba comprida que brotava da sua cabeça em direção ao seu dorso.
O diretor estava petrificado de terror enquanto mantinha os olhos arregalados ao mesmo tempo em que o hálito, a força aplicada em sua imobilização e a saliva que escorria das mandíbulas aterrorizantes eram reais para os seus sentidos, fazendo com que ele tentasse compreender como podia ser real algo que era claramente surreal na sua visão.
- Esse é Ammit, o monstro que fixou residência na câmara da sua alma. Vamos para a última pergunta. Você profanou o território dos Deuses e vendeu os seus tesouros para benefício próprio?
- Pare! Pare! Eu pago qualquer coisa! Quanto você quer? – Kanekura começa a exclamar aterrorizado enquanto implorava ao mesmo tempo em que os seus olhos esbugalhados continuavam fixos nas mandíbulas monstruosas de Ammit, cuja saliva caía na sua testa e em parte da sua cabeça.
Então, o prato vazio se choca no tampão da mesa, produzindo audivelmente o som de metal se chocando contra uma superfície dura, para depois, Shaadii falar friamente:
- Não há verdade na sua alma. Só há a ganância. Portanto, você será punido.
Ao proferir essas palavras, Ammit posiciona as suas mandíbulas possantes e aterrorizantes na cabeça de Kanekura, com a mandíbula inferior em sua nuca e a superior acima da sua testa, se preparando para decepá-lo, com o diretor desconhecendo o fato de que a sua alma seria condenada as trevas por toda a eternidade.
O portador do Sennenjou e do Sennen Bakari assiste com uma face impassível, a cabeça de Kanekura sendo devorada por Ammit, para depois, ele devorar o corpo do diretor do Museu que ainda continuava vivo enquanto era devorado, com o som dos ossos sendo quebrados assim como da pele e músculos sendo rasgados reverberando pelo ambiente junto dos gritos lacerantes e em decorrência da área gerada pelo Yami no game, ninguém ouviu os gritos aterrorizantes e de dor do diretor.
Após o homem ser devorado vivo, com o seu corpo sendo mastigado gradativamente até ser consumido por completo, silenciando assim os gritos, Shaadii fala com um semblante impassível:
- Todos tem uma câmara da alma. O Sennenjou que carrego em meu pescoço pôde abrir a sua porta anteriormente quando o museu estava aberto, sem que você sentisse os meus poderes. A câmara da sua alma estava repleta do odor pútrido do dinheiro e da ganância. Monstros como Ammit adoram viver nesses lugares. Você foi devorado vivo pela ilusão que nasceu dos seus próprios crimes. A sua alma será condenada as trevas.
Quando o bronzeado está se virando para sair, ele vê algo dourado pelo canto dos olhos enquanto a área do Yami no game estava sendo dispersa, restando o corpo aparentemente intacto do diretor debruçado na mesa porque a sua alma é que foi devorada viva por Ammit.
Ele se aproxima e pega o Sennen Aitemu que repousava anteriormente no tampão enquanto pensava consigo mesmo, exibindo surpresa em seu semblante:
"Este é o Sennen Pazuru e ele está completo! Em mais de três mil anos, ele nunca foi solucionado. Por que ele está aqui? Isso significa que alguém neste país conseguiu montá-lo. Mas quem poderia ser?"
Longe dali, Kisara estava caminhando por uma rua enquanto questionava a si mesmo o motivo de tomar aquele caminho após descer do ônibus e por mais que refletisse, não conseguia compreender o que a levou a tomar aquela rota para passar na frente daquele local.
A única coisa que a prateada sabia era que o desejo de vê-lo era forte e impulsionado por um motivo desconhecido, ou melhor, motivos, pelos sentimentos incompreensíveis que surgiram nela, fazendo com que não restasse outra opção além de tomar aquele rumo antes de ir para a sua casa.
Após alguns metros, ela para no outro lado da rua e passa a observar dois carros escuros com guarda-costas posicionados em frente ao edifício da Kaiba Corp e dentre eles, havia uma limusine imponente, com o chofer aguardando do lado de fora. Ela também percebeu que havia uma equipe de segurança que criou um perímetro no entorno dos carros para conter os repórteres que aguardavam ansiosamente o aparecimento do CEO. Os microfones e as câmeras que se encontravam em prontidão se mexeram ao verem uma movimentação na entrada do luxuoso e imponente arranha céu que ocupava uma quadra inteira e cujo trânsito no entorno era limitado.
O coração da prateada falha uma batida ao ver Seto saindo do edifício rodeado de alguns homens de terno que pareciam tomar notas após perguntar algo, antes de serem dispensados com um aceno de mão enfático. Ao lado dele, ela avista uma criança ou pré-adolescente usando terno embora tivesse um manto branco por cima da veste formal. Tinha cabelos azuis escuros levemente espetados e olhos da mesma cor enquanto exibia um sorriso arrogante, fazendo-a revirar os olhos porque era visivelmente uma criança extremamente mimada que se achava o dono do mundo.
Então, a jovem se recorda de que tinha lido em algumas revistas que Kaiba tinha um otouto, fazendo com que compreendesse o motivo de ter um pré-adolescente com ele.
Junto dos irmãos Kaiba, havia guarda-costas adicionais e assim que eles se aproximaram da limusine, os flashes disparam enquanto as câmeras começam a filmar, com jornalistas tentando romper o bloqueio dos massivos seguranças enquanto a prateada não conseguia discernir muito do que eles falavam. Apenas conseguiu ouvir sobre uma nova atração temática, o prédio novo que estavam construindo, o boato sobre o parque de diversões vertical e de alguns acontecimentos estranhos, além do inusitado silêncio da polícia, com a adolescente revirando os olhos porque a família Kaiba era praticamente dona da cidade de Dominó e este era um conhecimento público e igualmente notório.
Portanto, o silêncio da polícia pôde ter sido providenciado pelos irmãos Kaiba, fazendo com que não fosse inusitado porque era o esperado se os irmãos estivessem envolvidos com algo contrário as leis, o que não seria difícil na visão dela e por mais que este domínio fosse um fato inegável e igualmente esperado, não deixava de ser assustador porque denotava o poder e influência que esta família possuía.
Um homem baixo de aparência assustadora sai da limusine e quando ela o avista, sente um misto de medo e de raiva junto de total aversão quando ele olha rapidamente o entorno, antes de exibir um sorriso para Seto enquanto se curvava em respeito.
Ignorando a imprensa que se acotovelava e tentava a todo o custo romper a barreira dos seguranças para conseguirem algumas respostas à cacofonia de perguntas que atropelavam umas as outras, Seto detém o seu passo para ajeitar a gravata de seda do seu terno branco da marca Ermenegildo Zegna e ao fazer isso, avista a prateada do outro lado da rua, com os seus olhos se cruzando e por estar despreparado para o surgimento dela, o CEO é pego abruptamente pelos orbes que envergonhavam a mais bela safira, fazendo com que não conseguisse desviar o olhar.
O homem baixo e de aparência assustadora vira o semblante na direção que o seu patrão olhava e pergunta:
- O senhor a conhece, Seto-sama?
Chapter 81: Intruso
Summary:
Seto decide...
Kisara fica...
Shaadii decide...
Atemu se encontra...
Yo!
Eu peço desculpas pela demora em atualizar.
Tenham uma boa leitura.
Chapter Text
A voz do seu mordomo, Daimon (Hobson), o faz sair da espécie de transe ao mesmo tempo em que murmura maldições contra si mesmo e conforme desviava o olhar, ele jurou ver de relance, em vez da jovem, a figura de um imponente e majestoso Buruuaizu Howaito Doragon (Blue-Eyes White Dragon), fazendo-o coçar os olhos, para depois, ver que era apenas a prateada, fazendo-o questionar se o fato dele ter pesadelos que o despertavam a noite junto dos preparativos para o seu Death-T, o estavam fazendo ver coisas em decorrência do cansaço.
Ele consegue afastar o seu olhar, exibindo uma carranca no rosto, para depois, comentar:
- Ela era do colégio que eu frequentava. Estudávamos na mesma sala.
- Oh! Ela é muito linda. – o ex-torturador profissional comenta com uma face pervertida.
Por um motivo que não compreendia, Seto sente uma fúria imensa tomá-lo com o comentário do seu mordomo, fazendo com que o ameaçasse com uma voz fria e olhos repletos de fúria para o homem que exibe confusão em seu semblante ao mesmo tempo em que o CEO apontava o dedo em riste para ele:
- Não ouse fazer qualquer comentário sobre ela, entendeu?
- Sim... Pode deixar, meu senhor. – ele murmura temeroso ao ver a fúria por trás daqueles olhos azuis.
- Hunf! – Kaiba senta no banco de trás da limusine e flexiona os braços na frente do corpo, com o irmão mais novo dele sentando ao seu lado em seguida – Agora, vamos. Eu preciso fiscalizar o andamento do Death T.
- Sim, senhor – ele se aproxima e murmura – Conseguimos novas cobaias para testarmos o aparelho e as atrações. Também conseguimos encontrar quem estávamos procurando. Não foi fácil, mas conseguimos.
- Ótimo.
Enquanto isso, Mokuba ouviu a conversa sobre a ex-colega de classe do seu irmão após seguir o olhar dele, para depois, ficar surpreso com a ameaça que Seto fez quando o mordomo deles comentou sobre a adolescente de cabelos prateados. Ele ia questioná-lo, mas ao ver o seu semblante aborrecido, indicando que o assunto estava encerrado, o jovem decidiu não perguntar sobre o motivo dele ter ficado furioso com o comentário de Daimon.
Então, os guarda-costas os seguem em um carro atrás da limusine enquanto o veículo se afastava do local, com a prateada o observando se afastar gradativamente ao mesmo tempo em que os jornalistas se dispersavam, exibindo semblantes derrotados e somente após todos se afastarem, os seguranças desfazem o cordão de isolamento e retornam para dentro do edifício imponente que ocupava uma quadra inteira.
Kisara não conseguia compreender os sentimentos de raiva, de nojo e de aversão que sentiu pelo homem de baixa estatura que usava óculos escuros enquanto exibia uma face envelhecida, além da estranha sensação de que o conhecia de algum lugar. A prateada desconhecia o fato de que ela o conhecia de sua vida passada no antigo Egito. Daimon era a reencarnação de Geberuku (Gebelk), o superintendente das masmorras no Egito Antigo e que agia em conluio com Akhenaden. Ele era um mestre das torturas, torturando prisioneiros para que revelassem o seu Ka sobre ordens do tio de Atemu.
Coincidentemente, na sua reencarnação atual, ele é considerado um torturador profissional que trabalha para a família Kaiba sobre o disfarce de mordomo.
Inclusive, os seus serviços foram requisitados várias vezes no passado sempre que o falecido CEO desejava obter informações através da tortura de pessoas que ele mandava sequestrar.
Quando passou a servir Seto após o suicídio de Gozaburu, ele continuou atuando em seu disfarce de mordomo enquanto exercia em alguns momentos o seu talento como torturador.
Após suspirar, não compreendendo a origem das sensações que teve ao olhar para o homem estranho de terno e o motivo de ter ido até o prédio da Corporação Kaiba, a prateada decide voltar para casa porque estava tarde e ela precisava ajudar os seus pais na manutenção das armas do doujo.
Prontamente, a adolescente começa a caminhar até o ponto de ônibus mais próximo.
Nesse interim, dentro do museu, Yuugi está andando pelos corredores desérticos, não prestando atenção no fato de não ter nenhum funcionário andando pelos corredores, o que seria considerado estranho para muitos e o motivo de não perceber essa ausência foi porque estava demasiadamente ansioso para encontrar Kanekura, para que pudesse ter o seu tesouro de volta ao constatar que ele não estava mais na vitrine, com o jovem se lastimando de não ter pedido para o Kyouju (教授 – professor universitário) Yoshimori ensinar o caminho até a sala do diretor do museu.
- Nossa... Este museu é um labirinto. O Sennen Pazuru não está na vitrine, então, deve estar com o Kanekura-san.
O adolescente de cabelos tricolores para de falar consigo mesmo ao ver o mesmo egípcio de antes, caminhando no sentido oposto.
- Ah... aquele egípcio de antes. Será que...? Mas, ele não saberia. Bem, eu acho que não custa perguntar. – ele murmura consigo mesmo e ao tomar a sua decisão, se aproxima de Shaadii.
O Guardião da Tumba percebe o jovem de outrora se aproximando dele, para depois, perguntar para ele:
- Com licença, o senhor viu o Kanekura-san? Ele prometeu devolver o meu Sennen Pazuru. Ele tem este tamanho e formato – Yuugi falava enquanto usava as mãos para criar o formato do seu tesouro.
O Guardião da tumba exibe um semblante estarrecido enquanto exclamava consigo mesmo em pensamento:
"Impossível! Esse garoto, não...!"
O bronzeado se recupera e continua olhando para o adolescente enquanto pensava consigo mesmo em pensamento:
"Aquele que soluciona o Sennen pazuru ganha um grande poder. O mesmo poder da minha linhagem segundo os escritos passados de geração em geração. Eu tenho que ter certeza! Eu preciso saber se esse menino tem o poder! Eu usarei o meu Sennenjou para olhar dentro da câmara da alma dele!"
Nesse interim, Yuugi coçava a nuca sem jeito enquanto exibia um olhar preocupado ao mesmo tempo em que perguntava:
- Por que está me olhando desse jeito? Você estava chorando naquela hora...
O bronzeado se concentra e invoca o poder do seu item. Antes que o jovem pudesse reagir, a ponta do Sennen Aitemu encosta em sua testa, fazendo-o ficar paralisado.
Após Shaadii entrar, ele fica chocado ao ver que havia um corredor e duas câmaras, uma de cada lado do corredor e que era de frente uma para a outra. Uma porta estava aberta e a outra estava fechada.
Após se refazer da surpresa inesperada enquanto não conseguia compreender como podia haver a existência de duas câmaras da alma ao mesmo tempo, o egípcio decide se aproximar da porta que estava aberta e que continua uma cálida e gentil luz, fazendo-o comentar para si mesmo ao olhar para o interior claro:
- A porta de uma delas está aberta e eu posso ver o seu interior. Está cheia de brinquedos, além de jogos e a sua luz é cálida, além de reconfortante. Essa câmara é pura. Não há nenhum pensamento maligno.
Então, o bronzeado comenta em pensamento:
"É surpreendente o fato desse jovem ter duas câmaras! Nunca vi algo assim! De fato, uma é pura, sem nenhum pensamento maligno. Mas, quanto a outra porta...".
Shaadii decide não passar da batente da porta e após terminar de analisar o ambiente que era semelhante a um quarto com mesa, cadeira, armário e cama, contendo uma janela grande e brinquedos, além de jogos espalhados pelo chão, desconhecendo o fato de que era uma réplica do quarto verdadeiro de Yuugi em sua casa, o Guardião da tumba se afasta dela e se vira para a porta de ferro de aparência antiga com estranhas veias esculpidas em sua superfície metálica e que se propagavam a partir do olho esculpido no centro da porta.
Após inspirar profundamente, ele dá alguns passos, se posicionando para abri-la ao levantar a mão na direção da maçaneta enquanto pensava consigo mesmo:
"Esta outra câmara... – o som da porta de ferro sendo aberta pelo lado de dentro o faz ficar chocado ao mesmo tempo em que abaixava a sua mão – Ela abriu sozinha".
Shaadii estava chocado porque havia usado o seu item no jovem e consequentemente, esperava que o local estivesse vazio.
Portanto, era natural ficar embasbacado ao ver alguém se aproximando através das sombras de trás daquela porta.
Era uma figura mais alta do que o jovem que viu no museu. Os seus cabelos espetados continham pontas mais estreitas de coloração carmesim em vez de ametista enquanto havia fios dourados que se propagavam para o seu cabelo em vez de emoldurar o rosto. A sua pele era de marfim como a do adolescente, com os seus olhos sendo mais estreitos e afiados ao mesmo tempo que exibiam a mesma cor ametista. O seu rosto era pontudo e mais maduro também porque aparentava ser mais velho do que o jovem que viu antes que possuía um rosto e traços suaves junto de um corpo delicado, além de uma aparência infantil pela sua baixa estatura. O homem a sua frente parecia exibir uma musculatura definida que se destacava pela roupa que usava. Shaadii percebeu que ele usava uma roupa preta com cintos e botões por baixo do casaco do uniforme e que era a mesma roupa que o jovem usava com a diferença de não ter uma camisa branca por cima da roupa preta. Ele estava com as mãos nos bolsos enquanto olhava atentamente para ele, exibindo um sorriso no rosto.
- Ora, ora... um visitante da minha câmara – Atemu dá uma leve risada e fala com um semblante assustador enquanto exibia um sorriso de canto porque havia decidido punir o homem que havia usado magia contra o seu amado – Entre se tiver coragem. Venha para dentro da minha alma. É aqui que vamos fazer o nosso jogo.
Porém, conforme se recordava dos seus planos contra o visitante, o espírito queria compreender o motivo de não desejar fazer mal a aquela pessoa, além de ter a estranha sensação de que o conhecia de algum lugar por mais surreal que fosse este pensamento porque não era a sensação oriunda de tê-lo visto anteriormente através dos olhos do seu anfitrião e sim, antes do seu despertar, o que tornava esta sensação ainda mais inquietante e incompreensível.
De fato, havia lógica no espírito ter essas sensações e o desejo de não feri-lo.
Afinal, Shaadii era a reencarnação de Shada que era um dos seus Guardiões Sagrados do tempo em que era Faraó e que se sacrificou junto dele, com alguns dos outros Guardiões Sagrados se juntando ao sacrifício para deter Zorc Necrophades, evitando assim que o Egito e o mundo fossem consumidos e igualmente destruídos, com o diferencial da sua alma e das almas dos outros Guardiões não terem sido seladas ao contrário da alma de Atemu que foi selada no Sennen Pazuru ao usar o seu grande poder e determinação obstinada para prendê-lo junto dele com o auxílio dos seus Guardiões sagrados, para em seguida, usar o seu nome como selo final, com as suas memórias sendo seladas também para evitar a descoberta do seu nome.
Para evitar que alguém liberasse Zorc do seu selamento, o seu nome foi apagado de todas as inscrições conforme as ordens que ele deu a Seto, que assumiu como Faraó após a morte do seu primo. O fato do seu nome ter sido apagado de todas as inscrições, fez com que ele se tornasse o Faraó inominável que despertava um grande interesse e imensa curiosidade nos arqueólogos ao mesmo tempo em que os estudiosos levantavam várias hipóteses para o nome de um monarca ter sido apagado propositalmente de qualquer inscrição.
Afinal, o ato de apagar o nome de alguém era usado como parte da punição dada aos criminosos, para que as almas deles não fossem para o além-vida. O selamento da alma de Atemu e o ato do seu nome ser apagado fez com que a sua alma não fosse levada por Anúbis.
O Guardião da tumba havia parado no batente da porta, fazendo com que o espírito sorrisse novamente de canto, perguntado enquanto mantinha as mãos nos bolsos:
- Qual é o problema? Está com medo? Mostre alguma coragem.
O egípcio compartilhava do mesmo sentimento de Atemu. Algo dentro dele lhe dizia que conhecia o homem que estava na sua frente apesar de não compreender o motivo desta sensação porque nunca o havia visto antes.
Ademais, algo lhe dizia para demonstrar respeito.
Porém, o Guardião da tumba decide ignorar estoicamente esta sensação por ser descabida na sua visão, julgando erroneamente que era apenas sua impressão pela surpresa inusitada de ver duas câmaras da alma conectadas por um corredor, com ambas possuindo atmosferas completamente diferentes.
Pelo menos, é o que ele acreditava sem ter entrado por completo naquela câmara misteriosa.
Então, com determinação em seu semblante e postura, o bronzeado decide entrar ao caminhar para dentro enquanto pensava consigo mesmo:
"Já visitei as câmaras das almas de muitas pessoas no passado. Elas podem ter decorações e mobílias diferentes, mas sempre há apenas uma câmara. Mas, porque há esta outra câmara da alma desse garoto e quem é este homem na minha frente? Quanto a esta câmara... Ela é escura e fria como a tumba de um Faraó do antigo Egito!"
Ele exclama o final em pensamento ao observar os afrescos nas paredes acima dele, mais precisamente, da parte que podia ver. Havia desenhos que lembravam aqueles que se encontravam nas tumbas dos Faraós, além da construção no entorno lembrar a arquitetura de uma tumba.
- Eu não sei que poder você usou para encontrar este lugar. Eu sei que é magia, mas, não descobri a fonte, ainda. Mas é melhor explicar por que você está aqui.
Shaadii se recupera da surpresa e fala, voltando a ter um semblante impassível após dar uma leve risada:
- Da sua perspectiva, eu sou um convidado indesejado. A resposta para essa pergunta é muito simples.
Atemu exibe um semblante impassível também enquanto analisava o homem a sua frente ao mesmo tempo em que se recordava de quando o seu amado o viu ao encostar naquele vidro que protegia o sarcófago aberto com a múmia de um Faraó em exibição.
- Vim aqui para descobrir o segredo do poder do seu Sennensui ou Sennen Pazuru, como é chamado atualmente.
O espírito exibe surpresa em seu semblante pelo fato do homem a sua frente saber sobre o fato do Sennen Aitemu possuir o seu próprio poder e este era um fato demasiadamente preocupante porque colocava o seu amado sobre perigos ainda maiores do que apenas valentões e eventuais ladrões pelo item ser dourado. O diretor daquele museu, pelo que compreendeu da conversa do seu amado com Kanekura, somente via o objeto sobre o seu valor histórico e do fato das peças serem de ouro puro. Pelo pouco que ele se recordava, era um fato inegável de que o ouro era a substância que possuía mais afinidade com a magia, principalmente no quesito de imbuir magia em um objeto, além de ser um ótimo condutor mágico.
- Então, você sabe da existência do Sennen Pazuru e que ele possui o seu próprio poder.
- Sim, eu sei e também conheço o fato de que ele é um dos Sennen Aitemu. A história dos Sennen Aitemu começa no Egito antigo há três mil anos atrás no Ta-sekhet-ma ' (o Grande Campo) como os egípcios antigos se referiam a aquele lugar em alusão ao Grande campo no Além vida que os aguardava após passarem pelo julgamento de Osíris. Se preferir, pode usar o nome atual, Vale dos Reis. Os itens foram feitos para que os magos, que serviam os antigos Faraós "punissem os ladrões que profanassem as tumbas e roubassem os seus tesouros", assim como está escrito no Pert em Hru (Sair à Luz – título original egípcio de "O livro dos mortos").
Porém, apesar de estar escrito isso no livro, por algum motivo desconhecido, ele acreditava que havia algo além e que a explicação foi alterada no passado distante por algum motivo. Era uma sensação que o acompanhava desde pequeno e que nunca havia confessado a sua família e ao seu clã ao mesmo tempo em que repetia palavra após palavra que era ensinada por aquele clã dos Guardiões da Tumba que havia divergido de outro clã há mais de um milênio atrás por divergência nos métodos de gerenciar os Sennen Aitemu.
A única pessoa que ele confessou as suas suspeitas foi para Mahaado, que por sua vez, se lembrava de alguns fatos da sua reencarnação anterior, fazendo com que ele, Shaadii, acabasse percebendo que alguns dos seus sonhos eram na verdade, recordações do passado. Não obstante, naquele momento em que estava frente-a-frente com aquela entidade porque acreditava que era outro espírito que habitava uma câmara própria, ele sentia uma forte influência de se prostrar como se ele fosse alguma autoridade acima dele, algo que era incompreensível para o egípcio.
O Guardião da Tumba sai dos seus pensamentos quando Atemu fala:
- Então, você veio até aqui através de um Sennen Aitemu.
- Sim. Foi através do Sennenjou. Esta chave possuí o formato do símbolo de alma na escrita egípcia e permite que eu abra as portas das almas das pessoas. Na câmara da alma descobre-se tudo sobre a pessoa. Quem ela é, o que ama, teme... até o que ela mesma não sabe. Também trago comigo o Sennenbakari. Ele pesa os pecados da pessoa em um julgamento da alma usando a pena de Maa´t. Se o coração da pessoa pesar mais do que a pena, ela será condenada. Estas são as duas relíquias que eu possuo. Eu tive outras duas, mas, não estão mais comigo. Porém, nem eu mesmo conheço o poder do Sennensui. Não sei que poder é concedido a pessoa que o solucionar porque ele nunca foi solucionado.
- Então, para descobrir, você entrou na minha alma ao adentrar esta câmara.
- Se eu puder ver a câmara de uma pessoa, posso ver que tipo de poder ela possui. Foi isso o que eu vim descobrir e se esse poder for necessário, eu vou capturá-lo para o meu clã.
Chapter 82: Yami no Geemu - Shaadii
Summary:
Atemu decide...
Mana se encontra...
Mahaado fica...
Chapter Text
O espírito arqueia o cenho direito enquanto ocultava a sua preocupação com o seu amado porque desconhecia o poder dos dois Sennen Aitemu que o invasor carregava consigo. Por precaução, decidiu não mostrar qualquer sinal de preocupação enquanto se concentrava em exibir a sua usual e nata autoconfiança em si mesmo.
Além disso, ele precisava descobrir se os itens poderiam ter qualquer influência contra o seu próprio item enquanto que desconhecia por completo o respectivo poder do objeto que se encontrava na posse do seu amado anfitrião.
Claro, ele usava os seus poderes em conjunto com a sua magia.
Porém, desconfiava que havia um poder próprio do objeto ou poderes conforme se lembrava de alguns acontecimentos, assim como algumas sensações que sentiu antes do Sennen Aitemu ser montado.
- Sim, esse poder sobre o qual você fala está na minha câmara. No entanto, não posso deixar que o veja tão facilmente. Você sabe como funciona. Isto é um jogo. Um Yami no game. As regras são simples. Em algum lugar desta alma está a minha verdadeira câmara. Se conseguir achá-la, encontrará o que procura.
Shaadii dá uma leve risada, para depois, falar:
- Eu esqueci de contar sobre outro poder que eu possuo. Quando entro na câmara da alma de uma pessoa, posso redecorá-la e controlar a pessoa como eu quiser. Eu posso, até mesmo, destruir a sua personalidade.
Atemu oculta novamente a sua preocupação enquanto procura exibir apenas surpresa em seu semblante. O Faraó não sabia se o homem a sua frente conseguiria redecorar a sua câmara considerando a complexidade dela e o fato do seu amado ter outro Sennen Aitemu, o Sennen Pazuru. Ele não tinha como prever se o objeto possuía a capacidade de bloquear a do invasor.
Além disso, o espírito duvidava piamente que o egípcio a sua frente tivesse entrado anteriormente em uma câmara tão complexa como a dele e que estava oculta pelas sombras porque ele fez questão de esconder a aparência real dela.
Afinal, havia a hipótese do bronzeado desistir do jogo se soubesse como era a aparência da câmara da alma dele.
- Eu aceito o seu jogo. Eu vou encontrar a verdadeira câmara da sua alma! – ele exclama com arrogância por estar extremamente confiante nas suas habilidades e para mostrar coragem ao se lembrar do comentário dele quando entrou naquela câmara.
Na sua visão, seria fácil fazer o que desejasse naquela câmara com o poder que o Sennenjou lhe concedia. Não era necessário aceitar o jogo.
Afinal, ele nunca encontrou uma câmara que não pudesse redecorar e aquela câmara não era diferente apesar da sensação surreal de estar na tumba de um Faraó do antigo Egito.
O espírito dá uma leve risada, para depois, falar enquanto mantinha as mãos nos bolsos da calça do colégio que era uma réplica daquela usada pelo seu amado e que possuía apenas diferença de tamanho por causa da sua estatura:
- Bem, não pense que vai ser assim tão fácil. Este jogo é mais perigoso do que você imagina.
Então, Atemu revela a complexidade da câmara com seus inúmeros degraus, portas e corredores que preenchiam o ambiente colossal e que se propagava para cima em corredores aparentemente intermináveis, formando um labirinto assustador.
Era uma visão impressionante e igualmente estarrecedora que o deixou boquiaberto e conforme Shaadii olhava para o ambiente a sua volta, ele duvidava piamente que seria capaz de remodelar aquela câmara porque nunca esteve em algo minimamente similar ao que se encontrava naquele instante. Ele nunca havia entrado em uma câmara labiríntica como aquela que se propagava na frente dos seus olhos e que chegava ao ponto de ter escadas e portas nas paredes e no teto.
Além disso, havia o fato de haver outro Sennen Aitemu que poderia bloquear o poder do Sennenjou.
Afinal, não sabia quais eram os poderes que ele possuía enquanto que era visível o fato da entidade a sua frente exibir aparente domínio do Sennen pazuru.
"A câmara desse garoto é realmente um labirinto da alma!"
Atemu sorri consigo mesmo ao ver o semblante estarrecido do homem a sua frente, com ele percebendo um leve olhar de medo.
- É hora do duelo!
Shaadii estava tão perplexo com o que foi revelado que não percebeu que ficou um bom tempo olhando embasbacado para os inúmeros corredores e portas que pareciam infindáveis.
- Qual é o problema? O jogo não vai começar até você dar o primeiro passo.
A voz do Faraó o faz sair do seu estado estupefato, o fazendo olhar para o espírito que estava com os braços cruzados na frente do tórax enquanto apoiava as suas costas na parede, exibindo uma postura relaxada ao mesmo tempo em que exibia a autoconfiança em seu olhar de que o egípcio não conseguiria encontrar a sua verdadeira câmara.
O bronzeado volta a olhar o entorno e pensa consigo mesmo conforme os seus olhos observam os vários degraus e portas:
"Aqui e ali... Portas e mais portas até onde a vista pode alcançar. Mas apenas uma leva a verdadeira câmara. Terei que abrir todas as portas, uma por uma..."
Ele avança alguns passos e se dirige para a porta mais próxima enquanto falava:
- Primeiro, esta porta...
Quando o Guardião da tumba abre a porta, ele ouve o som de um rangido e depois, por precaução dá um passo para trás, acabando por cair de costas quando uma coluna composta de pedras colossais desce violentamente atrás da porta. Se ele não tivesse recuado teria sido esmagado.
O bronzeado olha estupefato para o objeto enorme formado por blocos de pedras e começa a suar frio enquanto pensava consigo mesmo, exibindo um misto de medo e de estupefação:
"Uma armadilha!"
O Faraó que continuava com as costas apoiadas na parede e ambos os braços flexionados na frente ao seu corpo, ri levemente, para depois, perguntar:
- Qual é o problema agora? Você desiste? Se continuar, você pode se encrencar.
O egípcio olha para ele com determinação após se recuperar da armadilha inesperada ao mesmo tempo em que se tornou ciente da extrema cautela que precisava ter ao abrir uma porta porque podia existir armadilhas mortais o aguardando do outro lado.
Então, antes de desaparecer do local ao usar os seus poderes, Atemu falava enquanto tentava compreender porque o desejo de puni-lo pelo que fez ao seu amado havia sido reduzido no exato momento que ele teve sensação de familiaridade para com o invasor:
- Boa sorte. Vou estar esperando na câmara.
Após se refazer por completo, o bronzeado fica de pé e começa a andar pelos inúmeros degraus, tomando o devido cuidado com as portas para evitar que caísse em alguma armadilha mortal porque apesar de estar em uma câmara da alma, ele poderia morrer. Não teria traços em seu corpo porque só a sua mente seria afetada. Morrer naquele local seria o equivalente a morte do seu corpo físico.
Portanto, todo o cuidado era pouco.
Conforme percorria os inúmeros degraus, usando a sua experiência e conhecimento para tentar descobrir qual era a câmara, ele pensava consigo mesmo conforme passava na frente de várias portas:
"Esta não... Nem esta. Elas não levam à câmara."
Longe do Museu, mais precisamente em um apartamento, Mahaado estava lendo alguns pergaminhos que continham feitiços que foram emprestados por Ishizu, uma vez que que estavam protegidos pelo seu clã.
Então, a voz preocupada da sua filha adotiva e aprendiz ressoa no ambiente enquanto ela olhava na direção do museu apesar de não poder vê-lo de onde estavam:
- O tio Shaadii está demorando muito. Será que ele está bem?
O mago abaixa o pergaminho, olhando para a bronzeada, para depois, falar com um sorriso paternal:
- Ele está bem. O seu tio é poderoso e tem dois objetos poderosos. Provavelmente, o seu atraso se deve pela dificuldade de encontrar os seus alvos. Acredito que teremos notícias em breve dele. Ele disse que iria passar aqui antes de ir para o aeroporto.
- Eu sei que ele é poderoso, mas...
- "Mas"? – ele arqueia o cenho direito enquanto a estimulava a continuar falando.
- Mas há seres poderosos segundo a nossa investigação. Não sabemos as intenções deles. Claro, um deles se revelou para o tio Shaadii e demonstrou não ser uma ameaça iminente para as pessoas, mas, faz alguns anos atrás e a mentalidade pode ter mudado, além do fato de uma pessoa deter influência sobre ela. Ademais, temos esse segundo que nunca vimos e que não sabemos as suas intenções. O próprio tio Shaadii disse que o poder dos Sennnen Aitemu eram ineficazes contra uma das entidades e considerando que a primeira demonstrou ter um grande poder, tudo pode ser possível.
Ele se levanta e caminha até ela que está exibindo um semblante preocupado enquanto olhava pela enorme janela.
A bronzeada fica surpresa ao sentir o afago paternal em sua cabeça e ao virar o rosto para o seu pai adotivo e mestre de magia, avista um sorriso reconfortante, com o mago falando:
- Não se preocupe. Se houvesse acontecido algo com ele, nós saberíamos pela elevação da magia dele ao usar os Sennen Aitemu. Mesmo que uma dessas criaturas o encontrasse, sentiríamos as ondas mágicas intensas. Se não sentimos nada disso é porque o atraso dele se deve a outros motivos. Ademais, ele é bem experiente e detém verdadeiro domínio sobre os poderes e habilidades inerentes ao Sennen Bakari e ao Sennenjou. Acredito que em breve ele estará aqui.
- É verdade? – ela pergunta com esperançosos olhos de esmeralda.
- Sim. – ele fala enquanto consentia e fica satisfeito ao vê-la sorrir.
A jovem decide confiar em seu pai adotivo e consente, com Mahaado falando:
- Você deve terminar a leitura daquele pergaminho. Lembre-se que é apenas um empréstimo. Devemos devolver o quanto antes à Ishizu.
Ela suspira e se afasta da janela, se dirigindo para a mesa, abrindo em seguida o pergaminho para começar a sua leitura.
O mago se afasta da janela, mas, para um pouco e olha para trás enquanto se recordava das investigações que fizeram. Ele estava muito preocupado sobre a existência desses dois seres poderosos. Se eles tivessem a absoluta certeza de um deles estar do lado da humanidade, pelo menos, a preocupação seria reduzida ao ponto de ficarem preocupados apenas com um enquanto tinham um ser poderoso no lado deles.
Porém, em decorrência da impossibilidade de saber os motivos por trás da dragoa que se revelou para Shaadii há anos atrás, a existência dela se tornou uma fonte intensa de preocupação e o que agravava o fato era de que uma pessoa detinha grande influência nela, segundo o que lhe foi revelado. Tanto poder e influência nas mãos de uma só pessoa era um motivo inquietante porque além dos motivos da dragoa, havia a existência desta pessoa desconhecida.
Se esta pessoa fosse boa, eles poderiam ter alguma tranquilidade em relação a este ser poderoso. Se fosse alguém ruim, seria uma situação desesperadora que somente seria agravado se esta pessoa desejasse dominar o mundo. Mahaado e Shaadii eram plenamente cientes de que nada e ninguém poderia evitar a conquista do mundo por esse ser. O poder dela atingia níveis inimagináveis.
Desde que tomou consciência de existência dela e da revelação de uma pessoa com influência suficiente na dragoa, ele não havia deixado de ficar apreensivo e de ter sonhos preocupantes.
Claro, ele evitava demonstrar a sua preocupação e medo perante Mana porque não havia motivo para alarmá-la.
Além disso, era preferível que a preocupação e medo fosse apenas compartilhada entre ele, Shaadii e Ishizu.
- Pai?
Ele sai dos seus pensamentos com a voz preocupada da jovem e ao olhar para ela, avista um semblante preocupado.
Rapidamente, o mago se recompõe e exibe o seu melhor sorriso enquanto falava, ocultando a sua preocupação e medo:
- Eu estava pensando no prato que iria fazer para o jantar.
- Podíamos pedir para entregar aquela comida italiana que comemos no domingo passado. – ela comenta esperançosa.
- Bem, eu não vejo motivos para não pedimos essa comida.
- Oba! – ela exclama visivelmente empolgada.
- Mas, para ter essa comida, você precisa terminar a leitura antes do jantar porque eu quero conversar sobre ele e verificar se assimilou o conhecimento. Eu também irei aplicar um teste.
- Pode deixar! – a bronzeada exclama com empolgação enquanto ficava com água na boca ao se recordar da refeição que teria.
O mago sorri com a empolgação infantil de Mana apesar dela ser uma adolescente e conforme se recordava do que viu nos jovens, acreditava que era bom ela ter essas reações infantis embora exigisse uma maior fiscalização por parte dele porque o mundo não era seguro.
Afinal, apesar de ter magia e saber técnicas mágicas, não mudava o fato de que a inocência era perigosa no mundo real por deixar a pessoa vulnerável ao mal.
Suspirando, ele decide voltar ao pergaminho que estava lendo porque precisava devolver o quanto antes.
De volta a câmara da alma labiríntica de Atemu, Shaadii falava consigo mesmo enquanto andava pelos corredores aparentemente sem fim:
"Não vou desistir. Eu preciso saber. Eu tenho que conhecer o segredo e poderes do Sennen Pazuru!"
Então, ele se aproxima de uma porta e decide abri-la, tomando o devido cuidado de observar o ambiente antes de abri-la por completo enquanto era ciente de que precisava ser extremamente cauteloso porque não acreditava que seria fácil descobrir a verdadeira câmara daquela entidade.
Chapter 83: Yami no Geemu – Shaadii - Final
Summary:
Shaadii quase...
Atemu decide...
Mahaado fica...
Yo!
Eu peço desculpas pela demora.
Aconteceram algumas coisas e acabei atrasando a postagem.
Tenham uma boa leitura.
Chapter Text
Ao abrir mais a porta, observa a entidade sentada em uma cadeira espaldar alta de madeira, fazendo com que ele ficasse surpreso ao encontrar a câmara dele porque julgava que havia encontrado apesar de pairar uma dúvida em sua mente porque esperava uma dificuldade maior.
"Finalmente consegui chegar a sua câmara?" – ele pergunta a si mesmo demonstrando preocupação apesar da sua face nada demonstrar.
Porém, ao dar o terceiro passo para dentro da sala para caminhar na direção da entidade, ele sente seu pé afundar e fica alarmado, para depois, ver que o chão embaixo dele desapareceu, revelando mais uma armadilha em forma de buraco que dava para uma escuridão assustadora enquanto exclamava em pensamento, buscando se agarrar em algumas pedras:
"Não! É uma armadilha! Se eu cair na escuridão, ficarei perdido na alma desse garoto para sempre."
Ao erguer o rosto para cima, observa a entidade mais velha do que o garoto olhando-o do alto com as mãos nos bolsos enquanto perguntava a si mesmo após dar uma leve risada:
- Devo puxá-lo?
O semblante de Atemu não demonstrava o fato de se sentir incomodado com a visão do homem caindo nas trevas.
Claro, houve o desejo inicial de puni-lo por ter invadido a mente do seu amado após usar o poder do Sennen Aitemu contra ele, mas conforme refletia na sensação de familiaridade e de gratidão por algo que não conseguia se recordar, descobriu que o desejo de puni-lo se desfez, fazendo com que desejasse apenas assustá-lo. As sensações de familiaridade e de gratidão impeliam ele a ajudá-lo e de fato, é o que ele faz. O Faraó sentia que não podia deixa-lo cair na escuridão.
O Faraó estende a mão para Shaaadii, fazendo com que o Guardião da tumba exibisse surpresa em seu semblante com o gesto dele porque nunca imaginaria esse gesto a menos que fosse para fazê-lo cair o quanto antes. O pensamento do gesto ser feito para ajudá-lo era demasiadamente surreal para ele, considerando que estava em um Yami no game e que havia perdido oficialmente.
Vendo a desconfiança nos olhos do bronzeado, o espírito dá uma leve risada e fala sorrindo com confiança, desejando passar confiança ao invasor:
- Tudo bem. A minha mão não é uma armadilha.
O Guardião da tumba fica estarrecido enquanto observava lentamente a postura e o olhar da entidade acima dele. Ele podia ver a sinceridade em seus olhos, demonstrando que o desejo de ajudar era genuíno.
Ademais, havia a sensação de familiaridade e de confiança. Por um momento, ele jurou ter visto vestes egípcias e uma coroa nele. Mas ao piscar os olhos, a ilusão sumiu e ele jurou estar vendo coisas que não existiam, acreditando que era fruto do medo e da situação em que se encontrava enquanto se recordava que aquela visão fugaz o fez sentir um desejo intenso de se curvar em respeito.
Espanando tais sensações e pensamentos, ele estende a mão e segura a mão do Faraó que o ergue facilmente, fazendo-o ficar surpreso com a aparente força, mesmo que ele tivesse conseguido ajudar um pouco.
Enquanto se recuperava, ele vira o rosto para o seu salvador que estava com os punhos fechados, olhando para um ponto qualquer no seu lado direito.
- Nunca imaginei que me salvaria. Se você for mesmo... Ei estou em dívida com você.
De fato, Atemu pensava nas sensações que surgiram desde que viu pessoalmente o intruso.
As sensações vinham pelo que ele conseguiu identificar, do passado que não se recordava. Ele sabia que vinha de algum lugar. Sabia que nunca esteve sempre dentro do item. Estas mesmas sensações como familiaridade e gratidão o impeliram a salvá-lo a despeito do seu desejo inicial. O pensamento do homem caindo nas trevas lhe incomodava e que contrário aos seus planos iniciais quando sentiu o poder do outro objeto sendo usado contra o seu amado, se sentiu impelido a salvar a vida dele.
Mesmo com essas sensações, ele desprezava as invasões nas almas que o bronzeado exercitava, descobrindo nas conversas que o homem tinha o hábito de invadir a alma das pessoas, algo que ele não concordava porque o egípcio praticava a invasão, aparentemente, em qualquer um, independentemente da pessoa ser inocente ou não, como foi comprovado com a invasão realizada no seu amado, algo que ainda lhe revoltava e que fazia ele desprezar a si mesmo por ter salvado Shaadii ao se permitir seguir as sensações que surgiram nele.
Claro, o espírito não era uma hipócrita em condenar o outro por usar o poder dos Sennen Aitemu. Ele mesmo usava o poder do Sennen Pazuru contra os outros. A diferença entre ambos é que ele só usava os poderes contra bandidos, nunca contra inocentes e no caso do seu amado, usava para impedir que Yuugi sentisse medo ou pensasse que estava enlouquecendo.
Ademais, a visão de uma entidade dentro dele pode ser considerado um pensamento assustador para qualquer um.
Portanto, Atemu era cuidadoso ao usar o seu poder, não o utilizando em todos por um mero desejo egoísta ao contrário do bronzeado que invadiu a mente de Mutou ao ser motivado pelo desejo de descobrir qual era o poder do Sennen pazuru, visando tomá-lo do Yuugi, sem se importar com as consequências do seu ato.
Portanto, vira o seu rosto para o intruso e fala com a voz profunda como o abismo mais escuro ao mesmo tempo em que exibia um semblante sério, exprimindo a sua aversão pelas invasões em almas inocentes pelo uso do poder mágico dos Sennen Aitemu em seu rosto e postura:
- Não gosto dessa sua mania de invadir indiscriminadamente as almas das pessoas. É melhor você ir embora agora mesmo.
Ele consente e se levanta, saindo da sala e após alguns minutos, retorna à sala inicial onde avistou o espírito.
O bronzeado se vira para sair e fala, sem virar o rosto:
- Então, eu perdi este jogo.
Porém, por algum motivo desconhecido para o espírito, Atemu passa a ter a sensação de que não era o final, considerando o fato de que o homem ainda desejava saber o poder do objeto, considerando a determinação que demonstrou ao desejar buscar a câmara a despeito dos perigos.
Ademais, mesmo não gostando do que ele fazia, chegando ao ponto de ter aversão, reconhecia o ato de Shaadii porque ele não tentou usar o poder do objeto para tentar remodelar a sua câmara da alma. Ele aceitou as condições e regras do Yami no game, tornando-o distinto daqueles em que ele aplicou o Yami no game até este dia.
- Não. Isto é apenas o começo.
- Sim. Você tem razão. Adeus.
Ele caminha até a porta que tinha um olho esculpido e abre, saindo da câmara.
Para Yuugi, nada se sucedeu e ele fica surpreso ao ver que o bronzeado parecia cair de repente, de joelho na frente dele, demonstrando cansaço ao ponto de ver o suor em seu rosto.
Shaadii procura digerir o stress em sua alma que foi redirecionada para o corpo, como se tivesse andado vários quilômetros. A sensação de ter quase morrido ainda pairava dentro dele, além do esgotamento mágico e mental, com ele decidindo que iria até o apartamento do seu amigo.
"Entrei na alma desse garoto para testá-lo, mas quem acabou testado fui eu." – o bronzeado pensava consigo mesmo enquanto se recuperava.
- Você está bem? Você parece pálido. Você fechou os olhos e parou de se mexer. – Yuugi pergunta com preocupação genuína em seu semblante e voz, se questionando mentalmente se deveria chamar ajuda médica para o egípcio.
- Sim. Eu estou bem. – ele procura falar com um sorriso confiante a despeito dos olhos aparentemente cavados pelo cansaço mental e físico, com ele comentando o final em tom baixo para si mesmo – Você é um garoto estranho.
Então, Yuugi observa ele mexendo na sua túnica enquanto falava:
- Ah, eu quase esqueci. Se não estou enganado, isto é seu – ele tira o Sennen aitemu do bolso e estende para o jovem.
- Legal! É o meu Sennen Pazuru! – o jovem pega e coloca no seu pescoço – Então é isso! Você estava com ele! Doumo arigatou gozaimasu.
- Não precisa me agradecer. Eu estou em dívida com você.
- "Dívida"? Eu te emprestei alguma coisa? – Yuugi pergunta enquanto dobrava os braços atrás da cabeça, exibindo um semblante pensativo.
- Foi o outro você.
"Como assim?" – Yuugi pensa consigo mesmo, decidindo ignorar as pequenas sensações que o haviam tomado nos últimos dias por acreditar que era proveniente da preocupação e estresse que o afligia com a chegada iminente das provas.
Afinal, ele sempre se classificava como o aluno que tinha a maior nota e esperava continuar como o número um, com as suas amigas vindo depois dele nas notas, fazendo com que os quatro fossem os melhores alunos do colégio inteiro.
- O "outro"?! – ele faz uma careta, para depois, gargalhar.
"Do que ele está falando? Que cara estranho!" – Mutou pensa consigo mesmo.
Shaadii fica surpreso e comenta em pensamento:
"Esse menino... Ele ainda não percebeu a existência do seu outro "eu"?!"
- Não pode ser! Eu sou o único "eu" que existe.
- Menino... Qual é o seu nome?
- Me chamo Mutou Yuugi. Não é "menino". É Yuugi.
"Esse garoto tem duas personalidades, mas ele ainda não se deu conta disso... Quando as duas personalidades se juntarem, o verdadeiro poder do Sennen pazuru será despertado!" – o egípcio pensa consigo mesmo.
Shaadii acreditava que havia duas personalidades dentro do jovem porque o seu pensamento inicial de ter uma outra entidade independente dentro dele era impensável porque seria surreal demais. Era mais fácil acreditar erroneamente que era outra personalidade porque ele já tinha ouvido falar de dupla personalidade e até indivíduos que tinham mais de uma personalidade.
Portanto, havia lógica em seu pensamento de ser outra personalidade porque a medicina aceitava a existência de outras personalidades dentro de uma pessoa enquanto que acreditava que talvez fosse consequência do poder misterioso do Sennen Aitemu e não de um elemento trágico na vida do jovem que o levou a desenvolver outra personalidade.
Afinal, aquele Sennen Aitemu era como um quebra cabeça sofisticado e isso corroborava com a ideia de dividir a personalidade de alguém.
Os ancestrais dele não sabiam toda a verdade sobre aquele item e o fato de que a alma de um Faraó, cujo nome foi apagado de qualquer registro fazendo com que se tornasse conhecido como o Faraó inominável de um reinado considerado curto e cujos acontecimentos foram apagados assim como o seu nome, se encontrava selado dentro do objeto para proteger o mundo de uma criatura maligna que ansiava somente a destruição e que quase destruiu não só o Egito como o mundo inteiro senão fosse o sacrifício de um Faraó e da maioria dos seus Guardiões Sagrados, com Atemu selando a sua alma para conter a criatura e caso fosse necessário a sua ajuda para deter esse mal novamente por causa da sua perícia em magia, combate e jogos juntamente com o fato de ter usado o seu nome como um selo final ao mesmo tempo em que foi negada a sua entrada no Outro Mundo pelo fato do seu nome ter sido apagado de todos os registros.
Se Shaadii soubesse disso, não acharia estranho o desejo que sentiu de ser curvar naquele momento e a forte sensação de respeito e até de obediência juntamente com o fato de ter sido tomado por uma sensação de familiaridade e de nostalgia ao segurar o Sennejou, assim como o fato de não ter sentido receio ao segurar o item porque uma sensação dentro dele dava a garantia de que passaria facilmente no teste do Sennen Aitemu e de fato, passou facilmente para espanto da sua família.
Afinal, ele era reencarnação do Hem-netjr (sumo sacerdote e chefe dos templos) Shada, um dos Guardiões Sagrados da corte do Faraó Atemu e portador original do Sennenjou que foi herdado do tjaty (Vizir) e Conselheiro real, Shimon Muran.
Quanto ao Sennen Bakari, se o bronzeado conseguisse se recordar do seu passado, compreenderia a sensação de tristeza que teve ao tocar o item porque ele e Karim eram grandes amigos e tinham uma amizade que beirava ao de irmãos, com Karim sendo o portador original do Sennen Bakari.
Então, o bronzeado caminha, passando por Yuugi, mas não sem antes falar para ele enquanto o olhava:
- Yuugi... Há algo que você deve fazer. Você tem que descobrir o seu outro "eu" - o jovem de olhos ametistas fica estarrecido ao ver a seriedade no semblante e na voz do egípcio que continua falando ao virar para frente, fechando momentaneamente os olhos – E você tem que solucionar o mistério sobre o verdadeiro poder do Sennen pazuru, o Sennen Aitemu que ficou oculto por mais de três mil anos e que nunca foi montado até você tê-lo em suas mãos. Esse é o destino daquele que consegue montá-lo. É o seu dever.
"Meu outro eu? O verdadeiro poder do Sennen pazuru?" – o adolescente pensava consigo mesmo enquanto exibia um semblante estupefato ao mesmo tempo em que a sensação de que não estava sozinho voltada como um sentimento inquietante e que talvez, não fosse apenas impressão sua.
Naquele momento, Yuugi lutava contra a hipótese de ter algo dentro dele por mais que isso explicasse alguns dos seus momentos de amnésia e as sensações que antes eram superficiais e que naquele momento, pareciam se intensificar de forma indesejada e impossível de serem silenciadas novamente.
- O meu nome é Shaadii. Essa é a primeira vez que eu falo o meu nome para alguém que não é um egípcio. – ele dá uma leve risada no final ao perceber o que fez.
Afinal, o Guardião da tumba disse ao seu nome antes de pensar no que estava falando.
Ele somente sabia que foi tomado por uma súbita vontade de revelar o seu nome. Até aquele momento, somente os seus amigos mais próximos ou pessoas do seu clã sabiam qual era o seu nome. Revelar o seu nome para alguém fora do Egito, o surpreendeu e enquanto tentava compreender o motivo daquele ato impensado, o bronzeado se afasta e somente quando o jovem saísse do museu, liberaria os guardas da prisão mental que os colocou após manipular as memórias deles.
Yuugi saí dos seus pensamentos e se vira, olhando para as costas do bronzeado que se afastava, com ele mal conseguindo ouvir o que o egípcio dizia para si mesmo enquanto que jurava que podia sentir uma aura de fúria que emanava dele:
- Há mais uma pessoa que tenho que julgar. Outro homem que profanou o território dos Deuses, o Vale dos Reis.
Ele não conseguiu ouvir muito e somente conseguiu distinguir as palavras "julgar" e "profanou" enquanto que as outras palavras eram ininteligíveis.
Meia hora depois, Mahaado estava sentado em frente de Mana que executava a sua técnica mágica de levitar algumas maçãs, para depois, transformá-las em outras frutas, quando a campainha no apartamento soa.
A bronzeada cessa a magia, com os seus orbes verdes de esmeralda olhando para a porta enquanto exibia o cenho direito arqueado, observando o seu pai adotivo caminhando até a porta, para depois, abrir.
Chapter 84: A descoberta de Mahaado e Mana
Summary:
Shaadii decide...
Mahaado e Mana ficam...
Chapter Text
Quando Shaadii entrou, Mahaado desistiu imediatamente de abrir um sorriso de boas-vindas e decidiu exibir um semblante repleto de preocupação ao ver o rosto sério do Guardião da tumba.
Quando o mago estava prestes a perguntar o que ocorreu com ele, Mana se levanta da cadeira e corre até o recém-chegado, o abraçando na cintura enquanto exibia um sorriso em seu rosto ao mesmo tempo em que se encontrava completamente alheia do estado emocional do outro egípcio:
- Bem vindo, tio Shaadii!
Ele rapidamente desfaz o semblante sério, o substituindo por um semblante gentil, para depois, afagar a cabeça da jovem enquanto falava:
- Obrigado.
Mahaado desfaz a face preocupada e exibe o seu melhor sorriso ao falar com a sua filha adotiva e aprendiza:
- Poderia preparar um café para nós dois?
- Claro!
Ela exclama animada e sai empolgada para a cozinha.
Após a jovem entrar na cozinha, o mago volta a ficar sério e pergunta em tom de confirmação:
- Aconteceu algo, certo?
- Sim, meu amigo. Acho que é melhor falarmos enquanto tomamos café. É uma longa história. Eu acho que a jovem Mana também precisa ouvir.
- É algo que devemos sentir preocupação?
- Eu não sei, ainda. Prefiro falar com vocês e depois, tomamos uma decisão sobre isso.
Após alguns minutos, Mana traz a garrafa de café enquanto Mahaado se levantava, servindo xícaras para todos, com a bronzeada adicionando leite em caixinha na mesa, além de ofertar uma travessa de biscoitos.
Então, todos se servem de café, com Mana adicionando leite na sua xícara, para depois, molhar um dos biscoitos, comendo-o em seguida enquanto Shaadii falava após sorver um gole de café:
- Eu descobri algo hoje. O Sennen aitemu foi parar nas mãos de um japonês e ele conseguiu montá-lo.
- O quê?! Ele o montou? – o mago exibe estupefação em seu semblante – Espere, um japonês o montou? Mas, como alguém conseguiu passar por todos os mecanismos de defesas físicas e mágicas daquele local? Isso é inacreditável.
A jovem aprendiza está embasbacada porque se lembrava sobre o local onde estava o item. Ela ouviu que tinha as defesas mais poderosas e que há mais de três mil anos ninguém foi capaz de passar pelas proteções, além de ser impossível passar pelo Ka que se encontrava na última câmara. Todos os bandidos que tentaram invadir a tumba ao longo dos milênios encontraram o seu fim nas armadilhas.
- Sim. Eu também fiquei estupefato. Mas, não foi o garoto. Ele é muito jovem. Deve ter sido outra pessoa. A última defesa, pelo pouco que o meu clã sabia sobre o local, consistia em realizar automaticamente o julgamento do coração daqueles que conseguiam chegar até a última parte. Um Ka monstruoso devorava os intrusos que não passavam no teste. Isso indica que alguém conseguiu um feito até então impossível.
- Deve ser alguém excepcional. Você me disse que quem colocou as armadilhas e defesas foi o Vizir e Conselheiro real Shimon Muran há mais de três mil anos, atrás, para proteger o Sennen pazuru. Ele devotou o restante da sua vida em criar as mais poderosas defesas e armadilhas. Aquele local tinha defesas superiores a qualquer outra tumba.
- Sim. Mesmo assim, essa pessoa misteriosa conseguiu passar e pegar a urna contendo o item milenar.
Ambos desconheciam o fato de que a proeza desse ato foi feita pela reencarnação atual de Shimon Muran, Sugoroku Mutou.
- Então, o que o senhor vai fazer, tio Shaadii?
O egípcio olha para a jovem e depois, para frente, suspirando, antes de contar o que ocorreu quando encontrou o jovem que havia montado o Sennen Aitemu e o teste da entidade a qual ele se sujeitou, assim como o fato de que perdeu.
- Se você perdeu um Yami no game e ainda está aqui, isso significa... – Mahaado começa a comentar em tom de confirmação.
- Isso mesmo. A única forma de você se salvar em um Yami no game após perder, é se a pessoa que ganhou o jogo ter piedade do perdedor e salvá-lo no final. Ele me salvou quando eu caí no buraco. Se ele não tivesse estendido a mão, eu teria caído nas trevas e ficaria perdido para sempre.
- Eu fico feliz que ele o salvou. – Mana demonstra felicidade em seu semblante após ficar apavorada com a menção da derrota do Guardião do túmulo em um Yami no game.
- Então, era mesmo uma entidade?
Ele percebe que se referiu a aquele que o salvou como entidade e trata de se retratar:
- Eu não sei. Eu acho surreal ser uma entidade e acredito que seja outra personalidade dele que foi manifestada pelo objeto.
- Você diz múltiplas personalidades?
- Isso.
- De fato, é surreal nos referimos a uma identidade separada porque se considerarmos isso, significa que dentro do Sennen Pazuru tinha uma alma selada e que o seu anfitrião passou a dividir o corpo com este espírito.
- Mas, porque isso seria tão surreal? – Mana pergunta inocentemente – Esses itens são mágicos e o Sennen pazuru é um item cujos poderes são desconhecidos. É sabido que serviu ao Faraó inominável antes de ser herdado pelo Faraó Seto, primo desse Faraó sem nome. Inclusive, foi ele que escondeu o objeto dentro da pirâmide após desmontá-lo a pedido do seu primo junto do fato do nome ter sido apagado a pedido da antigo Faraó. Não é estranho o pedido desse Faraó? Apagar o seu nome era considerado uma das piores punições dadas a um criminoso. Fazer isso era negar a entrada dessa pessoa no além-vida.
Ambos olham surpresos para a jovem que inclina a cabeça sem compreender, para depois, Mahaado comentar:
- Mana está certa. Eu acho que não devemos cancelar a hipótese de ser uma entidade. De fato, algo pode ter sido selado. Há muitos fatos estranhos envolvendo o Sennen Pazuru. A sua própria história é intrigante. Não foi deixado muitos detalhes escritos. Os Guardiões Sagrados remanescentes do Faraó antecessor ao Faraó Seto, inclusive o próprio rei, levaram todos os segredos para o além vida com eles. Eu acho que devemos ter a mente aberta.
Shaadii fica pensativo, para depois, consentir enquanto falava:
- Vocês estão certos. Eu acho muito cedo para tirarmos conclusões. A hipótese de ser uma entidade não pode ser descartada.
- O que vai fazer sobre isso, meu amigo?
- Ainda falta ir atrás de um dos homens que profanou o território dos Deuses. Se surgir a oportunidade de testar o portador do Sennen pazuru, eu irei aproveitar para testá-lo visando descobrir os poderes do objeto. Eu conheço o poder de todos os itens, com exceção deste porque ninguém foi capaz de montá-lo ao longo dos milênios. Vou testá-lo e espero descobrir qual o poder ou poderes do objeto no teste que eu vou aplicar. Eu farei ele participar de um Yami no game. Se for mesmo uma entidade, o jovem não será afetado se perder o jogo.
- Mas, e senão for uma entidade?
- A única hipótese que resta é a da dupla personalidade. A mesma situação se aplicará aqui, uma vez que parece ter assumido uma forma independente do original. Somente essa personalidade sofrerá as consequências. Em ambas as situações, a vida do jovem inocente não sofrerá qualquer risco.
- Você parece se importar com esse jovem.
- Eu vi a câmara da alma dele. Era uma câmara pura e inocente, repleta de luz cálida. Somente havia pureza, inocência e bondade. É um jovem com um coração cristalino. É raro ter tais almas nesse mundo. Nunca vi uma câmara como a dele. Eu confesso que me sentiria muito mal em fazer algo contra alguém como ele.
- De fato, almas como ele são raríssimas. Ainda mais nesse mundo.
- Eu queria conhecê-lo. – Mana comenta animada.
- Eu acho uma ideia interessante. Talvez, Mana possa se aproximar dele. Você sabe a idade desse jovem?
Chapter 85: O plano de Mahaado
Summary:
Mahaado decide...
Yuugi descobre que...
O seu avô decide...
Chapter Text
- Não. Mas, eu saberia identificar de qual colégio é pelo uniforme. Se eu visse um uniforme igual ao dele, poderia saber onde ele frequenta. Depois, conseguir informações sobre ele não deve ser difícil.
- Mana poderia tentar fazer amizade com ele, se aproximando dele enquanto eu continuo com a investigação. Vamos torcer para que tenham a mesma idade.
- Sim.
- Eu também espero. Além disso, eu quero saber como é um colégio. Eu sempre estudei em casa.
- Escola é um lugar bem exigente. Tem horários e obrigações. Além disso, não pode usar magia no colégio – Mahaado falava enquanto tomava mais um gole de café – Você terá que ser responsável.
- Eu posso ser responsável. – Ela fala fazendo beicinho.
- Eu acho que seria bom essa experiência para ela, meu amigo. – Shaadii comenta após se servir de mais um gole de café.
- Eu só me preocupo dela usar magia em público – ele fala em um suspiro, para depois, olhar para a sua aprendiza que também era a sua filha adotiva – Você continuará com as suas aulas de magia após o colégio.
- Tudo bem. Eu estou ansiosa pela chance de frequentar um colégio enquanto me aproximo do portador do Sennen Aitemu.
Então, eles começam a conversar sobre outros assuntos.
Mais tarde, Mahaado oferece o quarto de hóspedes para Shaadii que agradece, com o mago ficando feliz por ele ter aceitado a sua oferta ao ver que o Guardião da tumba ainda exibia cansaço e considerando o Yami no game e o local em que foi realizado, não estava surpreso pelo fato do seu amigo estar esgotado tanto fisicamente quanto mentalmente.
Originalmente, o egípcio havia planejado realizar as punições após o almoço, para depois, voltar ao Egito.
Porém, o inesperado Yami no game ainda o cobrava. O bronzeado estava cansado e precisava descansar antes de seguir para o seu próximo alvo. Se não tivesse o seu amigo para oferecer um quarto, ele teria que se hospedar em um hotel, pelo menos, por algumas horas porque decidiu que iria atrás do seu alvo a noite após um merecido descanso.
Longe dali, no dia seguinte, Yuugi estava em seu quarto quando o entardecer começou a despontar no horizonte.
Enquanto olhava para o Sennen Aitemu que segurava entre as suas mãos, o jovem se encontrava pensativo conforme se recordava das palavras do egípcio.
"Shaadii... Ele disse algo sobre "o outro eu dentro de mim" e o segredo do Sennen Pazuru. O que ele quis dizer? "
Ele suspira, para depois, se recordar das últimas palavras que ouviu dele enquanto o bronzeado se retirava do local.
"Tenho que julgar o outro homem que profanou o Vale dos Reis. "
Então, ele coloca as mãos na cabeça, demonstrando cansaço enquanto exclamava:
- Agh! A minha cabeça está rodando! Eu vou parar de pensar nisso!
"Ainda bem que decidi não contar para os meus amigos. É melhor para todos eu guardar comigo o que ouvi. " – O jovem comenta consigo mesmo em pensamento.
- Yuugi, isso é terrível! Venha ver as notícias!
Mutou sai dos seus pensamentos quando ouve a voz frenética do seu avô, fazendo com que descesse a escada de dois em dois degraus, sentando em seguida em uma das cadeiras da mesa da cozinha enquanto olhava para a tevê na frente dele, com os dois assistindo o final da notícia.
- Kanekura-san, o proprietário do museu de Dominó, foi encontrado morto em seu escritório esta manhã. A morte foi, aparentemente, causada por um ataque cardíaco induzido por choque – enquanto a jornalista falava, aparecia na tela a imagem do escritório e depois, a foto do diretor morto na mesa, com a cabeça caída no tampão enquanto era visível os olhos esbugalhados e uma pena de pássaro próximo da mão dele – Mas, de acordo com o legista, há indícios de que não foi uma morte natural, fazendo todos perguntarem "essa é a maldição da tumba do Faraó? "
A notícia é encerrada, com a jornalista se despedindo, para depois, o âncora na tevê começar a falar sobre outras notícias.
- Essa pergunta sobre maldição aparece em todos os noticiários. – Sugoroku comenta enquanto o seu neto estava ao seu lado – É deprimente pensar que alguém que acabamos de conhecer está morto.
- Jii-chan, maldições existem de verdade?
- Bem... quando a tumba de Tutancâmon foi aberta em mil e novecentos e vinte e três houve os mesmos tipos de boatos. Alguns dos descobridores tiveram mortes misteriosas. Porém, mais tarde, foi comprovado que a "maldição da múmia" não passou de uma história sensacionalista promovida pela mídia na época. Ninguém sabe a verdade. Mas, saiba que não é isso o que me preocupa. Eu estou preocupado porque outro homem participou das escavações... o Kyouju (教授 – professor universitário) Yoshimori-san.
Então, as palavras finais de Shaadii surgem na mente dele quando ele ouviu o seu avô citar sobre "outro homem", fazendo o jovem exibir um semblante surpreso.
"Outro homem?!"
Sem perceber a preocupação que tomava o seu neto, Sugoroku falou:
- De qualquer modo, o Kyouju Yoshimori-san seria a última pessoa a acreditar em maldições. Mas, ainda assim, uma das pessoas com quem ele trabalhou está morta. Deve estar sendo difícil para ele. Por isso, eu vou ao laboratório dele na universidade para tentar animá-lo.
- Jii-chan, eu posso ir também?
- Oh! É claro que pode! – O lojista exibe um semblante agradavelmente surpreso – Eu tenho certeza de que ele vai gostar.
Enquanto o seu avô concordava que ele o acompanhasse na visita, o jovem fica pensativo.
"Tem uma coisa me incomodando... O "outro homem" de quem o Shaadii falou deve ser o Kyouju Yoshimori-san. Eu tenho o pressentimento de que devo vê-lo. De alguma forma, algo no meu coração está me dizendo para ir. "
Nesse interim, Atemu se encontrava frustrado enquanto lidava com o fato de que o item concedeu a capacidade ao seu amado de sentir alguém em perigo, desde que essa pessoa fosse amiga dele ou tivesse a sua consideração e era esse o poder que influenciava o coração do seu anfitrião naquele momento.
O Faraó sabia que aquele egípcio estaria no local conforme o que ele disse e enquanto pensava no perigo que Yuugi estaria correndo, em seu íntimo, começava a se arrepender da sensação que teve de conhecimento e de desejo de salvar Shaadi quando o bronzeado perdeu o Yami no Game.
Ele ainda se recordava da sensação de familiaridade e de conhecimento.
Inclusive, a sensação de que estava relacionado ao seu passado distante ainda persistia nele.
Por mais que explorasse o labirinto das suas memórias em busca do conhecimento perdido do seu passado, o monarca nunca conseguiu encontrar a sala das suas memórias. Somente encontrou armadilhas e salas vazias.
Porém, desde que conheceu o seu amado, o espírito havia deixado a busca de lado para se concentrar na proteção do Yuugi.
O Faraó suspira novamente enquanto massageava a têmpora direita, lidando ao mesmo tempo com a insatisfação de não conseguir impedir que o seu amado se arriscasse porque o espírito não queria que Mutou se encontrasse com Shaadi, considerando a obsessão deste para descobrir os poderes do Sennen Pazuru.
Claro, ele podia usar os seus poderes e conhecimento para protegê-lo do bronzeado, mas, o problema era os dois Sennen aitemu que o egípcio portava enquanto que só tinha o seu item. Em uma batalha de itens, o monarca não sabia se o Sennen Pazuru conseguiria lidar com ambos, embora algo dentro dele dissesse que o Sennen Pazuru era o mais poderoso e que conseguiria lidar com os outros dois objetos.
Ademais, mesmo que houvesse a sua magia, Atemu sentiu que o egípcio também tinha os seus próprios poderes.
Claro, não no nível do poder dele porque ele superava Shaadi, mas havia o seu amado a ser considerado, principalmente em relação ao poder preocupante do Sennenjou. Era um item formidável e igualmente assustador devido as suas habilidades.
De fato, o objeto fazia jus a representação do símbolo egípcio da alma.
Suspirando novamente, o espirito se resigna enquanto ficaria atento a qualquer perigo que o seu amado fosse exposto.
Chapter 86: Preocupação
Summary:
Yuugi se encontra...
Ele se surpreende quando...
Chapter Text
- Oh! É claro que pode! – O lojista exibe um semblante agradavelmente surpreso – Eu tenho certeza de que ele vai gostar.
Enquanto o seu avô concordava que o seu neto o acompanhasse na visita, o jovem ficava pensativo.
"Tem uma coisa me incomodando... O "outro homem" de quem o Shaadii falou deve ser o Kyouju (教授 – professor universitário) Yoshimori-san. Eu tenho o pressentimento de que devo vê-lo. De alguma forma, algo no meu coração está me dizendo para ir. "
Nesse interim, Atemu se encontrava frustrado enquanto lidava com o fato de que o item concedeu a capacidade ao seu amado de sentir alguém em perigo, desde que essa pessoa fosse amiga dele ou tivesse a sua consideração e era esse o poder que influenciava o coração do seu anfitrião naquele momento.
O Faraó sabia que aquele egípcio estaria no local conforme o que ele havia dito no dia anterior e enquanto pensava no perigo que Yuugi estaria correndo, o soberano começava a se arrepender da sensação que teve de conhecimento e o desejo de salvar o bronzeado quando este perdeu o Yami no Game.
O espírito ainda se recordava da sensação de familiaridade e de conhecimento.
Inclusive, a sensação de que estava relacionado ao seu passado esquecido ainda persistia nele.
Por mais que explorasse o labirinto das suas memórias em busca do conhecimento perdido do seu passado, o monarca nunca conseguiu encontrar a sala das suas memórias. Somente encontrou salas vazias.
Porém, desde que conheceu o seu amado, o Faraó havia deixado a busca de lado para se concentrar na proteção do seu anfitrião.
Atemu suspirava novamente enquanto massageava a têmpora direita ao mesmo tempo em que gerenciava a insatisfação que o acometia por não conseguir impedir que o jovem se arriscasse porque o espírito não queria que Mutou se encontrasse com Shaadii considerando a obsessão deste para descobrir os poderes do Sennen Pazuru.
Claro, o monarca podia usar os seus poderes e conhecimento para protegê-lo, mas, o problema eram os dois Sennen aitemu que o egípcio portava enquanto que ele só tinha o seu item. Em uma batalha de itens, o soberano não sabia se o Sennen Pazuru conseguiria lidar com ambos, embora algo dentro dele dissesse que o seu item era o mais poderoso e por isso, conseguiria lidar com os outros dois objetos.
Ademais, mesmo que houvesse a sua magia, o Faraó sentiu que o bronzeado também tinha os seus próprios poderes.
Claro, não no nível de poder dele porque ele superava Shaadi, mas havia o seu amado a ser considerado, principalmente em relação ao poder preocupante do Sennenjou. Era um item formidável e igualmente assustador devido as suas habilidades.
De fato, o objeto fazia jus a representação do símbolo egípcio da alma.
Suspirando novamente, o espirito se resigna ao destino inevitável enquanto ficaria atento a qualquer perigo que o seu amado fosse exposto.
No fim da tarde, Yuugi e seu avô saem da Kame Game shop em direção a Universidade de Dominó quando ouvem uma voz conhecida que chamava o mais jovem:
- Yuugi!
Eles se viram e avistam Jounouchi Katsuya junto de Shizuka Kawai.
- Jounouchi-kun! Shizuka-chan! Konnichiwa!
Os irmãos se aproximam e cumprimentam ambos, com o loiro falando:
- Vimos a notícia sobre o Kanekura-san agora mesmo.
- E pensar que acabamos de conhecê-lo. Foi um choque. – A acastanhada falava enquanto mostrava surpresa em seu semblante.
- Viemos encontrar com vocês para irmos visitar o professor.
- Aposto que ele sabe detalhes sobre o caso, mesmo com a imprensa noticiando direto. – Katsuya falava enquanto as suas mãos estavam dentro dos seus bolsos.
- Então, vamos todos juntos? É uma pena que as gêmeas foram meditar em um local isolado e a Yukiko-chan se juntou a elas pelo que o meu neto me contou. Será que elas sabem o que ocorreu? E quanto ao Honda-kun? – Sugoroku perguntou ao olhar para o loiro.
- Com certeza, elas não sabem da notícia porque iriam ficar o dia inteiro no local e é consideravelmente isolado. Pelo menos, o Kyouju Yoshimori-san terá a visita de nós quatro. Quanto ao Hiroto, ele levou a cachorra dele no veterinário porque era retorno.
- Ela já está melhor? – Sugoroku pergunta ao loiro.
- Sim. O tratamento está fazendo efeito. Hoje é o retorno dela. Vocês sabem como ele adora aquela cachorra.
- Verdade. Ele pode visitar amanhã.
- Sim.
A sensação anterior de Yuugi retornou com força quando o loiro comentou que se encontrou com ambos para irem visitar o professor, com esse sentimento se intensificando gradativamente enquanto os outros três continuavam conversando casualmente entre si.
Então, o tom da conversa muda abruptamente quando Katsuya comenta com evidente nervosismo em seu semblante:
- Por falar em Yoshimori-san, eu só sei que há uma maldição! Isso explicaria a morte misteriosa do Kanekura-san.
"O meu onii-chan acredita mesmo em maldições de múmias. Acho que ele viu muitos filmes com esse assunto como tema principal. " – Shizuka comenta em pensamento enquanto exibia um sorriso sem graça.
- Jounouchi-kun... Shizuka-chan. – ambos olham com surpresa em seu rosto ao ver Yuugi exibir um semblante preocupado – Eu acho melhor vocês não irem. Eu estou com um mau pressentimento.
O jovem fala após a sensação ficar forte ao ponto de não conseguir ignorá-la, com ele percebendo que era o mesmo sentimento que teve anteriormente em relação ao seu amado avô.
Inclusive, essa mesma sensação na visão dele ainda o impelia a rever a sua decisão e até impedir o seu avô de ir, com o adolescente desconhecendo o fato de que essa sensação era introduzida por Atemu que não queria envolver outros porque sabia o quanto o seu amado era gentil.
Afinal, se no passado o seu anfitrião não se importou de apanhar e de sofrer pelo loiro e pelo moreno quando não eram amigos dele, agora que Jounouchi era amigo dele junto da irmã.
Portanto, Yuugi não mediria esforços para salvá-los mesmo que isso significasse arriscar a sua própria vida.
Ademais, ele também teria que salvar os irmãos caso estivessem em perigo porque sabia o quanto o seu amado sofreria se algo acontecesse com Katsuya e Kawai.
Desconhecido para todos, Yukiko estava no alto de um prédio próximo deles, observando e ouvindo tudo o que estavam falando enquanto sabia o que aconteceria a noite na universidade.
Inclusive, era foi obrigada a usar a sua magia para fazer as gêmeas adiantarem o dia que iriam meditar como preparação para um campeonato que seria realizado dali a alguns dias, para que apenas Yuugi, seu avô junto de Jounouchi e Shizuka fossem até a universidade, visando não intervir nos acontecimentos que se sucederiam nas próximas horas enquanto suprimia um rosnado que estava querendo se formar em sua garganta ao imaginar os perigos que o jovem passaria embora estivesse protegido porque os Yami no game só afetariam Atemu ao mesmo tempo em que gerenciava o fato de tentar reduzir a animosidade que sentia pelo Faraó porque não era o Faraó do outro universo. Esse Atemu era outra contraparte pertencente ao universo que ela esteve anteriormente e por isso, não devia ter a sua animosidade.
Ademais, até aquele momento, ele não fez nenhum ato que a desagradou e quando precisou alterar as memórias de Yuugi, essas alterações eram justificáveis porque visavam o bem-estar e segurança daquele que via como um filho querido.
De volta ao grupo, Shizuka fala com o seu usual sorriso após ela e o seu irmão se recuperarem da surpresa inesperada ao verem o semblante preocupado do adolescente:
- Estamos bem, Mutou-san. – Ela usava o sufixo "–san" em relação ao Yuugi porque era mais velho do que ela – Você está preocupado com a maldição porque o onii-chan está com medo da maldição, certo?
- Ei! Eu não estou com medo, imouto. – O loiro falava com um pouco de desespero em sua voz, para depois ficar sem jeito enquanto coçava a nuca, abaixando a mão em seguida – O Kyouju Yoshimori-san nos mostrou o museu outro dia. Nós estamos preocupados com ele assim como você. Além disso, o Kyouju parece ser um cara legal. Se as gêmeas, a Yukiko-chan e o Honda não estivessem em seus respectivos compromissos, eles estariam aqui, também.
- É.… você tem razão. Eu peço desculpas por agir de forma estranha. – O adolescente falava com um sorriso em seu rosto ao mesmo tempo em que piscava enquanto ignorava a sensação que parecia ser reduzida gradativamente, com o jovem desconhecendo o fato de que ele mesmo a estava suprimindo inconscientemente.
Sugoroku dá uma risada de papai noel, para depois, exclamar animado:
- Então, vamos indo!
Não muito longe dali, mais precisamente nos portões da universidade de dominó, Shaadii usou a sua magia para enganar as câmeras de segurança ao usar o poder do Sennenjou para ficar invisível e para poder passar pelas barras do portão.
Após entrar no prédio, ele se dirige até o Laboratório de arqueologia onde o seu alvo se encontrava após usar magia para localizá-lo dentro da construção.
De fato, Yoshimori se encontrava em sua mesa, com as mãos juntas e apoiadas em sua testa enquanto se recordava da escavação onde acharam a múmia e as relíquias ao mesmo tempo em que pensava consigo mesmo:
"Impossível! Maldições não existem! "
No final das suas recordações após a descoberta, o corpo morto de Kanekura surge na sua mente, fazendo ele se desesperar ao se lembrar de que segundo o legista, era uma morte estranha, acabando por intensificar ainda mais o desespero dele.
Nesse momento, Shaadii entra ao mesmo tempo em que se mantinha invisível, passando pela porta enquanto era audível o leve som de metal proveniente dos pratos do Sennen Bakari que tilintaram, o alarmando e fazendo-o olhar para trás com um semblante aterrorizado apenas para não conseguir ver nada, fazendo-o comentar consigo mesmo:
- Estou ouvindo coisas – ele volta a se sentar e fecha os olhos – Aconteceram muitas coisas hoje. Eu devo estar cansado. O Mutou-san vai trazer o neto dele. Eu nunca precisei tanto de um amigo como hoje.
O fato de saber que o seu amigo estava vindo visitá-lo junto do seu neto lhe deu esperanças e conforto.
Então, Shaadii aparece atrás dele com uma feição demonstrando raiva enquanto pensava consigo mesmo:
"Criminoso que invadiu o território dos Deuses e profanou o Vale dos Reis... Pela vontade do Deus Anúbis, eu agora o coloco em julgamento – ele eleva o seu Sennen Aitemu e começa a concentrar o poder do item – Antes que você morra, penetrarei na câmara da sua alma pelo poder do Sennenjou. Se os Deuses permitirem, encontrarei algum traço de arrependimento.
Chapter 87: O plano de Shadii
Summary:
Shadii decide...
Enquanto isso, na Kaiba Corp...
Chapter Text
O sennen aitemu brilha e Shadii entra na câmara da alma do professor que consistia em um cômodo com estátuas egípcias antigas e dentre elas havia uma com o rosto quebrado, além de uma tela contendo a imagem das pirâmides. Também havia ânforas e vasos diversos, assim como prateleiras repletas de livros, com uma delas se encontrando no chão e as outras no teto e paredes enquanto as demais se encontravam inclinadas, com todas as estantes ocupando uma parte considerável do ambiente
- Certo. Esta é a câmara da sua alma. A primeira coisa que os meus olhos avistam são prateleiras cheias de livros. Todos eles sobre arqueologia – ele passa os olhos sobre os títulos e as lombadas deles que evidenciavam serem sobre arqueologia, para depois, olhar para os demais objetos – Também há artefatos encontrados nas ruínas. A disposição confusa e bagunçada indica que o seu coração se encontra confuso por sua obsessão com o passado.
Ele caminha um pouco e avista um retrato em um canto que está coberto por pó e o pega em suas mãos, falando:
- Em um canto coberto por poeira tem uma foto da sua família. Ele os negligenciou por causa da sua obsessão. Porém, é visível o fato que ele se arrepende apesar de ser tarde demais – o bronzeado coloca o retrato no lugar e observa o breu que se encontrava a sua câmara – A escuridão da sua câmara é a prova da ansiedade e medo que ele está sentindo. A morte do dono do museu deve ser a causa.
Então, o egípcio percebe o surgimento de um lampejo de luz na câmara que aparece de repente, chamando a sua atenção, com ele virando na direção do brilho enquanto comentava consigo mesmo:
- Na escuridão, um lampejo de luz. É a luz da esperança. Eu entendo. O homem está esperando por seus amigos. Isso acalma o seu coração e lhe fornece alguma esperança dentre a ansiedade e o medo que ainda o tomam.
Ele ergue a mão e fecha os olhos, se concentrando na luz, pensando consigo mesmo:
"Quem ele está esperando? "
Então, Shaadi vê o portador do Sennen pazuru, um senhor idoso, um rapaz loiro e uma jovem de cabelos castanhos, com o usuário do Sennen Aitemu apontado para algo a frente enquanto sorria para os seus amigos e ao identificá-lo, ele arregala os olhos ao mesmo tempo que exclamava:
"Yuugi! " – Ele fecha os olhos em seguida enquanto refletia – "Um dos amigos que está vindo visita-lo é o garoto que solucionou o Sennen pazuru. Isto ficou interessante"
Então, o guardião abre os olhos e olha de lado ao tomar uma decisão enquanto fechava um dos punhos, voltando a falar em pensamento:
"Antes de matá-lo, eu posso usar esse homem para obter o poder oculto do "outro" Yuugi! Eu vou redecorar a câmara da alma do professor e transformá-lo em minha marionete. "
Ele pega o Sennenjou e concentra seus poderes, começando a alterar a câmara do professor ao retirar tudo o que tinha lá dentro ao mesmo tempo em que exclama em pensamento:
"Projeto marionete! "
Então, ele sai da câmara da alma do Kyouju (教授 – professor universitário) Yoshimori que se encontrava vazia, fazendo com que pudesse controla-lo e comenta consigo mesmo em sua mente:
"A redecoração está completa. Esse homem é minha marionete agora – ele dá uma risadinha – E agora "outro" Yuugi? O segundo estágio do nosso jogo vai começar! "
Longe dali, mais precisamente no imenso e luxuoso prédio da Kaiba Corp, Seto se encontrava digitando em seu computador após ler vários relatórios. Os seus olhos azuis diligentes observavam gráficos econômicos e de desenvolvimento, além de também verificar movimentações financeiras. O CEO também lia atentamente relatórios sobre todos os seus projetos, inclusive sobre o Death T, com ele fazendo alguns apontamentos ao digitar habilmente no teclado, se limitando a parar apenas para sorver um pouco de café, comer ou para usar o banheiro.
Todos os dias ele ficava até tarde da noite porque o império Kaiba demandava demasiada atenção. Era monumental o trabalho de fiscalizar e verificar tudo o que ocorria porque fazia questão de trazer tudo à risca, além de desejar saber de tudo o que ocorria não importando o quão insignificante fosse. Ele queria garantir a gestão primorosa e diligente do seu vasto e influente império.
Ademais, o adolescente estava trabalhando dobrado porque ainda tinha que lidar com as consequências de fechar o setor militar da sua companhia que foi por muitos anos a espinha dorsal do império para substituir por jogos.
Afinal, a companhia parou de produzir armas militares de último tipo para desenvolver jogos.
Também havia o trabalho adicional de gerenciamento do desenvolvimento dos Parques da Kaiba Corp que compreendia desde o local, infraestrutura e atrações até o planejamento de dias especiais para crianças carentes e órfãos para que pudessem se divertir no parque com custo zero, algo que desagradou muitos acionistas e que foi eficazmente silenciado por um olhar gélido de Seto, além de um semblante cruel que prometia a miséria a aqueles que discordassem dele, com muitos comentando em particular que apesar de ser jovem, o CEO podia ser considerado um tubarão tão assustador quanto Gozaburu.
Inclusive, muitas vezes, eles tinham a impressão de verem o pai adotivo dele na frente deles e não o adolescente implacável e frio.
Inclusive, para muitos, chegava a ser destoante o fato dele se importar tanto em criar dias grátis para crianças carentes e órfãs, visando proporcionar um dia de passagem livre para orfanatos e famílias carentes, demonstrando com isso uma consideração inusitada ao mesmo tempo em que era implacável e cruel em outros assuntos, chegando ao ponto de estar por trás inclusive de assassinatos e torturas de desafetos segundo vários rumores e que podiam ser confirmados pela atração inumana do Death T, cujo denominação perversa podia ser considerado um eufemismo ao mesmo tempo em que questionavam quem foi o louco ou suicida que provocou a ira de alguém tão cruel e implacável ao ponto de criar uma atração mortífera e torturante com requintes de crueldade apenas como vingança pessoal.
Ademais, o desejo de se vingar era tão forte que de todos os projetos da Kaiba Corp, o Death T era o que ele mais se dedicava, chegando ao ponto de desejar relatórios a cada doze horas do andamento da atração, além de verificar todos os demais assuntos e despesas, não limitando dinheiro e recursos para a conclusão de tudo o que planejou para essa atração, com os laboratórios e oficinas da Kaiba Corp se encontrando em dedicação total a esse projeto, chegando ao ponto de atrasar os demais projetos que se encontram sem segundo plano porque o mais importante era a conclusão o quanto antes do Death T.
Naquele instante enquanto digitava anotações em um memorando enviado por e-mail, o telefone ao lado dele toca, com ele apertando um botão do aparelho ao mesmo tempo em que falava com uma voz aborrecida:
- Eu mandei não transferir mensagens e ligações, a menos que fosse importante e que constasse na lista que está com você.
Chapter 88: Inconsequente
Summary:
Mokuba fica...
Seto se encontra...
Chapter Text
- Perdão, Kaiba-sama. Mas, é uma ligação importante e está na lista do senhor. Yamashi-san está na linha aguardando a autorização do senhor.
- Transfira.
- Sim, Kaiba-sama.
- Kaiba-sama?
- Sim.
- Nós encontramos os últimos dois cards. Eu posso ir até o escritório do senhor para entregar os dossiês dos proprietários delas?
- Pode. Venha agora mesmo.
- Sim, senhor.
A ligação é encerrada e em seguida, Seto pega o seu smartphone de último tipo e o modelo mais caros no mercado que também era personalizado.
Então, ele fala com a inteligência artificial:
- Ligue para Yamada.
- Ligação efetuada. Chamando. – A voz eletrônica responde.
- Kaiba-sama?
- Reserve um helicóptero e alguns seguranças. Pouse no prédio e aguarde novas ordens.
- Sim, senhor.
Então, ele volta a digitar algumas respostas em mensagens recém-recebidas até que ouve batidas na porta e a voz respeitosa da sua secretária, sabendo que ela estava de saída e que outra assumiria o turno da noite em virtude de haver filiais em países com até vinte e quatro horas de diferença de fuso horário.
- Kaiba-sama, Yamashi-san chegou.
- Entre.
Ela abre a porta e se curva ao recém-chegado, para depois, se curvar ao chefe, fechando em seguida a porta.
O homem de sobretudo caríssimo se aproxima e respeitosamente abre a sua maleta após depositá-la no tampão da mesa de mogno com detalhes dourados, para depois, retirar dela dois dossiês com nomes estampados em cima, com ele os entregando prontamente para o CEO.
Kaiba pega um deles nas mãos para ler enquanto falava:
- Aguarde o pagamento usual. Quanto a outra investigação. Em que nível ela se encontra?
- Estamos finalizando a investigação. Em breve, o senhor terá o dossiê completo em suas mãos, Kaiba-sama. – O homem fala respeitosamente ao mesmo tempo em que se curva profundamente em respeito.
- Ótimo. Está dispensado.
- Muito obrigado, Kaiba-sama.
O homem se retira após fazer mais uma mesura.
Alguns minutos depois, a porta é aberta abruptamente, fazendo Kaiba arquear uma das sobrancelhas enquanto exibia um semblante gélido, avistando a secretária com puro medo em seus olhos e que havia tentado inutilmente impedir a invasão do recém-chegado.
A secretária entra atrás do invasor e se curva várias vezes em profundo terror enquanto suava profusamente, implorando perdão ao nível de ser patético aos olhos do CEO.
- Se retire.
- Muito obrigado senhor.
Ela agradece com uma voz repleta de gratidão pela indulgência e perdão ofertado, para depois, se retirar o quanto antes, se curvando novamente, com os olhos do adolescente saindo da porta que acabou de ser fechada para aquele que invadiu o seu escritório que ele considerava como sendo o seu santuário pessoal.
O invasor consiste de um jovem de cabelos azuis e olhos da mesma cor que usava um manto de tecido caro com detalhes dourados.
- Mokuba. – A sua voz era tão fria quanto o seu semblante escrutinador.
- Nii-sama, como está o projeto do Death T? – O garoto pergunta enquanto gerenciava o leve medo que sentiu do seu irmão mais velho ao ouvir a voz gélida e ver o olhar frio em sua direção.
- Em fase secundária de finalização. Preciso garantir a segurança dos espectadores. Você veio até aqui, me perturbar, apenas por isso?
- Eu vim pedir autorização para ir até esse tal de Yuugi com os meus capangas.
- Eu acredito que não vai ficar surpreso se eu negar, certo? Você não somente é incapaz de derrota-lo, como vai humilhar o nosso sobrenome e isso eu não posso permitir. A aparência é tudo.
- Mas...
- Se dedique aos seus estudos. Eu soube das suas notas do colégio. Busque não envergonhar o sobrenome Kaiba. Não quero alguém associado a esse sobrenome tirando notas baixas. É simplesmente vergonhoso. Você sabe melhor do que ninguém o que eu faço com os meus desafetos, certo?
Após falar, o adolescente se ergue e caminha até o irmão mais novo que se encolhe inconscientemente ao ver o semblante cruel de Seto se aprofundar ainda mais enquanto os seus gélidos olhos frios o esquadrinhavam, com o jovem possuindo a impressão de que a temperatura no ambiente caiu vários graus enquanto começava a suar frio e profusamente ao mesmo tempo em que o seu coração batia aceleradamente ao ser tomado pelo mais puro terror.
O seu medo consistia no fato de não saber o que o seu irmão ia fazer com ele ao se aproximar, com o jovem passando a temer pela sua vida enquanto questionava a si mesmo porque fez a loucura, para não dizer estupidez, de ir até o local de trabalho de Seto que considerava o escritório luxuoso e amplo como o seu santuário particular, com o azulado se arrependendo amargamente pelo seu ato inconsequente.
Afinal, o seu amado irmão do passado que era gentil e amável foi morto por Gozaburu, fazendo surgir esse novo Seto que era cruel e impiedoso, com o azulado sendo ciente de que o CEO poderia mata-lo facilmente e sem qualquer problema.
Chapter 89: O medo de Mokuba
Summary:
Mokuba se encontra...
Mokuba fica...
Chapter Text
Mokuba sempre odiou o fato de que o seu amado irmão conseguiu derrotar Gozaburu no xadrez, um jogo no qual o antigo CEO se orgulhava de suas habilidades. O garoto também sabia que Seto conseguiu vencer um dos melhores jogadores de xadrez por ter estudado todos os seus movimentos e técnicas de jogo ao saber que ele iria visitar a instituição que os havia acolhido após os seus familiares roubarem toda a herança deles.
O acordo era que se ele vencesse, ambos seriam adotados pelo empresário e de fato, após perder, o homem honrou com o acordo e adotou ambos enquanto que os irmãos não sabiam o inferno que os aguardava. Ou melhor, o inferno que aguardava Seto nas mãos de um homem tão cruel que lhe deu formação e ensino, além de supervisionar os seus estudos o fazendo usar uma coleira de cachorro ao mesmo tempo em que o humilhava e tornava a vida dele um inferno. A coleira simbolizava a inferioridade dele e somente era retirada quando ia a uma escola destinada aos filhos da alta elite com um ensino rigoroso e igualmente exigente.
Quando Seto foi testado por Gozaburu, a coleira foi retirada temporariamente e só seria removida para sempre se passasse no teste.
O teste consistia em dobrar o dinheiro que ele recebeu em uma maleta no prazo de uma semana, com o guarda-costas dele conseguindo uma procuração para assinar qualquer documento que o adolescente necessitasse por ser menor de idade, com o jovem decidindo conseguir a emancipação para que pudesse assinar documentos por si mesmo.
O irmão dele encontrou uma empresa familiar que tratava os seus funcionários como sendo da família e após conseguir comprá-la, decidiu fechá-la para desespero daqueles que trabalhavam nela e somente concordou em vendê-la de volta aos antigos proprietários mediante o pagamento do dobro da quantidade que ele gastou na compra porque sabia o lucro da empresa, assim como sabia a quantidade de dinheiro que cada um dos membros da diretoria da empresa possuía, além de ter pesquisado sobre a personalidade deles e a cultura corporativa. A ameaça de fechamento seria o suficiente para eles fazerem de tudo para evitar isso.
Chocados e sem alternativa, eles concordam.
Então, todos ajudam com o seu próprio dinheiro junto dos fundos da empresa para que ela não quebrasse e pagam o valor exigido por Kaiba, com o guarda-costas dele assinando os documentos da devolução da empresa.
Mokuba se lembra do semblante de agradável surpresa do pai adotivo deles quando Seto abriu a maleta revelando o dobro do valor e que foi realizado em apenas três dias, surpreendendo o CEO que olhou com orgulho o feito de alguém tão jovem, comentando que quando o pai dele fez isso com ele, Gozaburu precisou do prazo de uma semana ao mesmo tempo em que achou incrível como o filho dele conseguiu em menos tempo enquanto confirmava o fim do uso da coleira de cachorro.
Então, o jovem passou a auxiliar na empresa, galgando gradativamente o seu posto até conseguir através de uma estratégia bem elaborada e acima de qualquer suspeita, o controle da empresa internacional após ter o apoio de todos os membros da diretoria e que depois de se recuperar do golpe que Seto lhe deu ao tomar o controle da empresa, ele gargalhou e mostrou ao filho adotivo o que acontecia com os perdedores ao se jogar da janela do último andar, com o irmão mais novo dele aprendendo também quando perguntou sobre o que sentiu ao ver Gozaburu saltando para a morte.
Seto disse que foi a última lição que aprendeu sobre o mundo dos negócios e que levaria consigo. Aos perdedores a morte e aos vencedores a vida enquanto falava com uma frieza inabalável.
Claro, Mokuba odiava Gozaburu por tudo o que fez com eles e por ter transformado o seu amado irmão em alguém irreconhecível ao mesmo tempo em que Seto compartilhava do mesmo sentimento que era inflado por tudo o que sofreu nas mãos do antigo CEO.
Mas, o fato de não ter sentido o mínimo de abalo com o ato de alguém morrer na sua frente era preocupante, embora soubesse que havia restado ainda algo do seu antigo irmão mais velho porque ainda persistia o sonho de abrir parques temáticos e fornecer atrações gratuitas a órfãos e carentes junto do desejo de criar jogos ao ponto de desmantelar e extinguir o setor bélico e militar da companhia para instaurar o de jogos, independentemente da dificuldade e das consequências por ser até então a espinha dorsal de todo o império, além do fato de manter o seu amor por jogos e principalmente o desejo de possuir todos os cards de Buruuaizu Howaito Doragon (Blue-Eyes White Dragon).
O jovem também confessava que havia se sentindo satisfeito ao se lembrar que após conseguir ascender como CEO, Seto fez questão de se vingar dos familiares que haviam roubado a herança de ambos enquanto acreditava que eles mereceram sofrer até o fim das suas vidas ao usar os serviços de Daimon (Hobson) para se vingar deles, com Mokuba sabendo que o homem era um torturador profissional sádico e que se orgulhava de sempre quebrar os recordes do tempo que as suas vítimas sobreviviam em suas mãos enquanto eram torturadas brutalmente.
Então, ele sai dos seus pensamentos quando o seu irmão fica na frente dele, exibindo um semblante gélido e olhos extremamente frios, fazendo-o se encolher inconscientemente enquanto engolia em seco.
Claudia (Guest) on Chapter 1 Thu 20 Aug 2020 12:11PM UTC
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Yukiko_Tsukishiro on Chapter 1 Thu 05 Nov 2020 03:34AM UTC
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KiraUzumaki on Chapter 1 Tue 02 May 2023 01:53AM UTC
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Yukiko_Tsukishiro on Chapter 1 Fri 21 Jul 2023 03:28AM UTC
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